O Evangelho dos Humildes

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CAPÍTULO 13

A PARÁBOLA DO SEMEADOR

(Mt 1:58; Mc 4:1-2; Lc 8:4)

1 Naquele dia saindo Jesus de casa, sentou-se à borda do mar.

2 E vieram para ele muitas gentes, de tal sorte que entrando numa barca se assentou; e toda a gente estava de pé na ribeira.

3 E lhes falou muitas coisas por parábolas, dizendo: Eis aí saiu o que semeia a semear.


(Mc 4:3-9; Lc 8:4-8)

4 E quando semeava, uma parte da semente caiu junto da estrada e vieram as aves do céu e comeram-na.

5 Outra, porém, caiu em pedregulhos, onde não havia muita terra; e logo nasceu, porque não tinha altura de terra.

6 Mas saindo o sol• se queimou; e porque não tinha raiz se secou.

7 Outra igualmente caiu sobre espinhos; e cresceram os espinhos e estes a afogaram.

8 Outra enfim caiu em boa terra; e dava fruto, havendo grãos que rendiam a cento por um, outros a sessenta e outros a trinta.

Nesta formosa parábola, Jesus classifica cada um dos que se achegariam ao Evangelho. Não somente o Evangelho é o semeador das verdades divinas, como também é uma bússola que Jesus deixou para a humanidade se orientar.

Dos que se acercam do Evangelho, há os que aceitam os ensinamentos divinos com facilidade; e há os que não os aceitam. Das religiões que pregam o Evangelho, o Espiritismo é a que melhor o explica, concorrendo assim para que grande número de pessoas pautem suas vidas pelos preceitos divinos.

Contudo, o Espiritismo não se arroga o. direito de estar com toda a Verdade, nem disse nem dirá a última palavra, porque o Espiritismo é uma religião progressista, que acompanha a evolução das criaturas.

9 O que tem ouvidos de ouvir, ouça.

Cada pessoa compreenderá os ensinamentos espirituais de acordo com seu grau de adiantamento e sua elevação moral. Neste particular devemos notar o grande papel que a reencarnação desempenha em benefício de nossos espíritos; por meio dela, adquirimos os ouvidos de ouvir os ensinamentos divinos. Em cada encarnação passamos por experiências que nos aguçam a inteligência e despertam nossos sentimentos. Em cada vida que vivemos na terra, conseguiremos um grau a mais de conhecimentos, até que um dia chegaremos a estar convenientemente preparados, não só para a compreensão total das leis divinas, como também para respeitá-las e aplicá-las integralmente.


(Mc 4:10-20; Lc 8:9-15)

10 E chegando-se a ele os discípulos, lhe disseram: porque razão lhes falas tu por parábolas?

Jesus lhes falava por parábolas, por serem as parábolas provérbios que acompanhariam os povos através dos tempos. Apesar de pequeninas como são, condensam em poucas palavras verdades profundas e que podem ser aplicadas em todos os tempos por serem expressões da sabedoria popular. Em qualquer época, por mais intelectualizados que estejam os povos, jamais conseguirão suplantar as parábolas de Jesus. Elas encerram sabedoria profunda, simplicidade de palavras, sentimento e se quadram maravilhosamente a todas as inteligências. Os pequeninos as entendem e os letrados nunca as desprezarão. Passarão os milênios, a humanidade se adiantará, mas as parábolas de Jesus sempre terão ensinamentos morais a darem aos homens.

11 Ele respondendo lhes disse: ‘Porque a vós outros vos é dado saber os mistérios do reino dos céus; mas a eles não lhes é concedido.

É preciso notar que Jesus aqui não faz acepção de pessoas, pois ele veio trazer o Evangelho para todos e não para um reduzido grupo. Unicamente ele se dirigia em primeiro lugar aos que já estavam preparados para compreendê-lo. Nem todos, entretanto, estavam preparados porque Jesus iniciava um novo período evolutivo para a humanidade. Ele veio pregar verdades espirituais e o povo estava dominado pelo materialismo. Era preciso dar tempo ao tempo. O espírito é imortal. Paulatinamente, através das reencarnações, todos se preparariam e a todos seria concedido compreender o mistério do reino dos céus, recebendo e aceitando o que Jesus revelava.

O mesmo sucede hoje com o Espiritismo; muitos dos que hoje não o aceitam, hão de aceitá-lo em futuras encarnações, quando estiverem preparados para isso.

12 Porque ao que tem se lhe dará e terá em abundância; mas ao que não tem, até o que tem lhe será tirado.

Jesus aqui se refere aos bens espirituais e ao consequente reflexo deles sobre os bens materiais. A observância dos preceitos divinos faz com que os bens espirituais, que constituem a verdadeira e imperecível riqueza do espírito, aumentem incessantemente. E o reflexo do respeito às leis divinas, o encarnado o receberá na parte material, porque se cada um de nós se esforçar por nosso aprimoramento espiritual, Deus nos dará as facilidades materiais por acréscimo de misericórdia.

Os que não têm são aqueles que se dedicam unicamente à matéria.

Esquecidos de que um dia deixarão tudo, e iludidos pelos gozos que a matéria lhes proporciona, não procuram conquistar os bens espirituais. A esses será tirado o que julgavam possuir, porque as coisas da terra constituem apenas um empréstimo; ninguém as possui para sempre. Por isso Jesus diz que ao que tem se lhe dará e terá em abundância, isto é, quem cuidar do seu espírito irá rico de bens espirituais para o mundo espiritual, sem nunca ficar desamparado enquanto estiver encarnado. E dizendo que aos que não têm até o que têm lhes será tirado, quis dizer que aquele que não cuidar de desenvolver suas riquezas espirituais, ao desencarnar perderá o que possuía na matéria e comparecerá pobre no mundo espiritual.

3 Por isso é que eu lhes falo em parábolas; porque eles vendo não vêm e ouvindo não ouvem nem entendem.

14 De sorte que neles se cumpre a profecia de Isaías que diz: Vós ouvireis com os ouvidos e não entendereis; e vereis com os olhos e não vereis.

15 Porque o coração deste povo se fez pesado e os seus ouvidos se fizeram tardos e eles fecharam os seus olhos; para não suceder que vejam com os olhos e ouçam com os ouvidos e entendam no coração e se convertam e eu os sare.

A maioria do povo e os sacerdotes viam os atos de Jesus e ouviam suas palavras; no entanto, conservavam-se indiferentes. As ações do Mestre não os convenciam nem as palavras dele encontravam eco em seus corações orgulhosos. Parecia que para as obras, de Jesus todos tinham os olhos fechados; e para suas palavras, os ouvidos surdos. Semelhante endurecimento não permitia que Jesus os convertesse, nem lhes curasse os males.

Grande parte do povo, as religiões organizadas e a ciência oficial comportam-se do mesmo modo para com o Espiritismo; cegos e surdos, não percebem a revivescência do Cristianismo, que o Espiritismo está promovendo, nem os benefícios morais que espalha. De muitos o Espiritismo recebe a indiferença e a crítica; das religiões organizadas, violentos ataques; e da ciência oficial o Espiritismo recebe a negação. Todos vêem e todos ouvem, mas é como se não vissem nem ouvissem.

16 Mas por vós, ditosos os vossos olhos pelo que vêem e ditosos os vossos ouvidos pelo que ouvem.

Não há necessidade de sermos letrados para entendermos as leis divinas.

Entretanto, o saber observá-las não depende de uma encarnação á penas. É preciso dar tempo ao tempo. E para isso, nada melhor do que as reencarnações. Através das sucessivas reencarnações, nós nos aperfeiçoamos, adquirindo em cada uma delas novos esclarecimentos espirituais, por meio das lições que elas nos proporcionam.

Jesus qualifica de ditosos os que já sabem ver e ouvir as coisas espirituais, o que é sinal evidente de que já alcançaram grande progresso espiritual.

17 Porque em verdade vos digo, que muitos profetas e justos desejaram ver o que vedes e não o viram; e ouvir o que ouvis, e não o ouviram.

Jesus alude a todos os missionários que o precederam e que se esforçaram por preparar o povo para a compreensão das coisas divinas. Jesus vinha inaugurar a era dessa compreensão, pela qual todos lutaram e na qual depuseram todas suas esperanças.

18 Ouvi pois, vós outros, a parábola do semeador.

Jamais nos tornemos indiferentes às coisas espirituais. A vida não consiste somente no momento presente, mas continua sempre, ininterruptamente.

Somos espíritos eternos. Fomos criados por Deus, nosso Pai comum, e temos atrás de nós um passado imperscrutável e em nossa frente, a eternidade. O que hoje somos representa o resultado de milhões de milênios de lenta marcha evolutiva. Há grande necessidade de sabermos o que nos aguarda no alémtúmulo. Temos o sagrado dever de ouvirmos os pregadores evangélicos e de procurar a explicação das leis divinas. A ignorância das leis divinas pode conduzir-nos a enormes sofrimentos no mundo espiritual, por não termos sabido evitar erros de dolorosas consequências, os quais repercutirão desfavoravelmente em nossas futuras reencarnações.

19 Todo aquele que ouve a palavra do reino e não a entende, vem o mau e arrebata o que se semeou em seu coração; este é o que recebeu a semente junto da estrada.

Explicando a parábola do semeador, Jesus retrata a categoria espiritual de cada um a quem é endereçada a palavra divina. Aqui vemos os indiferentes; achegam-se ao Evangelho, ouvem as lições e retiram-se; seus corações não sentem os ensinamentos e, por comodismo, acham mais fácil abandoná-los; são terrenos ainda não preparados para a semeadura.

20 Mas o que recebeu a semente no pedregulho, este é o que ouve a palavra, e logo a recebe com gosto;

21 Porém ela não tem em si raiz, antes é de pouca duração e quando lhe sobrevém tribulação e perseguição por amor da palavra, logo se escandaliza.

Aqui vemos os entusiastas e os discípulos de primeira hora, os quais depressa se cansam de seus trabalhos espirituais Aceitam o Evangelho mas o abandonam tão logo tenham de fazer qualquer esforço para pô-lo em prática. O entusiasmo deles se esfria ao receberem a mais ligeira crítica contra a doutrina que abraçaram ou ao surgirem dificuldades para segui-la. Quando se defrontam com as provas e as expiações perdem o amor pela doutrina, esquecidos de que têm dívidas de encarnações anteriores para resgatarem e erros para corri girem. Contudo nada se perde no planeta: em futuras reencarnações continuarão o trabalho de compreensão da Verdade.

22 E o que recebeu a semente entre espinhos, este é o que ouve a palavra, porém os cuidados deste mundo e o engano das riquezas, sufocam a palavra e fica infrutuosa.

Temos aqui aqueles que ao ouvirem a palavra divina, comparam as coisas materiais com as espirituais e se decidem pelas materiais, por parecer-lhes um caminho mais fácil e mais cômodo; são almas de pequenino desenvolvimento espiritual, que se acomodam melhor nas facilidades que a matéria proporciona.

Dos males é preferível sempre o menor; é mais conveniente que assim procedam do que tomarem um compromisso divino e depois desistirem dele, o que lhes acarretaria consequências desastrosas. É natural que assim aconteça, por. que se ao falharmos com nossos compromissos terrenos temos de arcar com as consequências, o mesmo sucederá se falharmos com o compromisso divino. Recomendamos por conseguinte, aos médiuns e a todos os trabalhadores espirituais, que antes de se comprometerem e de assumirem responsabilidades espirituais, meçam muito bem suas forças e verifiquem, cuidadosamente, se estão aparelhados para a tarefa, a qual uma vez iniciada, não poderá ser interrompida nem pelos cuidados do mundo, nem pelos encargos das coisas materiais.

23 E o que recebeu a semente em boa terra, este é o que ouve a palavra e a entende e dá fruto e assim um dá a cento e outro a sessenta e outro a trinta por um.

Eis aí a personificação do adepto sincero; abraça os ensinamentos divinos, esforça-se por praticá-los e trabalha no campo espiritual sem medir sacrifícios.

E cada um produzirá de acordo com seu adiantamento espiritual; uns mais e outros menos. Esta comparação de Jesus dizendo que uns dão cem, outros sessenta e outros trinta por um, significa que na seara do Senhor há trabalho para todos, desde o mais pequenino ao mais letrado, desde o mais pobrezinho ao mais bem situado no mundo. Não há escolha de classe social, nem de cor, nem de fortuna, nem de credos nem de intelectos; todos podem produzir segundo suas capacidades e posses. Evidentemente, os mais esclarecidos trabalhadores são os que aceitam a sobrevivência da alma e a reencarnação e repelem as religiões dogmáticas.


A PARÁBOLA DO TRIGO E DA CIZÂNIA

24 Outra parábola lhes pro pôs, dizendo: O reino dos céus é semelhante a um homem que semeou boa semente no seu campo;

25 E enquanto dormiam os homens, veio o seu inimigo e semeou depois cizânia no meio do trigo e foi-se.

26 E tendo crescido a erva e dado fruto, apareceu também então a cizânia.

27 E chegando os servos do pai de família, lhe disseram: Senhor, porventura não semeaste tu a boa semente no teu campo? Pois donde lhe veio a cizânia?

28 E ele lhes disse: O homem inimigo é que fez isto. E os servos lhe tornaram: Queres tu que nós vamos e a arranquemos?

29 E respondeu-lhes: Não, para que talvez não suceda que, arrancando a cizânia, arranqueis juntamente com ela também o trigo.

30 Deixai crescer uma e outra coisa até à ceifa e no tempo da ceifa direi aos segadores: Colhei primeiramente a cizânia e atai-a em molhos para a queimar, mas o trigo recolhei-o no meu celeiro.

Esta parábola nos explica porque na terra o mal existe ao lado do bem.

Depois de sua formação, a terra se tornou apta a receber os espíritos, que aqui viriam desenvolver-se. Esses espíritos se encarnaram simples e ignorantes e deveriam iniciar seu longo aprendizado, que os transformaria em espíritos perfeitos. Como porém cada um possui o seu livre-arbítrio, uns se dedicaram ao bem e outros, ao mal. E a terra passou a ser qual seara onde, ao lado da planta generosa e útil, crescesse também a planta venenosa. E hoje, contemplando o mal que campeia pela face da terra, muitos corações bem formados se admiram que o Senhor não o elimine do globo. Entretanto esse dia chegará.

Depois de o Evangelho ser pregado a todos os povos da terra, de modo que ninguém possa alegar ignorância das leis divinas, o Senhor procederá à ceifa, isto é, os maus serão compelidos a desencarnarem e a se retirarem para mundos inferiores, mais de conformidade com o caráter de cada um; então a terra será um imenso celeiro de almas regeneradas.

Particularizando esta parábola e aplicando-a aos adeptos do Espiritismo, notamos que muitas pessoas frequentadoras de Centros Espíritas, apresentam pequenos defeitos que estão em desacordo com as lições que recebem. É como se fosse a cizânia que no mesmo coração crescesse ao lado do bom trigo. Todavia, nessas pessoas o bem que possuem já supera o mal que ainda não conseguiram extirpar de seu íntimo. Por isso os mentores espirituais as toleram condescendentemente, porque sabem que esses defeitos desaparecerão no momento oportuno.

Ao passo que se fossem agir energicamente contra essas pessoas, provavelmente elas sofreriam na parte boa que trazem consigo; correriam o risco de se afastarem e assim perderem a oportunidade de regeneração completa, a qual seria relegada para um futuro, por vezes remoto.


AS PARÁBOLAS DO GRÃO DE MOSTARDA E DO FERMENTO

(Mc 4:30-32; Lc 13:18-19)

31 Pro pôs-lhes mais outra parábola, dizendo: O reino dos céus é semelhante a um grão de mostarda, que um homem tomou e semeou no seu campo;

32 O qual grão é na verdade a mais pequena de todas as sementes; mas depois de ter crescido é a maior de todas as hortaliças e se faz árvore, de sorte que as aves do céu vêm a fazer ninho nos seus ramos.

Jesus prediz que seu Evangelho cobrirá a terra toda. O Evangelho será o livro de todos os tempos, acolhendo em sua sombra generosa o viajor feliz, que o tomar como bússola em sua caminhada para a perfeição. É o livro que nos descerra as sublimes portas da espiritualidade, ampara-nos no pagamento de débitos antigos e nos dá esperanças quanto ao radioso futuro que nos aguarda.

Na verdade, o Evangelho foi uma pequenina semente que Jesus trouxe à terra; plantou-a nos corações de seus discípulos, os quais a espalharam pelo mundo.

Hoje também o Espiritismo cuida da grande árvore, que dentro em breve abrigará sob seus ramos a humanidade regenerada e feliz.


(Lc 13:20)

33 Disse-lhes ainda outra parábola: O reino dos céus ésemelhante ao fermento, que uma mulher toma e o esconde em três medidas de farinha, até que todo ele fique levedado.

O fermento que uma mulher toma, representa o labor evangélico, que se desenvolveria através dos tempos, por meio dos discípulos de boa vontade, até que a humanidade fique completamente evangelizada.

Assim como a massa se fermenta vagarosamente, assim também a humanidade não compreenderá nem assimilará os ensinamentos espirituais de uma só vez, mas aos poucos. Quanto mais a humanidade estudar o Evangelho, tanto mais gosto irá tendo por ele e tanto melhor o irá compreendendo e descobrindo como aplicá-lo em todos os departamentos das atividades terrenas.

O mesmo acontece a cada um de nós. A princípio lutamos com dificuldades para compreender e aceitar os preceitos divinos; mas se persistirmos no estudo, nossa compreensão irá aumentando, até ficarmos aptos não só para bem entendê-los, como também para vivermos de conformidade com eles.


(Mc 4:33-34)

34 Todas estas coisas disse Jesus ao povo em parábolas; e não lhe falava sem parábolas;

35 A fim de que se cumprisse o que estava anunciado pelo profeta, que diz: Abrirei em parábola a minha boca, farei dela sair coisas escondidas desde a criação do mundo.

As revelações são progressivas. À medida que a humanidade avança na senda do progresso, vai recebendo os ensinamentos compatíveis com o grau de progresso alcançado.

A vinda de Jesus ao nosso planeta assinala a maioridade terrena. A humanidade ia ser iniciada nas coisas espirituais, tendo-se em vista sua elevação aos planos superiores do Universo.

As coisas escondidas desde a criação do mundo são os ensinamentos que Jesus nos trouxe e as revelações que nos fez da sobrevivência da alma, a reencarnação dos espíritos, a fraternidade universal, a bondade divina e os poderes espirituais da alma, os quais podem serem movimentados pela fé e pela prece.

Jesus se servia de parábolas para ilustrar seus ensinamentos, facilitando assim a compreensão do povo, que ainda tinha dificuldades em compreender os ensinamentos espirituais abstratos. E são ditas de tal modo, que as parábolas se aplicarão a todos os tempos, mesmo quando a humanidade tiver atingido o mais alto quociente de espiritualidade e de intelectualidade; porque quanto mais as estudarmos, tanto mais belas explicações e aplicações encontraremos para elas.


EXPLICAÇÃO DA PARÁBOLA DA CIZÂNIA

36 Então, despedidas as gentes, veio à casa; e chegaram-se a ele os seus discípulos, dizendo: Explica-nos a parábola da cizânia do campo.

Jesus instruía particularmente os seus discípulos, preparando-os para a elevada missão que teriam de desempenhar na difusão do Cristianismo. Não era por preferência que Jesus assim procedia; ensinava-os em particular porque eles estavam à altura de compreendê-lo. Os discípulos eram espíritos de grande adiantamento espiritual, que tinham vindo especialmente para colaborar com o Mestre.

37 Ele lhes respondeu dizendo: O que semeia a boa semente é o Filho do homem.

38 E o campo é o mundo; a boa semente porém são os filhos do reino; e a cizânia são os maus filhos.

39 E o inimigo que a semeou é o diabo; e o tempo da ceifa é o fim do mundo; e os segadores são os anjos.

40 De maneira que assim como é colhida a cizânia e queimada no fogo, assim acontecerá no fim do mundo.

41 Enviará o filho do homem os seus anjos e tirarão do seu reino todos os escândalos e os que obram a iniquidade.

42 E lançá-los-ão na fornalha de fogo. Ali será o choro e o ranger com os dentes.

43 Então resplandecerão os justos como o sol, no reino de meu Pai. O que tem ouvidos de ouvir, ouça.

O Filho do homem é Jesus e a boa semente é o Evangelho. Os filhos do reino são todos aqueles que procuram viver de conformidade com os preceitos divinos. Os maus filhos são os que se comprazem no mal, nos vícios, na descrença e não se esforçam por melhorar seu estado espiritual. O diabo simboliza as tentações do mundo, que desviam os homens fracos do caminho da espiritualidade. O tempo da ceifa é a época em que se dará a reforma da terra, depurando-a de todos os elementos nocivos e refratários ao bem, que entravam o progresso espiritual do globo.

Os espíritos rebeldes às leis divinas serão compelidos a deixarem a terra, não lhes sendo mais permitido reencarnarem-se aqui. Os segadores serão os elevados espíritos colaboradores e Jesus, os quais presidirão à seleção.

Ao se verem transferidospara mundos inferiores à terra, onde sacrifícios e pesados trabalhos os aguardam, os espíritos exilados se entregarão ao desespero e ao arrependimento simbolizados no choro e no ranger de dentes.

Todavia, não serão eternos condenados, mas irmãos nossos que lutarão até se reabilitarem, em outros ambientes mais adequados a seus caracteres.

Com o desaparecimento da face da terra de todas as causas do mal e de seus promotores, nosso planeta se tornará uma estância de trabalho, cheia de paz e de grandes realizações espirituais e seus habitantes gozarão da felicidade.

Quem tem ouvidos de ouvir ouça, é um convite que Jesus nos faz no sentido de aproveitarmos o mais possível nossa encarnação e os ensinamentos evangélicos. Não há na terra quem não tenha o seu momento em que será chamado para principiar o seu trabalho de construir dentro de seu coração o reino dos céus. Nunca deveremos perder a oportunidade, rogando ao Senhor que nos conceda ouvidos de ouvi-la.


PARÁBOLAS DO TESOURO ESCONDIDO, DA PÉROLA, DA REDE

44 O reino dos céus é semelhante ao tesouro escondido no campo, que quando um homem o acha, o esconde e pelo gosto que sente de o achar, vai e vende tudo o que tem e compra aquele campo.

45 Assim mesmo é semelhante o reino dos céus a um homem negociante que busca boas pérolas.

46 E tendo achado uma de grande preço, vai vender tudo o que tem e a compra.

Jesus aqui nos adverte de que a verdadeira finalidade de nossa vida terrena, é obtermos a riqueza espiritual. Tão logo chegarmos a compreender que a real felicidade não consiste na posse transitória das coisas do mundo, de bom grado passaremos a trabalhar ativamente para entrarmos na posse dos bens espirituais. E assim como o tornem que vendeu tudo o que tinha para comprar o campo e o negociante de pérolas que trocou tudo por uma de alto preço, assim também nós, quando compreendermos o valor dos bens espirituais, tudo trocaremos por eles. Quaisquer sacrifícios serão pequenos para realizarmos o reino de Deus no íntimo de nossa alma.

47 Finalmente o reino dos céus é semelhante a uma rede lançada no mar, que toda a casta de peixes colhe.

48 E depois de estar cheia, a tiram os homens para fora e, sentados na praia, escolhem os bons para os vasos e deitam fora os maus.

49 Assim será no fim do mundo: sairão os anjos e separarão os maus dentre os justos.

50 E lançá-los-ão na fornalha de fogo; ali será o choro e o ranger com os dentes.

Os espíritos se desenvolvem de acordo com o livre-arbítrio que Deus lhes concede. De tempos a tempos, a diretoria espiritual do globo procede, por ordem do Altíssimo, a uma seleção rigorosa dos espíritos que habitam o ambiente terreno: os que usaram de seu livre-arbítrio para cultivarem o bem, tornam-se dignos de passar a viver em planos mais adiantados do Universo, onde fruirão de felicidade imperturbável; os que usaram o seu livre-arbítrio para cometerem o mal são transferidos para planos inferiores, onde os aguardam rudes provas e expiações.

Não devemos tomar a expressão fim do mundo no sentido absoluto. Jamais haverá fim do mundo, porque o Universo é eterno como o Criador. Essa expressão designa apenas o fim de um ciclo evolutivo da humanidade terrena.

51 Tendes vós compreendido bem tudo isto? Res ponderam eles: Sim.

52 Ele lhe disse: Por isso todo escriba instruído no reino dos céus é semelhante a um pai de família, que tira do seu tesouro coisas novas e velhas.

À medida que formos assimilando e praticando as leis divinas, iremos abandonando as ideias velhas do passado e adotando as novas, as quais orientarão nosso progresso espiritual.

O trabalho que deveremos executar para perfazermos nosso progresso espiritual, terá de ser realizado aqui na terra por meio de nossa luta diária pela vida, dos obstáculos e das dificuldades que se nos apresentarem, pelo estudo, pela prática do bem e pela reforma intima de nosso caráter. E para isso reencarnaremos tantas vezes quantas forem necessárias.


O REINO DOS CÉUS

A expressão reino dos céus, muito usada por Jesus em suas lições, tem dois sentidos: o sentido objetivo e o sentido subjetivo. Quando usada objetivamente designa o mundo exterior, isto é, o Universo, do qual a Terra faz parte e onde habitamos. Reserva-se, então, a denominação reino dos céus para os lugares felizes do Universo, que são os mundos regenerados, os felizes e os divinos. As outras categorias de mundos, que são os primitivos, os de expiações e de provas, constituem os mundos ou lugares onde há, prantos e ranger de dentes.

A separação dos bons e dos maus anunciada por Jesus éa transferência para planos superiores do Universo de espíritos que já alcançaram o grau de moralização suficiente para habitá-los. Enquanto os maus, isto é, os espíritos que persistem no erro e não querem regenerar-se, continuarão nos planos de provas e de expiações. Esta separação de uns e de outros se processa diariamente, porque todos os espíritos que já têm o direito de viver em mundos melhores, se transferem para lá sem demora. Também acontece que, quando um mundo começa a oferecer as condições necessárias para servir de morada a espíritos em franco progresso espiritual, o Senhor faz uma seleção rigorosa, banindo dele para mundos inferiores os espíritos que não acompanham o progresso geral. É o que está acontecendo agora com a terra ela já oferece as condições necessárias, materiais e espirituais; requeridas por um mundo de regeneração; e por isso está passando pelas transformações próprias da mudança de categoria, isto é, de um mundo de prova e expiações para um mundo de regeneração. É natural que semelhante transição não se efetue suavemente e sem choques dolorosos. E não é de uma hora para outra que se transforma um mundo. Todavia, é ora e dúvidas que ao despontar o terceiro milênio, tudo estará consumado e a terra terá conquistado o grau de planeta de regeneração e constituirá uma morada de paz, e luz e de felicidade, onde o Evangelho será lei.

Tomada no sentido subjetivo, a expressão reino dos céus designa a tranquilidade de consciência, a paz interior, a felicidade íntima, a suavidade no coração, a calma interna, a fé viva em Deus, tudo isso originado da perfeita compreensão das leis divinas e de completa submissão à vontade do Senhor.

Nas formosas e pequeninas parábolas acima, Jesus exemplifica o reino dos céus nos dois sentidos: no objetivo e no subjetivo.

Na parábola do joio o sentido é objetivo: Deus cria os espíritos e deixa que cada um construa o seu destino, até o dia em que separa os que se dedicaram ao bem, dos que se dedicaram ao mal.

Na parábola do grão de mostarda, o sentido é também objetivo: Jesus simboliza no pequenino grão a religião pura. sem formalismo e sem preconceitos, mas com base no coração, a qual, crescendo, abrigará a humanidade. O Evangelho, qual pequenino grão plantado na Galileia, realizará o reino dos céus na face da terra.

Na parábola do fermento o sentido é subjetivo: aos poucos, os preceitos evangélicos se instalarão no coração da humanidade.

Na parábola do tesouro escondido e da pérola, o sentido é subjetivo: para possuírem dentro de si o reino dos céus, os homens deverão sacrificar todas as más paixões e renunciar a todo o egoísmo.

Na parábola dos peixes, o sentido é objetivo: aqueles que já estão preparados para o reino dos céus, vão para os planos superiores; os que não o estão, continuam em planos inferiores.

Na parábola do escriba instruído, o sentido é subjetivo: diante das novas ideias espirituais que conquistam o mundo, o indivíduo esclarecido abandona as ideias velhas do passado e abraça a fé iluminada pela razão, a religião pura do bem e da fraternidade, do amor e do perdão e do auxílio mútuo, que se devem todos os irmãos, filhos do mesmo Pai.


(Mc 6:1-6; Lc 4:16-30)

53 E depois que acabou de dizer estas parábolas, aconteceu partir Jesus dali.

54 E vindo para a sua pátria, ele os ensinava nas suas sinagogas, de modo que se admiravam e diziam: Donde lhe vem a este uma sabedoria como esta e tais maravilhas?

55 Por ventura não é este o filho do oficial? Não se chama sua mãe Maria? e seus irmãos Tiago e ‘José e Simão e Judas?

56 E suas irmãs não vivem elas todas entre nós? Donde vem logo a este todas estas coisas?

57 E dele tomavam ocasião para se escandalizarem. Mas Jesus lhes disse: Não há profeta sem honra, senão na sua pátria e na sua casa.

58 E não fez ali muitos milagres, por causa da incredulidade de seus naturais.

Custava aos conterrâneos de Jesus se convencerem dos fatos que presenciavam e darem crédito ao que Jesus ensinava. Viram-no crescer entre eles, passar sua infância e mocidade na oficina do pai, ajudando-o no labor diário sabiam que ele não tinha outra instrução a não ser aquela que lhe tinham dado na aldeia. Donde pois lhe vinha a sapiência com que discorria, a segurança com que ensinava, a autoridade com que se dirigia aos seus ouvintes? Incapazes de compreenderem as energias espirituais que Jesus movimentava no desempenho do seu trabalho evangélico, recusavam-se a crer na palavra divina e persistiam na incredulidade.

A sabedoria de Jesus e o seu elevado poder espiritual eram o resultado do progresso alcançado através das encarnações anteriores, segundo as leis da evolução, iguais para todos os filhos de Deus. Como Deus cria incessantemente desde toda a eternidade, sempre houve espíritos que estão sendo criados, outros nos mais diversos graus de evolução e outros que já são perfeitos, tornando-se colaboradores de Deus na obra da Criação. Jesus é um destes últimos; sua perfeição perde-se na noite dos tempos e foi conseguida do mesmo modo como estamos conseguindo a nossa, porém em mundos que existiram antes da terra. Ao formar-se a terra, Jesus já era perfeito; por isso, desde os primórdios de nosso planeta, recebeu de Deus a incumbência suprema de o dirigir.



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Lucas 13:18

E dizia: A que é semelhante o reino de Deus, e a que o compararei?

lc 13:18
Detalhes Capítulo Completo Perícope Completa

Lucas 13:19

É semelhante ao grão de mostarda que um homem, tomando-o, lançou na sua horta; e cresceu, e fez-se grande árvore, e em seus ramos se aninharam as aves do céu.

lc 13:19
Detalhes Capítulo Completo Perícope Completa

Marcos 4:10

E, quando se achou só, os que estavam junto dele com os doze interrogaram-no acerca da parábola.

mc 4:10
Detalhes Capítulo Completo Perícope Completa

Marcos 4:11

E ele disse-lhes: A vós vos é dado saber os mistérios do reino de Deus, mas aos que estão de fora todas estas coisas se dizem por parábolas.

mc 4:11
Detalhes Capítulo Completo Perícope Completa

Marcos 4:12

Para que, vendo, vejam, e não percebam; e, ouvindo, ouçam, e não entendam; para que se não convertam, e lhes sejam perdoados os pecados.

mc 4:12
Detalhes Capítulo Completo Perícope Completa

Marcos 4:13

E disse-lhes: Não percebeis esta parábola? como pois entendereis todas as parábolas?

mc 4:13
Detalhes Capítulo Completo Perícope Completa

Marcos 4:14

O que semeia, semeia a palavra;

mc 4:14
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Marcos 4:15

E os que estão junto do caminho são aqueles em quem a palavra é semeada; mas, tendo-a eles ouvido, vem logo Satanás e tira a palavra que foi semeada nos seus corações.

mc 4:15
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Marcos 4:16

E da mesma sorte os que recebem a semente sobre pedregais; os quais, ouvindo a palavra, logo com prazer a recebem;

mc 4:16
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Marcos 4:17

Mas não têm raiz em si mesmos, antes são temporãos; depois, sobrevindo tribulação ou perseguição por causa da palavra, logo se escandalizam.

mc 4:17
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Marcos 4:18

E outros são os que recebem a semente entre espinhos, os quais ouvem a palavra;

mc 4:18
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Marcos 4:19

Mas os cuidados deste mundo, e os enganos das riquezas e as ambições doutras coisas, entrando, sufocam a palavra, e fica infrutífera.

mc 4:19
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Marcos 4:20

E os que recebem a semente em boa terra são os que ouvem a palavra e a recebem, e dão fruto, um a trinta, outro a sessenta, outro a cem, por um.

mc 4:20
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Lucas 4:16

E, chegando a Nazaré, onde fora criado, entrou num dia de sábado, segundo o seu costume, na sinagoga, e levantou-se para ler.

lc 4:16
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Lucas 4:17

E foi-lhe dado o livro do profeta Isaías; e, quando abriu o livro, achou o lugar em que estava escrito:

lc 4:17
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Lucas 4:18

O Espírito do Senhor é sobre mim, pois que me ungiu para evangelizar os pobres, enviou-me a curar os quebrantados do coração,

lc 4:18
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Lucas 4:19

A apregoar liberdade aos cativos, e dar vista aos cegos; a pôr em liberdade os oprimidos; a anunciar o ano aceitável do Senhor.

lc 4:19
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Lucas 4:20

E, cerrando o livro, e tornando-o a dar ao ministro, assentou-se; e os olhos de todos na sinagoga estavam fitos nele.

lc 4:20
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Lucas 4:21

Então começou a dizer-lhes: Hoje se cumpriu esta Escritura em vossos ouvidos.

lc 4:21
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Lucas 4:22

E todos lhe davam testemunho, e se maravilhavam das palavras de graça que saíam da sua boca; e diziam: Não é este o filho de José?

lc 4:22
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Lucas 4:23

E ele lhes disse: Sem dúvida me direis este provérbio: Médico, cura-te a ti mesmo: faze também aqui na tua pátria tudo que ouvimos ter sido feito em Capernaum.

lc 4:23
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Lucas 4:24

E disse: Em verdade vos digo que nenhum profeta é bem-recebido na sua pátria.

lc 4:24
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Lucas 4:25

Em verdade vos digo que muitas viúvas existiam em Israel nos dias de Elias, quando o céu se cerrou por três anos e seis meses, de sorte que em toda a terra houve grande fome;

lc 4:25
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Lucas 4:26

E a nenhuma delas foi enviado Elias, senão a Serepta de Sidom, a uma mulher viúva.

lc 4:26
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Lucas 4:27

E muitos leprosos havia em Israel no tempo do profeta Eliseu, e nenhum deles foi purificado, senão Naamã, o siro.

lc 4:27
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Lucas 4:28

E todos, na sinagoga, ouvindo estas coisas, se encheram de ira.

lc 4:28
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Lucas 4:29

E, levantando-se, o expulsaram da cidade, e o levaram até ao cume do monte em que a cidade deles estava edificada, para dali o precipitarem.

lc 4:29
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Lucas 4:30

Ele, porém, passando pelo meio deles, retirou-se.

lc 4:30
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Marcos 4:1

E OUTRA vez começou a ensinar junto do mar, e ajuntou-se a ele grande multidão, de sorte que ele entrou e assentou-se num barco, sobre o mar; e toda a multidão estava em terra junto do mar.

mc 4:1
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Marcos 4:2

E ensinava-lhes muitas coisas por parábolas e lhes dizia na sua doutrina:

mc 4:2
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Lucas 13:20

E disse outra vez: A que compararei o reino de Deus?

lc 13:20
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Marcos 4:3

Ouvi: Eis que saiu o semeador a semear;

mc 4:3
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Marcos 4:4

E aconteceu que, semeando ele, uma parte da semente caiu junto do caminho, e vieram as aves do céu, e a comeram;

mc 4:4
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Marcos 4:5

E outra caiu sobre pedregais, onde não havia muita terra, e nasceu logo, porque não tinha terra profunda;

mc 4:5
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Marcos 4:6

Mas, saindo o sol, queimou-se; e, porque não tinha raiz, secou-se.

mc 4:6
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Marcos 4:7

E outra caiu entre espinhos, e, crescendo os espinhos, a sufocaram e não deu fruto.

mc 4:7
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Marcos 4:8

E outra caiu em boa terra e deu fruto, que vingou e cresceu; e um produziu trinta, outro sessenta, e outro cem.

mc 4:8
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Marcos 4:9

E disse-lhes: Quem tem ouvidos para ouvir, ouça.

mc 4:9
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Lucas 8:4

E, ajuntando-se uma grande multidão, e vindo de todas as cidades ter com ele, disse por parábolas:

lc 8:4
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Lucas 8:5

Um semeador saiu a semear a sua semente, e, quando semeava, caiu alguma junto do caminho, e foi pisada, e as aves do céu a comeram;

lc 8:5
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Lucas 8:6

E outra caiu sobre pedra, e, nascida, secou-se, pois que não tinha umidade;

lc 8:6
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Lucas 8:7

E outra caiu entre espinhos, e crescendo com ela os espinhos, a sufocaram;

lc 8:7
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Lucas 8:8

E outra caiu em boa terra, e, nascida, produziu fruto, cento por um. Dizendo ele estas coisas, clamava: Quem tem ouvidos para ouvir, ouça.

lc 8:8
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Lucas 8:9

E os seus discípulos o interrogaram, dizendo: Que parábola é esta?

lc 8:9
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Lucas 8:10

E ele disse: A vós vos é dado conhecer os mistérios do reino de Deus, mas aos outros por parábolas, para que, vendo, não vejam, e, ouvindo, não entendam.

lc 8:10
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Lucas 8:11

Esta é pois a parábola: A semente é a palavra de Deus;

lc 8:11
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Lucas 8:12

E os que estão junto do caminho, estes são os que ouvem; depois vem o diabo, e tira-lhes do coração a palavra, para que se não salvem, crendo;

lc 8:12
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Lucas 8:13

E os que estão sobre pedra, estes são os que, ouvindo a palavra, a recebem com alegria, mas, como não têm raiz, apenas creem por algum tempo, e no tempo da tentação se desviam;

lc 8:13
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Lucas 8:14

E a que caiu entre espinhos, esses são os que ouviram, e, indo por diante, são sufocados com os cuidados, e riquezas e deleites da vida, e não dão fruto com perfeição;

lc 8:14
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Lucas 8:15

E a que caiu em boa terra, esses são os que, ouvindo a palavra, a conservam num coração honesto e bom, e dão fruto com perseverança.

lc 8:15
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Marcos 6:1

E PARTINDO dali, chegou à sua pátria, e os seus discípulos o seguiram.

mc 6:1
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Marcos 6:2

E, chegando o sábado, começou a ensinar na sinagoga; e muitos, ouvindo-o, se admiravam, dizendo: Donde lhe vêm estas coisas? e que sabedoria é esta que lhe foi dada? e como se fazem tais maravilhas por suas mãos?

mc 6:2
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Marcos 6:3

Não é este o carpinteiro, filho de Maria, e irmão de Tiago, e de José, e de Judas e de Simão? e não estão aqui conosco suas irmãs? E escandalizavam-se nele.

mc 6:3
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Marcos 6:4

E Jesus lhes dizia: Não há profeta sem honra senão na sua pátria, entre os seus parentes, e na sua casa.

mc 6:4
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Marcos 6:5

E não podia fazer ali obras maravilhosas; somente curou alguns poucos enfermos, impondo-lhes as mãos.

mc 6:5
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Marcos 6:6

E estava admirado da incredulidade deles. E percorreu as aldeias vizinhas, ensinando.

mc 6:6
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Marcos 4:30

E dizia: A que assemelharemos o reino de Deus? ou com que parábola o representaremos?

mc 4:30
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Marcos 4:31

É como um grão de mostarda, que, quando se semeia na terra, é a mais pequena de todas as sementes que há na terra;

mc 4:31
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Marcos 4:32

Mas, tendo sido semeado, cresce; e faz-se a maior de todas as hortaliças, e cria grandes ramos, de tal maneira que as aves do céu podem aninhar-se debaixo da sua sombra.

mc 4:32
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