Religião Cósmica

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CAPÍTULO 23

NOS PADRÕES DO AMOR

(JO 13:34-35)

Embora arrebatado pela força espiritual daquele Ser que logrou emancipar-se das experiências terrenas e projetar-se para outros domínios vivenciais da Criação por méritos incontestes, buscava eu sentir ao máximo o clima daquele ambiente que se vinculava à Terra, mas em expressões quase angélicas, como um céu formoso a inspirar o chão rude pelo valores diáfanos e essenciais que contém... Tudo ali era harmonia. Não se tratava de uma Natureza como a de nosso mundo; havia em tudo imagens furtivas e divinamente conjugadas. Gabriel chegou a me dizer que a "matéria" ambiente naquele Instituto de Pitágoras se constituía de forças mentais de grande elevação, daí não guardarem as características que nos induzem, na Crosta, a conceber o mundo material como se ele fosse realmente ponderável, palpável, denso... Meu ser gravitava pelos temas que, ao serem propostos por Sócrates, numa espécie de codificação elementar dos mecanismos da vida universal a promoverem a vida em harmonia e perfeita solidariedade, não me adentravam pelo intelecto, mas por ondas que me requisitavam o próprio histórico de existências físicas, como se todas as vivências que eu tivera se convertessem, por induções daquele líder espiritual, em "pontos de contato", ou seja, por base imprescindível à decodificação vibratória da grandeza e da beleza cósmica que o Instrutor nos ofertava...

Sem dúvida, o filho da Antiga Grécia surgira em nosso orbe como sublime missionário, pois sua leveza e simplicidade, sua grandeza a se revelar por vibrações de serenidade e pleno domínio dos mais alcandorados sentimentos de reverência ao Criador, à obra da Criação, ali se estampavam e nos inebriavam de modo insólito, como até então eu somente sentira pela mão caridosa do Convertido de Damasco, logo após meu desencarne. Considerava eu, em conjecturas íntimas e constantes, qual se meu mundo íntimo estivesse em poderosa transição moral, o quanto é importante destravar o coração das amarras conceituais e caprichosas... Sem a busca do que é superior, nos cristalizamos no pobre "eu", sem data para alavancar os processos de subida vibracional. Enxergava com tanta clareza a arrogância e a vaidade que dominam a cultura e os processos vivenciais de nosso mundo terreno... Identificava quão distantes nos colocamos de Deus, de sua essencialidade amorosa e sábia... Pensava em corações amados que insistem em suas posições enfermiças e inibidoras da paz... Revia os palcos de trabalho profissional, religioso, de amizades diversas e, sob aquela onda de amor e luz, de consciência lúcida e promotora de bênçãos, sentia eu o quanto desperdiçamos tempo e energia mental com o que pode ser considerado o caos, os "buracos negros" do egoísmo, que a tudo consomem sem misericórdia, sem qualquer compensação...

A racionalidade fria e calculista queda-se diante da elevação moral e da ternura de quem se dá à Vontade de Deus. Em minhas digressões internas, percebia eu o quanto o poder de Sócrates, tão lúcido e tão entregue às Forças Cósmicas, nos destravava a presunção, nos embalava em sublime entendimento e nos supria a "nudez" de alma pela candura do próprio saber que exornava o seu Espírito convertido à Verdade do Pai Altíssimo!

Essas visitas são habituais dentro de pautas específicas, pois os candidatos devem demonstrar interesse e devem laborar de algum modo os méritos que lhes franqueiam esses momentos de refazimento e elevação para além do concebível. São as "enxertias" do menos bom no melhor, que alavancam o progresso por determinação da Misericórdia Divina. Estão na contramão daquela "descida" dos capelinos, que foram expurgados de seu orbe por sua inferioridade, por sua indisposição de crescer e se melhorar por si próprios, então inseridos num mundo inferior em todos os aspectos - a Terra em sua primitividade –, mas compatível com sua natureza viciosa e irredutível diante dos apelos do Bem...

Analisando isso e sentindo o que sentia diante do sublime Emissário, percebi que, ao nos enviar o Consolador, o Espírito de Verdade, Jesus providenciou em favor dos que possuem "olhos de ver e ouvidos de ouvir" - ou seja, todos os que querem se melhorar e ser verdadeiramente felizes - essa "divina enxertia", pois a Verdade do Pai que o Senhor trouxera até nós na Terra com sua abnegação pessoal novamente a todos foi oferecida, em nova luz, para guiar-nos os passos e santificar nossos sentimentos.



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João 13:34

Um novo mandamento vos dou: Que vos ameis uns aos outros: como eu vos amei a vós, que também vós uns aos outros vos ameis.

jo 13:34
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João 13:35

Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros.

jo 13:35
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