Religião Cósmica
Versão para cópiaESTRUTURAS DO SABER, FLORAÇÕES DO SENTIR
"Ambientado em os ninhos de pensamentos que se afinam com sua essência, em razão de suas buscas ou anseios, o Espírito que ainda se ressente da ausência de experiências mais amplas ou que se anulou em desvios ilusórios "associa-se" para exaurir as energias de que se reveste, seja por ignorância, seja por vício de si mesmo. Embora considerada preceito religioso, somente a oração sentida o exonera desse báratro de ilusões acalentadas por breve tempo, permitindo-lhe sondar e sorver a Verdade da Fonte Divina. Por ela, gotículas de amor o retemperam na canícula, na voragem do personalismo, porque a ciência da vida constitui os valores da razão a caminho da sabedoria, e essa entrega de sentimento faz nele florescer esperança e vigor moral. Esta singela nota nos auxilia a dizer que, na cocriação de mundos como a Terra, o pensamento do Cristo é a estrutura complexa, recamada de probabilidades evolutivas de pleno domínio desse Espírito glorioso, ensejando incontáveis caminhos às mentes que gravitam em torno de sua pureza e misericórdia. As operações múltiplas que conjugam as forças cósmicas para a estruturação do orbe merecem o empenho das plêiades, de quantos Espíritos se especializaram nas áreas diversas que compõem o todo, todavia, o refinamento que se revela na harmonia e na beleza, na utilidade e no bem de todas as cousas foi possível graças ao sentimento impoluto de amor daquele que é a manifestação do "Logos" entre os homens".
Estudando a ascendência de Jesus sobre o planeta, à luz dos estudos doutrinários de Evolução, entenderemos a magnitude do que o Sábio grego assinala acima. Considerando que o pensamento é a manifestação genuína das criaturas que se unem na obra de expansão em que se inserem por vontade de Deus, graças ao pensamento puro do Cristo Jesus, o material destacado da nebulosa solar em tempos que não podemos definir recebeu dele, com o auxílio de uma coorte de Espíritos em evolução consciente, o vigor da ordem e de cada expressão dadivosa que reconhecemos em a Natureza, para viabilizar as experiências humanas, sem olvidar os Princípios 1nteligentes que interagem em todos os reinos naturais. Sutilmente, Sócrates nos fornece chaves preciosas que tentaremos pontuar aqui.
A primeira diz respeito ao que Emmanuel definiu em sua obra psicográfica como sendo "os minutos de Deus". Toda vez que a mente encarnada ou desencarnada se eleva, embebida de sentimento, ao Criador e Pai, a alma se retempera na 5erdade, ainda que chafurdada no lodaçal das iniquidades e dores do mundo. Somente a prece é capaz de neutralizar por instantes o rigor das culpas e dos remorsos, das frustrações e dos enganos, da escravização e da leviandade, da indiferença e do tédio... São breves instantes que reaproximam a criatura de seu Criador, em pureza e simplicidade. Pessoalmente, me surpreendi ao ouvir referência do inesquecível Filósofo ao poder da oração, chancelando o que está na base da Lei de Adoração.
Outra chave diz respeito a antigas conjecturas deste escriba: o que, efetivamente, nesse plano de formação dos mundos e, concomitantemente, do despertamento moral das almas, enseja o surgimento da vida biológica e a consciência do dever moral? Temos a resposta: o sentimento puro do amor. Muitos poderão pensar: mas o amor já define tudo. E insistiríamos: nas órbitas em que nos encontramos, não há unidade, mas dualidade, sugerindo pluralidade. A vida orgânica é prerrogativa da força do sentimento e se assenta nas estruturas lógicas e de conjugação das forças que operam sobre o Fluido Cósmico. Percebemos que o amor do Cristo, impregnando o orbe, permitiu a ação conjunta dos seus técnicos espirituais, também alavancando uma ordem de vida que embrionariamente se manifestou nos mares tépidos pós-formação planetária, exatamente nas primeiras células albuminoides, simples, que foram mediadoras dos organismos mais complexos de vida. Como tudo é conjugação na obra do Criador, o Cristo responde pelo todo, formando uma espécie de "campo" de probabilidades, e os executores de sua vontade, as plêiades, atuariam em escala menor, imprimindo a sua devoção e o seu carinho no plano de trabalho em que se encontravam. Isso explica, talvez, o surgimento do protoplasma que cobriu toda a superfície da Terra nos pródromos da sua evolução. Seria a manifestação apropriada, entre astralidade e materialidade, a projetar a vida biológica que, por sua vez, prepararia as "vestimentas" transitórias com que as mentes se ensaiassem para outro advento: a impregnação viva do Cristo, entre os homens.
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Mateus 6:6
Mas tu, quando orares, entra no teu aposento, e, fechando a tua porta, ora a teu Pai que está em oculto; e teu Pai, que vê secretamente, te recompensará.
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