Alma e Coração

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Capítulo XLI

Indicação da vida


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“Uma receita que nos cure os sofrimentos da mágoa, uma indicação para esquecer o mal” — muitos pedem.

Urge, no entanto, reconhecer que o bem é tão vital e espontâneo em nossa estrada comum, que nos habituamos frequentemente a recolhê-lo sem, ao menos, pensar em estudo ou gratidão.

Exemplo: o amparo incessante e gratuito do sol e do ar que nos alimenta.

De modo geral, não nos lembramos de que vivemos imersos no oceano infinito da Infinita Bondade de Deus, e, em muitas ocasiões, ao invés de seguir os movimentos certos das correntes do Amor Universal em que existimos e respiramos, lutamos contra elas, a dilapidar em vão as nossas próprias forças, só no intuito de solenizar diminutos detritos de lodo que passam por nós, a caminho de esquecimento e desintegração.

Se te encontras sob o real propósito de subtrair o coração à influência do mal, promete a ti mesmo enumerar as bênçãos que te rodeiam e aquelas outras que te ocorrem na experiência cotidiana:

o abrigo doméstico,

a saúde relativa,

o remédio que te suplementa as energias,

o pão,

a veste,

a água pura,

o trabalho digno,

os recursos que te sustentam a execução dos compromissos assumidos sem problemas de consciência,

o estudo tanto quanto queiras,

os valores da amizade,

as possibilidades de compreender e de auxiliar,

o tesouro da oração,

o apoio constante à renovação íntima,

as palavras encorajadoras de alguém…


Faze cada manhã uma lista dos bens que Deus já colocou à tua disposição e observarás que o mal é nuvem passageira no céu de tuas ideias e emoções; então te desvencilharás, rapidamente, de todos os laços que ainda te prendam, porventura, à sombra de ontem para encontrares hoje o melhor tempo de sentir o bem, conhecer o bem, crer no bem e praticar o bem, na romagem evolutiva em que todos nos achamos, buscando, passo a passo, a vida perfeita para a felicidade maior.




Emmanuel
Francisco Cândido Xavier

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