Evolução em Dois Mundos
Versão para cópiaDisciplina afetiva
Enganam-se lamentavelmente quantos possam admitir a incontinência sexual como regra de conduta nos Planos superiores da Espiritualidade.
Médiuns que tenham observado as regiões de licenciosidade, ou desencarnados que a respeito delas venham a traçar essa ou aquela notícia, reportam-se apenas a lugares naturalmente inferiores, extremamente afins com a poligamia embrutecente, por mais brilhantes se lhes externem as conceituações filosóficas.
Nos Planos enobrecidos, realiza-se também o casamento das almas, conjugadas no amor puro, verdadeira união esponsalícia de caráter santificante, gerando obras admiráveis de progresso e beleza, na edificação coletiva, e quando semelhante enlace deva ser adiado, por circunstâncias inamovíveis, os Espíritos de comportamento superior aceitam, na Terra, a luta pela sublimação das forças genésicas, aplicando-as em trabalho digno, com abstenção do comércio poligâmico, tanto mais intensamente quanto mais ativo se lhes revele o esforço no acrisolamento próprio.
Aliás, cabe considerar que na renúncia construtiva a que se entregam, na expectativa, às vezes longa, do amor que os integrará na complementação desejada, encontram, no serviço aos semelhantes, preciosas oportunidades de burilamento e progresso, acentuando em si mesmos os altos valores da cultura e da emoção, que lhes propiciam gozos íntimos dos mais alevantados e mais puros.
Pedro Leopoldo, 25 de maio de 1958.
(Esse capítulo foi psicografado por Francisco Cândido Xavier)
Para mais clara compreensão do delicado assunto que André Luiz ora focaliza, pedimos ao leitor reler com atenção, no livro “”, recebido mediunicamente por Francisco Cândido Xavier, as elucidações compreendidas entre as páginas 198 e 203 [Cap. 13]. — (Nota do Editora.)
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