Benção de Paz
Versão para cópiaNa seara espírita
“Ora, vós sois do Cristo e, individualmente, membros desse corpo.” — PAULO (1co
Em Doutrina Espírita é indispensável nos convençamos definitivamente — todos nós, os seus cultivadores — de que não fomos chamados às construções de espiritualidade para desempenhar a mera função de espectadores.
Jamais escorarmo-nos na ideia de imperfeição pessoal para demitir-nos do trabalho a fazer.
Observar que as edificações do bem comum, acima de tudo, pertencem a nós que lhes percebemos a urgência e a necessidade, e não a outros que ainda não despertaram, em espírito, para considerar-lhes a importância.
Não nos queixarmos da falta de orientação no dever a cumprir, porquanto estamos informados com respeito às atitudes que nos competem na esfera da consciência.
Não transferir aos amigos, sejam quais forem, a culpa de nossos fracassos ou qualquer das obrigações que a vida nos atribui.
Olvidar a sensibilidade ferida e atuar incessantemente para que se realize o bem de todos.
Fugirmos de contendas em torno de problemas doutrinários acessórios, mas sustentar o conceito criterioso e sereno na preservação dos valores essenciais.
Estimar a posição de todos os companheiros no degrau em que se colocam, sem desprezar a nenhum.
Cientificarmo-nos de que o conselho bom, sem o bom exemplo, é comparável a promissória sem crédito a caminho de protesto nos tribunais da vida por falta de pagamento.
Erguer o esforço da ação construtiva ao nível de nossa responsabilidade, identificável na altura de nossa palavra edificante.
Acatar as experiências alheias e aproveitá-las.
Resistirmos à influência do mal sem render-nos à falsa suposição de que não podemos abolir ou diminuir o quadro das provações necessárias.
Nunca vivermos tão profundamente mergulhados nos grandes ideais que não encontremos tempo para as demonstrações pequeninas de entendimento e de afeto.
Equilibrarmos os recursos da existência, de modo que não sejamos pesados à coletividade a que se vincula a nossa cooperação.
Recusar privilégios.
Reconhecermos que, se a Doutrina Espírita nos serve e auxilia de inúmeros modos, é natural que ela chegue até nós esperando venhamos a conhecer e a praticar a nossa obrigação de auxiliar e servir.
(Reformador, fevereiro 1967, página 26)
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