Antologia Mediúnica do Natal

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Capítulo IV

Súplica do Natal I

Na noite santificada,

Em maravilhas de luz,

Sobem preces, cantam vozes

Lembrando-Te, meu Jesus!


Entre as doces alegrias

De Teu Natal, meu Senhor,

Volve ao mundo escuro e triste

Os olhos cheios de amor.


Repara conosco a Terra,

Angustiada e ferida,

E perdoa, Mestre Amado,

Os erros de nossa vida.


Onde puseste a alegria

Da paz, da misericórdia,

Desabam tormentas rudes

De iniquidades e discórdia.


No lugar, onde plantaste

As árvores da união,

Vivem monstros implacáveis

De dor e separação.


Ao longo de Teus caminhos

Sublimes e abençoados,

Surgem trevas pavorosas

De abismos escancarados.


Ao invés de Teus ensinos

De caridade e perdão,

Predominam sobre os homens

A sombra, o crime, a opressão.


Perdoa, Mestre, aos que vivem

Erguendo-Te a nova cruz!

Dá-nos, ainda, a bonança

De Tua divina luz.


Desculpa o mundo infeliz,

Distante das leis do bem,

Releva as destruições

Da humana Jerusalém…


Se a inteligência dos homens

Claudicou e recaiu,

A Tua paz não mudou

E o Teu amor não dormiu.


Por isso, ó Pastor Divino,

Nos júbilos do Natal,

Saudamos a Tua estrela

De vida excelsa e imortal.


Que o mundo Te guarde a lei

Pela fé que nos conduz

Das sombras de nossa vida

Ao reino de Tua luz!…




Essa é a 4ª lição do livro “Antologia Mediúnica do Natal”, editado pela FEB em 1966.



Casimiro Cunha
Francisco Cândido Xavier

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