Antologia Mediúnica do Natal

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Capítulo LIX

O grande doador

Ele não era médico e levantou paralíticos e restaurou feridos, usando o divino poder do amor.

Não era advogado e elegeu-se o supremo defensor de todos os injustiçados do mundo.

Não possuía fazenda e estabeleceu novo reino na Terra.

Não improvisava festas e consolou os tristes e reergueu o bom ânimo das almas desesperadas.

Não era professor consagrado e fez-se o Mestre da Evolução e do Aprimoramento da Humanidade.

Não era Doutor da Lei e criou a universidade sublime do bem para todos os espíritos de boa vontade.

Padecendo amarguras — reconfortou a muitos.

Tolerando aflições — semeou a fé e a coragem.

Abatido — curou as chagas morais do povo.

Supliciado — expediu a mensagem do perdão e do amor, em todas as direções.

Esquecido pelos mais amados — ensinou a fraternidade e o reconhecimento.

Vencido na cruz — revelou a vitória da vida eterna, em plena e gloriosa ressurreição, renovando os destinos das nações e santificando o caminho dos povos.


Ele não era, portanto, rico e engrandeceu os celeiros dos séculos.

Quem oferecer o coração, em homenagem ao Divino Amor na Terra, poderá desse modo, no exemplo de Jesus, embora anônimo, aflito, apagado ou crucificado, atender à santificada colaboração com Deus, a benefício da Humanidade.




(Psicografado em 1956, no Centro Espírita Luiz Gonzaga, na cidade de Pedro Leopoldo, Minas Gerais.)

Essa é a 59ª lição do livro “Antologia Mediúnica do Natal”, editado pela FEB em 1966.



André Luiz
Francisco Cândido Xavier

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