Antologia Mediúnica do Natal

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Capítulo LXIV

O réu da cruz

Em meio às perseguições

Da noite fria e sem luz,

Meus amigos do Evangelho,

Lembrai-vos do Réu da Cruz.


Sem que alguém lhe concedesse

O canto amigo de um lar,

Nasceu numa estrebaria

Por servir e por amar.


Desde a infância humilde e pobre

Na casa de Nazaré,

Trabalhava todo o dia

Entre os formões de José.


Ele, o Príncipe da Luz,

Caminho, Vida e Verdade,

Fez-se escravo pequenino

No serviço à humanidade.


Foi Messias generoso

Da bondade e do perdão,

Trazendo ao mundo oprimido

A grande renovação.


Serviu aos ricos e aos pobres,

Ao infeliz, ao sofredor,

Devotou-se a toda gente

Em sua missão de amor.


Revelou a paz do Reino

Da verdade e da Bonança,

Fez brilhar na Terra escura

Novo lume de esperança.


À cegueira dos caminhos

Trouxe a luz pura e imortal,

Pelo Evangelho da Vida

Curou a lepra do mal.


Expulsou a treva espessa,

Viveu a bondade imensa,

Trouxe a bênção da fé viva,

Trabalhou sem recompensa.


Mas, em troca dos tesouros

De sua abnegação,

Recebeu pedras e espinhos

De dor e incompreensão.


Foi traído e processado,

Encarcerado e ferido,

Ele, o Mestre da Verdade,

Foi o grande escarnecido.


Se também sois humilhados,

Lembrai-vos d’Aquele Réu,

Que foi à cruz pelo crime

De abrir a visão do Céu.




Essa é a 64ª lição do livro “Antologia Mediúnica do Natal”, editado pela FEB em 1966.



Casimiro Cunha
Francisco Cândido Xavier

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