Amanhece
Versão para cópiaTragédia antiga
Em reunião do Centro Espírita Eurípedes Barsanulfo, da Vila de Peirópolis, nos arredores de Uberaba, , aberto ao acaso, nos deu para estudo o item 8 do seu capítulo XIV, que provocou vários comentários sobre Educação. No final dos trabalhos o poeta Valentim Magalhães psicografou, por nosso intermédio, o soneto Retorno.
O soneto é uma tragédia antiga em forma antiga.
RETORNO— “Rua, filho infeliz!…” — grita brandindo a vara O severo Dom João, de gesto frio e rude… — “Não me mates, meu pai!…Socorro!… Deus me ajude!…” Clama o rapaz, fugindo à mão que o desampara. Mas não existe dor que o tempo não transmude. Envelhece Dom João na casa nobre e rara, Lembra com novo amor o filho que expulsara; Quer reencontrá-lo agora e viaja amiúde… Certa noite, ante um rio, ao vento rijo e forte, O castelão viajor pede auxílio e transporte… Mas surge por barqueiro estranho maltrapilho… É um moço salteador que o saqueia e tortura… Dom João fita o agressor… É o filho que procura… E morre a suplicar: — “não me mates, meu filho!…” |
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