Enciclopédia de Gênesis 13:11-11

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

gn 13: 11

Versão Versículo
ARA Então, Ló escolheu para si toda a campina do Jordão e partiu para o Oriente; separaram-se um do outro.
ARC Então Ló escolheu para si toda a campina do Jordão, e partiu Ló para o Oriente, e apartaram-se um do outro.
TB Assim Ló escolheu para si toda a planície do Jordão e partiu para o oriente; apartaram-se um do outro.
HSB וַיִּבְחַר־ ל֣וֹ ל֗וֹט אֵ֚ת כָּל־ כִּכַּ֣ר הַיַּרְדֵּ֔ן וַיִּסַּ֥ע ל֖וֹט מִקֶּ֑דֶם וַיִּפָּ֣רְד֔וּ אִ֖ישׁ מֵעַ֥ל אָחִֽיו׃
BKJ Então, Ló escolheu para si toda a planície do Jordão, e Ló viajou para o leste, e eles se apartaram um do outro.
LTT Então Ló escolheu para si toda a campina do Jordão 33, e partiu Ló para o oriente, e apartaram-se um do outro.
BJ2 Ló escolheu para si toda a Planície do Jordão e emigrou para o oriente. Assim eles se separaram um do outro.
VULG Elegitque sibi Lot regionem circa Jordanem, et recessit ab oriente : divisique sunt alterutrum a fratre suo.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Gênesis 13:11

Gênesis 13:9 Não está toda a terra diante de ti? Eia, pois, aparta-te de mim; se escolheres a esquerda, irei para a direita; e, se a direita escolheres, eu irei para a esquerda.
Gênesis 13:14 E disse o Senhor a Abrão, depois que Ló se apartou dele: Levanta, agora, os teus olhos e olha desde o lugar onde estás, para a banda do norte, e do sul, e do oriente, e do ocidente;
Gênesis 19:17 E aconteceu que, tirando-os fora, disse: Escapa-te por tua vida; não olhes para trás de ti e não pares em toda esta campina; escapa lá para o monte, para que não pereças.
Salmos 16:3 Digo aos santos que estão na terra e aos ilustres em quem está todo o meu prazer:
Salmos 119:63 Companheiro sou de todos os que te temem e dos que guardam os teus preceitos.
Provérbios 27:10 Não abandones o teu amigo, nem o amigo de teu pai, nem entres na casa de teu irmão no dia da tua adversidade; melhor é o vizinho perto do que o irmão longe.
Hebreus 10:25 não deixando a nossa congregação, como é costume de alguns; antes, admoestando-nos uns aos outros; e tanto mais quanto vedes que se vai aproximando aquele Dia.
I Pedro 2:17 Honrai a todos. Amai a fraternidade. Temei a Deus. Honrai o rei.

Notas de rodapé da LTT

As notas de rodapé presentes na Bíblia versão LTT, Bíblia Literal do Texto Tradicional, são explicações adicionais fornecidas pelos tradutores para ajudar os leitores a entender melhor o texto bíblico. Essas notas são baseadas em referências bíblicas, históricas e linguísticas, bem como em outros estudos teológicos e literários, a fim de fornecer um contexto mais preciso e uma interpretação mais fiel ao texto original. As notas de rodapé são uma ferramenta útil para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira compreender melhor o significado e a mensagem das Escrituras Sagradas.
 33

Gn 13:11: foi seguindo sua carne que Ló escolheu onde morar, para onde iria; e foi pelo Espírito que Abraão contentemente aceitou onde morar. Que diferença entre o andar pela fé, junto ao coração de Deus, e o andar pela vista, junto ao conforto do mundo!


Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

ABRAÃO NA PALESTINA

Em alguns aspectos, o "chamado" divino a Abraão (Gn 12:1-3) trouxe consigo muitas das mesmas consequências de sua "maldição" sobre Caim (Gn 4:12-16): cada um foi levado a abandonar todas as formas de segurança conhecidas em seu mundo e ir viver em outro lugar. Abraão abandonou sua terra, clã e família em Harrã e foi na direção da terra que, por fim, seus descendentes iriam herdar (Gn 12:4-5). Ao chegar ao planalto central de Canaã, o grande patriarca construiu um altar na cidade de Siquém e adorou a Deus (Gn 12:6-7). Dali se mudou para o sul, para acampar perto de Betel e Ai (Gn 12:8). Mas Abraão também descobriu uma realidade bem dura nesse novo local: na época, a terra era dominada por cananeus (Gn 12:6b) e foi assolada por uma fome (Gn 12:10), o que o forçou a viajar para o Egito, presumivelmente pela estrada central que passava por Hebrom e Berseba.
Quando a fome acabou, Abraão e seu grupo retornaram pelo Neguebe até o lugar de seu antigo acampamento, perto de Betel/Ai, onde voltaram a residir (Gn 13:3-4). Mas não se passou muito tempo e Abraão experimentou mais um problema - dessa vez um problema familiar. Ao que parece, não havia pastagens suficientes para alimentar os rebanhos de Abraão e seu sobrinho, Ló, o que fez com que Ló partisse para a planície do Jordão, que era mais bem regada, e passasse a residir na cidade de Sodoma (Gn 13:11-12; cp. 14.12). Nesse ínterim, Abraão se mudou para o sul e se estabeleceu junto aos carvalhos de Manre, em Hebrom (Gn 13:18), onde construiu mais um altar ao Senhor.
Algum tempo depois, cinco cidades situadas no vale de Sidim (Sodoma, Gomorra, Admá, Zeboim e Zoar) se rebelaram contra seus soberanos da Mesopotâmia (Gn 14:1-4).
Reagindo a esse desafio, os monarcas mesopotâmicos enviaram seus exércitos na direção de Canaã e, a caminho, atacaram as terras transjordanianas dos refains, zuzins, emins e horeus, chegando até El-Para (Gn 14:5-6). Depois de passarem por El-Pará, os reis inimigos se voltaram para En-Mispate (Cades-Barneia), onde subjugaram alguns amalequitas (14.7a), e, em seguida, derrotaram os amorreus, em Tamar (14.7b). Essa ação deve ter permitido que os reis da Mesopotâmia voltassem a atenção para seus verdadeiros inimigos: as cidades do vale de Sidim (Gn 14:8-11).
O fraseado de Gênesis 13:10-11 tem levado alguns pesquisadores a procurar as cidades perto do lado norte do mar Morto e da foz do rio lordão. Mas a maioria sustenta que essas cidades devem ter ficado perto do lado sul do mar Morto, com base no fato de que o mapa-mosaico de Medeba, do século 6, situa o nome de uma delas (Zoar) naquela região [v. mapa 15]. Ademais, perto da margem sudeste do mar Morto foram encontradas muitas sepulturas da Idade do Bronze Inicial, com restos de milhares de esqueletos humanos - o que levou alguns escritores a levantarem a hipótese de que esses achados teriam relação com os acontecimentos que envolveram Sodoma e Gomorra.
Uma tradição cristã bem antiga que predominou bastante nos mapas medievais mais antigos foi situar Sodoma e Gomorra debaixo da água das bacias do mar Morto, em particular da bacia sul. Contudo, o abaixamento do nível do mar Morto no século 20 fez com que terra seca ficasse exposta na bacia sul, e não se descobriu nenhum vestígio arqueológico que apoiasse essa suposição.
A vitória dos mesopotâmios foi rápida e decisiva. As cidades da planície do Jordão foram derrotadas. Alguns de seus cidadãos, inclusive Ló, foram levados cativos para o norte, chegando até a cidade de Dá (Gn 14:12). Quando informado dessa tragédia, Abraão imediatamente liderou alguns de seus homens na perseguição aos captores de Ló, alcançando-os perto de Da e desbaratando-os com sucesso até Damasco e mesmo além (Gn 14:13-15).
Ouando Abraão, voltando de sua missão, chegou perto do vale de Savé, Melquisedeque, o rei de Salém, saiu ao seu encontro, e o patriarca partilhou com ele os despojos da vitória (Gn 14:17-24).
O texto bíblico diz que, dali, Abraão viajou para o sul, na direção do Neguebe, e que por fim chegou em Gerar (Gn 20:1). Durante seus anos ali, finalmente se concretizou a promessa de um filho, que tinha sido aguardado por tanto tempo (Gn 21:2-3). Mas, quando surgiu um problema com o rei de Gerar devido a direitos de uso de água (Gn 21:25), Abraão se mudou mais para o interior, para Berseba (implícito em Gn 21:31). Ao que parece, esse lugar serviu de residência para o patriarca até sua morte, quando foi levado e enterrado ao lado de Sara, na caverna próxima de Hebrom (Gn 25:8-10).
Abraão na Palestina
Abraão na Palestina
A Siquém bíblica (moderna Nablus) fica onde o uádi Siquém se junta à estrada da Serra Central.
A Siquém bíblica (moderna Nablus) fica onde o uádi Siquém se junta à estrada da Serra Central.

Região da Sefalá

VALE DO RIFTE DO JORDÃO
As forças geológicas dominantes que esculpiram as características mais proeminentes do Levante são mais visíveis no Vale do Rifte do Jordão. Estendendo-se para além do Levante, a fissura geológica é conhecida como Vale do Rifte Afro-Árabe. Um bloco rebaixado confinado por duas falhas geológicas paralelas começa no sudeste da Turquia e se estende para o sul, atravessando o Levante e chegando até o golfo de Ácaba. A partir daí, a fratura avança para o sul, numa linha que corre paralela ao mar Vermelho, até a Etiópia, resultando na separação entre a península Árabe e a África. Na base do mar Vermelho, a própria falha geológica se divide: um braço oriental faz separação entre, de um lado, a placa Árabe e, de outro, a placa Somali e o "Chifre da África" e se estende até as profundezas do oceano Indico; um braço ocidental começa a penetrar diagonalmente na Etiópia, Quênia, Uganda, Tanzânia, Malaui e Moçambique. Conhecida naqueles segmentos como o "Grande Vale do Rifte Africano", essa rachadura geológica é a responsável pela criação dos lagos mais alongados da África Oriental (Turkana, Alberto, Eduardo, Kivu, Tanganica, Malaui), pela formação do lago Vitória e por fazer a ilha de Madagascar se separar do continente africano, Aqui, entalhada na crosta terrestre, há uma falha geológica que, sozinha, estende-se continuamente por mais de 6.400 quilômetros - 60 graus de latitude ou cerca de um sexto da circunferência da Terra. Pelo que se sabe, essa falha representa também a mais profunda fissura na superfície da Terra, e o ponto mais profundo ao longo do corte continental fica às margens do mar Morto. Aí, ao lado da margem ocidental, uma sucessão de falhas secundárias, bem próximas umas das outras e que correm em paralelo com a falha principal, tem dado aos cientistas oportunidade de estudar e avaliar a profundidade de deslocamento. Perfurações demonstraram ocorrência de deslocamentos verticais que chegam 3:580 metros e testes geofísicos realizados na região têm levado a estimativas de até 7 mil metros de espessura. A região ao redor do mar Morto iá fica numa altitude extremamente baixa (420 metros abaixo do nível do mar), o que leva a se estimar que depósitos não consolidados sobre o leito cheguem abaixo do nível do Mediterrâneo, alcançando quase 7.600 metros. Em outras palavras, se alguém escavasse em certos lugares ao longo do mar Morto, encontraria apenas aluvião sedimentar descendo até aproximadamente 7.560 metros, antes de, finalmente, encontrar estratificação rochosa." Espalhando-se em todas as direções a partir desta "fissura-mãe", existem dezenas de fraturas secundárias que tornam a região ao redor um mosaico geológico; algumas dessas ramificações criaram, elas mesmas, vales laterais (Harode, Far'ah, Jezreel). De acordo com registros sismográficos, cerca de 200 a 300 "microterremotos" são atualmente registrados todos os dias em Israel. É claro que a imensa maioria desses abalos é humanamente indetectável. Às vezes, no entanto, um terremoto devastador atinge essa terra, como é o caso de alguns mencionados a seguir.


1) Há relatos de que, em 7 e 8 de dezembro de 1267, um abalo desmoronou o rochedo íngreme existente ao lado do rio Jordão, em Damiya, o que causou o represamento do Jordão durante cerca de 10 horas.

2) Por volta do meio-dia de 14 de janeiro de 1546, ocorreu um terremoto cujo epicentro foi perto da cidade samaritana de Nablus (Siquém), de novo interrompendo a vazão do rio Jordão - desta vez durante cerca de dois dias.

3) Em 1.° de janeiro de 1837, um forte terremoto, com múltiplos epicentros, atingiu Israel e Jordânia. Na Galileia, quatro mil moradores da cidade de Safed foram mortos, bem como outros mil nas regiões ao redor. Toda a aldeia de Gush Halav foi destruída. No centro de Israel, duas ruas residenciais desapareceram completamente em Nablus, e um hotel desabou em Jericó, provocando ainda mais mortes. Os dois lados do que atualmente é conhecido como ponte Allenby foram deslocados.

Até mesmo em Amã, a mais de 160 quilômetros de distância, há registros de muitos danos causados por esse tremor.
4) Em 11 de julho de 1927, houve um terremoto no início da tarde, seu epicentro parece ter sido em algum ponto do lado norte do mar MortoS Há informações de que esse tremor provocou o desabamento de um paredão de terra de 45 metros, próximo de Damiya. Esse desabamento destruiu uma estrada e represou o Jordão durante 21 horas e meia (embora esta seja uma informação de segunda mão que, em anos recentes, tem sido questionada). Não se pode excluir a possibilidade de que um acontecimento semelhante tenha ocorrido quando Israel atravessou o Jordão "a seco" (Js 3:7-17).
Depois de fazer um levantamento do Vale do Rifte do Jordão como um todo, examinemos suas várias partes.
Primeiro, a uma altitude de 2.814 metros, o monte Hermom tem uma precipitação anual de 1.520 milímetros de chuva e permanece coberto de neve o ano todo (cp. Jr 18:14).
Descendo pelas encostas ou borbulhando em seu sopé, existem centenas de fontes e regatos que se juntam para formar os quatro principais cursos d'água que dão origem ao Jordão. O curso d'água mais a oeste - Ayun (n. Bareighit) - surge perto da moderna Metulla, cidade fronteiriça israelense, e segue quase diretamente para o sul. Não longe dali, fica o curso maior, o rio Senir (n. Habani), que tem origem no lado ocidental do Hermom, em frente à aldeia libanesa de Hasbiyya. O rio Da/Leda nasce no sopé do sítio bíblico de Dá (n. Qadi), e o rio Hermom (n. Banias) aflora das cavernas próximas ao local da moderna Banyas. Quando, por fim, juntam-se para formar um único curso d'água perto do lago Hula, as águas já desceram a uma altitude aproximada de apenas 90 metros acima do nível do mar.
Prosseguindo seu fluxo descendente, as águas chegam ao mar da Galileia (Mt 4:18-15.29; Mc 1:16-7.31; Jo 6:1), que também é conhecido por outros nomes: Quinerete (Nm 34:11; Dt 3:17; Js 12:3-13.27), Genesaré (Lc 5:1), Tiberíades (Jo 6:1-21.
1) ou simplesmente "o mar" (Mt 9:1; Jo 6:16). O mar da Galileia é um lago interior de água doce com medidas aproximadas de 21 quilômetros de norte a sul, 13 quilômetros de leste a oeste e cerca de 46 metros de profundidade. A superfície desse lago fica aproximadamente 212 metros abaixo do nível do mar, o que faz com ele seja a mais baixa massa de água doce no planeta.
Flanqueado pela região montanhosa da Baixa Galileia a oeste e pelo Gola a leste, no mar da Galileia deve ter havido intensa atividade ao longo de todo o período bíblico.
Cafarnaum, próxima de onde passa a Grande Estrada Principal, revela indícios de ocupação já em 8000 a.C. e pelo menos 25 outros locais na Baixa Galileia foram ocupados já na 1dade do Bronze Inicial. Mas foi no período romano que a atividade humana na região alcançou o ápice. Os rabinos afirmavam: "O Senhor criou sete mares, mas o mar de Genesaré é seu deleite.
O mar da Galileia também deleitou Herodes Antipas, que, as suas margens, construiu a cidade de Tiberíades, com seus inúmeros adornos arquitetônicos de grandeza romana.
Nas proximidades, foram construídos banhos romanos em Hamate, um hipódromo em Magdala (Tariqueia), bem como muitas aldeias, casas suntuosas, muitas ruas pavimentadas e numerosas arcadas. Desse modo, na época do Novo Testamento, o mar estava experimentando tempos de relativa prosperidade, em grande parte relacionada com uma florescente indústria pesqueira que, estima-se, chegava a apanhar 2 mil toneladas de peixe. Em meados da década de 1980, quando o nível da água ficou bem baixo, descobriu-se mais de uma dúzia de portos romanos circundando o mar da Galileia. Essa prosperidade se reflete em vários incidentes narrados nos Evangelhos e que aconteceram perto do Mar. Por exemplo, a parábola de Jesus sobre um rico tolo que achou recomendável derrubar seus celeiros e construir outros ainda maiores foi proferida às margens do Mar (Lc 12:16-21). Sua parábola sobre o joio e o trigo gira em torno da prosperidade de um chefe de família que possuía celeiros e servos (Mt 13:24- 43). Como parte do Sermão do Monte - que, de acordo com a tradição, foi pregado na área logo ao norte de Tabga -, Jesus tratou dos assuntos: dar esmolas e acumular bens terrenos (Mt 6:1-4,19-34). E sua famosa pergunta nas proximidades de Cesareia de Filipe - "Que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua vida?" - foi dirigida a ouvintes galileus, alguns dos quais, sem dúvida alguma, possuíam grandes riquezas ou conheciam alguém que possuía (Mc 8:27-37; Lc 9:23-25).
Há uma distância em linha reta de apenas 120 quilômetros separando o mar da Galileia e o mar Morto. No entanto, entre um e outro, o rio Jordão serpenteia por cerca de 240 quilômetros (observe-se, que é possível que, da Antiguidade bíblica para cá, tenha ocorrido uma mudanca no ponto em que o Jordão entra no mar da Galileia e no ponto em que dele sai). Aí o rebaixado Vale do Rifte, às vezes chamado de "o Ghor" ("depressão"), varia de largura, entre 3,2 e 6,4 quilômetros, embora alargue nas bacias de Bete-Sea e Jericó. O próprio Jordão corre ao longo do leito sinuoso mais baixo do Ghor - atravessando uma mata fechada, baixa e emaranhada de tamargueiras, álamos e oleandros, espinheiros pontudos e toras espalhadas e podres trazidas pela água (2Rs 6:2-7). Esse leito às vezes é chamado de "floresta do Jordão" (Jr 12:5-49.19; 50.44; Zc 11:3).
Alguns textos bíblicos dão a entender que, na Antiguidade, animais selvagens habitavam essa mata fechada (1Sm 17:34-36 (implicitamente]; 2Rs 2:24; Mc 1:13). Restos de esqueletos de várias espécies de animais selvagens foram exumados do leito do vale e, em tempos modernos, viajantes relataram terem avistado, na região, leões, ursos, leopardos, lobos, chacais, hienas e uma ampla variedade de aves aquáticas.? Além disso, muitas cidades árabes modernas no vale ou nas proximidades parecem ter o nome de animais selvagens e o mapa de Medeba (um mosaico de chão, do sexto século d.C., com o desenho de um mapa - a mais antiga representação conhecida da região) mostra um leão rondando, à espreita, no vale.2 Não há nenhum indício de que, antes do sexto século d.C., tenham existido pontes cruzando o Jordão, de modo que é preciso imaginar que, durante o período bíblico, a maneira normal de atravessar o rio era a nado, algo que exigia grande esforço e era potencialmente perigoso (Jz6.33; 1Sm 13:7-31:11-13; 2Sm 2:29-10.17; 17.22; 24.5), o que provavelmente acontecia com mais frequência nos inúmeros vaus ao longo do rio (Js 2:7; Jz 3:28-12.5,6).
No fim de seu curso, o rio Jordão desaguava no mar Morto ou, tal como é chamado na Bíblia, mar Salgado (Gn 14:3; Nm 34:3-12; Dt 3:17; Js 3:16-12.3; 15.2,5; 18.9), mar da Arabá (Dt 3:17-4.49; Js 3:16-12.3; 2Rs 14:25) ou mar do Oriente (Ez 47:18: I1 2.20; Zc 14:8). O nome "mar Morto" aparece em textos gregos a partir do início do século primeiro,3 e aparentemente foi introduzido na tradição crista por meio da obra de São Jerônimo." Com a superfície da água a 420 metros abaixo do nível do mar (e baixando ainda mais ano a ano!), o mar Morto é, de longe, a depressão continental mais baixa do planeta. À guisa de comparação, a grande depressão de Turfan - que, com exceção do mar Morto, é o ponto mais baixo da Ásia continental - fica 150 metros abaixo do nível do mar. Na África, o ponto mais baixo (a depressão de Qattara, situada no Saara) está 156 metros abaixo do nível do mar. O ponto mais baixo da América do Norte (o vale da Morte, na Califórnia) se encontra 86 metros abaixo do nível do mar.
O mar Morto é um lago sem saída (sem acesso para os oceanos) que mede cerca de 16 quilômetros de largura, aproximadamente 80 quilômetros de comprimento e alcança uma profundidade de pouco mais de 300 metros em um ponto de sua bacia norte. Contrastando fortemente com isso, nos dias atuais a bacia rasa no sul não tem água, mas é quase certo que teve um mínimo de 3 a 9 metros de água durante toda a era bíblica. A altitude extremamente baixa do mar Morto cria uma imensa e extensa bacia de captação de aproximadamente 70 mil quilômetros quadrados, o que faz dele o maior sistema hidrológico do Levante em área. Antes da construção de açudes e da escavação de canais de drenagem nessa área de captação, durante o século 20.9 calcula-se que o mar Morto recebia um total de 2,757 bilhões de metros cúbicos anuais de água, o que teria exigido uma média diária de evaporação na ordem de 5,47 milhões de metros cúbicos a fim de manter um equilíbrio no nível da água. Antes que houvesse esses modernos esforços de conservação, o despejo de água apenas do sistema do rio Jordão era de cerca de 1,335 bilhão de metros cúbicos por ano, o que significa que, durante a maior parte da Antiguidade bíblica, o Baixo Jordão deve ter tido uma vazão com o volume aproximado de rios como o Colorado ou o Susquehanna, ao passo que, hoje, sua vazão é de apenas uma fração disso. O mar Morto também é o lago mais hipersalino do mundo.
A salinidade média dos oceanos é de 3,5%. O Grande Lago Salgado, nos Estados Unidos, tem aproximadamente 18% de sal, e a baía Shark, na Austrália, tem um índice de salinidade pouco superior a 20%. Mas vários fatores combinam para criar, no mar Morto, uma salinidade hídrica que vai de 26 a 35%: (1) ele é alimentado por alguns cursos d'água que têm uma salinidade incomum, passando por solo nitroso e fontes sulfurosas; (2) é contaminado pela adição de sais químicos encontrados na falha geológica que existe embaixo dele (cloreto de sódio, cloreto de cálcio. cloreto de potássio. brometo de magnésio); (3) é exposto à contaminação resultante da erosão do monte Sedom, que é um plugue de rocha salina muito profundo e massivamente poroso que se estende por 8 quilômetros ao longo de sua margem sudoeste. O elevado teor de sal impede a vida aquática no mar Morto.com exceção de uns poucos micro-organismos (bactérias simples, algas verdes e vermelhas, protozoários) descobertos recentemente  Contudo, ao longo da história, os minerais do mar Morto às vezes levaram a um aumento do valor das propriedades ao redor. Pelo menos desde o período neolítico um produto primário bastante valorizado é o betume. uma forma de petróleo endurecido por meio da evaporação e oxidação. utilizado para vedar e colar, confeccionar cestos, na medicina e na fabricação de tijolos de barro. Betume do mar Morto foi empregado como conservante em múmias do Egito antigo. Durante o período do Novo Testamento, os nabateus controlavam o comércio do betume do mar Morto, e há uma teoria de que a ânsia de Cleópatra em controlar o comércio de betume estimulou seu desejo de governar a região ao redor do mar Morto.
Também havia grande procura pelo bálsamo do mar Morto, o perfume e medicamento mais apreciado no mundo clássico.  Dizem que Galeno, o eminente médico do segundo século d.C. ligado ao famoso Asclépio, em Pérgamo, viajou de sua cidade na Ásia Menor até o mar Morto com o propósito específico de voltar com o "bálsamo verdadeiro" O cloreto de potássio, outro mineral do mar Morto, tornou-se popular no século 20 devido ao emprego na fabricação de fertilizantes químicos. Ao mesmo tempo, banhos nas fontes termominerais ao longo das margens do mar Morto tornaram-se um tratamento popular para vários problemas de pele, especialmente a psoríase. Com isso, talvez se possa dizer que, em tempos recentes, o mar Morto passou a viver. Na Antiguidade, porém, a descrição sinistra do precipício do mar Morto se reflete nas páginas das Escrituras. A destruição de Sodoma e Gomorra (Gn
19) ocorreu bem próximo desse mar. Embora haja interpretações diferentes sobre a natureza exata da destruição que caiu sobre as duas cidades, seja como erupção vulcânica seja como explosão espontânea de bolsões de betume abaixo da superfície do solo, colunas cársticas de sal (conhecidas como "mulher de L6") são um fenômeno frequente na região do mar Morto. Pode-se quase adivinhar que o deserto uivante ao redor do mar Morto deve ter proporcionado um refúgio apropriado para o fugitivo Davi (1Sm 21:31), bem como para os essênios de Qumran e os marginalizados judeus insurgentes da Primeira Revolta Judaica. Foi num lugar estéril e árido assim que Jesus enfrentou suas tentações (Mt 4:1-11); talvez esse tipo de ambiente sombrio tenha contribuído para a angústia que sofreu.
Por outro lado, o profeta Ezequiel (47.1-12; Zc
148) vislumbrou um tempo quando até mesmo as águas salgadas do mar Morto passarão por uma recriação total e não serão mais sombrias e sem vida, mas estarão plenas de vitalidade. Começando com o Sebkha (pântanos salgados) ao sul do mar Morto, o Grande Vale do Rifte forma uma espécie de vala arredondada que se estreita até chegar ao golfo de Ácaba. Ali começa a se alargar de novo, na direção do mar Vermelho, e o golfo é flanqueado por encostas escarpadas e penhascos altos que superam os 750 metros de altura. Por sua vez, no golfo de Ácaba, a apenas 1,6 quilômetro de distância desses penhascos, há abismos cuja profundidade da água ultrapassa os 1:800 metros.

PLANALTO DA TRANSJORDÂNIA
A quarta zona fisiográfica, a que fica mais a leste, é conhecida como Planalto da Transjordânia. A região do planalto ladeia imediatamente a Arabá, e é chamada na Bíblia de "além do Jordão" (Gn 50:10; Nm 22:1; Dt 1:5; Js 1:14-1Sm 31.7; 1Cr 12:37). No geral, a topografia da Transjordânia é de natureza mais uniforme do que a da Cisjordânia. A elevada chapada da Transjordânia tem cerca de 400 quilômetros de comprimento (do monte Hermom até o mar Vermelho), de 50 a 130 quilômetros de largura e alcança altitudes de 1.500 metros acima do nível do mar. A sua significativa precipitação escavou quatro desfiladeiros profundos e, em grande parte, laterais, ao longo dos quais correm os rios Yarmuk, Jaboque, Arnom e Zerede. Cobrindo uma base de arenito que fica exposta nessas quatro ravinas cavernosas e em uns poucos segmentos no sul, no norte a superfície da Transjordânia é composta basicamente de calcário, com uma fina camada de basalto cobrindo a área ao norte do Yarmuk. A região elevada prossegue na direção sul com afloramentos de granito que formam o muro oriental da Arabá. Por esse motivo, na época de atividade agrícola, as regiões do norte da Transjordânia são férteis, pois o solo mais bem irrigado consegue produzir grandes quantidades de diferentes cereais, especialmente trigo (cp. Am 4:1-3). Durante o periodo romano. essa região produziu e forneceu cereais para toda a província siro-palestina. A leste do principal divisor de águas, que fica a uma altitude de cerca de 1.800 metros e a uma distância entre 25 e 65 quilômetros do Rifte do Jordão, há uma transicão repentina da estepe para o deserto Oriental. Por exemplo, muitas partes do domo de Gileade têm grande quantidade de fontes e ribeiros com boa; agua potável, ao passo que a leste do divisor de águas há necessidade de cisternas. A abundância sazonal das plantações de cereais cede lugar para a pastagem superficial e intermitente de que se alimentam os animais pertencentes aos nomades migrantes.

UMA TERRA SEM RECURSOS
A terra designada para o Israel bíblico possui bem poucos recursos físicos e econômicos. Ela não contem praticamente nenhum metal precioso (pequenas quantidades de minério de cobre de baixo valor e um pouco de ferro e manganês) e uma gama bem limitada de minerais (alguns da área do mar Morto tendem a evaporar). Descobriu-se gás natural no Neguebe. Apesar de repetidas afirmações em contrário, ali não foram encontrados campos significativos de petróleo. A terra tem escassos recursos de madeira de lei e não tem suprimento suficiente de água doce (v. seções seguintes sobre hidrologia e arborização).
Região da Defalá
Região da Defalá
A falha Geológica afro-árabe
A falha Geológica afro-árabe
O Mar da Galileia
O Mar da Galileia
O Mar Morto
O Mar Morto

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Locais

Estes lugares estão apresentados aqui porque foram citados no texto Bíblico, contendo uma breve apresentação desses lugares.

JORDÃO

Atualmente: ISRAEL
Constitui a grande fenda geológica O Rift Valley, que se limita no sentido norte-sul, pela costa mediterrânea ao ocidente, e pela presença do grande deserto ao oriente, divide a região em duas zonas distintas: a Cisjordânia, entre o rio Jordão e o Mar Mediterrâneo, onde se localiza o atual Estado de ISRAEL e a Transjordânia entre o rio Jordão e o deserto Arábico, que corresponde a atual Jordânia. Neste vale, ocorre um sistema hidrográfico que desemboca no Mar Morto. As nascentes principais do rio Jordão são três. A primeira nasce em Bânias, no monte Hermom (2814 m), que é a última elevação da cordilheira do Antilíbano e serve de marco divisório entre Israel e Líbano. Neste vale ficava a cidade de Cesaréia de Filipe, capital da tetrarquia deste principe herodiano. A segunda nascente do Jordão, mais a oeste, é Ain Led dan, próximo às ruinas de Dâ (Tel Dan), hoje, um Parque Nacional. E a terceira é o Hasbani, arroio que desce de Begaa no Líbano. Os três formavam o lago Hule – hoje seco e com suas águas canalizadas. A seus lados emergem colinas verdes que dão início aos sistemas montanhosos da Galiléia e de Basã na Cisjordânia e na Transjordânia, respectivamente. A partir daí o Jordão se estreita numa paisagem de basaltos em plena fossa tectônica, e desce em corredeiras desde o nível do Mediterrâneo, até o Mar da Galiléia, a 211 metros abaixo do nível do mar. Fatos citados: a travessia para entrar em Canaâ no tempo de Josué, a cura de Naamã, a vida de João Batista, que nesse rio batizou Jesus.
Mapa Bíblico de JORDÃO



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Gênesis Capítulo 13 do versículo 1 até o 18
B. ESTRANGEIRO EM NOVA TERRA, 12-1-14.24

A resposta de Abrão ao chamado divino de mudar-se para outro país prende a imaginação de muitos pesquisadores como a vontade de Deus. Sua viagem em fé não foi um conto de fadas fantástico, mas tem a marca qualitativa de luta realista em um mundo hostil. Abrão teve reveses, mas perseverou na busca do que acreditava ser a vontade de Deus.

1. Ordem e Resposta (12:1-9)

A estrutura desta história é simples. Há uma ordem misturada com promessa (1-3), o ato de obediência de Abrão (4-6) e a teofania ou aparição de Deus a Abraão marcada por promessa, ao que Abrão respondeu adorando (7-9).

A ordem de Deus era clara, mas severa. Abrão (1) tinha de deixar a casa e a paren-tela e mudar-se para uma nova terra. Quando chegou à dita terra, os cananeus (6) habitavam ali, mas Deus prometeu: À tua semente darei esta terra (7). A outra pro-messa dizia respeito a uma posteridade que se tornaria uma grande nação (2). Os descendentes de Abrão seriam os possuidores da nova terra. Abrão conheceria as bên-çãos de Deus e seria conhecido como grande homem. Ele seria canal de bênção (2) para os outros. De tal modo Ele estaria relacionado com eles que o destino dessa gente seria determinado pelo modo que o tratassem. Deus seria gracioso com quem o ajudasse e castigaria quem o amaldiçoasse. A influência de Abrão seria mundial, uma graça divina e uma bênção para muitas nações.

Em vez de discutir com Deus, partiu Abrão (4), embora fosse da idade de setenta e cinco anos. Mas não foi sozinho, pois Sarai, sua mulher, IA filho de seu irmão (5), e um grupo considerável de servos o acompanharam. A terra de Canaã é atualmente conhecida por Palestina.

A primeira parada importante de Abrão foi em Siquém (6; ver Mapa 2; Gn 33:18-19; Js 24:1) ou Sicar (Jo 4:5). Hoje, uma cidade próxima chama-se Nablus. Antigamente, a cidade era importante porque, por ali, passavam duas rotas comerciais: uma leste-oeste e outra norte-sul. Ao norte, o monte Ebal se destacava abruptamente sobre a cidade e, ao sul, o monte Gerizim empinava seu cume. O carvalho de Moré é tradu-ção correta.

Abrão chegou à Terra Prometida; mas outros tinham chegado antes, pois esta-vam... os cananeus na terra. Parecia que a promessa de Deus foi anulada por este fato. Para encorajar Abrão, Deus renovou e fortaleceu a promessa, declarando especifi-camente: À tua semente darei esta terra (7). Em resposta, Abrão construiu um altar e adorou a Deus.

Movendo-se em direção sul, Abrão se fixou em uma montanha entre Betel (8; ver Mapa

2) e Ai. Este último nome significa "as ruínas". Recente trabalho arqueológico revelou que este local já estava abandonado por no mínimo 500 anos quando Abrão che-gou. As ruínas eram originalmente uma cidade-fortaleza, evidentemente construída pe-los egípcios em 2900 a.C. e destruída em cerca de 2500 a.C. Nesta montanha, Abrão construiu outro altar e adorou a Deus. Logo prosseguiu indo para a banda do Sul (9).

Nesta passagem (12:1-9), temos "Um Exemplo de Fé".

1) A ordem e a promessa divina 1:3;

2) A obediência de fé, 4,5;

3) A vida na terra, 6-9 (Alexander Maclaren).

  • Em vez de Bênção, um Causador de Problemas (12:10-13,4)
  • Deus prometeu que Abrão seria uma bênção (2) e que nele seriam benditas todas as famílias da terra (3). Mas quando desceu Abrão ao Egito (10; ver Mapa 3), por causa de uma fome em Canaã, ele estava longe de ser uma bênção para as pessoas daquele país.

    A severidade da fome levou Abrão e sua gente ao bem irrigado delta do rio Nilo em busca de comida para o gado e para as famílias que serviam Abrão. Parece que ele ouviu falar da moralidade desenfreada dos egípcios, pois, movido por medo — matar-me-ão a mim (12) —, pediu à esposa, Sarai (11), que mentisse sobre o relacionamento que ti-nham.'

    O perigo que Abrão antecipou era real, pois logo os príncipes (15) repararam em Sarai e a levaram à casa de Faraó. Nessa conjuntura, Abrão prosperou (16), pois lhe vieram presentes de animais e escravos em abundância.

    As coisas não iam tão bem com Faraó (17). Feriu... o SENHOR a Faraó com grandes pragas e a sua casa, porque o desejo sexual deste monarca ameaçava exter-minar a promessa divina de que Abrão teria uma posteridade. Descobrindo que Abrão não dissera toda a verdade sobre sua esposa, chamou Faraó a Abrão (18), repreendeu-o severamente e o expulsou do Egito.

    Foi uma experiência humilhante para Abrão e, apesar da riqueza, seu retorno para Canaã quase não foi uma marcha de vitória. Voltando lentamente para Betel (3), o patriarca se curvou diante do altar que, dantes, ali tinha feito (4) e adorou. Sua viagem ao Egito não foi uma bênção para ninguém. A banda do Sul (1) seria o "país de Judá" (BA).

  • A Escolha que Conduziu para Baixo (13 5:18)
  • Não era só Abrão que era rico em rebanhos, vacas e tendas (5), seu sobrinho também tinha rebanhos numerosos. Faltando bons pastos durante todo o ano, os altiplanos da Palestina não proporcionavam bastante comida e água. Houve contenda (7) entre os pastores nos campos, de forma que tornou imperativa uma conferência entre tio e sobri-nho. Eles não podiam perder de vista a presença e ameaça implícita dos cananeus e ferezeus na terra. Este era o cenário de uma das decisões cruciais tomadas no círculo da família de Abrão.

    Em seguida, ocorre o diálogo entre Abrão (8) e Ló. De acordo com os costumes da época, a solução do problema teria sido bastante simples. O líder do clã implementaria a solução que protegesse os próprios interesses com pouca consideração aos interesses do concorrente. Mas Abrão preferiu dar a vez ao sobrinho. Insistiu que Ló se apartasse (9) do círculo da família de Abrão, mas deu ao homem mais jovem a opção de escolher a região da Palestina para apascentar seus rebanhos.

    Do lugar onde estavam acampados perto de Betel, o vale do Jordão lhes era visível a leste. Ló escolheu ir nessa direção. Em torno de Jericó, como hoje, os campos eram pon-tilhados por muitas fontes, e no lado sudeste do mar Morto ribeiros de águas descendo dos altiplanos irrigavam os campos férteis. A região era tão verdejante que dois símbolos de fertilidade, o jardim do SENHOR (10) e a terra do Egito, foram as únicas expres-sões adequadas para descrevê-la. Isto estava em nítido contraste com a terra seca da região montanhosa central da Palestina.


    Genebra

    Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
    Genebra - Comentários de Gênesis Capítulo 13 do versículo 1 até o 18
    *

    13 1:18 A separação de Ló de Abraão o restringiu da bênção. Ele voltou as costas para seu tio e ignorou os perigos de Sodoma. Mas “ainda que pensasse viver no céu, ele já está quase que afundado no inferno” (Calvino, comentário sobre Gn 13:10). Em contraste com Ló, Abraão confiou em Deus e pela fé herdou “toda esta terra… para sempre” (v. 15) e “descendência como o pó da terra” (v. 16).

    * 13.2 rico. A palavra hebraica aqui nos leva a contrastar a situação de Abraão antes e depois de ir ao Egito (12.10-20, nota).

    * 13.6 eram muitos os seus bens. Paradoxalmente, a bênção de Deus, e não a fome, causou o problema (v. 10, nota).

    * 13 8:17 Ló e Abraão são comparados e contrastados: ambos olharam ao derredor (vs. 10, 14), receberam a oferta da terra (vs. 9, 15-17), e viajaram para sua porção designada (vs. 11-12, 18). Porém Ló, que escolheu pelo que viu, por pouco escapará com vida em duas ocasiões (14.12, 16; 19:1-29), enquanto que pela fé Abraão será enriquecido para sempre.

    *

    13.9 se fores para… irei para. A fé no Deus soberano deu a Abraão a liberade para ser generoso (conforme 14.19, 20). Sua generosidade tipificava a generosidade de Israel para com Moabe e Amom, descendentes de Ló (Dt 2:8-19). Deus se compraz na generosidade e nos pacificadores (Lv 19:18; Sl 133; Mt 5:43-48; Tg 3:17, 18).

    * 13.10 campina do Jordão. A fronteira da Terra Prometida ou logo após ela (Nm 34:2-12); esta área é contrastada com Canaã no v. 12.

    como o jardim do SENHOR. O ambiente do homem não é a causa do pecado e sim, a depravação humana. No ambiente perfeito do Éden, o pecado originou-se, e agora abundava neste rico território (v. 13 18:16—19.29).

    * 13.12 armando as suas tendas. Ver nota em 14.12.

    * 13.14 Ergue os olhos… ocidente. Semelhantemente, o Senhor convidou Moisés a uma visão panorâmica da terra (Dt 34:1-4). Em ambos os casos, o convite foi feito para confirmar a promessa a alguém que não participaria pessoalmente na expulsão dos cananeus.

    *

    13.15 terra… para sempre. Ver 12.1 e nota. As promessas de terra foram cumpridas várias vezes, mas nunca consumadas. Deus cumpriu a promessa através de Josué (Js 21:43-45), mas não completamente (13 1:6-13.7'>Js 13:1-7); mais ainda através de Davi e Salomão (1Rs 4:20-25; Ne 9:8), mas ainda não completamente (Sl 95:11; Hb 4:6-8; 11:39, 40). Assim como o êxodo de Israel do Egito através da Páscoa (Êx 12:1) é uma prefiguração do êxodo da igreja do mundo condenado, através de Cristo (1Co 5:7; 10.1-4), também a antiga vida de Israel na terra é uma prefiguração da vida do novo Israel em Cristo. Ambos são um dom (15.7, 18; Dt 1:8; Rm 6:23), são recebidos pela fé (Nm 14:26-44; Js 7 e Jo 3:16). Ambos, de forma exclusiva, possuem a abençoada presença, vida e descanso de Deus (Êx 23:20-31; Dt 11:12; 12:9, 10; 28.1-14; Jo 1:51; 14:9; Mt 11:28) e exigem uma fé perseverante (Dt 28:15-19; Hb 6). As promessas de terra são consumadas para sempre no novo céu e nova terra (Hb 11:39, 40; Ap 21:1—22.6).

    * 13.16 como o pó da terra. Ver 32.12. A promessa de descendência é também cumprida no antigo Israel (Nm 23:10; 1Rs 4:20; 2Cr 1:9) e consumada no novo Israel, composto de judeus e gentios (12.3 e nota; Rm 4:16-18; Gl 3:29; Ap 7:9).

    * 13.17 Levanta-te, percorre. De acordo com um costume antigo, a transferência de propriedade era finalizada com a visita do novo proprietário ao lugar. Deus ordena a Abraão que reivindique simbolicamente a Terra Prometida (12.7 e nota; Js 1:3; 18:4; 24:3).

    *

    13.18 carvalhais de Manre. Ver nota em 12.6.

    Manre. Um amorreu que buscou segurança numa aliança com Abraão (14.13). Ele será abençoado através de Abraão (14.24).

    levantou ali um altar. Ver 12.7 e nota.



    Matthew Henry

    Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
    Matthew Henry - Comentários de Gênesis Capítulo 13 do versículo 1 até o 18
    13 1:2 Nos dias do Abrão donos de ovelhas e gados podiam adquirir uma grande riqueza. A riqueza do Abrão não só incluía prata e ouro mas também ganho. Estes animais eram uma mercadoria valiosa utilizada como comida, vestido, material para lojas e para sacrifícios. Elas eram pelo general comercializadas por outros bens e serviços. Abrão pôde observar o crescimento e a multiplicação diária de sua riqueza.

    13 5:9 Ao enfrentar a possibilidade de um conflito com seu sobrinho Lot, Abrão tomou a iniciativa de resolver a disputa. O permitiu ao Lot que escolhesse primeiro, mesmo que Abrão, sendo maior, tinha esse direito. Além disso, Abrão mostrou a disposição de arriscar-se a ser enganado. O exemplo do Abrão nos mostra como devemos responder às situações familiares difíceis: (1) tomar a iniciativa para resolver os conflitos, (2) permitir a outros que façam a primeira eleição, mesmo que isso signifique que não teremos o que queremos; (3) pôr a paz familiar por cima de nossos desejos pessoais.

    13 7:8 Rodeados de vizinhos hostis, os pastores do Abrão e os do Lot deveram haver-se unido. Em lugar disso, permitiram que a inveja os separasse. Situações similares existem hoje em dia. Muitos cristãos discutem e brigam, enquanto Satanás está trabalhando ao redor deles.

    As rivalidades, as discussões, os desacordos entre crentes podem ser destrutivos de três maneiras: (1) podem danificar a boa vontade, confiança e paz, a base das relações humanas; (2) obstaculizam o progresso de importantes coloque; (3) fazem-nos nos concentrar em nós mesmos e não no amor. Jesus soube quão destrutivos podem ser os argumentos entre irmãos. Em sua oração final, antes de ser traído e detido, Jesus pediu a Deus que seus seguidores sempre fossem "um" (Jo 17:21).

    13 10:11 O caráter do Lot se revela por suas eleições. O tomou a melhor parte da terra mesmo que isto significava viver perto da Sodoma, uma cidade conhecida por seu pecado. O foi ambicioso, desejou o melhor para si mesmo, sem deter-se pensar nas necessidades de seu tio Abrão ou no que era justo.

    Nossas vidas são uma série de decisões. Também nós podemos escolher o melhor enquanto ignoramos as necessidades e os sentimentos de outros. Esta classe de decisões, como o mostrou a vida do Lot, causa problemas. Quando deixamos de decidir na direção de Deus, tudo o que fica é decidir na direção equivocada.

    LOT

    Algumas pessoas simplesmente vivem à deriva. Suas alternativas, quando podem reunir suficiente vontade para tomar decisões, tendem a seguir a lei do menor esforço. Lot, o sobrinho do Abrão, era esse tipo de pessoa.

    Quando era jovem, Lot perdeu a seu pai. Mesmo que isto deveu ter sido duro para ele, contou com o exemplo de seu avô Taré e de seu tio Abrão, os que o criaram. Ainda assim, Lot não desenvolveu o sentido de propósito que aqueles tinham. Estava tão apanhado no momento presente que era incapaz de ver as conseqüências de suas ações.

    É difícil imaginar o que teria sido de sua vida sem a atenção esmerada do Abrão e a intervenção de Deus.

    No momento em que Lot foi tirado dessa situação sua vida tinha dado um horrível giro. Tinha estado tão misturado com a cultura de seus dias que não queria deixá-la. Logo suas filhas cometeram incesto com ele. Sua vida sem rumo o levou finalmente a um caminho muito definido: a destruição.

    Entretanto, Lot é chamado "justo" no Novo Testamento (2Pe 2:7). Rut, a descendente do Moab, foi um antepassado do Jesucristo, mesmo que Moab foi o resultado da relação incestuosa do Lot com uma de suas filhas. Isto nos dá esperança no sentido de que Deus perdoa e freqüentemente tira circunstâncias positivas do mal.

    Que direção leva sua vida? Vai você para Deus ou se afasta do? Se sua vida for à deriva, decidir-se Por Deus pode lhe parecer difícil, mas é a única decisão que põe todas as demais decisões em uma luz diferente.

    Pontos fortes e lucros:

    -- Era um homem de negócios bem-sucedido

    -- Pedro o chamou um homem justo (2Pe 2:7-8)

    Debilidades e enganos:

    -- Quando tinha que tomar alguma decisão, tendia a pospô-la, logo elegia o curso de ação mais fácil

    -- Quando lhe dava a escolher, sua primeira reação era pensar em si mesmo

    Lição de sua vida:

    -- Deus quer que façamos algo mais que viver à deriva: quer que sejamos uma influência a seu favor.

    Dados gerais:

    -- Onde: Viveu primeiro no Ur dos caldeos, logo se transladou ao Canaán com o Abrão. À larga, mudou-se à malvada cidade da Sodoma

    -- Ocupação: Boiadeiro rico (ganho bovino e ovino). Além disso, funcionário da cidade.

    -- Familiares: Pai: Farão. Adotado pelo Abrão quando morreu seu pai. Não se menciona o nome de sua esposa, que se converteu em uma estátua de sal

    Versículo chave:

    "E detendo-se ele, os varões agarraram de sua mão, e da mão de sua mulher e das mãos de suas duas filhas, segundo a misericórdia do Jeová para com ele; e o tiraram e o puseram fora da cidade" (Gn 19:16).

    A história do Lot se relata em Gênese 11-14; 19. Também se menciona em Dt 2:9; Lc 17:28-32; 2Pe 2:7-8.

    13:12 Ao princípio pareceu ser uma sábia decisão por parte do Lot: bom pasto e água abundante. Mas não se deu conta de que a influência pecaminosa da Sodoma poderia originar tentações tão fortes que podiam destruir a sua família. decidiu você viver ou trabalhar em uma "Sodoma"? Mesmo que você possa ter suficiente força para resistir as tentações, pode que outros membros de sua família não. Enquanto que as Escrituras nos mandam que nos aproximemos às pessoas da "Sodoma" que está perto de nós para ganhá-los, devemos evitar nos converter no mesmo tipo de gente que estamos tratando de alcançar.


    Wesley

    Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
    Wesley - Comentários de Gênesis Capítulo 13 do versículo 1 até o 18
    2. sobrinho de Abrão (Gn 13:14)

    1 Abrão subiram do Egito, ele e sua esposa, e tudo o que tinha, e Ló com ele, para o Sul. 2 Abrão era muito rico em gado, em prata e em ouro. 3 E ele foi as suas jornadas do sul até Betel, até ao lugar onde sua tenda tinha sido no início, entre Betel e Ai, 4 até o lugar do altar, que tinha feito lá no primeiro, e ali invocou Abrão . em o nome do Senhor 5 E também Ló, que ia com Abrão, tinha rebanhos e manadas e tendas. 6 E a terra não podia sustentá-los, para eles habitarem juntos; porque os seus bens eram muitos, de modo que eles não podiam habitar juntos. 7 E houve contenda entre os pastores do gado de Abrão, e os pastores do gado de Ló e os cananeus e os perizeus habitavam então na terra. 8 E disse Abrão a Ló, não haja contenda, peço-te, entre mim e ti, e entre os meus pastores e os teus pastores; pois somos irmãos. 9 Não está toda a terra diante de ti? separar-te, peço-te, de mim: se tu escolheres a esquerda, irei para a direita; ou se tu tirar a mão direita, então eu irei para a esquerda. 10 E levantou Ló os seus olhos, e viu toda a planície do Jordão, que era toda bem regada, antes de haver o Senhor destruído Sodoma e Gomorra, como o jardim . do Senhor, como a terra do Egito, como tu vás até Zoar 11 Então Ló escolheu para si toda a planície do Jordão; e partiu Ló para o oriente, e apartaram-se um do outro. 12 Abrão habitou na terra de Canaã, e Ló habitou nas cidades da planície, e mudou as suas tendas até Sodoma. 13 Ora, os homens de Sodoma eram maus e grandes pecadores contra o Senhor grandemente.

    Quando Abrão e sua empresa retornou do Egito para Canaã, eles passaram por etapas novamente para cima através do Neguev e para o segundo ponto mencionado na sua primeira visita à terra, um lugar entre Betel e Ai, onde Abrão construiu um altar. Aqui Abram adorado novamente. Mas um novo problema enfrentado ele e Lot. Ambos haviam se tornado extremamente rico, e seus rebanhos e manadas multiplicadores não poderia ser pastavam juntos, pois a terra não podia sustentá-los . A escassez de pastagens levou a conflitos entre os seus pastores. Este Abrão não podia suportar. Então, doloroso que fosse, ele propôs que eles se separam, e ele magnanimamente deixou para o homem mais jovem a ter a primeira escolha. Lot olhou para a planície do Jordão , no extremo sul do vale do Jordão e, particularmente, a área sobre o extremo sul do Mar Morto, que, como é confirmado por evidências arqueológicas, foi, então, no auge do cultivo e da prosperidade. Foi a mais rica porção, mais férteis da Palestina na época, toda bem regada, igual mesmo para a terra do Egito . Esta foi a área de Ló escolheu. Ele partiu para o oriente, deixando atrás de Abrão na região de terras altas.

    Isto significou para o lote de uma completa mudança em seu modo de vida. Ele já não vivia como um nômade, passando de acampante lugar para tenting lugar. Em vez disso, ele habitou nas cidades da planície, voltando para a forma de vida que tinham conhecido em Ur e Haran. Os morros eram o lugar apropriado para pasto, assim Lot também deve ter mudado o seu sustento. Mas o mais grave de tudo, ele novamente se expôs ao ambiente do qual Abrão tinha sido chamado. Para as pessoas com quem ele associou-se eram maus e grandes pecadores contra o Senhor mui .

    b. A terceira promessa-descendência como a areia (13 14:18'>13 14:18)

    14 E disse o SENHOR a Abrão, depois que Ló se apartou dele: Levanta agora os teus olhos, e olha desde o lugar onde estás, para o norte e para o sul e para o leste e para o oeste: 15 para toda a terra que vês, te Dou-lhe, e à tua descendência para sempre.16 E farei a tua descendência como o pó da terra:. de modo que se alguém puder contar o pó da terra, então pode tua semente também ser numeradas 17 Levanta-te, caminhada pela terra, no seu comprimento e na sua largura; pois a ti a darei. 18 E Abrão mudou as suas tendas, e foi habitar junto dos carvalhos de Manre, em Hebrom, e edificou ali um altar ao Senhor.

    Sem dúvida, a escolha de Ló da planície já rico, e sua associação com homens conhecidos por sua maldade, deve ter incomodado Abrão. Ele pode até ter ansiava por um momento de ter retornado à vida mais fácil da cidade onde ele anteriormente estavam acostumados. O Senhor sentiu a sua necessidade, o que quer que fosse, e veio para renovar sua promessa. Ele disse-lhe para olhar em todas as direções, por tudo o que ele viu o Senhor daria a ele. Ele prometeu que a sua descendência seria como o pó da terra(conforme Gn 22:17 ). Ele instruiu-o a levantar-se e caminhar pela terra, no seu comprimento e na sua largura; pois a ti a darei . Partiu Abrão Bethel, onde a divisão da terra, evidentemente, tinha ocorrido, e viajou ao sudoeste até as proximidades de Hebron, lançando sua tenda em um bosque conhecido como "os carvalhos" de Manre. Aqui, novamente, ele construiu um altar ao Senhor.

    No desenvolvimento inicial de um estudo crítico das Escrituras, muitos estudiosos questionaram a validade histórica das histórias dos patriarcas. Eles foram designados para o nível de lendas, e alguns assumiram a posição extrema que Abraão, Isaque e Jacó-se nunca existiu, exceto como personagens das histórias populares que se desenvolveram ao longo de séculos. Mas o trabalho minucioso dos arqueólogos foi lenta mas seguramente acumulado provas substanciais de que Gênesis registra as condições de vida bastante precisão na época dos patriarcas viveram. A precisão é tão notável que um é conduzido à conclusão de que aqui são relatos históricos de acontecimentos reais, contas que deve ter sido preservadas em alguma forma, desde o momento em que os eventos ocorreram. Isto é visto na conta de campismo de Abrão, na região montanhosa da Palestina. Não há nada na história posterior da terra ou na vida moderna que há muito se assemelha essa condição semi-nômades operando como fez em torno de determinadas bases permanentes em vez, e ainda incluir no seu itinerário de tudo, desde a Mesopotâmia ao Egito e, particularmente, toda a região central e no sul da Palestina. Mas a arqueologia tem proporcionado a explicação. Neste período, a região montanhosa foi pouco povoada, a maior parte da população que vive nas planícies costeiras e no vale de Esdrelon e do vale do Jordão. Apenas algumas cidades fortificadas existia nas montanhas. Nas encostas entre eles havia muito espaço para grupos semi-nômades, que têm de fato deixou muitos vestígios da sua existência em cemitérios distantes das cidades. Foi a esta região pouco povoada que Abrão foi cometido por escolha de Ló. Foi o melhor lugar possível para os seus rebanhos e manadas imensas. E quando as cidades da planície tinha desde há muito sido consumido pela ira ardente de Deus, as colinas iria dar um lar para o povo de Deus. Foi lá que os seus maiores homens viveriam e trabalho, e seus melhores anos seria gasto.


    Wiersbe

    Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
    Wiersbe - Comentários de Gênesis Capítulo 13 do versículo 1 até o 18
    1. Abraão retoma à fé (13 1:1'>Gn 13:1-4)

    Os cristãos enredados no mundo não podem sentir-se felizes consi-go mesmos. Eles têm de voltar ao exato lugar em que abandonaram o Senhor. Isso é arrependimento e confissão, sentir-se contrito pelo pecado e corrigir-se. Abraão não podia confessar seu pecado e per-manecer no Egito! Não, ele tinha de voltar ao local de sua tenda e altar, voltar ao local em que podia rogar ao Senhor e receber bênção. Este é um bom princípio para os cristãos seguirem: não ir a lugar algum deste mundo em que têm de deixar seu testemunho para trás. Qualquer lu-gar em que não possamos construir o altar e montar a tenda está fora de nossos limites.

    Parece que a restauração de Abraão desfaria toda sua desobe-diência, mas não era esse o caso.

    Com certeza, Deus perdoou Abraão e restaurou-o à comunhão, mas Deus não podia invalidar as tristes conseqüências da viagem ao Egito.

    1. Tempo perdido

    As semanas que Abraão e sua famí-lia passaram afastados do Senhor estavam perdidas e não podiam ser recuperadas. Todos os crentes devem orar para evitar esses tipos de perdas: "Ensina-nos a contar os nossos dias, para que alcancemos coração sábio" (Sl 90:12).

    1. Testemunho perdido

    Abraão poderia testemunhar o ver-dadeiro Deus ao faraó depois de enganá-lo? Provavelmente não. Que tristeza sentiremos no julgamento final de Cristo quando encararmos Deus e descobrirmos quantas almas foram para o inferno por causa do pobre testemunho dado por cristãos carnais!

    1. O lugar de Agar na família

    Agar, serva de Sara, veio do Egi-to (Gn 16:1 ss) e trouxe um problema imenso para a família. É claro que a sugestão de ela ter um filho par-tiu de Sara, mas a presença de Agar ajudou a realizar o esquema car-nal. Em última instância, tudo que trazemos conosco do Egito (o mun-do infiel) causa-nos problemas. Devemos ser crucificados para o mundo e certificarmo-nos de que o mundo está crucificado para nós (Gl 6:14).

    1. Mais prosperidade

    O aumento das riquezas ajudou a causar a disputa posterior entre os pastores de Abraão e de Ló. Mais tarde, Abraão recusou as riquezas terrenas (14:17-24).

    1. A alegria de Ló com o Egito

    Esse jovem desenvolveu um gos-to pelo Egito (Gn 13:10), mas, embora Abraão tirasse Ló do Egito, ele não podia tirar o Egito de Ló! Sempre é uma tragédia quando um cristão maduro desvia um cristão mais jo-vem. Em 12:8, Ló compartilha a tenda e o altar de Abraão. Quando, porém, Ló deixa o Egito, tem apenas a tenda, mas não mais o altar (Gn 13:5). Não é de admirar que Ló gravitasse em direção a Sodoma e terminasse arruinado moral e espiritualmente.

    Aqui, iniciamos o relato trágico da apostasia e do fracasso de Ló. Se não fosse pelo relato Dt 2:0; Jo 9:16; Jo 10:19). A presença dele traz conflito entre pessoas da mesma família (Lc 12:49-42). O conflito com Ló deve ter sido um peso para Abraão e Sara, ao mesmo tempo que era um triste testemunho do paganismo que agora havia na terra.

    1. A escolha (13 8:1'>Gn 13:8-18)

    As pessoas mostram o seu verdadei-ro eu por intermédio das escolhas que fazem. Observe o que Ló revela aqui:

    1. Orgulho (vv. 8-9)

    O mais jovem deve submeter-se ao mais velho (1Pe 5:5), contudo Ló põe-se à frente de Abraão. Este era um homem benevolente. Ele ansiava por promover a paz (S1133). Enquan-to Abraão preocupava-se em manter um bom testemunho, Ló preocupa-va-se apenas consigo mesmo. Con-tudo, "a soberba precede a ruína" (Pv 16:18), e Ló perdería tudo!

    1. Incredulidade (v. 10a)

    "Levantou Ló os olhos" — ele vivia pela visão, não pela fé. Se Ló con-sultasse Deus, descobriría que o Senhor planejava destruir Sodoma, mas, em vez disso, ele confiou na própria visão e escolheu a cidade rica e pecaminosa.

    1. Mundanidade (v. 10b)

    A terra que Ló viu era "como a terra do Egito" — isso foi tudo que teve importância para ele! Ló caminhava segundo a carne, vivia para as coi-sas do mundo. Para Ló, a região em volta de Sodoma parecia bem irri-gada e fértil, mas para Deus ela era pecaminosa (v. 13). Os descrentes de hoje, como Ló, fundamentam suas esperanças neste mundo e riem da idéia de que, um dia, Deus destruirá o mundo por meio do fogo (2Pe 3:0), mas, do ponto de vista humano, essa separação era difícil e penosa.

    1. Negligência (v. 12)

    Primeiro, Ló olhou em direção a So- doma. Depois, ele se moveu em di-reção a Sodoma. Não muito tempo depois (14:12 e 19:1), ele passou a morar em Sodoma. O versículo 11 conta-nos a jornada de Ló em dire-ção ao oriente; ele, em vez de cami-nhar na luz, foi em direção à escuri-dão (Pv 4:18).

    Ao mesmo tempo que Ló se dis-tanciava mais do Senhor, Abraão se aproximava mais dele! Ló tornava-se um amigo do mundo (Jc 4:4); Abraão se tornava amigo de Deus (Jc 2:23). Deus disse a Abraão que levantasse os olhos (veja v. 14-15) e observasse a terra inteira. As pessoas do mundo afirmam o que seus olhos podem ver; as pessoas de fé declaram o que os olhos de Deus vêem! Ló pegou uma parte da terra, mas a Abraão foi dada toda a terra. Deus sempre dá o melhor àqueles que deixam a escolha por conta dele (Mt 6:33). Deus prometeu abençoar a semente de Abraão, mas a família de Ló des-truiu-se em Sodoma ou corrompeu- se na caverna (19:12-38). O versícu-lo 17 deixa claro que o crente deve apressar-se em direção às promessas de Deus e afirmá-las pela fé (Js 1:3). Ló perdera seu altar e logo perderia sua tenda (19:30), mas Abraão ain-da tinha sua tenda e seu altar. Vale a pena andar pela fé e confiar na Pala-vra de Deus!


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Gênesis Capítulo 13 do versículo 1 até o 18
    13.2 Encontramos aqui o primeiro exemplo de riquezas acumuladas, que deparamos na Bíblia. O estudo cuidadoso da palavra de Deus mostra que os ricos não são necessariamente, por isso, pecadores, contento que suas riquezas tenham sido adquiridas por meios lícitos e sejam reconhecidas como pertencendo, em última análise, ao próprio Deus, de modo que dele venha a orientação quanto ao emprego que delas se possa fazer. Na verdade, as riquezas tornam muito grave a responsabilidade dos crentes.

    13.15 Posto que Abraão tivesse dado a Ló o ensejo de escolher a melhor parte da terra, o Senhor (Jeová) logo lhe viera ao encontro para assegurar-lhe de que toda a terra da Promessa haveria de pertencer-lhe e à sua descendências
    13.17 Abraão é concitado a tomar consciência da promessa que Deus lhe fizera.


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Gênesis Capítulo 13 do versículo 1 até o 18
    b) Separação de Ló (13 1:18)
    v. 1-7. Abrão agora voltou pelo mesmo caminho, via Neguebe (v. 1) até Betei (v. 3). O tema principal ainda é a questão territorial: o patriarca recebeu a indicação de que Canaã seria a sua pátria, mas ainda precisava encontrar um lar adequado nela. No início, a região de Betei lhe pareceu atraente, mas aí surgiram problemas (v. 5ss), em razão da prosperidade crescente da família. O tamanho sempre crescente dos seus rebanhos (animais de diversos tipos, conforme NEB, GNB) exigia grandes áreas abertas. Havia duas desvantagens imediatas na região de Betei: em primeiro lugar, era uma região com uma topografia um tanto acidentada, com pastagens limitadas; e, em segundo lugar, os ocupantes anteriores de forma nenhuma estavam ausentes dessa região da Palestina (v. 7). (Pouco se sabe acerca dos ferezeus\ talvez se encontrassem somente nessa localidade específica.) A tentativa de evitar o confronto com os vizinhos cananeus pode muito bem ter sido a causa da desavença entre os pastores do clã de Abrão e os de Ló (v. 7).

    v. 8-13. Em termos geográficos, a separação entre os dois homens significou que Ló escolheu a parte sul a leste do Jordão como seu domínio, enquanto Abrão permaneceu na Palestina propriamente dita, a oeste do Jordão. Essa situação prefigurou a localização posterior da nação, quando Moabe e Amom (os descendentes de Ló) ocuparam a parte sul a leste do Jordão. Essa região em geral era mais fértil do que a maior parte da Palestina — e o v. 10 relata que a sua fertilidade era extraordinária nessa época tão remota, comparável à do Éden. O v. 13 já prevê cap. 18ss, mas aqui serve para mostrar que Ló fez a escolha espiritual errada.

    v. 14-18. Abrão, ao contrário, fez a escolha certa, como mostra o texto. As promessas divinas desses versículos recapitulam e reforçam as Dt 12:2,Dt 12:3. O crescimento posterior da população e do território de Israel deve ser contrastado com o dos descendentes de Ló, dois reinos a leste do Jordão que sempre foram pequenos e insignificantes.

    Abrão recebe o seguinte convite de Deus: percorra esta terra de alto a baixo (v. 17). Ele sem dúvida fez isso; mas o v. 18 se contenta em denominar o lugar em que ele escolheu se estabelecer, Manre, em Hebrom. Os carvalhos dali provavelmente já eram considerados sagrados naquela época; como já havia feito em Siquém e Betei, Abrão reivindica simbolicamente o lugar como sagrado para a adoração do verdadeiro Deus.


    Moody

    Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
    Moody - Comentários de Gênesis Capítulo 12 do versículo 1 até o 26

    II. Os Patriarcas. 12:1 - 50:26. A. Abraão. 12:1 - 25:18.

    Na segunda principal divisão do livro de Gênesis, está evidente que na nova dispensação os escolhidos de Deus deverão reconhecer a comunicação direta e a liderança direta do Senhor. Nos capítulos Gn 12:1, quatro personagens Se destacam como homens que ouviram a voz de Deus, entenderam Suas diretrizes, e orientaram seus carrinhos de acordo com a vontade dEle. O propósito de Jeová ainda continua sendo o de chamar pessoas que executem a Sua vontade na terra. Com Noé Ele começou tudo de novo. Sem foi o escolhido para transmitir a verdadeira religião. Os semitas (descendentes de Sem) seriam os missionários aos outros povos da terra. No capítulo 12 Abraão começa a aparecer na linhagem de Sem como o representante escolhido de Jeová. Sobre ele Jeová colocaria toda a responsabilidade de receber e passar adiante a Sua revelação para todos. Do cenário pagão de Ur e Harã saiu o homem de Deus para a estratégica hora da primitiva revelação do V.T.


    Moody - Comentários de Gênesis Capítulo 13 do versículo 9 até o 13

    9-13. No interesse da paz e harmonia, Abrão fez uma generosa sugestão a Ló, dizendo que escolhesse qualquer seção de terra que preferisse e que se dirigisse para lá, deixando o restante do território para Abrão. A natureza egoísta e avara de Ló manifestou-se imediatamente; ele escolheu o vale do Jordão que era bem suprido de água. Ali, a vegetação tropical abundava junto às águas pródigas do rio. O vale (kikêr) do Jordão era suficientemente largo e fértil para garantir a prosperidade e abundância por todos os dias que estavam pela frente. Entretanto, as cidades de Sodoma e Gomorra estavam dentro da área que Ló escolheu e elas eram extremamente corruptas. Como poderia uma religião espiritual crescer entre os espinhos do egoísmo e da corrupção naquele lugar? A escolha de Ló comprovou-se desastrada. E ia armando suas tendas até Sodoma (v. Gn 13:12). Primeiro ele olhou para Sodoma. Depois armou suas tendas até Sodoma. Mais tarde habitou em Sodoma. Esses são os passos pelos quais o homem e sua família caminham para a degeneração e destruição certas.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Gênesis Capítulo 13 do versículo 1 até o 18
    Gn 13:1

    3. SEPARAÇÃO ENTRE ABRÃO E LÓ (13 1:1'>Gn 13:1-18). Até Betel (3). Abrão, por ocasião de seu retorno a Canaã, parece ter ido até Betel para renovar seus votos a Deus. As frases ao princípio (3) e que dantes ali tinha feito (4) nos relembram que sempre podemos fazer um novo início. Sua fazenda era muita (6). As riquezas não são uma bênção unicamente, e neste caso foram capazes de estragar as boas relações entre Abrão e Ló. Existe a sugestão, nos versículos 8:9, que Ló talvez tenha tomado o partido de seus pastores. Os fereseus (7). A origem desse nome é incerta. Não está toda a terra diante de ti? (9). Que grande alma tinha Abrão! Ló mostrou-se tão materialista quanto Abraão mostrou-se magnânimo, e ele escolheu a planície do Jordão (11). A campina do Jordão (10). Lit. "o círculo do Jordão". Refere-se a um território de formato quase oval, em torno do mar Morto. A localização exata de Sodoma e Gomorra (10) não é conhecida com certeza, mas a grande maioria das opiniões favorece o ponto de vista que era ao extremo sul do mar Morto. Deus nunca se torna devedor para com ninguém, e diz a Abrão: Toda esta terra que vês, te hei de dar a ti (15). Carvalhais de Manre (18). Manre era um amorreu que vivia então, e que mais tarde se confederou com Abrão (Gn 14:13). Abrão era apenas um "hóspede" ainda.


    Dicionário

    Apartar

    Apartar
    1) Separar (Ex 13:12; 1Co 7:11).


    2) Afastar (Pv 17:13; Gl 2:12).


    verbo transitivo direto Separar, desunir ou pôr de parte: apartar o gado.
    Escolher conforme a qualidade: apartar as lãs.
    Separar os que estão brigando; apaziguar: apartar as crianças.
    Acabar com um conflito, briga: apartar países em guerra.
    verbo bitransitivo Pôr em distância; afastar: apartar o pensamento de uma coisa; apartar os olhos de um objeto.
    verbo pronominal Afastar-se ou se distanciar de; arredar: apartou-se do sofrimento, da tristeza.
    Etimologia (origem da palavra apartar). Do latim a + parte + ar.

    Campina

    substantivo feminino Extensão de terrenos pouco acidentados e sem árvores.
    Terreno sem desníveis; planície.
    Terreno extenso e plano com vegetação herbácea.
    Etimologia (origem da palavra campina). Campo + ina.

    Campina Grande extensão de terra mais ou menos plana (Gn 13:10).

    =====================

    MAR DA CAMPINA

    V. MAR MORTO (Js 12:3).


    Então

    advérbio Agora ou naquela circunstância: acabei então de perceber que havia sido enganada!
    Em determinada situação; nessa circunstância: o chefe está bem-humorado, então não há discussão.
    Numa situação futura; num momento afastado do presente: você precisa se casar, então irá entender do que estou falando.
    interjeição Que demonstra espanto; em que há admiração: então, você se casou?
    Que se utiliza para animar (alguém): então, força!
    substantivo masculino Período de tempo que passou: numa lembrança de então, recordou-se da juventude.
    Etimologia (origem da palavra então). Do latim in + tunc/ naquele momento.

    Escolher

    verbo transitivo direto e bitransitivo Optar entre uma coisa e outra, ou entre uma pessoa e outra(s); preferir, selecionar, eleger: escolher as melhores bandas; escolher os alunos mais inteligentes da escola.
    verbo transitivo direto Demonstrar preferência ou predileção em relação a: escolheu o interior como casa.
    Selecionar os melhores dos piores; filtrar: escolher as melhores características dos candidatos.
    Fazer um sinal, uma marcação em; assinalar: escolhia as cidades para sua viagem.
    Etimologia (origem da palavra escolher). Do latim es + colher.

    Jordão

    -

    o Jordão é essencialmente o rioda Palestina e o limite natural do país ao oriente. Caracteriza-se pela sua profundidade abaixo da superfície geral da região que atravessa, pela sua rápida descida e força da corrente em muitos sítios, e pela sua grande sinuosidade. Nasce nas montanhas da Síria, e corre pelo lago Merom, e pelo mar da Galiléia, desaguando, por fim, no mar Morto, depois de um percurso de quase 320 km. Nas suas margens não existe cidade alguma notável, havendo duas pontes e um considerável número de vaus, o mais importante dos quais é o Bete-Seã. Não é rio para movimento comercial ou para pesca. No seu curso encontram-se vinte e sete cachoeiras, e muitas vezes transbordam as suas águas. o Jordão é, pela primeira vez, nomeado em Gn 13:10. Ainda que não há referência ao fato, deve Abraão ter atravessado o rio, como Jacó, no vau de Sucote (Gn 32:10). A notável travessia dos filhos de israel, sob o comando de Josué, efetuou-se perto de Jericó (Js 3:15-16, 4.12,13). A miraculosa separação das águas pela influência de Elias e de Eliseu (2 Rs 2.8 a
    14) deve também ter sido por esses sítios. Dois outros milagres se acham em relação com o rio e são eles: a cura de Naamã (2 Rs 5.14), e o ter vindo à superfície das águas o machado (2 Rs 6.5,6). João Batista, durante o seu ministério, batizou ali Jesus Cristo (Mc 1:9 e refs.) e as multidões (Mt 3:6). A ‘campina do Jordão’ (Gn 13:10) é aquela região baixa, de um e de outro lado do Jordão, que fica para a parte do sul.

    Jordão Rio principal da Palestina, que nasce no monte Hermom, atravessa os lagos Hulé e da Galiléia e desemboca no mar Morto. O Jordão faz muitas curvas, estendendo-se por mais de 200 km numa distância de 112 km, entre o lago da Galiléia e o mar Morto. O rio tem a profundidade de um a três m e a largura média de 30 m. Na maior parte de seu curso, o rio encontra-se abaixo do nível do mar, chegando a 390 m abaixo deste nível ao desembocar no mar Morto. O povo de Israel atravessou o rio a seco (Js 3); João Batista batizava nele, e ali Jesus foi batizado (Mat 3:6-13).

    Jordão O rio mais importante da Palestina, embora não-navegável. Nasce na confluência dos rios das montanhas do Antilíbano, a 43 m acima do nível do mar, e flui para o sul, pelo lago Merom (2 m acima do nível do mar). Depois de percorrer 16 km, chega ao lago de Genesaré (212 m abaixo do nível do mar) e prossegue por 350 km (392 m abaixo do nível do mar) até a desembocadura no Mar Morto. Nas proximidades desse rio, João Batista pregou e batizou.

    E. Hoare, o. c.; f. Díez, o. c.


    Filho de Harã e sobrinho de Abraão (Gn 11:31). Ló foi morar perto de Sodoma (Gn 13:5-13), cidade que ele abandonou antes de ser destruída (Gn 19:1-29). De Ló descendem os moabitas e os amonitas (Gn 19:30-38).

    Sobrinho de Abraão (Gn 11:27-31; 13 1:13), que Deus livrou do castigo desencadeado sobre Sodoma e Gomorra (Gn 19). Jesus comparou a negligência espiritual dos habitantes dessas cidades, durante os dias de Ló, com a que sofrerão os homens antes de sua Segunda Vinda (Lc 17:28ss.).

    substantivo masculino Marinha Lado do navio que se acha exposto ao vento.
    Cada uma das metades da embarcação em sentido longitudinal.

    Como órfão (Gn 11:27-28), primeiro fez parte da família do avô (11:
    31) e depois (12:
    5) acompanhou o tio Abraão em sua jornada para Canaã. Por esta época, ele já possuía sua própria família e propriedades (Gn 13:5) e, numa terra já demasiadamente povoada (13:7), o convívio entre os dois grandes grupos tornou-se impossível, surgindo conflitos inevitáveis. Por sugestão de Abraão, Ló fez uma escolha decisiva e fatal (v. 8). Em essência, foi a escolha da prosperidade (v. 10), com o risco da perda dos valores morais e do favor divino (v. 13). Depois disto, a história de Ló segue um gráfico descendente: “até Sodoma” (Gn 13:12)...; “habitava em Sodoma” (Gn 14:12)...; “sentado à porta de Sodoma” (Gn 19:1). Da separação do povo de Deus (Gn 12:4-5) até o estabelecimento em Sodoma foram três estágios. O apóstolo Pedro diz que Ló encontrava-se em constante conflito de consciência (2Pe 2:7-8), porque vivia sempre situações comprometedoras, que o envolviam rapidamente (Gn 19:8); sabia o que era certo diante de Deus (2Pe 2:7-8), mas, mesmo sob a ameaça de juízo, apegava-se a Sodoma (Gn 19:16); tinha-se identificado demais com a cidade escolhida, a fim de dar um testemunho efetivo ali (vv. 9,14); tinha deixado sua fé sem uso por tanto tempo que não podia exercitá-la quando precisou (vv. 18-20); sua família não o apoiava mais nas coisas concernentes a Deus (vv. 26,30-36). O coração de sua esposa estava em Sodoma e suas filhas tinham apenas o modelo do mundo para seguir (v. 31) — mas conheciam o próprio pai suficientemente para tramar contra seus valores morais com a confiança de que ele havia perdido seu caráter de tal maneira que não resistiria.

    Ló, entretanto, não foi esquecido pelo Senhor (Gn 19:29-2Pe 2:9). Na época do juízo contra Sodoma, dois anjos foram enviados à cidade condenada para tirá-lo de lá, junto com qualquer parente que o acompanhasse. A corrupção moral daquele lugar foi evidenciada (Gn 19:5) pela atitude dos moradores, determinados a sujeitar os recém-chegados a práticas sexuais; a degeneração pessoal de Ló também foi demonstrada em sua disposição de sacrificar as próprias filhas, para proteger seus hóspedes (vv. 6-8). Não é de estranhar que seus concidadãos e os futuros genros (vv. 9,14) o viam apenas como um intrometido e uma piada sem graça! O envolvimento, no qual entraram com tanta facilidade, trouxe consigo a perda do caráter pessoal e da influência. Ainda assim, mesmo para um candidato tão relutante à salvação (v. 16), a misericórdia soberana prevaleceu e o incidente permanece como um exemplo brilhante da graça de Deus. O fato de que “Deus lembrou-se de Abraão, e tirou a Ló do meio da destruição” (v. 29) demonstra o princípio de que a família permanece no centro da operação da aliança divina. J.A.M.


    Coberta

    substantivo masculino Marinha Lado do navio que se acha exposto ao vento.
    Cada uma das metades da embarcação em sentido longitudinal.

    Oriente

    substantivo masculino Direção em que o olhar enxerga o nascer do sol; lado do horizonte em que é possível ver o nascer do sol.
    Um dos quatro pontos cardeais que corresponde ao Leste (lado do horizonte onde nasce o sol).
    Geografia Lado direito de uma carta geográfica.
    Geografia Conjunto dos países situados a leste da Europa do qual fazem parte a Ásia, parte da África e a própria Europa.
    Nome pelo qual, na maçonaria, se designam as lojas.
    Etimologia (origem da palavra oriente). Do latim oriens.entis.

    os hebreus exprimiam o oriente, ocidente, Norte e Sul por palavras que significavam ‘adiante’, ‘atrás’, ‘à esquerda’, ‘à direita’, em conformidade da posição da pessoa que está com a sua face para o lado onde nasce o sol (23:8-9). Por oriente eles freqüentemente querem dizer, não somente a Arábia Deserta, e as terras de Moabe e Amom, que ficam ao oriente da Palestina, mas também Assíria, Mesopotâmia, Babilônia e Caldéia, embora estes países estejam situados mais ao norte do que ao oriente da Judéia. Balaão, Ciro, e também os magos que visitaram Belém quando Jesus nasceu, diz-se terem vindo do oriente (Nm 23:7is 46:11Mt 2:1). ‘os povos do oriente’ são, em particular, as várias tribos desertas ao oriente da Palestina (Jz 6:3).

    Oriente LESTE (Gn 2:14); (Mt 2:2).

    Oriente 1. O mundo situado do outro lado do Jordão (Mt 2:1; 8,11; 24,27).

    2. Em sentido simbólico, a luz que vem depois da escuridão (Mt 4:16) e o astro ou sol de justiça (Lc 1:78).


    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    Gênesis 13: 11 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    Então Ló escolheu para si toda a campina do Jordão 33, e partiu Ló para o oriente, e apartaram-se um do outro.
    Gênesis 13: 11 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    2085 a.C.
    H251
    ʼâch
    אָח
    seu irmão
    (his brother)
    Substantivo
    H3383
    Yardên
    יַרְדֵּן
    o rio da Palestina que corre desde as origens no Anti-Líbano até o mar Morto, uma
    (of Jordan)
    Substantivo
    H3603
    kikkâr
    כִּכָּר
    redondo
    (the plain)
    Substantivo
    H3605
    kôl
    כֹּל
    cada / todo
    (every)
    Substantivo
    H376
    ʼîysh
    אִישׁ
    homem
    (out of man)
    Substantivo
    H3876
    Lôwṭ
    לֹוט
    filho de Harã e sobrinho de Abraão que se estabeleceu em Sodoma e foi salvo por Deus
    (Lot)
    Substantivo
    H5265
    nâçaʻ
    נָסַע
    arrancar, puxar para cima, partir, pôr-se a caminho, remover, ir em frente, partir
    (as they journeyed)
    Verbo
    H5921
    ʻal
    עַל
    sobre, com base em, de acordo com, por causa de, em favor de, concernente a, ao lado de,
    ([was] on)
    Prepostos
    H6504
    pârad
    פָּרַד
    separar, dividir
    (it was parted)
    Verbo
    H6924
    qedem
    קֶדֶם
    oriente, antigüidade, frente, que está diante de, tempos antigos
    (eastward)
    Substantivo
    H853
    ʼêth
    אֵת
    -
    ( - )
    Acusativo
    H977
    bâchar
    בָּחַר
    escolher, eleger, decidir-se por
    (they chose)
    Verbo


    אָח


    (H251)
    ʼâch (awkh)

    0251 אח ’ach

    uma palavra primitiva; DITAT - 62a; n m

    1. irmão
      1. irmão (mesmos pais)
      2. meio-irmão (mesmo pai)
      3. parente, parentesco, mesma tribo
      4. um em relação a outro (relacionamento recíproco)
      5. (fig.) referindo-se a semelhança

    יַרְדֵּן


    (H3383)
    Yardên (yar-dane')

    03383 ירדן Yarden

    procedente de 3381, grego 2446 Ιορδανης; n pr rio

    Jordão = “aquele que desce”

    1. o rio da Palestina que corre desde as origens no Anti-Líbano até o mar Morto, uma distância de aproximadamente 320 km (200 milhas)

    כִּכָּר


    (H3603)
    kikkâr (kik-kawr')

    03603 ככר kikkar

    procedente de 3769; n f

    1. redondo
      1. um distrito arredondado (localidades do vale do Jordão)
      2. um pão redondo
      3. um peso arredondado, talento (de ouro, prata, bronze, ferro)

    כֹּל


    (H3605)
    kôl (kole)

    03605 כל kol ou (Jr 33:8) כול kowl

    procedente de 3634; DITAT - 985a; n m

    1. todo, a totalidade
      1. todo, a totalidade de
      2. qualquer, cada, tudo, todo
      3. totalidade, tudo

    אִישׁ


    (H376)
    ʼîysh (eesh)

    0376 איש ’iysh

    forma contrata para 582 [ou talvez procedente de uma raiz não utilizada significando ser existente]; DITAT - 83a; n m

    1. homem
      1. homem, macho (em contraste com mulher, fêmea)
      2. marido
      3. ser humano, pessoa (em contraste com Deus)
      4. servo
      5. criatura humana
      6. campeão
      7. homem grande
    2. alguém
    3. cada (adjetivo)

    לֹוט


    (H3876)
    Lôwṭ (lote)

    03876 לוט Lowt

    o mesmo que 3875, grego 3091 λωτ; n pr m

    Ló = “coberta”

    1. filho de Harã e sobrinho de Abraão que se estabeleceu em Sodoma e foi salvo por Deus da destruição da cidade

    נָסַע


    (H5265)
    nâçaʻ (naw-sah')

    05265 נסע naca ̀

    uma raiz primitiva; DITAT - 1380; v

    1. arrancar, puxar para cima, partir, pôr-se a caminho, remover, ir em frente, partir
      1. (Qal)
        1. arrancar ou puxar para cima
        2. pôr-se a caminho, partir
        3. pôr-se a caminho, marchar
        4. ir em frente (referindo-se ao vento)
      2. (Nifal) ser arrancado, ser removido, ser tirado
      3. (Hifil)
        1. fazer partir, levar embora, levar a mover-se bruscamente
        2. remover, extrair

    עַל


    (H5921)
    ʻal (al)

    05921 על ̀al

    via de regra, o mesmo que 5920 usado como uma preposição (no sing. ou pl. freqüentemente com prefixo, ou como conjunção com uma partícula que lhe segue); DITAT - 1624p; prep

    1. sobre, com base em, de acordo com, por causa de, em favor de, concernente a, ao lado de, em adição a, junto com, além de, acima, por cima, por, em direção a, para, contra
      1. sobre, com base em, pela razão de, por causa de, de acordo com, portanto, em favor de, por isso, a respeito de, para, com, a despeito de, em oposição a, concernente a, quanto a, considerando
      2. acima, além, por cima (referindo-se a excesso)
      3. acima, por cima (referindo-se a elevação ou preeminência)
      4. sobre, para, acima de, em, em adição a, junto com, com (referindo-se a adição)
      5. sobre (referindo-se a suspensão ou extensão)
      6. por, adjacente, próximo, perto, sobre, ao redor (referindo-se a contiguidade ou proximidade)
      7. abaixo sobre, sobre, por cima, de, acima de, pronto a, em relacão a, para, contra (com verbos de movimento)
      8. para (como um dativo) conj
    2. por causa de, porque, enquanto não, embora

    פָּרַד


    (H6504)
    pârad (paw-rad')

    06504 פרד parad

    uma raiz primitiva; DITAT - 1806; v.

    1. separar, dividir
      1. (Qal) dividir
      2. (Nifal)
        1. dividir, separar
        2. ser dividido, ser separado
      3. (Piel) ser separado
      4. (Pual) ser divido
      5. (Hifil)
        1. dividir, separar
        2. fazer uma divisão, fazer uma separação
      6. (Hitpael) ser divido, ser separado, tornar-se separado

    קֶדֶם


    (H6924)
    qedem (keh'-dem)

    06924 קדם qedem ou קדמה qedmah

    procedente de 6923; DITAT - 1988a; n. m.

    1. oriente, antigüidade, frente, que está diante de, tempos antigos
      1. frente, da frente ou do oriente, em frente, monte do Oriente
      2. tempo antigo, tempos antigos, antigo, de antigamente, tempo remoto
      3. antigamente, antigo (advérbio)
      4. começo
      5. oriente adv.
    2. rumo a leste, para ou em direção ao oriente

    אֵת


    (H853)
    ʼêth (ayth)

    0853 את ’eth

    aparentemente uma forma contrata de 226 no sentido demonstrativo de entidade; DITAT - 186; partícula não traduzida

    1. sinal do objeto direto definido, não traduzido em português mas geralmente precedendo e indicando o acusativo

    בָּחַר


    (H977)
    bâchar (baw-khar')

    0977 בחר bachar

    uma raiz primitiva; DITAT - 231; v

    1. escolher, eleger, decidir-se por
      1. (Qal) escolher
      2. (Nifal) ser escolhido
      3. (Pual) ser escolhido, selecionado