Enciclopédia de II Samuel 7:15-15

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

2sm 7: 15

Versão Versículo
ARA Mas a minha misericórdia se não apartará dele, como a retirei de Saul, a quem tirei de diante de ti.
ARC Mas a minha benignidade se não apartará dele; como a tirei de Saul, a quem tirei de diante de ti.
TB porém a minha misericórdia não se retirará dele, como a retirei de Saul, a quem tirei de diante de ti.
HSB וְחַסְדִּ֖י לֹא־ יָס֣וּר מִמֶּ֑נּוּ כַּאֲשֶׁ֤ר הֲסִרֹ֙תִי֙ מֵעִ֣ם שָׁא֔וּל אֲשֶׁ֥ר הֲסִרֹ֖תִי מִלְּפָנֶֽיךָ׃
BKJ porém a minha misericórdia não se retirará dele, como a retirei de Saul, o qual eu retirei de diante de ti.
LTT Mas a Minha benignidade não se apartará dele; como a tirei de Saul, a quem tirei de diante de ti.
BJ2 Mas a minha proteção não se afastará dele, como a tirei de Saul, que afastei de diante de ti.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de II Samuel 7:15

I Samuel 15:23 Porque a rebelião é como o pecado de feitiçaria, e o porfiar é como iniquidade e idolatria. Porquanto tu rejeitaste a palavra do Senhor, ele também te rejeitou a ti, para que não sejas rei.
I Samuel 15:28 Então, Samuel lhe disse: O Senhor tem rasgado de ti hoje o reino de Israel e o tem dado ao teu próximo, melhor do que tu.
I Samuel 16:14 E o Espírito do Senhor se retirou de Saul, e o assombrava um espírito mau, da parte do Senhor.
I Samuel 19:24 E ele também despiu as suas vestes, e ele também profetizou diante de Samuel, e esteve nu por terra todo aquele dia e toda aquela noite; pelo que se diz: Está também Saul entre os profetas?
II Samuel 7:14 Eu lhe serei por pai, e ele me será por filho; e, se vier a transgredir, castigá-lo-ei com vara de homens e com açoites de filhos de homens.
II Samuel 7:16 Porém a tua casa e o teu reino serão firmados para sempre diante de ti; teu trono será firme para sempre.
I Reis 11:13 porém todo o reino não rasgarei; uma tribo darei a teu filho, por amor de meu servo Davi e por amor de Jerusalém, que tenho elegido.
I Reis 11:34 Porém não tomarei nada desse reino da sua mão; mas por príncipe o ponho por todos os dias da sua vida, por amor de Davi, meu servo, a quem elegi, o qual guardou os meus mandamentos e os meus estatutos.
Salmos 89:28 A minha benignidade lhe guardarei para sempre, e o meu concerto lhe será firme.
Salmos 89:34 Não quebrarei o meu concerto, não alterarei o que saiu dos meus lábios.
Isaías 9:7 Do incremento deste principado e da paz, não haverá fim, sobre o trono de Davi e no seu reino, para o firmar e o fortificar em juízo e em justiça, desde agora e para sempre; o zelo do Senhor dos Exércitos fará isto.
Isaías 37:35 Porque eu ampararei esta cidade, para a livrar, por amor de mim e por amor do meu servo Davi.
Isaías 55:3 Inclinai os ouvidos e vinde a mim; ouvi, e a vossa alma viverá; porque convosco farei um concerto perpétuo, dando-vos as firmes beneficências de Davi.
Atos 13:34 E que o ressuscitaria dos mortos, para nunca mais tornar à corrupção, disse-o assim: As santas e fiéis bênçãos de Davi vos darei.

Apêndices

Os apêndices bíblicos são seções adicionais presentes em algumas edições da Bíblia que fornecem informações complementares sobre o texto bíblico. Esses apêndices podem incluir uma variedade de recursos, como tabelas cronológicas, listas de personagens, informações históricas e culturais, explicações de termos e conceitos, entre outros. Eles são projetados para ajudar os leitores a entender melhor o contexto e o significado das narrativas bíblicas, tornando-as mais acessíveis e compreensíveis.

A mensagem da Bíblia

Adão e Eva no jardim do Éden com uma serpente

Depois de 4026 a.C.

“A serpente” questiona o direito e o modo de Jeová governar. Jeová promete produzir um “descendente”, ou “semente”, que por fim esmagará a serpente, Satanás. (Gênesis 3:1-5, 15, nota) Mas Jeová concede tempo para os humanos governarem a si mesmos sob a influência da serpente.

Abraão ouve a promessa de Deus

1943 a.C.

Jeová revela a Abraão que o “descendente” prometido virá da sua linhagem. — Gênesis 22:18.

o Rei Davi

Depois de 1070 a.C.

Jeová garante ao rei Davi, e mais tarde a seu filho Salomão, que o “descendente” prometido virá da sua linhagem. — 2 Samuel 7:12, 16; 1 Reis 9:3-5; Isaías 9:6, 7.

Jesus depois de seu batismo

29 d.C.

Jeová identifica Jesus como o “descendente” prometido e Herdeiro do trono de Davi. — Gálatas 3:16; Lucas 1:31-33; 3:21, 22.

Jesus morrendo

33 d.C.

A serpente, Satanás, fere o “descendente” prometido ao causar a morte de Jesus. Jeová ressuscita Jesus para a vida no céu e aceita o valor sacrificial de sua vida perfeita, fornecendo a base para o perdão de pecados e para a vida eterna aos descendentes de Adão. — Gênesis 3:15; Atos 2:32-36; 1 Coríntios 15:21-22.

A serpente, Satanás, sendo lançado para a Terra como prometido em Apocalipse

1914 d.C. ou um pouco depois

Jesus lança a serpente, Satanás, do céu para a Terra, restringindo-o à Terra por “pouco tempo”. — Apocalipse 12:7-9, 12.

Jesus governando a Terra de seu trono celestial como prometido em Apocalipse

Futuro

Jesus aprisiona Satanás por mil anos e então o destrói, simbolicamente esmagando a cabeça dele. O propósito original de Jeová para a Terra e a humanidade se cumpre, seu nome é santificado e seu modo de governar é vindicado. — Apocalipse 20:1-3, 10; 21:3, 4.


Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de II Samuel Capítulo 7 do versículo 1 até o 29
d. O desejo de Davi de construir o templo é negado (2Sm 7:1-29). Os capítulos 2Sm 7 ; 8 são praticamente idênticos a I Crônicas 17 ; 18. A ordem aqui é lógica, mas não cronológica, uma vez que é suposta uma passagem de tempo em 1 e 9. O registro do desejo contrariado de Davi de construir o Templo é colocado aqui, porque ele logicamente segue o transporte da arca para Jerusalém e o levantamento do Tabernáculo naquela localidade. Quando Davi estava estabelecido em sua própria casa de cedros (2), ele se deu conta da incongruência entre a magnificência de sua casa e o fato de que a arca do Senhor ainda morava dentro de cortinas, as tapeça-rias e as peles curtidas de animais das quais o Tabernáculo era feito. Natã, o profe-ta, que aparece aqui pela primeira vez, mas com freqüência depois disso, aprovou o propósito implícito do rei (3).

Naquela noite, porém, veio a palavra do Senhor (4) ao profeta em uma visão (17), para instruí-lo a reprimir o propósito de Davi. A mensagem deveria ser introduzida com a fórmula profética: Assim diz o Senhor (5). A pergunta: Edificar-me-ias casa para minha habitação? (5) é uma negativa retórica, e no paralelo em I Crônicas 17:4 lê-se: "Tu me não edificarás uma casa para morar". A arca, que simbolizava a presença do Senhor, não tinha um lugar fixo de morada, e Deus não havia ordenado que ele fosse construído (6-7). Qualquer das tribos de Israel (7) — a leitura de I Crônicas 17:6, "algum dos juízes de Israel", se encaixa melhor neste contexto.

O Senhor lembrou a Davi de sua elevação da malhada (8), ou do aprisco das ove-lhas, para o trono; das vitórias que haviam sido alcançadas (9) ; de sua provisão de uma terra para o povo (10) ; e assegurou-lhe sobre a permanência de sua dinastia (11). No entanto, um filho de Davi, então por nascer, é que edificaria uma casa ao nome do Senhor (13), e o trono do seu reino seria estabelecido para sempre. Embora não expressamente declarado aqui, os textos em I Reis 5:3 e I Crônicas 28:2-3 acrescentam o motivo pelo qual Davi não poderia construir o Templo; isto é, que ele havia sido um homem de guerra e havia derramado muito sangue.

A dinastia de Davi deveria continuar através de seus filhos, e não seria dividida como foi a casa de Saul (14-16). Os versículos 14:15 às vezes têm sido citados como evidência para a teoria de que um filho de Deus jamais pode se perder, e que quando esta pessoa peca, ela será castigada, mas não condenada. O que está em vista aqui não é a salvação pessoal de Salomão, mas a posição da dinastia de Davi. Fora este fato, tal inter-pretação é impossível à luz de passagens como II Crônicas 15:2; Isaías 59:1-2; Ezequiel 18:26-33.12,13,18; João 15:2-6; Romanos 6:1-2; 11.22; I Coríntios 9:27; Hebreus 6:4-6; 10:26-29; 10.38,39; II Pedro 2:18-22; I João 2:4-3.8,9.

Deve ser destacado que estas profecias do reino são cumpridas, não inteiramente em Salomão, mas no "maior Filho de Davi", o Senhor Jesus Cristo (Hb 1:5; Lc 1:31-33; Atos 2:29- 31; 13 22:23). Nenhum reino meramente terreno poderia permanecer para sempre (13,16).

Natã falou fielmente a Davi conforme todas estas palavras e conforme toda esta visão (17). A reação do rei mostra humildade, gratidão e resignação à vontade de Deus. Ele entrou (18), provavelmente no Tabernáculo, e ficou perante o Senhor em meditação e oração. A sua oração expressa a admiração por Deus tê-lo escolhido e lhe feito promessas para um longo futuro. A frase: E isso o costume dos homens, ó Se-nhor Jeová? (19) pode significar: "E isto está muito além do poder que o homem tem de fazer previsões"; ou podemos ler na passagem paralela em I Crônicas 17:17: "Proveste-me, segundo o costume dos homens, com esta exaltação, ó Senhor Deus".

Davi não encontrou palavras para expressar os seus sentimentos ao Senhor (20), e só pôde reconhecer a soberania do propósito e da Palavra de Deus (21,22). Ele louvou ao Senhor por redimir Israel da terra do Egito (23), o grande evento que é a parte central de toda a história do Antigo Testamento, e que constituiu Israel como o povo de Deus (24). Ele orou para que o Senhor cumprisse a sua promessa e exaltasse o seu nome (25,26). Foi esta promessa que incentivou o rei a orar como fez (27). Na confiança de que a palavra de Deus é verdadeira, ele concluiu com a petição: E com a tua bênção será sempre ben-dita a casa de teu servo (28,29).

Sob certo sentido, o capítulo 7 pode ser visto sob o título: "Fazendo das decepções os seus compromissos". (1) Davi desejava construir a casa do Senhor, 1-3; (2) Deus se recu-sa a permitir que o desejo de Davi seja cumprido, 4-11; (3) O Senhor tinha outro plano, 12-17; (4) Davi aceitou a vontade de Deus sem amargura ou rebelião, 18-29.


Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de II Samuel Capítulo 7 do versículo 1 até o 29
*

7:1

descanso de todos os seus inimigos. Ver notas nos vs. 6 e 9. Ver também o v. 11; Dt 12:10; 25:19; Js 23:1.

* 7:2

Natã. Mencionado aqui pela primeira vez, Natã, o profeta, também desempenhará um papel significativo no capítulo 12 e em 1Rs. Ver também 13 29:29'>1Cr 29:29; 2Cr 9:29; 29:25.

numa tenda. Ao que parece, Davi via o seu palácio como um símbolo de seu governo agora estabelecido (5.11,12), e ele propõe que o governo de Deus devesse ser igualmente simbolizado com uma habitação permanente.

* 7:3

Vai. O plano de Davi pareceu razoável a Natã, mas logo se corrigiu, quando a isso foi ordenado pelo Senhor (v. 4). Natã não era um lisonjeador (12.7-14).

* 7.4-17

A significação histórica e teológica da promessa divina feita a Davi registrada nestes versículos (com paralelo em 13 17:3-13.17.15'>1Cr 17:3-15) dificilmente pode ser exagerada. De fato, a promessa de um reino davídico duradouro tem sido chamada de cume de toda a revelação do Antigo Testamento. Olhando para trás, ela retoma as promessas de bênção feitas a Abraão e sua descendência eleita (Gn 17:16), e as faz repousar sobre Davi (vs. 9,10,12). E, olhando para diante, prepara para a esperança messiânica que inspira a fé de Israel antes e depois do exílio babilônico (Is 11:1; Jr 23:5,6; Zc 3:8; 6:12). A esperança na vinda de um Messias culminou no aparecimento de Jesus Cristo (Is 9:1-7; Lc 1:32,33,69,70; At 2:30-31; 13 22:23; Rm 1:1-4; 2Tm 2.8 e Ap 22:16).

* 7:5

meu servo Davi. Conforme 3.18; Sl 89:3. A referência do Senhor a Davi como "meu servo", colocou Davi em uma companhia seleta que incluía Abraão (Gn 26:24), Moisés (Nm 12:7,8; Dt 34:5), Calebe (Nm 14:24) e Josué (Js 24:29).

* 7:6

em casa nenhuma habitei. Deus tem acompanhado seu povo eleito por todas as suas peregrinações (vs. 6,7). Somente quando ele os fixasse em seu lugar (v. 10), e eles desfrutassem de "descanso" (v. 11), que ultrapassasse àquilo que eles já desfrutavam sob Davi (v. 1), Deus permitiria que uma casa permanente fosse construída em honra ao seu nome (v. 13).

* 7:9

fui contigo. Ver nota em 1Sm 16:18.

grande o teu nome. Essa declaração sobre um grande nome para Davi relembra a promessa divina feita ao patriarca Abraão, em Gn 12:2. Conforme 8.13, onde lemos que Davi "ganhou renome".

* 7:11

ele, o SENHOR te fará casa. Tendo recusado a oferta de Davi para edificar-lhe uma casa (templo; v. 5), o Senhor respondeu com o gracioso anúncio de que, em lugar disso, ele estabeleceria a dinastia de Davi.

* 7:12

teu descendente. Salomão.

que procederá de ti. Palavras idênticas foram ditas a Abraão, em Gn 15:4.

* 7:13

ao meu nome. Foi "por causa do seu grande nome" que o Senhor recusou-se a rejeitar o seu povo, depois de terem pedido, pecaminosamente, um rei (1Sm 12:22). Agora o Senhor anuncia a Davi que seu próprio filho, que o sucederia como rei, construirá um templo "para o meu nome". Quanto a uma explicação da significação do nome de Deus, ver Êx 34:5-7; e nota em 1Sm 17:45.

* 7.14-16

por pai... por filho. A plena significação dessa promessa, que expressa o relacionamento especial que o Senhor estabelecia com os reis da linhagem de Davi (Sl 2:7; 89.18-37), realizou-se, finalmente, em Cristo (Mc 1:11; At 13:33; Hb 1:5).

* 7:14

castigá-lo-ei. Como um pai, o Senhor disciplinaria o filho real, quando este errasse. Mas o seu amor pactual nunca seria retirado dele. Embora a punição fosse severa, chegando à perda da terra e do templo (1Rs 9:6-9), a promessa de Deus de que estabeleceria para sempre o trono de Davi não pode falhar. Essa promessa viria a ser crescentemente entendida em termos messiânicos (Is 9:7; 11.1-5; Jr 33:14-26; Mq 5:2-5).

* 7:18

entrou o rei Davi na Casa do SENHOR, ficou perante ele. Presume-se que Davi se sentou defronte da arca, o símbolo da presença do Senhor (Êx 25:22; 30:6; Dt 10:8; Js 6:8). Não era comum uma pessoa sentar-se enquanto orava (Dt 10:7).

Quem sou eu...? Tendo oferecido a Deus uma casa, Davi ficou surpreso diante da declaração do Senhor de que ele construiria para Davi uma casa. A humildade evidenciada através das palavras de Davi: "Quem sou eu?" concorda com o seu reconhecimento de que o Senhor soberano é que estivera com ele (1Sm 16:18, nota), conduzindo-o até àquele ponto.

* 7:19

isto é instrução para todos os homens. O sentido original hebraico desta frase é difícil. O versículo paralelo de 13 17:17'>1Cr 17:17 tem um texto muito diferente: "me trataste como se eu fosse homem ilustre".

* 7.22-24

Davi faz uma consideração de sua posição única e a de sua casa (vs. 18-21) para contemplar o caráter ímpar de seu Deus. Ele é o único e verdadeiro Deus, e em seu favor desmerecido ele escolheu tanto a Davi como a própria nação de Israel, para ser o seu povo, através de quem seu grande nome tornar-se-ia conhecido (ver Êx 15:11-13; Dt 7:6-8).


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de II Samuel Capítulo 7 do versículo 1 até o 29
7.1ss Este capítulo registra o pacto que fez Deus com o Davi, lhe prometendo que continuaria a linha do Davi para sempre. Esta promessa se viu cumprida em sua totalidade com o nascimento de Cristo Jesus. Embora a palavra pactuo não se estabelece especificamente aqui, usa-se em qualquer outra parte para descrever esta ocasião (23.5; Sl 89:3-4, Sl 89:28, Sl 89:34-37).

7:2 Esta é a primeira vez que se menciona ao profeta Natán. Deus se assegurou de que durante o reinado de cada um dos reis do Israel houvesse um profeta. As obrigações principais de um profeta eram as de exortar ao povo a seguir a Deus, e comunicar suas leis e os planos para o rei. A maioria dos reis rechaçaram aos profetas enviados Por Deus. Mas Deus lhes deu a oportunidade de escutar e obedecer. Nos anos anteriores, os juizes e os sacerdotes tinham o papel de profetas. Samuel serve como juiz, sacerdote e profeta enchendo o vazio entre o período dos juizes e a monarquia.

7:5 Nesta mensagem do Natán, Deus diz que O não queria que Davi construíra uma "casa" para O por que não queria Deus que Davi construíra um templo para O? Deus disse ao Davi que seu trabalho era unificar e guiar ao Israel, e destruir a seus inimigos. Esta tarefa requereria que Davi derramasse uma grande quantidade de sangue. Em 1Cr 28:3 se menciona que Deus não queria que um guerreiro construíra seu templo. portanto, Davi fez planos e compilou os materiais para que assim seu filho Salomão pudesse começar a trabalhar no templo logo que chegasse a ser rei (2 Rsseis 5:7). Davi aceitou seu papel no plano de Deus e não tratou de ir mais à frente. Algumas vezes Deus lhe diz não a nossos planos. Quando isso ocorra devemos utilizar as outras oportunidades que O nos dá.

7.8-16 A petição do Davi era boa, mas Deus disse que não. Isto não quer dizer que Deus rechaçou ao Davi. É mais, Deus estava planejando algo até major na vida do Davi que lhe permitir o prestígio de construir o templo. Embora Deus rechaçou a petição do Davi prometeu que continuaria a casa (ou dinastia) do Davi para sempre. A dinastia terrestre do Davi terminou quatro séculos mais tarde, mas Jesucristo, um descendente direto do Davi, foi o cumprimento final desta promessa (At 2:22-36). Cristo reinará por toda a eternidade, agora em seu reino espiritual e nos céus, e mais tarde na terra, na nova Jerusalém (Lc 1:30-33; Apocalipse 21). orou com boas intenções, só para que Deus lhe diga que não? Esta é a maneira que Deus tem de dirigir sua vida para um propósito maior. Aceitar o não de Deus requer tanta fé para cumprir o sim de Deus.

7.18ss Esta seção registra a oração do Davi em que expressa sua humilde aceitação da promessa de Deus para estender sua dinastia para sempre. Davi se deu conta de que estas bênções tinham sido conferidas a ele e a seus descendentes para que o Israel também fora bento. Ajudariam a cumprir o grande propósito de Deus, e suas promessas para toda a nação; e à larga, para o mundo inteiro (Gn 12:1-3).


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de II Samuel Capítulo 7 do versículo 1 até o 29
V. O DESTINO DA DINASTIA Davi (2Sm 7:1 ; conforme 1Cr 17:1 , 2Sm 7:11 ).

Natan lembrou Davi do que o Deus de Israel tinham feito para o seu povo, bem como para Davi. Além disso, Deus propôs para continuar seu trabalho. Vou nomear um lugar para o meu povo de Israel ... para que habite no seu lugar. ... Além disso o Senhor te declara que ele te fará uma casa (vv. 2Sm 7:10 , 2Sm 7:11 ).

Davi foi transferido para construir um templo quando ele observou o grande contraste entre a sua própria casa de cedro e resistente a habitação inadequada para a arca de Deus. Parecia importante para ele que a arca deve ter muito melhores condições de moradia. Que não haja aqui uma lição para aqueles que vivem em casas modernas de luxo enquanto eles adoram em igrejas em ruínas e antiquados? Caso a casa do adorador ser melhor do que a do Um adorado?

No entanto, o profeta do Senhor declarou que não era Davi, que iria construir uma casa ao Senhor, mas era o Senhor, que iria construir uma casa para Davi. Aqui está uma verdade perene relevante, que Deus se digna a habita em templos constituídos por vidas humanas cumprir propósitos divinos, ao invés de templos suntuosos feitos por mãos humanas.

Aqui é o contraste distintivo entre a adoração do Senhor da história, que escolheu Israel como Seu povo e Davi como seu rei e à adoração dos deuses da natureza tão reverenciado pelos cananeus. Isso não quer dizer que o Senhor de todos é divorciado da natureza, pois Ele é o Criador da natureza. No entanto, é afirmar que o propósito redentor de Deus é orientada não tanto na natureza como na história. Por conseguinte, Deus propôs para habitar em Israel, um povo chamado a relação de aliança com Ele. Ele também propôs a estabelecer a dinastia de Davi para sempre.

A expectativa do reino eterno de Davi contribuiu amplamente para a esperança messiânica. Mesmo após a queda do reino de Davi muitos judeus centrado as suas esperanças na vinda do maior Filho de Davi. Escritores do Novo Testamento estavam convencidos de que Jesus Cristo foi o cumprimento da esperança messiânica (conforme Lc 1:31 ; At 2:29 ; 0:22 , 23 ; He 1:5 ; conforme . 1Cr 17:16 ).

Fora de seu sentimento de temor Davi expressou grande respeito pelos caminhos de Deus. Por causa da tua palavra, e segundo o teu coração, tu tens feito toda esta grandeza, para fazer o teu servo sabe que (v. 2Sm 7:21 ).

Davi estava ciente da atividade do Todo-Poderoso. Ao refletir sobre a história de Israel e sobre a sua posição de poder, ele reconheceu que o Senhor tinha feito essas notáveis ​​realizações. Portanto, grandioso és, ó Senhor Deus, porque não há ninguém como tu (v. 2Sm 7:22 ).

Plenamente consciente da atividade da divindade, não só na história de Israel, mas também em sua vida pessoal, Davi pediu ao Senhor para cumprir sua promessa em relação ao estabelecimento da dinastia de Davi (v. 2Sm 7:25 ).

A partir de um sentimento de temor esmagadora na presença da palavra do Senhor, Davi foi transferido para uma fé profunda nessa palavra. O que Jeová havia declarado, Davi acreditava que iria ser cumprido. E agora, ó Senhor Deus ... as tuas palavras são verdade, ... vamos te satisfaz abençoar a casa de teu servo, que ela pode continuar para sempre diante de ti; pois tu, ó Senhor Jeová, o disseste (vv. 2Sm 7:28 , 2Sm 7:29 ).

Enquanto Davi deu pleno reconhecimento à soberania da palavra de Deus, ele também estava ciente de sua própria responsabilidade, relativa ao cumprimento da promessa divina. É impossível impor um determinismo sobre Davi, à luz da sua oração oferecida em um espírito de surpresa e confiança se misturavam. Ele voluntariamente e com gratidão respondeu à palavra divina, a fim de que ele poderia participar da promessa.


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de II Samuel Capítulo 7 do versículo 1 até o 29
Nesse capítulo, encontramos duas expressões que resumem sua princi-pal lição: "teu descendente" (v. 12) e "teu trono" (v. 16). Essa aliança davídica (também apresentada em 1Co 1:7) é importante para o progra-ma de Deus, porque nela o Senhor promete dar, por intermédio de Davi, bênçãos especiais para a na-ção judia. Na aliança com Abraão (Gn 15), o Senhor prometeu uma descendência, uma terra e bênção para todas as nações por intermé-dio de Israel. Nessa aliança, Deus revela que o Messias prometido vi- ria pela linhagem de Davi (Rm 13:0), mas ele conhecia o amor de Davi, visto que esse desejo estava no coração de seu servo (1Rs 8:18). Natã não co-nhecia a vontade expressa de Deus em relação ao assunto, portanto ele apenas aprovou Davi e encorajou-o

a fazer o que estava no coração dele. Os dois, Davi e Natã, tinham o coração aberto para a orientação do Senhor e, quando o Senhor fa-lou, eles ouviram e obedeceram. Nós devemos sempre encorajar uns aos outros em assuntos espirituais e estimularmo-nos a fazer boas obras (He 10:24-58).

Davi real mente era "um ho-mem segundo o coração de Deus", pois a Palavra de Deus e a Casa do Senhor ocupavam o primeiro lugar em seu coração. Oh, se mais pesso-as de Deus fossem como ele!

  1. Uma promessa magnífica (7:4-17)

Provavelmente, "durante a noite" (SI 119:55), Natã meditava sobre a Palavra de Deus, quando o Senhor falou com ele. Com que freqüên- cia o Senhor fala conosco quando ainda está escuro! Veja Gênesis 15. "De noite me visitas" (Sf 1:7:3). Deus transmitiu a Natã uma mensagem para o rei, e essa mensagem envol-via muitas coisas importantes.

  1. A graça de Deus (vv. 5-10).

Como Deus é gracioso por ter, du-rante anos, "andado em tenda" des-de que a nação saiu do Egito! Ele não pediu um templo primoroso como as casas dos deuses do Egito. Não, ele se humilhou e habitou no taber- náculo, peregrinou com seu povo e foi adiante dele para abrir caminho. Jo 1:14 declara: "E o Verbo [Cristo] se fez carne e habitou entre nós" (grifo do autor). Outra evidência da graça de Deus é o tratamento que ele dá a Davi. O Senhor chamou-o nas pastagens e o pôs no trono. O Senhor deu-lhe vitória sobre todos os inimigos. Ele trouxe Israel para um lugar de bênção, e este não de-veria se mudar de novo (v. 10, em que os tempos verbais deveríam es-tar no passado: "Preparei lugar").

  1. O propósito de Deus (vv. 11-16)

Por favor, observe que a palavra "casa" tem um sentido duplo nessa passagem: (1) a casa física, o templo (v. 13) e (2) a casa humana, a famí-lia de Davi (vv. 11,16,19,25,27,29). É costume referir-se a uma família real como a "casa"; por exemplo, a "casa de Windsor", na 1nglaterra. Davi queria construir uma casa físi-ca para o Senhor, mas Deus cons-truiría uma casa real para Davi, uma família que reinaria em seu trono.

Os termos dessa aliança são importantes porque envolvem o propósito de Deus- de enviar Jesus Cristo ao mundo. Primeiro, obser-vemos que algumas dessas pro-messas cumpriram-se em Salomão, sucessor de Davi ao trono; veja 1Cr 22:6-13. Deus pôs Salo-mão no trono, apesar dos complôs perversos de outros membros da família, e o Senhor capacitou Salo-mão para construir um belo templo. Quando Salomão e seus descen-dentes pecaram, o Senhor manteve sua promessa (v. 14) e castigou-os; veja Sl 89:20-19. Deve-se no-tar também que alguns assuntos dessa aliança se aplicam apenas a Jesus Cristo. O Senhor afirma que estabelecerá o trono para sempre (v. 13), e que a casa e o trono de Davi serão firmados para sempre (v. 16). No entanto, hoje, Davi não tem um descendente em seu trono. Na ver-dade, não há trono em Jerusalém. Deus não cumpriu sua promessa? EmSl 89:33-19, o Senhor afir-ma que nunca quebrará sua aliança com Davi, embora talvez tenha de castigar os filhos de Davi.

O cumprimento último dessas promessas é em Jesus Cristo. EmLc 1:28-42, leia com atenção a mensagem do anjo a Maria e obser-ve que Deus promete a Cristo o tro-no e o reino de Davi. Hoje, algumas pessoas "espiritualizam" esses ver-sículos e os aplicam à igreja, mas, se devemos entender literalmente o restante da mensagem do anjo, que direito temos de espiritualizar o trono e o reino? Zacarias, inspirado pelo Espírito, afirma claramente que Cristo cumpriría as alianças feitas com os pais (Lc 1:68-42). E nossa convicção que Cristo cumprirá essa aliança davídica quando se sentar no trono de Davi e governar durante o Reino milenar (Ap 20:1-66). Nesse momento, cumprir-se-ão todas as promessas do grande Reino, conforme apresentadas pelos profetas do Antigo Testamento. Em At 15:13-44). Davi orou: "Quanto a esta palavra que disseste [...] faze como falaste". Davi, como Abraão, estava "plenamente convicto de que ele era poderoso para cumprir o que prometera" (Rm 4:21).

Davi estava decepcionado por que Deus não lhe permitira cons-truir a casa do Senhor? Talvez. No entanto, para ele, não era importan-te quem construiría a Casa do Se-nhor, mas que a vontade de Deus se cumprisse e que o nome do Senhor fosse glorificado.


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de II Samuel Capítulo 7 do versículo 1 até o 29
7.1 O cap. 7 é o clímax dos livros de Samuel. Contém uma profecia ampla de atos imediatos e de atos remotos. Os imediatos tratam de Davi e seus descendentes seculares; os remotos, tratam da pessoa de Cristo e do seu reinado eterno (11 -14).
7.7 Tribos. É provável que em lugar de "tribos" (Shbti), originalmente fosse "juízes" (Shfti), visto que a grafia das duas palavras é igual, apenas com a diferença de um pequeno sinal dependurado numa das letras, que transforma b em f na palavra "juízes". A palavra "juízes" encontra-se no v. 11, e também na passagem paralela em 1Cr 17:6.

• N. Hom. 7.8,9 "Mudança maravilhosa":
1) Deus muda a convicção humilde do homem (Tomei-te da malhada 8; Êx 3:1-4);
2) Deus guarda o homem (Fui contigo... eliminei os teus inimigos, 9; Sl 23:0);
4) Deus muda-o para uma condição maravilhosa (Para que fosses príncipe..., 8; 1Pe 2:9).

7.11 Ele, o Senhor te fará casa. A casa refere-se à descendência de Davi, particularmente à pessoa de Cristo.

7.13 Este versículo, praticamente, é a razão de ser dos livros de Samuel. Refere-se a Cristo e a seu reino, embora se refira, também, a Salomão. A paráfrase deste versículo se acha em Mt 16:18.

7.14 Se viera transgredir. Tradução melhor seria: "mesmo no seu sofrimento pela iniqüidade". De acordo com A. Clarke, o verbo hebraico behaevotho não está no infinito ativo de qal, cometer iniqüidade", mas em nifal, e significa "sofrer a iniqüidade". A paráfrase deste versículo está em Is 53:3-23; Mt 27:38-40; Mc 14:65. Quando Isaías (9,6) menciona o menino que nasceu, refere-se ao texto 2Sm 7:14. Idem, Lc 1:32... Ap 21:3).

7.27 Edificar-te-ei casa. Não se refere à casa-edifício, mas sim, à descendência de Davi e, particularmente, à pessoa de Cristo.


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de II Samuel Capítulo 7 do versículo 1 até o 29

3) A dinastia, a corte e os territórios sob o domínio de Davi (7.1—8.18)
a) A casa de Deus e a casa de Davi (7:1-29; conforme lCr 17:1-27)
v. 1-27. O desejo de Davi. Essa história difere pouco da sua correspondente em lCr 17; o rei Davi já morava em seu palácio e o Senhor lhe dera descanso de todos os seus inimigos ao redor (v. 1). Ele se angustiou diante da comparação entre o seu palácio de cedro (v. 2) e a tenda temporária que abrigava a arca. Ele falou com Natã, o profeta, “um sucessor digno de Samuel” (D. F. Payne, NBC, 3. ed., p. 305), que lhe garantiu a aprovação divina do seu plano de construir uma casa digna para Javé. Mas à noite veio uma mensagem divina a Natã instruindo-o a anular o conselho que tinha dado a Davi. Natã foi lembrado de que Deus não havia morado em nenhuma casa desde o dia em que tirara os israelitas do Egito (v. 6). Tampouco tinha instruído o seu povo a construir para ele uma casa. Houve ainda uma mensagem pessoal para Davi, que o lembrou do seu chamado para liderar o seu povo como pastor e para derrotar todos os seus inimigos. Israel terá o seu próprio lar e não será mais incomodado (v. 10). Acerca da idéia de Davi construir uma casa para Javé, o Senhor declara o seguinte: Saiba também que eu, o Senhor, lhe estabelecerei uma dinastia (v. 11). O seu filho o sucederia no trono; o nãgid, o príncipe ou líder carismático, deveria fundar uma dinastia sob a proteção de Deus: Eu serei seu pai, e ele será meu filho (v. 14). Mesmo que o filho de Davi ou qualquer outro de seus futuros sucessores não lhe obedecesse, Deus iria castigá-lo severamente, mas não seria eliminado da sucessão, como tinha acontecido com Saul. Quanto a você, sua dinastia e seu reino permanecerão para sempre diante de mim; o seu trono será estabelecido para sempre (v. 16).

Esse é um dos marcos da revelação do AT. Os estágios sucessivos do desdobramento do propósito redentor de Deus são marcados por alianças, revelações divinas da soberana paciência de Deus e de sua graça para com o homem. Para Noé (Gn 9:9-17), a libertação prometida do juízo é universal e incondicional;

nenhuma exigência é atrelada à promessa concedida. A Abraão (Gn 15), Deus indicou que o canal por meio do qual as nações seriam abençoadas seria a sua descendência, que seria identificada pelo símbolo da aliança, a circuncisão (17:9-14). No Sinai (Ex 19; 20), foi promulgada uma nova aliança por Javé para o povo que ele já havia libertado do Egito, mais uma manifestação da sua graça, mas isso em conjunto com o decálogo e a legislação resultante, que não era meramente um pré-requisito da bênção divina, mas a definição da santidade pessoal do povo da aliança. Havia um elemento condicional: “se me obedecerem fielmente e guardarem a minha aliança, vocês serão o meu tesouro pessoal dentre todas as nações [...] um reino de sacerdotes e uma nação santa” (Ex 19:5,6).

Com o estabelecimento do reino de Davi, veio a aliança com Davi (v., e.g., Sl 89:1-19,2637; Sl 132:11-19). A palavra “aliança” não ocorre nesse texto, mas “é evidente, com base em outros textos relevantes, que essa é a proclamação fundamental a Davi da aliança em questão” (conforme J. Murray, NBD, p. 51-5). Essa aliança entre Deus e o seu rei é completamente incondicional: “Embora a obediência a Javé fosse exigida de gerações subseqüen-tes de governantes davídicos, ela não é con-jecturada como algo que pudesse pôr em risco a continuação da aliança. O propósito da referência ao castigo divino de filhos desobedientes (v. 14,15) serve para reforçar a declaração de que isso não conduzirá à anulação da aliança” (R. E. Clements, Abraham and David, 1967, p. 54).

v. 18-29. Davi adora a Deus. O restante do cap. 7 descreve a oração de gratidão de Davi. Ele entrou no tabernáculo, assentou-se diante do Senhor (v. 18), meditando acerca de sua própria indignidade e insignificância e a enorme bondade de Deus: Quem sou eu, ó Soberano Senhor [...] também falaste sobre o futuro da família deste teu servo (v. 18,19). Ele está completamente tomado de admiração: Que mais Davi poderá dizer-te? Tu conheces o teu servo, 6 Soberano Senhor (v. 21). Ele faz o seu coração transbordar em louvor: Quão grande és tu, ó Soberano Senhor! Não há ninguém como tu, nem há outro Deus além de ti, conforme tudo o que sabemos (v. 22). Nenhuma outra nação tem um Deus como o Deus de Israel: E quem é como Israel, o teu povo, a única nação da terra que tu, ó Deus, resgataste para dela fazeres um povo para ti mesmo (v. 23). O elo entre Deus e o seu povo é indissolúvel; ele prometeu um reino eterno à linhagem de Davi e, em virtude de tantas bênçãos prometidas, ele pode dizer: o teu servo achou coragem para orar a ti (v. 27).

Aqui vemos o homem segundo o coração de Deus tendo comunhão com o seu Deus; ouvimos as aspirações e os desejos do “doce salmista de Israel”.


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de II Samuel Capítulo 7 do versículo 1 até o 29
2Sm 7:1

5. DAVI PROJETA A CONSTRUÇÃO DUM TEMPLO (2Sm 7:1-10). As passagens de 2Sm 7:1-10; He 1:5; Lc 1:31-42; At 2:29-31; At 13:32-23).

>2Sm 7:18

6. A ORAÇÃO E A GRATIDÃO DE DAVI (2Sm 7:18-10). Esta oração caracteriza-se por uma grande humildade, gratidão a Deus pelos Seus favores, submissão à vontade divina e confiança no Senhor. Davi ficou perante o Senhor (18) ou, segundo outra versão, "sentou-se perante o Senhor", provavelmente em meditação no santo lugar. Para orar, Davi mais provavelmente ficaria de pé uma vez que era de pé ou de joelhos que se orava (conforme 1Rs 8:22, 1Rs 8:54-11). O versículo 19 apresenta dificuldades textuais mas o seu sentido torna-se claro quando o comparamos com 1Cr 17:17 (lit. mas esta é a lei ou prerrogativa de um grande homem); isto é, Davi espanta-se que Deus escolhesse um homem tão humilde como ele para fundar uma dinastia. Davi acredita que Deus o abençoará a ele e à sua casa e diz: O Senhor dos exércitos é Deus sobre Israel; e a casa de teu servo será confirmada diante de Ti (26).


Dicionário

Apartar

verbo transitivo direto Separar, desunir ou pôr de parte: apartar o gado.
Escolher conforme a qualidade: apartar as lãs.
Separar os que estão brigando; apaziguar: apartar as crianças.
Acabar com um conflito, briga: apartar países em guerra.
verbo bitransitivo Pôr em distância; afastar: apartar o pensamento de uma coisa; apartar os olhos de um objeto.
verbo pronominal Afastar-se ou se distanciar de; arredar: apartou-se do sofrimento, da tristeza.
Etimologia (origem da palavra apartar). Do latim a + parte + ar.

Apartar
1) Separar (Ex 13:12; 1Co 7:11).


2) Afastar (Pv 17:13; Gl 2:12).


Benignidade

Qualidade de ser bom.

Benignidade Bondade; misericórdia (Sl 26:3; Gl 5:22).

benignidade s. f. Qualidade de benigno.

Como

assim como, do mesmo modo que..., tal qual, de que modo, segundo, conforme. – A maior parte destas palavras podem entrar em mais de uma categoria gramatical. – Como significa – “de que modo, deste modo, desta forma”; e também – “à vista disso”, ou – “do modo que”. Em regra, como exprime relação comparativa; isto é – emprega-se quando se compara o que se vai afirmar com aquilo que já se afirmou; ou aquilo que se quer, que se propõe ou se deseja, com aquilo que em mente se tem. Exemplos valem mais que definições: – Como cumprires o teu dever, assim terás o teu destino. – O verdadeiro Deus tanto se vê de dia, como de noite (Vieira). – Falou como um grande orador. – Irei pela vida como ele foi. – Assim como equivale a – “do mesmo modo, de igual maneira que”... Assim como se vai, voltar-se-á. Assim como o sr. pede não é fácil. Digo-lhe que assim como se perde também se ganha. Destas frases se vê que entre como e assim como não há diferença perceptível, a não ser a maior força com que assim como explica melhor e acentua a comparação. – Nas mesmas condições está a locução – do mesmo modo que... Entre estas duas formas: “Como te portares comigo, assim me portarei eu contigo”; “Do mesmo modo que te portares comigo, assim (ou assim mesmo) me portarei contigo” – só se poderia notar a diferença que consiste na intensidade com que aquele mesmo modo enuncia e frisa, por assim dizer, a comparação. E tanto é assim que em muitos casos 290 Rocha Pombo não se usaria da locução; nestes, por exemplo: “Aqueles olhos brilham como estrelas”; “A menina tem no semblante uma serenidade como a dos anjos”. “Vejo aquela claridade como de um sol que vem”. – Tal qual significa – “de igual modo, exatamente da mesma forma ou maneira”: “Ele procedeu tal qual nós procederíamos” (isto é – procedeu como nós rigorosamente procederíamos). Esta locução pode ser também empregada como adjetiva: “Restituiu-me os livros tais quais os levara”. “Os termos em que me falas são tais quais tenho ouvido a outros”. – De que modo é locução que equivale perfeitamente a como: “De que modo quer o sr. que eu arranje o gabinete?” (ou: Como quer o sr. que eu arranje...). – Segundo e conforme, em muitos casos equivalem também a como: “Farei conforme o sr. mandar” (ou: como o sr. mandar). “Procederei segundo me convier” (ou: como me convier).

como adv. 1. De que modo. 2. Quanto, quão. 3. A que preço, a quanto. Conj. 1. Do mesmo modo que. 2. Logo que, quando, assim que. 3. Porque. 4. Na qualidade de: Ele veio como emissário. 5. Porquanto, visto que. 6. Se, uma vez que. C. quê, incomparavelmente; em grande quantidade: Tem chovido como quê. C. quer, loc. adv.: possivelmente. C. quer que, loc. conj.: do modo como, tal como.

Diante

advérbio Em frente ou à frente; em primeiro lugar: sentou-se diante.
locução adverbial Em, por ou para diante. Num tempo futuro: de agora em diante tudo vai ser diferente.
locução prepositiva Diante de. Localizado à frente de: colocou o livro diante do computador.
Em companhia de: falou a verdade diante do júri.
Como resultado de: diante das circunstâncias, decidiu pedir demissão.
Etimologia (origem da palavra diante). De + do latim inante.

Não

advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

Saul

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Pedido. l. o primeiro rei de israel, da tribo de Benjamim, filho de Quia, um lavrador rico (1 Sm 9.1 – 14.51 – 1 Cr 8.33). Como o povo desejava ter um rei, foi Samuel levado a ungir Saul, sendo ele depois eleito por meio da corte (1 Sm 10.21). Habitou em Gibeá (1 Sm 10.26 – 14.2). Como os amonitas, comandados por Naás, a um pedido dos homens de Jabes-Gileade, lhes tivessem oferecido o desprezo e a escravidão, levantou Saul o exército de israel e foi defender os sitiados de Jabes, conseguindo derrotar completamente o inimigo (1 Sm 10.27 – 11.1 a 13). Por instigação de Samuel foi Saul proclamado rei perante o Senhor em Gilgal (1 Sm 11.14,15). Firmou os seus direitos, ganhando a confiança do povo com o resultado das suas campanhas militares contra os inimigos de israel (1 Sm 14.47 a ó2). Todavia, numa guerra com os amalequitas, ele salvou o rei e o melhor do seu despojo, sendo por esse fato censurado por Samuel, que o avisou, então, de que Deus o tinha rejeitado (1 Sm 15). Neste período de tempo tornou-se o caráter de Saul sombrio e melancólico. Foi quando um espírito maligno da parte do Senhor o atormentava (1 Sm 16.14), que ele teve ocasião de, pela primeira vez, ver Davi, um pastor que tocava harpa, e que por isso fora levado para o palácio com o fim de acalmar o rei (1 Sm 16.18). E foi grande o êxito alcançado (1 Sm 16.23). Estimou grandemente o rei a Davi, sendo essa sua afeição maior do que a que dedicava a seu filho Jônatas. Desde este tempo as histórias de Saul e Davi acham-se estreitamente entrelaçadas. o dom profético, que primeiramente se desenvolvera nele, desapareceu, para voltar somente uma ou outra vez, sendo assinalada a maior parte dos quarenta anos do seu reinado por manifestações de uma louca raiva, em que ele mostrava terrível ciúme (1 Sm 19.24 – 22.6 e seg. – 28.3 a 9 – 1 Sm 21.1 e seg.). Noutra disposição do seu espírito procurou ele em certa ocasião uma feiticeira para receber dela conselhos (1 Sm 28.3 e seg.). (*veja Feiticeira.) Após este fato, houve uma invasão de filisteus, sendo Saul vencido, perseguido, e seus filhos mortos. Esta última calamidade fez que o ferido rei procurasse a morte, caindo sobre a sua própria espada (1 Sm 31.1 a 6). A sua cabeça foi colocada no templo de Dagom, sendo pendurado o seu corpo nu e os dos seus três filhos, nos muros de Bete-Seã. No princípio da sua carreira tinha ele salvo o povo de Jabes-Gileade, condenado a morrer. Agora os moradores de Jabes foram de noite buscar os desprezados corpos, dando-lhes respeitosa sepultura (1 Sm 31.11 a 13). (*veja Davi, En-Dor, Samuel.) 2. o sexto rei de Edom (Gn 36:37-38 – 1 Cr 1.48,49). 3. E na forma Saulo a referência é a Paulo antes da sua conversão (At 7:58 – 8.1,3 – 9.1 e seg.). (*veja Paulo.)

(Heb. “pedido”).


1. Saul, filho de Quis e o primeiro rei de Israel, é uma das figuras mais enigmáticas da Bíblia. Sua história, registrada em I Samuel 9:31, fez com que alguns estudiosos levantassem questões sobre a justiça e a bondade de Deus e do seu porta-voz, o profeta Samuel. Além disso, muitos eruditos expressaram dúvidas quanto à coerência lógica e literária das narrativas em que a carreira dele é descrita. Tudo isso criou um desânimo geral para se descobrir a verdade sobre Saul, pois as narrativas, que não foram contadas coerentemente, dificilmente oferecerão uma autêntica base.

Estudos recentes, contudo, ajudam a resolver algumas dessas questões teológicas, literárias e históricas, conforme veremos a seguir.

Saul, cujo nome soa como “(aquele) pedido”, é mencionado pela primeira vez em I Samuel 9:1-2, embora alguns comentaristas afirmem que detectaram sua presença velada bem antes disso. Desde que o verbo hebraico “pedir por” aparece repetidamente na história de Samuel (1Sm 1), alguns eruditos supõem que a narrativa do nascimento deste profeta na verdade é uma reconstituição de um registro original da vida de Saul. Um hipótese mais provável, entretanto, é que o escritor bíblico talvez tenha enfatizado a raiz “pedir por” na narrativa do nascimento de Samuel simplesmente para prefigurar o papel significativo que mais tarde Saul desempenharia no livro e talvez para antecipar o fato de que Samuel, aquele que foi “pedido a Deus” por Ana, uma mulher íntegra (1Sm 2:20-27,28), estaria diretamente envolvido na ascensão e queda de Saul, o que foi “pedido” pelos líderes da nação pecadora de Israel (1Sm 8:4-9; 1Sm 10:17-19).

De qualquer maneira, a apresentação explícita de Saul encontra-se em I Samuel 9:1-2, onde é descrito como um belo exemplar de varão, alto e bonito. Embora freqüentemente se suponha que nesse momento de sua vida ele era apenas um “jovem tímido”, a descrição de que “desde os ombros para cima sobressaía em altura a todo o povo” torna isso muito improvável. Também é bom notar que, apesar de ser positiva, essa primeira descrição de Saul focaliza exclusivamente as qualidades exteriores, em contraste, por exemplo, com a apresentação de Davi (1Sm 16:18), que acrescenta às suas qualidades externas (boa aparência) o fato de que era “valente, sisudo em palavras” e, mais importante, que “o Senhor era com ele”.

Coerentemente com as omissões em sua apresentação, logo fica claro que Saul, embora tivesse uma aparência física excelente, era carente das qualidades espirituais necessárias para ser um rei bem-sucedido em Israel. O primeiro indicador de sua falta de qualificação foi seu repetido fracasso em obedecer à palavra do Senhor transmitida por Samuel. Freqüentemente é observado que a função profética tornou-se mais específica com a instituição da monarquia em Israel. Quer dizer, de forma distinta da situação no livro de Juízes, quando Gideão, por exemplo, recebeu as instruções divinas e as cumpriu (Jz 6:8), com a monarquia houve uma divisão de responsabilidades, sendo as instruções muitas vezes transmitidas ao rei por um profeta; o governante, então, em obediência ao profeta, cumpria a instrução. Sob tal arranjo, é claro, era extremamente importante que o rei obedecesse ao homem de Deus, para que o governo divino (isto é, a teocracia) fosse mantido. Isso, entretanto, conforme a Bíblia mostra, Saul fracassou em fazer.

Embora as ocasiões mais conhecidas da desobediência de Saul estejam em I Samuel 13:15, a primeira encontra-se em I Samuel 10. Quando Saul foi ungido por Samuel, três sinais foram dados como confirmação. De acordo com o texto, quando o último se cumprisse, Saul deveria “fazer o que a sua mão achasse para fazer” (de acordo com as palavras de Samuel em 1Sm 10:7), depois do que (de acordo com a instrução adicional de Samuel em 1Sm 10:8) deveria ir a Gilgal e aguardar novas ordens sobre a batalha contra os filisteus, que sua primeira ação certamente provocaria. Se Saul tivesse obedecido, teria demonstrado sua disposição para se submeter a uma “estrutura de autoridade teocrática” e confirmaria assim sua qualificação para ser rei. Também teria estado um passo mais próximo do trono, se seguisse o padrão dos três sinais: designação (por meio da unção), demonstração (por meio de um ato de heroísmo, isto é, “fazer o que sua mão achasse para fazer”, 1Sm 10:7) e finalmente a confirmação pelo povo e o profeta. Infelizmente, ao que parece Saul se desviou da responsabilidade de I Samuel 10:7 e, assim, precipitou o processo de sua ascensão. Embora sua vitória sobre os amonitas (1Sm
11) fosse suficiente para satisfazer o povo e ocasionar a “renovação” de seu reinado (1Sm 11:14), pelo tom do discurso de Samuel (1Sm 12), é evidente que, pelo menos em sua mente, Saul ainda precisava passar por mais um teste.

Em I Samuel 13, Jônatas, e não Saul, fez o que o rei deveria ter feito, ao atacar a guarnição dos filisteus. Aparentemente, ao reconhecer que a tarefa de I Samuel 10:7 fora realizada, ainda que por Jônatas, Saul desceu imediatamente a Gilgal, de acordo com I Samuel 10:8, para esperar a chegada de Samuel. Como o profeta demorou muito, em sua ausência Saul tomou a iniciativa de oferecer os sacrifícios em preparação para a batalha, ao julgar que a situação militar não permitiria mais demora. Mal terminou de oficiar a holocausto, Samuel chegou. Depois de ouvir as justificativas de Saul, o profeta anunciou que o rei agira insensatamente, por isso seu reinado não duraria muito. Às vezes os comentaristas justificam ou pelo menos atenuam as ações de Saul e criticam a reação de Samuel como severa demais. Entretanto, à luz do significado da tarefa dada a Saul em I Samuel 10:7-8 como um teste para sua qualificação, tais interpretações são equivocadas. Na ocasião da primeira rejeição de Saul e também na segunda (1Sm 15), suas ações específicas de desobediência eram apenas sintomas da incapacidade fundamental para se submeter aos requisitos necessários para um reinado teocrático. Resumindo, eram sintomas da falta de verdadeira fé em Deus (cf.1Cr 10:13).

Depois de sua rejeição definitiva em I Samuel 15, Saul já não era mais o rei legítimo aos olhos de Deus (embora ainda permanecesse no trono por alguns anos) e o Senhor voltou sua atenção para outro personagem, ou seja, Davi. I Samuel 16:31 narra a desintegração emocional e psicológica de Saul, agravada pelo seu medo do filho de Jessé (1Sm 18:29), pois pressentia que aquele era o escolhido de Deus para substituí-lo como rei (1Sm 18:8-1Sm 20:31). Depois de falhar em diversas tentativas de ceifar a vida de Davi, Saul finalmente tirou a sua própria (1Sm 31:4). O novo rei em todo o tempo foi dirigido para o trono de forma providencial, às vezes indiretamente.

Embora não seja possível entrar em mais detalhes num artigo como este, pode-se observar que as narrativas sobre Saul, quando interpretadas dentro das linhas sugeridas anteriormente, fazem um bom sentido literal e teológico; isso, por sua vez, abre a porta para uma avaliação mais positiva de sua veracidade histórica. P.L.


2. Um dos reis de Edom antes dos israelitas terem conquistado a região. Foi o sucessor de Samlá e era natural de “Reobote do rio”. Baal-Hanã, filho de Acbor, foi rei em seu lugar (Gn 36:37-38; 1Cr 1:48-49).


3. Sexto filho de Simeão, listado no grupo que desceu com Jacó para o Egito. Foi líder do clã dos saulitas (Gn 46:10; Ex 6:15; Nm 26:13-1Cr 4:24).


4. Filho de Uzias, era descendente de Coate, da tribo de Levi (1Cr 6:24).


Saul [Pedido a Deus]

O primeiro rei do reino unido de Israel. Ele reinou de 1050 a 1010 a.C., tendo derrotado os inimigos de Israel (1Sm 8—14). Desobedeceu a Deus e, por isso, foi rejeitado por ele (1Sm 13:15). Tentou, por inveja, matar Davi (1Sm 16—
26) e, no final, cometeu suicídio (1Sm 31).


Tirar

verbo transitivo direto e bitransitivo Extrair algo de algum lugar; extirpar: tirou as amígdalas; tirou as plantas do vaso.
Puxar com muita força: os bois tiram o arado; tirou a cobertura do telhado.
Diminuir do valor da conta corrente; ver o extrato bancário: tirar dinheiro do banco; tirar o extrato.
Retirar algo de alguém; privar, perder: os problemas tiravam-lhe o sossego.
Direcionar para outro caminho: tirar o carro da frente do caminhão.
Comer alguma coisa: tirar um pedaço da torta.
verbo transitivo direto Tirar a roupa, o sapato etc.; despir, descalçar: tirou a roupa e os sapatos.
Arrancar algo do lugar onde estava; sacar, arrancar: tirou a espada.
Alcançar como efeito; receber, colher: tirar os frutos do seu trabalho.
Deixar como estava antes: tirar as manchas do tecido.
Finalizar um curso: tirar o mestrado, o doutorado.
Passar a possuir algo que não lhe pertence; roubar: tirar doces de crianças.
Fazer a captação de fotos, imagens; fotografar: tirar fotos.
Realizar a cópia de algo ou reproduzir algo a partir do original: tirar cópias de documentos.
Fazer um convite de dança para alguém: tirar alguém para dançar.
Deixar de ter um costume, hábito ou vício: tirar o álcool da sua vida.
Estar sujeito a torturas, punições, castigos etc.: tirou a vida inteira pelo assassinato.
Passar para o papel; transcrever: tirar uma letra de música.
verbo bitransitivo Retirar, fazer sair de um lugar: tirou o objeto daquela mesa.
Ser capaz de usar, de usufruir de algo: tirar proveito de uma situação.
Fazer sair intensa e violentamente: o vento tirou as roupas do varal.
Privar de; espoliar, usurpar: tirou-lhe a casa e tudo que tinha.
Fazer desaparecer por completo; limpar, eliminar: tirar a sujeira do chão.
Medir alguma coisa: tirar a temperatura da água.
Entender por dedução, pelo raciocínio: tirar conclusões dos testemunhos.
verbo bitransitivo e pronominal Mandar para longe: tirar alguém de uma festa; o policial me tirou do casamento.
verbo transitivo indireto Assemelhar-se a; ter o mesmo aspecto, aparência: o sapato tira para o castanho.
Ter uma tendência para; ser direcionado para: minha filha tira para as artes.
verbo pronominal Sair-se de; livrar-se: tirou-se daquele lugar terrível.
Desviar-se do caminho: a bicicleta tirou-se da estrada.
Etimologia (origem da palavra tirar). Do latim tirare.

Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
II Samuel 7: 15 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

Mas a Minha benignidade não se apartará dele; como a tirei de Saul, a quem tirei de diante de ti.
II Samuel 7: 15 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

1000 a.C.
H2617
chêçêd
חֵסֵד
bondade, benignidade, fidelidade
(your goodness)
Substantivo
H3808
lôʼ
לֹא
não
(not)
Advérbio
H4480
min
מִן
de / a partir de / de / para
(from)
Prepostos
H5493
çûwr
סוּר
desviar-se, afastar-se
(and removed)
Verbo
H5973
ʻim
עִם
com
(with her)
Prepostos
H6440
pânîym
פָּנִים
o rosto
(the face)
Substantivo
H7586
Shâʼûwl
שָׁאוּל
Saulo / Saul
(Saul)
Substantivo
H834
ʼăsher
אֲשֶׁר
que
(which)
Partícula


חֵסֵד


(H2617)
chêçêd (kheh'-sed)

02617 חסד checed

procedente de 2616, grego 964 βηθεσδα; DITAT - 698a,699a; n m

  1. bondade, benignidade, fidelidade
  2. reprovação, vergonha

לֹא


(H3808)
lôʼ (lo)

03808 לא lo’

ou לו low’ ou לה loh (Dt 3:11)

uma partícula primitiva; DITAT - 1064; adv

  1. não
    1. não (com verbo - proibição absoluta)
    2. não (com modificador - negação)
    3. nada (substantivo)
    4. sem (com particípio)
    5. antes (de tempo)

מִן


(H4480)
min (min)

04480 מן min

ou מני minniy ou מני minney (construto pl.) (Is 30:11)

procedente de 4482; DITAT - 1212,1213e prep

  1. de, fora de, por causa de, fora, ao lado de, desde, acima, do que, para que não, mais que
    1. de (expressando separação), fora, ao lado de
    2. fora de
      1. (com verbos de procedência, remoção, expulção)
      2. (referindo-se ao material de qual algo é feito)
      3. (referindo-se à fonte ou origem)
    3. fora de, alguns de, de (partitivo)
    4. de, desde, depois (referindo-se ao tempo)
    5. do que, mais do que (em comparação)
    6. de...até o, ambos...e, ou...ou
    7. do que, mais que, demais para (em comparações)
    8. de, por causa de, através, porque (com infinitivo) conj
  2. que

סוּר


(H5493)
çûwr (soor)

05493 סור cuwr ou שׁור suwr (Os 9:12)

uma raiz primitiva; DITAT - 1480; v

  1. desviar-se, afastar-se
    1. (Qal)
      1. desviar-se do rumo, entrar
      2. partir, afastar-se do caminho, evitar
      3. ser removido
      4. chegar ao fim
    2. (Polel) desviar
    3. (Hifil)
      1. fazer desviar, causar afastamento, remover, tomar, separar, depor
      2. pôr de lado, deixar incompleto, retirar, rejeitar, abolir,
    4. (Hofal) ser levado embora, ser removido

עִם


(H5973)
ʻim (eem)

05973 עם ̀im

procedente de 6004; DITAT - 1640b; prep

  1. com
    1. com
    2. contra
    3. em direção a
    4. enquanto
    5. além de, exceto
    6. apesar de

פָּנִים


(H6440)
pânîym (paw-neem')

06440 פנים paniym plural (mas sempre como sing.) de um substantivo não utilizado פנה paneh

procedente de 6437; DITAT - 1782a; n. m.

  1. face
    1. face, faces
    2. presença, pessoa
    3. rosto (de serafim or querubim)
    4. face (de animais)
    5. face, superfície (de terreno)
    6. como adv. de lugar ou tempo
      1. diante de e atrás de, em direção a, em frente de, adiante, anteriormente, desde então, antes de
    7. com prep.
      1. em frente de, antes de, para a frente de, na presença de, à face de, diante de ou na presença de, da presença de, desde então, de diante da face de

שָׁאוּל


(H7586)
Shâʼûwl (shaw-ool')

07586 שאול Sha’uwl

part. pass. de 7592, grego 4549 σαουλ; n. pr. m.

Saul = “desejado”

  1. um benjamita, filho Quis, e o 1o. rei de Israel
  2. um antigo rei de Edom e sucessor de Samlá
  3. um filho de Simeão
  4. um levita, filho de Uzias

אֲשֶׁר


(H834)
ʼăsher (ash-er')

0834 אשר ’aher

um pronome relativo primitivo (de cada gênero e número); DITAT - 184

  1. (part. relativa)
    1. o qual, a qual, os quais, as quais, quem
    2. aquilo que
  2. (conj)
    1. que (em orações objetivas)
    2. quando
    3. desde que
    4. como
    5. se (condicional)