Enciclopédia de Jó 2:12-12

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

jó 2: 12

Versão Versículo
ARA Levantando eles de longe os olhos e não o reconhecendo, ergueram a voz e choraram; e cada um, rasgando o seu manto, lançava pó ao ar sobre a cabeça.
ARC E, levantando de longe os seus olhos e não o conhecendo, levantaram a sua voz e choraram; e rasgando cada um o seu manto, sobre as suas cabeças lançaram pó ao ar.
TB Tendo, de longe, olhado para ele, e não o conhecendo, levantaram a voz e choraram; e rasgou cada um o seu manto, lançando pó ao ar sobre a sua cabeça.
HSB וַיִּשְׂא֨וּ אֶת־ עֵינֵיהֶ֤ם מֵרָחוֹק֙ וְלֹ֣א הִכִּירֻ֔הוּ וַיִּשְׂא֥וּ קוֹלָ֖ם וַיִּבְכּ֑וּ וַֽיִּקְרְעוּ֙ אִ֣ישׁ מְעִל֔וֹ וַיִּזְרְק֥וּ עָפָ֛ר עַל־ רָאשֵׁיהֶ֖ם הַשָּׁמָֽיְמָה׃
BKJ E quando eles levantaram seus olhos de longe, não o conheceram, levantaram sua voz e choraram, e cada um rasgou o seu manto e lançou pó sobre as suas cabeças em direção ao céu.
LTT E, levantando de longe os seus olhos, não o conheceram; e levantaram a sua voz e choraram, e rasgou cada homem o seu manto, e sobre as suas cabeças lançaram pó ao ar.
BJ2 Quando levantaram os olhos, a certa distância, não o reconheceram mais. Levantando a voz, romperam em prantos; rasgaram seus mantos e, a seguir, espalharam pó sobre a cabeça e em direção qo céu[q].
VULG Cumque elevassent procul oculos suos, non cognoverunt eum, et exclamantes ploraverunt, scissisque vestibus sparserunt pulverem super caput suum in cælum.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Jó 2:12

Gênesis 27:34 Esaú, ouvindo as palavras de seu pai, bradou com grande e mui amargo brado e disse a seu pai: Abençoa-me também a mim, meu pai.
Josué 7:6 Então, Josué rasgou as suas vestes e se prostrou em terra sobre o seu rosto perante a arca do Senhor até à tarde, ele e os anciãos de Israel; e deitaram pó sobre as suas cabeças.
Juízes 2:4 E sucedeu que, falando o Anjo do Senhor estas palavras a todos os filhos de Israel, o povo levantou a sua voz e chorou.
Rute 1:19 Assim, pois, foram-se ambas, até que chegaram a Belém; e sucedeu que, entrando elas em Belém, toda a cidade se comoveu por causa delas, e diziam: Não é esta Noemi?
I Samuel 11:4 E, vindo os mensageiros a Gibeá de Saul, falaram estas palavras aos ouvidos do povo. Então, todo o povo levantou a sua voz e chorou.
I Samuel 30:4 Então, Davi e o povo que se achava com ele alçaram a sua voz e choraram, até que neles não houve mais força para chorar.
II Samuel 13:36 E aconteceu que, quando acabou de falar, os filhos do rei vieram, e levantaram a sua voz, e choraram; e também o rei e todos os seus servos choraram com mui grande choro.
Neemias 9:1 E, no dia vinte e quatro deste mês, se ajuntaram os filhos de Israel com jejum e com pano de saco e traziam terra sobre si.
Ester 4:1 Quando Mardoqueu soube tudo quanto se havia passado, rasgou Mardoqueu as suas vestes, e vestiu-se de um pano de saco com cinza, e saiu pelo meio da cidade, e clamou com grande e amargo clamor;
Jó 1:20 Então, Jó se levantou, e rasgou o seu manto, e rapou a sua cabeça, e se lançou em terra, e adorou,
Jó 19:14 Os meus parentes me deixaram, e os meus conhecidos se esqueceram de mim.
Lamentações de Jeremias 2:10 Estão sentados na terra, silenciosos, os anciãos da filha de Sião; lançam pó sobre a sua cabeça, cingiram panos de saco; as virgens de Jerusalém abaixam a sua cabeça até à terra. Cafe.
Lamentações de Jeremias 4:7 Os seus nazireus eram mais alvos do que a neve, eram mais brancos do que o leite, eram mais roxos de corpo do que os rubins, mais polidos do que a safira. Hete.
Ezequiel 27:30 E farão ouvir a sua voz sobre ti, e gritarão amargamente, e lançarão pó sobre a cabeça, e na cinza se revolverão.
Apocalipse 18:19 E lançaram pó sobre a cabeça e clamaram, chorando, e lamentando, e dizendo: Ai! Ai daquela grande cidade, na qual todos os que tinham naus no mar se enriqueceram em razão da sua opulência! Porque numa hora foi assolada.

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras


CARLOS TORRES PASTORINO

jó 2:12
Sabedoria do Evangelho - Volume 8

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 19
CARLOS TORRES PASTORINO

MT 26:59-68


59. Mas os principais sacerdotes e o sinédrio todo procuravam um falso testemunho contra Jesus a fim de condená-lo à morte,

60. e não acharam (embora) muitas testemunhas falsas se tenham apresentado. Finalmente apareceram duas,

61. dizendo: Ele disse: posso destruir o Santuário de Deus e em três dias reedificá-lo.

62. E levantando-se o Sumo-Sacerdote disselhe: Nada respondes? Que testificam eles contra ti?

63. Mas Jesus calava. E O Sumo-Sacerdote disselhe: Conjuro-te pelo Deus vivo que nos digas se tu és o Cristo, o Filho de Deus.

64. Disse-lhe Jesus: "Tu o disseste; além disso digo-vos: desde agora vereis o filho do homem sentado à direita do Poder e vindo sobre as nuvens do céu".

65. Então o Sumo-Sacerdote rasgou seu manto dizendo: Blasfemou! Que ainda temos necessidade de testemunhas? Vedes que agora ouvistes a blasfêmia!

66. Que vos parece? Respondendo, eles disseram: É réu de morte.

67. Então cuspiram-lhe no rosto e deram socos e esbofetearam,

68. dizendo: Profetiza-nos, ó Cristo, quem te bateu?

LC 22:63-71


63. E os homens que o guardavam zombavam dele, batendo

64. e, pondo-lhe urna venda, perguntavam dizendo: Profetiza: quem é que te bateu?

65. E blasfemando diziam muitas (coisas) con-

Mar. 14:55-65
55. Mas os principais sacerdotes e todo o sinédrio procuravam um testemunho contra Jesus para condená-lo à morte e não acharam,

56. pois muitos testemunhavam falsamente contra ele, mas seus testemunhos não eram concordantes.

57. E levantando-se davam falso testemunho contra ele, dizendo:

58. Nós lhe ouvimos dizer: eu destruirei este santuário manufaturado, e em três dias edificarei outro não manufaturado.

59. E nem assim era concordante o testemunho deles.

60. E levantando-se o Sumo-Sacerdote no meio, interrogou Jesus dizendo: Não respondes nada? Que testificam estes contra ti?

61. Mas ele calava e não respondeu nada De novo o Sumo-Sacerdote interrogou-o e disselhe: Tu és o Cristo o Filho do Bendito?

62. E Jesus disse: "Eu sou, e vereis o filho do homem sentado à direita do Poder e vindo com as nuvens do céu".

63. E o Sumo-Sacerdote, rasgando sua túnica, disse: Que temos ainda necessidade de testemunhas?

64. Ouvistes a blasfêmia. Que vos parece? E todos os julgaram ser réu de morte.

65. E Começaram alguns a cuspir nele e, cobrindolhe o rosto, a esbofeteá-lo, dizendolhe: Profetiza! E os guardas retiraram-no a pauladas.

67. dizendo: Se tu és o Cristo, dize-nos. Respondeu-lhes: "Se vos disser, não acreditareis,

68. e se vos interrogar, não me respondereis.

69. Desde agora estará o filho do homem sentaSABEDORIA DO EVANGELHO tra ele.

66. E quando se fez dia, reuniu-se o Conselho dos Anciãos do Povo, dos principais sacerdotes e dos escribas e o retiraram para o sinédrio deles do à direita do poder de Deus".

70. Disseram todos: Então tu és o Filho de Deus? E ele retrucou-lhes: "Vós dizeis que eu sou".

71. Então disseram: Ainda temos necessidade de testemunhas? Pois nós mesmos ouvimos de sua boca.



Mateus afirma que era procurada uma "testemunha falsa", mas a expressão de Marcos é mais fiel à realidade: era procurada uma testemunha contra Jesus, mas que, para eles, fosse verdadeira. Daí a dificuldade de encontrá-la. Muitos apareciam com as mais variadas afirmativas, embora fosse impossível colocá-las de acordo.


E o Deuteronômio (Deuteronômio 17:6) exigia textualmente: "Com a palavra de duas ou três testemunhas se fará matar quem deve morrer; não será morto com a palavra de uma só testemunha".


Finalmente surgiram duas, cujas acusações coincidiram basicamente, embora lhes diferisse a forma, conforme deduzimos dos textos de Mateus e Marcos. Dizia um: "posso destruir", revelando a capacidade de fazê-lo; o outro diz: "destruirei", afirmativa clara de intenção subversiva dolosa. O primeiro falava de reconstrução material: "posso destruir e reedificar"; o segundo distinguia o "Santuário manufaturado" (feito por mãos de homens) e a reconstrução de outro espiritualmente edificado. Portanto, a concordância não era absoluta: apenas coincidiam na ideia fundamental. A frase proferida por Jesus (JO 2:19) dizia: "se o destruirdes" ... e o evangelista assevera que se referia ao "santuário de seu corpo físico".


Instigado a pronunciar-se a respeito da acusação, Jesus permaneceu calado, o que causou admiração a Caifás, habituado a súbitos e raivosos gritos de protesto do réu, interessado em defender-se a qualquer preço.


Nada obtendo por esse caminho, coloca-se o Sumo-Sacerdote na posição de seu cargo e coage a vítim "pelo Deus vivo" a declarar se é, ou não, o "Cristo, o Filho de Deus".


FILHO DE DEUS


Aqui dividem-se os exegetas, afirmando uns (Loisy "Les Evangiles Sinoptiques", t. 2, pág. 604; M.


Maillet, "Jesus, Fils de Dieu", pág. 52; Strack e Billerbeck, o. c., pág. 1. 006, etc.), que a designação" Cristo" e "Filho de Deus" representam uma unidade, com o sentido único de "Messias".


Outros (Buzy, "Evangile selon Saint Marc", pág. 358; Durand, "Evangile selon Saint Matthieu", pág.,
444; Prat, "Jesus-Christ, sa vie, sa doctrine, son oeuvre", t. 2, pág. 349, etc.) acham que a pergunta é dupla:
1. ª se é o Cristo (Messias);
2. ª se é o Filho de Deus no sentido metafísico e teológico, ou seja, se é a "segunda pessoa da santíssima Trindade".

Estes últimos não observaram o anacronismo dessa interpretação, pois a teoria da Trindade só se foi plasmando lentamente, chegando ao ponto atual séculos mais tarde. Mas aqui só nos interessa estudar o sentido, na época, da expressão "Filho de Deus" e seu desenvolvimento nas primeiras décadas, a fim de provar que Caifás jamais pôde entender sua pergunta nesse segundo sentido.


O mosaísmo era estritamente monoteísta, não admitindo qualquer sombra de multiplicidade de "aspectos" na Divindade. Portanto é historicamente inadmissível que o Sumo-Sacerdote colocasse essa questão em termos teológicos, perguntando a um homem se era "Filho de Deus" sensu stricto.


O judaísmo aceitava essa expressão alegoricamente, isto é, era possível a qualquer um ser "Filho de Deus" por ADOÇÃO, inclusive quando a aplicavam ao Messias esperado, pois se baseavam no Salmo (2:7) que cantava: "Tu és meu filho, eu hoje te serei". E qualquer judeu, sem nenhum perigo de blasf êmia, podia declarar-se "Filho de Deus" em sentido amplo, como empregou Pedro (MT 16:16) para afirmar que Jesus era "o Cristo, o Filho do Deus vivo" (cfr. vol. 4).


A partir daí temos, pois, três sentidos que se foram superpondo no decurso dos séculos:
a) FILHO DE DEUS em sentido metafórico ou alegórico, segundo o pensamento judaico: filho POR ADOÇÃO;
b) FILHO DE DEUS no sentido físico ou material (carnal), por influência do paganismo: um Deus fecundava uma mulher, produzindo um filho;
c) FILHO DE DEUS no sentido metafísico ou teológico: consubstancial com a Divindade.

I - FILHO POR ADOÇÃO


Nos "Atos dos Apóstolos" encontramos Jesus apresentado como "um homem de quem Deus deu testemunho e através do qual fez prodígios e sinais" (AT 2:22). Em Atenas, Paulo diz que Jesus é "o homem pelo qual Deus decidiu discriminar a humanidade" (AT 17:31). Era, pois, o Filho de Deus no sentido metafórico: "Sirvo a Deus, pregando seu Filho" (RM 1:9); "Deus vos chamou à sociedade de seu filho Jesus, o Cristo" (1CO 1:9): "o Cristo Jesus, Filho de Deus, que vos pregamos" (2CO

1:19), etc. ; tudo isso decorre do Salmo citado "Tu és meu filho, eu hoje te gerei", composto em homenagem de um príncipe macabeu (João Hircan?) mas atribuído a Jesus desde os primórdios por Seus discípulos (cfr. AT 13:33 e HB 1:5 e HB 5:5). Para os primeiros cristãos, esse Salmo foi a patente da realeza de Jesus como filho de David.


Mas essa filiação divina é encontrável em outros passos do Antigo Testamento, tendo sido sempre interpretada como filiação ADOTIVA, não sendo considerado blasfêmia dizer-se, nesse sentido, Filho de Deus, como não o era afirmar-se o "Messias".


No Êxodo 4:22-3 lemos "Assim diz YHWH: Israel é meu filho primogênito... deixa ir meu filho".


No Deuteronômio (Deuteronômio 14:1), falando a todo o povo, está: "Sois filhos de YHWH vosso Deus". Isaías (63:16) escreveu: "Pois tu és nosso Pai... agora, YHWH, és nosso Pai". Em Jeremias (Jeremias 31:9) YHWH assevera: "Tornei-me Pai de Israel". No livro da Sabedoria, de Salomão, o autor descreve vividamente, no capítulo 2, o comportamento das criaturas do Antissistema, que infalivelmente investem contra as do Sistema (então como agora), dizendo entre outras coisas: "Cerquemos o justo porque é inútil para nós e contrário às nossas obras... ele diz ter conhecimento de Deus e se diz Filho de Deus" 2:12-3.


E, logo a seguir: "Ele julga-nos de pouca valia e se afasta de nosso modo de viver como de coisas imundas e prefere as sendas dos bons, glorificando-se de ter Deus como Pai. Vejamos, pois, se são verdadeiras suas palavras e verifiquemos qual será seu fim, e saberemos o resultado: se, com efeito, é verdadeiro Filho de Deus, Ele o receberá e o livrará das mãos dos adversários" (Sab. 2:16-18). Tamb ém no Eclesiástico (4:11) lemos as palavras do mestre ao discípulo: "E tu serás obediente como um Filho do Altíssimo " e mais à frente (36:14): "Apiada-se de Israel, que igualaste a teu filho primogênito".


YHWH, pois, o Deus dos judeus, era Pai de todos os israelitas e, por extensão, de todos os homens, no pensamento de Paulo (cfr. RM 1:7; 1CO 1:3; 2CO 1:2; EF 1:2; Filp. 1:2; CL 1:3; 2. ª Tes. 1:2; GL 1:3; 1. ª Tim. 1:2; Tito, 1:4, etc.) Ainda em meados do 2. º século Justino escreve a Tryphon, o judeu (Diál. 48, 2; Patrol. Gr. vol. 6, col. 581; cfr. Lagrange, "Le Messianisme", pág. 218): "Entre vós reconhecem que Jesus é o Cristo (Messias), mesmo afirmando que ele é homem nascido de homens (ánthrôpon ex anthrôpôn genómenon).


II - FILHO CARNAL DE DEUS


Até o final do 1. º século, a maioria dos cristão provinha do judaísmo, mas a partir daí inverte-se a situa ção, e o número dos de origem "pagã" supera de muito o dos do judaísmo.


Ora, na mitologia do paganismo era comum encontrarem-se deuses que possuíam sexualmente mulheres mortais (geralmente virgens), dando origem a filhos: os semi-deuses, os heróis, os grandes vultos.


Facílimo foi adaptar essa concepção divina a Maria, supostamente possuída por um deus, para dar nascimento a um semi-deus, fato que Lucas (proveniente do paganismo e não do judaísmo) aceitou com facilidade, sendo reproduzida a cena com o seguinte diálogo (LC 1:34-35): "Como será, pois não conheço homem? - Um Espírito Santo virá sobre ti e o Poder do Altíssimo te cobrirá, POR ISSO o menino que nascerá de ti será chamado Filho de Deus".


Então Jesus passou a ser considerado fisicamente Filho de Deus, que nessa situação recebeu o nome d "Espírito-Santo".


Como se teria processado a concepção, a penetração do sêmen no útero de Maria? Na cena do mergulho ("Batismo") o Espírito Santo é apresentado numa forma semelhante a uma pomba, que afirma ser Jesus seu Filho. Teria sido essa forma apresentada também para a concepção de Jesus no ventre de Maria, à imitação da forma de cisne, assumida por júpiter para fecundar Leda’?


O mesmo Justino diz a Tryphon (1. ª Apol. 33, 4) que a concepção se deu sem que Maria perdesse a virgindade (kyophorêsai parthênon oúsan pepoiêkê).


Mas o judeu Tryphon objeta: "Nas fábulas gregas diz-se que Danae, ainda virgem, deu à luz Perseu, porque Júpiter a possuíra sob a forma de uma chuva de ouro. Devias envergonhar-te de narrar a mesma coisa. Seria melhor dizeres que teu Jesus era um homem como os outros e demonstrar, pelas Escrituras, se puderes, que ele é o Cristo, porque sua conduta conforme a lei e perfeita lhe mereceu essa dignidad " (Diál. 67,2).


A isso Justino responde (Apol. 54, 2) com argumento fraco e infantil: "Sabendo os demônios, pelos profetas, que o Cristo devia vir, apresentaram muitos pretensos filhos de Júpiter, pensando que conseguiriam fazer passar a história de Cristo como uma fábula semelhante à invenção dos poetas".


Então, para os pagãos que chegavam ao cristianismo, era fácil aceitar que, como Júpiter o fazia, tamb ém o Deus dos judeus podia ter relações sexuais com Maria para gerar Jesus. (Notemos que a raiz de Júpiter - IAO pater - é a mesma de IAU-hé).


Logicamente a interpretação pagã de filho carnal de Deus era superior à ideia de simples filho adotivo, defendida pelos judeus.


III - FILHO CONSUBSTANCIAL DE DEUS


O terceiro passo, que eleva Jesus a filho consubstancial de Deus é iniciado ainda pelo próprio Justino, figura que teve larga repercussão no segundo século da era cristã. Nasceu ele na cidade de Flávia Neápolis, a antiga e famosa cidade de Siquém, no ano 100, e aos trinta anos ingressou no cristianismo. Em suas obras (o "Diálogo" e as duas "Apologias", a l. ª, ou grande e a 2. ª ou pequena) assistimos a toda a elaboração da doutrina teológica que predominaria mais tarde na igreja cristã romana.


Para Justino, depois de certo tempo, Jesus passa a ser Filho de Deus no sentido metafísico, ainda não eterno, como o Pai, pois foi gerado em determinado momento da eternidade, quando então recebe, legitimamente, o título de "Filho" (2. ª Apol. 6,3): "Seu Filho, o único que deve ser chamado Filho; (ho mónos legómenos kyrios hyiós), o Verbo que estava com Deus antes das criaturas (ho lógos prò tôn poiematôn kaì synón), que foi gerado quando, no início, fez e elaborou todas as coisas por meio dele (kaì gennômenos hóte tên archên di"autoú pánta éktise).

Teófilo ("Ad Aulólicum", 2, 22 e 2, 10) tenta explicar como e quando foi o Verbo gerado, e diz que a voz ouvida por Adão só pode ter sido o Verbo de Deus, que também é Filho, e "existe de toda eterni dade, envolvido (endiathêton) no seio de Deus. Quando Deus quis criar o mundo, gerou o Verbo proferindoo (tòn lógon êgénnêse prophorikón) e fazendo dele o primogênito de toda a criação".


Mas tudo isso ocorria um século depois do interrogatório de Caifás, que jamais poderia compreender nem admitir o atributo de Filho de Deus, a não ser por adoção, como todo o povo israelita.


Concluindo, vemos que a pergunta do Sumo-Sacerdote NÃO PODE ser interpretada como filiação nem física nem metafísica do Inefável, mas apenas como filiação ADOTIVA, como aposto gramatical de MESSIAS.


* * *

Em Mateus a resposta é "Tu o disseste"; em Marcos é mais categórico: "Eu sou". Até aí, nada poderia ter ocorrido, nenhuma acusação poderia ser levantada, e o réu não apresentava motivos de condenação à morte.


Lucas registra o diálogo de modo diferente, com a pergunta que supõe pedido de esclarecimento: se Jesus é, ou não é, o Messias. E este responde com lógica que: se ele disser que é o Messias, eles não acreditarão; e se fizer perguntas esclarecedoras, eles não responderão.


Mas, de uma forma ou de outra, a frase acrescentada, e coincidente nos três sinópticos é que provocou celeuma e atraiu a condenação à morte como blasfêmia:

—"Desde agora vereis o Filho do Homem sentado à direita do Poder e vindo com as nuvens do céu".


Ao ouvir as ousadas assertivas daquele operário altivo, porque cônscio de sua realidade, mas na condição humilhante de prisioneiro algemado, a irritação e o despeito foram incontroláveis no Sumo-

Sacerdote, pois a vítima se dizia, com firmeza tranquila e segurança absoluta, muito superior a ele, autoridade máxima da religião israelita.


E sua reação foi a tradicional: "rasgou suas túnicas’, hábito que vigorava entre os judeus em sinal de protesto, de luto, de dor (cfr. NM 14:6; 2SM 13:19; Esd. 9:3; JÓ 1:20 e JÓ 2:12; JR 36:24 e AT 14:14).


As túnicas (em Mateus tà imátia, em Marcos toús chitônas, no plural porque era hábito vestirem duas ou três nos dias frios, uma por cima da outra), eram rasgadas pela costura (descosturadas violentamente) a partir da gola, por cerca de um palmo (30 cm).


Com a palavra do acusado, afirmando-se não apenas o Messias mas o "Senhor de David", pois fora convidado por YHWH a sentar-se à sua direita; e atribuindo que a ele se referia a visão de Daniel, perdiam valor as testemunhas trazidas. A confissão "blasfematória" era evidente. E triunfante, o Sumo-

Sacerdote aproveita a palavra do réu e consulta o Sinédrio: "Que vos parece"? A resposta veio, parece, unânime e pronta: "É réu de morte"!


Essa condenação não aparece em Lucas. Tendo-o apresentado, no início de seu Evangelho, segundo a concepção pagã, como filho carnal de Deus, podia chegar, neste ponto, à conclusão lógica. E depois da afirmativa de Jesus, de que "se sentaria à direita do Poder de Deus", fazem a indagação ilativa: " Então és Filho de Deus"? Ao que Jesus responde, confirmando-o, embora indiretamente: "Vós dizeis que eu sou"!


A expressão "desde agora" (em Mateus ap"árti, em Marcos apò toú nún) é a afirmação da dignidade que seria conquistada com seu sacrifício; "vereis" (ópsesthe) refere-se a uma visão espiritual; a alusão à sua vinda com as nuvens do céu não aparece em Lucas.

A citação de sentar-se à direita do Poder (isto é, de Deus), é baseada no Salmo (110:1) que reza: "Diz o Senhor ao meu Senhor, senta-se à minha direita, até que ponha teus inimigos como escabelo a teus pés". Essa assertiva era demais forte, pois assim igualava-se a YHWH, assegurando que tinha lugar de honra ao lado dele; já na Festa dos Tabernáculos, em outubro, escapara de ser apedrejado por ter dado a entender a mesma coisa (JO 10:33).


A segunda parte decalca as palavras de Daniel (Daniel 7:13) quando confessa: "Vi nas visões noturnas, e eis que vinha com as nuvens do céu um como Filho do Homem, que se chegou até o Ancião dos Dias".


Essa mesma afirmativa já fora feita perante seus discípulos, quando o Mestre lhes falava das dores do "últimos tempos" (cfr. MT 24:30 e MC 13:26; ver vol. 7).


Depois da condenação, o ódio do Antissistema se derrama como metal liquefeito sobre ele, retirado do Sinédrio para aguardar sua ida ao palácio do Procurador Romano: só este tinha poder para ratificar e executar a sentença de morte.


Como fosse voz corrente de que se tratava de um profeta, os guardas (alguns comentadores dizem ter sido os próprios componentes do Sinédrio) cobrem-lhe os olhos com um pano e pedem que adivinhe quem bateu: confusão ainda hoje corrente entre profeta (médium) e adivinho. Nessas horas extravaza o violento e desumano instinto de sadismo dos seres ainda animalizados da humanidade, que batem, socam, cospem, maltratam, revelando a perversidade inata que ainda conservam.


Como sempre, descobrimos preciosa lição que, infelizmente, não é ainda bem compreendida por grande parte da humanidade, e de modo especial contra ela se rebelam os que se encontram a meio caminho da jornada evolutiva: os que já superaram quase toda a fase negativa do Antissistema e dele começam a destacar-se, mas ainda não se firmaram no campo do Sistema, que só agora penetram em passos ainda inseguros e hesitantes.


Dessa forma, negam-se a aceitar, e positivamente não entendem, por que os bons são encarniçadamente perseguidos neste planeta. A alegação baseia-se no escândalo de observar que os Espíritos Superiores não tomam a defesa dos bons, salvando-os das mãos dos maus. Gostariam que as virtudes celestiais fulminassem os perversos, tal como João e Tiago, os "Boanerges" (cfr. MC 3:17), queriam que Jesus fizesse descer fogo sobre a aldeia que se recusou recebê-lo! O próprio Jesus que PODIA solicitar doze legiões de defensores, preferiu submeter-se à Lei e ao que é natural no Antissistema, conforme está descrito no já citado cap. 2 do Livro da Sabedoria, cuja leitura e meditação aconselhamos.


Os dois pólos, negativo e positivo, que constituem respectivamente o Antissistema e o Sistema, encontramse emborcados, como dois funis, um ligado ao outro pela boca mais larga. Tudo o que num é bom, no outro é mau, e vice-versa, em posição absolutamente invertida e contrária.


E como as criaturas encarnam na Terra rigorosamente segundo sua tônica vibratória, pela Lei Universal de sintonia, a maioria da humanidade se encontra na zona intermediária entre Sistema e Anti-

Sistema. Os que, em seu íntimo, já renunciaram ao mal, mas ainda não atingiram degraus mais elevados do Sistema, encarnam nessa faixa em que predomina o divisionismo egoísta, e sofrem o atrito doloroso que arranca do ferro a ferrugem e o fogo consumidor que separa da ganga o ouro puro. E se alguém, dos degraus mais elevados, resolve sacrificar-se e imiscuir-se nas zonas mais baixas para qualquer trabalho regenerador, inevitavelmente terá que submeter-se à situação ambiental predominante, sofrendo os mesmos impactos, embora não no mereça.


Mas não poderia caminhar-se na Senda evolutiva pela trilha do AMOR, sem necessidade de mergulhar no negro abismo do sofrimento? Teoricamente, sim; mas cremos que somente nos planos mais elevados, onde reine o amor de modo absoluto, sem sombras sequer de egoísmo (nem pessoais, nem familiares, nem grupais), pois é o egoísmo que gera o sofrimento. Quem não se libertou totalmente do egoísmo, é automaticamente atraído para o ambiente egoísta, onde predominam ódio, concorrência desleal, violência, falsidade, engano, maldade, mentira, perseguições e destruição.


Descendo das altitudes sublimes, Jesus resolveu, voluntariamente, embrenhar-se no cipoal das paixões de uma humanidade ainda animalizada, a fim de indicar o caminho da libertação. Além dos ensinos teóricos, mister era-lhe dar o exemplo prático de como agir, e por isso resolveu viver e experimentar (páthein) em Si mesmo todas as dificuldades por que deveriam passar aqueles que O seguissem.


E como soara a hora de ascender mais um posto na escala evolutiva, e como para esse passo importante era indispensável sujeitar-se a fim exame rigoroso, a fim de comprovar sua coragem e avaliar sua força, aproveitou-se desse ensejo para executar os dois planos de uma vez; e baixando suas vibra ções o mais que pôde, revestiu o escafandro de carne, para permanecer pregado ao solo do planeta.


Ipso facto, caiu em cheio no ambiente do Antissistema, preparado para receber todo o choque que isso lhe provocaria. Para avaliarmos bem melhor o que passou, imaginemos que um de nós humanos, no ponto atual em que se encontra a humanidade, encarnasse conscientemente numa vara de porcos e agisse de modo diferente deles; que não sofreria? Muito, sem dúvida; mas de certo menos, do que sofreu Jesus na humanidade!


Entre as feras humanas do Antissistema Jesus prosseguiu tranquilamente sua trajetória, até chegar a hora aprazada, quando então se submeteu às provas previstas para sua ascensão. O "Alto-Comando" do Antissistema foi todo mobilizado para essa ocasião. E o exemplo que essa vítima do amor imenso que nos dedica deu a todos nós, mantendo a dignidade, foi dos mais sublimes, calando quando a pergunta era feita fora das normas legais, e corajosamente respondendo quando o indagante possuía autoridade para fazê-lo.


Mas diante do sofrimento, não abriu a boca, como previra Isaías 53:7-3: "Ele foi oprimido, contudo humilhou-se a si mesmo e não abriu a boca. Como o cordeiro que é levado ao matadouro e como a ovelha que é muda diante dos que as tosquiam, assim não abriu ele a boca. Pela opressão e pelo juízo foi ele arrebatado, e quanto à sua geração, quem considerou que ele foi cortado da terra dos viventes?


Por causa da transgressão de meu povo foi ele ferido. Deram-lhe a sepultura com os ímpios e com o rico esteve em sua morte, embora não tenha cometido violência nem houvesse dolo em sua boca".


No entanto, outra consideração que deduzimos dessa lição in artículo mortis (quase poderíamos dizer), é a coragem indômita de afirmar a Verdade acima de tudo. Não se utilizou da desculpa da modéstia, para negar Sua qualidade real. E isso causa tremenda irritação entre os homens ainda envolvidos pela atmosfera do pólo negativo, não só porque não podem dizer o mesmo de si mesmos, com porque não podem admitir que haja seres, iguais externamente a eles, e no entanto espiritual e culturalmente superiores. A inveja e o egoísmo não admitem superioridade nos outros.


E quando não existe a arma da violência, em virtude de maior evolução dos meios sociais humanos, outras armas talvez piores são utilizadas: a maledicência e a calúnia, as campanhas de arrasamento moral dos seres de fato superiores, a fim de desmoralizá-los perante a opinião pública.


O exemplo de Jesus, o Mestre incomparável, é claro e insofismável: à pergunta se era Filho de Deus, ou seja, se pertencia ao Sistema, responde altaneiramente: "EU SOU". A resposta deve ter soado, especialmente se foi - e deve ter sido - proferida em hebraico, como uma afirmativa insustentável, pois a expressão EU SOU, em hebraico, é exatamente YHWH, o nome impronunciável, a não ser pelo próprio Sumo-Sacerdote uma vez por ano.


Paremos um instante em profunda meditação. De olhos fechados para a neiramente: "EU SOU". A resposta deve ter soado, especialmente se foi - e deve ter sido - proferida em hebraico, como uma afirmativa insustentável, pois matéria que nos circunda, revejamos a cena: aquele operário cansado, algemado, simples, cercado de adversários ferrenhos, está diante do Sumo-Sacerdote, paramentado a rigor, no trono de sua gloriosa posição suprema. E o réu, cabeça erguida, pronuncia o Nome Indizível diante de todos, afirmando-se ser aquele que todos acreditavam ser o "Deus dos judeus", o Espírito-

Guia da raça, o Supremo Ser para eles, e acrescenta, além disso, as frases do Salmo - de que fora convidado para sentar-se à direita do Altíssimo - do grande profeta Daniel, de que viria, com as nuvens do céu. Que espanto inenarrável deve ter percorrido aquela assembleia, como um arrepio de medo, diante da inqualificável ousadia daquela figura já abatida pela noite indormida, mas, segundo eles, ridiculamente altiva, a proferir uma legítima blasfêmia, imperdoável e merecedora da imediata condenação à morte: "é réu de morte"!


Essa atuação teve numerosos imitadores: por muito menos que isso, a igreja romana queimou muitos homens nas fogueiras da inquisição de triste memória. Nenhuma autoridade humana pode admitir que um ser, socialmente inferior, se diga espiritualmente superior, com autoridade mais elevada que a concedida pelos homens. Nenhum elemento do Antissistema aceitará, jamais, que um homem igual a eles, confesse possuir categoria mais elevada, ainda que pelos exemplos de suas obras se possa deduSABEDORIA DO EVANGELHO zir a realidade da afirmativa. Isso porque o Antissistema não aprendeu a lição de Jesus: "Conhecereis as árvores pelos seus frutos: nenhuma árvore má produzirá bons frutos, e nenhuma árvore boa produzirá maus frutos" (MT 12:33). Até hoje, o Antissistema pretende julgar a árvore por ela mesma: se é alta ou baixa, frondosa ou raquítica, reta ou torta, lisa ou espinhosa, sem levar em consideração os frutos que produza. Essa maneira de julgar tem produzido numerosos hipócritas no seio da humanidade.


Estejamos todos preparados para dar testemunho certo daquilo que realmente somos, diante de quem quer que seja, empregando o mesmo método utilizado por Jesus diante do tribunal religioso dos judeus.


Quando acossados pela maledicência e pela calúnia, proferidas por aqueles que não possuem autoridade moral para fazê-lo, saibamos calar, pois o silêncio é a melhor resposta; soframos em silêncio, orando por aqueles que, mal informados, se deixam levar pelo ódio inato que os mina como chama oculta. Um dia, quando na mesma posição, experimentarão as mesmas acusações.


Quando interrogados por quem tenha o direito legal de fazê-lo, a respeito daquilo que realmente somos, respondamos corajosamente, de acordo com a consciência límpida que tivermos a nosso respeito, sem nos deixarmos levar pelo orgulho, mas também sem nos escondermos por trás da bandeira esfarrapada de uma falsa modéstia: quem sabe e tem consciência de saber, esse é sábio verdadeiro.


Mas, se a vida nos trouxer a felicidade de não sermos colocados no fogo cruzado dos adversários do polo negativo, caminhemos tranquilos, sem esquecer-nos de agradecer ao Pai por essa felicidade sem nome, de não sermos atacados e despedaçados.


De qualquer forma, em qualquer circunstância, recordemos que o que de fato vale, é o fruto que produzirmos em benefício da humanidade, são as lições escritas ou faladas, e sobretudo é a lição do exemplo de desprendimento e de bondade, de perdão e de amor para com todos. Poderão atingir nossa personagem terrena, mas nosso Eu verdadeiro jamais será atingido: foi maltratado, batido, cuspido, ridiculizado o corpo físico de Jesus, mas Seu Eu profundo, o Cristo, não foi tocado, nem até Ele chegaram as ofensas animalescas da violência e do despeito de homens involuídos cheios de ódio.


Essa lição, que Jesus nos ensinou com Seu exemplo sublime, é sempre oportuna para todos os que vivemos no ambiente do pólo negativo, e que, por vezes, acossados pela vaidade de nosso pequeno eu mesquinho, gostaríamos de ripostar aos que nos acusam, devolvendo ofensa por ofensa, e procurando defender-nos das acusações gratuitas: Jesus calava e em Seu coração suplicava que o Pai lhes perdoasse, "pois não sabiam o que diziam".


Obrigado, Mestre, pela lição do Teu exemplo!



Locais

Estes lugares estão apresentados aqui porque foram citados no texto Bíblico, contendo uma breve apresentação desses lugares.

AR

Atualmente: JORDÂNIA
Capital de Moab. Esta terra não foi dada por Deus aos israelitas. Deuteronômio 2:9.
Mapa Bíblico de AR



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Jó Capítulo 2 do versículo 1 até o 13
3. O Teste Final da Integridade de 2:1-10)

A cena anterior no céu (1:6-12) é repetida. Satanás (o satanás; veja comentários de 1:6-7) tinha falhado em sua tentativa inicial de provar o interesse egoísta de Jó na sua fidelidade a Deus. Então ocorre novamente uma conversa entre Deus e Satanás relacio-nada àquilo que vai acontecer em seguida. Ambos reconhecem que Jó passou no primeiro teste. Ele permanece sincero e reto (3). Uma alteração interessante em relação à pri-meira cena celestial é o que Deus diz com respeito à sua própria motivação em permitir que Jó seja testado. Havendo-me tu [Satanás] incitado contra ele, para o consu-mir sem causa. A inocência de Jó agora demonstra esse fato.

A expressão: Pele por pele (4) parece fazer parte de um provérbio antigo cuja etimologia é impossível determinar. Seu significado, todavia, fica claro com o restante da declaração de Satanás: tudo quanto o homem tem dará pela sua vida. Aquilo que ocorreu antes não é suficiente para testar um homem completamente. Jó ainda perma-necia intocável. Toca-lhe nos ossos e na carne (5), ou seja, fere-o em seu ser físico e o resultado será inteiramente diferente. Satanás argumenta aqui que Jó só é piedoso por-que isso é vantajoso para ele, acusando-o também de ser um grande egoísta. Toca-o na-quilo que é somente dele —seu corpo saudável— e verás se não blasfema de ti na tua face!

Novamente Deus permite que Jó seja testado. Satanás pode fazer como lhe apraz desde que poupe a vida de Jó. O teste pode ser real e extremo, mas não pode matar Jó.
Com essa permissão, Satanás feriu a Jó de uma chaga maligna (7). Em épo-cas passadas, tem-se concordado de modo geral em que a aflição descrita aqui é um tipo de lepra, ou seja, elefantíase. A conjectura é feita porque o termo hebraico, shehin, na Bíblia representa uma doença de pele muito séria. E a mesma enfermidade des-crita em Deuteronômio 28:35: "O SENHOR te ferirá com úlceras malignas nos joelhos e nas pernas, de que não te possas curar, desde a planta do teu pé até ao alto da cabe-ça". N. H. Tsur-Sinai diz: "Nosso texto, no entanto, não tem a intenção de descrever nenhum tipo de enfermidade conhecida—por esse motivo, comentaristas têm tentado em vão identificar a doença de Jó com base nas passagens desse livro—mas descreve uma enfermidade não identificável, a doença das doenças, abrangendo, na verdade, cada sofrimento no mundo".5

A extensão da aflição de Jó pode ser entendida mais facilmente ao observamos as declarações descritivas do próprio livro em relação ao seu sofrimento, embora precise-mos ressaltar que essas são descrições poéticas e não científicas. A infecção deve ter criado uma coceira intensa, que Jó procurava aliviar, raspando-se com pedaços de cerâ-mica (8).6 Ele estava tão desfigurado por essa enfermidade que seus amigos não o reco-nheceram (2.12). As feridas, que aparentemente criavam vermes, de forma alternada formavam uma crosta, abriam-se e vazavam (7.5). Ele estava incomodado com os segui-dos sonhos e o terror (7.14), a ponto de não poder dormir (7.4). Sua pele começou a se decompor (30.30). A dor traspassava os seus ossos até estes parecerem estar queimando (30.17, 30). Com tal tormento, a morte seria bem-vinda, mas sua vida era mantida mes-mo contra sua vontade (3.20).7

Ele assentou-se sobre a cinza, literalmente, no meio da cinza (8). Provavelmente, ele sentou-se sobre o mazbalah, o lugar fora da vila onde o lixo e o esterco eram jogados. De tempos em tempos, isso era queimado. Com o tempo esse entulho formava um monte. Pedintes e pessoas com doenças infecciosas se reuniam nesse lugar para pedir esmolas daqueles que passavam por ali.

Então, sua mulher lhe disse: [...] Amaldiçoa a Deus e morre (9). A esposa de Jó tinha pessoalmente sobrevivido às calamidades que quase destruíram seu esposo. Uma variedade de opiniões tem sido levantada por aqueles que comentam a respeito da atitu-de dela em relação à desgraça de Jó. Alguns vêem nela uma segunda Eva a tentar seu marido para a destruição dele. Outros acham que suas palavras representam desdém e escárnio, designadas a aprofundar o sofrimento que Jó estava suportando. Outros a vêem como uma mulher que também sofreu a tortura de perder tudo que dá significado à vida e, por isso, acusa Jó como o causador da sua desgraça. Mas, é possível que ela tenha sido motivada por bondade. Não tem sentido manter a integridade, ela raciocina, quando Deus evidentemente abandonou a Jó. Portanto, Jó deveria se voltar contra Deus na esperança de que Ele se afastasse completamente dele e o deixasse morrer como um ato de misericórdia.

Se a atitude dela representa mais uma tentação, Jó também saiu vitorioso dessa situação. Ela falava como qualquer doida (10). Deus é soberano. Portanto, deveríamos esperar o mal das mãos de Deus, bem como o bem. Essa afirmação é feita com base na suposição de que Deus é responsável por tudo que acontece no mundo (veja 1 Sm 16.14; Is 45:6). Em tudo isto não pecou Jó com os seus lábios. Ele permaneceu fiel e con-fiante, dessa forma provando mais uma vez a sua integridade espiritual.

C. OS AMIGOS DE Jó 5ÊM PARA CONSOLÁ-LO, 2:11-13

Seus três amigos (11) finalmente ouvem Jó falar acerca do seu estado grave. Eles vieram de suas respectivas regiões para tentar confortar Jó. Um deles chamava-se Elifaz, um nome que poderia significar "Deus é ouro fino" ou "Deus subjuga"; ele era de Temã. Essa região, geralmente conhecida como Edom, é famosa pela grande sabedoria dos seus habitantes (cf. Gn 36:4-10-12; Jr 49:7; veja mapa 1). O segundo amigo a ser mencionado é Bildade, cujo nome significa "amado do Senhor", que veio da tribo de Suá e tinha conexão com os nômades arameus que migraram para o sudeste da Palestina (Gn 25:1-6). O outro amigo se chamava Zofar. O significado do seu nome é incerto. Talvez seja "ave que chilreia", talvez "saltador como uma cabra", ou "prego afiado". Ele veio da re-gião de Na'ameh, que pode ser Djebel-el-Na'ameh, na região noroeste da Arábia. Esse termo, no Antigo Testamento, é usado somente em conexão com Zofar.

Eles acabaram não o conhecendo (12) quando o viram pela primeira vez sentado do lado de fora da vila, no monte de resíduos, tão desfigurada estava a sua aparência em decorrência dos efeitos da doença. Ao verem a miséria de Jó, a reação imediata deles foi mostrar seu pesar e compaixão por meio de um costume muito antigo de cada um rasgar o seu manto e lançar pó sobre a cabeça. Esses amigos estavam tão chocados e pasmos com a mudança na vida de Jó que ficaram sentados com ele por sete dias sem dizer palavra alguma. Dessa forma eles expressaram a preocupação e profunda condolência deles pela situação de Jó, da mesma maneira que os mortos eram pranteados (Gn 50:10-1 Sm 31.13).


Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Jó Capítulo 2 do versículo 1 até o 13
*

2.1-6 A marcha dos acontecimentos no céu — outro circuito de acusações da parte de Satanás — antecede mais sofrimentos para Jó na terra.

* 2:3

Ele conserva a sua integridade... sem causa. A súbita mudança das palavras de 1:6-8, no fim de 2:1-3, mostra que o Adversário, que tinha perdido o primeiro round, fora humilhado por Deus através de um pouco de ironia. A mesma palavra que Satanás tinha usado para acusar Jó é novamente usada aqui, traduzida "sem causa". O Adversário é que tinha cometido um erro, e não Jó.

* 2:4

Pele por pele. Satanás estava sugerindo que até a declaração de fé de Jó, em 1.21, nada era senão um fingimento. Ele estaria disposto a sacrificar qualquer coisa por sua própria pele. Se Deus ao menos estendesse sua mão e tocasse no corpo de Jó, então este amaldiçoaria a Deus em seu rosto.

* 2:6

mas poupa-lhe a vida. Deus permitiu que o Adversário fosse usado como seu instrumento para ferir a Jó. Isso salienta o problema do mal. Satanás, como uma criatura, é limitado. Ele vai somente até onde Deus permite. A palavra aqui traduzida por "poupa" também pode ser traduzida por "salvaguarda". Parece que Satanás estava sendo responsabilizado pela vida de Jó.

* 2.7-10 A despeito de Satanás ter sido autorizado por Deus (e por ele limitado) a ataques contra o seu corpo, Jó mostrou-se firmemente apegado à sua convicção que Deus era merecedor de louvores.

* 2:7

tumores malignos. Não temos meios de saber a natureza exata da enfermidade de Jó.

* 2:8

sentado em cinza. Talvez por meio de tentativa e erro, os antigos tenham aprendido que as cinzas eram um lugar onde as enfermidades não se espalhavam. Ou essa pode apenas ter sido uma maneira de lamentar-se.

* 2:9

A esposa de Jó não sabia que Deus havia garantido a vida de Jó.

* 2:10

como qualquer doida. A palavra hebraica aqui traduzida por "doida" tem a ver com as idéias de infidelidade e de apostasia religiosa, como em Sl 14:1 (conforme 53.1). Trata-se mais de um julgamento ético do que de um julgamento intelectual.

não pecou Jó com os seus lábios. Isso destaca a pureza da linguagem usada por Jó, uma antecipação do contraste que se verá no diálogo, onde as palavras de Jó foram menos puras.

* 2.11-13

Chegam os amigos de Jó para consolá-lo em meio aos seus terríveis sofrimentos.

* 2:13

Sentaram-se com ele na terra, sete dias e sete noites; e nenhum lhe dizia palavra alguma. Essa conduta, ligada ao número completo (sete), exprimia a mais intensa forma de tristeza que eles podiam exibir. O protocolo oriental exigia que Jó fosse o primeiro a falar. Quanto à prática de lamentar os mortos por sete dias, ver Gn 50:10.


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Jó Capítulo 2 do versículo 1 até o 13
2.3-6 Pode Satanás persuadir a Deus para que troque seus planos? Ao princípio, Deus disse que não queria que se danificasse fisicamente ao Jó, mas logo decidiu permiti-lo. Satanás não pode persuadir a Deus para que vá contra seu caráter: Deus é completa e eternamente bom. Mas neste caso esteve disposto a prosseguir com o plano de Satanás devido a que conhecia o final da história do Jó. Deus não pode ser enganado por Satanás. O sofrimento do Jó foi uma prova para ele, Satanás e nós, não para Deus.

2:4, 5 "Pele por pele" foi o comentário de Satanás em relação à resposta do Jó à perda de sua família. Satanás continuava com a opinião de que Jó era fiel devido às bênções de Deus. E acreditava que Jó era tão egoísta que não tinha sido comovido pela perda de sua família. O seguinte passo de Satanás, portanto foi provocar um sofrimento físico ao Jó para provar sua acusação original (1.9).

2:6 Uma vez mais Satanás teve que procurar a permissão de Deus para causar sofrimento ao Jó. Deus limita a Satanás e, neste caso, não lhe permitiu destrui-lo.

Os meninos alguma vez se cansam de perguntar "por que?" Quanto mais crescemos, menos nós gostamos de perguntar. Os meninos perguntam a respeito de tudo, os adultos se perguntam sobre o sofrimento. É evidente que o mundo funciona de acordo a um sistema de causa e efeito, entretanto, há alguns efeitos para os que não podemos encontrar uma causa clara e algumas causa que não nos levam aos efeitos esperados. Era de esperar que a riqueza e a família do Jó lhe dariam uma vida muito feliz e, por um tempo, a deram. Mas a perda e a dor que nos experimentou impacta. Os dois primeiros capítulos de sua história são algo mais do que podemos suportar. Para aqueles que ante o mais pequeno problema perguntam rapidamente "por que?", a fidelidade do Jó lhes parecerá incrível. Mas até o Jó teve algo que aprender. Nós podemos aprender com ele.

Nossa era, aonde tudo é "instantâneo", tem-nos feito perder a capacidade de esperar. Pretendemos adquirir paciência em forma foto instantânea, e em nossa pressa, passamos por cima a contradição. De tudo o que queremos agora, o consolo para a dor está ao princípio de nossa lista. Queremos uma padre foto instantânea para tudo, da dor de dente até as angústias do coração.

Embora alguns dores foram curados, seguimos vivendo em um mundo onde muita gente sofre. Jó não estava esperando respostas fotos instantâneas para a intensa dor física e emocional que suportou. Mas ao final, o que quebrantou sua paciência não foi o sofrimento, a não ser o não saber por que sofria.

Quando Jó expressou sua frustração, seus amigos tinham listas suas respostas. Acreditavam que a lei de causa e efeito se aplicava a todas as experiências da gente. Seu ponto de vista a respeito da vida se reduziu a: as coisas boas lhe acontecem às pessoas boa e as coisas más às pessoas má. devido a isto, sentiram que seu rol era ajudar ao Jó a que admitisse que quão mau tinha feito tinha originado seu sofrimento.

Em realidade, Jó olhava a vida quase da mesma maneira que seus amigos. O que não pôde compreender era por que estava sofrendo tão quando tinha a segurança de que não tinha feito nada para merecê-lo. O último de seus amigos, Eliú, ofereceu outra explicação para a dor ao assinalar que Deus estaria permitindo o sofrimento para desencardir ao Jó. Mas isso foi útil só em parte. Quando finalmente Deus falou, não deu uma resposta ao Jó. Em troca, recalcou que é melhor conhecer deus que conhecer as respostas.

Freqüentemente sofremos as conseqüências de más ações e decisões equivocadas. A disposição do Jó para arrepender-se e confessar o que sabia que tinha feito mal é uma boa pauta para nós. Às vezes o sofrimento nos molda para um serviço especial para outros. Às vezes o sofrimento é um ataque de Satanás em nossa vida. E às vezes, não sabemos por que sofremos. Em todas essas ocasiões, estamos dispostos a confiar em Deus embora nossas perguntas não tenham resposta?

Pontos fortes e lucros:

-- Era um homem de fé, paciência e resistência

-- Era conhecido como uma pessoa generosa e sensível

-- Era muito rico

Debilidades e enganos:

-- Permitiu que seu desejo de entender por que sofria o afligisse e o levou a duvidar de Deus

Lições de sua vida:

-- Conhecer deus é melhor que conhecer as respostas

-- Deus não é arbitrário nem insensível

-- A dor não é sempre um castigo

Dados gerais:

-- Onde: Uz

-- Ocupação: Proprietário endinheirado de terras e gado

-- Familiares: Esposa e primeiros dez filhos não nomeados. Filhas de seu segundo grupo de filhos: Jemima, Césia, Keren-hapuc

-- Contemporâneos: Elifaz, Bildad, Zofar, Eliú

Versículos chave:

"meus irmãos, tomem como exemplo de aflição e de paciência aos profetas que falaram em nome do Senhor. Hei aqui, temos por bem-aventurados aos que sofrem. ouvistes que a paciência do Jó, e viram o fim do Senhor, que o Senhor é muito misericordioso e compassivo" (Jc 5:10-11).

A história do Jó se relata no livro do Jó. Além disso se menciona em Ez 14:14, Ez 14:20 e Jc 5:11.

2:9 por que foi respeitada a vida da esposa do Jó, quando o resto de sua família foi destruída? É possível que sua só presença causasse ao Jó até mais sofrimento por suas recriminações ou devido a sua própria pena por tudo o que tinham perdido que se tivesse morrido.

2:10 Muita gente pensa que acreditar em Deus a protege dos problemas, de modo que quando as calamidades vêm, rebelam-se contra a bondade e a justiça de Deus. Mas a mensagem do Jó é que você não deve renunciar a Deus só porque lhe acontecem coisas más. A fé em Deus não garante a prosperidade pessoal, e a falta de fé não garante problemas na vida. Se isso fosse assim, a gente acreditaria em Deus só para fazer-se rica. Deus é capaz de nos resgatar do sofrimento, mas também pode permitir que este venha por razões que não podemos entender. É em momentos como este que Satanás emprega sua estratégia de nos levar a duvidar de Deus. Jó nos mostra aqui uma perspectiva mais ampla que sua própria comodidade pessoal. Se sempre soubéssemos por que sofremos, nossa fé não teria espaço para crescer.

2:11 Elifaz, Bildad e Zofar não eram só amigos do Jó, também eram conhecidos por sua sabedoria. Ao final, entretanto, notou-se que sua sabedoria era incompleta e punha de manifesto uma mente estreita.

2:11 Ao saber das dificuldades do Jó, três de seus amigos chegaram para consolá-lo. Mais tarde veremos que suas palavras de consolo não o consolaram, mas ao menos estiveram ali. Embora Deus os repreendeu pelo que disseram (42.7), não os repreendeu pelo que fizeram. Fizeram o esforço de aproximar-se de alguém que tinha necessidade. Infelizmente, quando chegaram seu consolo foi muito deficiente porque eram soberbos em seu próprio conselho e insensíveis ante as necessidades do Jó. Quando alguém tenha necessidade, vá a ele, mas seja sensível na maneira em que o consola.

2:13 por que seus amigos chegaram e se sentaram em silêncio? De acordo com a tradição judia, a gente que chega a consolar a alguém que está de luto não fala mas sim até que essa pessoa fale. Freqüentemente, a melhor resposta para o sofrimento de outra pessoa é o silêncio. Os amigos do Jó se deram conta de que sua dor era muito profundo para consolá-lo com meras palavras, por isso não disseram nada. (Se tão solo tivessem contínuo assim, sentados em silêncio!) Com freqüência, sentimos que temos que dizer algo espiritual e oportuno a um amigo que sofre. Possivelmente o que mais precisa é tão solo nossa presença, e lhe mostrar que nos interessa. Respostas preparadas e entrevistas debulhadas dizem muito menos que empatia manifestada por meio do silêncio e do companheirismo afetuoso.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Jó Capítulo 2 do versículo 1 até o 13
V. SATANÁS SEGUNDO DESAFIO DE INTEGRIDADE JÓ'S (2:1 (ver comentários sobre esta seção). Ele reflete (1) na mesma ocasião, embora repetido: Houve um dia ; (2) o mesmo grupo reunido: os filhos de Deus ; (3) a mesma finalidade: apresentar-se perante o SENHOR ; (4) a mesma aparência do mesmo Satanás para o mesmo fim: veio também Satanás entre eles ; (5) a mesma insinuação satânica contra a integridade, embora mais diabólica de Jó. Somente a permissão divina para Satanás é diferente, por extensão. Há, no entanto, algumas diferenças sutis que merecem consideração.

Após ter renovado seu testemunho para a integridade do caráter de Seu servo Jó, Deus cobra Satanás com aflição imotivada de Jó com vista à destruição de sua fé (v. 2:3 ). Ele sofás sua insinuação em um provérbio que era evidentemente familiar para as pessoas do dia: Pele por pele, sim, tudo o que um homem tem dará pela sua vida (v. 2:4 ).

Terrien pensa que estas palavras do versículo 4 significava "um esconderijo para um hide" e que eles eram uma expressão familiar usado em troca, e que Satanás aqui usa-los para insinuar que a religião é também uma forma de comércio em que professou adoração e serviço de Deus são prestados em troca de felicidade. Assim, Satanás, ainda não convencidos da integridade de Jó, implica que a propriedade de Jó, e até mesmo a sua posteridade, são de menor importância para ele do que a sua própria existência física e bem-estar. Assim Jó tinha, mas retirado para uma posição em que através da justiça professada continuou e devoção a Deus que ele pudesse garantir a sua vida e saúde, que foram, no pensamento de Satanás, seus bens mais valiosos. Não é possível conceber uma insinuação mais diabolicamente sutil contra a integridade do caráter de Jó do que isso.

Delitzsch tem uma visão do versículo 4 , que, embora concordando essencialmente com a de Terrien, parece jogar mais luz sobre o problema. Ele acha que o significado das palavras de Satanás no versículo 4 é que

Um dá-se a pele de um para preservar a pele; perdura uma dor em uma parte doente da pele, por uma questão de economia de toda a pele; um segura o braço ... para evitar o golpe fatal na cabeça. A segunda cláusula é clímax: um homem dá a pele para a pele; mas por sua vida, o seu maior bem, ele voluntariamente desiste de tudo, sem exceção, que pode ser dado para cima, e a própria vida ainda retidos. ... Só assim, Jó tem de bom grado desistido de tudo, e se contenta em ter escapado com vida .

Certamente o raciocínio sutil de Satanás tinha pouca vantagem sobre a de certos filósofos que pensam como de muito tempo depois. O filósofo alemão naturalista, Friedrich Nietzsche (1844-1
900) argumentou que as virtudes cristãs, como o amor por outras criaturas, bondade, mansidão e afins, foram propositadamente fabricado para consolar os miseráveis ​​cristãos underdog na sua situação de outra forma insuportável. Ao professar e praticar essas virtudes, Nietzsche afirmava, imaginaram-se superiores aos que eram, na realidade, superior a eles e foram o seu potencial, se não for real, senhores. Assim, na visão de Nietzsche, a única verdadeira virtude é poder, e, assim, "a força faz o direito." Certamente, o Satanás do livro de Jó teria encontrado um ambiente mais compatível para a sua filosofia ética na companhia de Nietzsche.

A fim de refutar o argumento de Satanás que Jó servia a Deus por razões egoístas, Deus se estende a Satanás uma segunda permissão para afligir Jó. No entanto, ao passo que a permissão de Deus para Satanás afligir Jó no primeiro julgamento de sua fé alargada apenas a seus bens temporais, nesta segunda instância estendeu-se a aflição do seu corpo, mas não chegou a sua própria vida (v. 2:6 ). Esta permissão se tornou necessária para que Deus de conhecer segundo desafio de Satanás que Jó servia a Deus de forma egoísta para a preservação de sua vida e do bem-estar físico.

VI. JÓ'S segundo julgamento de fé (2: 7-13)

7 E Satanás saiu da presença do Senhor, e feriu a Jó de uma chaga maligna, desde a planta do pé até ao alto da cabeça. 8 E ele o tomou um caco para se raspar com ele mesmo; e ele sentou-se no meio da cinza. 9 Então, disse sua mulher lhe, tu ainda guardam a tua integridade? renunciar a Deus, e morrer. 10 Mas ele lhe disse: Tu dizes como um dos doida. O quê? receberemos o bem na mão de Deus, e não receberemos o mal? Em tudo isso não pecou Jó com os seus lábios.

11 Agora, quando três amigos de Jó ouviu falar de todo este mal que tinha vindo sobre ele, vieram, cada um do seu lugar: Elifaz o temanita, e Bildade o suíta, e Zofar o naamatita; e eles fizeram um compromisso conjunto para chegar a lamentar-lo e confortá- Lv 12:1 E quando eles levantaram os olhos de longe, e não o conheceram, eles levantaram a sua voz, e chorou; e, rasgando cada um o seu manto, e pó polvilhado sobre as suas cabeças para o céu. 13 E ficaram sentados com ele na terra sete dias e sete noites, e ninguém falou uma palavra a ele, pois viam que a dor era muito grande .

TRIAL A. JÓ'S BY FÍSICA AFLIÇÃO (2: 7-8)

No final da primeira acusação interposto contra Jó diante de Deus, e um desafio para tentar a sinceridade de integridade de Jó, por isso novamente no fim do segundo desafio Satanás correu ansiosamente para fora da presença de Deus armado com nova autoridade para afligir Jó fisicamente. Satanás não perdeu tempo em empregar sua nova permissão para tortura Jó. As implicações da cena que se segue descrição mendigos.

Enquanto os meios naturais de uma doença física foi o instrumento da aflição de Jó, Satanás, no entanto, foi o agente que empregou que os meios sujos. Aqui, como anteriormente, ele só pode agir dentro dos limites da vontade permissiva de Deus. Não há nenhum acordo final entre os estudiosos sobre a natureza exata de aflição física de Jó. Embora a lepra era uma doença bem conhecida neste momento no Oriente, a palavra para que a doença não é usado aqui. Moffatt traduz assim: "ele [Satanás] feriu Eyob com úlceras dolorosas, desde a planta do pé até o alto da cabeça." A descrição no versículo 7 é muito semelhante ao mencionado em Dt 28:27 e 35 . Estes e outros sintomas mais tarde mencionadas são altamente sugestivos de uma forma de elefantíase, assim chamada por causa da grossa, barklike, pele enrugada, assemelhando-se a pele de um elefante, e porque os membros afetados tornam-se enormemente caroços sem juntas de grandes dimensões que se assemelham as pernas do elefante. Delitzsch, ao descrever esta doença, diz que

começa com o nascer do tuberculoso furúnculos, e finalmente se assemelha a um câncer se espalhar-se sobre todo o corpo, pelo qual o corpo é tão afetado, que alguns dos membros cair completamente afastado. Raspagem com um caco de barro, não só aliviar a coceira insuportável da pele, mas também remover a matéria.

O autor deste comentário tem assistido a inúmeros casos de elefantíase em tropical África Ocidental. Não é raro lá para ver um membro de um pé ou mais de diâmetro, e entre os homens elefantíase do escroto, por vezes, se alarga para uma dimensão fantástica. Um tal alargamento, que foi removido cirurgicamente por um médico missão, pesava cerca de 100 quilos.

Enquanto Terrien cita várias comparações de doença de Jó com outras alusões bíblicas ou descrições de natureza semelhante (ver Lv 13:9 ; Dt 24:8. ; 2Rs 20:7 ), que eram, aparentemente, as formas de uma elefantíase que foi associado com o Egito (Dt 28:27 ), ele não acha que a aflição de Jó ter sido necessariamente dessa natureza. Ele teria até mesmo permitir que ele pode ter sido uma doença de pele conhecida como pênfigo foliáceo , que começa de repente e precoce atinge uma fase aguda. É característico de homens jovens, vigorosos fortes, tais como Jó deve ter sido (conforme 3:13 ), manifesta-se na inflamação bulboso (30:30 ), produzindo intenso prurido (v. 2:8 ), a partir do qual a vítima sofre noite febre recorrente alta, e logo torna-se extremamente magro (19:20 ). A pele do rosto fica atrofiado, tornando a vítima irreconhecível (2:12 ). Odores de mofo ofensivos resultar de bolhas generalizada. Deterioração gradual continua até a morte, eventualmente, alivia a vítima de sua miséria. No entanto, deve-se francamente admitiu, com Terrien, que nenhum diagnóstico final da doença de Jó é possível no atual estágio de bolsa de estudos. Ele pode muito bem ser considerado uma forma de elefantíase como qualquer outra doença antiga oriental similares (veja outras referências a aflição de Jó em 7:5 , 16:15 ; 19:17 ; 30:17 , 30:30 ).

Uso de Jó de uma peça de cerâmica quebrada com a qual a raspar seu corpo indica que algo de tanto o caráter comichão de sua doença e a intensidade de seu desconforto corporal. Adicionado ao seu sofrimento físico é o manto negro da melancolia que deve ter resolvido sobre a mente eo espírito deste servo de Deus como ele refletiu sobre as suas perdas a partir do primeiro julgamento, eo desespero de sua visão de futuro. Agora rejeitar uma dimensão social, com posses, crianças e saúde todos embora, Jó retira-se para um despejo de lixo fora da cidade. Há entre o esterco e cinzas, carcaças de animais meio podre, cães de catadores, e curioso, rondando, ouriços-do-negligenciadas, Jó tomou sua posição lamentável (conforme Sl 113:7)

É neste momento em ensaios de Jó que sua esposa faz sua primeira aparição no drama (apenas em uma outra passagem que ela está especificamente mencionada: 19:17 ). Parece, como observado por Crisóstomo, que a aparência de mulher de Jó neste momento no seu intenso sofrimento foi projetado por Satanás para intensificar seu sofrimento a um passo culminante. A tradução de Moffatt do versículo 9 é gráfico e viva: "Como ele se sentou entre as cinzas, sua esposa disse a ele: 'Ainda segurando a sua lealdade? Amaldiçoar a Deus, se você morrer por isso. ' "

O verdadeiro significado do conselho da esposa de Jó é difícil de determinar. Alguns intérpretes tomaram uma visão muito caridosa da esposa de Jó. Suas palavras foram interpretadas no sentido de "clamar a Deus por a última vez, e depois morrer", ou "Call on-lo para deixá-lo morrer." No entanto, suas palavras parecem não admitir tal interpretação.

Parece mais provável que a mulher de Jó tornou-se um cúmplice involuntário de Satanás em seu esquema para destruir a integridade de Jó. Não é o seu conselho para Jó para renunciar a Deus, e morre em perfeita harmonia com a previsão de que Satanás já foi por duas vezes fez (veja 1:11 ; 2:5)

Quatro considerações surgem da visita dos amigos de Jó. Em primeiro lugar, a sua visita indica algo da influência de longo alcance de Jó sobre pessoas de importância, mesmo bastante remota dele geograficamente. Estes três foram os amigos de Jó e, assim, ele era, evidentemente, bem conhecido por eles. Em segundo lugar, eles foram informados sobre as calamidades que tinha acontecido a sua amiga em comum: quando ... [eles] ouviu falar de todo este mal que tinha vindo sobre ele. Em terceiro lugar, eles fizeram um acordo em conjunto para visitar Jó (v. 2:11 , provavelmente considerando que) uma visita coletiva seria mais eficaz do que eles deveriam ir a ele individualmente. Em quarto lugar, a intenção da visita foi benevolente, pois veio a lamentar-lo e confortá-lo. Não parece haver nenhuma razão para questionar a sinceridade e boas intenções de seus motivos. Terrien acha que o fato de que eles fizeram uma consulta junto indica que ele foi ", a fim de planejar em conjunto uma estratégia comum de ministério pastoral." Ao saber de sua aflição grave procuraram ser de ajuda. Possivelmente eles foram simplesmente retribui a preocupação e bondade que Jó tinha mostrado antes para os outros em dificuldade ou sofrimento.

No entanto puro seus motivos e boas suas intenções pode ter sido em visita de Jó em suas calamidades, eles foram, sem dúvida, as ferramentas inconscientes de Satanás a afligi-lo com uma ainda maior prova de fé que ele tinha experimentado anteriormente. Lembramo-nos das palavras do salmista, provavelmente falado sobre os futuros sofrimentos do Messias: "Até o meu próprio amigo íntimo, em quem eu confiava, que comia do meu pão, levantou contra mim o calcanhar" (Sl 41:9 ; Jr 49:7 ). Ele observa que "um site de ferro-idade perto de Petra (et Tawīlān) tem sido sugerido por ele. "Este era um país famoso pela sua sabedoria, nos tempos antigos, fato que se torna evidente nos discursos Elifaz a Jó. ". Esmaga Deus" Terrien pensa que o nome Elifaz 'pode ter significado Terrien pensa ainda, que Bildade, e da tribo de Suá, a que pertencia, pode ter sido associado com nômades arameus que depois migraram para o sudeste da Palestina (Gn 25:2 ). Seu nome, que era, evidentemente, do aramaico derivação, significava "Amados do Senhor." Sofar, o significado de cujo nome não pode ser determinado com certeza (especulações executados a partir de "twittar pássaro," a "unha afiada," a "ponte semelhantes a cabritos" ), foi a partir do país de Naama, no noroeste da Arábia. Kraeling observa que

Esta representação mundo árabe longínquo se adapte a perspectiva universalista deste maior produção poética dos antigos povos semitas. Sacerdócio, ceremonialism, fanatismo religioso, o nacionalismo e racismo são perdidos de vista, e nos movemos em um mundo onde um homem enfrenta os fatos da vida e as questões religiosas em plena liberdade, ainda sob Deus.

A superioridade desses povos árabes, incluindo Jó, se reflete na literatura da sabedoria, alguns dos quais se encontra em Escrituras do Antigo Testamento (veja Agur e Lemuel, rei de Massa, Pv 30:1 ).

É bem possível que os três amigos que visitam de Jó foram chefes de suas respectivas tribos e homens que eram conhecidos por sua grande sabedoria. Na verdade, tais parece ser sugerido pela associação comum de sabedoria com soberania no pensamento do dia, como refletido no texto da Septuaginta, que diz:

Agora seus três amigos, tendo ouvido de todo o mal que veio sobre ele, veio a ele cada um do seu próprio país: Elifaz, o rei dos Thaemans, Bildade soberana dos Saucheans, Sophar rei dos Minaeans, os quais vieram a ele com um acordo, para o conforto e para visitá-lo.

Dificilmente seria fantasioso supor que eles foram escolhidos por seus conterrâneos para representar seu povo para visitar e condoer Jó na sua situação lastimável. Essa poderia muito bem ser o significado da expressão, eles fizeram um compromisso conjunto para chegar a lamentar-lo e confortá-lo. Clarke observa:

Que algumas dessas pessoas orientais foram altamente cultivada , temos, pelo menos, prova indireta no caso de temanitas , Jr 49:7 ). No entanto, à medida que se aproximava das portas da cidade, o reconhecimento do seu amigo de repente, ocorreu-lhes, seja por uma palavra de agonia de saudação do próprio Jó, ou por alguma identificação física, o registro não diz. A reação imediata dos amigos de Jó para o espetáculo que vimos pode ser melhor expressa pela expressão familiar: "Eles foram feridos mudo." Bem tem Guest expressa esta situação em suas linhas: "Quando Sorrow Vem":

Não há poder no discurso mortais

A angústia de sua alma para chegar ,

Nenhuma voz, porém doce e baixo ,

Pode confortá-lo ou facilitar o golpe .

A reação dos amigos de Jó, quando do reconhecimento de sua identidade (v. 2:12 ), não era o que "custom e decoro prescrito." Pelo contrário, Delitzsch pensa que com a visita de Ezequiel para seus amigos judeus em cativeiro na Babilônia, no rio Quebar (Ez. 03:15 ), então aqui os amigos de Jó eram tão oprimido pelo aspecto desagradável do homem que eles estavam acostumados a reunião, talvez em vestes régias que sentam-se no banco do juiz de honra dentro dos portões da cidade, aparecendo na perfeição de sua compleição física e brilho de personalidade, que eles estavam completamente roubado de palavras de resposta, talvez até de saudação. Eles não poderia fazer mais do que se lance na emoção incontrolável expressa em choro violento como quando de repente e inesperadamente se ouve da morte de um amado parente ou amigo. Delitzsch observações:

É uma pena que deixe Jó pronunciar a primeira palavra, o que eles poderiam ter impedido por alguma palavra de consolo gentilmente; para, tornando-se primeiro totalmente consciente da diferença entre a sua posição actual e anterior de sua conduta, ele irrompe com maldições [maldições sobre o dia de seu nascimento, mas não em nome de Deus, como Satanás havia previsto que ele faria].

Embora esses amigos que visitam deve ser creditado com genuína tristeza e dor agonizante com o espetáculo chocante que a aparência de Jó apresentou à sua visão, houve, no entanto, uma mistura de costume oriental para tais ocasiões em sua conduta responsiva (ver 2Sm 12:16. ; Lam . 2:10 ). Certamente sua característica emocionalismo oriental se expressa na forma ostensiva habitual. Seu choro deu vazão a seus sentimentos de reação a desfiguração do Jó vista apresentado. O rasgar suas vestes ("túnicas", Moffatt) simbolizaram sua brokenheartedness em infortúnios de Jó, ao polvilhar (Zaraq) de pó sobre as suas cabeças simbolizava a sua auto-humilhação, em reconhecimento da sua impotência na presença de tais calamidades como tinha acontecido Jó . Não é claro se esta conduta continuou durante o período de sete dias durante os quais não existia um relacionamento entre si e Jó. Para todas as razões práticas que poderiam ter sido muito melhor fora de sua visão e da audição para as expressões de sua dor, quanto possível conversa abafada entre si (embora nenhuma palavra foi falada a Jó) só poderia ter adicionado a um grande desconforto de Jó. Huffman observa significativamente:

Alguém já disse que sua dor era tão grande que eles não podiam falar, mas há provavelmente uma melhor resposta para a pergunta de seu silêncio. Os dias de seu choro eram sete. Este foi o período exato de tempo dedicado ao choro para os mortos, como será encontrado através da leitura Gn 50:10 . É evidente, então, que ao atingir Jó eles encontraram sua condição de tal forma que eles o tratavam como se ele fosse morto e como se estivessem na presença de um cadáver. Ele estava tão mudado em sua aparência que não o conheceram, e talvez a única coisa que eles achavam que manteve a fazer era lamentar-lo e voltar para suas casas.

A sentença anterior de sua conduta é apoiada pela declaração de Terrien: "Então, eles realizaram o ritual aprovado de luto pelos mortos."

A aparente discrepância entre as evidentes boas intenções dos amigos de Jó em visitá-lo em suas aflições, e o fato de que eles se tornaram involuntariamente os instrumentos nas mãos de Satanás para infligir o maior prova de fé de Jó, não é nem estranha nem incom1. Muitas vezes as pessoas, até mesmo os cristãos, cujos motivos são puros e cujas intenções são boas, são encontrados para ser seriamente enganados em seus julgamentos e inconscientemente prejudicial para os outros, ou até mesmo para a causa de Cristo em geral, em razão de sua conduta com defeito. Tal não pode ser imputada ao pecado voluntário da parte deles, mas ele pertence ao faultiness da natureza humana, como resultado da queda, e não é pouco usado de Satanás para ferir outras pessoas e danificar a causa da justiça.

Foi durante esses sete dias e sete milênios, experimentalmente, a aflita Jó-enquanto ele estava sentado deprimido e sem conforto na dor excruciante em sua cela na prisão de confinamento solitário que ele sofreu a mais profunda depressão moral, espiritual, mental e física de todo o seu julgamento. Não há sofrimento que ultrapassa a de solidão absoluta. Foi no instante desta realização que o Salvador sondado a maior profundidade da depravação humana e desespero em sua missão expiatória e gritou na quarta palavra da cruz: "Meu Deus, meu Deus, por que me desamparaste?" (Mt 27:46. ). A tentação mais severa que já trata de qualquer homem é na hora em que ele se sente totalmente sozinhos no universo, sem ninguém para ligar para a assessoria, e nada em que se apoiar para o apoio. Este é o verdadeiro significado da perdição . Este é o verdadeiro significado do inferno . Este é "trevas exteriores", "o abismo" Isto é o que foi feito pelo apóstolo quando ele escreveu, "não tendo esperança e sem Deus no mundo" (! Ef 2:12 ); mas Jó só dos antigos dignitários era encontrar a redenção pelo paciente espera em Deus para o resultado de seu calvário. Matheson diz que

O que vemos é um processo de alienação e a razão é conhecida apenas para o espectador. Ele [Jó] passa a ser desmantelado. Uma a uma as belas vestes são retirados, até que cada segmento do ex-majestade se foi, até que o rei se torna um mendigo e um mendigo a milionário para o pão.

Matheson passa a observar a alienação de item de Jó por item. Primeiro, o robe mais externa da riqueza terrena é removido. Em segundo lugar, o manto interior dos laços familiares é removido pelo doloroso processo de morte violenta. Em terceiro lugar, o manto ainda mais para dentro da saúde é arrancada. Assim, a base de força física é removido. Matheson diz: "Quando o coração de um homem vai para baixo, pode subir novamente se o seu corpo mantém -se ; mas se seu corpo cai muito, o coração vainão subir ... -se o fluxo vital em si é baixa, o que pode restaurar a alegria! "O quarto roupa interior de Jó do que é retirado é simpatia humana . Primeiro sua esposa retira seu apoio moral e aconselha-o a desistir e morrer. (Por razões desconhecidas Matheson passa a esposa de Jó em silêncio neste momento.) Segundo o seu candidato a amigos reconfortantes tentar destruir seu último vestígio de auto-confiança, tentando convencê-lo de que suas calamidades são as visitações do mal de Deus sobre ele por seu pecado que pessoal, ele é um hipócrita bem merecedor de os juízos de Deus que lhe sobrevieram.

Que outro homem além do próprio Salvador jamais foi tão completamente despojado de todo o apoio para a sua fé, e ainda sustenta que a fé em Deus! Jó aqui chega ao ponto de fé nua na veracidade da pessoa de Deus (conforme Mc 11:22 ). Jó antecipou Paulo por muitos séculos em experimentar o que o apóstolo ensinou quando disse:

Porque em esperança fomos salvos, mas a esperança que se vê não é esperança; porque quem hopeth por aquilo que ele vê? Mas, se esperamos o que não vemos, então nós com paciência de esperar para ele (Rm 8:24 ).

Muitos uma pessoa que chegou ao ponto de destituição de Jó tenha abandonado toda a esperança e se suicidou. Terrien pensa, equivocadamente ao que parece, que a razão Jó não tentou cometer suicídio era que ele tinha chegado ao ponto em que ele estava resignado a proferir desespero. Ele continua a dizer que, enquanto "um remanescente da fé" o impediu de suicídio, não o impediu de desespero. No entanto, quando desespero absoluto foi alcançado ainda não existe fé, senão ele não seria completo desespero .

É interessante que William Tiago, o famoso filósofo e psicólogo americano, disse que nenhum homem jamais atinge a maturidade até que ele atingiu fundo e pensou em suicídio pelo menos uma vez em sua vida. Este insight, embora possivelmente um exagero, pode conter uma verdade maior do que aparece na superfície. O que Tiago realmente quis dizer foi que não, até que um foi completamente despido de tudo superficial sobre a qual dependem ele realmente ficar cara a cara com a realidade, e em que a experiência descobre seu verdadeiro eu em relação à realidade, e então constrói a sua vida na base sólida de que a realidade. A partir da análise psicológica de Tiago certas deduções teológicas podem ser feitas. Somente quando através do sofrimento ou volitiva homem auto-rendição está completamente despojado de tudo o que é temporal e transitório que ele confrontar Deus na realidade e, em seguida, descobrir o seu verdadeiro eu (conforme Rm 6:3. ; Rm 12:1 ). Esta foi a experiência do filho pródigo, quando ele se tornou pobre e, em seguida, "veio a si mesmo" (Lc 15:13a ). Nenhum homem pode esperar construir uma vida nova substancial baseada na fé em Deus, até o antigo que era baseado na transitória foi destruído e os detritos removidos. Assim, a nova é construída sobre a fé em Deus , e não sobre um ou outro do limitado, se não for errada, interpretações das obras da Providência divina nos assuntos dos homens. Era um tal fé como esta que sustentou Daniel na cova dos leões (Ez 6:19) e os três jovens hebreus na fornalha ardente (Ez 3:16 ). As experiências de Jó nos ensinam que é um erro fatal para construir a nossa confiança em qualquer coisa menos do que a veracidade do caráter de Deus. Deus prometeu "nunca nos deixará nem nos abandonará." Ele não prometeu manter-nos de todas as provações e sofrimentos, nem de nos livrar deles. Ele prometeu para sustentar e preservar-nos neles e através deles. Esta é a mensagem de horas mais difíceis de Jó da tentação.


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de Jó Capítulo 2 do versículo 1 até o 13
  • O segundo ataque e acusação de Satanás (2:1-13)
  • Pense em como os anjos no céu louvaram a Deus quando viram que Jó permanecia fiel. Que derro-ta para Satanás! O Senhor faz Sata-nás lembrar-se dessa verdade: "Ele conserva a sua integridade" (2:3). Contudo, Satanás tem outra mentira na língua: "Estende, porém, a mão, toca-lhe nos ossos e na carne e ve-rás se não blasfema contra ti na tua face". O Senhor permitiu isso, mas limitou-o de novo, pois Satanás (que, quando Deus permite, tem o poder da morte) não pode ir além do de-sejo do Senhor. Não sabemos o que eram os "tumores malignos" de Jó; provavelmente, ele teve uma forma de lepra ou elefantíase. De qualquer forma, ele estava cheio de dor, sua aparência era horrível (19:13-20), e parecia não haver esperança para o caso dele. Sua esposa não agüentava vê-lo sofrer e, em um momento de descrença, sugeriu que ele amaldi-çoasse o Senhor e que morresse (vv. 9-10). Em 2:10, a palavra "mal" não significa "pecado", pois Deus não é o autor do pecado. Ela significa "ca-lamidade", "aflição". O Senhor permite calamidades em nossa vida.


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Jó Capítulo 2 do versículo 1 até o 13
    2.3 Desenvolve-se, aqui o segundo estágio do teste que Satanás quer aplicar a Jó para fazer ruir sua justiça. Jó ainda não tinha sofrido "na pele" (vv. 4 e
    5) talvez, então, viesse a blasfemar contra Deus.
    2.6 O maligno não tem livre poder sobre a corpo do homem; aqui, como em 1.12, precisou da permissão divina. Isto nos ensina que as próprias tentações que sofremos, estão sob a providência divina, portanto, Deus está pronto a nos conceder a vitória, se nele confiarmos.
    2.7 Tumores malignos. Esta doença atacou o corpo inteiro (19.20), deu mau hálito, e um cheiro repugnante, 19.17. Isto levou Jó a se sentar fora da cidade, no monturo, 2.8. As chagas criaram vermes, 7.5. O abrir e fechar das chagas encheu de rugas o corpo de Jó, enquanto o emagrecia, 16.8. Ele tinha sonhos horríveis (7.14), como de alguém ao ser enforcado, 7.4, 15. Seus dias eram cheios de agonia, 7:1-4. Seus ossos ardiam como no fogo (30.30), contorcidos como os de quem está no tronco (13.27), e deslocados 30:17. A doença, de Jó levou até as crianças a desprezarem-no, 19.18.

    2.9 Amaldiçoa. Heb bãrekh, "abençoar". A língua hebraica nunca poderia ser empregada pelos piedosos judeus para dizer "amaldiçoar a Deus"; o contexto da passagem, porém, revela qual a tradução certa.

    2.10 Doida. Heb nãbhãl. Estulta, na religião e na moralidade.


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Jó Capítulo 2 do versículo 1 até o 13

    4)    Cena 4: A nova reunião celestial (2:1-6)

    A cena anterior é repetida no céu. O relatório de Javé é que ele se mantém íntegro (lit. “fortalece a sua integridade”!), i.e., mantém a sua lealdade a Deus. O ataque contra Jó foi em vão (sem motivo, hinnãm, v. 3) assim como foi em vão a negação que Satanás fez da religião de Jó (não tem razões, hinnãm, 1.9). Jó irá sofrer qualquer sofrimento exterior desde que não seja afligido fisicamente. Pele por pele! (v. 4) sugere que Jó salvou a sua própria pele por ter aceito devotamente a morte dos seus filhos; será diferente quando a própria pessoa de Jó for atacada. Dessa vez, o ataque terá de vir mais diretamente do próprio Deus: Estende a tua mão (v. 5).


    5)    Cena 5: A segunda provação (2:7-13)
    Como se fosse para acelerar a narrativa à medida que ela chega ao seu clímax, a saída de Satanás da presença do Senhor faz parte do relato da segunda provação; não há intervalo entre a permissão e a aflição. A doença com feridas terríveis (v. 7) de que Jó é acometido é claramente alguma doença de pele; identificações mais específicas como elefantíase ou lepra não são seguras. Além dos efeitos da coceira, Jó se queixa de muitas outras enfermidades ao longo do poema (v. e.g., 7.14; 19.17, 20; 30.17). Jó agora é um banido, ou voluntariamente, ou em decorrência de proibições, sentado entre as cinzas do monturo de lixo da sua aldeia.

    A mulher de Jó, seja por ódio a Deus por aquilo que ele fez a Jó, seja pelo desejo de que a miséria de seu marido terminasse logo, estimula-o a amaldiçoar Deus (v. 9) e assim atrair a morte sobre ele. Jó não a repreende por sugerir a blasfêmia, mas por falar como uma insensata (v. 10); na compreensão dele, Deus é tão livre para enviar o bem e o mal (i.e., dano) como o é para dar e para tomar (1.21). Ao dizer que Jó não pecou com os seus lábios (v. 10), o narrador não quer dizer que ele pecou no seu coração; é verdade, o cap. 3 vai mostrar que não foi fácil para Jó manter sua fé em Deus, e ele mesmo queria morrer, mas não como decorrência de amaldiçoar Deus. O cap. 3 vai deixar claro como a reação de Jó à calamidade é diferente do fatalismo que sem questionamentos aceita tudo o que acontece simplesmente como a vontade de Deus.

    Por ser um chefe de clã de certa eminência (1.3), Jó tinha amigos em diversos países, embora não possamos identificar com certeza o país de cada um deles. O consolo que trouxeram a Jó foi bem-intencionado, como deixam claro os seus atos de solidariedade e suas demonstrações de lamento ao participarem em silêncio da tristeza dele durante sete dias e sete noites (v. 13). Embora os seus discursos não atinjam a angústia do coração de Jó, e ele os critique duramente (e.g., 13.4), a sua falha está na aceitação sem questionamento da teologia ortodoxa e sua incapacidade de enxergar que a experiência de Jó é um caso especial.


    Moody

    Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
    Moody - Comentários de Jó Capítulo 2 do versículo 11 até o 26

    II. Lamentação. O Caminho da Sabedoria Perdido. 2:11 - 3:26 A. A Vinda dos Homens Sábios. 2:11-13.

    A prova da sabedoria de Jó não terminara ainda. Uma nova fase desta sabedoria começa agora com a agravação do estado de Jó mediante tormento espiritual. Embora Satanás não apareça novamente, ele continua presente sutilmente usando os bem-intencionados confortadores de Jó como cúmplices involuntários, com sucesso mais aparente do que seus esforços até este ponto.


    Moody - Comentários de Jó Capítulo 2 do versículo 12 até o 13

    12,13. Embora os amigos estivessem cônscios das calamidades de ló, não estavam preparados para o que encontraram. Seu silêncio atordoado de uma semana de duração foi como o luto por um morto (cons. Gn 50:10; 1Sm 31:13). Sinceros em sua simpatia, sua presença muda, evidentemente pouco conforto fornecia. A julgar de sua subseqüente interpretação da miséria de Jó, sua missão de consolo teria falhado antes, se tivessem falado. Contudo, parece lamentável que o prolongado silêncio precisasse ser quebrado pelo grito do atormentado sofredor e não por uma palavra de consolo de um amigo.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Jó Capítulo 2 do versículo 9 até o 13
    e) Reações à tempestade (2:9-18). A perda da família, dos bens e por último da saúde do marido, arruina por completo a sua fé. Aconselha Jó a amaldiçoar a Deus mesmo que o castigo da blasfêmia seja a morte. A morte é preferível ao terrível estado em que vive. Assim se afunda, para Jó, mais uma coluna a que a sua fé poderia amparar-se. Já não pode contar com a solidariedade espiritual da mulher na violenta luta em que se empenha a sua fé. Resolutamente põe de lado a sugestão. Só os impiedosos a poderiam aceitar. Curva-se perante a soberana vontade de Deus e recebe, das Suas mãos, tanto a dádiva como a privação, tanto a carícia como o golpe. "Seja feita a Tua vontade" são palavras que Jó poderia ter proferido com uma intensidade de sentido nem sempre presente na oração cristã.

    >2:11

    2. OS AMIGOS DE JÓ (2:11-18). Nem sempre se faz justiça aos amigos de Jó. A expressão "amigo de Jó" tem para nós um sentido fortemente pejorativo. Mas lembremo-nos de que quando a tempestade desabou sobre Jó-tempestade que pôs em fuga uma multidão de amigos só para os dias bons-esses homens foram leais à sua amizade. Eles haviam conhecido a alegria e a prosperidade de Jó e com ele se haviam regozijado; com ele agora haviam de chorar. O aspecto desfigurado do amigo enchia-os de angústia. Sete dias e sete noites o acompanharam em absoluto silêncio-um silêncio tecido de simpatia e de comunhão-prova iniludível do alto quilate da sua amizade. Esse ministério de silêncio foi para Jó um bálsamo que as palavras destruiriam depois (cfr. 13:5). Meditem nisto todos os que procuram confortar corações angustiados.


    Dicionário

    Ar

    hebraico: cidade ou vila

    substantivo masculino Fluído gasoso que compõe a atmosfera, a camada de gases que envolve um planeta, composto por nitrogênio e oxigênio.
    Atmosfera; camada gasosa que envolve a superfície da Terra.
    Respiração; designação do fôlego: com a queda ficou sem ar.
    Por Extensão Vento; esse gás em movimento: ar forte.
    Condição do clima num local determinado; geralmente usado no plural: precisava dos ares de uma boa praia.
    Figurado Razão; o que causa alguma coisa: os ares do progresso trouxeram empregos.
    Figurado Aparência; maneira de ser; modo de agir ou de se expressar: tinha ar de infelicidade.
    Ao ar livre. Fora de qualquer recinto coberto: a festa será ao ar livre.
    Ver também: ar-condicionado.
    Etimologia (origem da palavra ar). Do latim aeris.

    Cabeça

    substantivo feminino Extremidade superior do corpo do homem e anterior do de um animal, que contém o cérebro e os órgãos de vários sentidos: a cabeça compõe-se do crânio e da face.
    Especialmente, o crânio: quebrar a cabeça.
    Tudo quanto tem alguma relação de situação ou de forma com a cabeça: cabeça de alfinete.
    Começo: a cabeça de um capítulo.
    Parte de um órgão mecânico ou de um conjunto que tem ação particular.
    Figurado Espírito, imaginação: ter uma coisa na cabeça.
    Razão, sangue-frio: perder a cabeça.
    Indivíduo: pagar tanto por cabeça.
    Vida: isso custou-lhe a cabeça.
    Caráter, inteligência: boa, má cabeça.
    Vontade: seguir sua própria cabeça.
    Direção, autoridade: a cabeça de uma empresa.
    Militar Elemento mais avançado de uma coluna.
    Perder a cabeça, não se dominar; exaltar-se.
    Ter a cabeça no lugar, ter juízo, bom senso.
    Baixar a cabeça, humilhar-se, envergonhar-se.
    Curvar a cabeça, submeter-se.
    De cabeça, de memória.
    Virar a cabeça, perturbar mentalmente; fazer adotar outras opiniões.
    substantivo masculino Chefe: o cabeça da revolução.

    substantivo feminino Extremidade superior do corpo do homem e anterior do de um animal, que contém o cérebro e os órgãos de vários sentidos: a cabeça compõe-se do crânio e da face.
    Especialmente, o crânio: quebrar a cabeça.
    Tudo quanto tem alguma relação de situação ou de forma com a cabeça: cabeça de alfinete.
    Começo: a cabeça de um capítulo.
    Parte de um órgão mecânico ou de um conjunto que tem ação particular.
    Figurado Espírito, imaginação: ter uma coisa na cabeça.
    Razão, sangue-frio: perder a cabeça.
    Indivíduo: pagar tanto por cabeça.
    Vida: isso custou-lhe a cabeça.
    Caráter, inteligência: boa, má cabeça.
    Vontade: seguir sua própria cabeça.
    Direção, autoridade: a cabeça de uma empresa.
    Militar Elemento mais avançado de uma coluna.
    Perder a cabeça, não se dominar; exaltar-se.
    Ter a cabeça no lugar, ter juízo, bom senso.
    Baixar a cabeça, humilhar-se, envergonhar-se.
    Curvar a cabeça, submeter-se.
    De cabeça, de memória.
    Virar a cabeça, perturbar mentalmente; fazer adotar outras opiniões.
    substantivo masculino Chefe: o cabeça da revolução.

    l. Esta palavra é muitas vezes empregada figuradamente na Sagrada Escritura. Cristo é a cabeça da igreja (Cl 1:18) em virtude de sua eminência e da sua influência, comunicando vida, saúde, força a cada crente. o marido é, também, a cabeça da mulher (Gn 3:16), com respeito à preeminência do sexo (1 Pe 3,7) e à excelência do conhecimento 1Co 14:35). A pedra que os edificadores rejeitaram foi feita a cabeça (a principal pedra) do ângulo (Sl 118:22). 2. Nas visões de Ezequiel os sacerdotes piedosos costumavam cortar rente o cabelo de suas cabeças, mas não com a navalha de barba – e faziam isso como sinal de varonilidade, e com o fim de evitar aqueles costumes do sacerdócio pagão (Ez 44:20). (*veja Cabelo.)

    Cabeça A parte superior ou anterior do corpo do ser humano e dos animais. Em sentido figurado, “chefe” (Ef 4:15); 5.23). “Ter a cabeça exaltada” quer dizer “vencer” (Sl 27:6). Rapar a cabeça era sinal de tristeza (1:20) ou de voto (Nu 6:9); (At 18:18). V. IMPOSIÇÃO DE MÃOS e MENEAR.

    Chorar

    verbo intransitivo Derramar lágrimas; soluçar.
    verbo transitivo Afligir-se, sentir remorsos ou arrependimento, lamentar a perda de, prantear.
    [Brasil] Nos jogos carteados, ir descobrindo as cartas vagarosamente a fim de verificar o seu valor.

    prantear, carpir, lamentar, gemer, lagrimar, soluçar. – “Ao derramar, ou verter lágrimas chama-se chorar” – diz Roq. – do castelhano llorar, do latim fleo. É termo genérico, pois não só indica as lágrimas que provêm de dor e aflição, como as que por alguma circunstância se destilam das glândulas lacrimais. O fumo, os ácidos, etc. fazem chorar os olhos. Chora-se de alegria não menos que de tristeza. Choram também as videiras e os ramos quando se cortam. – Quando às lágrimas se juntam vozes queixosas, com lamentos – e talvez soluços, pranteia-se. O pranto é mais forte e intenso que o choro, porque neste derramam-se lágrimas com lamentos e soluços. – Lamentar é queixar-se com pranto e mostras de dor; e também exprime canto lúgubre em que se chora alguma grande calamidade. Jeremias lamentou poeticamente 37 Por isso mesmo é que é preciso admitir que choque não é simplesmente encontro, como se diz no artigo. Pode haver encontro sem haver choque, pois esta palavra dá ideia do abalo que o encontro produz. 268 Rocha Pombo as desgraças da ingrata Jerusalém, e a esta espécie de poema elegíaco se deu com razão o nome de lamentações. – Costumavam os antigos arrancar, ou pelo menos desgrenhar os cabelos, e desfigurar as faces, na ocasião de luto, e para exprimir esta ação de profunda dor, usavam do verbo carpir, e carpir-se, o qual, por extensão, veio a significar quase o mesmo que lamentar. Do uso de carpir-se sobre os defuntos se faz menção na Crônica de d. João 1. Havia antigamente mulheres a quem se pagava para carpir-se sobre defuntos, e acompanhar os enterros, fazendo mostras de dor e aflição, e a que se chamava carpideiras. Refere-se, pois, este vocábulo especialmente às ações que demonstram dor e mágoa. De todas estas palavras, a mais poética, e que em lugar das outras muitas vezes se emprega, é o verbo chorar, de que o nosso poeta fez mui frequente uso, como estão dizendo os seguintes lugares: Os altos promontorios o choraram; E dos rios as aguas saudosas, Os semeados campos alagaram Com lagrimas correndo piedosas. (Lus. III,
    84) As filhas do Mondego a morte escura Longo tempo chorando memoraram; E por memoria eterna, em fonte pura As lagrimas choradas transformaram. (Ibid. III,
    135) Choraram-te, Thomé, o Gange e o Indo; Chorou-te toda a terra que pisaste; Mais te choram as almas que vestindo Se iam da santa Fé que lhe ensinaste. (Ib. X,
    118) – Gemer é “dar sinal de grande dor, exprimir aflição, por meio de voz inarticulada e lamentosa”. Os grandes prantos são sempre acompanhados de gemidos. – Lagrimar é “verter lágrimas”. Julgam muitos que não passe este verbo de simples variante de lagrimejar (ou lacrimejar); mas, na acepção em que é preciso tomá-lo neste grupo, é de uma força e intensidade que o tornam indispensável na língua, para significar “verter lágrimas como por efeito de imensa dor, gemendo e pranteando”. É com este sentido que empregou Dante o seu lagrimare num daqueles versos que pôs na boca de Ugolino: Ma se le mie parole esser, den seme, Che frutti infamia al traditor, ch’io [rodo, Parlare e lagrimar’ vedrai insieme. (Inf. XXXIII,
    3) Ora, traduzir este lagrimare pelo nosso chorar não seria menos do que diminuir deploravelmente aquela grande figura. – Soluçar é “prantear e gemer com aflição, como se a alma abalada clamasse em desespero para fora”. Por isso dizemos figuradamente que – o mar soluça e não – pranteia, nem – chora; pois há como que aflição monstruosa no embate das ondas contra a praia.

    Lançar

    verbo transitivo Atirar com força, arremessar: lançar uma pedra.
    Fazer cair: lançar alguém ao chão.
    Dirigir: lançar os olhos pelos lados.
    Afastar; separar; expulsar.
    Figurado Fazer renascer; infundir, gerar: aquilo me lançou no coração um grande temor.
    Espalhar, semear: lançar a semente à terra.
    Derramar, verter, despejar, entornar: lançar água num jarro.
    Fazer brotar: as árvores lançavam seus rebentos.
    Proferir, exclamar: lançar pragas.
    Atribuir, imputar: lançar a responsabilidade sobre alguém.
    Enterrar, sepultar: lançaram-no numa cova rasa.
    Fazer cair: aquilo me lançou numa grande tristeza.
    Estender, pôr em volta: lancei-lhe um braço ao pescoço.
    Escrever, traçar: lançou algumas linhas no papel.
    Escriturar nos livros competentes: lançar uma quantia no livro-caixa.
    Iniciar, dar princípio: lançar os alicerces de um prédio.
    Promover, tornar conhecido: meu programa já lançou muitos artistas.
    Lançar à conta de, atribuir, dar como causa.
    Lançar a âncora, fundear.

    Levantar

    verbo transitivo direto e pronominal Pôr ao alto; erguer: levantar uma mesa; levantou-se do sofá.
    verbo transitivo direto , bitransitivo e pronominal Erguer do chão; dar mais altura a; apanhar, hastear: levantar uma casa, uma bandeira; levantou um muro na sala; o carro não se levanta sozinho!
    verbo transitivo direto e intransitivo Aumentar a intensidade de; reforçar: levantou a voz; sua voz levantou.
    verbo bitransitivo Levar na direção mais alta; elevar: levantar a cabeça para ver melhor.
    verbo transitivo direto Expor como uma ideia; sugerir: levantar questões.
    Espalhar em várias direções; dispersar: o carro levantou muita poeira.
    Incentivar uma rebelião; revoltar: discursos inflamados levantaram o povo.
    Reunir em grande quantidade; arrecadar: levantar recursos para a igreja.
    Passar a possuir; receber: foi ao banco e levantou vultosa soma.
    Dar por findo; encerrar: levantar a sessão.
    Elogiar muito algo ou alguém; enaltecer: levantou seus feitos no livro.
    Elevar-se nos ares (o avião); voar: levantar voo.
    verbo intransitivo Deixar de chover: o tempo levantou.
    verbo pronominal Pôr-se de pé; erguer-se; acordar: levanto-me cedo.
    Voltar a ter boa saúde: levantei-me depois daquela doença.
    Exaltar-se; manifestar-se: a opinião pública facilmente se levanta.
    Levantar-se contra alguém; insultar: meu filho se levantou contra mim.
    Erguer-se no horizonte: o Sol ainda não se levantou.
    verbo transitivo direto predicativo Eleger uma pessoa em detrimento dos demais: Canudos levantou Antônio Conselheiro seu líder.
    Etimologia (origem da palavra levantar). Do latim levantare, "erguer".

    Longe

    advérbio A grande distância: 1.º no espaço: arma que atira longe; 2.º no tempo: remontar bem longe na história.
    Figurado Ir longe, durar muito tempo; atingir alta posição.
    Ver longe, ser dotado de grande capacidade para prever.
    locução adverbial Ao longe, a grande distância: via-se o barco ao longe.
    De longe, de grande distância: prever o perigo de longe.
    De longe em longe, a longos intervalos.
    locução prepositiva Longe de, a grande distância: morar longe da capital.

    Manto

    Manto Peça de roupa que reis, autoridades civis e religiosas e pessoas ricas vestiam por cima das outras roupas (1Sm 24:4); (Lc 23:11), RA). V. CAPA.

    Manto Nos evangelhos, a palavra refere-se a uma peça retangular de linho ou de lã, sem costuras, com duas aberturas para deixar passar os braços e que se jogava nos ombros ou se enrolava ao redor do corpo. Consistia na indumentária externa, em contraposição à interna ou túnica (Mt 24:18; Mc 13:16; Lc 22:36). Costumava ser levantada para dar maior liberdade de movimentos (Mt 24:18; Mc 10:50). À noite, podia desempenhar as funções de uma manta (Mt 24:12ss.; Mt 5:40; Lc 6:29). No plural, corresponde simplesmente a roupas (Mt 17:2; 21,7ss.; 26,65; 27,31; Mc 5:28-30; 9,3; 11,7ss.; 15,20; 15,24; Lc 7:25; 9,29; 19,35ss.; 23,34; 24,4; Jo 13:4.12; 19,2; 19,23ss.).

    substantivo masculino Manto terrestre; parte que compõe o globo terrestre, situado entre a litosfera e o núcleo: o manto da Terra.
    Figurado O que é usado para cobrir; que recobre: o manto azul do céu.
    Figurado Escuridão; em que há trevas: o manto da noite.
    Figurado Disfarce; motivo que se diz para esconder a verdadeira razão.
    Vestuário. Capa grande que, presa aos ombros, é usada em atos solenes.
    Vestuário. Capa comprida e sem mangas que se usa para proteger a cabeça, descendo até ao tronco.
    Vestuário. Hábito das freiras; roupa própria usada por algumas religiosas.
    [Zoologia] Membrana que se localiza, nos moluscos, entre a concha e o corpo.
    [Zoologia] Pelagem cuja coloração se difere do restante do corpo de alguns animais.
    Etimologia (origem da palavra manto). Do latim mantus; mantum.i.

    A coberta com que Jael cobriu Sísera (Jz 4:18) era uma espécie de chale ou manto, como os que ainda hoje usam geralmente os árabes, quando fazem as suas camas numa tenda. A capa que tinha Samuel quando foi chamado dos mortos pela feiticeira de En-Dor, e por meio da qual Saul o reconheceu, era a túnica sacerdotal, ou a veste que oficialmente ele usava (1 Sm 28.14). Elias tinha um manto que envolvia os seus ombros, e que, com uma tira de couro em volta dos seus rins, constituía todo o seu vestuário (1 Rs 19.13,19 – 2 Rs 2.8,13,14).

    substantivo masculino Manto terrestre; parte que compõe o globo terrestre, situado entre a litosfera e o núcleo: o manto da Terra.
    Figurado O que é usado para cobrir; que recobre: o manto azul do céu.
    Figurado Escuridão; em que há trevas: o manto da noite.
    Figurado Disfarce; motivo que se diz para esconder a verdadeira razão.
    Vestuário. Capa grande que, presa aos ombros, é usada em atos solenes.
    Vestuário. Capa comprida e sem mangas que se usa para proteger a cabeça, descendo até ao tronco.
    Vestuário. Hábito das freiras; roupa própria usada por algumas religiosas.
    [Zoologia] Membrana que se localiza, nos moluscos, entre a concha e o corpo.
    [Zoologia] Pelagem cuja coloração se difere do restante do corpo de alguns animais.
    Etimologia (origem da palavra manto). Do latim mantus; mantum.i.

    Não

    advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
    Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
    Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
    Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
    Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
    substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
    Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

    advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
    Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
    Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
    Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
    Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
    substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
    Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

    Olhos

    -

    substantivo masculino Orgãos externos da visão: meus olhos enxergaram o pôr do sol.
    Figurado Excesso de zelo, de cuidado, de atenção: estou de olhos nisso!
    Figurado Aquilo que clarifica; luz, brilho.
    locução adverbial A olhos vistos. De modo evidente, claro; evidentemente.
    expressão Abrir os olhos de alguém. Dizer a verdade sobre alguma coisa.
    Falar com os olhos. Mostrar com o olhar seus sentimentos e pensamentos.
    Comer com os olhos. Olhar atenta e interesseiramente; cobiçar.
    Custar os olhos da cara. Ser muito caro.
    Ser todo olhos. Olhar muito atentamente.
    Etimologia (origem da palavra olhos). Plural de olho, do latim oculus.i.

    substantivo masculino Partículas extremamente pequenas e leves que pairam no ar ou se depositam nas coisas; poeira; polvilho.
    Qualquer substância sólida pulverizada (reduzidas a partículas extremamente pequenas): pó de café.
    Os restos de uma pessoa morta: todo ser humano vira pó.
    Coisa sem importância; insignificância.
    [Farmácia] Medicamento seco e moído.
    [Gíria] Cocaína em pó.
    Tabaco em partículas pequenas que, ao ser inalado, faz espirrar; rapé.
    Etimologia (origem da palavra ). Do latim pulvus, pulvum.

    substantivo masculino Partículas extremamente pequenas e leves que pairam no ar ou se depositam nas coisas; poeira; polvilho.
    Qualquer substância sólida pulverizada (reduzidas a partículas extremamente pequenas): pó de café.
    Os restos de uma pessoa morta: todo ser humano vira pó.
    Coisa sem importância; insignificância.
    [Farmácia] Medicamento seco e moído.
    [Gíria] Cocaína em pó.
    Tabaco em partículas pequenas que, ao ser inalado, faz espirrar; rapé.
    Etimologia (origem da palavra ). Do latim pulvus, pulvum.

    Voz

    substantivo feminino [Anatomia] Vibração nas pregas vocais que produz sons e resulta da pressão do ar ao percorrer a laringe.
    Capacidade de falar; fala: perdeu a voz durante o discurso.
    [Música] Parte vocal de uma composição musical: melodia em três vozes.
    [Música] Emissão vocal durante o canto: voz soprano, contralto etc.
    Figurado Conselho que se dá a alguém; advertência, apelo: escutar a voz dos mais velhos.
    [Jurídico] Intimação oral em tom alto: voz de prisão.
    Boato generalizado; rumores: é voz corrente a sua nomeação.
    Direito de falar numa assembleia, reunião etc.: tem voz, mas sem direito a voto.
    Maneira de pensar; opinião própria; ponto de vista: nunca tive voz na minha casa.
    Avaliação que se pauta numa previsão; prognóstico: presidente que não ouvia a voz do mercado.
    Sugestão que alguém dá a si próprio: nunca escutou a voz do coração.
    Gramática Categoria verbal caracterizada pela sua relação com o sujeito (com a categoria gramatical que concorda com o verbo), indicando o modo: voz ativa, voz passiva.
    Gramática Expressão verbal; palavra.
    [Zoologia] Som próprio de alguns animais.
    Frase ou palavra que expressa uma ordem: voz de comando.
    Etimologia (origem da palavra voz). Do latim vox.

    substantivo feminino [Anatomia] Vibração nas pregas vocais que produz sons e resulta da pressão do ar ao percorrer a laringe.
    Capacidade de falar; fala: perdeu a voz durante o discurso.
    [Música] Parte vocal de uma composição musical: melodia em três vozes.
    [Música] Emissão vocal durante o canto: voz soprano, contralto etc.
    Figurado Conselho que se dá a alguém; advertência, apelo: escutar a voz dos mais velhos.
    [Jurídico] Intimação oral em tom alto: voz de prisão.
    Boato generalizado; rumores: é voz corrente a sua nomeação.
    Direito de falar numa assembleia, reunião etc.: tem voz, mas sem direito a voto.
    Maneira de pensar; opinião própria; ponto de vista: nunca tive voz na minha casa.
    Avaliação que se pauta numa previsão; prognóstico: presidente que não ouvia a voz do mercado.
    Sugestão que alguém dá a si próprio: nunca escutou a voz do coração.
    Gramática Categoria verbal caracterizada pela sua relação com o sujeito (com a categoria gramatical que concorda com o verbo), indicando o modo: voz ativa, voz passiva.
    Gramática Expressão verbal; palavra.
    [Zoologia] Som próprio de alguns animais.
    Frase ou palavra que expressa uma ordem: voz de comando.
    Etimologia (origem da palavra voz). Do latim vox.

    voz s. f. 1. Produção de sons na laringe dos animais, especialmente na laringe humana, com auxílio do ar emitido pelos pulmões. 2. A faculdade de emitir esses sons. 3. A faculdade de falar. 4. Linguage.M 5. Grito, clamor. 6. Ordem dada em voz alta. 7. Boato, fama. 8. Palavra, dicção, frase. 9. Fon. Som que uma vogal representa na escrita. 10. Mús. Parte vocal de uma peça de música. 11. Mús. Nas fugas para piano e para órgão, cada uma das diferentes alturas em que o tema é desenvolvido. 12. Gra.M Aspecto ou forma com que um verbo indica a ação. 13. Opinião. 14. Sugestão íntima.

    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    Jó 2: 12 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    E, levantando de longe os seus olhos, não o conheceram; e levantaram a sua voz e choraram, e rasgou cada homem o seu manto, e sobre as suas cabeças lançaram pó ao ar.
    Jó 2: 12 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    Antes de 2100 a.C.
    H1058
    bâkâh
    בָּכָה
    chorar, lamentar, prantear, derramar lágrimas
    (and wept)
    Verbo
    H2236
    zâraq
    זָרַק
    espalhar, aspergir, atirar, lançar, espalhar abundantemente, salpicar
    (and let sprinkle it)
    Verbo
    H376
    ʼîysh
    אִישׁ
    homem
    (out of man)
    Substantivo
    H3808
    lôʼ
    לֹא
    não
    (not)
    Advérbio
    H4598
    mᵉʻîyl
    מְעִיל
    manto
    (and a robe)
    Substantivo
    H5234
    nâkar
    נָכַר
    reconhecer, admitir, conhecer, respeitar, discernir, considerar
    (he recognized him)
    Verbo
    H5375
    nâsâʼ
    נָשָׂא
    levantar, erguer, carregar, tomar
    (to bear)
    Verbo
    H5869
    ʻayin
    עַיִן
    seus olhos
    (your eyes)
    Substantivo
    H5921
    ʻal
    עַל
    sobre, com base em, de acordo com, por causa de, em favor de, concernente a, ao lado de,
    ([was] on)
    Prepostos
    H6083
    ʻâphâr
    עָפָר
    terra seca, poeira, pó, cinzas, terra, chão, argamassa, entulho
    ([of] the dust)
    Substantivo
    H6963
    qôwl
    קֹול
    a voz
    (the voice)
    Substantivo
    H7167
    qâraʻ
    קָרַע
    rasgar, rasgar em pedaços
    (and he tore)
    Verbo
    H7218
    rôʼsh
    רֹאשׁ
    cabeça, topo, cume, parte superior, chefe, total, soma, altura, fronte, começo
    (heads)
    Substantivo
    H7350
    râchôwq
    רָחֹוק
    remoto, longínqüo, distante, terras distantes, pessoas distantes
    (from a distance)
    Adjetivo
    H8064
    shâmayim
    שָׁמַיִם
    os ceús
    (the heavens)
    Substantivo
    H853
    ʼêth
    אֵת
    -
    ( - )
    Acusativo


    בָּכָה


    (H1058)
    bâkâh (baw-kaw')

    01058 בכה bakah

    uma raiz primitiva; DITAT - 243; v

    1. chorar, lamentar, prantear, derramar lágrimas
      1. (Qal)
        1. prantear (em sofrimento, humilhação, ou alegria)
        2. chorar amargamente (com ac. cognato)
        3. chorar por (abraçar e chorar)
        4. lamentar
      2. (Piel) particípio
        1. lamentar
        2. prantear

    זָרַק


    (H2236)
    zâraq (zaw-rak')

    02236 זרק zaraq

    uma raiz primitiva; DITAT - 585; v

    1. espalhar, aspergir, atirar, lançar, espalhar abundantemente, salpicar
      1. (Qal) espalhar, espargir, atirar
      2. (Pual) ser aspergido

    אִישׁ


    (H376)
    ʼîysh (eesh)

    0376 איש ’iysh

    forma contrata para 582 [ou talvez procedente de uma raiz não utilizada significando ser existente]; DITAT - 83a; n m

    1. homem
      1. homem, macho (em contraste com mulher, fêmea)
      2. marido
      3. ser humano, pessoa (em contraste com Deus)
      4. servo
      5. criatura humana
      6. campeão
      7. homem grande
    2. alguém
    3. cada (adjetivo)

    לֹא


    (H3808)
    lôʼ (lo)

    03808 לא lo’

    ou לו low’ ou לה loh (Dt 3:11)

    uma partícula primitiva; DITAT - 1064; adv

    1. não
      1. não (com verbo - proibição absoluta)
      2. não (com modificador - negação)
      3. nada (substantivo)
      4. sem (com particípio)
      5. antes (de tempo)

    מְעִיל


    (H4598)
    mᵉʻîyl (meh-eel')

    04598 מעיל m e ̂ iyl̀

    procedente de 4603 no sentido de cobrir; DITAT - 1230b; n m

    1. manto
      1. uma veste usada sobre uma túnica por homens de posição
      2. uma veste longa usada pelas filhas de Davi
      3. uma veste do sumo sacerdote
      4. (fig.) referindo-se aos atributos

    נָכַר


    (H5234)
    nâkar (naw-kar')

    05234 נכר nakar

    uma raiz primitiva; DITAT - 1368; v

    1. reconhecer, admitir, conhecer, respeitar, discernir, considerar
      1. (Nifal) ser reconhecido
      2. (Piel) considerar
      3. (Hifil)
        1. considerar, observar, prestar atenção a, dar consideração a, notar
        2. reconhecer (como anteriormente conhecido), perceber
        3. estar disposto a reconhecer ou admitir, reconhecer com honra
        4. estar familiarizado com
        5. distinguir, compreender
      4. (Hitpael) tornar-se conhecido
    2. agir ou tratar como estrangeiro ou estranho, disfarçar, confundir
      1. (Nifal) disfarçar-se
      2. (Piel)
        1. tratar como estrangeiro (profano)
        2. confundir
      3. (Hitpael)
        1. agir como estrangeiro
        2. disfarçar-se

    נָשָׂא


    (H5375)
    nâsâʼ (naw-saw')

    05375 נשא nasa’ ou נסה nacah (Sl 4:6)

    uma raiz primitiva; DITAT - 1421; v

    1. levantar, erguer, carregar, tomar
      1. (Qal)
        1. levantar, erguer
        2. levar, carregar, suportar, sustentar, agüentar
        3. tomar, levar embora, carregar embora, perdoar
      2. (Nifal)
        1. ser levantado, ser exaltado
        2. levantar-se, erguer-se
        3. ser levado, ser carregado
        4. ser levado embora, ser carregado, ser arrastado
      3. (Piel)
        1. levantar, exaltar, suportar, ajudar, auxiliar
        2. desejar, anelar (fig.)
        3. carregar, suportar continuamente
        4. tomar, levar embora
      4. (Hitpael) levantar-se, exaltar-se
      5. (Hifil)
        1. fazer carregar (iniqüidade)
        2. fazer trazer, ter trazido

    עַיִן


    (H5869)
    ʻayin (ah'-yin)

    05869 עין ̀ayin

    provavelmente uma palavra primitiva, grego 137 Αινων; DITAT - 1612a,1613; n f/m

    1. olho
      1. olho
        1. referindo-se ao olho físico
        2. órgão que mostra qualidades mentais
        3. referindo-se às faculdades mentais e espirituais (fig.)
    2. fonte, manancial

    עַל


    (H5921)
    ʻal (al)

    05921 על ̀al

    via de regra, o mesmo que 5920 usado como uma preposição (no sing. ou pl. freqüentemente com prefixo, ou como conjunção com uma partícula que lhe segue); DITAT - 1624p; prep

    1. sobre, com base em, de acordo com, por causa de, em favor de, concernente a, ao lado de, em adição a, junto com, além de, acima, por cima, por, em direção a, para, contra
      1. sobre, com base em, pela razão de, por causa de, de acordo com, portanto, em favor de, por isso, a respeito de, para, com, a despeito de, em oposição a, concernente a, quanto a, considerando
      2. acima, além, por cima (referindo-se a excesso)
      3. acima, por cima (referindo-se a elevação ou preeminência)
      4. sobre, para, acima de, em, em adição a, junto com, com (referindo-se a adição)
      5. sobre (referindo-se a suspensão ou extensão)
      6. por, adjacente, próximo, perto, sobre, ao redor (referindo-se a contiguidade ou proximidade)
      7. abaixo sobre, sobre, por cima, de, acima de, pronto a, em relacão a, para, contra (com verbos de movimento)
      8. para (como um dativo) conj
    2. por causa de, porque, enquanto não, embora

    עָפָר


    (H6083)
    ʻâphâr (aw-fawr')

    06083 עפר ̀aphar

    procedente de 6080; DITAT - 1664a; n m

    1. terra seca, poeira, pó, cinzas, terra, chão, argamassa, entulho
      1. terra seca ou solta
      2. entulho
      3. argamassa
      4. minério

    קֹול


    (H6963)
    qôwl (kole)

    06963 קול qowl ou קל qol

    procedente de uma raiz não utilizada significando chamar em voz alta; DITAT - 1998a,2028b; n. m.

    1. voz, som, ruído
      1. voz
      2. som (de instrumento)
    2. leveza, frivolidade

    קָרַע


    (H7167)
    qâraʻ (kaw-rah')

    07167 קרע qara ̀

    uma raiz primitiva; DITAT - 2074; v.

    1. rasgar, rasgar em pedaços
      1. (Qal)
        1. rasgar, dilacerar
        2. rasgar fora
        3. rasgar, rasgar ao meio
          1. abrir bem ou arregalar (os olhos)
          2. rasgar (referindo-se aos céus)
        4. rasgar, dilacerar (referindo-se aos animais selvagens)
      2. (Nifal) ser rasgado, ser partido ao meio

    רֹאשׁ


    (H7218)
    rôʼsh (roshe)

    07218 ראש ro’sh

    procedente de uma raiz não utilizada aparentemente significando sacudir; DITAT - 2097; n. m.

    1. cabeça, topo, cume, parte superior, chefe, total, soma, altura, fronte, começo
      1. cabeça (de homem, de animais)
      2. topo, cume (referindo-se à montanha)
      3. altura (referindo-se às estrelas)
      4. líder, cabeça (referindo-se a homem, cidade, nação, lugar, família, sacerdote)
      5. cabeça, fronte, vanguarda, começo
      6. o principal, selecionado, o melhor
      7. cabeça, divisão de exército, companhia, grupo
      8. soma

    רָחֹוק


    (H7350)
    râchôwq (raw-khoke')

    07350 רחוק rachowq ou רחק rachoq

    procedente de 7368; DITAT - 2151b adj.

    1. remoto, longínqüo, distante, terras distantes, pessoas distantes
      1. referindo-se a distância, tempo n. m.
    2. distância
      1. à distância (com prep.)

    שָׁמַיִם


    (H8064)
    shâmayim (shaw-mah'-yim)

    08064 שמים shamayim dual de um singular não utilizado שׂמה shameh

    procedente de uma raiz não utilizada significando ser alto; DITAT - 2407a; n. m.

    1. céu, céus, firmamento
      1. céus visíveis, firmamento
        1. como a morada das estrelas
        2. como o universo visível, o firmamento, a atmosfera, etc.
      2. Céus (como a morada de Deus)

    אֵת


    (H853)
    ʼêth (ayth)

    0853 את ’eth

    aparentemente uma forma contrata de 226 no sentido demonstrativo de entidade; DITAT - 186; partícula não traduzida

    1. sinal do objeto direto definido, não traduzido em português mas geralmente precedendo e indicando o acusativo