Enciclopédia de Salmos 119:25-25

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

sl 119: 25

Versão Versículo
ARA A minha alma está apegada ao pó; vivifica-me segundo a tua palavra.
ARC A minha alma está pegada ao pó: vivifica-me segundo a tua palavra.
TB A minha alma está apegada ao pó;
HSB דָּֽבְקָ֣ה לֶעָפָ֣ר נַפְשִׁ֑י חַ֝יֵּ֗נִי כִּדְבָרֶֽךָ׃
BKJ A minha alma se abre ao pó; apressa-me tu, segundo a tua palavra.
LTT Dálet. A minha alma está achegada- e- aderida ao pó; vivifica-me segundo a Tua palavra.
BJ2 Minha garganta está pegada ao pó, dá-me vida pela tua palavra.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Salmos 119:25

Deuteronômio 30:6 E o Senhor, teu Deus, circuncidará o teu coração e o coração de tua semente, para amares ao Senhor, teu Deus, com todo o coração e com toda a tua alma, para que vivas.
II Samuel 7:27 Pois tu, Senhor dos Exércitos, Deus de Israel, revelaste aos ouvidos de teu servo, dizendo: Edificar-te-ei casa. Portanto, o teu servo achou no seu coração o fazer-te esta oração.
Salmos 22:15 A minha força se secou como um caco, e a língua se me pega ao paladar; e me puseste no pó da morte.
Salmos 44:25 Pois a nossa alma está abatida até ao pó; o nosso corpo, curvado até ao chão.
Salmos 71:20 Tu, que me tens feito ver muitos males e angústias, me darás ainda a vida e me tirarás dos abismos da terra.
Salmos 80:18 Deste modo, não nos iremos de após ti; guarda-nos em vida, e invocaremos o teu nome.
Salmos 119:37 Desvia os meus olhos de contemplarem a vaidade e vivifica-me no teu caminho.
Salmos 119:40 Eis que tenho desejado os teus preceitos; vivifica-me por tua justiça. Vau.
Salmos 119:88 Vivifica-me segundo a tua benignidade; então, guardarei o testemunho da tua boca. Lâmede.
Salmos 119:93 Nunca me esquecerei dos teus preceitos, pois por eles me tens vivificado.
Salmos 119:107 Estou aflitíssimo; vivifica-me, ó Senhor, segundo a tua palavra.
Salmos 119:149 Ouve a minha voz, segundo a tua benignidade; vivifica-me, ó Senhor, segundo o teu juízo.
Salmos 119:156 Muitas são, ó Senhor, as tuas misericórdias; vivifica-me, segundo os teus juízos.
Salmos 119:159 Considera como amo os teus preceitos; vivifica-me, ó Senhor, segundo a tua benignidade.
Salmos 143:11 Vivifica-me, ó Senhor, por amor do teu nome; por amor da tua justiça, tira a minha alma da angústia.
Isaías 65:25 O lobo e o cordeiro se apascentarão juntos, e o leão comerá palha como o boi; e o pó será a comida da serpente. Não farão mal nem dano algum em todo o meu santo monte, diz o Senhor.
Mateus 16:23 Ele, porém, voltando-se, disse a Pedro: Para trás de mim, Satanás, que me serves de escândalo; porque não compreendes as coisas que são de Deus, mas só as que são dos homens.
Romanos 7:22 Porque, segundo o homem interior, tenho prazer na lei de Deus.
Romanos 8:2 Porque a lei do Espírito de vida, em Cristo Jesus, me livrou da lei do pecado e da morte.
Filipenses 3:19 O fim deles é a perdição, o deus deles é o ventre, e a glória deles é para confusão deles mesmos, que só pensam nas coisas terrenas.
Colossenses 3:2 Pensai nas coisas que são de cima e não nas que são da terra;

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras


CARLOS TORRES PASTORINO

sl 119:25
Sabedoria do Evangelho - Volume 7

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 1
CARLOS TORRES PASTORINO

MT 21:1-9


1. E quando se aproximavam de Jerusalém e chegaram a Betfagé, ao monte das Oliveiras, então Jesus enviou dois discípulos,

2. dizendo-lhes: "Ide à aldeia que está diante de vós, e logo achareis uma jumenta presa e o jumentinho com ela; soltando(-os) trazei(-

os) a mim.


3. E se alguém vos disser alguma coisa, dizeilhe que o Senhor tem necessidade deles; mas os devolverá logo".

4. Isso aconteceu para que se cumprisse o dito por meio do profeta, que disse:

5. "Dizei à filha de Sião, eis que vem a ti teu rei manso e montado num jumento, num jumentinho, filho de jumenta".

6. Indo, pois, os discípulos e fazendo como lhes ordenara Jesus,

7. trouxeram a jumenta e o jumentinho e colocaram sobre eles as mantos e fizeram(-no) sentar sobre eles (sobre os mantos).

8. A grande multidão estendeu seus mantos na estrada, outros arrancavam ramos das árvores e os espalharam no caminho.

9. As turbas que o precediam e as que o seguiam gritavam, dizendo: "Hosana! Bendito o que vem em nome do Senhor, hosana nas alturas"!

MC 11:1-10


1. E quando se aproximavam de Jerusalém, de Betfagé e de Betânia, perto do monte das Oliveiras, envia dois de seus discípulos 2. e diz-lhes: "Ide à aldeia que está diante de vós, e logo que entrardes nela achareis um jumentinho preso, sobre o qual nenhum homem jamais montou; soltai-o e trazei(-o). 3. E se alguém vos disser: "Por que fazeis isso"? Dizei: "O Senhor tem necessidade dele, e logo o devolve de novo para cá".

4. E foram e acharam o jumentinho preso à porta, do lado de fora, na rua, e o soltaram.

5. E alguns que lá estavam disseram-lhes: "que fazeis, soltando o jumentinho"?

6. Eles falaram como lhes disse Jesus, e os deixaram.

7. E trazem o jumentinho a Jesus e colocam sobre ele seus mantos e o fizeram montar.

8. E muitos estenderam na estrada seus mantos, e outros, ramagens colhidas nos campos.

9. E os que precediam e os que seguiam gritavam: "Hosana!, Bendito o que vem em nome do Senhor!

10. Bendito o reino que vem de nosso pai David!

Hosana nas alturas máximas"!


LC 19:29-40


29. E aconteceu, como se aproximasse de Betfagé e de Betânia, perto do monte chamado Olival, enviou dois de seus discípulos,

30. dizendo: "Ide à aldeia em frente, entrando na qual achareis um jumentinho amarrado, sobre o qual nunca nenhum homem montou e soltando-o, trazei(-o).

31. E se alguém vos perguntar: "Por que o soltais"?

Assim respondereis, que 32. "O Senhor tem necessidade dele". Partindo os enviados, acharam como lhes dissera.


JO 12:12-19


12. No dia seguinte, a grande multidão vinda para a festa, ouvindo que Jesus vem a Jerusalém,

13. apanhou ramos de palmeira e saiu a seu encontro e gritava: "Hosana! Bendito o que vem em nome do Senhor e o rei de Israel"!.

14. Tendo Jesus achado um jumentinho, montou nele como está escrito:

15. "Não temas, filha de Sião, eis que vem teu rei montado num filho de jumenta".

16. Isso não entenderam a princípio seus discí 33. Soltando eles o jumentinho, disseram-lhe seus donos: "Por que soltais o jumentinho"?

34. Responderam que "O Senhor tem necessidade dele".

35. E trouxeram-no a Jesus e colocando sobre ele seus mantos, fizeram Jesus montar sobre o jumentinho.

36. Caminhando ele, estendiam seus mantos na estrada.

37. Aproximando-se ele já da descida do monte das Oliveiras, começou toda a multidão dos discípulos a louvar jubilosa a Deus em alta voz, a respeito de toda a força que viram,

38. dizendo: "Bendito o rei que vem em nome do Senhor! Paz no céu e glória nas alturas máximas"!

39. E alguns dos fariseus dentre a turba disseramlhe: "Mestre, modera teus discípulos". 40. E respondendo, falou: "Digo-vos que, se estes silenciarem, as pedras gritarão". pulos, mas quando Jesus se transubstanciou, então se lembraram de que isso estava escrito sobre ele e, do que haviam feito.

17. Então a multidão que estava com ele, quando chamara Lázaro do túmulo e o despertara dos mortos, testemunhava.

18. Por isso também saiu-lhe ao encontro a multidão, porque soubera ter ele feito o sinal.

19. Os fariseus, então, disseram entre si: "Vede, não conseguis nada! Eis todo o mundo foi atrás dele"!



Quando Jesus e Seus discípulos se aproximavam de Jerusalém, após a longa viagem em que atravessaram a Galileia, a Peréia, passando por Jericó, subindo o maciço da Judeia, atingindo Betânia, Betfagé e o Monte das Oliveiras, dá-se a cena que acabamos de ler.


Interessante notar que a palavra Betfagé significa "casa dos figos verdes"; é derivada de Beith pa"gê (por Beith Pa"gin, já que paggâh, paggim quer dizer "figo não-maduro"). A cidade de Betfagé é unanimemente identificada hoje com a aldeia de et-Tour.

Jesus envia dois de Seus discípulos, sem especificar quais, sabendo por antecedência o que encontrarão e o que lhes será objetado.


Mateus anota que a cena é a realização da profecia que ele cita. A primeira frase: "Dizei à filha de Sião" é de Isaías (Isaías 62:11), que João transforma em "Não temas, filha de Sião", traído pela memória, mas repetindo uma fórmula muito encontradiça no Antigo Testamento. O resto é tirado de Zacarias (Zacarias 9:9) que escreveu: "eis que teu rei vem a ti; ele é justo e vitorioso, humilde e montado num jumento, num jumentinho filho de jumentas" (al hamôr we al"air bén"athonôth). Mateus não se expressou bem em grego, não reproduzindo corretamente o paralelismo poético do hebraico, e dá a impressão de que Jesus montou na jumenta, da qual os outros dois sinópticos nada falam.


A anotação de Marcos e Lucas de que no jumento ninguém havia montado, era para significar que esse animal estava apto a participar de uma cerimônia religiosa iniciática. Essa crença de que o animal, para ser utilizado, não devia ter sido ainda subjugado, era comum aos hebreus (1) e aos romanos (2).


(1) "Fala aos filhos de Israel que te tragam uma novilha vermelha, perfeita, em que não haja defeito e que ainda não tenha levado jugo" (Núm, 19:2); "Os anciãos tomarão da manada uma novilha que ainda não tenha trabalhado nem tenha puxado com o jugo" (DT 21:3); "Tomai duas vacas paridas sobre as quais não tenha sido posto o jugo" (1SM 6:7).


(2) délige et intactas tótidem cervice juvencas, "escolhe também outras tantas novilhas intactos de jugo" (Verg. Georg. 4, 540); Io, triumphe! tu moraris aureos / currus et intactas boves, "o, triunfo! farás esperar os carros de ouro e, as novilhas virgens de jugo"? (Hor. Eped. 9,22); Bos tibi, Phoebus ait, solis occurret in arvis / nullum passa jugum curvique immunis aratri, "uma novilha, diz Febo, se te apresentará nos campos solitários, que não sofreu nenhum jugo e imune do curvo arada" (Ovid., Met. 3,10).


Realmente acharam o jumentinho logo à entrada da aldeia (Betfagé) amarrado do lado de fora da porta, na rua e, sem mais aquela, começaram a soltá-lo. Protestos erguem-se, naturalmente, da parte dos donos.


Mas a frase típica: "O Mestre tem necessidade deles e logo os restituirá", tranquiliza-os. A cena supõe conhecimento do Mestre por parte dos donos do jumento, coisa viável em lugar pequeno; não há necessidade de recorrer-se a "milagre".


A frase "os discípulos colocaram seus mantos sobre eles" exprime que realmente isso pode ter sido feito, cobrindo-se os dois animais; mas o resto: "e fizeram Jesus montar sobre eles", não se refere aos dois animais, mas aos mantos colocados sobre o jumentinho.


Esse fato descreve hábito comum no oriente, quando o animal não está selado: o manto amaciava a dureza da espinha do animal. Também o fato de estender pelo chão da estrada os mantos já é citado em 2RS 9:12-3, após a unção de Jeú como rei.


Os discípulos não entenderam bem o que se passava. Só mais tarde ligaram os fatos à cena a que assistiam, di-lo João.


Mas não deixaram de entusiasmar-se e dar "vivas", juntamente com a pequena multidão que se formou.


Hosana é uma exclamação de alegria, correspondendo exatamente ao nosso "viva"! Já aparece no SL 119:25, recitado por ocasião da festa da páscoa e em toda a oitava da festa dos Tabernáculos.


O sétimo dia dessa festa era dito "dia dos hosanas" (hosanna rabba).


A frase "Bendito o que vem em nome do Senhor é do SL 118:26, que faz parte do hallel (salmos recitados durante a páscoa).


Assim discípulos e peregrinos constituíam pequeno coro jubiloso, ladeando Jesus, que seguia montado no jumentinho.


Começa a grande jornada, descrita com pormenores, da iniciação a que Se submeteu Jesus.


João, com sua agudeza crítica, começa a levantar o véu de tudo o que se vai passar, com aquela frase simples, mas profundamente reveladora: "a princípio Seus discípulos não entenderam isso; mas quando Jesus se transubstanciou (doxázâ, vol. 4), então se lembraram de que isso estava escrito sobre ele e do que havia sido feito ". Ora, o evangelista não diz "nesse momento eles não entenderam", mas sim "a princípio", o que denota que só bastante tempo depois, e "quando Jesus se transubstanciou" é que conseguiram compreender. As traduções correntes trazem: "quando foi glorificado". Mas quando é que Jesus foi glorificado na Terra? A transubstanciação, sim, houve, após a ressurreição e a chamada" ascensão", que estudaremos a seu tempo. Mas fixemos que só então os discípulos compreenderam o sentido dessa entrada em Jerusalém montado num jumentinho que jamais recebera jugo.


Hoje, após a transubstanciação, é fácil deduzir as razões do fato.


O Espírito (Jesus, a Individualidade) vai submeter-se à iniciação maior na cidade-santa. O Sacerdote-

Vítima caminha para o altar do holocausto, onde será imolado qual "cordeiro pascal", sem mancha, sem defeito. Mas só a parte animal de seu ser poderá submeter-se ao sacrifício. Preciso é, pois, que haja um símbolo, demonstrando que essa parte animal (Seus veículos físicos, que sofrerão o holocausto), estava intata, imune do jugo de qualquer imperfeição. O símbolo foi o jumentinho, sobre que nenhum ser humano tivera domínio.


Além disso releva notar o simbolismo esotérico do ato em si. Tinha que ficar patenteado por um ato externo, que a criatura só pode pretender submeter-se às provas do quinto grau iniciático, quando tiver dominado TOTAL-mente a personalidade animal. E o símbolo escolhido é perfeito: Jesus monta sobre o jumento, dominando-o e subjugando-o totalmente, e recebendo por isso a consagração e a "palmas" da vitória.


Esta é a única vez que lemos ter Jesus montado num animal: no momento supremo em que Se dirigia ao Santuário para imolar-Se, conquistando o grau de "Sumo Sacerdote segundo a Ordem de Melquisedec", conforme lemos: "Ele, nos dias de sua carne (durante Sua vida física) tendo oferecido preces e súplicas com forte clamor e lágrimas ao Que podia libertá-lo da morte, e tendo sido ouvido por Sua reverência, aprendeu, embora fosse Filho, a obediência, por meio das coisas que sofreu (martírios e crucificação) e, por se ter aperfeiçoado (recebendo o grau da iniciação maior), tornou-se autor da libertação para este eon de todos os que a Ele obedecem, sendo por isso chamado por Deus SUMO SACERDOTE DA ORDEM DE MELQUISEDEC" (HB 5:7-10).


Toda a alegria e festa popular não penetraram no imo do coração do Mestre, que continuava triste, chegando a chorar pelo que antevia dever suceder a Jerusalém (vê-lo-emos dentro em pouco). Sabia que todos endeusavam a personagem transitória, e que os gritos de alegria eram apenas exterioridades emotivas: aqueles mesmos gritariam, dias mais tarde, "mata-o, crucifica-o"!


Assim, qualquer criatura que tiver em torno de si multidões ululantes de alegria, endeusadores contumazes a bater palmas, feche seus olhos e mergulhe dentro de si mesma. As demonstrações de entusiasmo provocam a queda daqueles que vivem ainda voltados para fora, a procurar com os olhos a aprovação dos homens e a buscar o maior número de seguidores. Trata-se de uma das provações mais árduas e difíceis de vencer. Os elogios embriagam mais que o vinho, dão mais vertigens que as alturas e jogam no abismo mais rápido que as avalanchas. E isso porque, na realidade, os elogios emotivos trazem ondas torrentosas de fluidos pesados, que derrubam no precipício da vaidade todos aqueles que os recebem com a mesma sintoma de emotividade satisfeita. Quantos vimos cair, ruindo por causa dos elogios!


Jesus, o modelo da Individualidade, já estava imune aos gritos louvaminheiros. Não obstante, não os impede, não os proíbe; não repreende a multidão, como queriam que o fizesse os fariseus: "moderaos"!


Não adiantaria, responde Jesus tranquilo e frio: as próprias pedras gritariam"!


Como? E por que? Hipérbole, não há dúvida, bem no estilo oriental. Todavia, o plano astral naquela região e naqueles dias devia estar vibrante de expectativa. E sendo o povo judeu, como sempre ficou demonstrado através dos séculos, altamente sensitivo, com a mediunidade à flor da pele, não há dúvida de que a manifestação dos desencarnados deve ter influído fortemente os encarnados. Para o Mestre, que percebia o plano astral e sua vibração e agitação inusitados, devia ter-se afigurado que, se os seres animados fossem impedidos de manifestar os desencarnados e elementais, os próprios seres inanimados saltariam rumorosamente de alegria.


Mas o exemplo é precioso para todos nós, sobretudo em certas fases de nossa vida, quando um grupo de criaturas, voluntariamente ou não, com consciência do que estão fazendo ou não, se reúne em redor de nós com a intenção de derrubar-nos. E para consegui-lo mais fácil e rapidamente, usa o melhor instrumento de sapa que pode existir na Terra: o elogio.


É mister compreender que a personagem transitória nada vale, porque passa apenas alguns minutos na Terra. Só o Espírito eterno é que conta. E ele não é afetado por esse gênero de encômios barulhentos: o único aplauso que aceita é o da própria consciência, segura de que está cumprindo seu dever.



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Salmos Capítulo 119 do versículo 1 até o 176
SALMO 119: AMOR SINCERO PELA LEI, 119:1-176

Este é o mais extenso e bem elaborado dos salmos sapienciais acrósticos ou alfabéti-cos. A ARC e outras traduções preservam o aspecto alfabético ao imprimir as letras hebraicas no início de cada seção. O salmo é dividido em vinte e duas seções, uma para cada letra do alfabeto hebraico. Cada seção é composta de oito versículos. Cada versículo no hebraico começa com uma palavra cuja primeira letra é a do cabeçalho da divisão. Dessa forma, cada um dos versículos 1:8 inicia com uma palavra cuja primeira letra é aleph (a primeira letra do alfabeto hebraico), os versículos 9:16 com palavras que come-çam com a segunda letra, beth; os versículos 17:24 com a terceira letra, gimel etc.

O tema dos salmos é a lei gloriosa do Senhor e a sua observância de todo o coração (cf. 2,10,34,58,69,145). O termo hebraico para lei é torah, cujo significado é bem mais amplo do que essa palavra sugere em português. Torah é, na verdade, a vontade de Deus como foi revelada a Israel. Esta palavra traz consigo a idéia de orientação, e seu signifi-cado básico é ensino ou instrução.

M'Caw observa que a característica principal do Salmo 119 é "a melodiosa repetição de oito sinônimos da vontade de Deus, a saber: lei, a torah; testemunhos, os princípios gerais de ação; preceitos (piqqudim), especialmente regras de conduta; estatutos (huqqim), regulamentos sociais; mandamentos (mitzvah), princípios religiosos; ordenanças (mishpattim), os julgamentos certos que deveriam operar nos relacionamentos huma-nos; palavra (dabbar), a vontade declarada de Deus, suas promessas, decretos, etc.; pa-lavra (imra), a palavra ou discurso de Deus revelado aos homens. Uma variante freqüente dos oito sinônimos comuns é caminho (derek). Existe pouca dúvida de que essas palavras eram, em grande parte, derivadas de Salmo 19:7-9. Um desses termos ocorre invariavelmente em cada versículo deste salmo, com exceção do versículo 122; mas não existe uma seqüência metódica de estrofe em estrofe"."

Morgan faz referência aos mesmos termos: "Uma consideração cuidadosa desses termos revelará um conceito básico. É o conceito da vontade de Deus revelada ao ho-mem. Cada palavra revela um aspecto dessa vontade em si mesma, do método da sua revelação e do seu valor na vida humana".37 Oesterley escreve: "A lei é a expressão da vontade divina [...] ele ama a lei porque ela revela a vontade de Deus; e ele ama a lei porque ama a Deus acima de tudo. A não ser que esse fato seja claramente reconhecido, nunca faremos justiça ao escritor, nem compreenderemos o profundo caráter religioso de todo o salmo"."

  1. Álefe: A Bênção em Guardar a Lei (119:1-8)

Os versículos introdutórios ditam o tom de todo o poema. Felizes são os "irrepreensíveis" (ARA; 1; tammim), "os perfeitos, retos, sem culpa", que andam na lei (torah, cf. Int.) do SENHOR. Aqueles que seguem os princípios da ação que a sua Palavra estabelece e que o buscam de todo o coração (2) são verdadeiramente abençoados. Uma devoção sincera segundo a vontade de Deus está bem próxima do "segredo do cris-tão de uma vida feliz". Essas pessoas não praticam iniqüidade (3). Além disso, an-dam em seus caminhos. O cerne da estrofe é a oração, o louvor e promessas endereçadas diretamente a Deus. Ele nos ordenou a observar diligentemente os seus mandamen-tos (4; "preceitos", NVI; regras específicas de conduta). O salmista deseja que seus ca-minhos sejam dirigidos de maneira a poder observar os seus estatutos (5). Não ficaria confundido (6) significa: "não suportaria humilhação" (Harrison). Atentando eu para significa: "prestar atenção" (Moffatt). A RSV traduz assim: "Tendo meus olhos fixados sobre todos os teus mandamentos". O poeta dispôs sua alma para aprender e observar os juízos e estatutos de Deus (7-8). Não me desampares totalmente não expressa medo, mas fé. O salmista está confiante em que o que ele pedir a Deus, Ele fará.

  1. Bete: A Palavra Purificadora (119:9-16)

Muitos concluem, com base no versículo 9, que o autor do salmo era um jovem. No entanto, existe a possibilidade de que essa expressão reflita o interesse dos mestres da sabedoria no bem-estar dos jovens da nação. Jovem ou velho, nosso caminho é purifi-èado ao vivermos conforme a palavra de Deus e a escondermos em nosso coração (11). Não me deixes desviar (10) significa: "Não me deixes errar por ignorância ou inadver-tência (67; 19.12). Minha intenção é boa, mas meu conhecimento é imperfeito e minha força é insignificante. 'A autodesconfiança da segunda cláusula é uma prova da realida-de da primeira' (Aglen) ".39

A vontade e a Palavra de Deus não são apenas purificadoras para o caminho; elas são alegria para o coração. Os estatutos (12), juízos (mandamentos; 13), testemunhos (14), preceitos [...] caminhos (15) e a palavra (16) do Senhor são alegria e prazer para o coração do servo de Deus.

  1. Guímel: O Alvo da Vida (119:17-24)

"O conhecimento e a observância da lei de Deus [são] o alvo da vida, e são força e conforto em tempos de desprezo e perseguição".4° A Palavra de Deus é uma fonte de vida (17), visão (18), orientação (19) e aspiração (20). Esse tipo de amor pela vontade de Deus é uma marca da piedade mais profunda. Faze bem (17) traz a idéia de "generosidade" e "amabilidade" (cf. ARA, Moffat, Berkeley). Peregrino (19) indica a idéia de "não ter nenhuma experiência ou conhecimento do mundo; conseqüentemente, com necessidade especial de orientação divina" (Berkeley, nota de rodapé). Os soberbos, por outro lado, se desviam dos mandamentos de Deus (21) e são repreendidos e amaldiçoados. A lei de Deus é uma defesa contra o opróbrio e desprezo (22) e o testemunho falso (23). Há alegria e orientação nos testemunhos do Senhor (24).

O versículo 18 serviu de inspiração para o hino-oração de Charles H. Scott:

Abra os meus olhos, para que eu possa ver Vislumbres da verdade que Tu tens para mim; Coloca em minhas mãos a maravilhosa chave Que vai me soltar e libertar.

  1. Dálete: A grande Escolha (119:25-32)

Em angústia de espírito, o poeta clama por avivamento (25). "Estou prostrado no pó; vivifica-me segundo a tua promessa" (Harrison). Ele não havia escondido nada do Se-nhor (26). Assim que aprender acerca dos estatutos e preceitos de Deus, ele falará das maravilhas do Senhor (27). A minha alma consome-se de tristeza (28) significa: "Choro na minha tristeza" (Harrison). Desvia de mim o caminho da falsidade (29) não se refere à falsidade no sentido comum, mas à infidelidade para com a verdade de Deus. Moffatt capta essa idéia ao traduzir: "Guarda-me de ser falso contigo". A determi-nação do salmista é forte. Ele fez a sua escolha (30). "Tuas exigências são o meu desejo" (Moffatt). Quando dilatares o meu coração (32) significa: "expandi-lo em entendi-mento, alegria e confiança". "Quando o seu coração for liberto do confinamento repressor: das dificuldades e da ansiedade, o salmista usará a sua liberdade para um serviço mais ativo";4' isto é, ele vai correr, não apenas caminhar.

  1. Hê: Oração por Firmeza (119:33-40)

Esta estrofe é composta de uma série de petições centradas no desejo do salmista por instrução e entendimento e na ajuda de Deus em preencher as exigências da sua lei. Ensina-me (33; torehni) é o verbo do qual se origina torah. Mais profundo do que a informação é o entendimento, que leva à obediência da lei de todo coração (34). Os man-damentos do Senhor são o prazer dos seus seguidores (35). Em vez do ganho injusto da cobiça e da atração da vaidade irreal e passageira (36-37) o poeta busca os testemu-nhos de Deus e o seu caminho. Desvia de mim o opróbrio (39) é interpretado como: "Remove os insultos" (Moffatt).

  1. Vau: Não Há Vergonha da Palavra (119:41-48)

A sexta estrofe continua com expressões de anseio e desejo por auxílio e orientação que vêm através da Palavra de Deus. As misericórdias ("amor imutável", RSV) e salva-ção ("libertação diária do poder do pecado", Berkeley, nota de rodapé) são canalizadas por meio da sua palavra (41). Moffatt interpreta o versículo 42 da seguinte forma: "Então poderei enfrentar meus difamadores, confiando na tua promessa". Pois me atenho (43) é melhor traduzido como: "Tenho esperado pelos" (Perowne) teus juízos (instruções). Com o ensino (torah) do Senhor como seu guia contínuo (44), o salmiàta andará em liberdade (45), que significa literalmente: "em um lugar amplo" ou "com largueza" (ARA). Mesmo perante os reis, ele não se envergonhará dos testemunhos do Senhor (46). Os manda-mentos, que ele ama, serão a fonte da sua alegria (47, "prazer", NVI). Também levanta-rei as minhas mãos para os teus mandamentos (48) como um ato de oração e devoção.

  1. Zain: a Palavra que Dá Vida (119:49-56)

Em meio às dificuldades, o salmista encontra esperança (49) e consolação (50) na palavra de Deus. "A tua promessa dá-me vida" (50b, NVI). Apesar da zombaria dos soberbos (51), o poeta não se desviou da lei de Deus. A memória dos juízos de Deus em outras épocas o consola (52). Grande indignação se apoderou de mim (53) pode ser traduzido de acordo com a versão Berkeley como: "Fui tomado de uma indignação abrasadora". Existe um lugar para a ira justa por parte do povo de Deus diante da impi-edade desmedida. Os teus estatutos têm sido meus cânticos (54) significa: "os esta-tutos de Deus formam o tema para os seus cânticos. Eles acalmam a sua mente e refres-cam o seu espírito nessa vida transitória de provas [...] como os cânticos ajudam a passar o tempo à noite (35:10) ou animam o viajante na sua jornada".42 O autor tinha na memória o nome de Deus (e natureza, como o nome sugere) de noite porque ele guar-dou os mandamentos ("preceitos", ARA e NVI) da Palavra (55-56).

  1. Hete: A Companhia dos Comprometidos (119:57-64).

Deus e sua Palavra são o principal tesouro do salmista, e o trouxeram para uma comunhão com os tementes a Deus entre o seu povo. Seu propósito é observar, no coração e na vida, as palavras que Deus falou (57). A oração do fundo do coração (58), a reflexão atenciosa sobre os seus caminhos (59) e uma urgência de espírito (60) o levaram a estar em harmonia com os testemunhos e mandamentos do Senhor. A expressão bandos dos ímpios (61) é literalmente: "Laços dos perversos" (ARA), uma figura de estilo tirada da prática dos laços e ciladas de uma armadilha. Embora ameaçada por esses laços, sua alma havia escapado porque ele não havia se esquecido da lei de Deus. À meia-noite ele levantará um louvor a Deus (62). Ele encontrou companheirismo com todos os que te-mem o Senhor e guardam os seus preceitos (63). A abundância das misericórdias de Deus cria nele o desejo de conhecer melhor o seu Senhor (64).

  1. Tete: O Valor da Aflição (119:65-72)

O autor aprendeu o valor disciplinador da aflição. O castigo que foi difícil de supor-tar produziu "um fruto pacífico de justiça" (Hb 12:11). E ele podia agora dizer: Fizeste bem ao teu servo, SENHOR (65). A aflição o ensinara a obedecer (67). Os soberbos ("arrogantes", NVI) forjaram mentiras (69), isto é, "fabricaram uma mentira" (Berkeley, nota de rodapé). Como gordura (70) é uma metáfora vívida de "estúpido" (Harrison) ou "tolo" (Moffatt) — tão insensível quanto a banha de porco! Assim como no versículo 67, o versículo 71 reforça os efeitos positivos da aflição. E. Stanley Jones escreve: "A melhor maneira de enfrentar a injustiça e o sofrimento imerecidos não é suportá-los, mas usá-los. Quando entendi essa verdade anos atrás [...] um mundo in-teiramente novo abriu-se diante de mim. Eu havia tentado explicar o sofrimento e agora vejo que não devemos explicá-lo mas, sim, usá-lo".43 Melhor [...] do que inúme-ras riquezas em ouro e prata (72) significa que a verdade de Deus está além da possibilidade de avaliação econômica (cf. 19.10; 28:15-28).

  1. Iode: O Clamor pela Integridade da Alma (119:73-80)

Os caminhos do Senhor com o seu povo são encorajamento para os justos e confusão para os ímpios. O salmista sabe que é beneficiário da providência e bondade de Deus (73). Foi Deus quem o fez, e ele, portanto, deseja ser ensinado por Ele. Ensinado dessa forma, ele está certo de que será uma inspiração para aqueles que temem o Senhor (74). Embora Deus permita ou envie a aflição, sempre será para o nosso bem (75; cf. Rm 8:28). Consolo (76), vida (77) e alegria são encontrados na divina Palavra. A NVI traduz o versículo 78 da seguinte maneira: "Sejam humilhados os arrogantes, pois prejudicaram-me sem motivo". Com o apoio e confiança daqueles que pensam da mesma forma (79), o poeta clama: Seja reto o meu coração para com os teus estatutos (80). Este versículo também pode ser traduzido como: "Seja o meu coração íntegro para com os teus decretos" (NVI) ou: "Seja o meu coração saudável nos teus estatutos" (Berkeley).

  1. Cafe: Apoio Sob Pressão (119:81-88)

O salmista está em profunda dificuldade, possivelmente em virtude de uma doença e por causa da perseguição ativa daqueles que são inimigos da retidão. Sua alma está desfalecida (81) e anela pela salvação de Deus (socorro salvador). Os olhos "fracos" (82) se referem talvez a uma metáfora relacionada à busca no horizonte por sinais do livramento divino. Como odre na fumaça (83), enegrecido, enrugado e quase irreconhecível. Alguns vêem aqui um vestígio da prática de se colocar o odre na fumaça para apressar a suavização do vinho. Mas a interpretação mais provável é uma referência ao envelhecimento prematuro pelo qual o salmista está passando. Ele anseia pela vindicação rápida (84), porque os soberbos (85; arrogantes) haviam tentado armar ciladas contra ele para apanhá-lo como a um animal apanhado em uma cova camuflada. Perseguido com mentiras (86) e quase destruído (87), ele continua se agarrando às promessas de Deus. Ele ora: "Preserva a mi-nha vida pelo teu amor. E obedecerei aos estatutos que decretaste" (88, NVI).

  1. Lâmede: A Inabalável Palavra de Deus (119:89-96)

Embora as circunstâncias e o conhecimento dos homens mudem e sejam inconstan-tes, a palavra do SENHOR permanece no céu para sempre (89). Ela está "para sempre [...] firmada no céu" (NVI), "estabelecida permanentemente" (Harrison). Mesmo a terra firme (90), como o Gibraltar e os Alpes, está sujeita à vontade determinada de Deus. Porque todas as coisas te obedecem (91), ou melhor: "pois tudo está a teu serviço" (NVI). Somente o prazer nos conselhos de Deus libertou o poeta de perecer em sua afli-ção (92) e gerou vida nova nele (93). A toda perfeição vi limite, mas o teu manda-mento é amplíssimo (95) significa: "Tenho percebido que há um limite em tudo que é considerado perfeito pelo homem, mas não há limite para a grandeza da Lei de Javé".44

  1. Mem: Sabedoria por meio da Palavra (119:97-104)

O valor da lei do Senhor em conceder sabedoria e entendimento ao obediente é o tema dessa estrofe. Ao meditar nos ensinos da Palavra de Deus, o salmista havia recebido sabedoria maior que a dos seus inimigos (97-98). O versículo 98 reflete a importância da exposição contínua às Escrituras. A ARA o traduz assim: "Os teus mandamentos me fazem mais sábio [...] porque [...] eu os tenho sempre comigo". Existe mais entendimen-to das coisas espirituais por meio das Escrituras do que através da instrução dos mes-tres que obtêm seu conhecimento de outras fontes, quer sejam antigas, quer modernas (99-100). Talvez a palavra de cautela de João Wesley seja providencial aqui: "Então você atribui todo o seu conhecimento a Deus. Nesse sentido você é humilde. Mas se você acha que tem mais do que você realmente tem, ou se pensa que é ensinado por Deus de tal forma, que não precisa mais do ensinamento humano, o orgulho está diante da sua porta [...] Lembre-se sempre: muita graça não implica muita luz. Esses dois aspectos nem sempre andam juntos. Da maneira que é possível haver muita luz mas pouco amor, assim também pode haver muito amor mas pouca luz. O coração tem mais calor do que o olho; no entanto, ele não pode ver [...] Achar que ninguém pode ensiná-lo, exceto aqueles que foram salvos do pecado, é um engano muito grande e perigoso. Não dê lugar a esse engano um momento sequer. Isso levaria você a cometer outros mil enganos, de maneira irrecuperável [...] Reconheça o lugar desses enganos, e o seu próprio. Lembre-se sempre: muito amor não significa muita luz"."

Guardar a Palavra de Deus resulta em guardar seus pés de todo caminho mau (101), e o inverso também é verdadeiro: seguir caminhos maus impossibilitará você de guardar a Palavra de Deus. Tanto instrução (102) como prazer (103) estão na lei do Senhor (cf. 19.10; Pv 16:24). O amor pelos "preceitos" (ARA) do Senhor leva a aborrecer e evitar todo falso caminho (104). Moffatt traduz esse versículo assim: "Aprendo o bom senso das tuas ordens, aprendo a odiar os caminhos maus".

  1. Nun: a Luz da Vida (119:105-112)

A palavra de Deus oferece luz para o caminho, passo a passo, ao longo desse cami-nho (105). Neste versículo, temos uma orientação específica — lâmpada para os meus pés — e uma orientação geral para todo curso da vida — luz, para o meu caminho. O salmista apresenta seu juramento de obediência (106), e no meio de muita aflição ora: Vivifica-me ("preserva [...] a minha vida", NVI) [...] segundo a tua promessa (107). A expressão: As ofertas voluntárias da minha boca (108) poderia significar: "o sacrifí-cio de oração e louvor (Hb 13:15) ; promessas voluntárias de devoção à lei. Cap. 19.14"." A minha alma está de contínuo nas minhas mãos (109) seria como tomar a vida em nossas próprias mãos, isto é, colocá-la em perigo. Moffatt traduz assim: "Minha vida está sempre em perigo". O salmista continua cercado pelos seus inimigos, que colocam arma-dilhas para os seus pés como caçadores espalham ciladas para a sua caça (110). Contudo, o salmista faz dos testemunhos de Deus o seu tesouro, e se regozija neles (111). Incli-nei meu coração (112) pode significar: "Resolvi" (NTLH). O autor se propõe a cumprir as exigências do caminho do Senhor, até o fim.

  1. Sâmeque: Caminho de Vida e Caminho de Morte (119:113-120)

Aborreço a duplicidade (113) está mais claro em algumas versões mais recentes: "Odeio os que são inconstantes" (NVI), "Não suporto pessoas falsas" (NTLH), ou: "Detes-to pessoas de fidelidade incerta" (Harrison). No Senhor, o poeta encontra segurança e proteção (114) dos ataques contínuos de malfeitores (115). Para ele, esperança (116) e segurança (117) só são encontrados no Senhor. Por outro lado: "Tu rejeitas todos que se desviam da tua vontade; seus planos enganosos são inúteis" (118, Moffatt). Tu despre-zas significa literalmente: "rejeitas", "fazes fracassar" os ímpios. Eles são como escória (119), os resíduos imprestáveis do processo de depuração ("refugo", NVI; "lixo", NTLH). O temor de Deus (120) nos lembra que sempre há um lugar na mente do povo de Deus para a admiração reverente da Sua majestade e santidade. "O temor do Senhor é o prin-cípio da sabedoria" (111.10; Pv 1:7).

  1. Ain: Tribulação e Testemunho (119:121-128)

No meio da opressão e tribulação, o salmista testifica da sua lealdade à lei de Deus e ora por um suporte contínuo. Aqueles que se opõem ao salmista, fazem-no sem base (121). A ARA traduz: "Tenho praticado juízo e justiça". Fica por fiador do teu servo para o bem (122) pode ser melhor entendido como: "Garante o bem-estar do teu servo" (NVI), ou: "Dá ao teu servo uma segurança confortadora" (Harrison). Acerca de meus olhos desfalecem (123), cf.comentário do versículo 82. Confiante na misericórdia de Deus, o autor ora por contínua instrução e entendimento (124-125). Chegou o tempo de o Senhor vindicar sua justiça e castigar aqueles que têm quebrantado a sua lei (126) ao violar suas exigências. Para ele, a Palavra de Deus valia mais do que ouro. Ouro fino (127) é um ouro altamente refinado e, portanto, muito valioso — como diríamos: "ouro de vinte e quatro quilates", absolutamente puro (cf. 19.10). Em todas as coisas os preceitos de Deus são retos, e o amor pelo caminho reto leva a aborrecer toda falsa vereda (128).

  1. Pê: Liberdade à Luz da Lei (119:129-136)

O poeta acha os testemunhos do Senhor maravilhosos ("admiráveis", ARA) e, por isso, resolve guardá-los. No versículo 130, A exposição das tuas palavras significa literalmente: "A revelação das tuas palavras" (ARA), isto é, a sua explicação ou esclare-cimento. Na terminologia do AT, os símplices não são os tolos ou ignorantes, mas aque-les que são facilmente guiados, abertos para instrução, ensináveis. Eles ainda não se comprometeram nem com a justiça nem com a maldade. No versículo 131, o desejo pela Palavra de Deus é tão aguçado e urgente quanto o anseio angustiado por ar de quem está sem fôlego. "Segundo costumas fazer" (132, ARA) é a provisão costumeira de Deus com os que amam o seu nome (132). Isso encoraja o poeta a esperar o favor de Deus. Orde-na os meus passos (133) significa: "Dirige o meu comportamento" (Harrison). Uma vida de acordo com o padrão de Deus será livre do domínio de qualquer tipo de iniqüidade (cf. Rm 6:14). Aqui temos no AT uma oração pela perfeição do NT. Também encontramos a libertação da opressão do homem e o favor contínuo de Deus aos que guardam os seus estatutos ("preceitos", ARA; 134-135). O versículo 136 é notável. Os salmistas se indignavam profundamente com aqueles que desprezavam a lei de Deus. Contudo, eles também podiam ser grandemente compassivos e chorar por causa dos pecados do povo (cf. Jr 9:1). O salmista expressa a sua dor: Rios de água correm dos meus olhos, porque os homens não guardam a tua lei.

  1. Tsadê: A Justiça Duradoura de Deus (119:137-134)

"A justiça, pureza e verdade da lei de Deus eram responsáveis pelo profundo amor e reverência do salmista"» O Senhor é justo, reto e fiel em seus juízos (expressões da sua vontade) e testemunhos (137-138). O autor é consumido pelo zelo ("Meu entusiasmo me devora", Harrison) quando é confrontado com a desobediência dos seus inimigos. A tua palavra é muito pura (lit., refinada; 140). A NVI traduz: "Atua promessa foi plenamente comprovada". Cf.comentário do versículo 127. A ARA traduz o versículo 141 da seguinte forma: "Pequeno sou e desprezado; contudo, não me esqueço dos teus preceitos". Ajustiça de Deus é eterna (142,144), e o poeta encontra prazer nela apesar da angústia na qual ele se encontra (143). O "discernimento" (NVI) das coisas de Deus é a base da sua vida (144).

  1. Cofe: A Verdade Ajuda a Vencer a Dificuldade (119:145-152)

Profundamente angustiado, o poeta promete obediência à Palavra de Deus, e clama por ajuda (145-146). Antecipei-me à alva da manhã (147) também pode ser traduzido como: "Antes do amanhecer me levanto" (NVI). Neste versículo e no 148 "antecipar" traz a idéia de "ir antes de". Os meus olhos anteciparam-me às vigílias da noite seria: "Meus olhos estão acordados antes das vigílias da noite" (RSV). Cedo de manhã e duran-te as horas da noite, oração e meditação ocupam a sua mente. O versículo 150 também é traduzido da seguinte maneira: "Os meus perseguidores aproximam-se com más inten-ções; mas estão distantes da lei" (NVI). Na proximidade de Deus (151) e na certeza da verdade eterna da sua Palavra, o autor encontra esperança (152).

  1. Rexe: Oração por Avivamento e Livramento (119:153-160)

A petição: vivifica-me, repetida três vezes (154,156,159), domina esse clamor por livramento dos perseguidores. Outras versões também traduzem "preserva a minha vida" (NVI), "conserva-me vivo", "dá-me vida" (RSV). O salmista está aflito (153), em batalha (154) e está sendo perseguido pelos inimigos (157) ; no entanto, ele mantém firme a sua lealdade à lei do Senhor. Segundo os teus juízos (156) é: "de acordo com a tua sabedo-ria e escolha". Acerca do versículo 158, cf.comentário do versículo 136. A palavra de Deus é a verdade desde o princípio (160) e para sempre.

  1. Chin: Perseguido, mas em Paz (119:161-168)

O salmista experimenta paradoxalmente a paz em meio à perseguição e todo o tu-multo envolvido. Príncipes (161) "são provavelmente [...] nobres israelitas, que exerci-am funções judiciais e administrativas".48 Como aquele que acha um grande despo-jo (162) também pode ser entendido: "como alguém que encontra um grande tesouro" (NTLH; cf. Mt 13:44). Sete vezes no dia (164) seria uma forma de dizer: "constante e repetidamente". Muita paz têm os que amam a tua lei (165) é um versículo muito apreciado, de grande significado para o povo de Deus. Para eles não há tropeço é literalmente: "Para eles não há pedra de tropeço", ou: "Nenhum obstáculo os faz trope-çar" (Harrison). Tenho esperado (166) é: "Tenho procurado" (Berkeley). O versículo claramente reflete a dupla fórmula para uma vida piedosa: confie e obedeça. Como o poeta tem andado nos testemunhos e preceitos do Senhor, todos os seus caminhos são um livro aberto diante de Deus (167-168).

  1. Tau: Oração por Ajuda e Orientação (119:169-176)

Em oração e súplica, o salmista conta com a palavra do Senhor (169-170). Seus lábios e sua língua serão colocados a serviço da Palavra (171-172). Ele escolheu os preceitos de Deus (173), tem desejado a sua salvação e seu prazer está na lei divina (174). Vida e auxílio são buscados do alto (175). Parece estranho alguém que havia pro-fessado tal lealdade aos mandamentos de Deus se descrever como uma ovelha perdida (176), mesmo no momento em que afirma lembrar-se dos seus mandamentos. Kirkpatrick apresenta uma sugestão útil: "Parece, no entanto, estar mais em conformidade com o espírito geral do salmo supor que o salmista está descrevendo sua circunstância exterior em vez do seu estado espiritual, o desamparo da sua condição em vez dos seus fracassos morais. Ele é alguém errante no deserto do mundo; como uma ovelha que foi separada do rebanho, ele está exposto a constantes perigos, e, portanto, suplica para que Deus não o deixe vaguear sozinho, mas que, de acordo com a sua promessa (Ez 34:11ss.), busque o salmista, porque no meio de todos esses perigos ele não se esquece da lei de Deus.""


Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Salmos Capítulo 119 do versículo 1 até o 176
*

Sl 119 O salmo é um acróstico de vinte e duas estrofes, uma para cada letra do alfabeto hebraico. As oito linhas poéticas de cada estrofe começam pela mesma letra hebraica.

O número oito pode ser ligado às oito palavras hebraicas, espalhadas ao longo do salmo, concernentes ao tema principal. Essas palavras têm sido traduzidas como "lei", "testemunhos", "preceitos", "estatutos", "mandamentos", "juízos", "palavra" e "ordenanças". Em cinco das estrofes ocorrem todas as oito palavras hebraicas, e cada estrofe tem pelo menos seis a oito dessas palavras.

Enquanto que o salmista exprime seu amor pela lei e o seu desejo de ser-lhe obediente, ele também reconhece as suas próprias falhas. Elementos de lamentação e petição são entrelaçados com expressões de confiança e inocência.

A lei é uma expressão fiel do caráter de Deus. Deus enviou o seu Filho para que observasse a lei em nosso lugar. Agora, a lei não continua a nos condenar, pois nos liberta para aceitá-la como nosso próprio guia para agradarmos àquele que morreu em nosso lugar.

* 119:1

Bem-aventurados. Ver Sl 1:1

que andam. Uma metáfora que indica as atividades da vida diária.

na lei do SENHOR. A lei, ou Torah, refere-se aos cinco primeiros livros da Bíblia como uma unidade, ou às seções jurídicas daqueles livros. Aqui estão em foco essas seções jurídicas: os Dez Mandamentos e as demais leis do Pentateuco.

* 119:2

e o buscam de todo o coração. O salmista não estava falando de uma mera observância externa à lei. Ele exigia uma obediência originada em uma fé profundamente arraigada no Senhor.

* 119:4

Tu ordenaste... para que os cumpramos. Deus entrou em um relacionamento de aliança com Israel, livremente, movido pela sua graça, e dentro desse relacionamento, lhe deu a sua lei para que a obedecesse. Mas Deus não lhe estava pedindo que obtivesse o seu favor, ou que pagasse por sua redenção. Antes, esse era o caminho da obediência agradecida para aqueles que entrassem em aliança com ele.

* 119:5

Tomará. O salmista não pensava em si mesmo como um exemplo de obediência perfeita.

* 119:7

quando tiver aprendido. A adoração e a obediência requerem conhecimento das Escrituras.

* 119:8

Cumprirei. O salmista resolveu seguir as leis de Deus.

* 119.9-16

O salmista buscava guardar puro o seu caminho, meditando sobre a lei de Deus.

* 119:9

segundo a tua palavra. Deus não oculta de nós aquilo que lhe é agradável. Ele o declara com clareza em sua Palavra, a Bíblia.

* 119:10

te busquei... não me deixes fugir. Há uma profunda conexão entre esforçar-se pela perfeição moral e a percepção de que a inquirição é impossível sem a ajuda divina.

* 119:15

Meditarei. A lei de Deus requer mais do que uma leitura superficial ou a memorização; requer cuidadosa reflexão.

* 119:17

para que eu viva. A vida do salmista depende da graça divina.

* 119:18

Desvenda os meus olhos. Precisamos da graça divina para que nos ilumine quanto à sua palavra. Ele precisa guiar a nossa compreensão.

* 119:19

Sou peregrino. Ver Hb 11:13. O verdadeiro lar do crente não é aqui na terra, mas perto de Deus.

* 119:22

Tira de sobre mim. Este salmo vai além do louvor da lei, pois chega a pedir, em aflição, a graça de Deus.

* 119:23

príncipes... falaram contra mim. Essas palavras talvez indiquem a posição de realeza do salmista.

* 119:29

Afasta de mim o caminho da falsidade. O salmista percebeu que se fosse deixado a seus próprios recursos, ele estaria andando por caminhos contrários à lei de Deus.

* 119.33-40 O salmista implora que o Senhor o instrua em sua lei.

* 119:34

de todo o coração. Ele tomara uma resolução de toda a sua mente, força e vontade. O salmista expressou sua profunda devoção ao Senhor. Ele amava o Senhor e queria ser-lhe obediente. Disse Jesus aos seus discípulos: "Se me amardes, guardareis os meus mandamentos" (Jo 14:15). Ver a nota teológica "Entendendo a Palavra de Deus", índice.

* 119:36

Inclina-me o coração. O salmista percebeu que o seu amor ao Senhor tinha origem no próprio Deus.

* 119:37

Desvia os meus olhos, para que não vejam a vaidade. Com seu desejo positivo de ficar mais perto da lei de Deus, havia um desejo negativo correspondente de afastar-se de coisas sem valor, particularmente os ídolos. Quanto à mesma palavra, ver nota em Sl 31:6.

* 119:38

a tua promessa. Provavelmente refere-se à promessa de bênção constante na aliança.

* 119:41

as tuas misericórdias. O amor ou devoção de Deus àqueles que estão em relação de aliança com ele.

* 119:45

com largueza. Ao observar as leis de Deus o escritor seria libertado da escravidão ao pecado.

* 119:49

Lembra-te. Ver Sl 44:1.

* 119:52

teus juízos de outrora. Promulgados através de Moisés e contidos nos livros de Êxodo, Levítico e Deuteronômio.

* 119:54

Os teus decretos... meus cânticos. A lei, na opinião do salmista, não era somente questão de obediência, mas também de adoração.

* 119:55

teu nome. Ver Sl 8:1.

* 119:57

a minha porção. A porção do poeta não era alguma herança na terra, mas era o próprio Senhor (Nm 18:20).

* 119:63

Companheiro sou. A obediência ao Senhor é realizada na comunhão com outros crentes, que também servem ao Senhor.

todos os que te temem. Ver Sl 34:7.

* 119.65-72 O salmista já havia descoberto que a aflição fê-lo recuar de seu afastamento para longe de Deus.

* 119:67

andava errado. Deus usa as aflições e os sofrimentos em nossa vida para reconduzir-nos de volta a ele (Sl 31; Hb 12:1-13).

* 119:70

como se fosse de sebo. Conforme 1Tm 4:2.

* 119:71

Foi-me bom ter eu passado pela aflição. Fazendo um retrospecto, o escritor mostra-se grato pelos seus sofrimentos, porque estes o levaram a uma nova intimidade com o Senhor.

* 119:74

quando me viram. Quando outros que compartilhavam da profunda dedicação do salmista ao Senhor vissem a sua felicidade, seriam encorajados.

* 119:75

com fidelidade me afligiste. Ver os vs. 67 e 71.

* 119:82

Esmoreceram os meus olhos. Visto que há tanto tempo ele olhava com profunda expectação.

* 119:83

a um odre na fumaça. Uma notável metáfora, sem paralelo em qualquer outra parte da Bíblia. A fumaça estraga os odres. Isso compara-se ao dano que o escritor tinha sofrido às mãos de seus inimigos.

* 119:84

Quando me farás justiça. O poeta esperava que Deus saísse em seu socorro e punisse aqueles que o tinham perseguido injustamente. A aparente demora de Deus em agir servia para ele de provação.

* 119:86

injustamente. Ver Sl 38:19.

* 119:87

mas eu não deixo os teus preceitos. O salmista não permitiria que a sua obediência dependesse da sua situação.

* 119:89

Para sempre. Tal como Deus é eterno, assim também é a sua Palavra. Ela é válida para sempre. Ela fala a todas as pessoas e a todo o tempo.

* 119:93

Nunca me esquecerei. Esquecer-se de algo, nos salmos, subentende a desobediência.

* 119:97

amo a tua lei! O salmista amava a lei porque ela vinha de seu Deus e Salvador. Ver "A Lei de Deus", índice.

* 119:98

mais sábio que os meus inimigos. Seus inimigos rebelavam-se contra Deus e rejeitavam a lei, rejeitando o discernimento que Deus, Criador deles, podia dar-lhes.

* 119:99

Compreendo mais do que todos os meus mestres. O salmista não quis dizer isso como uma jactância, mas como uma expressão enfática de sua devoção à lei de Deus.

* 119:102

pois tu me ensinas. O salmista não reivindica aqui que ele estudava com uma inteligência superior, ou mesmo com uma determinação superior; antes, ele atribuía tudo a Deus.

* 119:105

Lâmpada para os meus pés. A revelação de Deus provia o discernimento que guiaria o seu servo. Ele não tropeçaria nas trevas.

* 119.109 Estou de contínuo em perigo de vida. A obediência do salmista não era isenta de perigo, porquanto o expunha aos ataques astutos de seus adversários. Ele poderia desejar estar livre do perigo, mas preocupava-se mais em viver uma vida piedosa, apesar do perigo.

*

119:113

a duplicidade. O poeta era singelo de mente; ele amava a Deus e à lei do Senhor. Em consequência, ele era estável, diferente do homem de mente dúplice (Tg 1:8).

* 119:119

como escória. Os refugos resultantes quando metais são refinados. Quando os ímpios são semelhantemente rejeitados, os justos permanecem como prata refinada. Cf. Pv 25:3-5; Is 1:22,25.

* 119:120

O temor ao Senhor é vividamente descrito aqui.

* 119:123

Desfalecem-me os olhos. Ver o v. 82.

* 119:124

segundo a tua misericórdia. A devoção demonstrada por Deus para com o povo da aliança, demonstrando assim sua misericórdia e compaixão.

* 119:126

Já é tempo... para intervires. Com a honestidade direta que caracterizava o salmista, ele diz a Deus que este tinha adiado seu julgamento já por tempo bastante. Os ímpios mereciam o castigo que deveriam receber.

* 119:130

A revelação das tuas palavras. Não está claro se o escritor referia-se ao ato inicial da revelação, ao processo de interpretar a palavra de Deus, ou à aplicação da lei ao seu coração. Talvez todas as três etapas estejam em foco, como um único processo que traz luz, esperança e compreensão à alma obscurecida.

* 119:131

aspiro. O conceito é o mesmo que aparece em Sl 42:1,2.

* 119:132

costumas fazer aos que amam o teu nome. Conforme Rm 8:28.

* 119:133

Firma os meus passos. O salmista queria que o Senhor o guiasse por toda a sua vida. Ele percebia que o indivíduo está dentro da vontade de Deus enquanto busca obedecer à sua palavra revelada. Mas ele também compreendia que a obediência é impossível a menos que Deus lhe supra a graça para assim fazer.

* 119:135

Faze resplandecer o teu rosto sobre o teu servo. O salmista pede que Deus venha estar com ele. Ele queria viver na consciência do favor divino. Comparar com a bênção sacerdotal em Nm 6:22-27.

* 119:137

Justo és, SENHOR. Deus age de acordo com a sua natureza; nele nada existe de arbitrário ou de incoerente.

* 119:145

De todo o coração. O salmista tornou-se exemplo de fervorosa e honesta oração a Deus.

* 119:147

Antecipo-me ao alvorecer. O primeiro pensamento do salmista, quando ele se acordava, era sobre o Senhor.

* 119:149

segundo a tua bondade... segundo os teus juízos. O amor e a devoção de Deus para com o seu povo não são incompatíveis com a sua lei.

* 119:151

Tu estás perto, SENHOR. A presença do Deus da aliança anulava os efeitos negativos da presença do inimigo (v. 150).

* 119:153

não me esqueço da tua lei. O salmista esperava que Deus o abençoaria por ser homem obediente. Tal atitude poderia ser presunçosa, um pecado de que nos guarda o livro de Jó; mas essa atitude também poderia derivar-se da fé.

* 119:154

Defende a minha causa. Essa frase era muito usada nos tribunais. O salmista pediu que o Senhor intercedesse por ele perante os seus adversários.

* 119:156

Muitas... são as tuas misericórdias. Ver Lm 3:23.

* 119:161 A oposição dos príncipes indica que o salmista, provavelmente, era uma pessoa poderosa, talvez o rei de Israel.

sem causa. Ver Sl 38:19.

* 119:167

eu os amo ardentemente. A obediência não parecia um trabalho pesado para o salmista; ele seguia a lei de Deus porque queria.

* 119:169

dá-me entendimento. Esta linha sumaria um dos principais temas do salmo: o desejo de ter discernimento quanto à vontade de Deus, a fim de que o escritor pudesse agir obedientemente.

* 119:170

livra-me. Outro tema principal do salmo é resumido: o salmista precisava de livramento.

* 119:175

Viva a minha alma. Uma vez mais, uma indicação de que o poeta estava em meio à tribulação, quando compôs este cântico.

* 119:176

procura o teu servo. O salmista conclui o salmo invocando Deus como seu Pastor (Sl 23; Jo 10); ele implora do Senhor que o levasse de volta ao rebanho.


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Salmos Capítulo 119 do versículo 1 até o 176
119.1ss Este é o salmo e o capítulo mais comprido da Bíblia. Possivelmente Esdras o escreveu depois da reconstrução do templo (Ed 6:14-15) como uma meditação repetitiva a respeito da beleza da Palavra de Deus e da forma em que nos ajuda a permanecer puros e a crescer na fé. Este salmo tem vinte e dois seções estruturadas com esmero. Cada uma corresponde a uma letra diferente do alfabeto hebreu e cada versículo começa com a letra que corresponde a sua seção. Quase todos os versículos mencionam o termo Palavra de Deus ou um sinônimo. Tal repetição era comum na cultura hebréia. A gente não tinha cópias particulares das Escrituras para as ler como o fazemos nós, assim entre a gente comum, a Palavra de Deus se memorizava e transmitia em forma oral. A disposição deste salmo permitiu a fácil memorização. Recorde, a Palavra de Deus, a Bíblia, é a única guia segura para uma vida pura.

119:9 Nos afogamos em muito impureza. A qualquer parte onde olhemos, descobriremos que a tentação conduz à vida impura. O salmista fez uma pergunta que preocupa a todos: Como podemos permanecer puros em um ambiente impuro? Não podemos fazê-lo por nossa própria conta, mas sim devemos ter conselhos e fortaleza muito mais dinâmicos que as influências tentadoras que nos rodeiam. Onde encontramos essa medida de fortaleza e sabedoria? Ao ler a Palavra de Deus e ao praticar o que ela diz.

119:11 Guardar a Palavra de Deus em nossos corações é uma força de disuasión contra o pecado. Isto unicamente nos deve inspirar a querer memorizar as Escrituras. Mas a memorização por si só não nos impedirá de pecar, devemos também pôr em prática a Palavra de Deus em nossas vidas, fazendo dela uma guia vital para tudo o que façamos.

119.12-24 A maioria nos irritamos com as regras, já que pensamos que nos limitam para fazer o que queremos. A primeira vista, então, parece estranho escutar ao salmista falar de que se regozija nas leis de Deus mais que nas riquezas. Entretanto, as leis de Deus se deram para nos liberar, poder ser tudo o que O quer que sejamos. Limitam-nos para não fazer coisas que nos incapacitariam e impediriam de tirar de nós o melhor. As leis de Deus são princípios que nos ajudam a seguir em seu caminho e a não vagar em caminhos que nos conduzam à destruição.

119:19 O salmista diz: "Forasteiro sou eu na terra", portanto, necessita direção. Quase qualquer viagem requer de um mapa ou um guia. Quando viajarmos pela vida, a Bíblia deve ser nosso mapa de estradas, nos assinalando as rotas seguras, os obstáculos que devemos evitar e nosso destino final. Devemos reconhecer que somos peregrinos aqui na terra e que precisamos estudar o mapa de Deus para conhecer o caminho. Se passarmos por cima o mapa, vagaremos indefesos pela vida e nos arriscaremos a perder nosso verdadeiro destino.

119.27, 28 Nossas vidas estão cheias de livros de regras, mas os autores nunca vêm a nos ajudar às seguir. Deus sim. Esta é a singularidade de nossa Bíblia. Deus não só proporciona as regras e os princípios, mas sim vem pessoalmente todos os dias aonde estamos para nos ajudar a viver de acordo com essas leis. É obvio, temos que convidá-lo a fazê-lo e responder a sua direção.

119:36 Em nosso mundo atual, a gente muito freqüentemente cobiça as lucros econômicas. O dinheiro representa poder, influência e êxito. Para muitos o dinheiro é um deus. Não pensam muito em outra coisa. Na verdade, pode comprar certas comodidades e oferecer alguma segurança. O dinheiro se tem voltado tão importante para alguns, que fariam quase algo para obtê-lo. Mas muito mais valiosa que a riqueza é a obediência a Deus, devido a que é mais um tesouro celestial que um terrestre (Lc 12:33). Devemos fazer o que Deus quer apesar das implicações financeiras. Faça sua a oração do salmista, lhe peça a Deus que o ajude a preferir a obediência antes que o dinheiro, à larga será para seu próprio benefício.

119.44-46 O salmista fala a respeito de guardar as leis e mesmo assim ser livre. Contrário ao que muitas vezes esperamos, obedecer as leis de Deus não nos inibe nem restringe. Pelo contrário, libera-nos para ser o que O quer que sejamos. Ao procurar a salvação e o perdão de Deus, somos livres do pecado e de sua conseguinte culpabilidade opresora. Ao viver no caminho de Deus, temos liberdade para cumprir o plano que O tem para nós.

119.97-104 A Palavra de Deus nos faz sábios. Mais sábios que nossos inimigos e que qualquer professor que a esquece. A verdadeira sabedoria vai além de um conhecimento acumulado, é a aplicação desse conhecimento para trocar a vida. As pessoas inteligentes ou experimentadas, não são necessariamente soube. Somos sábios quando permitimos que nos guie o que Deus nos ensinou.

119:105 É óbvio que se caminharmos na noite no meio do bosque necessitaremos uma luz que nos impeça de tropeçar com as raízes de alguma árvore ou cair em alguns fossas. Nesta vida, andamos através de um bosque escuro de maldade. Não obstante, a Bíblia pode ser a luz que nos mostre o caminho para frente para assim não tropeçar ao caminhar. Revela-nos as raízes enredadas de filosofias e falsos valores. Estude a Bíblia para que possa ver seu caminho com a suficiente claridade e assim permanecer no caminho correto.

119:113 Os hipócritas não podem decidir-se entre o bom e o mau. Quando se tem que obedecer a Deus, não existem termos médios, você deve decidir-se: obedece-lhe ou não. Faz o que O quer ou faz o que você quer. Dita-se a obedecer a Deus e a dizer junto com o salmista: "Amo sua lei".

119:125 O salmista pede a Deus entendimento. A fé cobra vida quando aplicamos as Escrituras às tarefas e preocupações diárias. Necessitamos entendimento para discernir e também o desejo de aplicar as Escrituras onde necessitam ajuda. A Bíblia é como uma medicina: solo atua quando a aplicamos nas áreas afetadas. Quando ler a Bíblia, esteja alerta para as lições, mandamentos ou exemplos que pode pôr em prática.

119:160 Uma das características de Deus é a veracidade. Personifica a verdade perfeita e, portanto, sua Palavra não pode mentir. É verdadeira e confiável para nos guiar e nos ajudar (veja-se Jo 17:14-17). A Bíblia é completamente verdadeira e digna de confiança.

119:165 A sociedade moderna deseja paz mental. Aqui temos uma instrução muito clara de como levá-lo a cabo na vida. Se amarmos a Deus e obedecemos suas leis, teremos "muita paz". Confie em Deus. O é o único que está por cima das pressões diárias da vida e nos dá segurança total.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Salmos Capítulo 119 do versículo 1 até o 176
Sl 119:1 pertence à literatura sapiencial do Antigo Testamento (veja Introdução ao Provérbios) .

As palavras para a lei encontrada no Sl 19:7 , além de três outros sinônimos, servem como as palavras-chave deste salmo. Este grupo de sinônimos inclui: direito, testemunhos, preceitos, juízos, mandamentos, estatutos, provérbios, palavra e forma. Em quase todos os versos um desses termos aparece tanto em uma petição ou em uma declaração de intenção de obedecer. Delight e profunda afeição por Deus e sua marca revelação muitas passagens, alguns dos quais têm sido os favoritos do povo cristão através dos tempos.

I. povo todas obedientes são sinceras (Sl 119:1:. Sl 119:17:. Sl 119:33:. Sl 119:41:. Sl 119:49:. Sl 119:57:. Sl 119:65 , este homem tinha encontrado o que era mais preciosa do que o ouro ea prata .

X. anseio por COMFORT (Sl 119:1:. Sl 119:73 oferece um vislumbre da crescente hostilidade dos vizinhos do salmista para sua vida de devoção. A dor do que foi se tornando mais grave, pois o salmista abriu seu coração em oração. Havia um desejo de compreensão , embora ele fez ver que a aflição de alguma forma relacionados com a de Deus fidelidade. No entanto, ele precisava de misericórdias , a fim de suportar. No meio de tudo isso várias questões foram resolvidas. Ele possuía esperança em Deus palavra ; ele queria ser um bom exemplo para os outros, um bom professor. Acima de tudo ele se esforçou para perfeição. A palavra para perfeito em hebraico é tamim , e significa o que é completo, indivisível, sincero, ou aquele que possui integridade.

XI. Guardar a lei fiel (Sl 119:1:. Sl 119:81:. Sl 119:89:. Sl 119:97 ), e agora ele estava transbordando, levando-o a um estudo mais aprofundado da lei . Este é um elemento de Antigo Testamento piedade que os cristãos muitas vezes ignoram.A partir deste encontro direto com a palavra , ele estava aprendendo lições na vida que ele não tinha ganhado de professores . Ele foi crescendo em sabedoria e em apreço pela palavra (conforme Sl 19:10 ; Ez. 3: 3 ), e estava a desenvolver uma aversão forte, que ele chamou de ódio , para o caminho de falsidade.

XIV. NUNCA sem uma luz (Sl 119:1:. Sl 119:105:. Sl 119:113:. Sl 119:121:. Sl 119:129:. Sl 119:137:. Sl 119:145 e 148parecem dizer que ele se levantou antes do amanhecer e meditava sobre Deus por muito tempo após o por do sol em sua busca por um toque vivificante. Os perseguidores foram pressionando-o para perto, e ele queria que Deus chegará para ajudá-lo.

XX. Resgata-me da aflição (Sl 119:1:. Sl 119:153B ). Ele estava se recuperando sob os golpes de seus atacantes, embora ele foi teimosamente paira sobre a sua vontade de ser obediente. Ele fez seus pedidos com o argumento de que Deus é o doador de misericórdias e benignidade , e que ele tinha sido firmemente leais aos testemunhos , ele havia sido aflito sobre o rebelde, e teve o amor em seu coração para os preceitos.

XXI. SALVAÇÃO É O OBJETIVO DA ESPERANÇA (Sl 119:1:. Sl 119:161:. 169-176)

169 Deixe o meu clamor Chegue a ti, ó Senhor:

Dá-me entendimento conforme a tua palavra.

170 Chegue a minha súplica diante de ti;

Livra-me segundo a tua palavra.

171 Que meus lábios de louvor absoluta;

Para me ensinas os teus estatutos.

172 Celebre a minha língua a tua palavra;

Para todos os mandamentos teus são justiça.

173 Seja a tua mão pronto para me ajudar;

Porque eu escolhi os teus preceitos.

174 Anelo por tua salvação, ó Senhor;

E a tua lei é o meu deleite.

175 Que minha alma viva, para que te louve;

E os teus preceitos me ajudar.

176 Desgarrei como ovelha perdida; buscar o teu servo;

Por que eu não esqueço dos teus mandamentos.

A série de petições neste centro estrofe final sobre os pedidos de compreensão e libertação , bem como fundamentos de que a alegria é concedida a ele que ele pode cantar louvores. O salmista lembrou a Deus que ele tinha muito tempo já fez a sua escolha em favor de Seus preceitos e que a escolha ainda eram válidas. O salmista anseios e delícias estavam focados em Deus, mas ele sentiu fortemente que ele não poderia sobreviver sem poder vivificante de Deus. O verso final se encaixa no contexto melhor se o verbo extraviou é lido como uma declaração hipotética, o que é possível na sintaxe hebraico com um verbo na chamada forma perfeita. Seria assim: "Devo (ou, se I) se extraviar. ..." Neste caso, o salmista estaria reconhecendo a possibilidade de se afastar para longe, mas que não era provável, devido à ajuda de Deus e de sua própria adesão cuidadosa ao mandamentos.


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de Salmos Capítulo 119 do versículo 1 até o 176
Esse salmo é especial de várias ma-neiras. É o salmo mais longo (176 versículos) e um salmo acróstico, pois segue as letras do alfabeto gre-go. Na maioria das edições da Bí-blia, as 22 seções desse salmo são encabeçadas pelas sucessivas letras do alfabeto hebraico (aleí, bet, gi- mel, etc.). Na Bíblia hebraica, todos os versículos da seção se iniciam com a letra hebraica. Por exemplo, todos os versículos da seção "alef" (vv. 1-8) começam com a letra he-braica "alef". Os judeus escreveram dessa forma a fim de facilitar a me-morização das Escrituras para que pudessem meditar a respeito da Pa-lavra do Senhor.

Não sabemos quem escreveu esse salmo, apesar do escritor re-ferir-se a si mesmo diversas vezes. Ele sofria por causa de seu amor pela Lei de Deus (vv. 22,50-53-,95,98,11 5), porém estava determi-nado a obedecer à Palavra indepen-dentemente de quanto lhe custasse fazer isso. Todos os versículos, com exceção de cinco, mencionam, de uma forma ou de outra, a Palavra do Senhor. As exceções são os versícu-los 84:90-121, 122 e 132. Todos os versículos referem-se a Deus. Em todo esse salmo, identifica-se o número oito. Cada seção tem oito versículos; apresenta oito nomes especiais para a Palavra do Senhor; dá oito símbolos da Palavra; o cren-te tem oito responsabilidades em relação à Palavra. O significado li-teral em hebraico da palavra "oito" é "abundância mais que suficien-te"; oito é o número dos novos começos. Seria como se o escritor dissesse: "A Palavra do Senhor é su-ficiente. As Escrituras são tudo que você precisa para a vida e a religio-sidade". Na verdade, a Bíblia leva- nos a Cristo: ele é a Palavra viva de que a Palavra escrita fala. Em certo sentido, o Sl 119:0 é uma expan-são de Sl 19:7-19. Observe, nos nove primeiros versículos do salmo, os oito títulos básicos da Bí-blia: lei do Senhor, prescrições, ca-minhos, mandamentos, preceitos, juízos, decretos, Palavra. Ao longo do salmo, esses nomes são repeti-dos diversas vezes.

  1. O que é a Bíblia
  2. Água para purificação (v. 9)

A seção toda (vv. 9-16) lida com a vitória sobre o pecado. Os jovens, em especial, precisam aprender a prestar atenção e guardar a Palavra a fim de vencerem a tentação. A Palavra, quando você a lê e medita a respeito dela, purifica seu ser in-terior da mesma forma que a água limpa seu corpo. Veja Jo 15:3 e Ef 5:25-49.

  1. Saúde e riqueza (w. 14,72,127,162)

Muitas pessoas não sabem a di-ferença entre preço e valor. Sua Bíblia pode custar apenas alguns reais, porém ela é um tesouro. Como você se sentiría se perdesse a Palavra de Deus e não pudesse repô-la?

  1. Amiga e conselheira (v. 24)

O escritor era um peregrino (v. 19), rejeitado pelos soberbos (v. 21) e pelos príncipes (v. 23), no entanto ele sempre tem a Palavra como conselheira. Leia Provér-bios 6:20-22.

  1. Cânticos para entoar (v. 54)

Imagine transformar nossos decre-tos — leis — em cânticos! A vida é uma peregrinação. Nós somos turistas, não-residentes. As canções do mundo não significam nada para nós, mas a Palavra de Deus é um cântico para nosso coração.

  1. Mel (Sl 119:103)

A doçura da Palavra tem sabor de mel. É triste quando o cristão pre-cisa do "mel" deste mundo para se satisfazer. Veja Sl 34:8 e 23:12.

  1. Lâmpada (Sl 119:105,Sl 119:130)

Este mundo é escuro, e a única luz segura é a Palavra de Deus (2Pe 1:19-61). Ela guia-nos em cada pas-so quando caminhamos em obedi-ência. Primeira Jo 1:5-43 infor-ma-nos que andamos na luz quando obedecemos à Palavra do Senhor.

  1. Grandes despojos (v. 162)

Os soldados pobres se enriqueciam com os despojos deixados pelo ini-migo. Não alcançamos com facilida-de as riquezas da Palavra. Primeiro temos de travar uma batalha espiritu-al contra Satanás e a carne. Mas ela vale a pena. Leia Lc 11:14-42.

  1. Legado (v. 111)

A Bíblia é um legado precioso! Pen-se nas pessoas que sofreram e que morreram para que tivéssemos esse legado.

  1. O que a Bíblia faz
  2. Ela abençoa (Sl 119. 1-2)

A Bíblia é um livro de bem-aventu- ranças (S11:1 -3). Somos abençoados por ler a Palavra, por compreendê-la e por lhe obedecer. Também somos abençoados quando compartilha-mos a Palavra com os outros.

  1. Ela dá vida (Sl 119:25,Sl 119:40,Sl 119:50, Sl 119:88, Sl 119:93)

"Vivificar" significa "dar vida". A Palavra nos dá vida eterna quando cremos (1Pe 1:23). Ela é a Palavra viva (He 4:12). A Palavra do Senhor também nos vivifica quando esta-mos fracos, desencorajados e der-rotados. Há renovação quando nos entregamos à Palavra do Senhor.

G Ela fortalece (v. 28)

Crer na Palavra encoraja-nos (Mt 4:4). A Palavra de Deus é eficaz (He 4:12) e capacita-nos quando cremos nela e obedecemos a ela.

  1. Ela liberta (v. 45)

Uma lei que liberta — que para-doxo! A iniqüidade nos domina (v. 133), mas a Palavra nos liberta Jo 8:32). A verdadeira liberdade está na obediência à vontade de Deus. A Palavra dele é a "lei perfeita, lei da liberdade" (Jc 1:25).

  1. Concede sabedoria (w. 66,97-104)

Em outros livros, podemos adquirir conhecimento e informação, mas encontramos a verdadeira sabedo-ria espiritual na Bíblia. Nos versícu-los 97:104, observe as várias formas de descobrir a verdade — com os inimigos, com os mestres, com os idosos —, e todas elas são boas. Mas, acima de todas essas fontes, está o conhecimento da Bíblia. Os mestres podem aprender nos livros, os idosos, com a experiência (am-bos merecem respeito), mas isso, sem a Bíblia, não é suficiente.

  1. Ela faz amigos (v. 63)

Conhecer a Bíblia e obedecer à Pa-lavra trará para sua vida os amigos mais excelentes. Na verdade, os que amam a Palavra de Deus são amigos. Os falsos amigos podem deslumbrá- lo com sua sabedoria mundana e suas riquezas, mas a amizade deles o desviará. Apegue-se às pessoas apegadas à Bíblia (v. 31).

  1. Ela conforta (vv. 50,76,82,92)

Mais de 60 versículos desse salmo mencionam provações e persegui-ção (vv. 20,50-53,95,98,115, etc.). O crente que obedece à Palavra terá provações neste mundo, mas a Bíblia dá-lhe conforto duradouro. O Consolador, o Espírito de Deus, aplica a Palavra em nosso coração a fim de confortar-nos.

  1. Ela orienta (v. 133)

A vida cristã é um caminhar, um dia e um passo de cada vez (vv. 1,3,45). A Palavra orienta nossos passos, tanto no caminhar quanto na corri-da (v. 32). Observe as orações nos versículos 35:116-117. Quando oramos em busca de orientação, o Senhor responde por meio de sua Palavra.

  1. O que devemos fazer com a Bíblia
  2. Amá-la (vv. 97,159)

A forma como tratamos nossa Bí-blia é a mesma como tratamos a Cristo. Amá-lo significa amar sua Palavra. A Palavra é um prazer (vv. 16,24,35,47,70), e não um desa-pontamento. Regozijamo-nos quan-do a lemos (vv. 14,162).

  1. Valorizá-la (vv. 72,128)

O verdadeiro santo tem a Bíblia em alta estima. Ela deve ser mais valio-sa para nós que qualquer tesouro terreno.

  1. Estudá-la (vv. 7,12,18,26-27)

O salmista ora pelo menos doze vezes: "Ensina-me". Deus abençoa o cristão que estuda a Bíblia dia-riamente. Nem sempre o estudo da Bíblia é fácil; ele envolve "todo o coração" (vv. 2,10,34,69,145).

  1. Memorizá-la (v. 11)

Campbell Morgan explica esse ver-sículo desta maneira: "O melhor Livro, no melhor lugar, para o me-lhor propósito!". As pessoas de to-das as idades, não apenas crianças e jovens, precisam memorizar a Pa-lavra. Josué não era jovem quando Deus ordenou que ele memorizasse a Lei Dn 1:8). Jesus citou as Escri-turas quando enfrentou Satanás no deserto (Mt 4:1 -11).

  1. Meditar a respeito dela (vv. 15, 23, 48, 78, 97, 99, 148)

A meditação é para a alma o que a digestão é para o corpo. Meditar significa "entregar-se" de mente e coração à Palavra de Deus, exa-miná-la, comparar as passagens, alimentar-se com suas verdades ma-ravilhosas. Nesses dias agitados e confusos, é muito raro, mas muito necessário, esse tipo de meditação. A meditação é impossível sem a memorização.

  1. Confiar nela (v. 42)

Confiamos em tudo na Bíblia por-que ela está certa em tudo (v. 128). Ela é verdadeira, e podemos con-fiar totalmente nela. Discutir com a Bíblia é o mesmo que discutir com o Senhor. Testamos todos os outros pelo que Deus diz em sua Palavra.

  1. Obedecer a ela (vv. 1-8)

Guardar a Palavra significa obedecer a ela, andar em seus mandamentos. Satanás conhece a Palavra, mas não pode obedecer a ela. Se conhece-mos a verdade de Deus, mas não lhe obedecemos, estamos apenas nos enganando.

H. Proclamá-la (vv. 13,26)

Quando obedecemos, podemos tes-temunhar a respeito da Palavra para os outros e contar-lhes o que o Se-nhor fez por nós.


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de Salmos Capítulo 119 do versículo 1 até o 176
119:1-176 A maneira de encarar os ensinamentos de Deus. O salmo é acróstico, isto é, cada grupo Dt 8:0).

119.29 Ter uma palavra divina considerava-se de grande valor. Nossa atitude natural pende para rebelarmo-nos contra qualquer lei, como uma imposição contrária aos nossos interesses reais.

119.30 A vida religiosa tem por princípio uma escolha deliberada, uma decisão irrevogável (conforme Ez 18:27, 28).

119.32 A alegria, que se baseia na salvação de Deus, é uma força vital que nos possibilita uma vida segundo a vontade revelada de Deus (Jr 9:23-24).

HE vv. 119:33-40. Entre outras petições, o v. 34 traz o pedido máximo do rei Salomão (1Rs 3:6-11).

119.35 Me comprazo. Só uma pessoa convertida pode compreender a alegria inefável de obedecer à Palavra de Deus (conforme 1Co 9:19-46).

119.36 Cobiça. É o pecado que levou Eva e Adão a prejudicarem o povo de Deus, pela desobediência total à vontade divina declarada (Gn 3:1-7; Js 7:1-6; Jc 1:13-59).

119.37 Vaidade. Junto com a cobiça (36) e com a vida dos soberbos (21), a vaidade forma o pecado da soberba, que e a luta renhida do próprio "eu" contra Deus.

119.38 Promessa. A aliança de Deus, descrita no Sl 89:26-19, e cumprida em Cristo.

119.39 Opróbrio. O crente tem medo de dar mau testemunho.

VAV vv. 119:41-48. O salmista suplica a Deus que Sua misericórdia e Sua Palavra sejam bênçãos sempre presentes em sua vida.

119.42 Aquele que anda perto de Deus não fica envergonhado pelos insultos dos homens (conforme 1Pe 2:6; 1Pe 3:14, 1Pe 3:15).

119.45 Largueza. É um erro grave pensar que aqueles que obedecem à Palavra de Deus têm a mente estreita e a vida fechada. Em Cristo gozamos a plenitude da liberdade (Gl 5:1).

119.50 A consolação do crente é que a Palavra de Deus lhe torna a morte em vida (Ef 2:1).

119.51 A zombaria é um poderoso instrumento de Satanás para desviar o crente da vida em Cristo (conforme At 17:18).

119.52 Lembro-me. Uma boa parte dos salmos se dedica a confortar o justo através da lembrança do que Deus tem feito no passado.

119.53 Além de amar a justiça, o crente verídico odeia o pecado.
119.54 Peregrinação. A vida terrestre é reconhecida como breve morada, numa tenda frágil - 2Co 5:1-47 - mas para quem anda no plano de Deus a vida é um perpétuo hino de vitória e de louvor (2Co 2:14).

HETH vv. 119:57-64. Porção (57). Deus (Jeová) Se dá ao crente na pessoa de Cristo, para ser nossa herança (1Pe 3:4).

119.59 A Palavra de Deus é como um espelho no qual podemos ver se nossa própria vida, está em ordem Jc 1:23-59.

119.62 Se tivéssemos o fervor de interrompermos até nosso sono para o ato de ações de graças a Deus, esta atitude de gratidão encheria o mundo de um otimismo dinâmico e edificante.
119.63 Companheiro. Os fiéis sempre são convidados, a unirem-se na fraternidade da adoração coletiva e para exortarem mutuamente a servir a Deus na vida de todos os dias.

119.64 O universo proclama a bondade de Deus, mas sua mensagem não pode ser assimilada sem a revelação direta de Deus, pela Sua Palavra.
TETH vv. 119:65-72. O testemunho do crente que aplicou a Palavra de Deus à sua própria vida, reconhecendo o cumprimento de Deus (65).
119.66 A fé nos mandamentos de Deus nos leva à verdadeira sabedoria.
119.67 A aflição pode ser a mensagem de Deus para nos humilhar e nos levar a abraçar a Palavra de Deus.
119.68 Os decretos de Deus são a expressão da Sua bondade.
119.71 Com gratidão e alegria o crente repete a verdade externada no v. 67.

119.72 A ambição do justo é possuir os valores eternos (conforme Mt 6:19-40).

YODE vv. 119:73-80. Aquele que nos criou é Aquele que tem autoridade para nos moldar e guiar pela Sua vontade revelada na Bíblia (73).
119.74 A alegria dos crentes é ver um irmão que vive pela fé.
119.75 Fidelidade. Deus aflige e castiga para o bem daqueles que realmente são Seus filhos (51.4, 2Co 7:10; He 12:4-58).

119.79 Há uma comunhão entre os que amam a Palavra de Deus (conforme At 2:42).

KAFE vv. 119:81-88. Fisicamente ressequido e inútil, o crente sabe que os decretos de Deus lhe prometem a vida em abundância (83; He 2:11-58 mostra como Deus ensina Seus discípulos ("eruditos").

NUM vv. 119:106-112. A Palavra de Deus é um guia certo tanto para o comportamento diário para formar idéias e ideais, como para conduzir à glória (105).
119.107 Na aflição, o justo recorre diretamente à Palavra de Deus. Em tais horas, vai verificar que o conselho humano complica ao invés de ajudar.
119.108 Oferendo. O sacrifício de louvor e ações de graças, que é mais valioso do que qualquer objeto material, sendo o sacrifício do próprio "eu", feito com toda a espontaneidade da gratidão (He 13:15).

119.109 Os grandes perigos forçam as pessoas a se esquecerem de tudo o que não tem importância real. A Palavra de Deus permanece quando as maiores glórias da humanidade voltam ao pó (Is 40:6-23).

119.110 O mundo tem um gozo especial se conseguir fazer o justo pecar. Isto é obra do diabo (1Pe 5:8-60).

119.111 Legado. Ter comunhão corri Deus mediante Sua vontade revelada é a herança do justo e o penhor da vida eterna.

119.117 A capacidade de viver segundo os decretos de Deus não pode preceder a salvação, que depende do sustento de Deus (conforme Rm 7:0, 1Pe 1:12, 1Pe 1:23).

KOFE vv. 119:145-152. A única fonte da ética e a moralidade é a lei de Deus (150). 119.151 A infalibilidade da Palavra de Deus não é novidade (conforme Jo 10:35).

RESH vv. 119:153-160. Quem abraça a revelação de Deus (lei), está em condições de falar com Ele (153). Quem conhece a Jesus sabe que toda petição em Seu nome será atendida,Jo 14:13.

119.155 Se os ímpios rejeitam a mensagem salvadora na Bíblia, perderão a oportunidade do arrependimento e do per dão (2Co 6:2).

119.160 O princípio. No princípio do universo só a palavra que Deus proferiu era o suficiente para que tudo fosse criado (Gn 1:3, 6, 9, etc.). A verdade da Palavra de Deus tem seu paralelo na estrutura do universo (He 1:3).

SHIN vv. 119:161-168. Despojos (162). Descobrir a vontade divina para as nossas vidas é melhor do que achar mina de ouro.

119.163 Mentira. A falsidade está em guerra contra o Deus verdadeiro.

119.164 Se nosso dia fosse assim pontuado com ações de graças, compreenderíamos melhor a natureza da comunhão com Deus (conforme 3.16, 17).
119.165 Esta paz e segurança pertencem àqueles que colocam seu amor nas coisas eternas.
119.168 Presença. O homem que desenvolve o hábito de estar sempre consciente da presença real de Deus transforma isto em grande conforto e santificação na vida diária (conforme Mt 28:20).

TAU vv. 119:169-176. Entendimento (169). Deus tinha prometido ao Seu povo que Ele mesmo ensinaria, e nesta palavra o salmista confia (Is 54:13).

119.170 Livra-me. A petição peja salvação também se justifica nas promessas de Deus reveladas na Sua Palavra.

119.171,172 Possuir ensinamentos de Deus é o maior gozo do crente, a melhor herança que tem nesta vida, um assunto perpétuo de hinos de louvor e de gratidão.
119.173 Escolhi. Quem se submeteu a Deus pode pedir que Sua mão venha interferir na sua vida, seja para socorrer, seja para corrigir.

119.176 Esta oração final tem sua resposta cabal na pessoa do Senhor Jesus Cristo, o Bem pastor que dá a Sua vida pelas ovelhas (Jo 10:1-43; conforme Lc 15:4-42).


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de Salmos Capítulo 119 do versículo 1 até o 176
Sl 119:0 - A PALAVRA É A VERDADE

Esse salmo, sem dúvida alguma o salmo mais longo do Saltério, é um poema acróstico muito bem elaborado. Consiste em 22 estrofes, correspondentes às letras do alfabeto hebraico. Cada estrofe tem oito linhas de duas partes que começam todas com a mesma letra. Essa proeza artística é um monumento literário erguido em honra à revelação que Deus fez da sua palavra a Israel. Ele se exalta na lei como a comunicação da verdade de Deus (v. 160) com respeito à doutrina e ética. A lei não é apenas uma referência à legislação ou ao Pentateuco, mas de forma bem abrangente inclui tudo que Deus revelou acerca do seu caráter e propósitos, e o que ele queria que o ser humano fosse e fizesse (cf. Rm 3:19). A Torá é vista aqui não como um fardo (contraste com At 15:10), mas um meio de contato direto com Deus e uma demonstração da sua graça e orientação.

Ao celebrar a revelação de Deus, o poeta faz alterações estilísticas ao empregar oito termos sinônimos, nos quais em cada um podemos detectar uma conotação diferente. A lei (tõrãh) é a revelação do ensino divino. Os estatutos {‘êdõf) são os termos da aliança que Deus dá ao povo para que observe. Os preceitos (piqqüdlm) são regras detalhadas para a vida. Os mandamentos (miswõt) expressam a vontade insistente de um Deus pessoal que é o Senhor de Israel. Os decretos (huqqlm) são regulamentações escritas e prescritas para obediência permanente. As ordenanças (mispãtim) são veredictos do Juiz divino que têm um grande alcance de circunstâncias. A palavra (ou palavras) representa dois termos. O primeiro (heb. dãbãr) é uma referência à transmissão da vontade de Deus a seu povo, enquanto o segundo (heb. ’imrãh) muitas vezes tem a conotação de promessa (ou promessas) e com freqüência é traduzido assim. Podemos acrescentar a essa lista ainda caminhos, um padrão de vida fundamentado na vontade de Deus (conforme Dt 5:33).

De um ponto de vista, o salmo é um hino em louvor à revelação de Deus. De outro, é uma oração que expressa a necessidade contínua que o homem tem do cuidado pastoral de Deus (conforme v. 19,176). A lei não é um manual de “faça-você-mesmo” que Deus entregou ao homem para que o use da melhor maneira possível. E como se fosse a parte escrita de uma série de seminários e palestras para a vida toda. Com ela, vem a certeza da sua presença viva na vida do crente, incentivando-o, advertindo-o, prometendo, capacitando (conforme v. 150,151). O autor não é um músico amador compondo poesia em uma longínqua torre de marfim. Grande parte do salmo reflete uma situação de tensão e aflição. O salmista se volta para o Deus da Palavra, apelando para as suas promessas escritas e suplicando por sua ajuda.

Por mais magnífico que seja, o salmo cria problemas para o expositor. As vezes os versículos ocorrem em pares; outras vezes, há uma cadeia mais longa de material relacionado. Com freqüência, os versículos expressam sentimentos isolados, relacionados aos versículos próximos somente pela letra inicial de cada linha e pela menção à lei de Deus ou de um conceito semelhante. Alguns comentaristas tentam de modo otimista rotular cada estrofe com um tema distinto. Eles tentam alcançar esse alvo à custa da concentração em alguns versículos e ao ignorar a contribuição dos versículos restantes. E melhor enxergar o salmo como um caleidoscópio de temas variados e recorrentes e analisá-lo de maneira temática.
Um fio que passa por toda a rica tapeçaria do poema é a apreciação do valor da revelação de Deus. E mais doce que o mel (v. 103) e melhor do que dinheiro (v. 14,72,127). E o prazer do autor (v. 47,70,111,174) e o motivo do seu desejo (v. 20,40,131). Evoca o seu louvor (v. 7,54,62,164,171,172) e o seu amor (v. 48,97,113 140:162-163,167; conforme tb. v. 46, 129,152). Não é de admirar que ele reflita sobre ela e a leve a sério (v. 11,13 15:55-148). Mas por ele mesmo não consegue penetrar na profundidade do seu significado e escopo, e, assim, ora por compreensão e pela capacidade de aplicar os seus desafios à vida diária (v. 12,18,27,32-34,66,73,108,124,125, 135,144,169). Porque ele dá tanto valor à Palavra, se volta para aquele que a deu, apelando na hora da sua dificuldade ao seu caráter e às promessas ali expressas (v. 25,28,41,49, 50,58,107,116,149,154,156). Mesmo assim, ele é maduro o suficiente para saber que há valor espiritual no sofrimento e que isso pode fazer parte da escola de Deus (v. 67,71,75).

Ele reconhece a obrigação de permanecer leal a Deus também nas horas mais difíceis e relata a Deus que, apesar de intensa perseguição e tormento, não abandonou o seu Senhor (v. 51,60,61,69,83,87,95,109,110,141, 143,157,161). A esperança sincera é que Deus vai estar do seu lado na hora da necessidade. Aliás, sua obediência é muitas vezes a base para um apelo direto a Deus (v. 22,30, 31,38,39,42,58-60,84-86,94,121,122,132, 153,159,173,176). Ele sabe que é algo irracional viver sem dar atenção à vontade de Deus e depois esperar que ele o ajude. A vida desobediente de outras pessoas o entristece como algo trágico (v. 53,136,139,158) e fatal (v. 21,118,119), pois somente a obediência pode lhe dar uma sensação de alívio (v. 45) e lhe garantir segurança (v. 165) e a alegria da salvação (v. 155).
Ele está consciente também de que o livramento vai gerar mais obrigações e, assim, promete obediência se as suas necessidades presentes forem satisfeitas (v. 8,17,88,115, 134,145,146) — como já ocorreu com necessidades passadas (v. 26,65). Ele também promete louvor (v. 170,171,175). Compromete-se a viver a partir daí uma vida que honre a Deus e a sua Palavra (v. 15,16,23,44, 57,78,106,112). Há amplos incentivos para uma vida piedosa na grandeza de Deus (v. 64,73,89-91,168) e na sua bondade moral (v. 68,137,138). Mas ele sabe muito bem que sua determinação não vai levar a nada, a não ser que o Senhor a sustente com a força dele (v. 5,6,10,29,35-37,80,117,133).
Em função disso, a palavra de Deus é lâmpada que ilumina os pés dele (v. 105,128,130). Ele se alegra que a palavra o sustentou no passado (v. 92) e tem sido fonte de esperança (v. 49) e conforto (v. 50,52), de sabedoria prática (v. 24,98-100,104) e de uma vida satisfatória (v. 93). E é a base da sua esperança para o futuro (v. 43,76,81,82,114,123,147,166,170).

Embora esse poeta tenha muito a dizer acerca da sua fé pessoal, e da sua experiência e esperança em relação a Deus, ele não é individualista. Aprecia a comunhão com os seus pares (v. 63,74,79). Ele recomenda uma vida de confiança e obediência, desejando que outros trilhem o seu caminho (v. 1-4,9).
v. 19. peregrino: alguém privado dos seus direitos; conforme v. 54; 39.12; Lv 25:23; 1Pe 2:11.


Moody

Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
Moody - Comentários de Salmos Capítulo 119 do versículo 25 até o 32

25-32. A Força do Entendimento. Vivifica-me . . . ensina-me . . . faze-me atinar. O perigo confrontando o salmista fá-lo pedir força e conforto. Ele percebe que a vivificação que ele deseja vem da compreensão dos ensinamentos de Deus.


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de Salmos Capítulo 119 do versículo 25 até o 40
c) Um apelo solicitando forças (25-40)

Sobrecarregado de tristezas, o salmista pleiteia por forças e pela segurança, mediante o ministério da palavra; e também por um coração verdadeiramente penitente que o preserve em meio à tentação. Está pegada ao pó (25): isto é, sente-se deprimida por motivo das tristezas. Ver o vers. 28 e cfr. o Sl 44:25. No vers. 26 o salmista refere-se a uma oração anterior (cfr. Sl 32:5); os vers. 26-27 dão sua presente oração. Note-se o contraste entre "o caminho da falsidade" (29) e "o caminho da verdade" (30). A Literatura de Sabedoria conta com muitas instâncias dessa ilustração (exemplo, Sl 1:6; Pv 4:14-20; Mt 7:13-40). Quando dilatares o meu coração (32); isto é, quando o aliviares de ansiedades e o libertares para que sirva (cfr. Mt 6:31 e segs.). A harmonia da vontade divina e da preferência humana é expressa no vers. 35: "Faze-me andar na vereda dos teus mandamentos, porque nela tenho prazer". Ele pleiteia para ser salvaguardado das atrações do ganho material e dos falsos valores (cfr. Mt 26:41). Temor (38); isto é, piedosa reverência. A palavra hebraica, aqui, difere da que aparece no vers. 39. O opróbrio que temo (39): isto é, ele temia sucumbir às censuras e escárnios dos homens, assim vindo a negar que as ordenanças (mishpatim) do Senhor fossem boas e satisfatórias. Vivifica-me por tua justiça (40). Ele buscava renovação de forças, baseando seu apelo na fidelidade de Deus às promessas de Sua aliança.


Dicionário

Alma

substantivo feminino Princípio espiritual do homem que se opõe ao corpo.
Religião Composição imaterial de uma pessoa que perdura após sua morte; espírito.
Qualidades morais, boas ou más: alma nobre.
Consciência, caráter, sentimento: grandeza de alma.
Figurado Quem habita algum lugar; habitante: cidade de 20.000 almas.
Figurado Origem principal: esse homem era a alma do movimento.
Expressão de animação; vida: cantar com alma.
Condição essencial de: o segredo é a alma do negócio.
[Artilharia] O vazio interior de uma boca de fogo: a alma do canhão.
[Música] Pequeno pedaço de madeira que, colocado no interior de um instrumento de cordas, comunica as vibrações a todas as partes do instrumento: a alma de um violino.
Armação de ferro, de uma escultura modelada.
Etimologia (origem da palavra alma). Do latim anima.ae, sopro, ar, origem da vida.

espírito, ânimo, eu, coração. – Segundo Roq., “alma, no entender de alguns etimologistas, vem de anima, termo latino que vem do grego anemos, “ar, sopro, alento”; outros, e talvez com mais razão, derivam a palavra alma do verbo latino alo... alere, “vivificar, nutrir”. Seja qual for sua etimologia, representa esta palavra, em sua significação mais lata, o princípio, a causa oculta da vida, do sentimento, do movimento de todos os seres viventes”. – Espírito é a palavra latina spiritus, de spiro... are, “respirar”, e vale o mesmo que sopro ou hálito, ar que se respira. Espírito difere de alma, primeiro em encerrar a ideia de princípio subtil, invisível que não é essencial ao outro vocábulo; segundo, em denotar inteligência, faculdades intelectuais ativas que àquele só são acessórias. Os filósofos materialistas têm querido negar à alma humana a qualidade de espiritual, mas nenhum se lembrou ainda de dizer que o espírito era matéria. Alma desperta ideia de substância simples, que anima ou animou o corpo, sendo que espírito só indica substância imaterial, inteligente e livre, sem relação nenhuma com o corpo. Deus, os anjos, os demônios são espíritos, mas não são almas; as substâncias espirituais que animaram os corpos humanos, ainda depois de separadas deles, chamam-se almas; e assim dizemos: as almas do Purgatório; almas do outro mundo, a que os franceses chamam revenants. Vieira disse, falando do demônio: “É espírito: vê as almas”. Os gregos designavam a alma pela palavra psyche, “que quer dizer respiração”, “sopro”; e davam-lhe a mesma extensão que nós damos à palavra alma... Daí vem chamar-se psicologia à parte da filosofia que trata da alma. No sentido figurado, alma refere-se aos atos, aos sentimentos, aos afetos; espírito, ao pensamento, à inteligência. Diz-se que um homem tem a alma grande, nobre, briosa; e que tem o espírito penetrante, profundo, vasto. Falando do homem, alma e espírito nem sempre são sinônimos perfeitos; isto é, nem em todos os casos se podem empregar indiferentemente, senão em alguns; tal é aquele de Vieira em que, querendo encarecer o valor da alma sobre o corpo, diz: “Tudo isto que vemos (no 166 Rocha Pombo homem) com os próprios olhos é aquele espírito sublime, ardente, grande, imenso – a alma (II, 71). – Ânimo é a mesma palavra latina animus, de anemos, grego, do mesmo modo que anima. Na sua significação primitiva vale o mesmo que alma, espírito; porém o uso tem preferido este vocábulo para designar a faculdade sensitiva e seus atos: representa, pois, quase sempre valor, esforço, ou intenção, vontade; e nisto se distingue de alma e espírito (se bem que nem sempre essencialmente). Segundo os afetos que o ânimo experimenta, pode ele ser baixo, abatido, humilde, vil, ou altivo, elevado, soberbo, nobre, esforçado: o que com propriedade (em muitos casos) não se poderia dizer de alma, e ainda menos de espírito”. Como notamos entre parênteses, nem sempre é de rigor a distinção que faz Roq. Também dizemos: espírito baixo ou altivo; alma esforçada ou abatida, vil ou soberba. – Em linguagem filosófica, eu é a alma, é o conjunto das faculdades que formam a individualidade psicológica. Particularmente, quando se considera a alma como ser pensante, ou quando nela se vê apenas a faculdade intelectual, chamamo-la espírito. – Coração só pode ser tido como sinônimo de alma e de espírito: de alma, quando exprime, como esta, “órgão dos afetos”; de espírito, quando é tomado como sede da fortaleza moral, da coragem etc.

[...] ser imaterial e individual que em nós reside e sobrevive ao corpo. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Introd•

A alma é um Espírito encarnado, sendo o corpo apenas o seu envoltório. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Introd•

[...] a alma, Espírito encarnado que tem no corpo a sua habitação [...].
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 135

[...] o Espiritismo nos apresenta a alma, como um ser circunscrito, semelhante a nós, menos o envoltório material de que se despojou, mas revestido de um invólucro fluídico, o que já é mais compreensível e faz que se conceba melhor a sua individualidade. [...] As relações da alma com a Terra não cessam com a vida; a alma, no estado de Espírito, constitui uma das engrenagens, uma das forças vivas da Natureza; não é mais um ser inútil, que não pensa e já não age senão para si durante a eternidade; é sempre e por toda parte um agente ativo da vontade de Deus. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• Viagem espírita em 1862 e outras viagens de Kardec• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Discursos•••, 2

O principal agente da saúde, que a restitui quando perdida e a preserva, impedindo o desenvolvimento de qualquer enfermidade [...] é a alma.
Referencia: AGUAROD, Angel• Grandes e pequenos problemas• Obra ditada a Angel Aguarod pelo seu Guia Espiritual• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 9

[...] A alma, no curso da sua existência terrena e ainda por muito tempo após a morte do corpo, está bem revestida de uma forma, guarda bem uma identidade pessoal (e neste sentido é limitada), mas isso não impede que sua atividade seja, apesar de tudo, radiante e que esse estado de incessante irradiação se estenda desmedidamente na existência espiritual. [...]
Referencia: BOECHAT, Newton• Ide e pregai• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1989• -

[...] a alma, tal como o átomo, longe de ser uma estrutura simples, é um sistema dinâmico, formado por múltiplos elementos que, por assim dizer, gravitam em torno de um núcleo central (Aksakof).
Referencia: CERVIÑO, Jayme• Além do inconsciente• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2

[...] ser concreto, dono de um organismo físico perfeitamente delimitado.
Referencia: DELANNE, Gabriel• A evolução anímica: estudo sobre psicologia fisiológica segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Quintão da 2a ed• francesa• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Introd•

[...] é una, e cada essência espiritual é individual, é pessoal. Nenhuma alma pode transmutar-se noutra, substituir outra. Portanto, uma unidade irredutível, que tem a existência em si.
Referencia: DELANNE, Gabriel• A evolução anímica: estudo sobre psicologia fisiológica segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Quintão da 2a ed• francesa• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6

A alma é um ser transcendental.
Referencia: DELANNE, Gabriel• A Reencarnação• Trad• de Carlos 1mbassahy• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - cap• 13

[...] um ser concreto, com individualidade, porque, mesmo durante a vida, é esse ser ao qual se deu o nome de alma ou de espírito, que pode separar-se do corpo e manifestar sua realidade objetiva nos fenômenos de desdobramento.
Referencia: DELANNE, Gabriel• A Reencarnação• Trad• de Carlos 1mbassahy• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - cap• 13

[...] princípio independente da matéria, que dirige o corpo, e a que chamamos alma.
Referencia: DELANNE, Gabriel• O Espiritismo perante a Ciência• Trad• de Carlos 1mbassahy• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 1, cap• 1

[...] é uma realidade que se afirma pelo estudo dos fenômenos do pensamento; que jamais se a poderia confundir com o corpo, que ela domina; e que, quanto mais se penetra nas profundezas da fisiologia, tanto mais se revela, luminosa e clara, aos olhos do pesquisador imparcial, a existência de um princípio pensante.
Referencia: DELANNE, Gabriel• O Espiritismo perante a Ciência• Trad• de Carlos 1mbassahy• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 1, cap• 1

[...] a esta força que vela sobre o corpo e o conduz, chamamos alma.
Referencia: DELANNE, Gabriel• O Espiritismo perante a Ciência• Trad• de Carlos 1mbassahy• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 2, cap• 2

É o eu consciente que adquire, por sua vontade, todas as ciências e todas as virtudes, que lhe são indispensáveis para elevar-se na escala dos seres. [...]
Referencia: DELANNE, Gabriel• O Espiritismo perante a Ciência• Trad• de Carlos 1mbassahy• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 3, cap• 3

[...] A alma do homem é que é o seu eu pensante e consciente.
Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 10

A alma é o princípio da vida, a causa da sensação; é a força invisível, indissolúvel que rege o nosso organismo e mantém o acordo entre todas as partes do nosso ser. [...]
Referencia: DENIS, Léon• Depois da morte: exposição da Doutrina dos Espíritos• Trad• de João Lourenço de Souza• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, cap• 10

A alma, princípio inteligente, centro da força, foco da consciência e da personalidade.
Referencia: DENIS, Léon• Depois da morte: exposição da Doutrina dos Espíritos• Trad• de João Lourenço de Souza• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 4, cap• 29

A [...] [é] um centro imperecível de força e de vida, inseparável de sua forma sutilíssima. [...]
Referencia: DENIS, Léon• Joana d’Arc médium• Trad• de Guillon Ribeiro• 22a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - pt• 1, cap• 4

A alma [...] vem de Deus; é, em nós, o princípio da inteligência e da vida. Essência misteriosa, escapa à análise, como tudo quanto dimana do Absoluto. Criada por amor, criada para amar, tão mesquinha que pode ser encerrada numa forma acanhada e frágil, tão grande que, com um impulso do seu pensamento, abrange o Infinito, a alma é uma partícula da essência divina projetada no mundo material.
Referencia: DENIS, Léon• O problema do ser, do destino e da dor: os testemunhos, os fatos, as leis• 28a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 9

Cada alma é um foco de vibrações que a vontade põe em movimento. [...]
Referencia: DENIS, Léon• O problema do ser, do destino e da dor: os testemunhos, os fatos, as leis• 28a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 3, cap• 20

A palavra alma e seus equivalentes em nossas línguas modernas (espírito, por exemplo) ou nas línguas antigas, como anima, animus (transcrição latina do grego), spiritus, atma, alma (vocábulo sânscrito ligado ao grego, vapor), etc. implicam todas a idéia de sopro; e não há dúvida de que a idéia de alma e de espírito exprimiu primitivamente a idéia de sopro nos psicólogos da primeira época. Psyche, mesmo, provém do grego, soprar.
Referencia: FLAMMARION, Camille• A morte e o seu mistério• Rio de Janeiro: FEB, 2004• 3 v•: v• 1, 6a ed•; v• 2, 5a ed•; v• 3, 5a ed• - v• 1, cap• 3

[...] a alma não é um sopro; é uma entidade intelectual.
Referencia: FLAMMARION, Camille• A morte e o seu mistério• Rio de Janeiro: FEB, 2004• 3 v•: v• 1, 6a ed•; v• 2, 5a ed•; v• 3, 5a ed• - v• 1, cap• 3

[...] a alma é uma substância que existe por si mesma.
Referencia: FLAMMARION, Camille• A morte e o seu mistério• Rio de Janeiro: FEB, 2004• 3 v•: v• 1, 6a ed•; v• 2, 5a ed•; v• 3, 5a ed• - v• 1, cap• 9

A alma é uma substância invisível, impalpável, imponderável, fora das nossas condições de observação física. Nossas medidas de espaço não lhe podem ser aplicadas do mesmo modo que as do tempo. Ela pode manifestar-se a centenas e milhares de quilômetros de distância. [...]
Referencia: FLAMMARION, Camille• A morte e o seu mistério• Rio de Janeiro: FEB, 2004• 3 v•: v• 1, 6a ed•; v• 2, 5a ed•; v• 3, 5a ed• - v• 3, cap• 12

[...] a alma não é uma sucessão de pensamentos, uma série de manifestações mentais e, sim, um ser pessoal com a consciência de sua permanência.
Referencia: FLAMMARION, Camille• Deus na Natureza• Trad• de M• Quintão• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - t• 3, cap• 2

Nossas almas não são puros Espíritos. São substâncias fluídicas. Agem e se comunicam entre si por meios materiais, porém matéria sutil, invisível, imponderável.
Referencia: FLAMMARION, Camille• Estela• Trad• de Almerindo Martins de Castro• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - No domínio do desconhecido

A alma é um ser intelectual, pensante, imaterial na essência. [...]
Referencia: FLAMMARION, Camille• Narrações do infinito: lúmen• Trad• de Almerindo Martins de Castro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - 1a narrativa

[...] imaterial, imensurável, intransmissível, consciente. [...]
Referencia: FLAMMARION, Camille• Narrações do infinito: lúmen• Trad• de Almerindo Martins de Castro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - 1a narrativa

[...] a alma é uma entidade individual, [...] é ela quem rege as moléculas para organizar a forma vivente do corpo humano.
Referencia: FLAMMARION, Camille• Urânia• Trad• de Almerindo Martins de Castro• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 3, cap• 1

[...] A alma é uma chama velada. Quando lhe colocamos os santos olhos do amor, ela esplende e ilumina. Quando a descuidamos, ela se entibia e morre...
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Auto-iluminação

É a faculdade que Deus deu ao homem de se perpetuar pelo tempo afora e pelo Universo.
Referencia: LACERDA, Fernando de• Do país da luz• Por diversos Espíritos• Rio de Janeiro: FEB, 2003• 4 v•: v• 1, 8a ed•; v• 2, 7a ed•; v• 3, 6a ed•; v• 4, 5a ed• - v• 2, cap• 8

[...] a alma é atributo divino, criado por Deus, e espalhado, fragmentado, pelo Universo, tendo cada fragmento individualidade própria, ação independente, função definida, trajetória certa, e missão determinada [...].
Referencia: LACERDA, Fernando de• Do país da luz• Por diversos Espíritos• Rio de Janeiro: FEB, 2003• 4 v•: v• 1, 8a ed•; v• 2, 7a ed•; v• 3, 6a ed•; v• 4, 5a ed• - v• 2, cap• 28

A alma é que sente, que recebe, que quer, segundo as impressões que recebe do exterior, e mesmo independente delas, pois que também recebe impressões morais, e tem idéias e pensamentos sem a intervenção dos sentidos corporais.
Referencia: MENEZES, Adolfo Bezerra de• A loucura sob novo prisma: estudo psíquico-fisiológico• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2

A alma é o princípio causal do pensamento; ou, antes, é ela quem pensa e o transmite pelo cérebro, seu instrumento.
Referencia: MENEZES, Adolfo Bezerra de• A loucura sob novo prisma: estudo psíquico-fisiológico• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 3

[...] a alma, o princípio inteligente que subsiste à morte da carne, que zomba das investigações materialistas, que escapa ao trabalho grosseiro das necropsias, que se não deixa encerrar nas quatro paredes negras do caixão funerário.
Referencia: Ó, Fernando do• Marta• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - cap• 15

A Alma ou Essência, parcela do Poder Absoluto, e, como este, eterna, imortal; sede de potências máximas, ou faculdades, que exatamente denunciam a sua origem, funções tais como a Inteligência, a Consciência, o Pensamento, a Memória, a Vontade, o Sentimento, e demais atributos que sobrevivem através da Eternidade e que da criatura hu mana fazem a imagem e a semelhança do seu Criador, pois Deus, o Ser Absoluto, possui estes mesmos atributos (além de muitos outros que ainda ignoramos), em grau supremo, enquanto que a criatura os possui em grau relativo, visto que é essência sua, sendo, portanto, a Alma, sede de tais atributos, o verdadeiro ser!
Referencia: PEREIRA, Yvonne A• Ressurreição e vida• Pelo Espírito Léon Tolstoi• 2a ed• esp• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 8

[...] a alma é luz que se eleva à grandeza divina.
Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Amar e servir• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Mensagem

[...] A alma não é uma entidade metafísica, mas, sim, um centro imperecível de força e de vida, inseparável de sua forma sutilíssima. Preexistia ao nosso nascimento e a morte carece de ação sobre ela. [...]
Referencia: SOARES, Sílvio Brito• Páginas de Léon Denis• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - Joana D’arc

Nossa alma é um universo de sombras e claridades. Seu destino é a perfeição. [...]
Referencia: SOUZA, Juvanir Borges de• Tempo de renovação• Prefácio de Lauro S• Thiago• Rio de Janeiro: FEB, 1989• - cap• 8

A alma é a sede da vida. É ela que pensa, que sente, que imprime à matéria esta ou aquela forma, que dá ao rosto esta ou aquela expressão.
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - A letra e o espírito

[...] a alma humana é uma consciência formada, retratando em si as leis que governam a vida e, por isso, já dispõe, até certo ponto, de faculdades com que influir na genética, modificando-lhe a estrutura, porque a consciência responsável herda sempre de si mesma, ajustada às consciências que lhe são afins. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ação e reação• Pelo Espírito André Luiz• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 7

A Toda alma é templo vivo, que guarda ilimitada reserva de sabedoria e amor.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - O tempo

A alma humana, nestes vinte séculos de Cristianismo, é uma consciência esclarecida pela razão, em plena batalha pela conquista dos valores iluminativos.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Fonte viva• Pelo Espírito Emmanuel• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 25

[...] a alma é a sede viva do sentimento [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Lázaro redivivo• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 9

[...] Intimamente justaposta ao campo celular, a alma é a feliz prisioneira do equipamento físico, no qual influencia o mundo atômico e é por ele influenciada, sofrendo os atritos que lhe objetivam a recuperação.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Nos domínios da mediunidade• Pelo Espírito André Luiz• 32a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 25


Alma A parte não-material e imortal do ser humano (Mt 10:28), sede da consciência própria, da razão, dos sentimentos e das emoções (Gn 42:21;
v. IMORTALIDADE). Os dicotomistas entendem que o ser humano é corpo e alma, sendo espírito sinônimo de alma. Os tricotomistas acreditam que o ser humano é corpo, alma e espírito. “Alma vivente” quer dizer “ser vivo” (Gn 2:7). Na Bíblia muitas vezes a palavra “alma” é empregada em lugar do pronome pessoal: “Livra a minha alma da espada” quer dizer “salva-me da espada” (Sl 22:20, NTLH). Outras vezes “alma” em hebraico, quer dizer “pessoa” em português (Nu 9:13).

Alma Parte espiritual do homem, distinta de seu corpo. Embora o conceito bíblico esteja longe da rígida dicotomia entre corpo e alma que caracteriza, por exemplo, o hinduísmo ou o platonismo, o certo é que também existia a crença de uma categoria distinta do corpo que se identificava com o mais íntimo do ser. Assim aparece no Antigo Testamento como um “eu” espiritual que sobrevive consciente depois da morte (Is 14:9ss.; Ez 32:21ss.). Ainda que se insista que o pecado causa a morte da alma (Ez 18:4), isso não implica, em caso algum, a inconsciência ou aniquilação do sujeito. A morte física elimina seu corpo e destrói os planos que fizera (Sl 146:4), porém seu espírito volta-se para Deus (Ec 12:7), persistindo. A idéia da imortalidade da alma ainda era evidente durante o período intertestamentário e refletida, entre outros, pelo historiador judeu Flávio Josefo em seu “Discurso aos gregos acerca do Hades”. Os rabinos contemporâneos de Jesus — assim como o Talmude judeu posterior — insistiram também no conceito da imortalidade da alma e da sua sobrevivência consciente (para ser atormentada conscientemente na geena ou feliz no seio de Abraão) após a morte física. Em nossos dias, considera-se que a crença na imortalidade da alma é uma das doutrinas básicas do judaísmo, especialmente no seu setor reformado. Em um de seus ensinamentos mais conhecidos (Lc 16:19ss.), Jesus ressaltou que, no momento da morte, a alma da pessoa recebe um castigo ou uma recompensa consciente, e descreveu o primeiro em termos sensíveis como o fogo (Mc 9:47-48; Lc 16:21b-24), choro e ranger de dentes (Mt 8:12; 13 42:24-51 etc.) etc. Apesar de tudo, no ensinamento de Jesus não se considera a consumação escatológica concluída na resssurreição (Jo 5:28-29; Mt 25:46). Ao recusar a idéia do sono inconsciente das almas, da mortalidade da alma e da aniquilação, ao mesmo tempo que ressaltava a esperança da ressurreição, Jesus conservava a visão já manifestada no Antigo Testamento e, muito especialmente, no judaísmo do Segundo Templo, com exceções como a dos saduceus.

A. Cohen, o. c.; J. Grau, Escatología...; J. L. Ruiz de la Peña, La otra dimensión, Santander 1986; C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...; Idem, Diccionario de las tres..; m. Gourges, El más allá en el Nuevo Testamento, Estella 41993.


O termo “alma” é a tradução do hebraico nephesh. Em Gênesis 2:7, o termo denota o homem como um ser vivente depois que o fôlego de vida penetrou no corpo físico, formado com os elementos da terra.  Nephesh enfatiza a individualidade existente em cada ser vivente e não representa parte de uma pessoa; é a própria pessoa, sendo, em muitos casos, traduzido exatamente como ‘pessoa’ (Gn 14:21; Nm 5:6; Dt 10:22; cf. Sl 3:2) ou “eu” (a própria pessoa) (Lv 11:43-1Rs 19:4; Is 46:2). O uso do termo grego psuche em o Novo Testamento é similar àquele de nephesh no Antigo. O corpo e a alma existem em conjunto; ambos formam uma união indivisível. A alma não tem existência consciente separada do corpo. Não existe qualquer texto que indique a possibilidade de a alma sobreviver ao corpo, mantendo-se como entidade consciente.

Palavra

A palavra é um dom divino, quando acompanhada dos atos que a testemunhem [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O Consolador• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - q• 124

[...] O verbo é a projeção do pensamento criador.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Contos e apólogos• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 17

[...] a palavra é, sem dúvida, a continuação de nós mesmos.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Contos e apólogos• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 17

A palavra é dom sagrado, / É a ciência da expressão / Não deve ser objeto / De mísera exploração.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

[...] O verbo mal conduzido é sempre a raiz escura de grande parte dos processos patogênicos que flagelam a Humanidade.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Instruções psicofônicas• Recebidas de vários Espíritos, no “Grupo Meimei”, e organizadas por Arnaldo Rocha• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 9

O verbo gasto em serviços do bem é cimento divino para realizações imorredouras. Conversaremos, pois, servindo aos nossos semelhantes de modo substancial, e nosso lucro será crescente.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• No mundo maior• Pelo Espírito André Luiz• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 3

Veículo magnético, a palavra, dessa maneira, é sempre fator indutivo, na origem de toda realização.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Seara dos médiuns: estudos e dissertações em torno da substância religiosa de O Livro dos Médiuns, de Allan Kardec• Pelo Espírito Emmanuel• 17a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Palavra

O verbo é plasma da inteligência, fio da inspiração, óleo do trabalho e base da escritura.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Seara dos médiuns: estudos e dissertações em torno da substância religiosa de O Livro dos Médiuns, de Allan Kardec• Pelo Espírito Emmanuel• 17a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Palavra

Em tudo quanto converses, / Toma o bem por tua escolta. / Toda palavra é um ser vivo / Por conta de quem a solta.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Trovas do outro mundo• Por trovadores diversos• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6

A palavra é o instrumento mágico que Deus nos confia.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Entre irmãos de outras terras• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 23

[...] a palavra é precioso dom que Deus concede para auxílio ao nosso progresso geral, nossa felicidade e nossa alegria, mas jamais para o insulto e a afronta contra o que quer que seja dentro da Criação, nem mesmo ao mais abjeto verme, e ainda menos contra o Criador de todas as coisas [...].
Referencia: PEREIRA, Yvonne A• À luz do Consolador• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB• 1997• - Blasfêmia


Palavra
1) Expressão, falada ou escrita, de pensamento (Sl 5:1; Ap 21:5).


2) Mensagem de Deus (Jr 1:4; Rm 3:2, RC).


3) As Escrituras Sagradas do AT, especialmente a LEI 2, (Sl 119).


4) A mensagem do evangelho (Gl 6:6).


5) O VERBO (Jo 1:1, NTLH). Jesus é mais do que expressão falada: ele é Deus em ação, criando (Gn 1:3), se revelando (Jo 10:30) e salvando (Sl 107:19-20; 1Jo 1:1-2).


Palavra Esse conceito tem uma importância fundamental nos evangelhos. Jesus não menciona a palavra de Deus; apenas afirma “porém eu vos digo” (Mt 5:22.28). Essa palavra (logos) é a primeira causa de surpresa e de espanto entre seus contemporâneos (Lc 4:36). Com ela, Jesus faz milagres (Mt 8:8.16), frutos da fé nessa palavra (Jo 4:50-53). É também verbalmente que perdoa os pecados (Mt 9:1-7) e transmite autoridade (Mt 18:18; Jo 20:23). Diante dela, as pessoas devem tomar uma decisão (Mt 7:24-27; 13,23) e isso faz com que se dividam (Mc 8:38). Para João, o evangelista, Jesus é a Palavra (Logos — Memrá) que é Deus (Jo 1:1) e que se fez carne (Jo 1:11.
14) para revelar o Pai e salvar o homem (Jo 1:18; 3,34; 12,50; 17,8.14).

Do latim parabola, que significa “discurso” ou “fala”.

substantivo feminino Unidade linguística com significado próprio e existência independente, que pode ser escrita ou falada: expressou-se por meio de palavras; o texto deve conter somente 350 palavras.
Cada unidade linguística com significado, separada por espaços, ou intercalada entre um espaço e um sinal de pontuação.
Capacidade que confere à raça humana a possibilidade de se expressar verbalmente; fala.
Gramática Vocábulo provido de significação; termo.
Figurado Demonstração de opiniões, pensamentos, sentimentos ou emoções por meio da linguagem: fiquei sem palavras diante dela.
Afirmação que se faz com convicção; compromisso assumido verbalmente; declaração: ele acreditou na minha palavra.
Discurso curto: uma palavra de felicidade aos noivos.
Licença que se pede para falar: no debate, não me deram a palavra.
Gramática Conjunto ordenado de vocábulos; frase.
Figurado Promessa que se faz sem intenção de a cumprir (usado no plural): palavras não pagam contas.
Etimologia (origem da palavra palavra). Do latim parábola.ae; pelo grego parabolé.

substantivo feminino Unidade linguística com significado próprio e existência independente, que pode ser escrita ou falada: expressou-se por meio de palavras; o texto deve conter somente 350 palavras.
Cada unidade linguística com significado, separada por espaços, ou intercalada entre um espaço e um sinal de pontuação.
Capacidade que confere à raça humana a possibilidade de se expressar verbalmente; fala.
Gramática Vocábulo provido de significação; termo.
Figurado Demonstração de opiniões, pensamentos, sentimentos ou emoções por meio da linguagem: fiquei sem palavras diante dela.
Afirmação que se faz com convicção; compromisso assumido verbalmente; declaração: ele acreditou na minha palavra.
Discurso curto: uma palavra de felicidade aos noivos.
Licença que se pede para falar: no debate, não me deram a palavra.
Gramática Conjunto ordenado de vocábulos; frase.
Figurado Promessa que se faz sem intenção de a cumprir (usado no plural): palavras não pagam contas.
Etimologia (origem da palavra palavra). Do latim parábola.ae; pelo grego parabolé.

Pegada

substantivo feminino Vestígio ou marca dos pés deixado no solo ao passar; rasto, sinal.
Figurado O que marca um acontecimento, a ocorrência ou existência de alguma coisa; indício, vestígio: primeiras pegadas do cristianismo.
[Esporte] Momento em que o goleiro agarra a bola com as mãos, impedindo o gol.
[Esporte] Tentativa de roubar a bola do adversário; roubada.
[Esporte] Modo particular de chutar ou jogar a bola: jogador com boa pegada de direta.
[Esporte] No boxe, soco que leva ao nocaute.
expressão Ir nas pegadas. Ir atrás, no encalço; perseguir.
Etimologia (origem da palavra pegada). Do latim pedicata, ae; particípio feminino de pegar.

Pegada Marca no chão deixada pelo pé (Sl 77:19, RC; Sl 85:13, RA).

substantivo masculino Partículas extremamente pequenas e leves que pairam no ar ou se depositam nas coisas; poeira; polvilho.
Qualquer substância sólida pulverizada (reduzidas a partículas extremamente pequenas): pó de café.
Os restos de uma pessoa morta: todo ser humano vira pó.
Coisa sem importância; insignificância.
[Farmácia] Medicamento seco e moído.
[Gíria] Cocaína em pó.
Tabaco em partículas pequenas que, ao ser inalado, faz espirrar; rapé.
Etimologia (origem da palavra ). Do latim pulvus, pulvum.

substantivo masculino Partículas extremamente pequenas e leves que pairam no ar ou se depositam nas coisas; poeira; polvilho.
Qualquer substância sólida pulverizada (reduzidas a partículas extremamente pequenas): pó de café.
Os restos de uma pessoa morta: todo ser humano vira pó.
Coisa sem importância; insignificância.
[Farmácia] Medicamento seco e moído.
[Gíria] Cocaína em pó.
Tabaco em partículas pequenas que, ao ser inalado, faz espirrar; rapé.
Etimologia (origem da palavra ). Do latim pulvus, pulvum.

Segundo

numeral Numa série, indica ou ocupa a posição correspondente ao número dois.
adjetivo De qualidade inferior ou menos importante; secundário: artigos de segunda ordem.
Que apresenta semelhanças de um modelo, tipo ou versão anterior; rival, cópia: atriz se acha a segunda Fernanda Montenegro.
Que pode se repetir posteriormente; novo: segunda chance.
Cuja importância está condicionada a algo ou alguém melhor: é a segunda melhor aluna.
[Música] Que, num canto ou ao reproduzir um instrumento musical, produz sons graves: segunda voz.
substantivo masculino Algo ou alguém que está na segunda posição: não gosto de ser o segundo em minhas competições.
Curto espaço de tempo: já chego num segundo!
[Esporte] Pessoa que presta auxílio ou ajuda o boxeador.
[Geometria] Medida do ângulo plano expressa por 1/60 do minuto, sendo simbolizada por .
[Física] Medida de tempo que, no Sistema Internacional de Unidades, tem a duração de 9.192.631.770 períodos de radiação, sendo simbolizada por s.
Etimologia (origem da palavra segundo). Do latim secundum, “que ocupa a posição dois”.
preposição Em conformidade com; de acordo com; conforme: segundo o juiz, o goleiro é realmente culpado.
conjunção Introduz uma oração que expressa subordinação, e conformidade com o que foi expresso pela oração principal: segundo vi, este ano teremos ainda mais problemas climatéricos.
Introduz uma oração que expressa subordinação, indicando proporcionalidade em relação à oração principal; à medida que: segundo o contar dos dias, ia ficando ainda mais inteligente.
Etimologia (origem da palavra segundo). Do latim secundum, do verbo segundar.
advérbio De modo a ocupar o segundo lugar.
Etimologia (origem da palavra segundo). Do latim secundo.

hebraico: o segundo

(Lat. “segundo”). Junto com Aristarco, Segundo era um cristão da igreja em Tessalônica que se uniu a Paulo em sua última jornada pela Grécia e finalmente de volta a Jerusalém. Ao que parece foi um dos representantes daquela igreja que levou os donativos coletados para os pobres em Jerusalém (At 20:4).


Vivificar

verbo transitivo direto Dar vida a; fazer existir; animar: a energia vivifica o universo.
Manter o vigor, a vida; estimular: a inteligência vivifica a existência.
Tornar fértil, produtivo; fertilizar: boas políticas vivificam a economia.
Tornar a viver; reanimar: vivificar terrenos.
verbo transitivo direto e pronominal Passar a ter vigor; animar-se: novos professores vivificaram a escola; com as melhorias, a escola se vivificou.
verbo intransitivo Ser estimulante: a felicidade vivifica.
Etimologia (origem da palavra vivificar). Do latim vivificare.

Dar vida; reviver.

Vivificar
1) Dar novas forças (Sl 85:6).


2) Dar vida (2Co 3:6).


3) Ressuscitar (Rm 4:17).


Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
Salmos 119: 25 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

Dálet. A minha alma está achegada- e- aderida ao pó; vivifica-me segundo a Tua palavra.
Salmos 119: 25 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

979 a.C.
H1692
dâbaq
דָּבַק
grudar-se a, colar, permanecer junto, unir-se, manter-se próximo, juntar-se a, permanecer
(and shall cleave)
Verbo
H1697
dâbâr
דָּבָר
discurso, palavra, fala, coisa
(and speech)
Substantivo
H2421
châyâh
חָיָה
viver, ter vida, permanecer vivo, sustentar a vida, viver prosperamente, viver para
(And lived)
Verbo
H5315
nephesh
נֶפֶשׁ
alma, ser, vida, criatura, pessoa, apetite, mente, ser vivo, desejo, emoção, paixão
(that has)
Substantivo
H6083
ʻâphâr
עָפָר
terra seca, poeira, pó, cinzas, terra, chão, argamassa, entulho
([of] the dust)
Substantivo


דָּבַק


(H1692)
dâbaq (daw-bak')

01692 דבק dabaq

uma raiz primitiva; DITAT - 398; v

  1. grudar-se a, colar, permanecer junto, unir-se, manter-se próximo, juntar-se a, permanecer com, seguir de perto, juntar-se a, alcançar, pegar
    1. (Qal)
      1. grudar-se a, unir-se a
      2. permanecer com
    2. (Pual) ser reunido
    3. (Hifil)
      1. levar a unir-se a
      2. perseguir de perto
      3. alcançar
    4. (Hofal) ser levado a unir-se

דָּבָר


(H1697)
dâbâr (daw-baw')

01697 דבר dabar

procedente de 1696; DITAT - 399a; n m

  1. discurso, palavra, fala, coisa
    1. discurso
    2. dito, declaração
    3. palavra, palavras
    4. negócio, ocupação, atos, assunto, caso, algo, maneira (por extensão)

חָיָה


(H2421)
châyâh (khaw-yaw')

02421 חיה chayah

uma raiz primitiva [veja 2331]; DITAT - 644; v

  1. viver, ter vida, permanecer vivo, sustentar a vida, viver prosperamente, viver para sempre, reviver, estar vivo, ter a vida ou a saúde recuperada
    1. (Qal)
      1. viver
        1. ter vida
        2. continuar vivo, permanecer vivo
        3. manter a vida, viver em ou a partir de
        4. viver (prosperamente)
      2. reviver, ser reanimado
        1. referindo-se à doença
        2. referindo-se ao desencorajamento
        3. referindo-se à fraqueza
        4. referindo-se à morte
    2. (Piel)
      1. preservar vivo, deixar viver
      2. dar vida
      3. reanimar, reavivar, revigorar
        1. restaurar à vida
        2. fazer crescer
        3. restaurar
        4. reviver
    3. (Hifil)
      1. preservar vivo, deixar viver
      2. reanimar, reviver
        1. restaurar (à saúde)
        2. reviver
        3. restaurar à vida

נֶפֶשׁ


(H5315)
nephesh (neh'-fesh)

05315 נפש nephesh

procedente de 5314; DITAT - 1395a; n f

  1. alma, ser, vida, criatura, pessoa, apetite, mente, ser vivo, desejo, emoção, paixão
    1. aquele que respira, a substância ou ser que respira, alma, o ser interior do homem
    2. ser vivo
    3. ser vivo (com vida no sangue)
    4. o próprio homem, ser, pessoa ou indivíduo
    5. lugar dos apetites
    6. lugar das emoções e paixões
    7. atividade da mente
      1. duvidoso
    8. atividade da vontade
      1. ambíguo
    9. atividade do caráter
      1. duvidoso

עָפָר


(H6083)
ʻâphâr (aw-fawr')

06083 עפר ̀aphar

procedente de 6080; DITAT - 1664a; n m

  1. terra seca, poeira, pó, cinzas, terra, chão, argamassa, entulho
    1. terra seca ou solta
    2. entulho
    3. argamassa
    4. minério