128.1.2 O trabalho prospera quando feito no temor de Deus (127:1-2).
128.3 Videira. Uma fonte de alegria, se devidamente cuidada. Oliveira. A árvore da vitalidade.

128.5.6 Prosperidade nacional, na pacifica expansão da população.
128.5 Desde Sião. Desde o lugar onde se erguia o Templo central, desde o lugar no qual Jesus foi crucificado pelas nossas transgressões, desde a morada celestial de Deus (Hb 12:22-24).

Aqui temos um exemplo de ensino sacerdotal ministrado ao povo reunido numa festa. As multidões aparentemente anônimas são constituídas de indivíduos preciosos para Deus, cada um carregando uma responsabilidade para com ele e o potencial de ricas bênçãos.

Uma bem-aventurança explicada (v. 1-4)

O segredo da bênção, destaca o salmista (v. 1,4), é uma vida dedicada a Deus em obediência reverente à sua vontade moral. O que é essa bênção? As respostas simples desenvolvidas nos v. 2,3 têm pouca afinidade com os sonhos mirabolantes do homem materialista moderno. É o contentamento e a alegria com o fruto do trabalho honesto (contraste com Lv 26.15,16; Is 65:21,Is 65:22). É a satisfação doméstica da mulher e da família. A videira e a oliveira não representam somente a fertilidade, aqui sexual, mas implicitamente atribuem a sua origem a Deus como seus presentes (cf. Dt 8:7-5).

Uma bênção (v. 5,6)

A cena simples e rústica descrita anteriormente não tem nada em comum com uma mentalidade “quadrada e fechada”. Ela está integrada num forte espírito comunitário. No centro da vida nacional de Israel, estava Jerusalém, o seu coração pulsante não só em termos políticos mas também religiosos. Lá estava o templo, o lar terreno de Deus, e de lá sua bênção era irradiada sobre os peregrinos e adoradores que vinham de todo o país. Somente se a cidade santa sobrevivesse e prosperasse, os indivíduos poderiam continuar a desfrutar dessa bênção. Os adoradores são conscientizados de que há um elo fundamental entre a vida particular e esse ponto central de solidariedade comunitária e religiosa. Não se percebe contradição alguma entre a bênção pessoal de viver o tempo suficiente para ver os netos e a oração pelas bênçãos de Deus sobre o povo como um todo.

Esse salmo tem muito a ensinar ao homem ocidental moderno agitado e individualista. E verdade que compartilha algumas limitações com o Sl 127:0, mas, se essa não é a história toda, é uma parte que precisa ser levada a sério. “Nem mesmo o fato de que muitas pessoas piedosas enfrentam lutas com muitos sofrimentos invalida a outra verdade de que, sempre que a alegria entra numa casa, ela é desfrutada com gratidão e humildade como um presente de Deus” (Weiser).

1-4. Bênçãos para o Lar. Bem-aventurado aquele que teme ao Senhor. O salmista começa declarando que a felicidade é a porção daquele que aprendeu a temer o Senhor e andar nos Seus caminhos. Tudo lhe vai bem porque ele come do fruto do seu trabalho e não o perde por ocasião da seca nem precisa cedê-lo a senhores que o oprimem. Sua esposa é comparada a uma videira frutífera, enquanto seus filhos são comparados a brotos tenros da oliveira. Este quadro de satisfação, alegria, prosperidade e fertilidade descreve como o temente a Deus encontra a felicidade perfeita.

>Sl 128:2

Comerás do trabalho das tuas mãos (2). O desfrutamento de uma colheita bem sucedida era sinal de bênção divina (contrastar com Dt 28:38-5). Tua mulher...como a videira frutífera. (3); isto é, necessitando de apoio, mas, não obstante, provendo aquilo que alegra o coração de um homem. Aos lados da tua casa (3); melhor ainda, "nos recessos de tua casa", isto é, naquela porção da casa sempre destinada às mulheres. Plantas de oliveira (3) simbólicas de vitalidade. Finalmente, enquanto que o fundamento da bênção do Senhor é a piedade pessoal (1,4), sua esfera é peculiarmente relacionada com Sião, onde Jeová está entronizado e o bem estar da família é inseparável da prosperidade de Jerusalém.

>Sl 128:6

A bênção, "paz sobre Israel" (6; ver fim de Sl 125:0) ajuda a distinguir este terceto central de poemas.