Enciclopédia de Salmos 6:4-4

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

sl 6: 4

Versão Versículo
ARA Volta-te, Senhor, e livra a minha alma; salva-me por tua graça.
ARC Volta-te, Senhor, livra a minha alma; salva-me por tua benignidade.
TB Volta-te, Jeová, livra a minha alma.
HSB שׁוּבָ֣ה יְ֭הוָה חַלְּצָ֣ה נַפְשִׁ֑י ה֝וֹשִׁיעֵ֗נִי לְמַ֣עַן חַסְדֶּֽךָ׃
BKJ Retorna, ó SENHOR, liberta a minha alma; ó salva-me por causa das tuas misericórdias.
LTT Volta-Te, ó SENHOR, livra a minha alma; salva-me por Tua benignidade.
BJ2 todo o meu ser estremece e tu, Iahweh, até quando?
VULG Et anima mea turbata est valde ; sed tu, Domine, usquequo ?

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Salmos 6:4

Salmos 17:13 Levanta-te, Senhor! Detém-no, derriba-o, livra a minha alma do ímpio, pela tua espada;
Salmos 22:20 Livra a minha alma da espada e a minha predileta, da força do cão.
Salmos 25:7 Não te lembres dos pecados da minha mocidade nem das minhas transgressões; mas, segundo a tua misericórdia, lembra-te de mim, por tua bondade, Senhor.
Salmos 69:13 Eu, porém, faço a minha oração a ti, Senhor, num tempo aceitável; ó Deus, ouve-me segundo a grandeza da tua misericórdia, segundo a verdade da tua salvação.
Salmos 79:8 Não te lembres das nossas iniquidades passadas; apressa-te e antecipem-se-nos as tuas misericórdias, pois estamos muito abatidos.
Salmos 80:14 Oh! Deus dos Exércitos, volta-te, nós te rogamos, atende dos céus, e vê, e visita esta vinha,
Salmos 86:13 Pois grande é a tua misericórdia para comigo; e livraste a minha alma do mais profundo da sepultura.
Salmos 90:13 Volta-te para nós, Senhor; até quando? E aplaca-te para com os teus servos.
Salmos 116:4 Então, invoquei o nome do Senhor, dizendo: Ó Senhor, livra a minha alma!
Salmos 116:8 Porque tu, Senhor, livraste a minha alma da morte, os meus olhos das lágrimas e os meus pés da queda.
Salmos 120:2 Senhor, livra a minha alma dos lábios mentirosos e da língua enganadora.
Salmos 121:7 O Senhor te guardará de todo mal; ele guardará a tua alma.
Isaías 38:17 Eis que, para minha paz, eu estive em grande amargura; tu, porém, tão amorosamente abraçaste a minha alma, que não caiu na cova da corrupção, porque lançaste para trás das tuas costas todos os meus pecados.
Daniel 9:18 Inclina, ó Deus meu, os teus ouvidos e ouve; abre os teus olhos e olha para a nossa desolação e para a cidade que é chamada pelo teu nome, porque não lançamos as nossas súplicas perante a tua face fiados em nossas justiças, mas em tuas muitas misericórdias.
Malaquias 3:7 Desde os dias de vossos pais, vos desviastes dos meus estatutos e não os guardastes; tornai vós para mim, e eu tornarei para vós, diz o Senhor dos Exércitos; mas vós dizeis: Em que havemos de tornar?
Efésios 1:6 para louvor e glória da sua graça, pela qual nos fez agradáveis a si no Amado.
Efésios 2:7 para mostrar nos séculos vindouros as abundantes riquezas da sua graça, pela sua benignidade para conosco em Cristo Jesus.

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Salmos Capítulo 6 do versículo 1 até o 10
SALMO 6: UMA ORAÇÃO POR LIBERTAÇÃO, 6:1-10

O Salmo 6 é o primeiro de uma classe especial conhecida como salmos de "penitên-cia", expressando arrependimento e tristeza pelo pecado. Existem sete desse tipo (Sl 6:32-38; 51; 102; 130; 143), e desde os primeiros dias do cristianismo eles têm estado ligados aos "sete pecados capitais". G. Campbell Morgan comenta a respeito do Salmo 6: "O salmo não tem a mesma força em relação à verdadeira penitência se comparado com alguns salmos que seguem. Ele é, na verdade, um clamor por libertação da dor, da tristeza e da correção do que propriamente do pecado que os causa"» O pano de fundo desse salmo aparentemente é uma enfermidade prolongada e perigosa. Ele é intitulado "Um Salmo de Davi", e dedicado ao cantor-mor em Neguinote, "instrumentos de cordas" (cf.comentá-rio introdutório do Salmo 4). As palavras adicionais do título, "sobre Seminite", signifi-cam "o oitavo" ou uma oitava — uma indicação musical, cujo significado não está claro.

O salmo pode ser dividido em três seções. Os versículos 1:5 apresentam a enfermi-dade dolorida do salmista. A segunda seção continua sua descrição do sofrimento e pesar (6-7). A divisão final expressa uma nota de confiança e segurança.

  1. Clamor (6:1-5)

O salmista clama ao Senhor por misericórdia diante da morte iminente. Embora seja um homem que teme ao Senhor, ele vê sua aflição como um castigo divino pelo pecado, o que torna esse poema um salmo de penitência. A Bíblia mostra que a enfermidade não é neces-sariamente um castigo divino pelo pecado pessoal. Todavia, é claro que em alguns casos a doença pode ser usada como uma vara de disciplina designada para fazer o errante voltar a Deus (cf. 1 Co 11.30; Tg 5:15). Sou fraco (2), literalmente "sem vida" ou extenuado. Meus ossos estão perturbados (hb. "abalados"; cf.comentário de 2.5; veja ARA). Os ossos eram considerados fundamentais na saúde de todo o corpo (Pv 16:24). Os ossos do poeta estão perturbados e a sua alma também está perturbada (3; "profundamente abalada", ARA). Na morte não há lembrança de ti; no sepulcro (hb. "Sheol") quem te louva-rá? (5). Precisamos nos lembrar de que somente Jesus Cristo "aboliu a morte e trouxe à luz a vida e a incorrupção, pelo evangelho" (2 Tm 1.10). O AT em nenhuma parte considera a morte o fim da existência; mas o Sheol, o lugar dos mortos, não era um lugar aguardado com expectativa. Ocasionalmente, homens do AT recebiam um vislumbre de uma eternidade mais alegre (e.g., 19:25-27; Sl. 116:10-11; 49.15; 73:23-26). Mas, na maioria das vezes, a morte era temida como uma interrupção da adoração a Deus e da caminhada com Ele.

  1. Queixa (6:6-7)

A angústia de Davi é descrita vividamente: Já estou cansado do meu gemido (6). Muito sofrimento é exaustivo, e o salmista estava chegando ao fim das suas forças. Toda noite faço nadar a minha cama; molho o meu leito — lágrimas copiosas durante a longa noite inundavam a cama do poeta. Meus olhos estão consumidos (7) ; olhos vermelhos e sem vida denunciavam sua enfermidade e tristeza. Têm envelhecido, isto é, "gradualmente se tornam velhos" (ou "fraquejam", NVI). A oposição incessante de todos os [seus] inimigos continuava, mesmo durante a doença séria que o acometia. Seus inimigos eram impiedosos.

  1. Confiança (6:8-10)

Como em tantos salmos desse tipo, o desespero das circunstâncias do poeta é alivia-do pela confiança no Senhor. Aqueles que aprendem a orar em todas as circunstâncias da vida encontram motivos para louvar pela esperança no auxílio de Deus. Davi visualiza seus inimigos perambulando, esperando o pior para ele. Ele ordena que o abandonem, anunciando que o SENHOR já ouviu (8). Embora as circunstâncias ainda não tenham mudado, o salmista está confiante que o SENHOR aceitará — com agrado — a sua ora-ção (9). Como resultado, envergonhem-se e perturbem-se todos os meus inimigos (10) — embaraçados e grandemente aterrorizados, "humilhados e grandemente abala-dos" (Anchor). Os verbos no versículo 10 são melhor traduzidos pelo futuro simples: "Meus inimigos serão envergonhados [...] eles serão afastados".


Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Salmos Capítulo 6 do versículo 1 até o 10
*

Sl 6 Este salmo consiste em um lamento individual. Tal como acontece em muitos lamentos, o salmista expressou sua confiança no Senhor, no fim do salmo. O motivo do salmo parece ter sido uma enfermidade severa (vs. 2,5). Este é um dos sete "salmos penitenciais" (juntamente com os Salmos 32; 38; 51; 102; 130 e 143).

* 6:1

não me repreendas... nem me castigues. O salmista implora que o Senhor se refreasse de castigos verbais ou físicos. Deus, entretanto, disciplina o seu povo (Hb 12:1-13) visando a correção e não a destruição.

* 6:2

eu me sinto debilitado... meus ossos estão abalados. O salmista experimentava certo sofrimento, provavelmente uma grave enfermidade. Alguns tomam essa linguagem como figurativa da aflição espiritual.

* 6:3

até quando? O salmista indagou ousadamente por quanto tempo ainda Deus permitiria que seus sofrimentos continuassem. ele buscava alívio, desesperadamente, naquele que era capaz de conferir alívio.

* 6:4

Volta-te, SENHOR. O salmista pensava que Deus lhe havia virado as costas.

por tua graça. A palavra aqui traduzida por "graça" indica quão devotamente Deus se liga ao seu povo, por meio de sua aliança.

* 6:5

não há recordação. Uma declaração semelhante é expressa em 30.9. A doutrina da ressurreição, tal como a doutrina da Trindade, fica implícita no Antigo Testamento, mas só é plenamente desenvolvida no Novo Testamento. Os vivos observam que os mortos fazem silêncio, e não participam da adoração.

no sepulcro. No hebraico temos a palavra seol. Essa palavra figura principalmente nas passagens poéticas que revelam os pensamentos e os temores dos vivos; mas não apresenta a doutrina da ressurreição ou de um estado intermediário. Ver Is 14:9-11, nota.

* 6:8

todos os que praticais a iniqüidade. Essa referência, juntamente com a referência aos "adversários", no versículo anterior, aparece abruptamente. É possível que os adversários sejam pessoas, como os "amigos" de Jó, que culpavam o paciente, atribuindo sua enfermidade ao seu pecado.


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Salmos Capítulo 6 do versículo 1 até o 10
6.1ss Este é o primeiro de sete salmos "penitenciais" no que o escritor humildemente se dá conta do problema em que está (pelo general resultado do pecado), expressa sua dor por isso, e demonstra um renovado propósito de permanecer perto de Deus. Não conhecemos a causa da dor do Davi, mas qualquer que for a causa, procurou deus para obter o antídoto.

6.1-3 Davi aceitava o castigo de Deus, mas lhe suplicou que não o castigasse zangado. Jeremías também pediu a Deus que o corrigisse brandamente e não com furor (Jr_10:24). Davi reconheceu que se Deus o tratava unicamente com justiça e não com misericórdia, desapareceria devido a sua irritação. Freqüentemente queremos que Deus nos mostre sua misericórdia e sua justiça a outros. Em sua bondade, Deus freqüentemente nos perdoa em vez de nos dar o que nos merecemos.

6:6 Ao derrubar seu coração com lágrimas, Davi estava sendo totalmente sincero com Deus. Podemos ser sinceros com Deus, mesmo que estejamos cheios de irritação e desilusão, porque O nos conhece profundamente e quer o melhor para nós. A irritação freqüentemente tem dois resultados: no exterior, atos precipitados; no interior, depressão. devido a que nós confiamos em nosso Deus todo-poderoso, não temos que ser vítimas das circunstâncias nem nos ver afligidos pela culpabilidade do pecado. Seja sincero com Deus e O ajudará a deixar de pôr sua atenção em você mesmo e pô-la no e sua misericórdia.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Salmos Capítulo 6 do versículo 1 até o 10
Sl 6:1 ).

I. A fonte de sua TROUBLE (Sl 6:1 ; 2:10 ), Ele também mostrou, no livro de Jó, que o sofrimento, embora permitida pelo Senhor e anuladas para Sua glória, poderá ser traçado a Satanás.

A oração, não me repreendas na tua ira, nem me castigues no teu furor , não parece consistente com a total ausência de confissão no salmo. É possível que a atribuição dos seus sofrimentos a um juízo de Deus se deveu mais ao viés teológico do salmista do que a lembrança de transgressão pessoal.

II. A natureza do seu problema (Sl 6:2 ).

No entanto, ele tem esperança. O Senhor , ele chora, me cure . Como é bom, no meio das aflições angustiantes de todos os tipos, para ser capaz de invocar a Deus para o conforto e alívio!

III. Os motivos para a sua oração (Sl 6:4 ).

Então, primeiro o motivo de Davi por querer ser curado é que ele pode ser capaz de continuar a louvar a Deus: pois na morte não há lembrança de ti; no Seol quem te louvará?

O segundo motivo para a sua oração para a cura era o conhecimento da misericórdia de Deus: para a tua benignidade amor ' . Ele alegou nenhum mérito pessoal, mas apoiou o caso sobre a bondade de Deus. Não é de estranhar que o pedido foi concedido.

IV. A garantia dada (Ps. 6: 8-10)

8 Afasta de mim, vós todos os trabalhadores da iniqüidade;

Pois o Senhor ouviu a voz do meu pranto.

9 O Senhor ouviu a minha súplica;

Jeová aceita a minha oração.

10 Todos os meus inimigos serão envergonhados e angustiar-se:

Eles devem voltar para trás, eles serão envergonhados de repente.

Embora ele não faz nenhuma declaração de libertação da sua aflição, o salmista recebe a garantia de cura e se expressa livremente. A fé menos viril deve ter provas tangíveis antes que se atreve a dar testemunho da resposta; mas a verdadeira fé "é a prova das coisas que se esperam, a convicção de fatos que se não vêem" (Heb. 11: 1 , AV). O salmista tem a certeza: O Senhor ouviu ...; Jeová aceita a minha oração . Sabendo que Deus está com ele para livrá-lo de suas aflições, Davi também sabe que seus inimigos provocando deve voltar atrás, eles serão envergonhados de repente .

Assurance é para cada filho de Deus que, como Davi, reza fervorosamente e para a glória de Deus, confiando na Sua misericórdia.


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de Salmos Capítulo 6 do versículo 1 até o 10
6:1-10 Este é um dos sete Salmos Penitenciais; os outros são: 32; 38; 51; 102; 130; 143. A situação do Sl 6:0; Sl 51).

NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de Salmos Capítulo 6 do versículo 1 até o 10
Sl 6:0

15). Embora na primeira ocasião a oração pode ter sido usada de forma individual e privativa, subseqüentemente deve ter sido empregada de forma comum no templo, provavelmente acompanhada de um sacrifício.

Parece haver quatro estrofes. Na primeira (v. 1-3), há o reconhecimento implícito do pecado (embora não tão explícito quanto em Sl 38:0). O salmista, muito agitado (os meus ossos tremem, v. 2), se lança à misericórdia de Deus, clamando para que não sofra a totalidade da fúria de Deus. Na segunda estrofe (v. 4,5), ele apela para a lealdade de Deus expressa na aliança (teu amor leal, v. 4), a sua “boa vontade empenhada” (Eaton). Em outras palavras, ele clama a Deus para que seja fiel ao seu caráter revelado (conforme Ex 34:6,7). O seu desejo pela vida não é meramente egoísta; é um desejo pelo próprio Deus. Ele “anseia por começar vida nova para que possa glorificar a Deus” (A. Weiser). Na terceira estrofe (v. 6,7), ele destaca a seriedade da sua situação. A linguagem talvez seja exagerada e figurada, mas ele não está sendo melodramático quando fala da proximidade da morte (v. 5). Na última estrofe (v. 8-10), o salmista muda de tom completamente: a reclamação e o desânimo dão lugar à confiança e à determinação. Por quê? Ele recebeu a certeza de que a sua oração foi respondida. Como? Será que ele recebeu um oráculo (conforme Sl 12:5Sl 60:0.6ss) sacerdotal (conforme 1Sm 1:17) ou profético (conforme Is 37:15ss,21ss) específico, ou será que sua certeza estava fundamentada numa certeza interior? Ou será que ele estava baseando sua conclusão pessoal na certeza geral de salvação concedida a todos os adoradores no templo (conforme Sl 107:17ss)? O texto não nos conta. O que fica claro é que “o conhecimento seguro de que essa oração foi respondida não é algo que um homem pode produzir por Sl mesmo, mas é um presente de Deus” (Weiser).

Esse é o primeiro dos “salmos penitenciais” (6; 32; 38; 51; 102; 130; 143), assim denominados desde tempos muito primitivos na história da igreja, embora nesse caso a penitência não seja explícita. Todos são designados no Livro de Orações para uso na Quarta-feira de Cinzas. (Conforme N. H. Snaith, The Seven Psalms, Londres, 1964.) A linguagem desses salmos parece encontrar eco em Jesus numa série de ocasiões (v. 3, conforme Jo 12:27; v. 8, conforme Mt 7:23; Lc 13:27; v. tb. Introdução IV. 2).

Título: v. Introdução III. 1,2,3. Em oitava, seguindo a LXX e a Vulgata. Possivelmente para ser acompanhado por um instrumento de oito cordas ou a ser cantado pela voz do baixo uma oitava abaixo (conforme lCr 15.21). v. 2. vou desfalecendo-, lit. “ficando mais fraco” (conforme NTLH: “pois me sinto fraco”). Cura-me\ sugere a necessidade de perdão (conforme 41.4; 2Cr 7:14). ossos: a parte fundamental do corpo em que se apóia toda a pessoa (conforme 35.9,10) e considerada especialmente o centro da saúde (conforme Pv 16:24) e da vitalidade (conforme Ez 37:11). tremem-, “abalados” (CNBB; conforme Gn 45:3). v. 3. o meu ser v.comentário Dt 3:2; aqui pode ser uma referência à angústia mental acrescentada ao sofrimento físico do v. 2. Até quando?-. comum em lamentos (conforme 74.10; 79.5).

v. 4. Volta-te-, i.e., “afasta-te da ira”; ou “retorna” ao sofredor (conforme Moffatt: “Salva a minha vida mais uma vez”), teu amor leal: v.comentário Dt 5:7. v. 5. não se lembra de ti: não necessariamente a falta de capacidade de se lembrar, mas de participar na adoração em Israel; os mortos estão fora da esfera cultual (conforme Is 38:18,Is 38:19; Sl 30:9; Sl 88:5,Sl 88:10; Sl 115:17). os mortos-, “Sheol” na nota de rodapé da NVI; o domínio dos mortos (LXX: “hades”). A etimologia da palavra hebraica §Pâl é incerta (v. “Inferno” no NBD). Ele parece ter sido retratado como uma enorme cratera subterrânea em que todos os mortos existem como “sombras” do seu “eu” anterior (conforme 26:5,26:6Is 14:9,Is 14:10; Ez 32:17-32). v. 7. Os meus olhos-, pode ser interpretado literalmente (conforme 88.9) ou “olho” pode representar a pessoa integral que perdeu toda a sua vitalidade, adversários: possivelmente o seu homônimo “adversidade” (conforme “insolência”; nota de rodapé da BJ). v. 8. todos vocês que praticam o mal-, v.comentário Dt 5:5. Afastam-se-, eles já não têm razão para persegui-lo. v. 9. súplica-, lit. “favor”, “graça” (associado a “misericórdia” no v. 2). oração-, um apelo por intervenção. aceitou-, conforme NTLH: “ele me escuta”, no presente; ou é a certeza de algo que ocorreu no passado ou a confiança em relação ao futuro, v. 10. recuarão-, eles se afastarão do salmista, ou voltarão ao Sheol (conforme Gn 3:19; Sl 139:15).


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de Salmos Capítulo 6 do versículo 4 até o 5
b) A petição (4-5)

O fundamento dos seus rogos a Deus move-se agora da experiência pessoal e da necessidade humana para assuntos não temporais e para o caráter divino. Volta-te (4) pode ter o significado de "repete", isto é, livra-me como o tens feito em emergências anteriores (do que o verso 8 pode ser um reflexo). Por tua benignidade (4). A súplica por salvação baseia-se no caráter de Deus essencialmente compassivo. Cfr. Êx 34:6.

>Sl 6:5

O verso 5 introduz uma razão para fortalecer os rogos pela salvação. Se Davi vivesse, poderia recordar Deus com ações de graças. Mas no sepulcro ("Seol", que significa o lugar dos mortos) ele não poderia fazê-lo. Cfr. Sl 30:9; Sl 88:10; Is 38:18. O uso, aqui feito, de um argumento baseado no que se situa fora da existência terrena, é a contrapartida do argumento inicial (1) fundamentado na crença de que o julgamento espiritual se expressava em termos de prosperidade ou miséria pessoal. Ambas eram suposições erradas, mas não invalidam de forma alguma o apelo fundamental à misericórdia de Deus.


Dicionário

Alma

substantivo feminino Princípio espiritual do homem que se opõe ao corpo.
Religião Composição imaterial de uma pessoa que perdura após sua morte; espírito.
Qualidades morais, boas ou más: alma nobre.
Consciência, caráter, sentimento: grandeza de alma.
Figurado Quem habita algum lugar; habitante: cidade de 20.000 almas.
Figurado Origem principal: esse homem era a alma do movimento.
Expressão de animação; vida: cantar com alma.
Condição essencial de: o segredo é a alma do negócio.
[Artilharia] O vazio interior de uma boca de fogo: a alma do canhão.
[Música] Pequeno pedaço de madeira que, colocado no interior de um instrumento de cordas, comunica as vibrações a todas as partes do instrumento: a alma de um violino.
Armação de ferro, de uma escultura modelada.
Etimologia (origem da palavra alma). Do latim anima.ae, sopro, ar, origem da vida.

O termo “alma” é a tradução do hebraico nephesh. Em Gênesis 2:7, o termo denota o homem como um ser vivente depois que o fôlego de vida penetrou no corpo físico, formado com os elementos da terra.  Nephesh enfatiza a individualidade existente em cada ser vivente e não representa parte de uma pessoa; é a própria pessoa, sendo, em muitos casos, traduzido exatamente como ‘pessoa’ (Gn 14:21; Nm 5:6; Dt 10:22; cf. Sl 3:2) ou “eu” (a própria pessoa) (Lv 11:43-1Rs 19:4; Is 46:2). O uso do termo grego psuche em o Novo Testamento é similar àquele de nephesh no Antigo. O corpo e a alma existem em conjunto; ambos formam uma união indivisível. A alma não tem existência consciente separada do corpo. Não existe qualquer texto que indique a possibilidade de a alma sobreviver ao corpo, mantendo-se como entidade consciente.

espírito, ânimo, eu, coração. – Segundo Roq., “alma, no entender de alguns etimologistas, vem de anima, termo latino que vem do grego anemos, “ar, sopro, alento”; outros, e talvez com mais razão, derivam a palavra alma do verbo latino alo... alere, “vivificar, nutrir”. Seja qual for sua etimologia, representa esta palavra, em sua significação mais lata, o princípio, a causa oculta da vida, do sentimento, do movimento de todos os seres viventes”. – Espírito é a palavra latina spiritus, de spiro... are, “respirar”, e vale o mesmo que sopro ou hálito, ar que se respira. Espírito difere de alma, primeiro em encerrar a ideia de princípio subtil, invisível que não é essencial ao outro vocábulo; segundo, em denotar inteligência, faculdades intelectuais ativas que àquele só são acessórias. Os filósofos materialistas têm querido negar à alma humana a qualidade de espiritual, mas nenhum se lembrou ainda de dizer que o espírito era matéria. Alma desperta ideia de substância simples, que anima ou animou o corpo, sendo que espírito só indica substância imaterial, inteligente e livre, sem relação nenhuma com o corpo. Deus, os anjos, os demônios são espíritos, mas não são almas; as substâncias espirituais que animaram os corpos humanos, ainda depois de separadas deles, chamam-se almas; e assim dizemos: as almas do Purgatório; almas do outro mundo, a que os franceses chamam revenants. Vieira disse, falando do demônio: “É espírito: vê as almas”. Os gregos designavam a alma pela palavra psyche, “que quer dizer respiração”, “sopro”; e davam-lhe a mesma extensão que nós damos à palavra alma... Daí vem chamar-se psicologia à parte da filosofia que trata da alma. No sentido figurado, alma refere-se aos atos, aos sentimentos, aos afetos; espírito, ao pensamento, à inteligência. Diz-se que um homem tem a alma grande, nobre, briosa; e que tem o espírito penetrante, profundo, vasto. Falando do homem, alma e espírito nem sempre são sinônimos perfeitos; isto é, nem em todos os casos se podem empregar indiferentemente, senão em alguns; tal é aquele de Vieira em que, querendo encarecer o valor da alma sobre o corpo, diz: “Tudo isto que vemos (no 166 Rocha Pombo homem) com os próprios olhos é aquele espírito sublime, ardente, grande, imenso – a alma (II, 71). – Ânimo é a mesma palavra latina animus, de anemos, grego, do mesmo modo que anima. Na sua significação primitiva vale o mesmo que alma, espírito; porém o uso tem preferido este vocábulo para designar a faculdade sensitiva e seus atos: representa, pois, quase sempre valor, esforço, ou intenção, vontade; e nisto se distingue de alma e espírito (se bem que nem sempre essencialmente). Segundo os afetos que o ânimo experimenta, pode ele ser baixo, abatido, humilde, vil, ou altivo, elevado, soberbo, nobre, esforçado: o que com propriedade (em muitos casos) não se poderia dizer de alma, e ainda menos de espírito”. Como notamos entre parênteses, nem sempre é de rigor a distinção que faz Roq. Também dizemos: espírito baixo ou altivo; alma esforçada ou abatida, vil ou soberba. – Em linguagem filosófica, eu é a alma, é o conjunto das faculdades que formam a individualidade psicológica. Particularmente, quando se considera a alma como ser pensante, ou quando nela se vê apenas a faculdade intelectual, chamamo-la espírito. – Coração só pode ser tido como sinônimo de alma e de espírito: de alma, quando exprime, como esta, “órgão dos afetos”; de espírito, quando é tomado como sede da fortaleza moral, da coragem etc.

[...] ser imaterial e individual que em nós reside e sobrevive ao corpo. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Introd•

A alma é um Espírito encarnado, sendo o corpo apenas o seu envoltório. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Introd•

[...] a alma, Espírito encarnado que tem no corpo a sua habitação [...].
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 135

[...] o Espiritismo nos apresenta a alma, como um ser circunscrito, semelhante a nós, menos o envoltório material de que se despojou, mas revestido de um invólucro fluídico, o que já é mais compreensível e faz que se conceba melhor a sua individualidade. [...] As relações da alma com a Terra não cessam com a vida; a alma, no estado de Espírito, constitui uma das engrenagens, uma das forças vivas da Natureza; não é mais um ser inútil, que não pensa e já não age senão para si durante a eternidade; é sempre e por toda parte um agente ativo da vontade de Deus. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• Viagem espírita em 1862 e outras viagens de Kardec• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Discursos•••, 2

O principal agente da saúde, que a restitui quando perdida e a preserva, impedindo o desenvolvimento de qualquer enfermidade [...] é a alma.
Referencia: AGUAROD, Angel• Grandes e pequenos problemas• Obra ditada a Angel Aguarod pelo seu Guia Espiritual• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 9

[...] A alma, no curso da sua existência terrena e ainda por muito tempo após a morte do corpo, está bem revestida de uma forma, guarda bem uma identidade pessoal (e neste sentido é limitada), mas isso não impede que sua atividade seja, apesar de tudo, radiante e que esse estado de incessante irradiação se estenda desmedidamente na existência espiritual. [...]
Referencia: BOECHAT, Newton• Ide e pregai• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1989• -

[...] a alma, tal como o átomo, longe de ser uma estrutura simples, é um sistema dinâmico, formado por múltiplos elementos que, por assim dizer, gravitam em torno de um núcleo central (Aksakof).
Referencia: CERVIÑO, Jayme• Além do inconsciente• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2

[...] ser concreto, dono de um organismo físico perfeitamente delimitado.
Referencia: DELANNE, Gabriel• A evolução anímica: estudo sobre psicologia fisiológica segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Quintão da 2a ed• francesa• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Introd•

[...] é una, e cada essência espiritual é individual, é pessoal. Nenhuma alma pode transmutar-se noutra, substituir outra. Portanto, uma unidade irredutível, que tem a existência em si.
Referencia: DELANNE, Gabriel• A evolução anímica: estudo sobre psicologia fisiológica segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Quintão da 2a ed• francesa• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6

A alma é um ser transcendental.
Referencia: DELANNE, Gabriel• A Reencarnação• Trad• de Carlos 1mbassahy• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - cap• 13

[...] um ser concreto, com individualidade, porque, mesmo durante a vida, é esse ser ao qual se deu o nome de alma ou de espírito, que pode separar-se do corpo e manifestar sua realidade objetiva nos fenômenos de desdobramento.
Referencia: DELANNE, Gabriel• A Reencarnação• Trad• de Carlos 1mbassahy• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - cap• 13

[...] princípio independente da matéria, que dirige o corpo, e a que chamamos alma.
Referencia: DELANNE, Gabriel• O Espiritismo perante a Ciência• Trad• de Carlos 1mbassahy• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 1, cap• 1

[...] é uma realidade que se afirma pelo estudo dos fenômenos do pensamento; que jamais se a poderia confundir com o corpo, que ela domina; e que, quanto mais se penetra nas profundezas da fisiologia, tanto mais se revela, luminosa e clara, aos olhos do pesquisador imparcial, a existência de um princípio pensante.
Referencia: DELANNE, Gabriel• O Espiritismo perante a Ciência• Trad• de Carlos 1mbassahy• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 1, cap• 1

[...] a esta força que vela sobre o corpo e o conduz, chamamos alma.
Referencia: DELANNE, Gabriel• O Espiritismo perante a Ciência• Trad• de Carlos 1mbassahy• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 2, cap• 2

É o eu consciente que adquire, por sua vontade, todas as ciências e todas as virtudes, que lhe são indispensáveis para elevar-se na escala dos seres. [...]
Referencia: DELANNE, Gabriel• O Espiritismo perante a Ciência• Trad• de Carlos 1mbassahy• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 3, cap• 3

[...] A alma do homem é que é o seu eu pensante e consciente.
Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 10

A alma é o princípio da vida, a causa da sensação; é a força invisível, indissolúvel que rege o nosso organismo e mantém o acordo entre todas as partes do nosso ser. [...]
Referencia: DENIS, Léon• Depois da morte: exposição da Doutrina dos Espíritos• Trad• de João Lourenço de Souza• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, cap• 10

A alma, princípio inteligente, centro da força, foco da consciência e da personalidade.
Referencia: DENIS, Léon• Depois da morte: exposição da Doutrina dos Espíritos• Trad• de João Lourenço de Souza• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 4, cap• 29

A [...] [é] um centro imperecível de força e de vida, inseparável de sua forma sutilíssima. [...]
Referencia: DENIS, Léon• Joana d’Arc médium• Trad• de Guillon Ribeiro• 22a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - pt• 1, cap• 4

A alma [...] vem de Deus; é, em nós, o princípio da inteligência e da vida. Essência misteriosa, escapa à análise, como tudo quanto dimana do Absoluto. Criada por amor, criada para amar, tão mesquinha que pode ser encerrada numa forma acanhada e frágil, tão grande que, com um impulso do seu pensamento, abrange o Infinito, a alma é uma partícula da essência divina projetada no mundo material.
Referencia: DENIS, Léon• O problema do ser, do destino e da dor: os testemunhos, os fatos, as leis• 28a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 9

Cada alma é um foco de vibrações que a vontade põe em movimento. [...]
Referencia: DENIS, Léon• O problema do ser, do destino e da dor: os testemunhos, os fatos, as leis• 28a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 3, cap• 20

A palavra alma e seus equivalentes em nossas línguas modernas (espírito, por exemplo) ou nas línguas antigas, como anima, animus (transcrição latina do grego), spiritus, atma, alma (vocábulo sânscrito ligado ao grego, vapor), etc. implicam todas a idéia de sopro; e não há dúvida de que a idéia de alma e de espírito exprimiu primitivamente a idéia de sopro nos psicólogos da primeira época. Psyche, mesmo, provém do grego, soprar.
Referencia: FLAMMARION, Camille• A morte e o seu mistério• Rio de Janeiro: FEB, 2004• 3 v•: v• 1, 6a ed•; v• 2, 5a ed•; v• 3, 5a ed• - v• 1, cap• 3

[...] a alma não é um sopro; é uma entidade intelectual.
Referencia: FLAMMARION, Camille• A morte e o seu mistério• Rio de Janeiro: FEB, 2004• 3 v•: v• 1, 6a ed•; v• 2, 5a ed•; v• 3, 5a ed• - v• 1, cap• 3

[...] a alma é uma substância que existe por si mesma.
Referencia: FLAMMARION, Camille• A morte e o seu mistério• Rio de Janeiro: FEB, 2004• 3 v•: v• 1, 6a ed•; v• 2, 5a ed•; v• 3, 5a ed• - v• 1, cap• 9

A alma é uma substância invisível, impalpável, imponderável, fora das nossas condições de observação física. Nossas medidas de espaço não lhe podem ser aplicadas do mesmo modo que as do tempo. Ela pode manifestar-se a centenas e milhares de quilômetros de distância. [...]
Referencia: FLAMMARION, Camille• A morte e o seu mistério• Rio de Janeiro: FEB, 2004• 3 v•: v• 1, 6a ed•; v• 2, 5a ed•; v• 3, 5a ed• - v• 3, cap• 12

[...] a alma não é uma sucessão de pensamentos, uma série de manifestações mentais e, sim, um ser pessoal com a consciência de sua permanência.
Referencia: FLAMMARION, Camille• Deus na Natureza• Trad• de M• Quintão• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - t• 3, cap• 2

Nossas almas não são puros Espíritos. São substâncias fluídicas. Agem e se comunicam entre si por meios materiais, porém matéria sutil, invisível, imponderável.
Referencia: FLAMMARION, Camille• Estela• Trad• de Almerindo Martins de Castro• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - No domínio do desconhecido

A alma é um ser intelectual, pensante, imaterial na essência. [...]
Referencia: FLAMMARION, Camille• Narrações do infinito: lúmen• Trad• de Almerindo Martins de Castro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - 1a narrativa

[...] imaterial, imensurável, intransmissível, consciente. [...]
Referencia: FLAMMARION, Camille• Narrações do infinito: lúmen• Trad• de Almerindo Martins de Castro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - 1a narrativa

[...] a alma é uma entidade individual, [...] é ela quem rege as moléculas para organizar a forma vivente do corpo humano.
Referencia: FLAMMARION, Camille• Urânia• Trad• de Almerindo Martins de Castro• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 3, cap• 1

[...] A alma é uma chama velada. Quando lhe colocamos os santos olhos do amor, ela esplende e ilumina. Quando a descuidamos, ela se entibia e morre...
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Auto-iluminação

É a faculdade que Deus deu ao homem de se perpetuar pelo tempo afora e pelo Universo.
Referencia: LACERDA, Fernando de• Do país da luz• Por diversos Espíritos• Rio de Janeiro: FEB, 2003• 4 v•: v• 1, 8a ed•; v• 2, 7a ed•; v• 3, 6a ed•; v• 4, 5a ed• - v• 2, cap• 8

[...] a alma é atributo divino, criado por Deus, e espalhado, fragmentado, pelo Universo, tendo cada fragmento individualidade própria, ação independente, função definida, trajetória certa, e missão determinada [...].
Referencia: LACERDA, Fernando de• Do país da luz• Por diversos Espíritos• Rio de Janeiro: FEB, 2003• 4 v•: v• 1, 8a ed•; v• 2, 7a ed•; v• 3, 6a ed•; v• 4, 5a ed• - v• 2, cap• 28

A alma é que sente, que recebe, que quer, segundo as impressões que recebe do exterior, e mesmo independente delas, pois que também recebe impressões morais, e tem idéias e pensamentos sem a intervenção dos sentidos corporais.
Referencia: MENEZES, Adolfo Bezerra de• A loucura sob novo prisma: estudo psíquico-fisiológico• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2

A alma é o princípio causal do pensamento; ou, antes, é ela quem pensa e o transmite pelo cérebro, seu instrumento.
Referencia: MENEZES, Adolfo Bezerra de• A loucura sob novo prisma: estudo psíquico-fisiológico• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 3

[...] a alma, o princípio inteligente que subsiste à morte da carne, que zomba das investigações materialistas, que escapa ao trabalho grosseiro das necropsias, que se não deixa encerrar nas quatro paredes negras do caixão funerário.
Referencia: Ó, Fernando do• Marta• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - cap• 15

A Alma ou Essência, parcela do Poder Absoluto, e, como este, eterna, imortal; sede de potências máximas, ou faculdades, que exatamente denunciam a sua origem, funções tais como a Inteligência, a Consciência, o Pensamento, a Memória, a Vontade, o Sentimento, e demais atributos que sobrevivem através da Eternidade e que da criatura hu mana fazem a imagem e a semelhança do seu Criador, pois Deus, o Ser Absoluto, possui estes mesmos atributos (além de muitos outros que ainda ignoramos), em grau supremo, enquanto que a criatura os possui em grau relativo, visto que é essência sua, sendo, portanto, a Alma, sede de tais atributos, o verdadeiro ser!
Referencia: PEREIRA, Yvonne A• Ressurreição e vida• Pelo Espírito Léon Tolstoi• 2a ed• esp• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 8

[...] a alma é luz que se eleva à grandeza divina.
Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Amar e servir• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Mensagem

[...] A alma não é uma entidade metafísica, mas, sim, um centro imperecível de força e de vida, inseparável de sua forma sutilíssima. Preexistia ao nosso nascimento e a morte carece de ação sobre ela. [...]
Referencia: SOARES, Sílvio Brito• Páginas de Léon Denis• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - Joana D’arc

Nossa alma é um universo de sombras e claridades. Seu destino é a perfeição. [...]
Referencia: SOUZA, Juvanir Borges de• Tempo de renovação• Prefácio de Lauro S• Thiago• Rio de Janeiro: FEB, 1989• - cap• 8

A alma é a sede da vida. É ela que pensa, que sente, que imprime à matéria esta ou aquela forma, que dá ao rosto esta ou aquela expressão.
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - A letra e o espírito

[...] a alma humana é uma consciência formada, retratando em si as leis que governam a vida e, por isso, já dispõe, até certo ponto, de faculdades com que influir na genética, modificando-lhe a estrutura, porque a consciência responsável herda sempre de si mesma, ajustada às consciências que lhe são afins. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ação e reação• Pelo Espírito André Luiz• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 7

A Toda alma é templo vivo, que guarda ilimitada reserva de sabedoria e amor.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - O tempo

A alma humana, nestes vinte séculos de Cristianismo, é uma consciência esclarecida pela razão, em plena batalha pela conquista dos valores iluminativos.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Fonte viva• Pelo Espírito Emmanuel• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 25

[...] a alma é a sede viva do sentimento [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Lázaro redivivo• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 9

[...] Intimamente justaposta ao campo celular, a alma é a feliz prisioneira do equipamento físico, no qual influencia o mundo atômico e é por ele influenciada, sofrendo os atritos que lhe objetivam a recuperação.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Nos domínios da mediunidade• Pelo Espírito André Luiz• 32a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 25


Alma A parte não-material e imortal do ser humano (Mt 10:28), sede da consciência própria, da razão, dos sentimentos e das emoções (Gn 42:21;
v. IMORTALIDADE). Os dicotomistas entendem que o ser humano é corpo e alma, sendo espírito sinônimo de alma. Os tricotomistas acreditam que o ser humano é corpo, alma e espírito. “Alma vivente” quer dizer “ser vivo” (Gn 2:7). Na Bíblia muitas vezes a palavra “alma” é empregada em lugar do pronome pessoal: “Livra a minha alma da espada” quer dizer “salva-me da espada” (Sl 22:20, NTLH). Outras vezes “alma” em hebraico, quer dizer “pessoa” em português (Nu 9:13).

Alma Parte espiritual do homem, distinta de seu corpo. Embora o conceito bíblico esteja longe da rígida dicotomia entre corpo e alma que caracteriza, por exemplo, o hinduísmo ou o platonismo, o certo é que também existia a crença de uma categoria distinta do corpo que se identificava com o mais íntimo do ser. Assim aparece no Antigo Testamento como um “eu” espiritual que sobrevive consciente depois da morte (Is 14:9ss.; Ez 32:21ss.). Ainda que se insista que o pecado causa a morte da alma (Ez 18:4), isso não implica, em caso algum, a inconsciência ou aniquilação do sujeito. A morte física elimina seu corpo e destrói os planos que fizera (Sl 146:4), porém seu espírito volta-se para Deus (Ec 12:7), persistindo. A idéia da imortalidade da alma ainda era evidente durante o período intertestamentário e refletida, entre outros, pelo historiador judeu Flávio Josefo em seu “Discurso aos gregos acerca do Hades”. Os rabinos contemporâneos de Jesus — assim como o Talmude judeu posterior — insistiram também no conceito da imortalidade da alma e da sua sobrevivência consciente (para ser atormentada conscientemente na geena ou feliz no seio de Abraão) após a morte física. Em nossos dias, considera-se que a crença na imortalidade da alma é uma das doutrinas básicas do judaísmo, especialmente no seu setor reformado. Em um de seus ensinamentos mais conhecidos (Lc 16:19ss.), Jesus ressaltou que, no momento da morte, a alma da pessoa recebe um castigo ou uma recompensa consciente, e descreveu o primeiro em termos sensíveis como o fogo (Mc 9:47-48; Lc 16:21b-24), choro e ranger de dentes (Mt 8:12; 13 42:24-51 etc.) etc. Apesar de tudo, no ensinamento de Jesus não se considera a consumação escatológica concluída na resssurreição (Jo 5:28-29; Mt 25:46). Ao recusar a idéia do sono inconsciente das almas, da mortalidade da alma e da aniquilação, ao mesmo tempo que ressaltava a esperança da ressurreição, Jesus conservava a visão já manifestada no Antigo Testamento e, muito especialmente, no judaísmo do Segundo Templo, com exceções como a dos saduceus.

A. Cohen, o. c.; J. Grau, Escatología...; J. L. Ruiz de la Peña, La otra dimensión, Santander 1986; C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...; Idem, Diccionario de las tres..; m. Gourges, El más allá en el Nuevo Testamento, Estella 41993.


Benignidade

Qualidade de ser bom.

Benignidade Bondade; misericórdia (Sl 26:3; Gl 5:22).

benignidade s. f. Qualidade de benigno.

Livrar

verbo transitivo direto , bitransitivo e pronominal Pôr em liberdade; soltar, libertar: livrar os alunos; livrar alguém da cadeia; livrou-se da pena com uma boa advogada.
verbo bitransitivo Defender, preservar, pôr ao abrigo de mal ou perigo: ninguém livrará o criminoso da culpa.
verbo bitransitivo e pronominal Retirar de alguém algo que o aborrece ou constrange; desembaraçar-se: ninguém me livrou do constrangimento de ter sido traído; livrou-se da vergonha e deu a volta por cima.
Safar-se de uma circunstância vergonhosa, perigosa, ruim, difícil: livrar o filho do bullying; livrou-se da demissão com o apoio do pai.
verbo transitivo direto Religião Pedir proteção a Deus ou a outras entidades espirituais, para que algum ruim não aconteça: Deus me livre de ficar doente!
verbo pronominal Tornar-se livre, libertar-se; desobrigar-se, eximir-se: livrou-se dos importunos.
locução interjeição Deus te livre! Usada para dissuadir alguém de uma ação ou para desejar que nada lhe aconteça.
Etimologia (origem da palavra livrar). Do latim liberare.

Salva

substantivo feminino [Militar] Descarga simultânea de armas de fogo, em combate, em sinal de festa ou em honra de alguém.
[Militar] Cumprimento feito pela descarga de armas de fogo.
[Militar] Sequência de tiros com um objetivo determinado.
Sequência de sons que não se consegue interromper.
Desculpa de quem se esquiva ardilosamente de alguma coisa.
Espécie de bandeja para copos, taças ou outros objetos: salva de prata.
expressão Salva de palmas. Demonstração pública de clamor, de alegria e entusiasmo, por meio de aplausos vibrantes e unânimes; ovação.
Etimologia (origem da palavra salva). Forma regressiva de salvar.
substantivo feminino Botânica Erva do gênero Salvia officianalis, de origem mediterrânica, com flores azuis, cultivada por suas propriedades terapêuticas e pelo óleo extraído de suas folhas.
Etimologia (origem da palavra salva). Do latim salviam.

Salva Bandeja (Pv 25:11; Ap 16:1).

Senhor

substantivo masculino Proprietário, dono absoluto, possuidor de algum Estado, território ou objeto.
História Aquele que tinha autoridade feudal sobre certas pessoas ou propriedades; proprietário feudal.
Pessoa nobre, de alta consideração.
Gramática Forma de tratamento cerimoniosa entre pessoas que não têm intimidade e não se tratam por você.
Soberano, chefe; título honorífico de alguns monarcas.
Figurado Quem domina algo, alguém ou si mesmo: senhor de si.
Dono de casa; proprietário: nenhum senhor manda aqui.
Pessoa distinta: senhor da sociedade.
Antigo Título conferido a pessoas distintas, por posição ou dignidade de que estavam investidas.
Antigo Título de nobreza de alguns fidalgos.
Antigo O marido em relação à esposa.
adjetivo Sugere a ideia de grande, perfeito, admirável: ele tem um senhor automóvel!
Etimologia (origem da palavra senhor). Do latim senior.onis.

o termo ‘Senhor’, no A.T., paraexprimir Jeová, está suficientemente compreendido nesta última palavra – e, como tradução de ãdôn, não precisa de explicação. Em Js 13:3, e freqüentemente em Juizes e Samuel, representa um título nativo dos governadores dos filisteus, não se sabendo coisa alguma a respeito do seu poder. o uso de ‘Senhor’ (kurios), no N.T., é interessante, embora seja muitas vezes de caráter ambíguo. Nas citações do A.T., significa geralmente Jeová, e é também clara a significaçãoem outros lugares (*vejag. Mt 1:20). Mas, fora estas citações, há muitas vezes dúvidas sobre se a referência é a Deus como tal (certamente Mc 5:19), ou ao Salvador, como Senhor e Mestre. Neste último caso há exemplos do seu emprego, passando por todas as gradações: porquanto é reconhecido Jesus, ou como Senhor e Mestre no mais alto sentido (Mt 15:22 – e geralmente nas epístolas – *veja 1 Co 12.3), ou como doutrinador de grande distinção (Mt 8:21 – 21.3), ou ainda como pessoa digna de todo o respeito (Mt 8:6). Deve-se observar que kurios, termo grego equivalente ao latim “dominus”, era o título dado ao imperador romano em todas as terras orientais, em volta do Mediterrâneo. E isto serve para explicar o fato de aplicarem os cristãos ao Salvador esse título, querendo eles, com isso, acentuar na sua mente e na das pessoas que os rodeavam a existência de um império maior mesmo que o de César. Com efeito, o contraste entre o chefe supremo do império romano e Aquele que é o Senhor de todos, parece apoiar muitos dos ensinamentos do N.T. Algumas vezes se usa o termo ‘Senhor’ (Lc 2:29At 4:24, etc.) como tradução de despõtes, que significa ‘dono, amo’, sugerindo, quando se emprega a respeito dos homens, que ao absoluto direito de propriedade no mundo antigo estava inerente uma verdadeira irresponsabilidade. (*veja Escravidão.)

[...] o Senhor é a luz do mundo e a misericórdia para todos os corações.
Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Pelo Evangelho


Senhor
1) (Propriamente dito: hebr. ADON; gr. KYRIOS.) Título de Deus como dono de tudo o que existe, especialmente daqueles que são seus servos ou escravos (Sl 97:5; Rm 14:4-8). No NT, “Senhor” é usado tanto para Deus, o Pai, como para Deus, o Filho, sendo às vezes impossível afirmar com certeza de qual dos dois se está falando.


2) (hebr. ????, YHVH, JAVÉ.) Nome de Deus, cuja tradução mais provável é “o Eterno” ou “o Deus Eterno”. Javé é o Deus que existe por si mesmo, que não tem princípio nem fim (Ex 3:14; 6.3). Seguindo o costume que começou com a SEPTUAGINTA, a grande maioria das traduções modernas usa “Senhor” como equivalente de ????, YHVH (JAVÉ). A RA e a NTLH hoje escrevem “SENHOR”. A forma JAVÉ é a mais aceita entre os eruditos. A forma JEOVÁ (JEHOVAH), que só aparece a partir de 1518, não é recomendável por ser híbrida, isto é, consta da mistura das consoantes de ????, YHVH, (o Eterno) com as vogais de ???????, ADONAI (Senhor).


Senhor Termo para referir-se a YHVH que, vários séculos antes do nascimento de Jesus, havia substituído este nome. Sua forma aramaica “mar” já aparecia aplicada a Deus nas partes do Antigo Testamento redigidas nesta língua (Dn 2:47; 5,23). Em ambos os casos, a Septuaginta traduziu “mar” por “kyrios” (Senhor, em grego). Nos textos de Elefantina, “mar” volta a aparecer como título divino (pp. 30 e 37). A. Vincent ressaltou que este conteúdo conceitual já se verificava no séc. IX a.C. Em escritos mais tardios, “mar” continua sendo uma designação de Deus, como se vê em Rosh ha-shanah 4a; Ber 6a; Git 88a; Sanh 38a; Eruv 75a; Sab 22a; Ket 2a; Baba Bat 134a etc.

Em algumas ocasiões, Jesus foi chamado de “senhor”, como simples fórmula de cortesia. Ao atribuir a si mesmo esse título, Jesus vai além (Mt 7:21-23; Jo 13:13) e nele insere referências à sua preexistência e divindade (Mt 22:43-45; Mc 12:35-37; Lc 20:41-44 com o Sl 110:1). Assim foi também no cristianismo posterior, em que o título “Kyrios” (Senhor) aplicado a Jesus é idêntico ao empregado para referir-se a Deus (At 2:39; 3,22; 4,26 etc.); vai além de um simples título honorífico (At 4:33; 8,16; 10,36; 11,16-17; Jc 1:1 etc.); supõe uma fórmula cúltica própria da divindade (At 7:59-60; Jc 2:1); assim Estêvão se dirige ao Senhor Jesus no momento de sua morte, o autor do Apocalipse dirige a ele suas súplicas e Tiago acrescenta-lhe o qualificativo “de glória” que, na verdade, era aplicado somente ao próprio YHVH (Is 42:8). Tudo isso permite ver como se atribuíam sistematicamente a Jesus citações veterotestamentárias que originalmente se referiam a YHVH (At 2:20ss.com Jl 3:1-5).

Finalmente, a fórmula composta “Senhor dos Senhores” (tomada de Dt 10:17 e referente a YHVH) é aplicada a Jesus e implica uma clara identificação do mesmo com o Deus do Antigo Testamento (Ap 7:14; 19,16). Tanto as fontes judeu-cristãs (1Pe 1:25; 2Pe 1:1; 3,10; Hc 1:10 etc.) como as paulinas (Rm 5:1; 8,39; 14,4-8; 1Co 4:5; 8,5-6; 1Ts 4:5; 2Ts 2:1ss. etc.) confirmam essas assertivas.

W. Bousset, Kyrios Christos, Nashville 1970; J. A. Fitzmyer, “New Testament Kyrios and Maranatha and Their Aramaic Background” em To Advance the Gospel, Nova York 1981, pp. 218-235; L. W. Hurtado, One God, One Lord: Early Christian Devotion and Ancient Jewish Monotheism, Filadélfia 1988; B. Witherington III, “Lord” em DJG, pp. 484-492; O. Cullmann, o. c.; C. Vidal Manzanares, “Nombres de Dios” en Diccionario de las tres...; Idem, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...


Volta

substantivo feminino Ato ou efeito de voltar(-se).
Passeio rápido; giro: dar uma volta pela cidade.
Tira de pano branco, que cobre a dobra superior do cabeção de certos uniformes.
Curva de estrada ou caminho.
Devolução, troco.
Circuito, contorno: volta da Gávea.
Figurado Vicissitude, revés.
[Brasil] Pop. Cortar (uma) volta, passar dificuldades ou privações; enfrentar obstáculos.
locução adverbial Volta e meia, frequentemente, constantemente.

volta s. f. 1. Ato ou efeito de voltar(-se). 2. Regresso, retorno. 3. Movimento em torno; giro, circuito. 4. Extensão do contorno; circunferência. 5. Pequeno passeio; giro. 6. O que se dá para igualar uma troca. 7. Resposta, réplica; troco. 8. Mudança de opinião; reviravolta. 9. Sinuosidade. 10. Cada uma das curvas de uma espiral. 11. Curva numa estrada ou rua. 12. Meandro dos rios. 13. Espécie de colar, usado pelas mulheres. 14. Turvação de vinho. 15. Laço, laçada.

Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
Salmos 6: 4 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

Volta-Te, ó SENHOR, livra a minha alma; salva-me por Tua benignidade.
Salmos 6: 4 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

979 a.C.
H2502
châlats
חָלַץ
remover, afastar, tirar, tirar fora, retirar, equipar (para guerra), armar para guerra, resgatar,
(that they take away)
Verbo
H2617
chêçêd
חֵסֵד
bondade, benignidade, fidelidade
(your goodness)
Substantivo
H3068
Yᵉhôvâh
יְהֹוָה
o Senhor
(the LORD)
Substantivo
H3467
yâshaʻ
יָשַׁע
salvar, ser salvo, ser libertado
(and helped them)
Verbo
H4616
maʻan
מַעַן
para o fim que
(to the end that)
Substantivo
H5315
nephesh
נֶפֶשׁ
alma, ser, vida, criatura, pessoa, apetite, mente, ser vivo, desejo, emoção, paixão
(that has)
Substantivo
H7725
shûwb
שׁוּב
retornar, voltar
(you return)
Verbo


חָלַץ


(H2502)
châlats (khaw-lats')

02502 חלץ chalats

uma raiz primitiva; DITAT - 667,668; v

  1. remover, afastar, tirar, tirar fora, retirar, equipar (para guerra), armar para guerra, resgatar, ser resgatado
    1. (Qal) equipado (particípio)
    2. (Nifal)
      1. ser equipado
      2. ir equipado
      3. estar armado
    3. (Hifil)
      1. fortalecer, animar
      2. revigorar
  2. tirar ou despir, retirar
    1. (Qal)
      1. tirar, despir
      2. retirar
    2. (Nifal)
      1. ser libertado
      2. ser salvo
    3. (Piel)
      1. retirar, rasgar fora
      2. resgatar, libertar, libertar
      3. levar embora, saquear

חֵסֵד


(H2617)
chêçêd (kheh'-sed)

02617 חסד checed

procedente de 2616, grego 964 βηθεσδα; DITAT - 698a,699a; n m

  1. bondade, benignidade, fidelidade
  2. reprovação, vergonha

יְהֹוָה


(H3068)
Yᵉhôvâh (yeh-ho-vaw')

03068 יהוה Y ehovaĥ

procedente de 1961; DITAT - 484a; n pr de divindade Javé = “Aquele que existe”

  1. o nome próprio do único Deus verdadeiro
    1. nome impronunciável, a não ser com a vocalização de 136

יָשַׁע


(H3467)
yâshaʻ (yaw-shah')

03467 ישע yasha ̀

uma raiz primitiva, grego 5614 ωσαννα; DITAT - 929; v

  1. salvar, ser salvo, ser libertado
    1. (Nifal)
      1. ser liberado, ser salvo, ser libertado
      2. ser salvo (em batalha), ser vitorioso
    2. (Hifil)
      1. salvar, libertar
      2. livrar de problemas morais
      3. dar vitória a

מַעַן


(H4616)
maʻan (mah'-an)

04616 מען ma aǹ

procedente de 6030; DITAT - 1650g; subst

  1. propósito, intento prep
    1. por causa de
    2. em vista de, por causa de
    3. para o propósito de, para aquela intenção, a fim de que conj
    4. a fim de

נֶפֶשׁ


(H5315)
nephesh (neh'-fesh)

05315 נפש nephesh

procedente de 5314; DITAT - 1395a; n f

  1. alma, ser, vida, criatura, pessoa, apetite, mente, ser vivo, desejo, emoção, paixão
    1. aquele que respira, a substância ou ser que respira, alma, o ser interior do homem
    2. ser vivo
    3. ser vivo (com vida no sangue)
    4. o próprio homem, ser, pessoa ou indivíduo
    5. lugar dos apetites
    6. lugar das emoções e paixões
    7. atividade da mente
      1. duvidoso
    8. atividade da vontade
      1. ambíguo
    9. atividade do caráter
      1. duvidoso

שׁוּב


(H7725)
shûwb (shoob)

07725 שוב shuwb

uma raiz primitiva; DITAT - 2340; v.

  1. retornar, voltar
    1. (Qal)
      1. voltar, retornar
        1. voltar
        2. retornar, chegar ou ir de volta
        3. retornar para, ir de volta, voltar
        4. referindo-se à morte
        5. referindo-se às relações humanas (fig.)
        6. referindo-se às relações espirituais (fig.)
          1. voltar as costas (para Deus), apostatar
          2. afastar-se (de Deus)
          3. voltar (para Deus), arrepender
          4. voltar-se (do mal)
        7. referindo-se a coisas inanimadas
        8. em repetição
    2. (Polel)
      1. trazer de volta
      2. restaurar, renovar, reparar (fig.)
      3. desencaminhar (sedutoramente)
      4. demonstrar afastamento, apostatar
    3. (Pual) restaurado (particípio)
    4. (Hifil) fazer retornar, trazer de volta
      1. trazer de volta, deixar retornar, pôr de volta, retornar, devolver, restaurar, permitir voltar, dar em pagamento
      2. trazer de volta, renovar, restaurar
      3. trazer de volta, relatar a, responder
      4. devolver, retribuir, pagar (como recompensa)
      5. voltar ou virar para trás, repelir, derrotar, repulsar, retardar, rejeitar, recusar
      6. virar (o rosto), voltar-se para
      7. voltar-se contra
      8. trazer de volta à memória
      9. demonstrar afastamento
      10. reverter, revogar
    5. (Hofal) ser devolvido, ser restaurado, ser trazido de volta
    6. (Pulal) trazido de volta