Enciclopédia de Salmos 79:7-7

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

sl 79: 7

Versão Versículo
ARA Porque eles devoraram a Jacó e lhe assolaram as moradas.
ARC Porque devoraram a Jacó, e assolaram as suas moradas.
TB Porque eles devoraram a Jacó
HSB כִּ֭י אָכַ֣ל אֶֽת־ יַעֲקֹ֑ב וְֽאֶת־ נָוֵ֥הוּ הֵשַֽׁמּוּ׃
BKJ Pois eles devoraram Jacó, e devastaram sua habitação.
LTT Porque devoraram a Jacó, e assolaram as suas moradas.
BJ2 Pois eles devoraram Jacó e devastaram sua moradia.
VULG Posuisti nos in contradictionem vicinis nostris, et inimici nostri subsannaverunt nos.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Salmos 79:7

II Crônicas 36:21 para que se cumprisse a palavra do Senhor, pela boca de Jeremias, até que a terra se agradasse dos seus sábados; todos os dias da desolação repousou, até que os setenta anos se cumpriram.
Salmos 80:13 O javali da selva a devasta, e as feras do campo a devoram.
Isaías 9:12 Pela frente virão os siros, e por detrás, os filisteus, e devorarão a Israel com a boca escancarada; e nem com tudo isto se apartou a sua ira, mas ainda está estendida a sua mão.
Isaías 24:1 Eis que o Senhor esvazia a terra, e a desola, e transtorna a sua superfície, e dispersa os seus moradores.
Isaías 64:10 As tuas santas cidades estão feitas um deserto; Sião está feita um deserto, Jerusalém está assolada.
Jeremias 50:7 Todos os que as achavam as devoraram; e os seus adversários diziam: Culpa nenhuma teremos; porque pecaram contra o Senhor e a morada da justiça, sim, o Senhor, a Esperança de seus pais.
Jeremias 51:34 Nabucodonosor, rei da Babilônia, me devorou, pisou-me, fez de mim um vaso vazio, como dragão me tragou, encheu o seu ventre das minhas delicadezas e lançou-me fora.
Zacarias 1:15 E, com grandíssima ira, estou irado contra as nações em descanso; porque, estando eu um pouco desgostoso, eles auxiliaram no mal.

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

OS PATRIARCAS: AS EVIDÊNCIAS BÍBLICAS

Início do segundo milênio a.C.

UM CONTEXTO CRONOLÓGICO

Gênesis 12:50 trata da relação de Deus com um homem, Abraão, e seus descendentes: Isaque, Jacó (Israel) e seus doze filhos, dos quais José é o mais destacado. É difícil situar os "patriarcas", como costumam ser chamados, num período histórico exato. Para isso, é preciso considerar, em grande medida, a data fornecida para um acontecimento posterior da história bíblica, a saber, o êxodo, para o qual são definidas duas datas (como veremos em detalhes mais adiante).
Uma das datas para o êxodo é 1447 a.C.' Considerando-se que os israelitas permaneceram no Egito durante 430 anos, pode-se concluir que Jacó e seus filhos chegaram ao Egito em 1877 a.C. Assim, Abraão deve ter nascido na metade do século XXII a.C.
A outra data para o êxodo é c. 1270 a.C. Aceitando-se os mesmos dados mencionados acima, Abraão deve ter nascido por volta de 2000 a.C.
Alguns estudiosos também consideram que a estadia de Israel no Egito foi mais curta e situam os patriarcas num período posterior (mais próximo de nossa época), entre os séculos 20 e XVI a.C., a Média Idade do Bronze II.

ABRÃO VIAJA DE UR PARA HARÀ Tera, o pai de Abrão (como ele era conhecido naquele tempo), deixou "Ur dos caldeus"* e se assentou em Harà, na fronteira norte da Mesopotâmia, 32 km a sudeste da atual cidade turca de Urfa. Para alguns, Ur e Urfa se referem ao mesmo lugar, mas, nesse caso, Abrão teria voltado pelo mesmo caminho de onde veio antes de partir para Canaâ. Na verdade, a designação "Ur dos caldeus" resolve a questão. Os caldeus foram um povo que viveu no sul do Iraque do final do segundo milênio em diante.
Assim, Ur dos caldeus deve ser identificada com a cidade famosa de Ur, no sul do Iraque, conhecida hoje como Tell el- Muqayyar. Ur era um dos centros de uma civilização sofisticada vários séculos antes de Abraão, como indicam o Cemitério Real de Ur e o zigurate (templo em forma de torre) de Ur-Nammu, datados respectivamente de c. 2500 a.C. e 2113-2096 a.C.

ABRÃO VIAJA DE CANAÁ PARA O EGITO

Quando Abrão estava com cerca de 75 anos de idade, ele respondeu ao chamado de Deus para deixar seu país, seu povo e a casa de seu pai e se dirigir à terra que o Senhor lhe mostraria.* Abrão foi para Canaã, a terra prometida, mas uma grave escassez de alimento o levou a buscar refúgio no Egito. Lá, sua esposa Sarai (chamada posteriormente de Sara) chamou a atenção do Faraó.

EM CANAÃ

Ao voltar a Canaã, Abrão se tornou extremamente rico em rebanhos, prata e ouro. Tinha tantos rebanhos que precisou se separar de seu sobrinho, Ló, o qual escolheu armar suas tendas próximo a Sodoma, cujos habitantes eram conhecidos por sua grande perversidade. De acordo com Gênesis 19:24-25, "fez o Senhor chover enxofre e fogo, da parte do Senhor, sobre Sodoma e Gomorra. E subverteu aquelas cidades, e toda a campina". Não há dúvidas que Sodoma e Gomorra ficavam próximas, ou talvez debaixo, do atual mar Morto, mas é impossível determinar a localização exata das duas cidades proporção extraordinária de sal (25 por cento) do mar Morto pode ser evidência dessa calamidade.
Abrão (Pai exaltado) se tornaria Abraão (Pai de muitos)." ¡ Agar, a serva de Sara, lhe deu à luz Ismael e a própria Sara lhe deu à luz Isaque (o filho da promessa).° Quando Sara faleceu em Quiriate-Arba (atual Hebrom), Abraão comprou de Efrom, o heteu, um campo com uma caverna e ali sepultou a esposa. Posteriormente, Abraão, seu filho Isaque, Rebeca, esposa de Isaque, seu filho Jacó e Lia, a esposa de Jacó, também foram sepultados nesse local.
Isaque reabriu os poços que haviam sido cavados por Abraão no vale de Gerar e, de acordo com João 4:5-6, Jacó cavou um poço em Sicar, próximo a Siquém.
Fica evidente que os patriarcas eram homens de grande riqueza e influência em Canaã. Abrão tinha trezentos e dezoito "homens dos mais capazes" à sua disposição.' Aliás, a expressão "homens dos mais capazes" é bastante antiga, pois também aparece em textos egípcios de execração (maldição) do final do século XIX a.C. Os patriarcas se casaram com parentas: Isaque se casou com Rebeca, sobrinha neta de seu pai, e Jacó se casou com suas primas Lia e Raquel. Essas três mulheres eram da região de Harã, também chamada Harâ- Naharaim e Pada-Arã.

 

 

Por Paul Lawrence


Árvore genealógica dos patriarcas
Árvore genealógica dos patriarcas
Viagem de Abraão: Saiu de Ur, no sul do Iraque em direção a Harã.
Viagem de Abraão: Saiu de Ur, no sul do Iraque em direção a Harã.

OS PATRIARCAS NA PALESTINA

Os patriarcas de Gênesis passaram a vida na Terra Prometida, dentro da metade sul da Cadeia Montanhosa Central. Só em breves ocasiões suas viagens os levaram temporariamente para fora dessa região - a exceção foi quando Jacó deixou Cana para ficar, por bastante tempo, na terra dos antepassados, no norte da Mesopotâmia (Gn 28:10-33.
20) [v. mapa 30]. Mas, enquanto viveram na terra, a Bíblia diz que estabeleceram residência, construíram altares e adoraram o Senhor em Siquém, Betel, Hebrom/Manre e Berseba. Eles e suas mulheres foram enterrados na mesma região, seja na tumba da família em Manre/Hebrom, em Siquém, seja na sepultura de Raquel. Quando Jacó voltava a Canaã, depois de passar 20 anos na casa de Labão (Gn 31:41), chegou ao rio Jaboque. Ali ficou sabendo que seu irmão, Esaú, estava a caminho para se encontrar com ele, o que o levou a passar uma noite lutando (Gn 32:6-7,22-30). A narração do capítulo 32 (o final do tempo que passou fora) é uma conclusão apropriada para a narração do capítulo 28 (o início do tempo, quando saiu de casa). Os dois textos descrevem lacó sozinho à noite, enfrentando uma crise, encontrando-se com "anjos de Deus" (Gn 28:12-32.
1) e batizando um lugar com um novo nome (Betel, 28.19; Peniel, 32.30).
A localização de Maanaim e Peniel, ambos na Transjordânia, é incerta, exceto que estão situados junto ao desfiladeiro de Jaboque. Maanaim foi dado à tribo de Gade (Is 13:26), mas ficava na fronteira com Manassés (Is 13:30) [v. mapa 40]. A cidade foi uma cidade levítica (Js 21:38-39) [mapa 41], residência régia de Es-Baal (25m 2.8,12) e refúgio temporário para Davi, quando fugiu de Absalão (25m 17.24- 27). No mapa, Maanaim tem sido colocada conjecturalmente no sítio de T. er-Reheil, onde a principal estrada norte-sul, vinda de Damasco, chega perto do rio Jaboque e cruza com uma estrada secundária que vai para o oeste, na direção do Jordão [v. mapa 27]. Peniel deve ter sido próxima, embora ficasse entre Maanaim (Gn 32:1) e Sucote (33.17), possivelmente em T. edh-Dhahab esh-Shargia.
Depois de voltar da Mesopotâmia, Jacó viajou de onde residia, em Betel, para estar com seu pai, Isaque, em Hebrom/ Manre (Gn 35:1-27). Mas, enquanto a caravana viajava pela estrada, chegou a hora de Raquel dar à luz Benjamim. Ela morreu durante o parto e foi enterrada ali (Gn 35:16-20). Desde o século 4 d.C., viajantes e peregrinos têm visitado um "túmulo de Raquel" no extremo norte de Belém, junto à estrada de Jerusalém. Presume-se que o local foi estabelecido com base num comentário editorial em Gênesis 35:19-1% Mas um texto posterior deixa claro que Raquel foi sepultada "em Zelza, na fronteira (da tribo) de Benjamim" (1Sm 10:2). Embora Zelza seja um local desconhecido, sem nenhuma outra atestação, o contexto dessa referência é bastante claro. Procurando as jumentas perdidas de seu pai, Saul viajou de sua casa em Gibeá (T. el-Ful [1Sm 10:26]) para o norte, atravessando a região montanhosa de Efraim, regressou ao território de Benjamim (1Sm 9:4) e finalmente a Ramá, a cidade de Samuel (er-Ram [1Sm 9:5-10]). Ao voltar de Ramá para Gibeá, o texto bíblico diz que passou pelo túmulo de Raquel (1Sm 10:2).
Em ainda outro texto, o profeta Jeremias (31,15) associou o "choro de Raquel" diretamente à cidade de Ramá, também situada dentro do território de Benjamim. De modo que, embora a localização exata do túmulo de Raquel ainda seja um pouco debatida, não há quase nada que favoreça situá-lo em Belém. Nesse aspecto, pode ser relevante lembrar o exato fraseado da narrativa de Gênesis. O texto diz que Raquel foi sepultada "no caminho de Efrata (Belém]" (Gn 35:19; cp. 48.7b), "quando [..) ainda havia uma boa distância (lit. 'uma distância da terra'101 de Efrata" (Gn 35:16; cp. 48.7a).
Em qualquer das hipóteses, enquanto prosseguia sua viagem do túmulo de Raquel para Hebrom/Manre, Jacó chegou à Torre de Éder (Migdal-Éder (Gn 35:211), possivelmente situada nas vizinhanças de Salém ou Belém.
ABRÃO NA PALESTINA
ABRÃO NA PALESTINA
OS PATRIARCAS NA PALESTINA
OS PATRIARCAS NA PALESTINA

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Salmos Capítulo 79 do versículo 1 até o 13
SALMO 79: A CANÇÃO FÚNEBRE DE UMA NAÇÃO, 79:1-13

Este salmo de lamentação, identificado como "Salmo de Asafe" (cf. Int. do Salmo 50), foi escrito por ocasião de uma grande catástrofe nacional, provavelmente a mesma la-mentada com um tom semelhante no Salmo 74. Aqui, como lá, as opiniões diferem quan-to à ocasião histórica, variando de uma desolação de Jerusalém em 586 a.C. até a con-quista da cidade por Antíoco Epifânio no período bem posterior dos macabeus. Parece quase impossível estipular uma data exata para este salmo. É claro que isso não altera de forma alguma o seu valor em expressar profunda tristeza pessoal e nacional em tem-pos de desgraça.

1. Reclamação (79:1-4)

Uma característica dos salmos de lamentação é a expressão aflitiva do poeta diante das circunstâncias com as quais ele depara. As nações entraram na tua herança (1), contaminando o templo e desolando a cidade. Um grande número de pessoas havia sido morto (4), e não havia quem os sepultasse (3). Tornar-se o opróbrio (4) significa tor-nar-se alvo de escárnio e zombaria.

  • Clamor por Vingança (79:5-12)
  • A maior parte do poema trata do pedido fervoroso do salmista para que a vingan-ça caia sobre aqueles que causaram a calamidade. Até quando? (5) é uma pergunta espontânea de qualquer coração em tempos de opressão. Acerca de teu zelo ("ciú-me", NVI) veja o comentário em 78.58. Deus havia permitido que outras nações se tornassem "a vara da sua ira" (cf. Is 10:5) ao trazer juízo sobre o povo desobediente de Israel. Mas, certamente, a sua justiça visitaria os pecados das nações (6). O versículo 8 é uma súplica por misericórdia e perdão. Antecipem-se-nos significa no hebraico: "venha [...] ao nosso encontro" (NVI), com a maneira graciosa do pai em relação ao filho pródigo (Lc 15:20). O Senhor é o Deus da nossa salvação (9), que age para a glória do seu nome. Temos aqui uma oração impressionante por expia-ção, visto que o termo traduzido por perdoa significa literalmente: "faça expiação por" (cf.comentário em 78.39).

    Os que perguntam: Onde está o seu Deus? (10) podem vê-lo em seus atos de julga-mento contra aqueles que haviam derramado o sangue dos seus servos. Deus deveria ficar comovido com o gemido dos presos (11). Preserva aqueles que estão senten-ciados à morte significa literalmente: "Preserva os sentenciados à morte" (ARA). "Re-tribui [...] sete, vezes tanto" (12; ARA; aqui na ARC: setuplicadamente) sugere uma retribuição perfeita e completa, conforme a indicação do número sete.

  • Comprometido a Louvar (79,13)
  • A promessa típica de ações de graça que caracteriza os salmos de lamentação é mui-to breve, mas bastante expressiva: Assim, nós, teu povo e ovelhas de teu pasto, te louvaremos eternamente; de geração em geração cantaremos os teus louvores.


    Champlin

    Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
    Champlin - Comentários de Salmos Capítulo 79 versículo 7
    Conforme Jr 10:25.

    Genebra

    Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
    Genebra - Comentários de Salmos Capítulo 79 do versículo 1 até o 13
    *

    Sl 79 A destruição do templo (v. 1) data este salmo no período após Jerusalém ter sido vencida e destruída pelos babilônios, em 586 a.C.

    * 79:1

    Ó Deus, as nações invadiram a tua herança. Visto que o povo desobedeceu à aliança divina, Deus fez o que tinha avisado que faria (Dt 28:15-68), enviando uma nação estrangeira contra eles. Tanto a cidade de Jerusalém como seu templo foram destruídos nessa ocasião (2Rs 25; 2Cr 36:15-23; Lamentações).

    * 79:2

    teus servos... teus santos. Os fiéis israelitas também sofreram nas mãos dos babilônios. O salmista destaca a morte dos fiéis, ao apelar a Deus pela restauração.

    * 79:5

    Até quando, SENHOR? Essa é uma oração que pedia que Deus mudasse uma situação difícil.

    O teu zelo. Um sinônimo de ira.

    * 79:6

    Derrama o teu furor sobre as nações. O poeta clamou por uma reversão, pedindo que Deus desviasse sua ira de Israel para as nações que ele estava usando para punir o seu povo. No fim, o Senhor respondeu à oração do salmista, restaurando a Israel e destruindo a Babilônia.

    * 79:8

    as iniqüidades de nossos pais. Este salmo pode ter sido escrito algum tempo depois da destruição de Jerusalém. O principal pecado dos filhos de Israel tinha sido a idolatria, o voltar-se para os deuses falsos.

    * 79:11

    cativo. O escritor sabia que Deus tinha um lugar especial em seu coração pelos oprimidos e vulneráveis, por isso o relembra daqueles que dele precisavam (9.18, nota).



    Matthew Henry

    Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
    Matthew Henry - Comentários de Salmos Capítulo 79 do versículo 1 até o 13
    79:6 De acordo com o Antigo Testamento, freqüentemente a ira e o julgamento de Deus se desencadeavam em nações inteiras devido a que os pecados da gente estavam nessa nação. Aqui, Asaf implorou para que chegasse o julgamento sobre os reino que se negavam a reconhecer a autoridade de Deus. É irônico, mas a própria nação do Asaf, Judá, Deus a julgava precisamente por haver-se negado a fazer isto (2Cr 36:14-20). esta gente foi a que fez votos de lealdade a Deus, entretanto agora o rechaçavam. Daí que seu julgamento fora até pior.

    79:10 Ao final, a glória de Deus será evidente a todas as nações, mas enquanto isso, devemos suportar o sofrimento com paciência e permitir que Deus nos desencarda através dele. Por razões que desconhecemos, permite aos pagãos burlar-se dos crentes. Devemos estar preparados para a crítica, as brincadeiras e as declarações agressivas devido a Deus não nos coloca fora dos ataques dos que se burlam de nós.


    Wesley

    Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
    Wesley - Comentários de Salmos Capítulo 79 do versículo 1 até o 13
    Sl 79:1 é como Sl 79:1 e Jr 26:18 . O versículo 2 é como Jr 15:3 é paralela à Jr 7:32 , Jr 7:33 ; Jr 16:4 . O versículo 5 é quase como o Sl 89:46 . Os versículos 6:7 são paralelos ao Jr 10:25 . O versículo 8 tem frases notavelmente como Sl 59:10 e Sl 142:6 ; . Jr 19:8)

    O massacre do povo não foi considerado como seu verdadeiro destino, e para aguentar esse destino foi uma fonte de grande vergonha, um aborto de seu próprio papel na vida (Ez. 5: 11-17 ).

    C. A INSUSTENTÁVEL SHAME (Sl 79:4. ; Sl 69:7 ).

    II. AGONIA, a criança OF CHAOS (Sl 79:5)

    Parece quase normal para um salmista sofrimento de sentir profundamente a injustiça de uma situação em que uma minoria maltratada foi implacavelmente pisoteado por um invasor cruel. Essa injustiça não deveria ser. Quando o salmista viram o julgamento de Deus como sendo acompanhado por ciúme , ele não parecem atribuir à emoção base de toques de vindicador insta para destruir desenfreadamente. A ênfase está em forte insistência de Deus em devoção exclusiva a Si próprio. Seu contexto é o de pertencimento, de parentesco.

    O salmista sentiu que Deus ira não deve ser levada ao extremo de aniquilação de seu povo. Isso seria negar todos relações passadas de Deus com eles. Na verdade, de Deus ira deve ser derramado sobre o opressor nações. Suas formas imperialistas certamente merecia punição. Eles eram como bestas vorazes cujo apetite não poderia ser interrompido. Parecia que Deus estava protegendo-os.

    B. A NECESSIDADE DE PESSOAL DE LIMPEZA (79: 8-10)

    É verdade, a história passada dos israelitas tinha sido manchado por manchas morais negros, mas isso deve ser perdoado. Mercy ainda deve estar disponível gratuitamente. Por uma questão de própria reputação de Deus no mundo que ele deve entregar rapidamente o seu próprio povo e punir as nações que eles tinham abusado. Assim sentido do salmista da gravidade do pecado de sua nação não era profunda. Ele aceitou a realidade da misericórdia e da necessidade de sua nação para o perdão, mas não foi misturado com um coração verdadeiramente arrependido. Não é evidente um vestígio da determinação de repudiar a causa da punição, que era culto idólatra. Não há expressão de rendição à vontade de Deus. O sofrimento não é reconhecido como corretivo ou redentor. Havia muita coisa ainda a ser limpos de coração deste homem.

    C. O GEMIDO DOS PRESOS (79: 11-12)

    Apesar das observações anteriores, ele também deve ser dito que o salmista não era um revolucionário com raiva. Em vez de recorrer às armas de violência, ele pressionou seu caso perante o bar divino de justiça. Ele não tinha nenhuma dúvida sobre o poderde seu Deus para ajudar seu próprio povo. Ele queria que os vizinhos para receber mais do que lhes é devido por justiça. Ele queria que Deus acumular sobre eles um sétuplo medida do opróbrio por sua culpa. Seu coração não estava totalmente limpo.

    III. Um voto para proferir louvor (Sl 79:13 ; Sl 59:16 , Sl 59:17 ; Jr 20:13. ).

    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Salmos Capítulo 79 do versículo 1 até o 13
    79.1 Invadiram. Em 586 a.C., os babilônios destruíram Jerusalém, levando para o cativeiro todas as pessoas de cultura e de capacidades.

    79.2 Teus servos... teus santos. Quando o povo de Deus ora, chama a atenção ao fato de que é propriedade exclusiva de Deus.

    79.4 Mais amarga do que a desgraça e a zombaria dos povos vizinhos, a interpelar: "Onde es o vosso Deus?"
    79.8 Iniqüidades de nossos pais. A destruição de Jerusalém foi precedida por um século de idolatria e a reforma feita pela rei Josias, em 610 a.C., não fora suficiente para lhe anular os efeitos nefandos.

    79.9 Pela glória do teu nome. Orar em nome de Deus é o ato de humildade, que abre o caminho para a resposta divina. Deus e Salvador nosso. A fé reconhece o amantíssimo Pai quando do castigo que o bom pai aplica ao seu filho. O profeta enxerga o Salvador, até na ira divina.

    79.12 Sete vezes tanto. Quem persegue o povo de Deus está multiplicando crimes sociais pela blasfêmia contra Deus.

    79.13 Quem está em comunhão com Deus não se omite do glorioso dever de proclamar o Seu louvor.


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Salmos Capítulo 79 do versículo 1 até o 13
    Sl 79:0). O fogo que havia devastado os marcos de Jerusalém (2Rs 25:9; conforme Sl 74:7) era símbolo da sua paixão {ciúme, v. 5). Deus é tanto o Inimigo que deu vazão à sua ira quanto o Amigo de quem se busca ajuda. Judá não é inocente de forma alguma, mas uma grande parte da culpa pertence também aos estrangeiros que se aproveitaram do povo de Deus e destruíram sua pátria. Pagãos que são, adoram os seus deuses e não dedicam a sua lealdade a Javé. E eles sairiam ilesos disso (conforme Is 10:5-23)?

    Na história aconteceu com freqüência que uma geração sofreu em virtude das más ações de seus predecessores, e Israel estava perfeitamente consciente da corrente de solidariedade que ligava uma geração a outra (cf. Ex 20:5,6). De um ponto de vista, era um acúmulo extraordinário de pecados que caía sobre a nação (conforme Lm 5:7) e poderia ter removido todo vestígio dela. Mas os sobreviventes estão pedindo alívio, para que não continuem sofrendo em virtude disso. Se o seu pedido for atendido, eles admitem que não será por merecimento. Eles pedem a misericórdia (v. 8) dele, e isso logo para que Deus seja como o pai na parábola que teve compaixão e correu e beijou o filho pródigo (Lc 15:20). Arruinados e vencidos como estão, será que Deus não vai ao menos ter compaixão deles?

    Eles têm mais um argumento no seu arsenal, e esse tem mais força — pois, na ponta deles, eles estão batendo na porta dos céus e bombardeando Deus. O escárnio dos países vizinhos (v. 4) é dirigido não somente contra Judá, mas também contra o Deus de Judá. Ele certamente é fraco e indefeso em comparação com os deuses dos babilônios e seus aliados que capacitaram o exército de Nabucodonosor — por isso, argumentam com a sua pergunta irônica: Onde está o Deus deles? (v. 10). A honra de Deus está em jogo. Com base em experiências passadas, o seu povo o conhece como seu Salvador poderoso, mas sua reputação {nome, v. 9) está agora enfraquecida aos olhos dos países vizinhos. É em virtude disso que o seu povo pede ajuda e a eliminação de sua culpa que está como barreira entre eles. Chegou o momento para uma demonstração poderosa a vizinhos hostis de que Deus não fica imóvel quando o sangue dos [seus] servos é derramado (v. 10). Muitos deles são prisioneiros de guerra com a sentença de morte sobre sua cabeça, mas além da sua fraqueza deplorável os olhos da fé conseguem enxergar o braço forte (o poder) do seu Deus com o potencial para resgatá-los. Os vizinhos tiveram o descaramento de falar de forma arrogante contra o soberano Senhor e precisam ser castigados por seu ultraje. Eles não merecem nada menos do que o tradicional castigo severo da retribuição séptupla (v. 12; conforme Gn 4:15; Lv 26:18).

    Promessa de louvor (v. 13)

    A comunidade expressa sua fé no Deus que fez dela o seu povo da aliança e a aceitou sob seus cuidados como seu Pastor. Os israelitas têm toda a confiança nele em vista do seu relacionamento com ele. O que poderão fazer como retribuição pela sua intervenção antecipada? Eles dedicam o seu coração a ele com ação de graças ininterrupta. Quando a segurança da nação for restaurada, a nova história da graça dele vai ser acrescentada à longa lista de eventos salvíficos como parte permanente da herança de louvor do povo.

    Observação em relação ao versículo 12: o original traz após “aos nossos vizinhos” a expressão “no seu peito” (BJ) ou “no seu regaço” (ARG). A dobra do manto do peito servia como bolso para carregar dinheiro etc. (cf. Pv 17:23).


    Moody

    Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
    Moody - Comentários de Salmos Capítulo 79 do versículo 5 até o 8

    5-8. O Pedido de Misericórdia. Até quando, Senhor? Este freqüente clamor dos desesperados é seguido imediatamente da segunda pergunta: Será para sempre? A dor amarga do salmista está evidente quando implora a Deus para tomar vingança dos ímpios antes mesmo de lhe pedir que estenda as Suas ternas misericórdias ao Seu povo.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Salmos Capítulo 79 do versículo 5 até o 9
    b) Ira e misericórdia (5-9)

    Os acontecimentos da história foram considerados inseparáveis do lento processo de juízo divino. Mas, nunca deixaria Deus de estar irado contra Seus escolhidos? Não deveria Ele estar mais indignado contra aqueles que não tinham relação de aliança com Ele (6; cfr. Is 63:19)? Certamente que Sua compaixão e gloriosa salvação, implícitas em Seu nome (cfr. Êx 34:6-7), não deveriam ser impedidas de se anteciparem a eles, por causa de nossas iniqüidades passadas (8). Esse pensamento evoca a urgente oração do vers. 9.


    Dicionário

    Assolar

    assolar
    v. 1. tr. dir. Pôr a raso; arrasar, destruir. 2. tr. dir. e Intr. Devastar. 3. tr. dir. Pôr em grande consternação.

    Devorar

    verbo transitivo Comer com sofreguidão.
    Figurado Consumir, destruir: o fogo devora tudo.
    Atormentar: o ciúme o devora.
    Ler com avidez: devorar um livro.
    Devorar com os olhos, olhar com avidez, paixão ou ódio.

    Devorar
    1) Engolir de uma só vez (Gn 41:7).


    2) Destruir; acabar com alguma coisa (Sl 21:9).


    Jaco

    substantivo masculino O mesmo que jaque1.

    substantivo masculino O mesmo que jaque1.

    substantivo masculino O mesmo que jaque1.

    Jacó

    Suplantador. o filho mais novo deisaque e Rebeca. Na ocasião do seu nascimento ele segurava na mão o calcanhar do seu irmão gêmeo, Esaú, e foi por causa disto que ele recebeu o seu nome (Gn 25:26). Não devemos, porém, supor que este nome era desconhecido antes deste fato, pois ele se encontra gravado em inscrições muito mais antigas. Jacó era dotado de temperamento meigo e pacífico, e gostava de uma vida sossegada e pastoril. E era nisto muito diferente do seu irmão, que amava a caça, e era de caráter altivo e impetuoso! Quanto à predileção que tinha Rebeca por Jacó, e às suas conseqüências, *veja a palavra Esaú. Foi por um ardil que Jacó recebeu do seu pai isaque, já cego, aquela bênção que pertencia a Esaú por direito de nascimento. Este direito de primogênito já tinha sido assunto de permutação entre os irmãos, aproveitando-se Jacó de certa ocasião, em que Esaú estava com fome, a fim de tomar para si os privilégios e direitos de filho mais velho. (*veja Primogênito.) Embora fosse desígnio de Deus que a sua promessa a Abraão havia de realizar-se por meio de Jacó, contudo os pecaminosos meios empregados por mãe e filho foram causa de resultados tristes. Ambos sofreram com a sua fraude, que destruiu a paz da família, e gerou inimizade mortal no coração de Esaú contra seu irmão (Gn 27:36-41). o ano de ausência (Gn 27:42-44), que Rebeca imaginou ser suficiente para abrandar a cólera de Esaú, prolongou-se numa separação de toda a vida entre mãe e filho. Antes da volta de Jacó já Rebeca tinha ido para a sepultura, ferida de muitos desgostos. o ódio de Esaú para com Jacó foi perdurável, e, se Deus não tivesse amaciado o seu coração com o procedimento de Jacó, ele sem dúvida teria matado seu irmão (Gn 27:41). Antes de Jacó fugir da presença de Esaú, foi chamado perante isaque, recebendo novamente a bênção de Abraão (Gn 28:1-4). Ele foi mandado a Padã-Arã, ou Harã, em busca de uma mulher de sua própria família (Gn 28:6). Foi animado na sua jornada por uma visão, recebendo a promessa do apoio divino. (*veja Betel.) Todavia foi forçado a empregar-se num fastidioso serviço de sete anos por amor de Raquel – e, sendo no fim deste tempo enganado por Labão, que, em vez de Raquel, lhe deu Lia, teve Jacó de servir outros sete anos para casar com Raquel, a quem ele na verdade amava. Depois disto, foi ainda Jacó defraudado por Labão numa questão de salários – e foi somente depois de vinte anos de duro serviço, que conseguiu ele retirar-se furtivamente, com sua família e bens (Gn 31). Queria Labão vingar-se de Jacó pela sua retirada, mas Deus o protegeu. o ponto em que principia uma mudança na vida de Jacó foi Penuel – ali foi humilhado pelo anjo, e renunciou aos seus astutos caminhos, aprendendo, por fim, a prevalecer com Deus somente pela oração. (*veja israel.) Ele teve grandes inquietações domésticas: a impaciência da sua favorita mulher Raquel, com os seus queixumes, ‘Dá-me filhos, senão morrerei’ – a morte dela pelo nascimento de Benjamim – o pecado da sua filha Diná (Gn 34:5-26), e a conseqüente tragédia em Siquém – o mau procedimento de Rúben, e o desaparecimento de José, vendido como escravo – todos estes males juntos teriam levado Jacó à sepultura, se Deus não o tivesse fortalecido. Deus foi com ele, sendo calmos, felizes e prósperos os últimos dias do filho de isaque. Quase que as suas últimas palavras foram a predição da vinda do Redentor (Gn 49:10). Doze filhos teve Jacó, sendo somente dois, José e Benjamim, os nascidos de Raquel. (*veja israel, Esaú, Raquel, José, Gileade, etc., a respeito de outros incidentes na vida deste patriarca.) A certos fatos faz referências o profeta oséias (12.2 a 12). *veja também Dt 26:5. 2. o pai de José, casado com Maria (Mt 1:15-16). 3. o nome de Jacó era também empregado figuradamente, para significar os seus descendentes (Nm 23:7, e muitas outras passagens).

    Seu nascimento (Gn 25:21-34; Gn 27:1-45) - Jacó nasceu como resposta da oração de sua mãe (Gn 25:21), nas asas de uma promessa (vv. 22,23). Será que Isaque e Rebeca compartilharam os termos da bênção com os filhos gêmeos, enquanto eles cresciam? Contaram logo no início que, de acordo com a vontade de Deus, “o mais velho serviria o mais novo”? Deveriam ter contado, mas as evidências indicam que não o fizeram. De acordo com o que aconteceu, o modo como Jacó nasceu (“agarrado”, Gn 25:26) e o nome que lhe deram (Jacó, “suplantador”), por muito tempo a marca registrada de seu caráter foi o oportunismo, a luta para tirar vantagem a qualquer preço e desonestamente. Além disso, a própria Rebeca, diante da possibilidade de que Esaú alcançasse a preeminência, não apelou para a confiança na promessa divina, e sim para seu próprio oportunismo inescrupuloso (Gn 25:5-17) — ou seja, sendo de “tal mãe, tal filho”.

    Esaú era um indivíduo rude e despreocupado, que não levava nada muito a sério e que dava um valor exagerado aos prazeres passageiros. Jacó percebeu que essa era sua chance. Certo dia, Esaú voltou faminto de uma caçada e encontrou a casa imersa no aroma de uma apetitosa refeição preparada por Jacó. Esaú não teve dúvidas em trocar seu direito de primogenitura por um prato de comida e podemos imaginar um sorriso de maliciosa satisfação nos lábios de Jacó pelo negócio bem-sucedido! (Gn 25:27-34).

    A família patriarcal era a administradora da bênção do Senhor para o mundo (veja Abraão, Gn 12:2-3), e a experiência traumática de Gênesis 22:1-18 deve ter gravado essa promessa em Isaque. Quando, porém, ele sentiu a aproximação da morte (Gn 27:1-2) — de maneira totalmente equivocada, o que não é raro nos idosos (Gn 35:27-29) —, percebeu que era uma questão de extrema importância assegurar a transmissão da bênção. Quantas tragédias seriam evitadas se vivêssemos plenamente conscientes das promessas e da Palavra de Deus! Rebeca achava que era sua obrigação providenciar o cumprimento da promessa feita no nascimento dos gêmeos; Isaque esqueceu totalmente a mensagem. Uma terrível fraude foi praticada, e Rebeca corrompeu aquela sua característica positiva, que era parte de seu charme durante a juventude (Gn 24:57); e Jacó, por sua vez, temeu ser descoberto, em lugar de arrepender-se do pecado que praticava (Gn 27:12). As conseqüências foram a inimizade entre os irmãos (Gn 27:41), a separação entre Rebeca e seu querido Jacó (Gn 25:28-27 a 45), o qual de fato ela nunca mais viu, e, para Jacó, a troca da segurança do lar por um futuro incerto e desconhecido (Gn 28:10).

    Um encontro com Deus (Gn 28:1-22)

    Logo depois que Jacó sentiu a desolação que trouxera sobre si mesmo, o Senhor apareceu a ele e concedeu-lhe uma viva esperança. Embora ele desejasse conquistar a promessa de Deus por meio de suas próprias manobras enganadoras, o Senhor não abandonou seu propósito declarado. A maior parte do restante da história gira em torno dessa tensão entre o desejo de Deus em abençoar e a determinação de Jacó de conseguir sucesso por meio da astúcia. Gênesis 28:13, que diz: “Por cima dela estava o Senhor”, tem uma variação de tradução que seria mais apropriada: “Perto dele estava o Senhor”, pois a bênção de Betel foi: “Estou contigo, e te guardarei por onde quer que fores” (v. 15). Tudo isso sugere que a escada é uma ilustração do Senhor, que desce a fim de estar com o homem a quem faz as promessas (vv. 13,14). Numa atitude típica, Jacó tenta transformar a bênção de Deus numa barganha e literalmente coloca o Senhor à prova (vv. 20-22), ao reter o compromisso pessoal da fé até que Deus tivesse provado que manteria sua palavra. Quão maravilhosa é a graça do Senhor, que permanece em silêncio e busca o cumprimento de suas promessas, mesmo quando são lançadas de volta em sua face! Oportunistas, entretanto, não fazem investimentos sem um retorno garantido do capital! Jacó precisava trilhar um duro caminho, até aprender a confiar.

    A história dentro da história (Gn 29:31)

    Gênesis 29:31 conta a chegada de Jacó à casa de seus parentes, em Padã-Hadã, no extremo norte, onde Palestina e Mesopotâmia se encontram, separadas pelo rio Eufrates (29:1); registra seu encontro com Raquel e sua apresentação aos familiares da mãe dele (29:2-14); menciona como foi enganado e obrigado a casar-se com Lia e Raquel (29:14-30), formou uma numerosa família (29:31 a 30:24), trabalhou como empregado para o sogro Labão (30:25 a 31:
    1) e finalmente voltou para Canaã (31:2-55). É uma história fascinante — o oportunista, suplantador e autoconfiante Jacó e o astuto Labão. Seu tio tramou com sucesso para casar a filha Lia, que não tinha pretendentes (Gn 29:17) — interessante, aquele que alcançou a condição de primogênito por meio do ardil (25:29ss) foi enganado na mesma área, no tocante à primogenitura (29:26)! “Deus não se deixa escarnecer” (Gl 6:7) — mas, depois disso, embora as coisas fossem difíceis (Gn 31:38-41), Jacó sempre foi bem-sucedido. Ele sabia como “passar Labão para trás”. O sogro decidia qual parte do rebanho seria dada a Jacó como pagamento e tomava as medidas para garantir a sua vantagem no acordo (30:34-36), mas o filho de Isaque sempre tinha um ou dois truques “escondidos na manga” — simplesmente tirando a casca de alguns galhos, de acordo com a orientação divina!

    Dentro da narrativa dos galhos descascados, havia uma outra história e Jacó começou a aprender e a responder a ela. O Senhor prometera cuidar dele (Gn 28:15) e cumpriu sua palavra. Sem dúvida, Jacó estava satisfeito com o resultado dos galhos, mas uma visão de Deus colocou as coisas às claras (Gn 31:3-10-13). Não foi a eugenia supersticiosa de Jacó, mas o cuidado fiel de Deus que produziu rebanhos para benefício dele. Posteriormente ele reconheceu esse fato, quando Labão o perseguiu furioso por todo a caminho até Mispa, já na fronteira com Canaã (Gn 31:38-42). Ao que parece, entretanto, o aprendizado de Jacó não foi muito além da capacidade de falar a coisa certa.

    A oração de Jacó (Gn 32:1-21)

    Seria uma crítica injusta dizer que Jacó ainda não havia aprendido a confiar no cuidado divino, em vez de confiar no esforço humano? Duas outras questões indicam que essa avaliação é correta: por que, encontrando-se em companhia dos anjos do Senhor (Gn 32:1), Jacó estava com medo de Esaú e seus 400 homens (vv. 6,7)? E por que, quando fez uma oração tão magnífica (Gn 32:9-12), voltou a confiar nos presentes que enviaria ao irmão (vv. 13-21)? Foi uma oração exemplar, de gratidão pelas promessas divinas (v. 9), reconhecendo que não era digno da bênção (v. 10), específica em seu pedido (v. 11), e retornando ao princípio, para novamente descansar na promessa de Deus (v. 12). Seria difícil encontrar oração como esta na Bíblia. Jacó esperava a resposta de Deus, mas, sabedor de que Esaú já fora comprado uma vez por uma boa refeição (Gn 25:29ss), tratou de negociar novamente com o irmão. Ele ainda se encontrava naquele estado de manter todas as alternativas à disposição: um pouco de oração e um pouco de presentes. Estava, contudo, prestes a encontrar-se consigo mesmo.

    Bênção na desesperança (Gn 32:22-31)

    Uma cena resume tudo o que Jacó era: enviou toda sua família para o outro lado do ribeiro Jaboque, mas algo o reteve para trás. “Jacó, porém, ficou só, e lutou com ele um homem até o romper do dia” (Gn 32:24). Na verdade sempre foi assim: “Jacó sozinho” — usurpando o direito de primogenitura, apropriando indevidamente da bênção, medindo forças com Labão, fugindo de volta para casa, negociando (Gn 31:44-55) uma esfera segura de influência para si próprio —, entretanto, é claro, ninguém negociaria a posse de Canaã! O Senhor não permitiria isso. Portanto, veio pessoalmente opor-se a Jacó, com uma alternativa implícita muito clara: ou você segue adiante dentro dos meus termos, ou fica aqui sozinho. Jacó não estava disposto a abrir mão facilmente de sua independência, e a disputa seguiu por toda a noite (Gn 32:24). Se ele tivesse se submetido, em qualquer momento da luta, teria terminado a batalha inteiro, mas o seu espírito arrogante e individualista o impeliu adiante até que, com a facilidade consumada de quem é Todo-poderoso, um simples toque de dedo deslocou a coxa de Jacó (v. 25). Que agonia! Que desespero! Que humilhação saber que só conseguia manter-se em pé porque os braços fortes do Senhor o amparavam!

    Até mesmo o oportunismo, entretanto, pode ser santificado! O desesperado Jacó clamou: “Não te deixarei ir, se não me abençoares” (v. 26) e o grito do desesperado pela bênção transformou Jacó num novo homem, com um novo nome (v. 28). Ele de fato tinha “prevalecido”, pois essa é a maneira de agir do Deus infinito em misericórdia: ele não pode ser derrotado pela nossa força, mas sempre é vencido pelo nosso clamor. E, assim, o Jacó sem esperança saiu mancando, agora como Israel, pois tinha “visto a face de Deus” (v. 30).

    O homem com uma bênção para compartilhar (Gn 33:1-50:13)

    Quando, porém, o relato da vida de Jacó prossegue, vemos que as coisas velhas não passaram totalmente, nem todas tornaram-se novas. O mesmo homem que “viu Deus face a face” (Gn 32:30) encontrou Esaú sorrindo para ele e toda a hipocrisia aflorou novamente: “Porque vi o teu rosto, como se tivesse visto o rosto de Deus” (Gn 33:10)! O homem que fora honesto (pelo menos) com Deus (Gn 32:26) ainda era desonesto com as pessoas, pois prometeu seguir Esaú até Edom (33:13,14 Seir) e não cumpriu a promessa; de fato, não planejara fazê-lo (33:17). Por outro lado, estava espiritualmente vivo e cumpriu fielmente a promessa que tinha feito ao declarar o Senhor de Betel (28:20,21) como seu Deus (33:20), ansioso para cumprir seu voto na íntegra (35:1-4) e trazer sua família ao mesmo nível de compromisso espiritual.

    Em seu retorno à Canaã, o Senhor lhe apareceu, a fim de dar-lhe esperança e reafirmar as promessas: confirmou seu novo nome (35:9,10) e repetiu a bênção da posteridade e possessão (vv. 11-15). A grande misericórdia de Deus marcou esse novo começo, pois Jacó precisaria de toda essa segurança nos próximos eventos: a morte de Raquel (Gn 35:16-19), a imoralidade e deslealdade de Rúben (v. 21), a morte de Isaque (vv. 27-29) e aquele período de anos perdidos e desolados, piores do que a própria morte, quando José também se foi (Gn 37:45). A disciplina de Deus, porém, educa e santifica (Hb 12:1-11) e Jacó emergiu dela com uma vida gloriosa: a cada vez que o encontramos, é como um homem que tem uma bênção para compartilhar — abençoou o Faraó (Gn 47:7-10), abençoou José e seus dois filhos (Gn 48:15-20) e abençoou toda a família, reunida ao redor do seu leito de morte (Gn 49). Agora, seu testemunho também é sem nenhuma pretensão: foi Deus quem o sustentou, o anjo o livrou (Gn 48:15). O antigo Jacó teria dito: “Estou para morrer e não posso imaginar o que será de vocês, sem a minha ajuda e sem as minhas artimanhas”. “Israel”, porém, o homem para quem Deus dera um novo nome, disse para José: “Eis que eu morro, mas Deus será convosco” (Gn 48:21). Um homem transformado, uma lição aprendida.

    J.A.M.


    Jacó [Enganador] -

    1) Filho de Isaque e Rebeca e irmão gêmeo de Esaú (Gn 25:21-26). A Esaú cabia o direito de PRIMOGENITURA por haver nascido primeiro, mas Jacó comprou esse direito por um cozido (Gn 25:29-34). Jacó enganou Isaque para que este o abençoasse (Gn 27:1-41). Ao fugir de Esaú, Jacó teve a visão da escada que tocava o céu (Gn 27:42—28:) 22). Casou-se com Léia e Raquel, as duas filhas de Labão (Gn 29:1-30). Foi pai de 12 filhos e uma filha. Em Peniel lutou com o Anjo do Senhor, tendo recebido nessa ocasião o nome de ISRAEL (Gn 32). Para fugir da fome, foi morar no Egito, onde morreu (Gn 42—46; 49).

    2) Nome do pov

    Jacó 1. Patriarca, filho de Isaac (Gn 25:50; Mt 1:2; 8,11; 22,32). 2. Pai de José, o esposo de Maria e pai legal de Jesus.

    Moradas

    fem. pl. de morada

    mo·ra·da
    (feminino do particípio morado)
    nome feminino

    1. Casa de habitação; lugar onde se mora ou permanece. = DOMICÍLIO, RESIDÊNCIA

    2. Lugar em que uma coisa está habitualmente.

    3. [Por extensão] Conjunto de indicações, geralmente escritas, que identificam determinado local ou habitação. = DIRECÇÃO, ENDEREÇO


    morada celeste
    Paraíso.

    morada eterna
    Vida depois da morte; a outra vida.

    última morada
    Cemitério.

    Confrontar: murada.

    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    Salmos 79: 7 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    Porque devoraram a Jacó, e assolaram as suas moradas.
    Salmos 79: 7 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    H3290
    Yaʻăqôb
    יַעֲקֹב
    Jacó
    (Jacob)
    Substantivo
    H3588
    kîy
    כִּי
    para que
    (that)
    Conjunção
    H398
    ʼâkal
    אָכַל
    comer, devorar, queimar, alimentar
    (freely)
    Verbo
    H5116
    nâveh
    נָוֶה
    moradia, habitação, morada de pastores ou rebanhos, pasto
    (your dwelling place)
    Substantivo
    H8074
    shâmêm
    שָׁמֵם
    estar desolado, estar aterrorizado, atordoar, estupefazer
    (and shall be desolate)
    Verbo
    H853
    ʼêth
    אֵת
    -
    ( - )
    Acusativo


    יַעֲקֹב


    (H3290)
    Yaʻăqôb (yah-ak-obe')

    03290 יעקב Ya aqob̀

    procedente de 6117, grego 2384 Ιακωβ; n pr m Jacó = “aquele que segura o calcanhar” ou “suplantador”

    1. filho de Isaque, neto de Abraão, e pai dos doze patriarcas das tribos de Israel

    כִּי


    (H3588)
    kîy (kee)

    03588 כי kiy

    uma partícula primitiva; DITAT - 976; conj

    1. que, para, porque, quando, tanto quanto, como, por causa de, mas, então, certamente, exceto, realmente, desde
      1. que
        1. sim, verdadeiramente
      2. quando (referindo-se ao tempo)
        1. quando, se, embora (com força concessiva)
      3. porque, desde (conexão causal)
      4. mas (depois da negação)
      5. isso se, caso seja, de fato se, embora que, mas se
      6. mas antes, mas
      7. exceto que
      8. somente, não obstante
      9. certamente
      10. isto é
      11. mas se
      12. embora que
      13. e ainda mais que, entretanto

    אָכַל


    (H398)
    ʼâkal (aw-kal')

    0398 אכל ’akal

    uma raiz primitiva; DITAT - 85; v

    1. comer, devorar, queimar, alimentar
      1. (Qal)
        1. comer (tendo o ser humano como sujeito)
        2. comer, devorar (referindo-se aos animais e pássaros)
        3. devorar, consumir (referindo-se ao fogo)
        4. devorar, matar (referindo-se à espada)
        5. devorar, consumir, destruir (tendo coisas inanimadas como sujeito - ex., peste, seca)
        6. devorar (referindo-se à opressão)
      2. (Nifal)
        1. ser comido (por homens)
        2. ser devorado, consumido (referindo-se ao fogo)
        3. ser desperdiçado, destruído (referindo-se à carne)
      3. (Pual)
        1. fazer comer, alimentar
        2. levar a devorar
      4. (Hifil)
        1. alimentar
        2. dar de comer
      5. (Piel)
        1. consumir

    נָוֶה


    (H5116)
    nâveh (naw-veh')

    05116 נוה naveh ou (fem.) נוה navah

    procedente de 5115; DITAT - 1322a,1322b,1322c; n m

    1. moradia, habitação, morada de pastores ou rebanhos, pasto
      1. morada (do rebanho)
      2. morada (de pastores)
      3. prado
      4. habitação adj
    2. morada, habitação

    שָׁמֵם


    (H8074)
    shâmêm (shaw-mame')

    08074 שמם shamem

    uma raiz primitiva; DITAT - 2409; v.

    1. estar desolado, estar aterrorizado, atordoar, estupefazer
      1. (Qal)
        1. estar desolado, estar assolado, estar abandonado, estar aterrorizado
        2. estar aterrorizdo, estar assombrado
      2. (Nifal)
        1. ser desolado, ficar desolado
        2. estar aterrorizado
      3. (Polel)
        1. estar aturdido
        2. assombrado, causando horror (particípio)
          1. o que causa horror, o que aterroriza (substantivo)
      4. (Hifil)
        1. devastar, tornar desolado
        2. horrorizar, demonstrar horror
      5. (Hofal) jazer desolado, estar desolado
      6. (Hitpolel)
        1. causar ser desolado
        2. ser horrorizado, estar atônito
        3. causar-se desolação, causar ruína a si mesmo

    אֵת


    (H853)
    ʼêth (ayth)

    0853 את ’eth

    aparentemente uma forma contrata de 226 no sentido demonstrativo de entidade; DITAT - 186; partícula não traduzida

    1. sinal do objeto direto definido, não traduzido em português mas geralmente precedendo e indicando o acusativo