Enciclopédia de Jeremias 13:5-5

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

jr 13: 5

Versão Versículo
ARA Fui e escondi-o junto ao Eufrates, como o Senhor me havia ordenado.
ARC E fui, e escondi-o junto ao Eufrates, como o Senhor me havia ordenado.
TB Fui, pois, e escondi-o junto ao Eufrates, como Jeová me ordenou.
HSB וָאֵלֵ֕ךְ וָאֶטְמְנֵ֖הוּ בִּפְרָ֑ת כַּאֲשֶׁ֛ר צִוָּ֥ה יְהוָ֖ה אוֹתִֽי׃
BKJ Então eu fui, e o escondi próximo ao Eufrates, como o SENHOR me ordenou.
LTT E fui, e escondi-o junto ao Eufrates, como o SENHOR me havia ordenado.
BJ2 E eu fui escondê-lo no Eufrates, como Iahweh me mandara.
VULG Et abii, et abscondi illud in Euphrate, sicut præceperat mihi Dominus.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Jeremias 13:5

Êxodo 39:42 Conforme tudo o que o Senhor ordenara a Moisés, assim fizeram os filhos de Israel toda a obra.
Êxodo 40:16 E fê-lo Moisés; conforme tudo o que o Senhor lhe ordenou, assim o fez.
Mateus 22:2 O Reino dos céus é semelhante a um certo rei que celebrou as bodas de seu filho.
João 2:5 Sua mãe disse aos empregados: Fazei tudo quanto ele vos disser.
Atos 26:19 Pelo que, ó rei Agripa, não fui desobediente à visão celestial.
II Timóteo 2:3 Sofre, pois, comigo, as aflições, como bom soldado de Jesus Cristo.
Hebreus 11:8 Pela fé, Abraão, sendo chamado, obedeceu, indo para um lugar que havia de receber por herança; e saiu, sem saber para onde ia.
Hebreus 11:17 Pela fé, ofereceu Abraão a Isaque, quando foi provado, sim, aquele que recebera as promessas ofereceu o seu unigênito.

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

Mesopotâmia

do quarto milênio ao século IX a.C.
O TIGRE E O EUFRATES

A designação Mesopotâmia se aplica à região correspondente ao atual Iraque e leste da Síria, a terra entre os rios Tigre e Eufrates cujas nascentes ficam nas montanhas do leste da Turquia.

O Eufrates, que segue um curso mais tortuoso atravessando a Turquia e fazendo uma curva acentuada na Síria, é o mais longo dos dois rios, com 2.850 km.

O Tigre segue um curso mais rápido e direto rumo ao sul e possui 1.840 km de extensão.

Os dois rios chegam ao seu ponto mais próximo na atual Bagdá, onde são separados por uma distância de 30 km, e voltam a se afastar ao serpentear pela grande planície aluvial do sul do Iraque.

Nessa região, a irrigação proporcionava uma terra fértil na qual se plantava principalmente cevada e tâmaras.

Hoje em dia os dois rios se juntam e formam o Shatt el-Arab, mas, na antiguidade, desembocavam em locais separados no golfo Pérsico, cuja linha costeira se deslocou para o sul ao longo dos milênios.

 

O INÍCIO DA CIVILIZAÇÃO

Arqueólogos conseguiram identificar vária culturas pré-históricas organizadas em vilas r Mesopotâmia.

A localização de Uruk (chamada d Ereque em Gn 10:10) no sul da Mesopotâmi ilustra a transição de vila para cidade.

Fo encontrado um templo de 78 m por 33 m decorado com cones de terracota com cerca de 1 cm de comprimento, pintados em preto, vermelh e branco e inseridos no reboco de argila dessi construção datada do final do quarto milênio a.C Essa época é marcada pelo surgimento dos objeto: de cerâmica moldados em rodas de olaria e, principalmente, pelos primeiros exemplos de escrita, datados de c.3100 a.C.

Inscrições em tábuas de argila registram o comércio de produtos com cereais, cerveja e animais domésticos.

Uma vez que empregam cerca de setecentos sinais pictóricos separados, são, obviamente, complexas demais para serem consideradas as primeiras tentativas de um povo preservar suas ideias.

Por certo, o desenvolvimento da escrita teve um estágio anterior do qual ainda não foram encontradas evidências.

A língua usada nesses textos é desconhecida, mas, uma vez que a escrita é, em sua maior parte, pictórica, pelo menos parte do seu significado pode ser compreendido.

O PERÍODO DINÁSTICO ANTIGO

Nesse período que se estende de 2750 a 2371 a.C., várias cidades-estados - Sipar, Kish, Lagash, Uruk, Larsa, Umma, Ur e Eridu - surgiram no sul da Mesopotâmia.

São desse período as inscrições curtas em sumério, a primeira língua do mundo a ser registrada por escrito.

A origem dos sumérios ainda é obscura.

Há quem argumente que vieram de fora da Mesopotâmia, talvez da região montanhosa do Irã; outros afirmam que eram nativos da Mesopotâmia.

Sua língua não fornece muitas pistas, pois tem pouca ou nenhuma ligação com outras línguas conhecidas.

Em 2500 a.C., 0 sistema sumério de escrita cuneiforme (em forma de cunha) já era usado para registrar outra língua, o acádio,' uma língua semítica associada ao hebraico e ao árabe.

Escavações realizadas em Ur (Tell el-Muqayyar) por C. L. Woolley em 1927 encontraram o cemitério dos reis do final do período dinástico antigo (2600-2400 a.C.).

Alguns dos túmulos reais apresentam vestígios de sacrifícios humanos, sendo possível observar que 74 servos foram entorpecidos e imolados na Grande Cova da Morte.

Para reconstruir nove liras e três harpas encontradas no local, os orifícios resultantes da decomposição de partes de madeira desses instrumentos foram preenchidos com gesso calcinado e cera de parafina derretida.

O "Estandarte de Ur", medindo cerca de 22 cm de comprimento, provavelmente era a caixa acústica de um instrumento musical.

A decoração com conchas sobre um fundo de lápis-lazúli, calcário vermelho e betume retrata, de um lado, uma cena de guerra e, de outro, uma cena de paz com homens participando de um banquete vestidos com saias felpudas.

Um músico aparece tocando uma lira de onze cordas, uma imagem importante para a reconstituição das liras usadas em Ur.

Sabe-se, ainda, que o lápis-lazúli era importado de Badakshan, na região nordeste do Afeganistão.

Entre outras descobertas, pode-se citar o suntuoso adorno para a cabeça feito em ouro que pertencia à rainha Pu-abi, uma adaga com lâmina de ouro e cabo em lápis-lazúli, recipientes de ouro e um tabuleiro retangular marchetado com 22 quadrados e dois conjuntos de sete fichas de um jogo cujas regras são desconhecidas.

A DINASTIA ACÁDIA

Em 2371 a.C., o copeiro do rei de Kish depôs seu senhor e usurpou o trono, assumindo o nome de Sharrum-kin - "rei legítimo" - mais conhecido como Sargão, uma designação usada no Antigo Testamento para um rei posterior da Assíria.

Sargão atacou as cidades de Umma, Ur e Lagash.

Em todos esses lugares foi vitorioso, derrubou as muralhas de cada uma das cidades e lavou suas armas no "mar de baixo" (golfo Pérsico).

Fundou uma nova capital, Agade, cuja localização ainda é desconhecida.

Suas inscrições oficiais foram registradas em acádio e a dinastia fundada por ele, chamada de dinastia acádia, foi derrubada em 2230 a.C.

pelos gútios, povo de origens ainda desconhecida.

A TERCEIRA DINASTIA DE UR

Em 2113 a.C., Ur-Nammu subiu ao trono de Ur e reinou sobre grande parte da região sul da Mesopotâmia.

A dinastia fundada por ele é conhecida como terceira dinastia de Ur, cuja língua oficial era o sumério.

Ur-Nammu promulgou o código mais antigo de leis encontrado até hoje e erigiu zigurates (templos em forma de torre) feitos de tijolos em Ur, Uruk, Eridu e Nipur.

O zigurate de Ur, o mais bem conservado, tinha 45 m de base e 60 m de altura.

Somente o primeiro andar e parte do segundo ainda estão em pé.

Uma sensação impressionante de leveza era produzida ao aplicar a técnica de entasis, criando linhas ligeiramente curvas como as do Parthenon em Atenas, Gudea (2142-2122 a.C.), contemporáneo de Ur-Nammu em Lagash, é conhecido por suas estátuas de diorito negro polido encontradas em Magan (Omã).

Em 2006 a.C., Ur foi tomada pelos amorreus, um grupo semítico do deserto ocidental.

OS AMORREUS

Depois da queda de Ur, a regido sul da Mesopotâmia foi governada por vários reinos amorreus pequenos.

Lipit- Ishtar (1934-1924 a.C.), rei de Isin, foi o autor de um código legal.

Outro reino morreu foi fundado em Larsa.

A PRIMEIRA DINASTIA DA BABILÔNIA

Em 1894 a.C., o governante amorreu Samuabum escolheu a Babilônia para ser sua capital.

Fundou uma dinastia que governou sobre a Babilônia durante cerca de 300 anos e cujo rei mais conhecido foi Hamurábi (1792-1750 a.C.).

No final de seu reinado, Hamurábi havia derrotado os reis de todos os estados vizinhos e unido a Mesopotâmia sob o governo babilônico.

Nessa mesma época, Hamurábi criou seu famoso código legal.

A cópia mais conhecida é uma estela de basalto polido com 2,7m de altura encontrada em Sus, no sudeste do Irá, em 1901, e que, atualmente, está no museu do Louvre, em Paris.

Nela, Hamurábi aparece numa postura de oração, voltado para Shamash, o deus-sol, assentado em seu trono.

No restante da estela, frente e verso, aparecem colunas horizontais de texto gravado com grande esmero, escrito em babilônico puro.

Esse texto consiste em pelo menos 282 leis precedidas de um longo prólogo no qual são enumerados os feitos religiosos do rei e acompanhadas de um epilogo também extenso invocando o castigo divino sobre quem vandalizasse o monumento ou alterasse suas leis.

Os CASSITAS

Em 1595 a.C., a Babilónia foi derrotada num ataque surpresa do rei hitita Mursilis 1, da região central da Turquia.

Esse ataque beneficiou, acima de tudo, os cassitas que, posteriormente, assumiram o controle da Babilônia.

Os cassitas eram um povo originário da região central das montanhas de Zagros, conhecida como Lorestão, logo ao sul de Hamada (Ecbatana).

O uso do cavalo como animal de tração se tornou mais coni durante o período cassita.

Os cassitas foram os primeiros a criar cavalos de forma sistemática e bem sucedida.

Com isso, desenvolveram-se não apenas carros de guerra, mas também meios de transporte comercial mais fáceis e rápidos.

Os cassitas construíram uma nova capital, Dur Kurigalzu (Agarquf), 32 km a oeste de Bagdá, e nela erigiram um zigurate.

Camadas de esteiras de junco revestidas de betume e cordas franzidas usadas para prende-las ainda podem ser vistas n parte central da construção com 57m de altura.

Os cassitas também introduziram o uso de marcos de propriedade inscritos que serviam para registrar a concessão pelo rei de porções de terra, por vezes bastante extensas, a súditos de sua preferência.

O domínio dos cassitas sobre os babilonios terminou em 1171 a.C.

com a conquista da Babilônia por Shutruk-nahhunte, rei do E5o, 30 sudoeste do Irã.

A ASSÍRIA

Nos séculos 13 e XII a.C., o norte da Mesopotâmia, a regido conhecida como Assíria, ganhou destaque em relação a seus vizinhos do sul.

Tukulti-Ninurta I (1244-1208 a.C.) declarou que suas conquistas se estenderam até a costa do "mar de cima*, provavelmente o lago Van, no leste da Turquia.

Também saqueou e ocupou a cidade da Babilónia.

Tiglate-Pileser 1 (1115-1077 a.C) realizou campanhas no leste da Turquia e atravessou o Eufrates em sua perseguição tribos semíticas originárias de Jebel Bishri, na Síria.

Em suas inscrições, Tiglate-Pileser se gaba de ter matado quatro touros selvagens (os auroques, hoje extintos), dez elefantes e 920 leões.

Também afirma ter matado um nahiru, um "cavalo-marinho*, numa viagem de barco de 20 km pelo mar Mediterranco.

Para alguns estudiosos, tratava-se de um peixe-espada, enquanto outros acreditam que era um golfinho e, outros ainda, um naval.

Seu interesse por animais se tornou ainda maior quando foi presenteado com um crocodilo e a lemea de um simio, falvez por um rez exipao Suas inscrições são o primeiro registro de fundação de jardins botánicos repletos de plantas coletadas em suas expedições por diversas regides.

OS ARAMEUS E CALDEUS

Sob a pressão crescente dos arameus depois da morte de Tiglate-Pileser1, a Assíria entrou num declínio do qual se recuperou apenas no século IX a.C.

Os caldeus, um povo estreitamente ligado aos arameus, se assentaram no sul da Mesopotâmia.

Seu nome foi acrescentado à cidade de Ur, chamada no Antigo Testamento de "Ur dos caldeus" 

 

Por Paul Lawrence

 

Referencias:
Gênesis 10:10
Gênesis 11:28

Mesopotâmia da Antiguidade
Mesopotâmia da Antiguidade

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras


CARLOS TORRES PASTORINO

jr 13:5
Sabedoria do Evangelho - Volume 5

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 13
CARLOS TORRES PASTORINO

JO 8:2-11


2. De manhãzinha, veio de novo ao templo e todo o povo ia a ele; e, sentando-se, os ensinava.

3. Os escribas e fariseus conduzem uma mulher, surpreendida em adultério, colocandoa em pé no meio (de todos),

4. e disseram-lhe: "Mestre, esta mulher foi surpreendida no próprio ato de adultério.

5. Na Lei, ordenou-nos Moisés que essas sejam apedrejadas; tu, pois, que dizes"?

6. Diziam isto tentando-o, para ter com que o acusar Jesus, porém, inclinando-se para a frente, escrevia uma lista na terra, com o dedo.

7. Como persistissem perguntando, ergueu-se e disse-lhes: "O (que está) puro, dentre vós, atire primeiro uma pedra".

8. E, inclinando-se para a frente, de novo escrevia na terra.

9. Ouvindo essa resposta, saíram um a um, começando pelos mais velhos até os últimos, ficando só Jesus e a mulher em pé no meio.

10. Erguendo-se, pois, Jesus perguntou: "mulher, onde estão (teus acusadores)? Ninguém te condenou"?

11. Ela respondeu: "Ninguém, Senhor". Disse Jesus: "Nem eu te condeno. Vai, e não erres mais".



Esta passagem tem sua autenticidade discutida pelos críticos.


Com efeito. vejamos:
I - É OMITIDA:

a) nos CÓDICES: aleph (Sinaítico) IV séc,. Londres; B (Vaticano, grego 1209) IV séc. ; Roma; C (Ephrem rescriptus) V séc., Paris; L (Cíprio) VIII séc., Paris: N (Purpúreo) VI séc., Leningrado; T (Borgiano) V séc., Roma; W (Freeriano) IV V séc., Washington; Z (Dublinense) V-VI séc., Dublin; delta (Sangalense) IX séc., Saint-Gall; theta (Koridéthi) IX séc., Tíflis; lambda (Oxoniense) IX séc., Oxford: psi (Athusiano) VIII-IX séc., MonteAthos;


b) nos MINÚSCULOS: 33, 579, 892, 1241;


c) na Vétus Latina (ítala) mss. : a, f. q, l;


d) nas versões siríacas.


Não é citado por Clemente, Orígenes. Tertuliano, Cipriano, Nônio nem João Critóstomo.


Realmente, o estilo do trecho é mais de Lucas que de João (cfr. "escribas e fariseus", expressão muito própria dos sinópticos, mas que só neste passo aparece em João); além disso, o episódio interrompe, na sequência, o discurso de Jesus, relatado por João de 7:16 a 8:59. Note-se ainda, que a família 13 dos" minúsculos" coloca essa perícope depois do vers. 36 do capítulo 21 de Lucas.


II - É TRANSCRITA:

a) nos CÓDICES: D (Beza, bilingue) VI séc., Cambridge; E (Basiliense) VIII séc., Basiléa; F (Boreeliano) IX séc., Utrecht; G (Seideliano I), X séc., Londres; H (Seideliano II) IX séc., Hamburgo; K (Cíprio) IX séc., Paris; M (Campiano) IX séc., Paris: S (Vaticano grego 354) X séc., Roma; U (Naniano) IX séc., Venedig; V (Mosquense) IX séc., Moscou; gama (Tischendorfiano) IX séc., Oxford; omega (Athusiano) VIII séc., Monte Athos;


b) nos MINÚSCULOS família 13; 71, 113, 209, 272, 700. 1071 e muitos outros;


c) na Vetus Latina (ítala) mss. : b, c, e, ff2, j;


d) na Vulgata (desde Jerônimo, em todos os manuscritos e edições):

e) nas versões: armênia, bohaírica, e fragmento siríaco-palestinense.


É citado por Ambrósio, Agostinho e Jerônimo.


Não deve impressionar que não apareça nos papiros, já que nenhum dos que chegaram a nós tem os cap. 7 nem 8 de João.


No entanto, essa perícope é conhecida desde a mais remota antiguidade, pois é citada por Papias (1. º século), conforme atesta Eusébio (Hist, Eccl III, 39, 17).


A questão da autenticidade do trecho já era discutida na antiguidade pelo menos pelos que a defendiam, como Ambrósio e Jerônimo, que diz (Patrol. Lat, vol. 33 col. 553) que o episódio se encontra em muitos manuscrito, gregos e latinos anteriores a ele (séc. II e III).


Agostinho, no "De Conjugiis Adulterinis" II, 7, 6, (Patrol Lat. vol. 40 col. 474) afirma que a omissão do trecho em alguns manuscritos é "obra do ciúme dos maridos".


François- Marie Braun (in Pirot, o. c., vol X, pág. 380) considera essa tese de Agostinho "pouco convincente" e ingenuamente pergunta: "como, simples particulares, sem autoridade oficial na igreja teriam autoridade bastante para causar essa omissão"? Esse exegeta esquece ou, pior ainda, faz que ignora, que todo o clero (padres, bispos e papas) possuía esposas e família (Jerônimo afirma que conhece mais de 300 bispos casados, e isso no séc. IV). Já Paulo estabelecera "que os bispos deviam ser homens de uma só mulher" (1. º Tim. 3:2).


Nessa época, não havia ainda aquilo que modernamente entendemos por "casamento"; só começou a ser considerado "sacramento" no século XI (por Bonizo), confirmado como tal por Hugo de Saint-

Victor (séc. XIII) e por Pedro Lombardo, quando distinguiu os "sacramentos" dos "sacramentais", lançando uma dúvida a respeito de o casamento ser um sacramento, porque estes "conferem uma graça", enquanto os sacramentais são apenas "remédios" (alia in remedium tantum, ut matrimonium, Ped. Lomb. 4, 2, 1). Tomás de Aquino (Summ. Theol. IV, 26 q. 2, art. 1) afirma, porém. que "o matrimônio confere a graça", solucionando a questão para o catolicismo, embora Duns Scot (IV. 2. q. 1, art. 1. sol. 2 ad 3) ainda fique em dúvida a esse respeito.


Ora, em todo o cristianismo, e mesmo no catolicismo o clero contraia matrimônio, não obstante as recomendações dos Concílios de Nicéia (325) no Ocidente, e de Amyra e Trullo, respectivamente em 314 e 692, no Oriente; do Concílio de Cartago (390/401); da orientação de Leão I (440-461); de Benedito VIII (1022) que decretou que os "filhos de padres seriam servos da igreja"; de um cânon do Concílio de Latrão (1049); das palavras de Gregório VII (1073). Só o Concílio de Latrão, o 10. º (1139), sob a presidência de Inocêncio II. resolveu impor o celibato eclesiástico, com o cânon 7. º, que "proíbe serem assistidas as missas dos padres casados ou amasiados, e declara nulos os casamentos dos padres, dos cônegos regulares, dos monges, ordenando que sejam submetidos à penitência os que contraírem matrimônio".


E não nos esqueçamos de que AINDA ATÉ HOJE, os padres, bispos e patriarcas das igrejas cristãs ortodoxas podem ser casados e manter família, sem que isso lhes diminua a virtude (ao contrário!) e o fervor religioso. A igreja oriental manteve muito mais forte a tradição primitiva do cristianismo.


Ora se tudo isso é conhecido na História Eclesiástica, verificamos que Agostinho apresentou uma razão viável e perfeitamente lógica.


Quanto aos críticos modernos: Wescott-Hort coloca a perícope no fim do Evangelho de João, entre colchetes; Tischendorf, Soden, Vogels, Merck, Nestle dão-na em tipos menores, na margem inferior da página: Bover e Pirot aceitam-na no texto; Jouon e Tillmann acusam-na de suspeição; Lagrange, baseado no estilo (crítica interna) nega sua origem joanina.


* * *

De manhãzinha, bem cedo (órthou) Jesus regressa do Monte das Oliveiras para o pátio do templo, e não demora o povo a cercá-Lo. Jesus senta-se e começa a ensinar conversando despretensiosamente, respondendo a perguntas, prestando esclarecimentos, tirando dúvidas, solucionando dificuldades, confortando aflições.


É quando surge um grupo de escribas e fariseus que se dirigiam ao templo para submeter a julgamento certa mulher que lhes fora entregue, segundo o preceito da Lei (LV 20:10: cfr. DT 22:23 ss), por ter sido surpreendida em adultério.


Realmente, em LV 20:10, a mulher casada que adulterava era condenada à morte, sem que aí se especificasse qual o gênero de assassinato: a noiva (DT 22:23) devia ser lapidada. Segundo Strack-

Billerbeck (o. c., vol. 2, pág. 519) a pena da esposa adúltera era a estrangulação. No entanto, pelo fato de aqui acenar-se (vers. 7) a "pedra", não é mister deduzir-se que se tratava de uma noiva.


De qualquer forma, a condenação pelo Sinédrio era simbólica, já que desde o domínio romano, a pena de morte (jus gladii) fora retirada do Sinédrio e reservada ao Procurador.


Mas tendo o grupo percebido aquele jovem operário que se arvorava a ensinar e a verberá-los com suas palavras candentes, achou que seria ótima ocasião de embaraçá-Lo. Se condenasse a mulher, contradiria sua doutrina de perdão e rasgaria sua máscara de bondade; se a desculpasse, infringiria a lei mosaica, e poderia ser difamado e condenado. Não havia escapatória. Levam-na, então, a ele e colocam diante dele o fato consumado, que não admitia subterfúgios; e pedem uma resposta categórica sobre o direito.


A mulher é colocada "em pé, no meio" (stêsantes en mêsôi) e o círculo em torno, atento, aguarda a resposta. Sentado onde estava - talvez no chão à maneira oriental - Jesus abaixa-se um pouco e, inclinandose para a frente, nada responde, limitando-se a traçar com o dedo, algumas palavras na areia do pátio.


Jerônimo, imaginoso, pretende adivinhar o que Ele escrevia: Jesus inclinans scribebat in terra, eorum vidélicet qui accusabant et omnia peccata mortalium secundum quod scriptum est in propheta: "Relinquentes autem te, in terra scribentur" (JR 13:5), isto é: "inclinando-se, Jesus escrevia no chão todos os pecados dos mortais e daqueles que acusavam, segundo o que está escrito no profeta: deixando-te, escreverão na terra" (Patrol. Lat. vol. 23, col. 553).


No entanto, de nada adiantam as suposições: NÃO SABEMOS o que o Rabbi escreveu. A única indicação que temos, e muito vaga, é o verbo grego empregado, katégraphen, que tem o sentido literal d "escrever uma lista" ou "fazer um rol".


Sentindo-se desprestigiados pela indiferença de Jesus, os escribas insistem na pergunta. O Mestre levanta os olhos e devolve a eles o julgamento: "Quem entre vós está inocente, seja o primeiro a atirar a pedra contra ela". E novamente inclinando-se continua a escrever na poeira do chão.


Aproveitando-se do fato de que Jesus não estava olhando, eles foram esgueirando-se e escapando, os mais velhos - e por isso mais prudentes em primeiro lugar. Haviam sido apanhados na armadilha que eles mesmos tinham preparado: verificaram em primeiro lugar, que não podiam apedrejá-la ali, porque os milicianos romanos interviriam, condenando-os por desobediência à lei civil vigente e desrespeito à autoridade de César; em segundo lugar por temerem que Jesus interviesse, declarando também em voz alta os erros deles: quem não nos têm?


Mais alguns minutos de silêncio, e Jesus novamente ergue os olhos do chão; lá continua, de pé, a pobre mulher, rodeada apenas pelo povo, espectador mudo da luta entre as autoridades eclesiásticas constituídas e o operário humilde, sem qualificações oficiais.


Dirigindo-se à acusada, pergunta-lhe onde estão seus acusadores. E, sem esperar resposta, indaga se nenhum deles a condenou. A réplica e singela: "ninguém, Senhor". E o fecho é de ouro, digno do coração maravilhoso e nobre do Mestre: "nem eu te condeno! Vai e não erres mais"!


Aprendemos a lição da piedade pelas fraquezas dos outros (porque, das nossas, sempre temos desculpas que nos parecem definitivas e irrespondíveis). Indispensável, em qualquer situação, que haj "compreensão", pois dificilmente possuímos em mãos elementos para formar um juízo completo e perfeito, de qualquer ação praticada por outrem. No lugar deles, nas mesmas circunstâncias, e com o psiquismo "deles", podemos garantir que agiríamos de modo diverso? Para melhor, ou para pior?


Outra lição a deduzir, com clareza absoluta, é a de que atos externos, praticados pela personagem terrena, não trazem consequências graves para a individualidade: desde que não se causem prejuízos sérios, nem provoquem resultados danosos, nem insuflem contra nós ódios ou revoltas, os simples atos físicos não criam carmas negativos. Então, "não julguemos jamais, para não sermos julgados nem jamais condenemos, para não sermos condenados". O episódio é a confirmação prática dessa doutrina teórica, ensinada pelo Mestre.


No terreno simbólico, a lição é mais profunda. "Adultério" exprime, sistematicamente, o abandono da religião "oficial". E os escribas e fariseus, ciosos da ortodoxia da religião prática, condenam todos os que se bandeiam para outros cultos. Surpreendida a criatura em flagrante adultério, de submeter-se a culto diferente do "oficial", é levada a julgamento para ser "excomungada", de modo geral sem direito a defesa condenação absoluta e irrevogável.


Também aí vale o ensino do Mestre: coisa secundária é render-se culto a Deus desta ou daquela maneira, com este ou aquele nome. O próprio Talmud, no Tratado Avodá Zará, diz: "quando vires o idólatra a orar diante de seu ídolo, não o perturbas: ele pensa que se dirige a Deus e, ainda que esteja errado, Deus lhe aceita a prece". Por que condenar alguém, só por se ter afastado de "nosso modo de pensar e ter preferido um caminho diferente do "nosso", para ir ao encontro do Pai de Amor de todas as criaturas? Se isso constitui hamartía (desvio da rota, erro, no sentido de "vaguear" de caminhar sem rumo: errático, erraticidade, errante, "errar ao acaso pelos campos"), nem por isso merece condenação. O final da estrada é o mesmo: Deus. Jesus recomenda, após afirmar-lhe que não merece Sua condenação, que "não erre, mais", que "não vagueie por outras estradas "

Essa última interpretação explica, também, a razão do interesse oculto de considerar-se apócrifo esse texto.


No campo iniciático descobrimos a individualidade a decidir a respeito das desorientações intelectuais da personagem. Ávido de sensações novas e emoções ainda não experimentadas, o intelecto corre em busca de novos conhecimentos e comete o "adultério" de não mais seguir a trilha que sempre praticara.


E quando começa essa pesquisa, a criatura "erra" de déu em déu como abelha em busca de novas espécies de flores, numa erraticidade que acaba corroendo a solidez dos fundamentos de sua fé.

Essa busca indiscriminada, sobretudo para os que não possuem firmeza no arcabouço intelectual por falta de estratificação de cultura, obtida em séculos de preparação lenta e bem arquitetada - pode causar desfavoráveis rumos e provocar perturbações conceptuais.


Um simples acesso ao 5. º grau iniciático (matrimônio, veja vol. 4) no primeiro plano da iniciação não dá garantias de capacidade mental para essas incursões arriscadas. A fuga desse "matrimônio" (unificação) com o Eu Interno, para adultérios intelectuais em outros setores, pode ser profundamente prejudicial ao avanço evolutivo.


Daí, embora o Cristo Interno não condene, porque a aspiração ao saber (a busca da Verdade) é finalidade altamente valiosa, contudo adverte ao iniciando que não dê largas a seu gosto de erraticidade pelas doutrinas humanas (vol. 4), mas se apegue ao matrimônio real com o Eu Interno Profunda Sabedoria Divina, orientadora da Humanidade por todos os evos e eons, na eternidade sem fim e sem limite!


jr 13:5
Sabedoria do Evangelho - Volume 7

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 4
CARLOS TORRES PASTORINO

MT 21:18-19


18. De manhã, voltando à cidade, teve fome.

19. E vendo uma figueira à beira da estrada, foi a ela e não achou nela senão somente folhas e disse-lhe: "Nunca de ti nasça fruto no eon". E instantaneamente secou a figueira.

MC 11:12-14


12. No dia seguinte, saindo eles de Betânia, teve fome.

13. E vendo ao longe uma figueira que tinha folhas, foi (ver) se acaso achava nela (algo) e, aproximando-se dela, nada achou senão folhas, pois não era tempo de figos.

14. E respondendo, disse-lhe: "Nunca neste eon de ti ninguém coma fruto". E ouviram(-no) seus discípulos.



O episódio é narrado por Mateus e Marcos que coincidem em alguns pormenores, diferindo em outros.


Analisemos.


1 - Dizem ambos que, "saindo de manhã de Betânia para voltar à cidade, Jesus teve fome".


Há várias objeções muito sérias. Teria Marta, tão completa dona-de-casa que seu próprio nome tem esse significado, teria ela permitido que o Mestre saísse de sua casa onde se hospedava sem tomar o de jejum? O ar matinal provocou a fome? Mas por andar distância tão pequena, logo ao sair de Betânia, diante de Betfagé? Não convence...


2 - Jesus viu "à beira da estrada uma figueira". Só tinha folhas. Jesus "foi ver se achava algo para comer".


Mas como poderia fazê-lo, se em abril não era época de figos, como bem anota Marcos? Será que Jesus ignorava o que todos sabiam, até as crianças?


3 - Jesus afinal, decepcionado, amaldiçoa a figueira. Mateus adianta o final do episódio (que Marcos deixa em suspenso para o dia seguinte) e faz que a figueira "seque instantaneamente".


Algumas considerações.


Os figos-flor começam a aparecer, na Palestina, em fins de fevereiro, antes das folhas, mas só amadurecem em fins de junho. No entanto, na figueira selvagem ("figueira braba") apesar de brotarem normalmente as flores, elas secam e caem antes de amadurecer. Vemos, então, claramente, que não era" culpa" da figueira o fato de não ter frutos...


Vejamos alguns comentaristas o que dizem.


João Crisóstomo (Patrol. Graeca, vol. 58, col. 633/4), depois de classificar a exigência de Jesus de encontrar frutos de "exigência tola", por não ser estação de figos, afirma que a maldição da figueira foi apenas para conquistar a confiança dos discípulos em Seu poder: era um símbolo de "Seu ilimitado poder vingativo" (!).


Jerônimo (Patrol. Lat. vol. 26, col. 153) diz que "o Senhor, que ia sofrer aos olhos de todos e carregar o escândalo de Sua cruz, precisava fortalecer o ânimo de Seus discípulos com Este sinal antecipado".


Outros dizem que não queria figos, mas dar uma lição aos discípulos. Outros que se trata de uma "parábola de ação", bastante comum entre os profetas (1).


(1) Isaías durante três anos andou nu e descalço para profetizar o cativeiro assírio (IS 23:1-6); Jeremias enterra seu cinto e o desenterra já podre (JR 13:1-11); ele mesmo quebra uma botija de barro (JR 19:1, JR 19:2, JR 19:10) e pendura brochas e canzis ao pescoço (JR 27:1-11) ; Ezequiel desenha a cidade de Jerusalém num tijolo e constrói fortificações em torno dele (Tz. 4:1-8); corta a barba e o cabelo e queima-os (Ez. 5:1-3); depois se muda com todos os seus móveis, para que todos vejam que vão ter que sair de casa (Ez. 12:3-7).


Quando as contradições ou os absurdos são evidentes, trata-se de símbolos e não, realmente, de fatos.


Ponderemos com lógica. Causaria boa impressão aos discípulos uma injustiça flagrante do Mestre, ao condenar, por não ter frutos, uma figueira que não podia ter frutos? A demonstração de poder não teria sido, ao mesmo tempo, um exemplo de atrabiliário despotismo, além de injusto, desequilibrado e infantil? Que lucro adviria para Jesus e para os discípulos, por meio de uma ação intempestiva e de tamanho ridículo?


Não, não é possível aceitar o fato como ocorrido. Houve, realmente, uma lição. E por que foi escolhido o símbolo da figueira sem figos, ou com figos ainda verdes, porque estavam em abril?


Observemos que, ao sair de Betânia para Jerusalém, a primeira aldeia que "tinham à frente;" era BETFAGÉ, que significa, precisamente, "CASA DOS FIGOS NÃO-MADUROS"! ...


Ora, ao sair de Betânia, a conversa do caminho girou em torno do poder daquele que mantém fidelidade absoluta e inalterável ao Pai, a Deus, ao Espírito. Daí a lição destacar a capacidade de a criatura dominar os elementos da natureza com o poder mental. E o exemplo é apresentado ao vivo: se, quiserem, poderão fazer secar até as raízes, ou fazer crescer rapidamente, uma árvore, e poderão até mesmo erradicar montanhas, como veremos pouco adiante. Se fora apenas para "demonstrar poder", seria muito mais didático e lógico que Jesus fizesse a figueira sem frutos frutificar e produzir de imediato figos maduros! ...


Há, pois, evidentemente, profunda ligação entre a figueira sem figos e o nome da aldeia de Betfagé, o que vem explicar-nos a "motivação" da aula.


* * *

Quanto ao ensinamento em si que poderemos entender dessas poucas linhas que resumem, como conclusão, uma conversa que se estendeu por dois quilômetros e meio? Trata-se, é claro, de uma conclusão, e dela teremos que partir para deduzir pelo menos os pontos essenciais da mesma.


Façamos algumas tentativas.


Quando o Espírito necessita colher experiências por meio de uma personagem que esteja sendo vivificada ou animada por ele, e essa personagem não corresponde em absoluto, não produzindo os frutos, mas apenas as folhas inúteis das aparências, o único remédio que resta ao Espírito, para que não perca seu tempo, é secar ou cortar a ligação, avisando, desde logo que, naquele eon, naquela "vida", ninguém mais aproveitará dela qualquer resultado positivo.


Cabe à personalidade aceitar os estímulos do Espírito e produzir frutos, seja ou não "época" de fazêlos.


O Espírito precisa avançar, e temos por obrigação corresponder à sua expectativa, sem exigir épocas especiais. Taí como o médico deixa a refeição sobre a mesa ou sai do aconchego do leito a qualquer hora e com qualquer tempo para atender a chamados urgentes, assim o cristão tem que passar por cima de tudo; abandonando conforto, amores, amizades, comodismos, riquezas, vantagens, para obedecer incontinenti aos apelos do Espírito, que não obriga, mas convida e pede e solicita "com gemidos inenarráveis" (RM 8:26). Se o não fizermos, não desencarnaremos instantaneamente, mas secaremos até as raízes as ligações com a Espiritualidade Superior, que verifica não poder contar conosco nessa existência pelo menos. Mais à frente veremos uma parábola, a dos dois filhos, que vem ilustrar o que acabamos de afirmar. Comentá-la-emos a seu tempo.


Assim compreendemos algumas das expressões empregadas na conclusão da lição evangélica e que, no sentido literal, são incompreensíveis, por absurdas. Jesus "teve fome", ou seja, quando a Individualidade manifesta alguma necessidade vital; "vê uma figueira com folhas", isto é, uma personagem com possibilidades; "vai ver se encontra frutos", vai verificar se pode aproveitá-la para o serviço.


Nada encontra, porque a desculpa é exatamente "não tenho tempo" ... "não é minha hora" ... "não está ainda na época - preciso gozar a mocidade, aposentar-me, esperar enviuvar... mais tarde"! ...


O que falta, em realidade, é amor e boa-vontade, porque não há "horas" para evoluir. O progresso é obrigação de todos os minutos-segundos, e não se condiciona a "estações" nem "épocas". Lógico que, diante da falta de disposição, tem que vir a condenação. Não é, propriamente, a "maldição". Trata-se do verbo kataráomai, depoente, composto de katá, "para baixo" e aráomai, "orar", já que ará é "oração".


Essa condenação ou execração é introduzida pelo advérbio mêkéti, que exprime apenas "não mais". Não é, pois, uma proibição para a eternidade, mas uma verificação, tanto que o tempo empregado é o subjuntivo, e não o imperativo nem o optativo. Portanto, o Espírito diz, em outros termos: " de agora em diante, percam-se as esperanças de obter fruto de ti nesta encarnação".


A lição portanto é lógica e oportuna. Abramos os olhos enquanto é tempo!



Locais

Estes lugares estão apresentados aqui porque foram citados no texto Bíblico, contendo uma breve apresentação desses lugares.

EUFRATES

Atualmente: TURQUIA, SÍRIA, IRAQUE
Eufrates, Rio
Mapa Bíblico de EUFRATES



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Jeremias Capítulo 13 do versículo 1 até o 27
B. PARÁBOLAS E PRONUNCIAMENTOS, Jr 13:1-27

  1. A Parábola do Cinto de Linho (13 1:11)

Os estudiosos têm apresentado diversos pontos de vista quanto à historicidade desse incidente. Parece improvável (embora não impossível) que Jeremias tivesse feito uma via-gem de 650 quilômetros (veja mapa

1) até o rio Eufrates para enterrar um cinto de linho sujo e desenterrá-lo mais tarde. Com a mudança de uma letra hebraica o texto podia refe-rir-se a um lugar a cerca de oito ou nove quilômetros a nordeste de Jerusalém (Wadi el-Farah), que se encaixaria muito bem na descrição da história. Talvez seja melhor entender esse incidente como uma parábola e não procurar forçar o aspecto histórico longe demais.

A parábola ensina que qualquer objeto é de valor somente quando usado para o seu propósito planejado. Um cinto de linho confeccionado para ser usado ao redor da cintura de um homem não terá utilidade alguma se for enterrado numa terra úmida (4) e não for lavado (1). Esse cinto certamente ficaria sujo, apodrecido e imprestável (7). Da mesma forma, Judá (9) é inútil como nação, a não ser que esteja disposta a cumprir o propósito de Deus para ela. O propósito do seu coração (10) significa o caminho da sua própria escolha orgulhosa. A parábola infere que Judá é tão moralmente corrupta quanto o cinto de linho de Jeremias ficou fisicamente — apodrecido e deteriorado. O pecado deteriora as sensibilidades morais do homem e o reduz a um objeto inútil, servindo apenas de refugo para o universo.

Deus tinha amarrado Israel em torno de si mesmo por meio de um relacionamento de aliança tão próximo e íntimo quanto um homem amarraria um cinto de linho ao redor da sua cintura. É um pensamento comovente lembrar que Deus se veste com aqueles que professam segui-lo. Apesar dos privilégios especiais que a aliança trazia, Judá falhou em cumpri-la. Conseqüentemente, como um homem joga fora um cinto de linho inútil, assim Deus vai desfigurar o orgulho de Judá (9) ao lançá-la para fora do seu país.

  1. A Parábola do Odre de Vinho (13 12:14)

Deus ordena que Jeremias pronuncie um provérbio comum acerca de um odre de vinho (12) para os homens de Judá, com o propósito expresso de conseguir uma resposta impertinente deles. Evidentemente, tratava-se de uma festa em que se usavam odres de vinho, e tanto o profeta quanto o povo sabiam da sua função. Deus conta a Jeremias qual será a resposta do povo e como ele deveria reagir a essa resposta. Assim, um pouco de humor negro faz parte da verdade divina: Eis que eu encherei de embriaguez todos os habitantes desta terra (13), [...] fá-los-ei em pedaços uns contra os outros [...] não [...] terei deles compaixão (14).

A embriaguês é muitas vezes vista na Bíblia como um símbolo do "vinho da ira de Deus", i.e., seus juízos (Jr 25:15-51.7; Sl 75:8; Is 19:14; Ap 16:19). Essa idéia, sem dúvi-da, está presente aqui. Mas há algo mais. Os conteúdos do odre de vinho parecem repre-sentar o povo de Judá. Como as partículas em um odre de vinho se chocam umas contra as outras no processo de fermentação, assim os habitantes de Judá se colocarão uns contra os outros em uma luta civil e confusão moral. Como a desordem e a confusão do processo de fermentação são transferidas para o homem que bebe vinho, assim Judá ficará confuso e desnorteado como um embriagado no dia do juízo. Desde o rei no trono até o lavrador do campo, todos ficarão em um estado de espanto e confusão. Esse estado de espanto em Judá simboliza a confusão que há na vida de um indivíduo que não encon-trou (ou perdeu) o poder organizador do Espírito de Deus.

  1. Pecadores, Não Sejam Orgulhosos (13 15:19)

Nesse oráculo, Jeremias argumenta com seus compatriotas para deixarem seu or-gulho e darem glória ao SENHOR (reconhecer sua soberania; 16), a fim de que não venha sobre eles a escuridão e eles tropecem como na noite (Jo 12:35). O orgulho cega as pessoas para os valores corretos e traz escuridão. As alternativas são claras para Judá. Escutai (prestem atenção,
15) a voz de Deus, antes que a luz se torne em sombra de morte (16). E, se [...] não ouvirdes, a minha alma chorará em lugares ocultos, [...] porquanto o rebanho do SENHOR será levado cativo (17). Se não houver mudança, o exílio será inevitável.

Os versículos 18:19 são dirigidos ao rei (provavelmente Joaquim, cf. II Reis 24:8-12) e à rainha (mãe). Humilhai-vos (18) [...] porque já caiu todo o ornato (coroas; "adorno da cabeça", KJV, nota de rodapé) de vossas cabeças, i.e., vocês não mais governarão. Não haverá ajuda do Sul (19; i.e., do Egito). O exílio ameaça Judá e sua família governante. Essa predição provavelmente se concretizou em 597 a.C. quando Joaquim, sua mãe, e milhares de pessoas foram levados para a Babilônia (II Reis 24:14-16).

  1. A Entranhada Natureza do Pecado (13 20:27)

Jerusalém (ou Judá) é descrita como uma pastora que perdeu seu rebanho (20; provavelmente a melhor parte dos seus habitantes). "O que você dirá quando ele [o conquistador babilônico] colocar sobre você aqueles a quem ensinaste a serem ami-gos?" (veja v. 21; II Reis 20:12-13). Será grande a vergonha e a humilhação de Jerusa-lém quando seus antigos aliados se tornarem governantes tiranos sobre ela. E se a cidade quiser saber os motivos de tudo isso, ela ouvirá que é por causa da multidão das suas maldades (22). Moffatt traduz: "É devido à multidão de pecados que você é exposta e despojada".

O profeta descreve a entranhada natureza do pecado de Judá. Pode o etíope mu-dar a sua pele ou o leopardo as suas manchas? (23). Assim como é impossível ao etíope mudar a cor da sua pele e o leopardo as manchas do seu pêlo, os homens de Judá também não alterarão seus maus hábitos por conta própria. Pecar havia se tornado algo natural3 para eles. Não há uma negação da liberdade do homem aqui, mas um reconhe-cimento de que a perversidade moral do homem é tão inveterada que ele não consegue mudar a si mesmo sem ajuda de alguém. O homem, portanto, precisa que Deus lhe faça algo que ele mesmo não pode fazer. Essa é a análise racional por trás de todos os atos redentores de Deus. Precisa haver uma transformação interior da natureza moral do homem. Somente Deus pode fazer isso (4:3-4).

O versículo 24 descreve qual será a sorte daqueles que recusarem a ajuda de Deus: os espalharei como a palha levada pelo vento. A figura é dos resíduos que são assoprados do solo da joeira. A sua vergonha será tão evidente que todos saberão e verão a humilhação de Judá. O pecado da nação é descrito em termos crassos: adultérios, rinchos ("gritos sensuais", Moffatt), prostituição (27). Essa condição deplorável, diz Deus, ocorreu porque te esqueceste de mim e confiaste em mentiras (falsidade, 25). Em tom desamparado o profeta clama: "Ó Jerusalém! Quanto tempo levará antes que você seja purificada?" (27, RSV).


Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Jeremias Capítulo 13 do versículo 1 até o 27
*

13:1

um cinto de linho. O "cinto" simboliza o relacionamento íntimo entre Deus e o seu povo.

* 13:4

Eufrates. Uma localização mais próxima pode estar em foco (talvez Pará, Js 18:23, perto de Anatote), cuja semelhança de nome, não obstante, sugeriu o rio Eufrates, e, por conseguinte, o exílio babilônico.

* 13:7

se tinha apodrecido e para nada prestava. A podridão do cinto retrata a corrupção do povo, que não mais estava apto para um relacionamento com o Senhor.

* 13:11

fiz apegar-se a mim toda a casa de Israel. O Senhor interpreta aqui o significado do ato simbólico como ilustração de sua aliança com todo o povo de Israel.

* 13:12

se encherá de vinho. O vinho é aqui usado como símbolo da ira de Deus (25.15-29).

* 13:18

ao rei e à rainha-mãe. Provavelmente o rei Joaquim e sua mãe Neústa (2Rs 24:8). Essa profecia, pois, está cronologicamente perto do ataque de Nabucodonosor contra Jerusalém, em 597 a.C. (Introdução: Autor, Data e Ocasião).

caiu da vossa cabeça a coroa. Ver 22:24-26. Esse julgamento significou o fim da dinastia davídica histórica, e parece entrar em conflito com a promessa feita a Davi (2Sm 7). Entretanto, ver 33:14-26 quanto ao cumprimento futuro da aliança com Davi.

* 13:19

As cidades do Sul. Essas cidades, ao longo da fronteira sul, seriam uma importante defesa contra os aliados de Babilônia (como Moabe: 2Rs 24:2), mas foram incapazes de impedir o saque de Judá. Elas simbolizavam o orgulho de Judá (v. 17), que ficou assim demonstrado como oco, vazio.

* 13:20

os que vêm do Norte. Ver 4.6. Judá é vulnerável tanto ao Norte, quanto ao Sul (v. 19).

* 13:22

tuas fraldas... calcanhares. Um quadro de vergonha pública, como o de uma prostituta.

* 13:23

Pode, acaso, o etíope... as suas manchas? Uma pergunta retórica. Era típico de Jeremias asseverar a incapacidade de Judá de arrepender-se e de obedecer ao Senhor — o que explica a sua nova teologia do pacto (31.31-34, e notas). Ver " Liberdade e Escravidão da Vontade", índice.

* 13:25

a tua sorte. A palavra "sorte" relembra as sortes lançadas por ocasião da divisão da terra (Js 14:2). Agora significa expulsão da mesma terra.


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Jeremias Capítulo 13 do versículo 1 até o 27
13:1 Um cinto de linho era um objeto íntimo, ajustado perto do corpo. Era como roupa interior. A ação do Jeremías mostrou como Deus destruiria ao Judá assim como destruiu seu cinto de linho.

13 1:11 As ações falam mais que as palavras. Jeremías freqüentemente utilizou lições vívidas e objetivas para despertar a curiosidade do povo e obter que compreendessem sua mensagem. Esta lição do cinto de linho ilustra o destino do Judá. Apesar da cercania com Deus que o povo uma vez desfrutou, sua soberba os voltou inúteis. Uma pessoa soberba pode ver-se importante, mas Deus diz que sua soberba a faz boa para nada, completamente inútil. A soberba apodrece nossos corações até o ponto que deixamos de ser úteis a Deus.

13:15 Embora é bom respeitar o país e a igreja, nossas lealdades sempre levam um perigo oculto: a vaidade. Quando é daninho o orgulho? Quando nos faz: (1) menosprezar a outros; (2) ser egoístas com nossos recursos; (3) tratar de impor nossas soluções aos problemas de outros; (4) pensar que Deus nos benze por nossos méritos; (5) nos contentar com nossos planos em vez de procurar os de Deus.

13:18 O rei é Joaquín e a reina mãe é Nehusta. O pai do rei, Joacim, rendeu-se ante o Nabucodonosor, mas mais tarde se rebelou. Durante o reinado do Joaquín, os exércitos do Nabucodonosor sitiaram Jerusalém e tanto Joaquín como Nehusta se renderam. Ao Joaquín o enviaram a Babilônia e o encarceraram (2Rs 24:1-12). A profecia do Jeremías se cumpriu.

13:19 A região do Neguev é a porção de terra árida e improdutiva que se estende ao sul da Beerseba. As cidades nesta área se fechariam a qualquer refugiado que fugisse do exército invasor.

13:23 Nem sequer a ameaça da cautividad moveria ao povo ao arrependimento. A gente estava tão habituada a fazer o mal que perdeu a habilidade para trocar. Deus nunca rechaça aos que com sinceridade se voltam para O. Adverte-lhes que se arrependam antes de que seja muito tarde. Nunca devemos deixar para amanhã as mudanças que Deus quer que façamos. As atitudes e os patrões de vida podem arraigar-se tanto em nós até nos fazer perder todo desejo de trocar e já não temer às conseqüências.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Jeremias Capítulo 13 do versículo 1 até o 27

D. A parábola do cinto de linho (


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de Jeremias Capítulo 13 do versículo 1 até o 27
13.1 Linho. Era o material usado para as vestes dos sacerdotes (Êx 28:42), pelo que Israel seria um povo santo e sacerdotal. Era considerado o melhor dos materiais, por evitar o suor com seu cheiro desagradável, servindo assim de símbolo apropriado para o povo escolhido por Deus. Cinto. Denota a proximidade especial e o propósito ornamental de Israel para Jeová. Não o metas na água. Possivelmente para diminuir seu conforto no uso, ou para ilustrar o pecado do povo ao mostrar quão sujos estavam.

13.4 Eufrates. A distância de c. 400 km de Jerusalém. No heb, Perath, com o artigo, significa o rio Eufrates. Visto que aqui há artigo, alguns pensam que isso se refere a Parah, uma aldeia 5 km a nordeste de Anatote (Js 18:23), localizada num vale rochoso, regado por uma fonte copiosa, "Wadi Fara", que corre para o "Wadi Kelt", e que deságua no Jordão abaixo de Jericó. Vd. 51.63, onde o artigo está ausente, ainda que a referência seja à Babilônia (conforme v. 64).

13.7 Apodrecido. A umidade havia apodrecido o cinto, simbolizando que Judá também estava podre.

13.10 Dureza. Vd. em 7.24n.

13.12 Jarro. Um vaso de barro, que continha até 40 litros de vinho. Parece que aqui é citado um ditado popular usado nas festas, significando "jarro é para isto mesmo”.

13.13 Embriaguez. Paralisia e espanto mentais, que tornam o homem incapaz em face da calamidade. Note-se a ênfase sobre as classes mais altas do povo.

13.14 Uns contra os outros. A intoxicação do povo de Judá tornar-se-ia uma origem de destruição mútua.

13.15 Judá recusava-se a ouvir a advertência de Jeová por causa de um sentimento de auto-suficiência e soberba.
13.16 Dai glória. Reconhecei a Sua majestade, obedecendo às Suas palavras. Montes. Uma ilustração que apresenta viajantes atravessando um monte, apanhados pelas trevas. Incapazes de prosseguir, devido ao perigo da queda, esperavam pela manhã, mas só vinham as trevas e o desalento.

13.18 Rei e... rainha-mãe. Provavelmente Jeoaquim e Neustra, em cerca de 597 a.C.

13.19 Sul. O "Neguebe" um distrito particular do sul de Judá.

13.24 Restolho. As cascas dos grãos e pedaços de palha que restam depois do grão haver sido pisado pelos animais. Isso era queimado ou levado para longe pelo vento. • N. Hom. Capítulo 13 nos ensina que um povo ou igreja, que deixa de ficar em íntima comunhão com Deus, é lançado fora da presença divina, restando-lhe então a completa destruição (1-11), comp. Jo 15:1-43; Rm 1:24-45. A mesma coisa acontece com o corpo humano que, criado para ser templo do Espírito Santo, se entrega às dissoluções (12-14), comp. 1Co 6:19; Rm 12:1.


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de Jeremias Capítulo 13 do versículo 1 até o 27

8) Encenação de advertências (13 1:27)

Ações falam mais alto do que palavras e eram muitas vezes empregadas pelos profetas como Jeremias (19:1-15), Isaías (20:1-6), Ezequiel (4:1-3) e outros (2Rs 13:14). Todas as advertências dadas agora mostram a separação entre a nação e o seu Deus e o castigo resultante que foi imposto.

a)    A primeira advertência: um sinal (13 1:11). O cinto de linho enterrado claramente, pela explanação dada (v. 8-11), simboliza a intimidade que o povo havia desfrutado com o seu Senhor (v. 11). Ela tinha sido desfigurada pelo contato com as orientações e influências pagãs e idólatras que haviam destruído o orgulho do povo em seu Deus, e assim ficaram manchados eles, o nome de Deus e sua glória por causa da apostasia. A nação, como o cinto, agora não presta para nada e vai ser enterrada no exílio (v. 9,10). v. 1. A ordem de não deixar o cinto encostar na água pode ter sido dada para mostrar que o cinto era novo em folha. v. 4. Perate-, (prt): provavelmente é uma referência a uma fenda (v. 4, perat) no riacho no uádi Fara (Pará, Js 18:23, sendo então um jogo de palavras), a cinco quilômetros a leste de Anatote (assim o texto gr. de Aquila). Não é impossível, no entanto, que se tenha em mente o Eufrates. Qualquer um dos dois forneceria a mesma lição. Não há necessidade de seguir alguns críticos (e.g., Mowinckel) em pressupor que foi uma experiência visionária.

b)    A segunda advertência: uma parábola (13 12:14). O ditado ou provérbio aparentemente impróprio (v. 12) das vasilhas de couro cheias, geralmente simbolizando alegria e prosperidade econômica, é explicado (v. 13) como a ira de Deus caindo sobre todos os setores da sociedade. (Essas explicações são as marcas características de toda parábola antiga.) O juízo vai fazê-los beber o copo da ira dele, e no seu conseqüente torpor o seu próprio discernimento será obscurecido e a mobilidade estará deficiente em época de crise. Eles não conseguirão distinguir entre amigo e inimigo (v. 14, colocando uns contra os outros é usado acerca de quebrar garrafas em Sl 2:9) e serão como homens indefesos (Is 51:17; Sl 60:3). A embriaguez também era um mal social nos tempos bíblicos (Gn 9:2125; 1Sm 25:36ss; Rm 13:13) e uma característica da adoração pagã.

c) A terceira advertência: um sermão (13 15:27). O perigo do orgulho e da autoconfiança é destacado. O apelo está baseado na própria majestade de Deus (v. 15,

16), que é sempre vista como incomparável com os baalins, e é seguido de uma declaração do amor que ainda está por trás das mensagens de predição (v. 17). O rei e a rainha-mãe são chamados a responder pelo estado da nação (v. 18-21). Esses geralmente são identificados com Joaquim e Neústa em 597 a.C. (2Rs 24:8-12), mas podem bem ser uma referência a Jeoacaz e Hamutal em 608 a.C. ou a Jeoaquim após a derrota do Egito diante da Babilônia (605 ou 601 a.C.). v. 16. O povo é comparado a viajantes vencidos pela escuridão entre as colinas, v. 21. A referência pode ser a Ezequias com relação ao primeiro cortejo de Judá para com Merodaque-Baladã II da Babilônia, apesar da advertência de Isaías (2Rs 20:12-12). v. 23. O quadro descreve a impossibilidade de Judá mudar os seus caminhos idólatras por vontade própria, v. 22-27. Temos aqui um “ai” contra Jerusalém cujos pecados agora assumiram a natureza indelével do pecado. Mesmo assim, Jeremias nunca perde a esperança e vislumbra uma época de purificação por meio do exílio (v. 27).


Moody

Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
Moody - Comentários de Jeremias Capítulo 2 do versículo 1 até o 18

B. Repreensões e Advertências, Principalmente do Período de Josias. 2:1 - 20:18.

Estas seis seções, que são generalizadas e repetitivas no caráter, parecem datar do primeiro período do ministério do profeta. Talvez constituam exemplo típico de suas pregações.


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de Jeremias Capítulo 13 do versículo 1 até o 11
V. AS CINCO ADVERTÊNCIAS 13 1:24'>Jr 13:1-27

Desconhece-se a data exata destas advertências. Os vers. 18 e 19 referem-se provavelmente a Jeoaquim e a sua mãe, a rainha Neusta (597 A. C.). A primeira parte, prenhe de catástrofes, poderia abranger o reinado de seu pai, Jeoaquim, portanto 608-597 A. C.

a) A primeira advertência (13 1:24'>Jr 13:1-11)

É esta transmitida por meio do símbolo do cinto de linho. Trata-se de uma parábola traduzida em atos e que ensina que a adoração dos ídolos constitui a ruína absoluta da verdadeira adoração em corrupção de alma. Por outro lado, o culto de Iavé era louvor, glória, criação íntima. Com respeito a este aviso parabólico, há quatro "andamentos": primeiro, é ordenado ao profeta que obtenha um cinto (vers. 1 e 2); segundo, que o leve ao Eufrates (vers. 3-5); depois, que o vá buscar ao Eufrates (vers. 6 e 7); e, finalmente, vem a explicação da parábola (vers. 8-11). Os primeiros três passos eram preparatórios e o quarto explicativo. O destino apontado a Jeremias é ambíguo. O Eufrates da passagem não devia ser o grande rio desse nome, a uns 380 quilômetros de Jerusalém. Provavelmente, a vila mencionada era Pará, cerca de quatro quilômetros e meio da terra natal de Jeremias, Anatote. (A palavra hebraica Perath é o nome que designa o Eufrates). É claro que, se se tratava de uma visão e não de uma viagem verdadeira, a distância deixaria de ser tomada em conta.


Dicionário

Como

assim como, do mesmo modo que..., tal qual, de que modo, segundo, conforme. – A maior parte destas palavras podem entrar em mais de uma categoria gramatical. – Como significa – “de que modo, deste modo, desta forma”; e também – “à vista disso”, ou – “do modo que”. Em regra, como exprime relação comparativa; isto é – emprega-se quando se compara o que se vai afirmar com aquilo que já se afirmou; ou aquilo que se quer, que se propõe ou se deseja, com aquilo que em mente se tem. Exemplos valem mais que definições: – Como cumprires o teu dever, assim terás o teu destino. – O verdadeiro Deus tanto se vê de dia, como de noite (Vieira). – Falou como um grande orador. – Irei pela vida como ele foi. – Assim como equivale a – “do mesmo modo, de igual maneira que”... Assim como se vai, voltar-se-á. Assim como o sr. pede não é fácil. Digo-lhe que assim como se perde também se ganha. Destas frases se vê que entre como e assim como não há diferença perceptível, a não ser a maior força com que assim como explica melhor e acentua a comparação. – Nas mesmas condições está a locução – do mesmo modo que... Entre estas duas formas: “Como te portares comigo, assim me portarei eu contigo”; “Do mesmo modo que te portares comigo, assim (ou assim mesmo) me portarei contigo” – só se poderia notar a diferença que consiste na intensidade com que aquele mesmo modo enuncia e frisa, por assim dizer, a comparação. E tanto é assim que em muitos casos 290 Rocha Pombo não se usaria da locução; nestes, por exemplo: “Aqueles olhos brilham como estrelas”; “A menina tem no semblante uma serenidade como a dos anjos”. “Vejo aquela claridade como de um sol que vem”. – Tal qual significa – “de igual modo, exatamente da mesma forma ou maneira”: “Ele procedeu tal qual nós procederíamos” (isto é – procedeu como nós rigorosamente procederíamos). Esta locução pode ser também empregada como adjetiva: “Restituiu-me os livros tais quais os levara”. “Os termos em que me falas são tais quais tenho ouvido a outros”. – De que modo é locução que equivale perfeitamente a como: “De que modo quer o sr. que eu arranje o gabinete?” (ou: Como quer o sr. que eu arranje...). – Segundo e conforme, em muitos casos equivalem também a como: “Farei conforme o sr. mandar” (ou: como o sr. mandar). “Procederei segundo me convier” (ou: como me convier).

como adv. 1. De que modo. 2. Quanto, quão. 3. A que preço, a quanto. Conj. 1. Do mesmo modo que. 2. Logo que, quando, assim que. 3. Porque. 4. Na qualidade de: Ele veio como emissário. 5. Porquanto, visto que. 6. Se, uma vez que. C. quê, incomparavelmente; em grande quantidade: Tem chovido como quê. C. quer, loc. adv.: possivelmente. C. quer que, loc. conj.: do modo como, tal como.

Esconder

Dicionário Comum
verbo transitivo direto e pronominal Pôr (algo, alguém ou si mesmo) em certo local onde não se consegue encontrar; ocultar-se: escondeu o presente que havia ganhado; escondeu-se no quarto.
Não demonstrar; permanecer em segredo: escondia suas reais intenções.
Deixar oculto; fazer com que não se perceba: cantava para esconder sua tristeza.
verbo bitransitivo Evitar que outra pessoa tome conhecimento sobre (algo ou alguém): escondeu o refém (do policial) em sua casa.
Etimologia (origem da palavra esconder). Do latim obscondere.
Fonte: Priberam

Eufrates

-

o Eufrates é o mais largo, o mais extenso, e o mais importante rio da Ásia ocidental. Tem duas origens nas montanhas da Armênia, sendo o ramo norte, o Frat, o verdadeiro Eufrates. Este ramo por si só tem 640 km de comprimento ao passo que o Murad Chai, o ramo do sul, corre na extensão de 435 km antes de juntar-se ao Frat em Keblan-Maden. A corrente unida vai através do Tauro e do anti-Tauro na direção sul-sudeste. Defronte de Selêucia o Eufrates aproxima-se do Tigre, e então corre pelas planícies da Babilônia, alargando-se sobre a terra, e formando charcos e lagos. Depois de correr quase paralelo com o Tigre numa considerável distância, junta-se, finalmente, a este rio, a 96 km do golfo Pérsico, no qual deságuam os dois rios unidos. Desde a sua origem até à foz a extensão do Eufrates é de 2.850 km. o Eufrates foi um dos quatro rios do Éden (*veja esta palavra), (Gn 2:14), e formava o limite oriental da terra que fora prometida à descendência de Abraão (Gn 15:18Dt 1:7-11.24 – Js 1:4). os rubenitas ocuparam o país até ao Eufrates (1 Cr 5,9) – foi também possuído por Davi (2 Sm 8.3), tendo então o Eufrates o nome de ‘o Rio’, e por seu filho Salomão (1 Rs 4.21 – 2 Cr 9.26). Neco, rei do Egito, estendeu os seus domínios até ao rio Eufrates (2 Rs 23.29), mas Nabucodonosor, rei da Babilônia, lhe arrancou a posse do seu território (2 Rs 24.l – Jr 46:2-10). o rio foi visitado por Jeremias (Jr 13:4-7 ). A última menção que se faz do Eufrates, na Bíblia, é no Apocalipse, onde o termo é usado simbolicamente (9.14 – 16.12). Como acontece à maior parte dos grandes rios que têm a sua origem em terras altas, o Eufrates estava sujeito a cheias anuais, quando a neve se derretia. Desde tempos antigos era a água das inundações cuidadosamente utilizada, pela irrigação, numa grande porção de terras. Este rio era navegável, e durante séculos foi, com o auxilio dos caminhos de caravanas, a via comercial entre o mar Mediterrâneo e o golfo Pérsico. Barcos feitos de vime, e alcatroados, bem como jangadas, eram empregados na condução de mercadorias. Nas margens do rio Eufrates havia, além da cidade da Babilônia, numerosas povoações de grande população: os caldeus habitavam aquele território que ficava nos dois lados da sua foz. Devido a encherem-se de lodo as águas, há muita terra pantanosa ao longo do seu curso, e especialmente na sua foz. Diz-se que a antiga cidade de Eridu foi primitivamente um porto do mar.

Eufrates Rio da MESOPOTÂMIA, mencionado como um dos rios do ÉDEN (Gn 2:14). Nasce na Armênia e, como o rio Tigre, corre para o sul, indo desembocar no golfo Pérsico. Serviu como limite aos domínios de Davi e Salomão (1Cr 18:3).

Junto

junto adj. 1. Posto em contato; chegado, unido. 2. Reunido. 3. Adido: Embaixador brasileiro junto ao Vaticano. 4. Chegado, contíguo, muito próximo. Adv. 1. Ao pé, ao lado. 2. Juntamente.

Ordenado

adjetivo Que está em ordem: livros ordenados alfabeticamente.
Figurado Que respeita a ordem; que é disciplinado; metódico.
Religião Que ingressou no sacerdócio, que passou por uma ordenação religiosa.
substantivo masculino Salário de um trabalhador regular; salário, remuneração: esperando o final do mês para receber meu ordenado.
Qualquer remuneração em decorrência de um serviço oferecido.
Etimologia (origem da palavra ordenado). Particípio de ordenar, do latim ordinare.

Senhor

substantivo masculino Proprietário, dono absoluto, possuidor de algum Estado, território ou objeto.
História Aquele que tinha autoridade feudal sobre certas pessoas ou propriedades; proprietário feudal.
Pessoa nobre, de alta consideração.
Gramática Forma de tratamento cerimoniosa entre pessoas que não têm intimidade e não se tratam por você.
Soberano, chefe; título honorífico de alguns monarcas.
Figurado Quem domina algo, alguém ou si mesmo: senhor de si.
Dono de casa; proprietário: nenhum senhor manda aqui.
Pessoa distinta: senhor da sociedade.
Antigo Título conferido a pessoas distintas, por posição ou dignidade de que estavam investidas.
Antigo Título de nobreza de alguns fidalgos.
Antigo O marido em relação à esposa.
adjetivo Sugere a ideia de grande, perfeito, admirável: ele tem um senhor automóvel!
Etimologia (origem da palavra senhor). Do latim senior.onis.

o termo ‘Senhor’, no A.T., paraexprimir Jeová, está suficientemente compreendido nesta última palavra – e, como tradução de ãdôn, não precisa de explicação. Em Js 13:3, e freqüentemente em Juizes e Samuel, representa um título nativo dos governadores dos filisteus, não se sabendo coisa alguma a respeito do seu poder. o uso de ‘Senhor’ (kurios), no N.T., é interessante, embora seja muitas vezes de caráter ambíguo. Nas citações do A.T., significa geralmente Jeová, e é também clara a significaçãoem outros lugares (*vejag. Mt 1:20). Mas, fora estas citações, há muitas vezes dúvidas sobre se a referência é a Deus como tal (certamente Mc 5:19), ou ao Salvador, como Senhor e Mestre. Neste último caso há exemplos do seu emprego, passando por todas as gradações: porquanto é reconhecido Jesus, ou como Senhor e Mestre no mais alto sentido (Mt 15:22 – e geralmente nas epístolas – *veja 1 Co 12.3), ou como doutrinador de grande distinção (Mt 8:21 – 21.3), ou ainda como pessoa digna de todo o respeito (Mt 8:6). Deve-se observar que kurios, termo grego equivalente ao latim “dominus”, era o título dado ao imperador romano em todas as terras orientais, em volta do Mediterrâneo. E isto serve para explicar o fato de aplicarem os cristãos ao Salvador esse título, querendo eles, com isso, acentuar na sua mente e na das pessoas que os rodeavam a existência de um império maior mesmo que o de César. Com efeito, o contraste entre o chefe supremo do império romano e Aquele que é o Senhor de todos, parece apoiar muitos dos ensinamentos do N.T. Algumas vezes se usa o termo ‘Senhor’ (Lc 2:29At 4:24, etc.) como tradução de despõtes, que significa ‘dono, amo’, sugerindo, quando se emprega a respeito dos homens, que ao absoluto direito de propriedade no mundo antigo estava inerente uma verdadeira irresponsabilidade. (*veja Escravidão.)

[...] o Senhor é a luz do mundo e a misericórdia para todos os corações.
Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Pelo Evangelho


Senhor
1) (Propriamente dito: hebr. ADON; gr. KYRIOS.) Título de Deus como dono de tudo o que existe, especialmente daqueles que são seus servos ou escravos (Sl 97:5; Rm 14:4-8). No NT, “Senhor” é usado tanto para Deus, o Pai, como para Deus, o Filho, sendo às vezes impossível afirmar com certeza de qual dos dois se está falando.


2) (hebr. ????, YHVH, JAVÉ.) Nome de Deus, cuja tradução mais provável é “o Eterno” ou “o Deus Eterno”. Javé é o Deus que existe por si mesmo, que não tem princípio nem fim (Ex 3:14; 6.3). Seguindo o costume que começou com a SEPTUAGINTA, a grande maioria das traduções modernas usa “Senhor” como equivalente de ????, YHVH (JAVÉ). A RA e a NTLH hoje escrevem “SENHOR”. A forma JAVÉ é a mais aceita entre os eruditos. A forma JEOVÁ (JEHOVAH), que só aparece a partir de 1518, não é recomendável por ser híbrida, isto é, consta da mistura das consoantes de ????, YHVH, (o Eterno) com as vogais de ???????, ADONAI (Senhor).


Senhor Termo para referir-se a YHVH que, vários séculos antes do nascimento de Jesus, havia substituído este nome. Sua forma aramaica “mar” já aparecia aplicada a Deus nas partes do Antigo Testamento redigidas nesta língua (Dn 2:47; 5,23). Em ambos os casos, a Septuaginta traduziu “mar” por “kyrios” (Senhor, em grego). Nos textos de Elefantina, “mar” volta a aparecer como título divino (pp. 30 e 37). A. Vincent ressaltou que este conteúdo conceitual já se verificava no séc. IX a.C. Em escritos mais tardios, “mar” continua sendo uma designação de Deus, como se vê em Rosh ha-shanah 4a; Ber 6a; Git 88a; Sanh 38a; Eruv 75a; Sab 22a; Ket 2a; Baba Bat 134a etc.

Em algumas ocasiões, Jesus foi chamado de “senhor”, como simples fórmula de cortesia. Ao atribuir a si mesmo esse título, Jesus vai além (Mt 7:21-23; Jo 13:13) e nele insere referências à sua preexistência e divindade (Mt 22:43-45; Mc 12:35-37; Lc 20:41-44 com o Sl 110:1). Assim foi também no cristianismo posterior, em que o título “Kyrios” (Senhor) aplicado a Jesus é idêntico ao empregado para referir-se a Deus (At 2:39; 3,22; 4,26 etc.); vai além de um simples título honorífico (At 4:33; 8,16; 10,36; 11,16-17; Jc 1:1 etc.); supõe uma fórmula cúltica própria da divindade (At 7:59-60; Jc 2:1); assim Estêvão se dirige ao Senhor Jesus no momento de sua morte, o autor do Apocalipse dirige a ele suas súplicas e Tiago acrescenta-lhe o qualificativo “de glória” que, na verdade, era aplicado somente ao próprio YHVH (Is 42:8). Tudo isso permite ver como se atribuíam sistematicamente a Jesus citações veterotestamentárias que originalmente se referiam a YHVH (At 2:20ss.com Jl 3:1-5).

Finalmente, a fórmula composta “Senhor dos Senhores” (tomada de Dt 10:17 e referente a YHVH) é aplicada a Jesus e implica uma clara identificação do mesmo com o Deus do Antigo Testamento (Ap 7:14; 19,16). Tanto as fontes judeu-cristãs (1Pe 1:25; 2Pe 1:1; 3,10; Hc 1:10 etc.) como as paulinas (Rm 5:1; 8,39; 14,4-8; 1Co 4:5; 8,5-6; 1Ts 4:5; 2Ts 2:1ss. etc.) confirmam essas assertivas.

W. Bousset, Kyrios Christos, Nashville 1970; J. A. Fitzmyer, “New Testament Kyrios and Maranatha and Their Aramaic Background” em To Advance the Gospel, Nova York 1981, pp. 218-235; L. W. Hurtado, One God, One Lord: Early Christian Devotion and Ancient Jewish Monotheism, Filadélfia 1988; B. Witherington III, “Lord” em DJG, pp. 484-492; O. Cullmann, o. c.; C. Vidal Manzanares, “Nombres de Dios” en Diccionario de las tres...; Idem, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...


Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
Jeremias 13: 5 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

E fui, e escondi-o junto ao Eufrates, como o SENHOR me havia ordenado.
Jeremias 13: 5 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

609 a.C.
H1980
hâlak
הָלַךְ
ir, andar, vir
(goes)
Verbo
H2934
ṭâman
טָמַן
ocultar, esconder, enterrar
(and hid)
Verbo
H3068
Yᵉhôvâh
יְהֹוָה
o Senhor
(the LORD)
Substantivo
H6578
Pᵉrâth
פְּרָת
o rio de maior volume e extensão da Ásia ocidental; cresce a partir dos seus dois
(the Euphrates)
Substantivo
H6680
tsâvâh
צָוָה
mandar, ordenar, dar as ordens, encarregar, incumbir, decretar
(And commanded)
Verbo
H834
ʼăsher
אֲשֶׁר
que
(which)
Partícula
H853
ʼêth
אֵת
-
( - )
Acusativo


הָלַךְ


(H1980)
hâlak (haw-lak')

01980 הלך halak

ligado a 3212, uma raiz primitiva; DITAT - 498; v

  1. ir, andar, vir
    1. (Qal)
      1. ir, andar, vir, partir, proceder, mover, ir embora
      2. morrer, viver, modo de vida (fig.)
    2. (Piel)
      1. andar
      2. andar (fig.)
    3. (Hitpael)
      1. percorrer
      2. andar ao redor
    4. (Nifal) liderar, trazer, levar embora, carregar, fazer andar

טָמַן


(H2934)
ṭâman (taw-man')

02934 טמן taman

uma raiz primitiva; DITAT - 811; v

  1. ocultar, esconder, enterrar
    1. (Qal)
      1. esconder
      2. escondido, oculto, secretamente colocado (particípio)
      3. escuridão (particípio)
    2. (Nifal) esconder-se
    3. (Hifil) esconder

יְהֹוָה


(H3068)
Yᵉhôvâh (yeh-ho-vaw')

03068 יהוה Y ehovaĥ

procedente de 1961; DITAT - 484a; n pr de divindade Javé = “Aquele que existe”

  1. o nome próprio do único Deus verdadeiro
    1. nome impronunciável, a não ser com a vocalização de 136

פְּרָת


(H6578)
Pᵉrâth (per-awth')

06578 פרת P eratĥ

procedente de uma raiz não utilizada significando irromper, grego 2166 Ευφρατης; n.

pr. m.

Eufrates = “frutífero”

  1. o rio de maior volume e extensão da Ásia ocidental; cresce a partir dos seus dois principais nascedouros nas montanhas da Armênia, aflui para o golfo Pérsico

צָוָה


(H6680)
tsâvâh (tsaw-vaw')

06680 צוה tsavah

uma raiz primitiva; DITAT - 1887; v.

  1. mandar, ordenar, dar as ordens, encarregar, incumbir, decretar
    1. (Piel)
      1. incumbir
      2. ordenar, dar ordens
      3. ordernar
      4. designar, nomear
      5. dar ordens, mandar
      6. incumbir, mandar
      7. incumbir, comissionar
      8. mandar, designar, ordenar (referindo-se a atos divinos)
    2. (Pual) ser mandado

אֲשֶׁר


(H834)
ʼăsher (ash-er')

0834 אשר ’aher

um pronome relativo primitivo (de cada gênero e número); DITAT - 184

  1. (part. relativa)
    1. o qual, a qual, os quais, as quais, quem
    2. aquilo que
  2. (conj)
    1. que (em orações objetivas)
    2. quando
    3. desde que
    4. como
    5. se (condicional)

אֵת


(H853)
ʼêth (ayth)

0853 את ’eth

aparentemente uma forma contrata de 226 no sentido demonstrativo de entidade; DITAT - 186; partícula não traduzida

  1. sinal do objeto direto definido, não traduzido em português mas geralmente precedendo e indicando o acusativo