Enciclopédia de Jeremias 7:27-27

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

jr 7: 27

Versão Versículo
ARA Dir-lhes-ás, pois, todas estas palavras, mas não te darão ouvidos; chamá-los-ás, mas não te responderão.
ARC Dir-lhes-ás pois todas estas palavras, mas não te darão ouvidos; chamá-los-ás, mas não te responderão.
TB Dir-lhes-ás todas estas palavras, porém não te escutarão; chamá-los-ás, porém não te responderão.
HSB וְדִבַּרְתָּ֤ אֲלֵיהֶם֙ אֶת־ כָּל־ הַדְּבָרִ֣ים הָאֵ֔לֶּה וְלֹ֥א יִשְׁמְע֖וּ אֵלֶ֑יךָ וְקָרָ֥אתָ אֲלֵיהֶ֖ם וְלֹ֥א יַעֲנֽוּכָה׃
BKJ Portanto tu falarás todas estas palavras para eles. Porém eles não te escutarão. Tu também os chamarás, porém eles não te responderão.
LTT Dir-lhes-ás, pois, todas estas palavras, mas não te darão ouvidos; chamá-los-ás, mas não te responderão.
BJ2 Tu lhes dirás todas estas palavras, mas eles não te escutarão. Tu os chamarás, e eles não te responderão.
VULG Et loqueris ad eos omnia verba hæc, et non audient te : et vocabis eos, et non respondebunt tibi.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Jeremias 7:27

Isaías 6:9 Então, disse ele: Vai e dize a este povo: Ouvis, de fato, e não entendeis, e vedes, em verdade, mas não percebeis.
Isaías 50:2 Por que razão vim eu, e ninguém apareceu? Chamei, e ninguém respondeu? Tanto se encolheu a minha mão, que já não possa remir? Ou não há mais força em mim para livrar? Eis que, com a minha repreensão, faço secar o mar, torno os rios em deserto, até que cheirem mal os seus peixes, pois não têm água e morrem de sede.
Isaías 65:12 também vos destinarei à espada, e todos vos encurvareis à matança, porquanto chamei, e não respondestes; falei, e não ouvistes, mas fizestes o que é mal aos meus olhos e escolhestes aquilo em que eu não tinha prazer.
Jeremias 1:7 Mas o Senhor me disse: Não digas: Eu sou uma criança; porque, aonde quer que eu te enviar, irás; e tudo quanto te mandar dirás.
Jeremias 1:19 E pelejarão contra ti, mas não prevalecerão contra ti; porque eu sou contigo, diz o Senhor, para te livrar.
Jeremias 26:2 Assim diz o Senhor: Põe-te no átrio da Casa do Senhor e dize a todas as cidades de Judá que vêm adorar à Casa do Senhor todas as palavras que te mandei que lhes dissesses; não esqueças nem uma palavra.
Ezequiel 2:4 E os filhos são de semblante duro e obstinados de coração; eu te envio a eles, e lhes dirás: Assim diz o Senhor Jeová.
Ezequiel 3:4 E disse-me: Filho do homem, vai, e entra na casa de Israel, e dize-lhe as minhas palavras.
Ezequiel 3:17 Filho do homem, eu te dei por atalaia sobre a casa de Israel; e tu da minha boca ouvirás a palavra e os avisarás da minha parte.
Zacarias 7:13 E aconteceu que, como ele clamou, e eles não ouviram, assim também eles clamarão, mas eu não ouvirei, diz o Senhor dos Exércitos.
Atos 20:27 porque nunca deixei de vos anunciar todo o conselho de Deus.

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Jeremias Capítulo 7 do versículo 1 até o 34
D. O SERMÃO DO TEMPLO, Jr 7:1-8.3

Há uma quebra entre o capítulo 7 e os capítulos precedentes. O tema continua o mesmo, mas novas informações nos são apresentadas a respeito do profeta. Como pano de fundo do sermão está a atitude do povo em relação ao sistema de ofertas e o Templo. Jeremias revelou que havia algo tragicamente errado com a religião hebraica dos seus dias. Fica claro que o que falta é o que está no âmago da dificuldade de Judá. Assim, o sermão do Templo marca um importante ponto na carreira de Jeremias, porque ele colo-ca seu dedo no nervo religioso mais sensível da nação.

Os estudiosos têm debatido a relação entre os capítulos 7:26. Alguns acreditam que o capítulo 26 apresenta os resultados do sermão no capítulo 7 e prova, sem dúvida alguma, que o sermão aqui foi anunciado no primeiro ano de Jeoaquim (608 a.C.). Outros estão igualmente seguros de que o sermão foi pronunciado nos últimos anos de Josias, e que Jeremias repetiu os sentimentos em uma data posterior, no capítulo 26. Há bons argumentos a favor das duas posições, mas a primeira parece mais convincente.

1. As Desilusões de uma Consciência Endurecida (Jr 7:1-15)

Deus comissionou Jeremias a proferir uma mensagem para o povo de Judá à porta do Templo. Ouvi a palavra do SENHOR, todos de Judá (2) sugere que a ocasião era uma festa religiosa nacional, uma em que todo o reino participava.

O profeta primeiro roga ao povo para melhorar os seus caminhos (3), i.e., para ser genuíno e sincero no seu arrependimento. Ele então esboça o que isso significava na prática: Não vos fieis em palavras falsas (4), sejam justos uns com os outros, não oprimam o estrangeiro, e o órfão, e a viúva, nem derramem sangue inocente, nem andem após outros deuses (6). Seu tom é conciliatório e encorajador. O resultado: eles permaneceriam na terra e habitariam em paz (7). Jeremias assegura ao povo que os pensamentos de Deus em relação a eles são bons.

No entanto, à medida que o profeta apregoa o seu sermão muda seu tom quando lembra a nação dos seus pecados. Eis que vós confiais em palavras falsas (8). [...] Furtareis vós, e matareis, e cometereis adultério [...] e andareis após outros deuses (9). Depois de ter quebrado a lei de Deus eles tiveram a audácia de vir ao Templo — esta casa, que se chama pelo meu nome (11) — e dizer: "'Estamos seguros!', seguros para continuar com todas essas práticas repugnantes" (19, NVI). Eles estavam na verdade fazendo da casa de Deus uma caverna de salteadores (11; veja Mt 21:13; et al.). Eles também estavam trabalhando com a desilusão de que, visto que o Templo era o lugar de moradia de Deus, Ele nunca permitiria que o Tem-plo fosse violado; portanto a nação estava segura. Eles achavam que podiam dizer: Templo do SENHOR, templo do SENHOR (4), e com essa fórmula mágica proteger-se de qualquer tipo de desastre. Eis que vós confiais em palavras falsas (8) — suge-re que os falsos profetas tinham colocado essas idéias na mente do povo. Essas no-ções, no entanto, são as ilusões de uma consciência endurecida, e o tipo mais vil de superstição religiosa.

Retrocedendo na história de Israel, Jeremias os lembra de Siló, onde, no princí-pio, fiz habitar o meu nome (12). Siló tinha sido um lugar de adoração durante o período dos juízes, mas quando o povo fez da arca um fetiche (1 Sm 4.34ss), a vila foi destruída. Deus disse: Vede o que lhe fiz (a Siló), por causa da maldade do meu povo. [...] Farei também a esta casa (o Templo) [...] como fiz a Siló (12, 14).

Com essa predição, Jeremias tocou no nervo mais sensível da vida religiosa do povo. Eles reagiram (veja Jr.
26) com ressentimento e ira, porque Jeremias expôs sua auto-ilusão e sua pobreza moral. Para satisfazer seus próprios desejos depravados, o povo foi tentado a fazer uma imagem de Deus, e reduziram os preceitos morais dele a ilusões su-persticiosas. Aqui está uma tendência inerente da natureza caída do homem (Rm 1:22 ss).

Deus declarou: Vocês não estão seguros como acham que estão. Eu vos arrojarei da minha presença, como arrojei a todos os vossos irmãos [...] de Efraim (15). Essa referência aqui é ao exílio do Reino do Norte, que já havia acontecido (721 a.C.), e também é uma predição clara do exílio de Judá. A auto-ilusão sempre termina em tragé-dia e desolação (cf. Mt 23).

  • Proibido de Interceder (7:16-20)
  • Era necessária uma coragem incomum para uma pessoa sensível como Jeremias proclamar uma mensagem tão devastadora. Ele involuntariamente começa a clamar em oração em favor da sua amada nação, mas Deus o proíbe de interceder: Tu, pois, não ores por este povo, nem levantes por ele clamor ou oração (16).

    Deus ainda não tinha acabado com a sua acusação contra o seu povo, e a revelação também não tinha terminado. Não vês tu o que andam fazendo nas cidades de Judá e nas ruas de Jerusalém? (17). Os filhos [...] os pais [...] as mulheres amas-sam a farinha, para fazerem bolos à deusa chamada Rainha dos Céus (18). O povo tinha se tornado completamente descarado em seu pecado, a ponto de estar ofere-cendo sacrifícios a outros deuses abertamente nas ruas. A Rainha dos Céus evidente-mente refere-se a Ishtar, a deusa de um ritual de fertilidade babilônico que havia sido importada por Judá. Ela é mencionada aqui para indicar a profundidade do pecado em que o povo havia caído. O ponto a que o povo havia chegado marca o início do fim dessa nação. Deus declarou: Eis que a minha ira e o meu furor se derramarão sobre este lugar (20) ; uma perversidade como essa não pode passar impune.

  • Obedecer é Melhor do que Sacrificar' (7:21-28)
  • Em seguida, Jeremias ataca o uso errado do ritual religioso. Ele deixa claro que a cerimônia religiosa sem o conteúdo ético é vazia. Se os sacrifícios não reforçavam ou fortaleciam a moralidade da nação, não tinham valor algum. Isso vale para todo ritualismo na religião. A menos que a cerimônia religiosa formal (ou a cerimônia religiosa informal) reforce a moralidade e o viver santo, ela é um esforço despendido em vão.
    Há um sarcasmo nas palavras de Jeremias: Ajuntai os vossos holocaustos aos vossos sacrifícios, e comei carne (21). Ele está dizendo: Vocês podem juntar seus holocaustos (que eram completamente devotados a Deus, e que ninguém deveria co-mer) com suas ofertas pacíficas (que era comidas pelos adoradores) e comê-los. Diante de tais circunstâncias seus sacrifícios não tinham valor religioso; eram apenas mera formalidade.

    O versículo 22 tem sido interpretado de várias maneiras.' De modo superficial, há uma dificuldade em conciliar nesse versículo a história hebraica com a prática religiosa. No entanto, quando o lemos no seu contexto, percebemos que ele simplesmente significa que a ordem principal de Deus não tratava de holocaustos ou sacrifícios quando tirou o povo da terra do Egito (21-22). A ênfase principal naquela época foi: "Obedeçam à minha voz; então serei o seu Deus e vocês serão o meu povo" (lit.). As exigências morais de Deus sempre são importantes. O sistema sacrificai foi instituído com o propósito de promover a obediência moral e tornar Deus um fator real na vida do povo.

    Em vez de obedecer às exigências morais de Deus, o povo começou a caminhar nos seus próprios conselhos (teimosia), no propósito do seu coração malvado (24) e tornou-se ainda mais perverso e pecador. Quando falharam em aprender do sistema sacrificai, Deus instituiu o ofício da profecia. Os profetas eram comissionados para auxi-liar o povo no cumprimento dos requerimentos da lei que tinham sido dados no monte Sinai. O povo agora tinha uma ajuda dupla: as lições práticas no viver santo apresenta-das pelo sistema sacrificai e a pregação dos profetas. Moffatt interpreta todos os dias madrugando e enviando-os (25) como indicando a profunda preocupação de Deus: "Tenho enviado a vocês todos os meus servos, os profetas, zelosa e sinceramente". Ao invés de ouvir a uma dessas "mediações de ajuda", eles não me deram ouvidos, nem inclinaram os ouvidos, mas [...] fizeram pior do que seus pais (26). Eles endure-ceram a sua cerviz, i.e., se tornaram mais teimosos. Agora Deus cuida para que não dêem ouvidos nem respondam (27) quando Jeremias lhes falar. Por conseguinte, o pro-feta deve transmitir o seguinte veredicto: Uma gente é esta que não dá ouvidos à voz do SENHOR, [...] e não aceita a correção (28). Agora a única coisa que os aguar-da é juízo e destruição.

    4. A Ironia da Retribuição do Pecado (Jr 7:29-8.
    3)

    Corta o cabelo da tua cabeça (29) parece ser dirigido à filha de Sião, i.e., Jerusa-lém, visto que o verbo está no feminino. O restante do versículo indica que o corte de cabelo é um ato de pranto e luto. Esse ato pode se referir ao cabelo dos nazireus, que era um símbolo da sua consagração a Deus. Jerusalém, como cidade, era considerada "um nazireu para Deus, que precisa agora cortar seu cabelo e ser profanada, degradada e separada de Deus".' O SENHOR rejeitou e desamparou a geração do seu furor — "a raça que o suscitou à ira" (Smith-Goodspeed) ; havia, portanto, amplo motivo para prantear.

    Jeremias apresenta diversos motivos que justificam o pranto de Jerusalém.
    a) Judá tinha se tornado tão pecaminoso e irreverente que puseram as suas abominações (i.e., ídolos) na casa (30) do Senhor, e profanaram esse lugar santo.
    b) Eles também tinham levantado um santuário ao deus Moloque (2 Rs 21,5) no vale do filho de Hinom (31), e ali haviam realizado sacrifícios humanos — uma coisa tão detestável aos olhos de Deus que Ele declarou: Isso "jamais me veio à mente" (NVI). Embora o lugar fosse cha-mado de Tofete, agora seria chamado de o vale da Matança (32), visto que muitos morreriam lá na futura destruição de Jerusalém. O lugar onde tinham praticado uma perversidade tão vulgar se tornaria o túmulo deles. Essa é a ironia do pecado.
    c) Um outro motivo para pranto era a predição de que no dia do juízo a matança seria tamanha que muitos corpos deixariam de ser enterrados e serviriam de comida para os pássaros e animais [...] e ninguém os espantará (afugentará; 33). Não havia indignidade maior para um hebreu do que deixar seu corpo morto (cadáver) exposto ao relento.
    d) Além disso, chegaria o tempo em que a voz do folguedo [...] da alegria, e a voz de esposo e [...] esposa (34; "do noivo e da noiva", NVI) não seriam mais ouvidos. A terra seria completamente despovoada; não haveria nada além do silêncio da morte.
    e) A profanação dos túmulos dos nobres mortos era o ápice do sofrimento de Judá. Os ossos dos reis [...] príncipes [...] sacerdotes e falsos profetas serão espalhados perante os corpos celestiais diante de quem se tinham prostrado e serão como esterco sobre a face da terra (Jr 8:1-2).
    f) Quanto aos que escaparem da destruição na captura da cidade e que forem para o exílio, o destino deles será tão terrível que com prazer teriam escolhido a morte do que a vida (3).


    Genebra

    Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
    Genebra - Comentários de Jeremias Capítulo 7 do versículo 1 até o 34
    *

    7:2

    porta. Provavelmente esse era o portão que levava ao átrio interior do templo. Jeremias colocou-se no lugar central de adoração de Judá para proclamar a falsidade da nação. O poder de sua ação é aumentado por ser, ele mesmo, um sacerdote.

    todos de Judá... para adorardes ao SENHOR. É possível que esta profecia foi entregue em uma das grandes festas anuais (Êx 23:14-18), quando de todo o povo de Israel se requeria que se fizesse presente.

    * 7:3

    neste lugar. A Terra Prometida. A força do apelo de Jeremias aqui, talvez um choque para a complacente Judá, é que eles não podiam ocupar a Terra Prometida automaticamente.

    * 7:4

    palavras falsas... Templo do SENHOR. A repetição dá ênfase. A hipocrisia de sua professa confiança no Senhor e em seu templo é desmascarada nas mínimas coisas.

    * 7:5-6

    se... para vosso próprio mal. A linguagem condicional repercute o pacto mosaico (Dt 14:28,29; 13 1:5-13.3'>Dt 13:1-3).

    derramardes sangue inocente. Esse apelo não contém nenhum exagero (19.4).

    * 7:9

    Furtais. Note a alusão a cinco dos Dez Mandamentos (compare Os 4:2), com um destaque climático sobre o primeiro mandamento (Êx 20:3).

    * 7:10

    nesta casa que se chama pelo meu nome. Ver Dt 12:5; 1Rs 8:43, onde o "lugar" é identificado como o templo de Jerusalém.

    Estamos salvos. Uma falsa adoração produz falsa segurança.

    * 7:12

    em Silo... o meu nome. Silo era o lugar central da adoração para todo o Israel, antes que Davi fizesse de Jerusalém a capital (Js 18:1; 1Sm 1:9). Agora que Silo não mais existia (provavelmente fora destruída pelos filisteus), ela servia de boa prova do ponto salientado por Jeremias de que até um lugar onde o Senhor fizera seu nome habitar não estava imune ao seu juízo.

    * 7:13

    não me ouvistes. Esse é um importante tema no livro (6.17; 11.7,8; 25.3; conforme 2Rs 17:13,14).

    * 7.16.

    Tu, pois, não intercedas. Tal proibição era funesta, porquanto um dos papéis de um profeta era interceder (Abraão serviu como um intercessor, Gn 20:7; e Moisés Êx 32:11-14). Essa proibição é repetida em 11.14 (compare 15.1; 1Jo 5:16).

    * 7:18

    Os filhos... os pais... as mulheres. Um quadro do domínio universal que a idolatria exercia sobre o povo.

    Rainha dos Céus. Um nome babilônico para a deusa Istar (44.19,25).

    * 7:20

    sobre os homens e sobre os animais... frutos da terra. O rompimento no relacionamento entre Deus e o seu povo afeta a criação inteira (ver Os 2:18).

    * 7.21-23

    os vossos holocaustos... sacrifícios. Sacrifícios desacompanhados da adoração interna do coração não interessam a Deus; o povo bem podia comer os sacrifícios eles mesmos, se os oferecessem dessa maneira. Essa condenação profética de um ritual vazio torna-se ainda mais notável porque o sistema de sacrifícios revelado a Moisés continuava em vigor. Jeremias não estava sozinho por falar dessa maneira; ver 1Sm 15:23; Is 1:11-15; Os 6:6; Am 5:21-25; Mq 6:6-8.

    * 7:24

    andaram... do seu coração maligno. Esse retrato de Judá sugere fortemente uma disposição nativa para com o mal no coração humano.

    * 7:29

    Corta os teus cabelos. Esse mandamento está no feminino gramatical, e personifica Jerusalém como uma mulher (2.1); o rapar da cabeça dela é um sinal de lamentação ou humilhação.

    * 7:30

    na casa. Este versículo é uma evidência da presença de um culto estrangeiro no próprio templo, como nos dias de Manassés (2Rs 21:7). Josias tinha removido a abominação, mas esta tinha retornado, possivelmente nos dias de Jeoaquim (Introdução: Autor; Data e Ocasião). Ezequiel também conhece tal contaminação (Ez 8:3-12). Tais práticas explicam a referência de Jeremias à persistente rebelião de Judá.

    * 7:31

    os altos. Era o nome usual para os centros de culto pagão (2Rs 23:8,9).

    Tofete. Lit., "lugar de fogo". Era no vale do Filho de Hinom, onde crianças tinham sido sacrificadas ao deus estrangeiro, Moloque. O oferecimento do filho primogênito era praticado no mundo antigo, mas em Israel um filho primogênito era "remido", substituindo-se o mesmo por um animal, que era sacrificado (Êx 13:2; 34:19,20). O sacrifício de crianças era expressamente proibido (Lv 18:21; 20.2-5). Ver também 2Rs 23:10 e nota.

    vale do filho de Hinom. Ficava a sudoeste de Jerusalém. Seu nome equivalente, em grego, é Geena, ou "inferno" (Mt 5:22, nota).

    * 7:33

    Os cadáveres. Ver 1Rs 14:11 e nota. Restos de corpos (8,1) infligiam uma desonra ainda maior (2Rs 23:16,18) do que deixar um cadáver exposto aos animais que comiam carniça.



    Matthew Henry

    Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
    Matthew Henry - Comentários de Jeremias Capítulo 7 do versículo 1 até o 34
    7.1-10.25 Ao início desta seção, Deus envia ao Jeremías às portas do templo para enfrentar a falsa crença de que Deus não permitiria que danificassem o templo e aos que vivessem perto dele. Jeremías repreende ao povo por sua falsa e inútil religião, sua idolatria e a conduta desavergonhada do povo e suas líderes. Judá, diz ele, está preparado para o julgamento e o cativeiro. Isto aconteceu durante o reinado do Joacim, uma boneco do Egito. A nação, conmocionada pela morte do Josías, atravessava um transtorno espiritual que danificou muito do bem que Josías fez. Os tema desta seção são a falsa religião, a idolatria e a hipocrisia. Quase matam ao Jeremías por causa deste sermão, mas os oficiais do Judá o salvaram (veja-se capítulo 26).

    7.2, 3 O povo seguiu um ritual de adoração, mas manteve um estilo de vida pecaminoso. Era uma religião sem compromisso pessoal com Deus. Nós podemos facilmente fazer o mesmo. Assistir à igreja, tomar a ceia, ensinar na Escola Dominical, cantar no coro: todos estes são exercícios vazios, a menos que o façamos verdadeiramente para Deus. É bom realizar estas atividades, não porque tenhamos que as fazer para a igreja, mas sim porque queremos as fazer para Deus.

    7.9-11 Estes são alguns paralelos entre como o povo do Judá via seu templo e como muitas pessoas na atualidade vêem seu Iglesias: (1) Não faziam ao templo parte de sua vida diária. Assistimos ao Iglesias formosas muito bem preparadas para a adoração, mas freqüentemente não levamos a presença de Deus conosco ao longo da semana. (2) A imagem do templo se voltou mais importante que a essência da fé. A imagem de assistir à igreja e pertencer a um grupo se pode voltar mais importante que a essência de uma vida trocada Por Deus. (3) O povo utilizou o templo como um santuário. Muitos empregam a filiação religiosa como um esconderijo, pensando que os protegerá do mal e os problemas.

    7:11, 12 Jesus utilizou as palavras do versículo 11 ao limpar o templo (Mc 11:17; Lc 19:46). Esta passagem se aplica tanto ao mal que havia no templo nos dias do Jesus como nos do Jeremías. O tabernáculo de Deus permaneceu em Silo, mas ao parecer se abandonou a Silo (Sl 78:60; Jr 26:6). Se Deus não preservou a Silo porque o tabernáculo se encontrava ali, por que preservaria a Jerusalém com seu templo?

    7:15 Efraín é outro nome dado ao Israel, o reino do norte, que Assíria levou a cativeiro em 722 a.C.

    7:18 "A reina do céu" era um nome para o Istar, a deusa mesopotámica do amor e a fertilidade. depois da queda de Jerusalém, refugiado-los da Judea que fugiram ao Egito continuaram adorando-a (44.17). Um papiro do século V a.C, encontrado no Hermópolis, Egito, menciona à rainha do céu entre os deuses honrados pela comunidade judia que vivia ali.

    7:19 Este versículo responde à pergunta: "Quem se danifica quando nos separamos de Deus?" Nós! nos separar de Deus é como apartar a uma planta verde da luz do sol e da água. Deus é nossa única fonte de fortaleza espiritual. Com exceção de se dessa fonte e se separará da vida mesma.

    7.21-23 Deus estabeleceu um sistema de sacrifícios para respirar ao povo a que o obedecesse (veja o livro do Levítico). Demandava que o povo fizesse estes sacrifícios, não porque estes por si mesmos o agradassem, mas sim porque faziam que o povo reconhecesse seus pecados e se centrasse em viver para Deus. Fielmente levaram a cabo os sacrifícios, mas esqueceram o porquê os ofereciam e portanto desobedeceram a Deus. Jeremías recordou ao povo que levar a cabo rituais religiosos carecia de significado a menos que estivessem preparados para obedecer a Deus em todas os aspectos da vida. (Veja o quadro no Oseas 7.)

    7:25 Dos tempos do Moisés até o final do período do Antigo Testamento, Deus enviou muitos profetas ao Israel e Judá. Por malotes que fossem as circunstâncias, Deus sempre teve um profeta que falou contra suas apáticas atitudes espirituais.

    7:31, 32 Os lugares altos (os altares) do Tofet (que significa "ardendo" ou "imundície") estavam localizados no vale do filho do Hinom, lugar onde se expulsavam o escombro e o lixo da cidade. Este altar se utilizava para adorar ao Moloc, um deus que demandava sacrifícios de meninos (2Rs 23:10). Seu vale de sacrifícios se transformaria em vale de matança à mãos dos babilonios. No mesmo lugar em que o povo matou a seus filhos em pecaminosa idolatria, ele também seria massacrado.


    Wesley

    Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
    Wesley - Comentários de Jeremias Capítulo 7 do versículo 1 até o 34

    III. Sermões públicos NO REINADO Joaquim (Jr 7:1)

    1 A palavra que veio a Jeremias da parte do Senhor, dizendo: 2 Põe-te à porta da casa do Senhor, e proclama ali esta palavra, e dize: Ouvi a palavra do Senhor, todos de Judá, os que entrais por estas portas, para adorar a Jeová .

    A palavra que veio a Jeremias da parte do Senhor . A ruptura definitiva em termos de tempo e de pensamento ocorre entre os capítulos


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Jeremias Capítulo 7 do versículo 1 até o 34
    7.3 Caminhos. Hábitos profundamente arraigados. Obras. Atos que, individualmente considerados, constituem tais hábitos.

    7.6 Assassínios judiciais, ataques violentos contra os profetas e homens piedosos, sacrifícios de crianças a Moloque.
    7.10 Estamos salvos. Falsa segurança baseada em observâncias religiosas externas.

    7.11 Covil. Muitas cavernas nas camadas de pedra calcária da Palestina eram usadas, no tempos antigos, como esconderijos, pelos assaltantes.

    7.14 Siló. Primeiro lugar na terra de Canaã onde o tabernáculo foi fixado (Js 18:1). Por causa da iniqüidade do povo, Deus permitiu que a arca da aliança fosse capturada, e Ele mesmo se afastou de Siló.

    7.15 Efraim. As dez tribos do norte, levadas para o cativeiro em 722 a.C. por Sargom II, da Assíria. O nome desta tribo maior representava as demais.

    7.16 Não intercedas. Deus proíbe a Jeremias interceder por Judá, embora isso fizesse parte de seu oficio profético. Deus não ouviria (15.1).

    7.18 Rainha dos Céus. A deusa Asterote (forma plural) ou Astarte. Bolos amoldados, ou estampados, para representar a Rainha dos Céus na forma de lua ou estrela (Vênus, o planeta), símbolos de Istar (nome assírio) ou Astarte (nome fenício).

    7.21 Comei. Palavras de ironia ou desprezo. Aos adoradores não era permitido comer da carne das ofertas queimadas (Lv 1); mas aqui isso não fazia qualquer diferença, visto que Deus não mais aceitava os seus sacrifícios. (Os adoradores podiam comer porções da oferta pacífica).

    7.22 O mandamento acerca das ofertas queimadas e dos sacrifícios não fora dado ao povo enquanto não quebraram o decálogo, a lei da obediência. A lei foi dada três vezes. Primeiro, oralmente (Êx 20:1-17). Segundo, Moisés recebeu as tábuas de pedra (Êx 24:12-18). Terceiro, Moisés retomou ao monte Sinai e recebeu as segundas tábuas de pedra (Êx 34:1-29).

    7.23 Uma aliança condicional que prometia proteção, se fossem obedientes.
    7.24 Dureza. Derivado da raiz de "torcido", dai, "teimosia",

    "firmeza", "obstinação". É diferente da palavra do v. 26. Em Dt 29:19, "perversidade"; no Sl 81:12, "teimosia"; mesma palavra no heb, também em 3.17; 9.14; 11.8, 13 10:16-12; 19.12; 23.17. Todas as palavras nas referências em cadeia nas margens são completamente diferentes.

    7.28 Verdade; vd. 5.3, fidelidade, a mesma palavra em Dt 32:4; Sl 89:49; Sl 96:13; Sl 98:3;

    100.3; 119.30. Ou como fiel, em Sl 33:4.

    7.29 Corta... consagrados. Um sinal de lamentação, a mesma palavra como rapou, em 1:20.

    7.31 Tofete. Raiz da palavra "tambores", possivelmente em referência aos tambores que se batiam para cobrir os clamores das crianças que eram mortas e queimadas em sacrifícios a Moloque.

    7.33 Cadáveres. Parcialmente cumprido nas várias destruições de Jerusalém; mas também aponta para o futuro em Ap 19:17-66. • N. Hom. O sétimo capítulo nos ensina que nada que possuímos, nem mesmo o próprio templo, e nada que fazemos, nem mesmo os próprios sacrifícios prescritos na lei, podem nos tornar justos perante Deus e merecedores do seu favor. Não podemos nem mesmo depender das intercessões dos servos de Deus. O único caminho é aceitar o perdão e a restauração que só Deus pode conceder, o que Ele faz graciosamente (Rm 5:1-45).


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Jeremias Capítulo 7 do versículo 1 até o 34

    4) Confiança fatal no templo (7.1—8.3)
    O templo central era considerado sacrossanto. Pensava-se que o Senhor salvaria o templo, a sua cidade e o seu povo porque o seu nome estava lá, como havia feito nos dias de Ezequias quando os assírios cercaram a cidade em 701 a.G. Visto que não há menção clara de uma ameaça babilónica imediata, alguns interpretam essas mensagens (até 10.25) como dirigidas àqueles que mostram meros sinais exteriores de reforma na época de Josias; outros as associam com a festa da colheita em uma época posterior de incertezas após a ascensão de Jeoaquim (i.e., c. 608 a.C., conforme 26.1). A confiança no templo em Sl se torna idolatria. Mais uma vez, o povo é instado ao verdadeiro arrependimento mostrado pela vida de acordo com as exigências de Deus, senão a destruição e o exílio são inevitáveis.
    a) Advertências contra a adoração meramente cultual (7:1-20). A forte mensagem Corrijam a sua conduta e as suas ações (v. 3), i.e., os “hábitos estabelecidos e as atividades individuais que servem para formá-los”, mais uma frase característica de Jeremias (conforme 18.11; 26.13 35:15), é dirigida principalmente àqueles que estão entrando como adoradores no pátio do templo (conforme 26.1). A ampliação desse apelo (v. 5-7) ressalta que o estilo de vida correto precisa ser demonstrado por meio da ação social adequada. Procedimentos ímpios acabam machucando o inocente como no caso dos homicídios {sangue derramado) cometidos por Jeoaquim (conforme 26.23). v. 3. Levantar cedo e falar, enviar etc. é uma característica da urgência e da diligência de Jeremias em executar a sua missão (conforme v. 25; 11.7; 25.3,4; 26.5; 29.19; 32.33; 35.14,15; 44.4 e ainda outros textos semelhantes aos de Jeremias [2Cr 36:15]). v. 4. Este é o templo do Senhor talvez fosse o grito repetido em êxtase pelos adoradores despreocupados no templo cuja teologia é assim resumida, ou para maior ênfase ou como slogan dos falsos profetas. Até mesmo afirmações verdadeiras podem se tornar mentiras pelo abuso. A casa de Deus deixa de ser sua casa se é tomada como refúgio por aqueles que continuam no pecado (v. 10). Gertamente Deus está vendo o que acontece e condena isso (conforme Mc 11:17). v. 12-15. Ele não respeita construções apropriadas indevidamente como covil de ladrões (v. 11), tampouco fecha os olhos para a idolatria de qualquer tipo (v. 16-20). A ilustração usada é o saque a Siló (v. 14), ao norte de Betei (conforme 26.6), realizado pelos filisteus c. 1050 a.C., como é atestado pelas evidências arqueológicas da planta baixa que é cópia do tabernáculo. Embora o símbolo da presença de Deus (a arca) estivesse lá (Js 18:1; 1Sm 1:13), Deus abandonou o local (Sl 78:60). v. 16-20. A ação do povo está além da possibilidade de resposta de oração (pois eu não o ouvirei). A idolatria persistente deles é tão ofensiva a eles mesmos quanto a Deus. v. 18. A adoração da Rainha (LXX: “hostes”) dos Céus marcou a volta da deusa cananéia (Asterote) ou babilónica (Ishtar) como parte da astrologia (Vénus), uma prática condenada em todo o AT (conforme 8.2; 44.17).

    b)    Obediência e/ou sacrifício? (7.21

    28). Alguns interpretariam o v. 22 como revelando ignorância das leis fundamentais de Moisés, mas a preocupação presente do profeta é com prioridades. Os sacrifícios adequados (em contraste com os atos falsos não dedicados a Deus do v. 18) são subordinados à verdadeira obediência, como também são conseqüências dela. A exigência suprema é ater-se ao amor e à obediência requerida por Deus à lei e à aliança (conforme Mq 6:1-33). v. 27,

    28. Visto que o povo continuamente deixa de responder ao desafio, o pregador precisa de encorajamento para perseverar, apesar do resultado conhecido da sua presente missão.
    c)    Lamento (7.29—8.3). Não somente a terra é profanada, mas agora também o templo. Isso leva o profeta a convocar um lamento nacional (v. 29) e a olhar para os dias em que os resultados virão (acompanhe o uso dessa frase em 9.25; 16.14; 19.6; 23:5-7; 30.3; 31.27, 31,38; 33.14; 48.12; 49.2; 51.47,52). Deus faz o castigo ser adequado ao crime. Aqueles que estavam realizando dedicações e sacrifícios pagãos nos monturos em chamas da cidade (Tofete) não seriam nem mesmo enterrados nesses lugares profanos. Ficariam insepultos, expostos aos mesmos elementos que haviam adorado. Essa é a vergonha e o horror derradeiros. Túmulos comuns cheios de ossos encontrados nas cercanias de Jerusalém podem ser a confirmação arqueológica do cumprimento dessa profecia em 589—7 a.C. (como novamente em 70 a.C.).


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Jeremias Capítulo 7 do versículo 1 até o 34
    III. AS ILUSÕES ACERCA DA SEGURANÇA DO TEMPLOJr 7:1-24). A mensagem começa com uma advertência. Que a nação ponha os olhos no destino de Silo. Põe-te à porta (2). O profeta deverá proclamar a sua mensagem numa das portas do templo, ficando o povo no átrio exterior separado do interior pelas respectivas portas. Talvez esta mensagem fosse transmitida durante qualquer dos grandes festivais, quando haveria normalmente grande ajuntamento de povo às portas do templo. Os vossos caminhos e as vossas obras (3); "caminhos", hábitos profundamente arraigados; "obras", os atos, individualmente considerados que acabam por constituir tais hábitos. Templo do Senhor (4); a tríplice repetição destina-se a dar mais ênfase. Compare-se com a frase de Cristo: "Na verdade, na verdade, vos digo". O templo é a casa de Deus e Sua propriedade peculiar (10). Portanto, o próprio templo constituiria um apelo ao povo para que este fosse santo, como sugeria o seu simbolismo, isto é, um povo separado. Se assim não sucedesse, então Iavé abandonaria o templo e, portanto a nação (realidade esta salientada também por Ezequiel nas suas profecias), sendo o resultado o derrubamento e o exílio. Se, porém, se arrependerem, Deus será com eles. As palavras vos farei habitar neste lugar (3) podem ser traduzidas: "Então habitarei convosco", isto é, no templo. O problema moral é evidente: o templo como covil de ladrões não é digno da Sua presença; como Silo, fica deserto; a arca em si é impotente para salvar Israel. Furtareis vós e matareis (9); no hebraico, estes verbos encontram-se no infinito, um modo utilizado quando se deseja sublinhar fortemente a ação. Somos livres (10). O povo imaginava, como se depreende, que, observando os ritos religiosos, seria liberto da abominação a que o profeta tão freqüentemente aludia. Caverna de salteadores (11), isto é, um local de abrigo nos intervalos entre atos criminosos e de violência. Ver Mt 11:17; Lc 19:46. Silo (12); uma localidade na estrada principal de Jerusalém para Siquém. A arca foi ali colocada nos dias de Josué, e a destruição desta localidade em parte alguma vem mencionada no Velho Testamento. O Sl 78:60 diz-nos que Deus a abandonou. Os vers. 16-20 parecem constituir uma interrupção na mensagem pronunciada no templo, a não ser que representem um interlúdio simbolizando o fim calamitoso dos rebeldes impenitentes e profanos. Rainha dos céus (18), a Istar dos babilônios, ao que parece principalmente adorada pelo elemento feminino. As palavras "bolos" e "rainha" têm um ar estranho em hebraico, destinando-se talvez a indicar a origem estrangeira desse culto.

    >Jr 7:21

    2. OBEDIÊNCIA, NÃO SACRIFÍCIO (Jr 7:21-24). Jeremias proclama o princípio mais seguro da obediência. A oferta queimada, segundo a lei levítica, era inteiramente consumida, mas, quando se tratava de outros sacrifícios, os sacerdotes e adoradores comiam tais ofertas. Se, porém, se tratava de uma mera cerimônia, então a oferta queimada seria "comum", não "espiritual", visto não indicar um coração arrependido; por isso, podia ser comida por haver perdido a sua validade espiritual. O vers. 22 é clássico. Segundo os críticos na sua generalidade, aquilo que Jeremias proclama é que Deus nunca instituíra todo aquele sistema ritual de sacrifícios, supondo-se existir um conflito entre profeta e sacerdotes. Todavia, a corrente está tomando lentamente outra direção, opondo-se a essa posição extrema. O que Jeremias denuncia em termos categóricos nesta passagem é o sacrifício que não corresponde a um coração arrependido e que não conduz a um comportamento reto. Se não houver obediência ética, nenhum sacrifício poderá ser eficaz. Toda a corrente profética condena o ritualismo oco. O concerto entre Iavé e Israel baseava-se no Decálogo, e tinha a honra de ocupar o lugar mais sagrado no santuário. Dai ouvidos à Minha voz (23); a citação não é exata; a que mais se aproxima é Êx 19:5. A obediência à lei moral vinha sempre em primeiro lugar. Mas não ouviram (24); é difícil reconciliar esta passagem com Jr 2:2, a não ser que se interprete Jr 2:2 como uma referência ao período que se seguiu imediatamente ao Êxodo, e Jr 7:24 a um período, digamos, perto do final das peregrinações pelo deserto. No propósito do seu coração malvado (24); literalmente, na teimosia; ver Jr 3:17. A forma mais abreviada, nos Setenta, dos versículos 27:28 talvez seja preferível: "Dir-lhes-ás esta palavra".

    >Jr 7:29

    3. LUTO NACIONAL (Jr 7:29-8.3). O apelo ao povo para que pranteie baseia-se no fato de Jeová ter rejeitado aquela geração. No vers. 29 não vem ninguém mencionado, mas o verbo em hebraico é feminino, o que aponta para Jerusalém ou para a nação personificada. Cortar o cabelo era sinal de luto profundo (traduzindo à letra, "corta a coroa"); ver 1:20; Mq 1:16. Alguns comentadores descortinam aqui uma referência ao voto do nazireado (Nu 6:7). Jerusalém quebrara os seus votos, e assim, como o nazireu infiel, mais lhe valia cortar o cabelo, símbolo e sinal desse estado. Puseram as suas abominações (30); 2Rs 21:5 conta-nos que Manassés profanou assim o templo. Tofete (31) (a Septuaginta: "lugar alto") significa provavelmente "lareira" (tefath); ver Is 30:33. Para denotar o sentimento de horror despertado pelo costume pagão de sacrificar crianças, as vogais da palavra original, tefath, foram transformadas de forma que ela fosse lida e pronunciada tofet. Foi por este processo paralelo que o termo melec se transformou em Molec, uma divindade pagã, isto é, utilizando as vogais de boseth (vergonha). Esta última palavra é também freqüentemente empregada por Baal (senhor), isto é, Is-boseth por Is-baal. Ofereciam-se sacrifícios de crianças ao ídolo Molec, e, para os adoradores de Jeová, o termo "molec", que significava "vergonha", exprimia adequadamente o seu horror. O vale de Ben-Hinom ficava do lado oposto do vale de Quedrom. Era aqui que se realizavam esses sacrifícios abomináveis, pelo que o vale de Ben-Hinom passou a ter um apelativo vergonhoso. A visão que torturava Jeremias era a desse lugar imundo atulhado de cadáveres. Esse culto abominável estava assim relacionado com a morte. O seu santuário tornar-se-ia no seu cemitério. Muito a propósito, portanto, no vers. 31 Jeremias diz que a sua origem nunca foi o coração de Deus. Geena (ge, vale), sinônimo de inferno, deriva deste toponímico. Ninguém os espantará (33), ou, melhor, ninguém os assustará e porá em fuga.


    Dicionário

    Chama

    substantivo feminino Mistura luminosa, incandescente e gasosa que, junto de luz e de energia térmica, se forma com o fogo, numa combustão.
    Por Extensão Incêndio; fogo excessivo e permanente: o prédio estava em chamas!
    Por Extensão Luz; em que há luminosidade: a chama do lampião iluminava o sarau.
    Figurado Entusiasmo; excesso de vigor, de paixão: a chama da juventude.
    Etimologia (origem da palavra chama). Do latim flamma.ae.
    substantivo feminino Chamada; ação de chamar, de dizer o nome de uma pessoa, esperando que ela responda: chama o garçom, por favor!
    [Brasil] Atrativo; o que se destaca em relação aos demais.
    substantivo masculino Pio; instrumento musical de sopro que imita o canto.
    Aves. Pássaro que se amarra pelo pé para atrair outro para a armadilha.
    Etimologia (origem da palavra chama). Forma regressiva de chamar.

    flama, labareda, fogueira, incêndio, lume, fogo; faísca, fagulha, chispa, centelha. – Chama é, segundo Lacerda, “a parte mais luminosa do fogo, e que se levanta em forma piramidal acima do corpo que arde. – Flama tem a mesma significação (é a forma erudita do latim flamma, de que chama é a forma popular), porém é palavra preferível para o estilo culto, porque a palavra chama se tornou vulgar. – Labareda designa grande chama, que se eleva e ondeia em línguas de fogo. – Lume exprime propriamente o que dá luz e claridade; e fogo, o que causa calor, queima e abrasa. No uso vulgar confundem-se estas palavras; mas, no sentido translato, deve notar-se com cuidado a diferença que há entre uma e outra. Dizemos – o lume da razão, mas não se pode dizer – o fogo da razão. Dizemos – o fogo da mocidade, mas não se dirá – o lume da mocidade. É certo que se diz – o lume, ou – o fogo dos olhos; mas é porque nos olhos há estas duas propriedades, pois que, ou cintilam e dão luz, como o lume; ou queimam, e comunicam o calor e ardor da paixão, como o fogo. Todavia, é mais correto dizer – o fogo, do que – o lume dos olhos. – Fogueira é, por assim dizer, o resultado do fogo: é o fogo aplicado à matéria combustível (e a esta circunscrito – como diz muito bem Bruns.); é essa matéria acesa, em ala, e grande labareda ou brasido”. – Incêndio é “grande fogo ou fogueira que se alastra e devora”. – Faísca, fagulha, chispa e centelha designam todas “pequenas porções de fogo ou de matéria inflamada que se desprendem de fogo maior”. – Chispa dá ideia da rapidez com que a partícula ardente se desprende; e centelha dá ideia da luz produzida pela fagulha (e é como se se dissesse – partícula de chama).

    Não

    advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
    Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
    Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
    Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
    Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
    substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
    Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

    advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
    Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
    Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
    Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
    Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
    substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
    Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

    Palavras

    fem. pl. de palavra

    pa·la·vra
    (latim parabola, -ae)
    nome feminino

    1. [Linguística] [Linguística] Unidade linguística com um significado, que pertence a uma classe gramatical, e corresponde na fala a um som ou conjunto de sons e na escrita a um sinal ou conjunto de sinais gráficos. = TERMO, VOCÁBULO

    2. Mensagem oral ou escrita (ex.: tenho que lhe dar uma palavra).

    3. Afirmação ou manifestação verbal.

    4. Permissão de falar (ex.: não me deram a palavra).

    5. Manifestação verbal de promessa ou compromisso (ex.: confiamos na sua palavra).

    6. Doutrina, ensinamento.

    7. Capacidade para falar ou discursar.

    interjeição

    8. Exclamação usada para exprimir convicção ou compromisso.


    dar a sua palavra
    Prometer, comprometer-se.

    de palavra
    Que cumpre aquilo que promete; em que se pode confiar (ex.: governante de palavra).SEM PALAVRA

    de poucas palavras
    Que fala pouco (ex.: herói de poucas palavras). = CALADOFALADOR

    palavra de ordem
    Palavra ou conjunto de palavras que serve para marcar uma posição para reivindicar algo, geralmente pela repetição.

    palavra de honra
    Exclamação usada para exprimir convicção ou compromisso (ex.: ninguém vende mais barato, palavra de honra!). = PALAVRA

    Manifestação verbal de promessa ou compromisso (ex.: dou-lhe a minha palavra de honra, não se vai arrepender). = PALAVRA

    palavra gramatical
    Gramática Palavra que não tem valor semântico ou referente externo e expressa uma relação gramatical, como, por exemplo, as preposições ou as conjunções.

    palavra primitiva
    Gramática Palavra que não é formada a partir de outra da mesma língua e que serve de base à formação de outras palavras.

    palavras cruzadas
    Jogo ou passatempo em que se deve preencher uma grelha de palavras que se entrecruzam de forma vertical e horizontal, a partir de pistas.

    passar a palavra
    Dizer a mais pessoas para que se conheça. = DIFUNDIR, DIVULGAR

    retirar a palavra
    Retractar-se.

    Não deixar continuar no uso da palavra, geralmente em assembleia deliberativa.

    sem palavra
    Que não cumpre aquilo que promete; em que não se pode confiar (ex.: homem sem palavra).DE PALAVRA

    tirar a
    (s): palavra
    (s): da boca de alguém
    Anteceder-se à fala de outra pessoa, dizendo o que ela prentendia dizer.

    última palavra
    Decisão definitiva (ex.: nós demos a nossa opinião, mas a última palavra é dele).

    voltar com a palavra atrás
    Negar o que disse anteriormente. = DESDIZER-SE

    Não cumprir o prometido. = DESDIZER-SE


    fem. pl. de palavra

    pa·la·vra
    (latim parabola, -ae)
    nome feminino

    1. [Linguística] [Linguística] Unidade linguística com um significado, que pertence a uma classe gramatical, e corresponde na fala a um som ou conjunto de sons e na escrita a um sinal ou conjunto de sinais gráficos. = TERMO, VOCÁBULO

    2. Mensagem oral ou escrita (ex.: tenho que lhe dar uma palavra).

    3. Afirmação ou manifestação verbal.

    4. Permissão de falar (ex.: não me deram a palavra).

    5. Manifestação verbal de promessa ou compromisso (ex.: confiamos na sua palavra).

    6. Doutrina, ensinamento.

    7. Capacidade para falar ou discursar.

    interjeição

    8. Exclamação usada para exprimir convicção ou compromisso.


    dar a sua palavra
    Prometer, comprometer-se.

    de palavra
    Que cumpre aquilo que promete; em que se pode confiar (ex.: governante de palavra).SEM PALAVRA

    de poucas palavras
    Que fala pouco (ex.: herói de poucas palavras). = CALADOFALADOR

    palavra de ordem
    Palavra ou conjunto de palavras que serve para marcar uma posição para reivindicar algo, geralmente pela repetição.

    palavra de honra
    Exclamação usada para exprimir convicção ou compromisso (ex.: ninguém vende mais barato, palavra de honra!). = PALAVRA

    Manifestação verbal de promessa ou compromisso (ex.: dou-lhe a minha palavra de honra, não se vai arrepender). = PALAVRA

    palavra gramatical
    Gramática Palavra que não tem valor semântico ou referente externo e expressa uma relação gramatical, como, por exemplo, as preposições ou as conjunções.

    palavra primitiva
    Gramática Palavra que não é formada a partir de outra da mesma língua e que serve de base à formação de outras palavras.

    palavras cruzadas
    Jogo ou passatempo em que se deve preencher uma grelha de palavras que se entrecruzam de forma vertical e horizontal, a partir de pistas.

    passar a palavra
    Dizer a mais pessoas para que se conheça. = DIFUNDIR, DIVULGAR

    retirar a palavra
    Retractar-se.

    Não deixar continuar no uso da palavra, geralmente em assembleia deliberativa.

    sem palavra
    Que não cumpre aquilo que promete; em que não se pode confiar (ex.: homem sem palavra).DE PALAVRA

    tirar a
    (s): palavra
    (s): da boca de alguém
    Anteceder-se à fala de outra pessoa, dizendo o que ela prentendia dizer.

    última palavra
    Decisão definitiva (ex.: nós demos a nossa opinião, mas a última palavra é dele).

    voltar com a palavra atrás
    Negar o que disse anteriormente. = DESDIZER-SE

    Não cumprir o prometido. = DESDIZER-SE


    Responder

    verbo transitivo direto e transitivo indireto Dar resposta ao que é dito, escrito ou perguntado: respondeu o que lhe ocorreu; respondeu ao professor a questão.
    Contestar uma pergunta; replicar: respondeu bem.
    verbo intransitivo Questionar em vez de obedecer; resmungar: vá e não responda!
    Repetir o som: o cão latiu e os vizinhos responderam.
    verbo transitivo indireto Fazer-se sentir por repercussão: a dor do braço me responde na cabeça.
    Apresentar razões contra; revidar: responder a uma objeção.
    Enviar resposta: responder a uma pessoa, a uma carta.
    Oferecer em troca de; retribuir: responder a uma gentileza.
    Assumir uma responsabilidade; responsabilizar-se: responde pelo irmão.
    Ter uma ação contrária, oposta a; reagir: responder à dor.
    Etimologia (origem da palavra responder). Do latim respondere.

    responder
    v. 1. tr. dir. Dizer ou escrever em resposta. 2. tr. ind. e Intr. Dar resposta. 3. tr. ind. Ser respondão. 4. tr. ind. Aduzir argumentos contra. 5. tr. ind. Pôr em contraposição. 6. Intr. Repetir a voz, o so.M 7. tr. ind. Ficar por fiador de alguém; responsabilizar-se por. 8. tr. ind. Estar em harmonia; ser igual; condizer. 9. tr. ind. Retribuir equivalentemente. 10. tr. ind. Defrontar, opor-se. 11. tr. ind. Estar defronte; opor-se.

    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    Jeremias 7: 27 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    Dir-lhes-ás, pois, todas estas palavras, mas não te darão ouvidos; chamá-los-ás, mas não te responderão.
    Jeremias 7: 27 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    627 a.C.
    H1696
    dâbar
    דָבַר
    E falou
    (And spoke)
    Verbo
    H1697
    dâbâr
    דָּבָר
    discurso, palavra, fala, coisa
    (and speech)
    Substantivo
    H3605
    kôl
    כֹּל
    cada / todo
    (every)
    Substantivo
    H3808
    lôʼ
    לֹא
    não
    (not)
    Advérbio
    H413
    ʼêl
    אֵל
    até
    (unto)
    Prepostos
    H428
    ʼêl-leh
    אֵלֶּה
    Estes [São]
    (These [are])
    Pronome
    H6030
    ʻânâh
    עָנָה
    E respondido
    (And answered)
    Verbo
    H7121
    qârâʼ
    קָרָא
    E liguei
    (And called)
    Verbo
    H8085
    shâmaʻ
    שָׁמַע
    ouvir, escutar, obedecer
    (And they heard)
    Verbo
    H853
    ʼêth
    אֵת
    -
    ( - )
    Acusativo


    דָבַר


    (H1696)
    dâbar (daw-bar')

    01696 דבר dabar

    uma raiz primitiva; DITAT - 399; v

    1. falar, declarar, conversar, comandar, prometer, avisar, ameaçar, cantar
      1. (Qal) falar
      2. (Nifal) falar um com o outro, conversar
      3. (Piel)
        1. falar
        2. prometer
      4. (Pual) ser falado
      5. (Hitpael) falar
      6. (Hifil) levar embora, colocar em fuga

    דָּבָר


    (H1697)
    dâbâr (daw-baw')

    01697 דבר dabar

    procedente de 1696; DITAT - 399a; n m

    1. discurso, palavra, fala, coisa
      1. discurso
      2. dito, declaração
      3. palavra, palavras
      4. negócio, ocupação, atos, assunto, caso, algo, maneira (por extensão)

    כֹּל


    (H3605)
    kôl (kole)

    03605 כל kol ou (Jr 33:8) כול kowl

    procedente de 3634; DITAT - 985a; n m

    1. todo, a totalidade
      1. todo, a totalidade de
      2. qualquer, cada, tudo, todo
      3. totalidade, tudo

    לֹא


    (H3808)
    lôʼ (lo)

    03808 לא lo’

    ou לו low’ ou לה loh (Dt 3:11)

    uma partícula primitiva; DITAT - 1064; adv

    1. não
      1. não (com verbo - proibição absoluta)
      2. não (com modificador - negação)
      3. nada (substantivo)
      4. sem (com particípio)
      5. antes (de tempo)

    אֵל


    (H413)
    ʼêl (ale)

    0413 אל ’el (mas usado somente na forma construta reduzida) אל ’el

    partícula primitiva; DITAT - 91; prep

    1. para, em direção a, para a (de movimento)
    2. para dentro de (já atravessando o limite)
      1. no meio de
    3. direção a (de direção, não necessariamente de movimento físico)
    4. contra (movimento ou direção de caráter hostil)
    5. em adição a, a
    6. concernente, em relação a, em referência a, por causa de
    7. de acordo com (regra ou padrão)
    8. em, próximo, contra (referindo-se à presença de alguém)
    9. no meio, dentro, para dentro, até (idéia de mover-se para)

    אֵלֶּה


    (H428)
    ʼêl-leh (ale'-leh)

    0428 אל לה ’el-leh

    forma alongada de 411; DITAT - 92; pron p demonstr

    1. estes, estas
      1. usado antes do antecedente
      2. usado após o antecedente

    עָנָה


    (H6030)
    ʻânâh (aw-naw')

    06030 ענה ̀anah

    uma raiz primitiva; DITAT - 1650,1653; v.

    1. responder, replicar, testificar, falar, gritar
      1. (Qal)
        1. responder, replicar
        2. testificar, responder como testemunha
      2. (Nifal)
        1. dar resposta
        2. ser respondido, receber resposta
    2. (Qal) cantar, exprimir de forma melodiosa
    3. (Qal) habitar

    קָרָא


    (H7121)
    qârâʼ (kaw-raw')

    07121 קרא qara’

    uma raiz primitiva [idêntica a 7122 com a idéia de dirigir-se a uma pessoa ao encontrála]; DITAT - 2063; v.

    1. chamar, clamar, recitar, ler, gritar, proclamar
      1. (Qal)
        1. chamar, gritar, emitir um som alto
        2. chamar, gritar (por socorro), invocar (o nome de Deus)
        3. proclamar
        4. ler em voz alta, ler (para si mesmo), ler
        5. convocar, convidar, requerer, chamar e encarregar, designar, chamar e dotar
        6. chamar, nomear, colocar nome em, chamar por
      2. (Nifal)
        1. chamar-se
        2. ser chamado, ser proclamado, ser lido em voz alta, ser convocado, ser nomeado
      3. (Pual) ser chamado, ser nomeado, ser evocado, ser escolhido

    שָׁמַע


    (H8085)
    shâmaʻ (shaw-mah')

    08085 שמע shama ̀

    uma raiz primitiva; DITAT - 2412, 2412a v.

    1. ouvir, escutar, obedecer
      1. (Qal)
        1. ouvir (perceber pelo ouvido)
        2. ouvir a respeito de
        3. ouvir (ter a faculdade da audição)
        4. ouvir com atenção ou interesse, escutar a
        5. compreender (uma língua)
        6. ouvir (referindo-se a casos judiciais)
        7. ouvir, dar atenção
          1. consentir, concordar
          2. atender solicitação
        8. escutar a, conceder a
        9. obedecer, ser obediente
      2. (Nifal)
        1. ser ouvido (referindo-se a voz ou som)
        2. ter ouvido a respeito de
        3. ser considerado, ser obedecido
      3. (Piel) fazer ouvir, chamar para ouvir, convocar
      4. (Hifil)
        1. fazer ouvir, contar, proclamar, emitir um som
        2. soar alto (termo musical)
        3. fazer proclamação, convocar
        4. levar a ser ouvido n. m.
    2. som

    אֵת


    (H853)
    ʼêth (ayth)

    0853 את ’eth

    aparentemente uma forma contrata de 226 no sentido demonstrativo de entidade; DITAT - 186; partícula não traduzida

    1. sinal do objeto direto definido, não traduzido em português mas geralmente precedendo e indicando o acusativo