Enciclopédia de Lamentações de Jeremias 5:1-1

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

lm 5: 1

Versão Versículo
ARA Lembra-te, Senhor, do que nos tem sucedido; considera e olha para o nosso opróbrio.
ARC LEMBRA-TE, Senhor do que nos tem sucedido: considera, e olha para o nosso opróbrio.
TB Lembra-te, Jeová, do que nos tem acontecido;
HSB זְכֹ֤ר יְהוָה֙ מֶֽה־ הָ֣יָה לָ֔נוּ [הביט] (הַבִּ֖יטָה) וּרְאֵ֥ה אֶת־ חֶרְפָּתֵֽנוּ׃
BKJ Lembra-te, ó -SENHOR, do que nos sobreveio; considera e contempla a nossa desonra.
LTT Lembra-te, ó SENHOR, do que nos tem sucedido; considera, e olha o nosso opróbrio.
BJ2 Lembra-te, Iahweh, do que nos sucedeu, vê e considera o nosso opróbrio!
VULG Recordare, Domine, quid acciderit nobis ; intuere et respice opprobrium nostrum.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Lamentações de Jeremias 5:1

Neemias 1:3 E disseram-me: Os restantes, que não foram levados para o cativeiro, lá na província estão em grande miséria e desprezo, e o muro de Jerusalém, fendido, e as suas portas, queimadas a fogo.
Neemias 1:8 Lembra-te, pois, da palavra que ordenaste a Moisés, teu servo, dizendo: Vós transgredireis, e eu vos espalharei entre os povos.
Neemias 4:4 Ouve, ó nosso Deus, que somos tão desprezados, e caia o seu opróbrio sobre a sua cabeça, e faze com que sejam um despojo, numa terra de cativeiro.
Jó 7:7 Lembra-te de que a minha vida é como o vento; os meus olhos não tornarão a ver o bem.
Jó 10:9 Peço-te que te lembres de que, como barro, me formaste, e de que ao pó me farás tornar.
Salmos 44:13 Tu nos fazes o opróbrio dos nossos vizinhos, o escárnio e a zombaria daqueles que estão à roda de nós.
Salmos 74:10 Até quando, ó Deus, nos afrontará o adversário? Blasfemará o inimigo o teu nome para sempre?
Salmos 79:4 Estamos feitos o opróbrio dos nossos vizinhos, o escárnio e a zombaria dos que estão à roda de nós.
Salmos 79:12 E aos nossos vizinhos, deita-lhes no regaço, setuplicadamente, a sua injúria com que te injuriaram, Senhor.
Salmos 89:50 Lembra-te, Senhor, do opróbrio dos teus servos; e de como trago no meu peito o escárnio de todos os povos poderosos,
Salmos 123:3 Tem piedade de nós, ó Senhor, tem piedade de nós, pois estamos assaz fartos de desprezo.
Jeremias 15:15 Tu, ó Senhor, o sabes; lembra-te de mim, e visita-me, e vinga-me dos meus perseguidores; não me arrebates, por tua longanimidade; sabe que, por amor de ti, tenho sofrido afronta.
Lamentações de Jeremias 1:20 Olha, Senhor, quanto estou angustiada; turbada está a minha alma, o meu coração está transtornado no meio de mim, porque gravemente me rebelei; fora, me desfilhou a espada, dentro de mim está a morte. Chim.
Lamentações de Jeremias 2:15 Todos os que passam pelo caminho batem palmas, assobiam e meneiam a cabeça sobre a filha de Jerusalém, dizendo: É esta a cidade que denominavam perfeita em formosura, gozo de toda a terra? Pê.
Lamentações de Jeremias 2:20 Vê, ó Senhor, e considera a quem fizeste assim! Hão de as mulheres comer o fruto de si mesmas, as crianças que trazem nos braços? Ou matar-se-á no santuário do Senhor o sacerdote e o profeta? Chim.
Lamentações de Jeremias 3:19 Lembra-te da minha aflição e do meu pranto, do absinto e do fel.
Lamentações de Jeremias 3:61 Ouviste as suas afrontas, Senhor, todos os seus pensamentos contra mim;
Habacuque 3:2 Ouvi, Senhor, a tua palavra e temi; aviva, ó Senhor, a tua obra no meio dos anos, no meio dos anos a notifica; na ira lembra-te da misericórdia.
Lucas 23:42 E disse a Jesus: Senhor, lembra-te de mim, quando entrares no teu Reino.

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Lamentações de Jeremias Capítulo 5 do versículo 1 até o 22
SEÇÃO V

A ORAÇÃO DE UMA NAÇÃO PENITENTE

Lamentações 5:1-22

Nesse poema de encerramento não há um acróstico alfabético. No entanto, temos 22 versículos, indicativos de que esses cinco poemas fazem parte de um todo. Esse capítulo se assemelha mais a uma oração do que a uma canção de lamento. Embora grande parte do texto seja um recital das misérias que o povo tem passado, eles são enumerados para clamar pela compaixão de Deus e para receber sua ajuda. Elas são usadas como uma confissão (recitadas pela congregação) para levar o povo a humilhar-se e confessar seus pecados e lançar-se nos braços misericordiosos de Deus. O poeta clama ao Senhor para olhar com misericórdia para a condição miserável deles. Ele reconhece que suas aflições são resultado do pecado (7). Há muito pesar e tristeza por causa dessas coisas, e pela condição desoladora de Sião. A única esperança deles surge do fato de que, diferentemen-te dos tronos da terra, o trono de Deus é eterno, e Ele é plenamente confiável na sua forma de agir com os homens.

A. O APELO FINAL, 5:1-6

Lembra-te, Senhor (1). Há mais nesse lembra-te do que possa aparentar superfi-cialmente. Essa expressão faz parte de uma linguagem de oração. Há nela um sentido de grande urgência. É uma linguagem que respira esperança e fé. Ela implica em que, se a atenção e a consideração de Deus podem ser obtidas, a ajuda logo estará a caminho.

Nesse apelo fervoroso, Jeremias chama a atenção de Deus para o sofrimento e opró-brio que seu povo escolhido tem passado. Estranhos e forasteiros (2) têm ocupado a herdade (terra) e as casas que Deus lhes tinha dado. O povo de Deus estava desampara-do como órfãos e viúvas (3) que não tinham pais ou maridos para defendê-los. As coisas mais necessárias da vida precisam ser compradas dos seus captores: nossa água por dinheiro [...] por preço vem a nossa lenha (4). Acaso precisavam pagar pela água das suas próprias cisternas? Se esse é um quadro de Judá após a queda de Jerusalém, é possí-vel que esse seja o caso. O jugo de servidão era especialmente doloroso: Os nossos perse-guidores estão sobre os nossos pescoços (5). Eles eram forçados a trabalhar constan-temente para os seus inimigos, e não tinham tempo para descansar. A humilhação de ter de estender as mãos (submeter-se) aos egípcios e aos assírios para não morrer de fome, era quase mais do que podiam suportar. A menção dos egípcios e assírios simboliza os inimigos do leste e do oeste; i.e., eles estavam cercados de inimigos por todos os lados.

Judá faz seu apelo final com um forte clamor e com lágrimas. Parece não haver res-sentimento contra Deus pelo castigo sofrido, somente penitência e vergonha. O apelo é feito com a convicção de que, embora Deus tenha castigado, Ele também perdoará. Visto que obtiveram sua atenção, e Ele viu a aflição deles, seus sofrimentos não durarão para sempre. Deus também não permitirá que os opressores escapem ilesos, sem julgamento.

  • A CONFISSÃO COMPLETA, 5:7-18
  • O poeta confessa que há uma razão moral para o estado em que se encontra a nação: Nossos pais pecaram [...] nós levamos as suas maldades (7). Ele reconhece que havia uma solidariedade na nação judaica da qual nenhuma geração podia escapar. Os filhos sofriam pelos pecados dos pais. Eles eram escravizados pelos seus antigos servos (8). Eles obtinham seu pão com o perigo de suas vidas (9), por causa dos ladrões do deserto, os beduínos selvagens, que eram semelhantes a uma espada do deserto. A pele deles estava enegrecida como um forno (10) ; i.e., quente por causa da febre decor-rente da fome. Suas mulheres foram violentadas (11), seus príncipes e velhos (12), desonrados. Os jovens foram obrigados a moer nos moinhos (13), i.e., a fazer o trabalho das mulheres, e mesmo "os meninos cambaleiam sob o fardo de lenha" (NVI). Todo gozo (15) de viver havia desaparecido; só restava a lamentação. Prosperidade e honra desa-pareceram. Caiu a coroa da nossa cabeça (16) ; i.e., a soberania nacional e a condição de estado já não existiam mais para os judeus. A nação já não existe.

    O clímax dessa passagem é alcançado quando o próprio poeta confessa no lugar da sua geração: ai de nós, porque pecamos (16). Finalmente, toda a verdade é confessa-da! Jeremias não mais permitirá que Judá coloque toda a culpa na geração passada (nossos pais, 7), embora fosse culpada. Sempre é um bom sinal quando os homens pa-ram de confessar os pecados dos outros e começam a reconhecer sua própria culpa. E ele completa a confissão. Por causa do pecado, "toda a cabeça está enferma", e todo o nosso coração desmaiou (17; Is 1:5). Por causa do pecado, se escureceram os nossos olhos de tanto chorar. Por causa do pecado, Sião está assolada e em ruínas.

  • A ÚNICA ESPERANÇA, 5:19-22
  • Com a sua confissão completa, a esperança começa a ressurgir no coração do povo. Não mais preocupados consigo mesmos, pensamentos da grandeza de Deus começam a dominar suas mentes. Eles exultam: Tu, SENHOR, permaneces eternamente (19). Di-ferentemente dos deuses dos pagãos, o Senhor é o Eterno — o Deus Vivo. Todos os outros poderes e reinos podem desintegrar-se e cair, mas teu trono (seu governo moral sobre a humanidade) continua por todas as gerações. Tudo o mais pode desaparecer, mas Deus permanece! Nele encontramos refúgio para a alma! Nele nosso coração pode descansar em segurança! Nele existe uma base ampla para a esperança! "Visto que seu trono per-manece eternamente no céu, Ele não deixará seu reino sucumbir na terra".1 Portanto, para a psicologia hebraica, não parece ilógico o povo fazer um pedido por meio de uma pergunta: Por que nos desampararias por tanto tempo? (20). Debaixo da superfí-cie, a pergunta está repleta de esperança, porque está baseada na concepção hebraica do caráter de Deus.

    Os versículos 21:22 devem ser entendidos como uma unidade. Ela é expressa de maneira estranha para a mente moderna, mas no hebraico o significado pode ser discernido quando lido à luz do versículo 19. Visto que Deus é o eterno Governante moral do universo, seu povo pode ter esperança. É isso que ocorre nos últimos dois versículos do livro — o povo se lança, sem reservas, nos braços misericordiosos de Deus. Eles estão plenamente conscientes de que a submissão e a entrega são a única saída para sua difícil situação: "Converte-nos para ti, Senhor, para que sejamos convertidos [...] a não ser que já nos tenhas rejeitado inteiramente e estejas excessivamente irado contra nós" (21-22, lit.). O versículo 22 é de difícil interpretação, mas é quase certamente uma admissão de que Judá merece ser totalmente rejeitado. Contudo, o povo está cheio de esperança.

    Dessa forma, o livro termina com a nota de uma fé despreocupada — uma fé que se lança plenamente nos braços misericordiosos de um Deus eterno.


    Champlin

    Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
    Champlin - Introdução ao Capítulo 5 do Livro de Lamentações de Jeremias

    Quinta Lamentação: A Resposta do Remanescente. Confiança na Fidelidade de Deus (Lm 5:1-22)

    Lamentações 1:1-3.22 se encerram com uma oração, o que não acontece Lm 4. E Lm 5 pode ser visto então como essa oração de encerramento. De fato, este capítulo é mais uma oração que um lamento, embora tenha muitos elementos de lamentação. Essa oração descreve que tipo de respostas o povo tem de dar para ganhar o favor de Yahweh. Em primeiro lugar, o povo, em humildade e arrependimento, deve buscar a Deus e pedir-Lhe que considere a miserável condição deles, a fim de que, na Sua piedade, Ele a reverta (vss. 1-18). Além disso, há a chamada de Deus para restaurar Judá (vss, 19-22). As bênçãos do pacto deveríam cumprir-se (Deu. 30:1-10).

    “Neste poema, encontramos a oração da nação pedindo compaixão, e não uma lamentação autêntica. Na Vulgata Latina, o capítulo tem o título: ‘Uma oração do profeta Jeremias’. O vs. 3 indica que o autor estava vivendo na Palestina, entre o remanescente que ficara na região. Ele se demorou nas suas condições miseráveis como base da compaixão" (Theophile J. Meek, in loc.). Este poema final não emprega o método acróstico como os outros. Quanto a isso, ver a introdução ao Salmo 34.


    Champlin - Comentários de Lamentações de Jeremias Capítulo 5 do versículo 1 até o 18

    Lm 5:1-18

    Lembra-te, Senhor, do que nos tem sucedido. Se Yahweh lembrasse o Seu povo e visse sua condição de miséria, poderia deixar de lado Sua indiferença (ver Sl 10:1; Sl 28:1; Sl 15:3) e aliviar-lhe os sofrimentos. Esse é o tema principal dos vss. Lm 5:1-18). O Deus que vê e simpatiza também seria um Deus que age para mudar as coisas. Conforme o versículo com Sl 89:50,Sl 89:51. Este capítulo repete os “ais” de Judá, à espera do remédio da compaixão de Deus.

    Lm 5:2

    A nossa herança passou a estranhos. Parte da herança dos judeus era a Terra Prometida, o lugar onde eles deviam viver. Mas era também o próprio Yahweh, a herança espiritual, o templo e seu culto que unia Judá e a tornava uma nação única. Naturalmente, Judá abandonou essa herança, tendo-se voltado para a idolatria-adultério-apostasia. Ver Sl 79:1, onde Israel é a herança de Deus. Está em vista aqui, particularmente, a herança física de Judá, o território, bem como suas casas, que eles tinham construído na Terra Prometida. Conforme Ex 23:30 e Lv 20:24. Mas os babilônios tomaram essa herança. Eles são chamados de estrangeiros, destituído do direito de fazer o que fizeram, e cerlamente a Palestina não lhes pertencia, em sentido algum. Mas os pecados de Judá fizeram os judeus ser deserdados. A maioria das casas dos príncipes e dos oficiais foi incendiada (Jr 52:13), mas mesmo assim havia edificações em número suficiente para abrigar os invasores. A herança da Terra Prometida era uma importante provisão do pacto abraâmico (ver Gn 15:18). Os apóstatas haviam abandonado o pacto, pelo que foram abandonados e sua terra foi entregue a estrangeiros.

    Lm 5:3

    Somos órfãos, já não temos pai. Os poucos sobreviventes judeus perderam, literalmente, seus pais, pelo que agora eram órfãos, e os poucos pais que sobreviveram perderam seus preciosos filhos. Poucas mulheres continuaram casadas, pois seus maridos foram mortos, e a maioria das mulheres casadas agora eram viúvas. As mulheres mais bonitas foram levadas para engrossar os haréns da Babilônia, e as mulheres não tão bonitas foram submetidas a trabalho escravo. Ademais, o Marido de Judá abandonou, desgostoso, o Seu povo, pelo que, espiritualmente falando, Judá foi deixada na viuvez. Em Israel, os membros da sociedade mais carentes eram os órfãos e as viúvas (ver os comentários sobre Lm 1:1). Mas aquele versículo salienta, principalmente, a viuvez espiritual, que acabo de mencionar. Ver também Jr 3:19 quanto a esse tema.

    Lm 5:4,Lm 5:5

    A nossa água por dinheiro a bebemos. O pescoço dos vencidos foi pisado pelas botas dos babilônios. (Vs. 5). Alguns pensam que a metáfora é o jugo adicionado pela Revised Standard Version. Perseguições e labor forçado macularam a vida dos poucos sobreviventes. “O poeta estava frisando a completa vassalagem e degradação do povo" (Theophile J. Meek, in loc.). Essa servidão aumentou devido ao fato de que eles tinham de pagar pela água e pela lenha (vs. Lm 5:4). Eles pagavam essas coisas com o trabalho, e vendendo ou negociando qualquer item de valor que tivesse restado, em troca de alimentos, água e lenha. “A perseguição e o medo seguiam-lhes os calcanhares (conforme Deu. 28:65-67; Ez 5:2,Ez 5:12)" (Charles H. Dyer, in loc.).

    Conforme estes versículos com Sl 66:12; Is 51:23 e Js 10:24. Essa questão de pagarem pelas necessidades básicas pode referir-se ao tributo forçado que foi imposto aos poucos judeus que restauram em Judá. Ou então tudo passou a ser taxado. Aben Ezra mistura as idéias dos vss. Lm 5:4 e 5: “Se carregamos água ou lenha em nossas costas, o inimigo nos persegue; eles nos tomam os nossos haveres”. Seja como for, os judeus foram forçados a trabalhar dia e noite, e não tinham descanso, nem mesmo nos dias de sábado. Portanto, o trabalho de uma semana deixava-os literalmente exaustos. Uma servidão do tipo egípcio tornou-se a maneira de vida dos sobreviventes.

    Eles nos fazem trabalhar duro como se fôssemos animais, com jugo no pescoço. Ficamos cansados e não temos descanso.

    (NCV)

    Lm 5:6,Lm 5:7

    Submetemo-nos aos egípcios e aos assírios. Os pais, que haviam pecado, “não mais existiam”. Tinham deixado o palco da vida, mas seus descendentes eram pecadores ativos, como haviam sido seus pais, na época deles. A idolatria, naturalmente, é o principal pecado destacado, quer dos pais, quer de seus descendentes. Os que viveram no passado distante receberam formas de juízo da parte de Yahweh, e agora os que viviam nos dias de Jeremias deviam suportar o látego babilônico (vs. Lm 5:6). Alguns deles escaparam e foram para o Egito ou para o território da antiga Assíria. É possivel que os dois nomes locativos (vs. Lm 5:6) visem somente dar direções gerais: o Ocidente e o Oriente. Os que escaparam tiveram de trabalhar arduamente naqueles lugares, somente para sobreviver. Assim, não tinham uma vida fácil e satisfatória. Mas o vs. Lm 5:6 é entendido por alguns eruditos como as alianças feitas com potências estrangeiras para garantir o simples suprimento de pão.

    Além disso, a Assiria podia apontar para a Babilônia, pois esta ocupou os territórios essenciais da potência anterior, Nesse caso, está em foco a servidão. Os judeus trabalhavam como escravos apenas para continuar comendo e vivendo. Cf, este versículo com Jr 50:15. Mas a referência ao Egito quase certamente diz respeito aos fugitivos judeus que se dirigiram ao local para escapar dos babilônios. Ver Jr 52:14. O sentido geral é que os vários sobreviventes sofreram sortes variegadas, embora todas más. Desse modo, foram severamente julgados, por continuarem no pecado (especíalmente a idolatria) de seus antepassados.

    Lm 5:8
    Escravos dominam sobre nós. Que o leitor acompanhe estes pontos:
    1. É provável que aqui os escravos sejam os oficiais do governo babiiônico, por serem apenas servos de Nabucodonosor. Alguns deles podiam ter sido escravos anos antes, pois não era incomum que os servos se elevassem a altas posições, caso mostrassem ser pessoas habilidosas. Conforme sobre Tobias, o escravo, em Ne 2:10,Ne 2:19.

    2. Alguns crêem que esses escravos não eram os oficiais, mas os escravos literais dos oficiais, que foram delegados para dirigir os judeus escravizados. "Escravos sob os governadores caldeus governavam os judeus (Ne 5:15). Israel, que tinha sido um reino de sacerdotes (Ex 19:6), tomou-se um escravo de escravos, de acordo com a maldição de Gn 9:25” (Fausset, in loc.).

    3. Outra idéia aqui é que o restante dos judeus, em Judá, passou a ser governado por baixos oficiais de nenhuma potência especial, enviados pelos babilônios àquele lugar, que não merecia receber grane atenção.
    4. Adam Clarke (in loc.) pensa que os soldados babilônios estão em vista, pois eles não eram muito mais que escravos do império.

    Lm 5:9

    Com perigo de nossas vidas providenciamos o nosso pão. Que o leitor acompanhe os seguintes pontos enumerados:

    1. Quando Jerusalém caiu, alguns judeus fugiram para o deserto e tentaram manter a vida ali. Mas foram atacados pelas tribos beduínas, que se ressentiam da presença deles.
    2. Ou então, ladrões, sabendo que havia fugitivos estabelecidos naquelas paragens solitárias, resolveram atacá-los, já que eles eram totalmente incapazes de defender-se. O simples fato de ficar vivo e comer tinha-se tornado uma aventura perigosa, tal era a turbulência daqueles dias.

    3. Ou então os poucos sobreviventes que permaneceram em Judá (por não terem fugido) foram atacados por gangues errantes, tanto nos lugares onde viviam como nos lugares aonde iam em busca de suprimentos básicos. A expressão “espada do deserto” provavelmente refere-se aos assaltantes árabes, bandidos sanguinários do deserto que viviam errantes procurando qualquer oportunidade de mostrar-se maléficos. Conforme Jr 40:14. Ver também Dt 28:31.

    Lm 5:10

    Nossa pele se esbraseia como um forno. Que o leitor acompanhe os pontos seguintes:

    1. O trio terrível, espada-fome-pestilência, quase aniquilou os judeus. Ver Jr 14:12; Jr 24:10; Jr 29:17; Jr 38:2; Jr 42:17 e Jr 44:13. Aqui a fome é enfatizada. A agricultura do país foi destruída, tal como foram destruídos os agricultores, pelo que não havia suprimentos alimentares nas cidades. Os desnutridos judeus foram vítimas de várias enfermidades; e talvez a febre tenha sido destacada aqui como um dos miseráveis resultados da febre e da fome.

    2. O forno aqui referido é o corpo, e não os ventos quentes que varriam a desolação, idéia que alguns estudiosos têm apresentado.

    3. Ou então os ventos requeimantes devem ser entendidos como uma metáfora do forno. Condições climáticas agravavam a fome e faziam os famintos sofrer ainda mais. Concordando com a segunda dessas idéias, Charles H. Dyer (in loc.) disse: “A pele dos judeus era febril, devido à ausência de alimentos adequados (conforme Lm 4:8)”. “A fome resseca os poros, e a pele torna-se como se fosse sabrecada pelo sol (30:30; Sl 119:83)” (Fausset, in loc.).

    Lm 5:11

    Forçaram as mulheres em Sião. O estupro sempre foi e continua sendo um procedimento padrão na guerra. Ter acesso fácil às mulheres de uma cidade capturada fazia parte do salário dos soldados. O saque é outra porção do pagamento dos que arriscam a vida. Homero diz-nos que os gregos, quando foram a Tróia para recuperar Helena, que tinha sido sequestrada, entraram em um pacto de que não retornariam à sua terra nativa sem terem estuprado alguma esposa troiana. Como é claro, eies fizeram isso por vingança, mas tal coisa poderia ter sido feita mesmo que a “causa" da guerra não fosse o seqüestro de Helena. Uma vez consumado o estupro, as mulheres selecionadas foram enviadas para engrossar os haréns da Babilônia. E as mulheres de beleza secundária tornaram-se escravas das damas babilônicas. A última parte do versículo mostra que as virgens não escaparam do estupro em massa. “Esse mal foi predito por Moisés (ver Dt 28:30,Dt 28:32) e também por Jeremias (Jr 6:12)” (Adam Clarke, in loc.). Ver também Zc 14:2.

    Lm 5:12
    Os príncipes foram por eles enforcados. Que o leitor acompanhe os pontos seguintes:
    1. Os que tinham liderado a rebelião contra a Babilônia receberam um tratamento destituído de misericórdia, como ser pendurados pelas mãos e ali ficar até morrer de fome ou de exposição às condições atmosféricas. Até os líderes mais velhos receberam tão desumano tratamento, pois a idade avançada deles não foi respeitada.
    2. A crucificação não está em vista aqui, embora alguns tenham pensado nisso. Nem a impaiação parece estar em vista, embora essa fosse uma forma comum de execução na época.

    3. Alguns reduzem a desgraça a ter o corpo pendurado, para ficar expostos na presença de outros e para que as aves dos céus o comessem. Conforme I Sam. 31.10-12. Sabe-se que esse era um ato comum de humilhação aplicado por assírios e babilônios.

    4. Se as mãos que figuram em algumas versões são as mãos dos babilônios, então estão em foco as atrocidades que eles praticaram contra os judeus. O enforcamento pode estar então em vista, “Era costume dos persas, depois de executar um homem, decapitá-lo e pendurar o corpo em um poste... (Heródoto, Hist., lib.ví, cap. 30, lib. vii.c.238)” (Adam Clarke, in loc.).

    Lm 5:13
    Os jovens levaram a mó. Os jovens, e até mesmo meros meninos, foram submetidos a trabalho escravo, sendo postos a fazer funcionar a pedra de moinho ou a carregar pesadas cargas de lenha ou coisas parecidas. As guerras antigas eram sempre a principal fonte de trabalho escravo, uma importante atividade internacional. Hoje em dia as pessoas são reduzidas a “escravidão do salário”, e não têm vida melhor que os escravos antigos. De fato, muitos assalariados vivem em piores condições que os escravos, pois pelo menos a maioria dos escravos antigos tinha o bastante para comer, o que não é o caso de muitos “escravos do salário". Ver no Dicionário os verbetes chamados Escravidão e também Escravo, Escravidão, quanto a descrições dessa prática desumana, que nunca morreu, embora tenha tido sua forma modificada. “Quanto à indignidade de moer, o trabalho de escravos e escravas, ver Jz 16:21 e Is 47:2.

    Lm 5:14

    Os anciãos já não se assentam na porta. Terminaram todas as funções sociais normais. Não havia mais comércio nem julgamentos nas portas da cidade, onde os anciãos eram proeminentes. Nem a música e a dança eram mais ouvidas e testemunhadas. Os lugares de assembléia, com qualquer propósito, foram obliterados, e não havia número suficiente de pessoas para reunir-se. Não existiam mais tribunais nas portas da cidade, onde um homem poderia apresentar suas queixas e ver corrigidas as injustiças. Além disso, já não havia número suficiente de pessoas para entrar em litígio. Nada havia para celebrar com música e danças, nem havia músicos que tocassem instrumentos musicais ou dançarinos que enfeitassem ocasiões festivas. Ver 29:7,29:8.

    Embora Satanás esbofeteie, embora venham provações,
    Que esta bendita segurança controle:
    Cristo considerou nosso estado de impotência.

    (H. G. Spafford)

    Lm 5:15

    Cessou o júbilo de nosso coração. A alegria se azedou, e a dança perdeu o sentido, visto que quem dança exprime alegria. As lamentações eram a única atividade dos sobreviventes. “Não resta alegria em nossos corações. Nossa dança transformou-se em tristeza” (NCV). Conforme Jz 21:21. O próprio contexto da sociedade judaica foi despedaçado. Toda atividade cessou. Os poucos sobreviventes que restaram lutavam desesperadamente apenas para sobreviver, mas a vida não era digna de ser vivida.

    Lm 5:16

    Caiu a coroa da nossa cabeça. Esta frase significa a perda da condição de nação. Uma nação inteira havia morrido. Os restos dela estavam sujeitos a um governo estrangeiro. Ver Jr 13:18. Judá tinha deixado de ser uma nação. Os babilônios eram especializados no genocídio. O pequeno restante veria um Novo Dia, e a minúscula comunidade criaria uma pequena cidade-estado, que se transformaria novamente em nação. Mas isso só ocorrería no futuro. O presente nada era senão sofrimentos de um remanescente minúsculo e sem privilégios. Conforme este versículo com 19:9 e Sl 89:39,Sl 89:44. Tudo isso sucedeu por causa da idolatria-adultério-apostasia que Yahweh precisou julgar a fim de purificar o povo de Judá.

    Lm 5:17
    Por isso caiu doente o nosso coração. Corações desmaiavam no meio da melancolia, e os olhos tiveram sua acuidade visual diminuída pelo choro constante. Era uma situação desesperadora, e a maioria dos atingidos morreu desse modo. Alguns poucos de seus filhos viram a restauração da nação, Conforme Lm 1:22 ; Lm 2:11. Este versículo é um lembrete dos horrores listados e descritos nos vss. Lm 5:8-15. Ver também Lm 3:48,Lm 3:49.

    Lm 5:18

    Pelo monte Sião que está assolado, O coração deles estava desmaiado e os olhos estavam turvos de chorar (vs. Lm 5:17), especialmente em vista da destruição e incêndio do templo, e do fim da glória do culto em Sião. Onde Yahweh era antes honrado, e onde peregrinos vinham para celebrar alegremente as festas anuais, agora somente feras, como os chacais, estavam presentes. Eles se tinham mudado, uma vez que o povo que podia lutar estava morto. Conforme esta declaração com Lm 4:3. Ver também Is 35:7; Jr 9:11; Jr 10:22; Jr 49:33; Sl 63:10. Os animais passam a ocupar os lugares de onde o temor do homem foi removido.


    Champlin - Comentários de Lamentações de Jeremias Capítulo 5 versículo 1
    Pela sua forma e conteúdo, esta quinta lamentação se assemelha às súplicas coletivas do Saltério (ver a Introdução aos Salmos). Como nos poemas anteriores, aqui é expressa a dor de um povo que foi arrasado por completo e que, apesar de tudo, luta para não naufragar na desesperança (conforme v. 21). Conforme Sl 44:9-26; Sl 74:1; Sl 79:1.Lm 5:1 Diferente das outras lamentações, aqui não é empregada a forma alfabética, ainda que este poema também tenha 22 vs. (o número de letras do alfabeto hebraico). Ver a Introdução a Lamentações.

    Genebra

    Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
    Genebra - Comentários de Lamentações de Jeremias Capítulo 5 do versículo 1 até o 22
    *

    5.1-22 Repassando os efeitos contínuos da degradação de Sião, o poeta fez um apelo final em prol da restauração.

    * 5:1

    Lembra-te... do que nos tem sucedido. Essa é uma típica abertura de uma lamentação comunal. Sião não mais aparece nas agonias imediatas do cerco e do saque (tal como se vê no capítulo 4), mas em um estágio posterior da aflição, quando a súbita violação da terra já tinha cedido lugar a uma opressão dura e humilhante.

    * 5:2

    A nossa herança. A Terra Prometida, como um todo, era a herança de Israel da parte de Deus (Dt 4:21; 12:9), enquanto que o território de Judá foi dado especificamente à tribo desse nome (Js 15:20-63).

    a estranhos... a estrangeiros. Deus havia dado a Terra Prometida a Israel, e até lhes tinha conferido instruções para que expelissem os estrangeiros. Agora tudo isso virara de ponta cabeça.

    * 5:3

    somos órfãos... são como viúvas. A posição dessas classes era precária e dependente. Israel recebera ordens para cuidar deles, visto que sua condição negava-lhes acesso normal aos produtos da terra (Dt 14:28,29).

    * 5:4

    A nossa água por dinheiro a bebemos. Essa necessidade era uma inversão irônica de Dt 6:10,11, e, especificamente, de Js 9:21-23.

    * 5:5

    não temos descanso. Essa condição era outra inversão de uma bênção prometida em Deuteronômio (Dt 12:9; Lm 1:3).

    * 5:6

    aos egípcios e aos assírios. Esse tipo de submissão não somente era humilhante, mas também perigosa (2Rs 18:14).

    * 5:7

    Nossos pais pecaram... nós é que levamos o castigo. Uma descrição semelhante de solidariedade entre as gerações se acha em Êx 20:5, bem como nos Livros de 1 e II Reis, com seus registros de culpa acumulada através das gerações. Passagens tais como Ez 18 (notas; Jr 31:29,30) esclarecem aqueles que questionam a justiça de alguém ser julgado por pecados que ele não cometeu. Ezequiel respondeu que aqueles que compartilham do julgamento de seu pai compartilharam nos pecados de seu pai: cada geração fica com a culpa de seus próprios pecados, e não com os pecados das gerações anteriores tão-somente.

    * 5:8

    Escravos dominam. Quando escravos babilônicos davam ordens a Israel, havia uma irônica distorção nos relacionamentos verdadeiros entre Deus, Israel e as nações. Israel, na realidade, era uma nação libertada da escravidão (Dt 15:12-18); e aqueles que não serviam ao verdadeiro Deus deveriam estar em escravidão. Ver 1.1, nota.

    * 5:9

    espada do deserto. Talvez isso se refira aos assaltantes do deserto, que tiravam proveito da comunidade debilitada de Israel.

    * 5.11-13

    Temos aqui quadros vergonhosos.

    as virgens. A perda da virgindade fora do casamento impunha vergonha a uma mulher e à sua família, e talvez conseqüências adicionais sérias (13 5:22-21'>Dt 22:13-21).

    enforcados. Temos aí uma forma de tortura ou uma forma de execução por meio de exposição aos elementos.

    Os jovens levaram a mó. Esse era um trabalho degradante para um homem jovem (Jz 16:21).

    * 5:14 Este versículo transmite algo do estado da vida normal em Judá, mediante a descrição do que havia cessado. A "porta", que tinha funções legais e sociais, estava agora deserta. Os prazeres descuidados dos "jovens" tinham sido substituídos pela vida dura, retratada nos versículos anteriores.

    * 5:16

    a coroa. Alguns tomam isso como referência a Jerusalém em particular (Lm 1:1; 2:15; 5:18). Provavelmente representa a glória de Israel e de Judá entre as nações (Êx 19:6).

    ai de nós, porque pecamos. Ver a nota no v.7.

    * 5:18

    monte Sião, que está assolado. O poeta fecha aqui o círculo, tendo partido de 1.1, reiniciando o tema do escândalo de a cidade escolhida por Deus jazer destruída e abandonada.

    * 5:19

    Tu, SENHOR, reinas eternamente. Embora a "realeza" do povo judeu (v. 16) não fosse mais uma realidade, a realeza do Senhor permanece para sempre.

    * 5:20

    Por que...? Soa de novo a nota de lamentação. Não havia como sair facilmente da dor que fora expressa; mas a afirmação da soberania de Deus é feita no meio daquela dor (v.19). A lógica dos vs. 19 e 20 tem paralelo em Sl 89, pois ali os vs. 1-37 louvam a soberania de Deus, e nos vs. 38-51 se pergunta "Até quando, Senhor?" (Sl 89:46).

    * 5:21

    Converte-nos a ti... renova. Esses dois verbos derivam-se de um mesmo verbo, no hebraico. Seu uso é ambíguo, visto que a restauração poderia ser um retorno físico de exilados à Terra Prometida, ou um retorno moral e religioso (arrependimento). Essa ambigüidade, porém, é necessária, porquanto os profetas nunca divisaram uma restauração à terra que fosse separada do arrependimento para com Deus. Quanto a um paralelo exato desse pensamento, ver Jr 31:18.

    * 5:22

    Por que nos rejeitaste. O poeta não quis encerrar o lamento com uma nota elevada. Não obstante, a nota final não é de desespero, e, sim, uma petição. Os cinco poemas do livro de Lamentações chegam até nós derivados da tristeza do julgamento experimentado, mas também salientam a compaixão de Deus como base de um futuro livramento.


    Matthew Henry

    Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
    Matthew Henry - Comentários de Lamentações de Jeremias Capítulo 5 do versículo 1 até o 22
    5.1ss depois de expressar o alto grau de sua dor, o verdadeiro crente deve voltar-se para Deus em oração. Aqui Jeremías orou para pedir misericórdia por seu povo. Ao final de sua oração se pergunta se Deus estava "irado contra nós em grande maneira". Deus não permaneceria zangado com eles para sempre, como o diz em Mq 7:18 "Não reteve para sempre sua irritação, porque se deleita em misericórdia".

    5:14 Durante tempos de paz e prosperidade os líderes e anciões da cidade se sentariam às portas dela e falariam sobre política, teologia e filosofia, e direção de negócios.

    5:22 Um grande chamado desprezado por uma vida deficiente traz como resultado um grande sofrimento. Lamentações nos descreve o amargo sofrimento que o povo de Jerusalém experimentou quando seu pecado os alcançou e Deus lhes deu as costas. Cada meta material pela que viveram se derrubou. Entretanto, apesar de que Deus se separou deles por seu pecado, não os abandonou: essa era seu maior esperança. Apesar de seu passado pecaminoso, Deus os restauraria se se voltavam para O. Não há esperança exceto no Senhor. portanto, nossa dor não deve nos apartar a não ser nos aproximar do.


    Wesley

    Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
    Wesley - Comentários de Lamentações de Jeremias Capítulo 5 do versículo 1 até o 22

    CONDIÇÃO A. ZION'S SAD (


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Lamentações de Jeremias Capítulo 5 do versículo 1 até o 22
    5.1- 22 Um salmo de lamentação da comunidade e de petição pela restauração, comparável com Sl 44:0; Sl 79:0; Sl 80:0. • N. Hom. A miséria do povo de Judá sob o jugo da Babilônia, vv. 1-14. A monarquia davídica não estaria mais regendo, e o templo estaria em escombros, vv. 15-18. Pede-se atenção misericordiosa de Deus, vv. 19-22. Justo é que esta triste poesia de lamentações termine com uma oração que reconhece a ira divina mas, mesmo assim, apela para Deus, como a única esperança do seu povo.

    5.3 O versículo dá a impressão de que o autor foi um dos remanescentes deixados na Palestina e que conheceu de perto a situação.
    5.5 Pescoço. O jugo dos conquistados (Js 10:24). Deus prometeu que quebraria este jugo sobre o pescoço de seu povo (Jr 30:8).

    5.7 Deus visita a iniqüidade dos pais nos filhos (Êx 20:5-6), mas como cada um também tem o seu próprio pecado a lhe acusar (Jr 30:27-30), por isso Lm 5:16 não pode negar que o pecado ainda está presente.

    5.8 Escravos. Tobias, um servo, tinha autoridade em Judá, Ne 2:19.

    5.14 Anciãos... na porta. A porta pública da cidade era o assento dos líderes locais; que agora tinham ido para o cativeiro.

    5.20 Tanto tempo. Os judeus perderam o amparo divino pela segunda vez em 70 d.C. devido à sua rejeição de Cristo. Toda a nação voltará a converter-se no futuro (Zc 12:1013-1; Rm 11:25-45).

    5.21 Isto será o cumprimento das profecias mencionadas na nota anterior, veja Is 11:1012. O livro encerra-se com uma linguagem de esperança (v. 20), sem, todavia, negar a situação do momento que vivia, v. 22.


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Lamentações de Jeremias Capítulo 5 do versículo 1 até o 22
    V. QUINTO LAMENTO (5:1-22)

    Esse quinto lamento difere dos outros em uma série de aspectos. Em primeiro lugar, já não usa o formato acróstico, embora seja constituído de 22 versículos. E um exemplo de um “lamento comunitário” como os encontrados em Sl 44:0; Sl 74:0; Sl 79:0; Sl 80:0 e 83. A simetria do livro é mantida pelo fato de o cap. 5 ter sido escrito para corresponder em grande parte ao cap. 1, e muitos dos sentimentos do cap. 1 são retomados aqui. A grande mudança, no entanto, é que esse capítulo final inclui agora a esperança do indivíduo (conforme cap.


    3) transferida para a comunidade em geral. Em certo sentido, Sião já não está sozinha, mas é o “nós” do cap. 5, devastada, sem dúvida, mas já não desprovida de esperança.

    1)    Ah, se nunca tivéssemos pecado (5:1-18)
    v. 3. órfãos [...] viúvas: ecoando a situação no cap. 1 após a destruição da cidade. O governo babilónico foi estabelecido e se mostrou cruel; estamos exaustos (v. 5). Acerca de não temos como descansar (v. 5), v. 1.3. Como no cap. 1, há uma reflexão acerca dos seus delitos do passado entre as nações. O sentimento do v. 7 não tem a intenção de abrandar a sua responsabilidade presente, mas, em concordância com o sentido “comunitário” do poema, destaca as conseqüências inevitáveis das nossas ações sobre o nosso próximo. A comunidade passou a valorizar o significado profundo do seu pecado por causa das suas conseqüências: Ai de nós, porque temos pecado! (v. 16; melhor seria traduzir por “Ai de nós porque alguma vez pecamos!”). Tudo que Sião mais valorizava está perdido, e a seção conclui com um clímax de perda, porque até o monte Sião está deserto (v. 18).


    2)    Mas Deus, rico em misericórdia (5:19-22)
    Embora os símbolos da presença de Deus tenham partido, Javé permanece, e, apesar de Israel estar subjugado, ele ainda governa soberano sobre todos os homens. Assim como Israel experimentou o poder restaurador de Javé antigamente, o povo pode ainda orar com esperança: Restaura-nos para ti, Senhor (v.

    21). O versículo final com a sua repetida nota discordante fez repetir-se nos cultos na sinagoga o v. 21, para concluir em um tom de esperança. Mas os v. 20,21 constituem um microcosmo do livro todo; a esperança imprensada entre desespero brilha de forma ainda mais forte.
    BIBLIOGRAFIA
    Fuerst, W. J. The Books of Ruth, Esther, Ecclesiastes, Song of Songs, Lamentations. CBC. Cambridge, 1975.

    Gordis, R. The Song of Songs and Lamentations. New York, 1974.

    Gottwald, N. K. Studies in the Book of Lamentations.

    SBT14, ed. rev., London, 1962.

    Harrison, R. K. Jeremiah and Lamentations. TOTC. London, 1973 [Jeremias e Lamentações: introdução e comentário, Edições Vida Nova, 1980]. Hillers, D. R. Lamentations. AB. New York, 1972. Knight, G. A. F. Esther, Song of Songs, Lamentations. TC. London, 1955.

    Kraus, H. J., Klagelieder,Threni, Biblischer Komentar, Neukirchen-Vluyn, 1968.

    Meek, T. J. & Merrill, W. P. The Book of Lamentations.

    IB VI, New York e Nashville, 1956.

    Rudolph, W. Das Buch Ruth-Das Hohe Lied-Die Klagelieder, Kommentar zum Alten Testament Deutsch. Gütersloh, 1962.

    Wood, G. F. Lamentations. Jerome Bible Commentary. London, 1969.

    Stephens-Hodge, L. E. H. Lamentations. NBCR. London, 1970.


    Moody

    Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
    Moody - Comentários de Lamentações de Jeremias Capítulo 5 do versículo 1 até o 22

    Lamentações 5

    V. As Súplicas da Sião Penitente. Lm 5:1-22.

    Este capítulo é realmente uma oração nacional feita a Jeová, a única esperança e auxílio de Sião.


    Moody - Comentários de Lamentações de Jeremias Capítulo 5 do versículo 1 até o 18

    A. Sião Roga a Jeová que Considere a Sua Aflição e Desgraça. Lm 5:1-18. O versículo 1 introduz o tema com a quinta apóstrofe de Sião a Jeová. O desesperado pedido de Sião merece a atenção de Jeová.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Lamentações de Jeremias Capítulo 5 do versículo 1 até o 10
    V. QUINTA ODELm 5:1-25.

    Dicionário

    Considerar

    verbo transitivo direto Caracterizar determinada coisa; fazer julgamentos; julgar: o juiz considerou a denuncia improcedente.
    Não desprezar; ter em conta: ele considerava os seus conselhos.
    Demonstrar respeito por; respeitar: o país considera o presidente.
    Criar na imaginação; conceber: foi o melhor professor que poderia conceber.
    verbo transitivo direto predicativo e pronominal Ter uma opinião sobre; dar-se por; reputar-se: consideraram o argumento horrível; consideraram horrível o trabalho; considerava-se o mais inteligente da turma.
    verbo transitivo indireto , bitransitivo e intransitivo Por Extensão Fazer uma reflexão ou pensar muito sobre; pensar: considerou sobre o que precisava resolver; considerava a mãe para o emprego; passou a noite inteira considerando.
    verbo transitivo direto e pronominal Observar atenciosamente; olhar com minúcia e atenção: o medico considerava o tumor; considerava-se ao espelho.
    Etimologia (origem da palavra considerar). Do latim considerare.

    Olha

    substantivo feminino Comida de origem espanhola feita de chouriço, carne, grão-de-bico, ervilhas e diversos temperos.
    Panela que serve para fazer a olha.

    Opróbrio

    substantivo masculino Vergonha pública; desonra que acorre publicamente.
    Comportamento ou palavra que humilha, avilta.
    O que causa humilhação; que humilha, degrada, desdenha.
    Estado do que demonstra excesso de baixeza, torpeza; degradação.
    Ausência de consideração; desprezo, desonra.
    Etimologia (origem da palavra opróbrio). Do latim opprobrium.ii.

    Desonra; abjeção extrema; grande vergonha

    Opróbrio
    1) Estado de profundo rebaixamento, desonra e vergonha (19:5); (Is 30:5)

    2) Insulto (Sl 69:20), RA).

    Senhor

    substantivo masculino Proprietário, dono absoluto, possuidor de algum Estado, território ou objeto.
    História Aquele que tinha autoridade feudal sobre certas pessoas ou propriedades; proprietário feudal.
    Pessoa nobre, de alta consideração.
    Gramática Forma de tratamento cerimoniosa entre pessoas que não têm intimidade e não se tratam por você.
    Soberano, chefe; título honorífico de alguns monarcas.
    Figurado Quem domina algo, alguém ou si mesmo: senhor de si.
    Dono de casa; proprietário: nenhum senhor manda aqui.
    Pessoa distinta: senhor da sociedade.
    Antigo Título conferido a pessoas distintas, por posição ou dignidade de que estavam investidas.
    Antigo Título de nobreza de alguns fidalgos.
    Antigo O marido em relação à esposa.
    adjetivo Sugere a ideia de grande, perfeito, admirável: ele tem um senhor automóvel!
    Etimologia (origem da palavra senhor). Do latim senior.onis.

    o termo ‘Senhor’, no A.T., paraexprimir Jeová, está suficientemente compreendido nesta última palavra – e, como tradução de ãdôn, não precisa de explicação. Em Js 13:3, e freqüentemente em Juizes e Samuel, representa um título nativo dos governadores dos filisteus, não se sabendo coisa alguma a respeito do seu poder. o uso de ‘Senhor’ (kurios), no N.T., é interessante, embora seja muitas vezes de caráter ambíguo. Nas citações do A.T., significa geralmente Jeová, e é também clara a significaçãoem outros lugares (*vejag. Mt 1:20). Mas, fora estas citações, há muitas vezes dúvidas sobre se a referência é a Deus como tal (certamente Mc 5:19), ou ao Salvador, como Senhor e Mestre. Neste último caso há exemplos do seu emprego, passando por todas as gradações: porquanto é reconhecido Jesus, ou como Senhor e Mestre no mais alto sentido (Mt 15:22 – e geralmente nas epístolas – *veja 1 Co 12.3), ou como doutrinador de grande distinção (Mt 8:21 – 21.3), ou ainda como pessoa digna de todo o respeito (Mt 8:6). Deve-se observar que kurios, termo grego equivalente ao latim “dominus”, era o título dado ao imperador romano em todas as terras orientais, em volta do Mediterrâneo. E isto serve para explicar o fato de aplicarem os cristãos ao Salvador esse título, querendo eles, com isso, acentuar na sua mente e na das pessoas que os rodeavam a existência de um império maior mesmo que o de César. Com efeito, o contraste entre o chefe supremo do império romano e Aquele que é o Senhor de todos, parece apoiar muitos dos ensinamentos do N.T. Algumas vezes se usa o termo ‘Senhor’ (Lc 2:29At 4:24, etc.) como tradução de despõtes, que significa ‘dono, amo’, sugerindo, quando se emprega a respeito dos homens, que ao absoluto direito de propriedade no mundo antigo estava inerente uma verdadeira irresponsabilidade. (*veja Escravidão.)

    [...] o Senhor é a luz do mundo e a misericórdia para todos os corações.
    Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Pelo Evangelho


    Senhor
    1) (Propriamente dito: hebr. ADON; gr. KYRIOS.) Título de Deus como dono de tudo o que existe, especialmente daqueles que são seus servos ou escravos (Sl 97:5; Rm 14:4-8). No NT, “Senhor” é usado tanto para Deus, o Pai, como para Deus, o Filho, sendo às vezes impossível afirmar com certeza de qual dos dois se está falando.


    2) (hebr. ????, YHVH, JAVÉ.) Nome de Deus, cuja tradução mais provável é “o Eterno” ou “o Deus Eterno”. Javé é o Deus que existe por si mesmo, que não tem princípio nem fim (Ex 3:14; 6.3). Seguindo o costume que começou com a SEPTUAGINTA, a grande maioria das traduções modernas usa “Senhor” como equivalente de ????, YHVH (JAVÉ). A RA e a NTLH hoje escrevem “SENHOR”. A forma JAVÉ é a mais aceita entre os eruditos. A forma JEOVÁ (JEHOVAH), que só aparece a partir de 1518, não é recomendável por ser híbrida, isto é, consta da mistura das consoantes de ????, YHVH, (o Eterno) com as vogais de ???????, ADONAI (Senhor).


    Senhor Termo para referir-se a YHVH que, vários séculos antes do nascimento de Jesus, havia substituído este nome. Sua forma aramaica “mar” já aparecia aplicada a Deus nas partes do Antigo Testamento redigidas nesta língua (Dn 2:47; 5,23). Em ambos os casos, a Septuaginta traduziu “mar” por “kyrios” (Senhor, em grego). Nos textos de Elefantina, “mar” volta a aparecer como título divino (pp. 30 e 37). A. Vincent ressaltou que este conteúdo conceitual já se verificava no séc. IX a.C. Em escritos mais tardios, “mar” continua sendo uma designação de Deus, como se vê em Rosh ha-shanah 4a; Ber 6a; Git 88a; Sanh 38a; Eruv 75a; Sab 22a; Ket 2a; Baba Bat 134a etc.

    Em algumas ocasiões, Jesus foi chamado de “senhor”, como simples fórmula de cortesia. Ao atribuir a si mesmo esse título, Jesus vai além (Mt 7:21-23; Jo 13:13) e nele insere referências à sua preexistência e divindade (Mt 22:43-45; Mc 12:35-37; Lc 20:41-44 com o Sl 110:1). Assim foi também no cristianismo posterior, em que o título “Kyrios” (Senhor) aplicado a Jesus é idêntico ao empregado para referir-se a Deus (At 2:39; 3,22; 4,26 etc.); vai além de um simples título honorífico (At 4:33; 8,16; 10,36; 11,16-17; Jc 1:1 etc.); supõe uma fórmula cúltica própria da divindade (At 7:59-60; Jc 2:1); assim Estêvão se dirige ao Senhor Jesus no momento de sua morte, o autor do Apocalipse dirige a ele suas súplicas e Tiago acrescenta-lhe o qualificativo “de glória” que, na verdade, era aplicado somente ao próprio YHVH (Is 42:8). Tudo isso permite ver como se atribuíam sistematicamente a Jesus citações veterotestamentárias que originalmente se referiam a YHVH (At 2:20ss.com Jl 3:1-5).

    Finalmente, a fórmula composta “Senhor dos Senhores” (tomada de Dt 10:17 e referente a YHVH) é aplicada a Jesus e implica uma clara identificação do mesmo com o Deus do Antigo Testamento (Ap 7:14; 19,16). Tanto as fontes judeu-cristãs (1Pe 1:25; 2Pe 1:1; 3,10; Hc 1:10 etc.) como as paulinas (Rm 5:1; 8,39; 14,4-8; 1Co 4:5; 8,5-6; 1Ts 4:5; 2Ts 2:1ss. etc.) confirmam essas assertivas.

    W. Bousset, Kyrios Christos, Nashville 1970; J. A. Fitzmyer, “New Testament Kyrios and Maranatha and Their Aramaic Background” em To Advance the Gospel, Nova York 1981, pp. 218-235; L. W. Hurtado, One God, One Lord: Early Christian Devotion and Ancient Jewish Monotheism, Filadélfia 1988; B. Witherington III, “Lord” em DJG, pp. 484-492; O. Cullmann, o. c.; C. Vidal Manzanares, “Nombres de Dios” en Diccionario de las tres...; Idem, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...


    Sucedido

    substantivo masculino Acontecido; o que se sucedeu, aconteceu: não sabia nada do sucedido.
    adjetivo Ocorrido; que aconteceu: ações sucedidas.
    Não confundir com: bem-sucedido.
    Etimologia (origem da palavra sucedido). Part. de suceder.

    substantivo masculino Acontecido; o que se sucedeu, aconteceu: não sabia nada do sucedido.
    adjetivo Ocorrido; que aconteceu: ações sucedidas.
    Não confundir com: bem-sucedido.
    Etimologia (origem da palavra sucedido). Part. de suceder.

    sucedido adj. e s. .M Que, ou aquilo que sucedeu.

    Tem

    substantivo deverbal Ação de ter; ato de receber ou de passar a possuir alguma coisa: ele tem uma casa; a empresa tem muitos funcionários.
    Gramática A grafia têm, com acento, refere-se à forma plural: eles têm uma casa; as empresas têm muitos funcionários.
    Etimologia (origem da palavra tem). Forma Der. de ter.

    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    Lamentações de Jeremias 5: 1 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    Lembra-te, ó SENHOR, do que nos tem sucedido; considera, e olha o nosso opróbrio.
    Lamentações de Jeremias 5: 1 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    586 a.C.
    H1961
    hâyâh
    הָיָה
    era
    (was)
    Verbo
    H2142
    zâkar
    זָכַר
    lembrar, recordar, trazer à mente
    (And remembered)
    Verbo
    H2781
    cherpâh
    חֶרְפָּה
    reprovar, desdenhar
    (my reproach)
    Substantivo
    H3068
    Yᵉhôvâh
    יְהֹוָה
    o Senhor
    (the LORD)
    Substantivo
    H4100
    mâh
    מָה
    o que / aquilo
    (what)
    Pronome
    H5027
    nâbaṭ
    נָבַט
    olhar, contemplar
    (Look)
    Verbo
    H7200
    râʼâh
    רָאָה
    e viu
    (and saw)
    Verbo
    H853
    ʼêth
    אֵת
    -
    ( - )
    Acusativo


    הָיָה


    (H1961)
    hâyâh (haw-yaw)

    01961 היה hayah

    uma raiz primitiva [veja 1933]; DITAT - 491; v

    1. ser, tornar-se, vir a ser, existir, acontecer
      1. (Qal)
        1. ——
          1. acontecer, sair, ocorrer, tomar lugar, acontecer, vir a ser
          2. vir a acontecer, acontecer
        2. vir a existir, tornar-se
          1. erguer-se, aparecer, vir
          2. tornar-se
            1. tornar-se
            2. tornar-se como
            3. ser instituído, ser estabelecido
        3. ser, estar
          1. existir, estar em existência
          2. ficar, permanecer, continuar (com referência a lugar ou tempo)
          3. estar, ficar, estar em, estar situado (com referência a localidade)
          4. acompanhar, estar com
      2. (Nifal)
        1. ocorrer, vir a acontecer, ser feito, ser trazido
        2. estar pronto, estar concluído, ter ido

    זָכַר


    (H2142)
    zâkar (zaw-kar')

    02142 זכר zakar

    uma raiz primitiva; DITAT - 551; v

    1. lembrar, recordar, trazer à mente
      1. (Qal) lembrar, recordar
      2. (Nifal) ser trazido à lembrança, ser lembrado, estar no pensamento, ser trazido à mente
      3. (Hifil)
        1. fazer lembrar, relembrar
        2. levar a relembrar, manter na lembrança
        3. mencionar
        4. registrar
        5. fazer um memorial, fazer lembrança

    חֶרְפָּה


    (H2781)
    cherpâh (kher-paw')

    02781 חרפה cherpah

    procedente de 2778; DITAT - 749a; n f

    1. reprovar, desdenhar
      1. escarnecer, desdenhar (o inimigo)
      2. reprovar (condição de vergonha, desgraça)
      3. uma reprovação (um objeto)

    יְהֹוָה


    (H3068)
    Yᵉhôvâh (yeh-ho-vaw')

    03068 יהוה Y ehovaĥ

    procedente de 1961; DITAT - 484a; n pr de divindade Javé = “Aquele que existe”

    1. o nome próprio do único Deus verdadeiro
      1. nome impronunciável, a não ser com a vocalização de 136

    מָה


    (H4100)
    mâh (maw)

    04100 מה mah ou מה mah ou ם ma ou ם ma também מה meh

    uma partícula primitiva, grego 2982 λαμα; DITAT - 1149 pron interr

    1. o que, como, de que tipo
      1. (interrogativa)
        1. o que?
        2. de que tipo
        3. que? (retórico)
        4. qualquer um, tudo que, que
      2. (advérbio)
        1. como, como assim
        2. por que
        3. como! (exclamação)
      3. (com prep)
        1. em que?, pelo que?, com que?, de que maneira?
        2. por causa de que?
        3. semelhante a que?
          1. quanto?, quantos?, com qual freqüência?
          2. por quanto tempo?
        4. por qual razão?, por que?, para qual propósito?
        5. até quando?, quanto tempo?, sobre que?, por que? pron indef
    2. nada, o que, aquilo que

    נָבַט


    (H5027)
    nâbaṭ (naw-bat')

    05027 נבט nabat

    uma raiz primitiva; DITAT - 1282; v

    1. olhar, contemplar
      1. (Piel) olhar
      2. (Hifil)
        1. olhar
        2. contemplar, mostrar consideração a, prestar atenção a, considerar
        3. considerar, mostrar consideração a

    רָאָה


    (H7200)
    râʼâh (raw-aw')

    07200 ראה ra’ah

    uma raiz primitiva; DITAT - 2095; v.

    1. ver, examinar, inspecionar, perceber, considerar
      1. (Qal)
        1. ver
        2. ver, perceber
        3. ver, ter visão
        4. examinar, ver, considerar, tomar conta, verificar, aprender a respeito, observar, vigiar, descobrir
        5. ver, observar, considerar, examinar, dar atenção a, discernir, distinguir
        6. examinar, fitar
      2. (Nifal)
        1. aparecer, apresentar-se
        2. ser visto
        3. estar visível
      3. (Pual) ser visto
      4. (Hifil)
        1. fazer ver, mostrar
        2. fazer olhar intencionalmente para, contemplar, fazer observar
      5. (Hofal)
        1. ser levado a ver, ser mostrado
        2. ser mostrado a
      6. (Hitpael) olhar um para o outro, estar de fronte

    אֵת


    (H853)
    ʼêth (ayth)

    0853 את ’eth

    aparentemente uma forma contrata de 226 no sentido demonstrativo de entidade; DITAT - 186; partícula não traduzida

    1. sinal do objeto direto definido, não traduzido em português mas geralmente precedendo e indicando o acusativo