Enciclopédia de Ezequiel 1:2-2

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

ez 1: 2

Versão Versículo
ARA No quinto dia do referido mês, no quinto ano de cativeiro do rei Joaquim,
ARC No quinto dia do mês (no quinto ano do cativeiro do rei Joaquim),
TB No quinto dia do mês, dia em que se completou o quinto ano do cativeiro do rei Jeoaquim,
HSB בַּחֲמִשָּׁ֖ה לַחֹ֑דֶשׁ הִ֚יא הַשָּׁנָ֣ה הַחֲמִישִׁ֔ית לְגָל֖וּת הַמֶּ֥לֶךְ יוֹיָכִֽין׃
BKJ No quinto dia do mês, que era o quinto ano do cativeiro do rei Jeoaquim,
LTT No quinto dia do mês, no quinto ano do cativeiro do rei Jeoiaquin,
BJ2 No quinto dia do mês isto é, no quinto ano do exílio do rei Joaquin
VULG In quinta mensis, ipse est annus quintus transmigrationis regis Joachin,

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Ezequiel 1:2

II Reis 24:12 Então, saiu Joaquim, rei de Judá, ao rei de Babilônia, ele, e sua mãe, e seus servos, e seus príncipes, e seus eunucos; e o rei de Babilônia o levou preso, no ano oitavo de seu reinado.
Ezequiel 8:1 Sucedeu, pois, no sexto ano, no mês sexto, no quinto dia do mês, estando eu assentado na minha casa, e os anciãos de Judá, assentados diante de mim, que ali a mão do Senhor Jeová caiu sobre mim.
Ezequiel 20:1 E aconteceu, no sétimo ano, no mês quinto, aos dez do mês, que vieram alguns dos anciãos de Israel para consultarem o Senhor; e assentaram-se diante de mim.
Ezequiel 29:1 No décimo ano, no décimo mês, no dia doze do mês, veio a mim a palavra do Senhor, dizendo:
Ezequiel 29:17 E sucedeu que, no ano vinte e sete, no mês primeiro, no primeiro dia do mês, veio a mim a palavra do Senhor, dizendo:
Ezequiel 31:1 E sucedeu, no ano undécimo, no terceiro mês, ao primeiro do mês, que veio a mim a palavra do Senhor, dizendo:
Ezequiel 40:1 No ano vigésimo quinto do nosso cativeiro, no princípio do ano, no décimo dia do mês, catorze anos depois que a cidade foi ferida, naquele mesmo dia, veio sobre mim a mão do Senhor e me levou para lá.

Gematria

Gematria é a numerologia hebraica, uma técnica de interpretação rabínica específica de uma linhagem do judaísmo que a linhagem Mística.

cinco (5)

Valor numérico da 5a letra hebraica (Hei), a qual representa a geração da vida, o poder da divisão gerando a multiplicação. É a união da água com o fogo e o sopro da vida, que são os componentes necessários para a concepção de um ser humano. Também pode ser a força que faz parar as influências negativas. Alude a alegria da pessoa com o Criador. Outrossim, conforme o Pirke Avot, é a idade em que a criança está apta ao estudo da Torá.



Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

O EXÍLIO DE JUDÁ

604-582 a.C.
JEOAQUIM
A morte do rei Josias em 609 a.C. pôs fim à reforma religiosa em Judá e, durante o reinado de Jeoaquim, filho de Josias, as práticas pagas voltaram a se infiltrar no reino do sul. O profeta Jeremias repreendeu Jeoaquim por explorar o povo e construir um palácio luxuoso com os frutos dessa exploração.' É possível que o palácio em questão seja a construção encontrada em Ramat Rahel, apenas alguns quilômetros ao sul de Jerusalém. Além de ordenar o assassinato do profeta Urias por profetizar contra a cidade e a terra, Jeoaquim se opôs pessoalmente ao profeta Jeremias e queimou um rolo com palavras de Jeremias que leudi havia lido diante do rei.
Jeoaquim se tornou vassalo de Nabucodonosor em 604 a.C. (um ano depois da vitória deste último em Carquemis), mas, incentivado pelo Egito, se rebelou três anos depois. Nabucodonosor só tratou dessa rebelião em 598 a.C., quando ordenou que Jeoaquim fosse preso com cadeias de bronze e levado à Babilônia. Foi nessa ocasião que Jeoaquim morreu, aos 36 anos de idade, não se tendo certeza se ele morreu de causas naturais ou como resultado de uma conspiração. Jeremias profetizou que Jeoaquim não seria sepultado de forma honrosa; seria sepultado como se sepulta um jumento: arrastado e jogado para fora das portas de Jerusalém.

A SEGUNDA DEPORTACÃO
Jeoaquim foi sucedido por Joaquim, seu filho de dezoito anos de idade que reinou por apenas três meses e dez dias.4 Em 597 a.C, Nabucodonosor cercou Jerusalém e Joaquim se rendeu. "Nabucodonosor sitiou a cidade de Judá e, no segundo dia do mês de Adar (15/16 março), tomou a cidade e prendeu seu rei. Nomeou um rei do seu agrado para a cidade e trouxe consigo para a Babilônia um grande tributo" (Crônica Babilônica, Rev. 12-13). Na "segunda deportação", Nabucodonosor levou para a Babilônia o rei Joaquim e sua mãe, esposas, oficiais e governantes da terra, bem como toda a guarda constituída de setecentos homens valentes e mil artífices e ferreiros, num total de dez mil pessoas," entre as quais estava um jovem aprendiz de sacerdote chamado Ezequiel." Também levou consigo os tesouros do palácio real e objetos de ouro que Salomão havia feito para o templo do Senhor. Na Babilônia, Joaquim recebeu uma pensão da corte real. Seu nome (Ya'u-kinu) ocorre em tabletes babilânios datados de c. 595-570 a.C.nos quais se encontram registradas as rações fornecidas a ele e seus filhos: "Meio panu (c. 14 I) para Ya'u- kinu, rei da terra de Judá. Dois sila e meio (c. 2 I) para os cinco filhos do rei da terra de Judá. Vários anos mais tarde, depois da morte de Nabucodonosor em 562 a.C., seu filho e sucessor Amel-Marduque (Evil-Merodaque) libertou Joaquim da prisão e permitiu que comesse à mesa do rei para o resto da vida.

O CERCO A JERUSALÉM
O profeta Jeremias amaldiçoou Joaquim e declarou que nenhum de seus descendentes se assentaria no trono de Davi.& Nabucodonosor escolheu Matanias, tio de Joaquim, para ocupar o trono de Judá e mudou seu nome para Zedequias, convocando-o a apresentar-se diante dele na Babilônia em 593 a.C. para jurar lealdade. Porém, alguns anos depois, Zedequias deu ouvidos aos egípcios e se rebelou. A Babilônia reagiu com violência. Nabucodonosor e seu exército acamparam em torno de Jerusalém e levantaram tranqueiras ao seu redor: De acordo com II Reis 25:1, o cerco se iniciou aos dez dias do décimo mês (15 de janeiro) de 588 a.C. Uma invasão dos egípcios sob o comando do faraó Hofra (589-570a.C.) obrigou Nabucodonosor a levantar temporariamente o cerco a Jerusalém. Porém, conforme Jeremias havia predito, os babilônios voltaram. Jeremias defendeu a rendição e foi lançado numa cisterna, de onde foi transferido posteriormente para o pátio da guarda. A situação tensa é descrita em 22 cartas em óstracos encontrados na cidade de Laquis que fazia parte do reino de Judá. A linguagem usada nessas cartas é semelhante à de Jeremias. Em uma delas, o coman- dante de um posto avançado relata não poder mais ver os sinais (provavelmente feitos com fogo) que Azeca devia enviar: "Esteja o meu senhor informado de que continuamos aguardando os sinais de Laquis, conforme todos os sinais que o meu senhor me deu não conseguimos ver Azeca" (Carta de Laquis 4:10-12). Talvez Azeca já houvesse sido capturada pelos babilônios ou, mais provavelmente, as condições do tempo não permitiram a visualização dos sinais. Outra carta menciona um profeta anônimo como portador de uma mensagem. Até hoje, não foi possível determinar a identidade desse portador. No nono dia do quarto mês (18 de julho de 586 a.C.), a fome em Judá se tornou tão severa que o povo não tinha mais o que comer. O inimigo penetrou o muro da cidade e Zedequias e seu exército fugiram durante a noite, mas foram capturados nas campinas de Jericó. Zedequias foi levado a Ribla, na Síria, onde, depois de testemunhar a morte de seus filhos, foi cegado e deportado para a Babilônia preso em cadeias de bronze.

A TERCEIRA DEPORTAÇÃO
Um mês depois que os babilônios penetraram o muro de Jerusalém, no sétimo dia do quinto mês (14 de agosto de 586 a.C.), Nebuzaradà, comandante da guarda imperial, queimou o templo do Senhor, o palácio real e todas as casas de Jerusalém e derrubou seus muros. Nebuzaradà levou para o exílio o povo da cidade, os que passaram para o lado da Babilônia e o restante da população, deixando apenas o povo mais pobre da terra para cuidar das vinhas e campos. Nessa "terceira deportação" maior parte dos habitantes de Judá foi levada para a Babilônia. Outras calamidades, porém, ainda sobreviriam ao reino do sul.

A QUARTA DEPORTAÇÃO
Os babilônios nomearam Gedalias, um judeu de família nobre, para governar sobre Judá. Um selo com a inscrição pertencente a Gedalias, aquele que governa a casa", foi encontrado em Laquis. Mas, pouco tempo depois de sua nomeação, Gedalias foi assassinado por Ismael, um membro da família real. Vários dos judeus restates, incluindo Jeremias que havia sido liberto da prisão quando Jerusalém foi tomada, fugiram para o Egito, apesar da advertência profética de Jeremias para que permanecessem em Judá. Outro grupo de judeus foi exilado na Babilônia em 582 a.C. O Esta pode ser descrita como a "quarta deportação"

O TRAUMA DO EXÍLIO
Os judeus que sobreviveram à longa jornada para a Babilônia provavelmente foram colocados em assentamentos separados dos babilônios e receberam permissão de se dedicar à agricultura e trabalhar para sobreviver," mas o trauma do exílio é expressado claramente pelo salmista:

"As margens dos rios da Babilônia, nós nos assentávamos e chorávamos, lembrando-nos de Sião. Nos salgueiros que lá havia, pendurávamos as nossas harpas, pois aqueles que nos levaram cativos nos pediam canções, e os nossos opressores, que fôssemos alegres, dizendo: Entoai-nos algum dos cânticos de Sião. Como, porém, haveríamos de entoar o canto do SENHOR em terra estranha?"
Salmo 137:1-4
A deportação de Judá O mapa mostra os locais ligados às deportações do povo de Judá pelos babilônios em 597, 586 e 582 a.C.
A deportação de Judá O mapa mostra os locais ligados às deportações do povo de Judá pelos babilônios em 597, 586 e 582 a.C.
Carta de Laquis n° 2, um óstraco ou carta escrita num fragmento de cerâmica, para Yaosh, governador militar da cidade de Laquis, em Judá, 588 a.C
Carta de Laquis n° 2, um óstraco ou carta escrita num fragmento de cerâmica, para Yaosh, governador militar da cidade de Laquis, em Judá, 588 a.C
Balaustrada de uma janela do palácio de Ramat Rachel, próximo de Jerusalém; possivelmente, uma obra de Jeoaquim, rei de Judá (609-598 a.C.).
Balaustrada de uma janela do palácio de Ramat Rachel, próximo de Jerusalém; possivelmente, uma obra de Jeoaquim, rei de Judá (609-598 a.C.).

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Ezequiel Capítulo 1 do versículo 1 até o 28
SEÇÃO 1

O CHAMADO PARA SER PROFETA

Ezequiel 1:1-3.27

A. PREFÁCIO PARA O CHAMADO, 1:1-28

Ezequiel, filho de Buzi (3), havia sido sacerdote em Jerusalém. Agora, como cativo de Nabucodonosor na terra dos caldeus, o Senhor o chamou para ser profeta.' Como sacerdote, ele tinha levado os homens a Deus; como profeta, ele continuará rea-lizando esse ministério, mas precisará estar mais próximo de Deus do que antes. Como sacerdote, estava próximo dos homens em seus sofrimentos, para poder levá-los a Deus. Como profeta, precisa estar próximo o suficiente de Deus para receber suas mensagens para os homens.

1. O que Precipitou seu Chamado (1,1)

As palavras de abertura da profecia de Ezequiel são: E aconteceu [...] que, estan-do eu no meio dos cativos [...] eu vi visões de Deus (1). O que apressou o chamado de Ezequiel? Falsos profetas haviam surgido entre os exilados que lhes diziam o que os israelitas queriam ouvir, que haveria um retorno rápido para sua terra natal. Naquela época, Jeremias profetizava em Jerusalém, e tinha enviado uma carta para a comunida-de dos exilados, anunciando a eles que seu cativeiro duraria 70 anos e que, enquanto isso, eles deveriam submeter-se à vontade e aos caminhos de Deus (Jr 29). Nem todos gostaram de ouvir o que Jeremias tinha dito, e havia uma inquietação junto ao rio Quebar. Essa mensagem havia sido enviada no quarto ano do reinado de Zedequias (Jr 51:59), que também era o quarto ano do cativeiro. No quinto ano do cativeiro, Deus levantou Ezequiel de entre os exilados. Ele, semelhantemente a Jeremias, declararia, de maneira autêntica, a verdade de Deus ao povo.

2. O Tempo do seu Chamado (1:1-2)

  1. "No trigésimo ano" (1.1). Ninguém sabe a qual evento ou época específica o trigésimo ano se refere. Tinham se passado trinta anos desde que o livro da lei havia sido localizado nos escombros do Templo, o que havia desencadeado uma reno-vação da adoração e do culto em Judá. Mas os eventos daquela época não são data-dos. Na verdade, não era costume datar acontecimentos significativos no reinado de determinado rei.

Alguns estudiosos sugerem que esse era o trigésimo ano desde que havia ocorrido o último ano do Jubileu. Mas, como já frisamos, esse método de observar datas não era comum naquela época.
Talvez estejam corretos os que sugerem que este é o trigésimo ano da vida de Ezequiel. O trigésimo ano da vida de um judeu era peculiarmente importante quanto à sua maturidade. O quarto mês corresponderia ao final de junho e começo de julho no nosso calendário.

  1. "No quinto ano" (1.2). O cativeiro do rei Joaquim começou em 597 a.C., depois de ter reinado por apenas três meses. O chamado de Ezequiel ocorreu no quinto ano da prisão do rei,' que também era o quinto ano do exílio de Ezequiel na Caldéia.

3. O Lugar do Chamado (1:1-3)

Ezequiel estava no meio dos cativos, junto ao rio Quebar (1; que significa "grande rio"), na Caldéia — da qual a Babilônia era a capital. É possível que esse rio seja o mesmo que o rio Chaboras, na Mesopotâmia, que acaba desembocando no rio Eufrates perto de Kirkesion (veja mapa 1).3

Pelo fato de Ezequiel estar tão familiarizado com o Templo e parecer falar com freqüência ao povo de Jerusalém, alguns estudiosos acreditam que ele, na verdade, es-creveu de lá e não da Babilônia. No entanto, a Babilônia é especificamente mencionada como o lugar do seu chamado. Ela também é citada repetidas vezes como o lugar do seu ministério (Ez 1:3-3.11,15,23; 10.15,20,22; 11:24-25).

4. O Modo do seu Chamado (1:1-3)

Abriram os céus (1). Isso significa que Ezequiel começou a ver coisas que não eram reveladas a outros homens. Visto que deveria se tornar o porta-voz de Deus, o Senhor revelou a ele as coisas elevadas e santas do céu. Certamente é um dia muito especial para um homem quando os céus são abertos acima dele. Até que isso aconteça, um ho-mem está naturalmente ligado à terra. Quando ocorre uma experiência sobrenatural como essa, ele consegue ver coisas mais elevadas que outros homens não conseguem ver pelo fato de os céus acima estarem fechados.

Ele teve visões de Deus. O raciocínio, a arte de encaixar o pensamento em moldes racionais, caracterizava os filósofos gregos antigos. A visão, na qual um homem olha para o centro das coisas e para o futuro, era a maior característica dos profetas hebreus. Em nenhum outro profeta isso foi tão real quanto em Ezequiel. Ele era um vidente do Deus Altíssimo, um homem místico de fé refinada, a quem Deus podia confiar visões dele mesmo e de outras verdades elevadas.

Daniel também estava na Babilônia nessa época, ocupando cargos elevados e predi-zendo as coisas que iriam acontecer. Ezequiel não se movimentava entre os caldeus como o fazia Daniel, mas restringiu sua ação mais aos exilados junto às margens do Quebar. Am-bos eram videntes apocalípticos. Ezequiel teve visões que diziam respeito a um futuro próximo. Elas requeriam que os homens obedecessem às ordens do Senhor, ali e naquele tempo. Em comparação, as visões de Daniel eram principalmente para um futuro distante.

  1. O Propósito do seu Chamado (1,3)

Ezequiel foi chamado não para dar sua própria opinião, nem para dizer ao povo o que eles queriam ouvir. Ele foi chamado, como todos os profetas são chamados, para declarar a verdade de Deus. É por isso que lemos: veio [...] a palavra do SENHOR a Ezequiel (3). Sua função era entregar mensagens para os desamparados e esquecidos exilados, mas essas mensagens não eram suas. Não eram suas próprias idéias — verda-des escolhidas por ele. Eram, na verdade, a palavra do Senhor. Essa palavra veio a ele expressamente (que significa: "verdadeiramente" ou "genuinamente").

  1. Segurança no Chamado (1,3)

O relato continua: e ali esteve sobre ele a mão do SENHOR. Não estava sendo fácil para um patriota como Ezequiel passar cinco anos no exílio. E nunca é fácil para um homem anunciar oráculos em nome do Senhor quando a mensagem é exatamente o que os homens obstinados não querem ouvir. Além disso, Ezequiel era um homem jovem, provavelmente com apenas 30 anos, e os israelitas não faziam questão de dar ouvidos a homens jovens. Pelo menos a partir da época de Moisés, os israelitas tinham um respeito especial pelas palavras de homens idosos — anciãos da terra. Mas, apesar de tudo isso -talvez por causa disso — Ezequiel esteve especialmente consciente de que a mão do SENHOR estava sobre ele para guiá-lo, para fortalecê-lo e para libertá-lo dos seus medos.

A mão do Senhor estava sobre Ezequiel não somente durante esse prefácio do seu chamado. Em outras seis oportunidades está escrito que a mão de Deus estava sobre esse homem obediente junto ao rio Quebar (Ez 3:14-22; 8.1; 33.22; 37.1; 40.1). Qualquer homem que ouvir e obedecer à palavra de Deus receberá a força necessária por parte de Deus para implementar essa palavra nas vidas de homens e nações.

"Deus Cuida dos Cativos" é o tema dos três primeiros versículos, sendo que o primei-ro versículo é chave. No contexto das circunstâncias de Ezequiel como cativo junto ao Quebar, dois pontos especiais são destacados:

1) Deus lhe abre os céus e lhe dá visões (1).

2) Deus lhe dá uma perspectiva, capacitando-o a ajudar os outros com mensagens do Senhor (3). Essa passagem fala a todos que são cativos em tempos que provam a alma. Deus cuida e oferece visão e perspectiva.

  1. Resumo em uma Visão (Ez 1:4-28)

O prefácio para o chamado de Ezequiel é concluído com um relato da primeira visão. A visão sugere algo da realidade vigente e ao mesmo tempo acerca do mistério desnorte-ante das revelações de Deus a respeito de si mesmo ao espírito humano.

a) Um vento tempestuoso (1.4). Ezequiel olha e vê primeiramente um vento tem-pestuoso (redemoinho de vento), simbolizando um julgamento que envolvia destruição.

O vento vinha do Norte — a direção de onde o julgamento veio em diversas épocas na conturbada história de Israel (e.g., Assíria, 721 a.C.; veja mapa 1). No tempo em que Ezequiel escreveu, 10.000 cidadãos importantes já estavam no exílio em decorrência da ação julgadora de Deus através da Babilônia. Depois de seis anos Jerusalém seria com-pletamente destruída por esse "vento tempestuoso" do Norte. Ez 4:1-24.27 nar-ram detalhadamente predições sobre essa destruição.

Uma grande nuvem e fogo estavam no meio desse "vento tempestuoso". Esses dois símbolos significam a presença de Deus — nesse caso, sua presença é uma ação de juízo sobre Judá.

  1. As quatro criaturas viventes (1:5-14). Em sua visão, Ezequiel viu quatro ani-mais que tinham a semelhança de um homem (5). Isso provavelmente representa as forças de Nabucodonosor que precisavam ser liberadas com toda a sua fúria contra Jeru-salém. Elas tinham asas (6), sugerindo habilidades peculiares que exércitos comuns, não liderados por Javé, não têm. As criaturas viventes, embora representem forças pa-gãs, estavam sendo enviadas pelo Senhor; portanto, não haveria força humana que as impedisse.

Suas asas uniam-se uma à outra (9; cf. v. 11), inferindo unidade de propósito; e não se viravam (cf. v. 12), sugerindo a determinação da sua intenção.

Cada uma dessas criaturas tinha quatro rostos (10) : rosto de homem, mostrando sua identidade básica como vingadores humanos; de leão, indicando seu poder e terror;4 de boi, sugerindo sua força constante a serviço de Deus; e de águia, mostrando que serão velozes para elevar-se acima da oposição mais forte que Jerusalém pudesse apre-sentar (veja Ap 4:7).

Essas criaturas viventes eram guiadas pelo Senhor, porque Ezequiel diz: para onde o Espírito havia de ir, iam (12).

  1. As rodas (1:15-25). Ezequiel também viu algumas rodas (15ss). Ele as viu na terra (19). Cada criatura vivente tinha uma roda dentro da roda; e ao redor dos aros havia olhos. Essas rodas, perfeitamente redondas, representavam a presença de Deus da mesma forma que a nuvem e o fogo. Quando Ezequiel diz que o Espírito dos ani-mais (criaturas viventes) estava nas rodas (21), ele quer dizer que o Senhor estava nelas (cf. "o Espírito os impelia", Moffatt). Os olhos nas cambas (18; "aros", NVI) das rodas significam a habilidade de Deus de olhar em todas as direções. Sua onipresença é chave por ser um Juiz plenamente sábio. O aspecto geral das rodas e a obra (estrutu-ra) delas eram como cor de turqueza (16; "como o berilo", NVI), ou talvez como uma pedra de crisólito (RSV). A cor da jóia que se tinha em mente é incerta. Se fosse um berilo, talvez se assemelhasse a um verde escuro ou um verde azulado. Se fosse um crisólito (turqueza), talvez se assemelhasse a um verde amarelado (veja Êx 28:20-39.13; Ez 28:13; Ap 21:20).

Sobre a cabeça (22) dessas criaturas viventes, com asas e acompanhadas de rodas, havia o que parecia um firmamento (firmamentos, ARC), uma expansão, o arco visível do céu. A KW diz que o firmamento estava sobre a sua cabeça. Por cima ("acima", NVI) desse firmamento havia uma semelhança de trono (26), novamente significando julgamento.

d) A menção da misericórdia (1:26-28). O que segue nessa visão é realmente emoci-onante. Até esse ponto foi retratado o julgamento do Senhor; mas agora é descrita a misericórdia do Poderoso. Ezequiel profetiza a respeito do julgamento de Deus a Jerusa-lém (caps. 4-24) e das sete nações (Ez 25:1-32.
32) ; mas no final o profeta pode falar de maneira confortadora ao povo a respeito de restauração e esperança (caps. 33-48). A última parte dessa visão inicial resume a mensagem final que Ezequiel profere, e encon-tramos esperança nela.

O profeta parece ter um vislumbre do Cristo, que um dia virá, transformando o julgamento em misericórdia. A NVI deixa isso claro: "Bem no alto, sobre o trono, havia uma figura que parecia um homem" (26). O fogo que envolve essa figura é característico dos relatos bíblicos da revelação de Deus (cf. Êx 3:2-19:16-18; II Reis 18:36-39). A favor da interpretação de que essa era uma visão de Cristo, o Redentor prometido, está o fato de que o esplendor dessa "forma humana" é como o aspecto do arco que aparece na nuvem no dia da chuva (28). O arco-íris também tinha sido dado a Noé como uma promessa eterna (Gn 9:13-17). Evidentemente, essa inclusão do arco-íris na visão signi-fica que a misericórdia está se aproximando. Quando Ezequiel viu a glória do Senhor, ele tomou a única postura apropriada para um homem nessas circunstâncias: caí sobre o meu rosto.


Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de Ezequiel Capítulo 1 versículo 2
O quinto ano de cativeiro do rei Joaquim corresponde ao ano 593 a.C. Conforme 2Rs 24:10-16; 2Cr 36:9-10.

Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Ezequiel Capítulo 1 do versículo 1 até o 28
*

1:1

no trigésimo ano. Julho de 593 a.C. Parece que o livro de Ezequiel tem um duplo título, um na primeira pessoa (v.1), e outro na terceira (vs. 2 e 3). As datas, nesse livro, normalmente são calculadas a partir do ano do cativeiro de Joaquim (cap. 40.1). Mas a primeira data do livro especifica um "trigésimo" ano (v. 1) e, imediatamente em seguida, refere-se ao "quinto ano" de Joaquim. Provavelmente esse trigésimo ano fosse a idade de Ezequiel quando de sua chamada profética, o que coincidiu com o "quinto" ano de Joaquim. Um candidato ao sacerdócio ordinariamente assumia as plenas responsabilidades de seu ofício aos trinta anos de idade (Nm 4:3). Em lugar de atingir esse alvo importante, Ezequiel estava vivendo no exílio, distante do templo de Jerusalém, incapaz de cumprir a seu chamado como um sacerdote.

rio Quebar. Os judeus que viviam fora de sua terra natal comumente estabeleciam lugares de adoração ao longo de correntes de água (Sl 137:1; At 16:13). Dois textos com escrita cuneiforme, originários de Nipur, mencionam um naru kabari (cujo sentido é "grande rio"), que, provavelmente, é o Quebar. Este era um grande canal de irrigação que trazia água do Eufrates até um ponto abaixo da cidade de Babilônia.

* 1.4—3.15 A visão inaugural de Ezequiel deve ser comparada às narrativas do chamamento de Moisés (Êx 3), de Isaías (Is 6) e de Jeremias (Jr 1). À semelhança de Moisés, o profeta modelo (Dt 18:15,18), aqueles que o seguissem deviam, ordinariamente, começar suas carreiras proféticas sendo admitidos à presença divina. No concílio celestial, eles ouvem as palavras de Deus. Os profetas deixaram registradas tais experiências não tanto como dados autobiográficos, mas porque a admissão deles ao concílio divino foi a base de sua reivindicação de autoridade profética. Essa era a qualificação que distinguia um profeta verdadeiro de um profeta falso (1Rs 22:19-28; Jr 23:16-18).

* 1:4

um vento tempestuoso. Quanto ao vento tempestuoso ou redemoinho como um modo de teofania, ver 2Rs 2:1,11; 38:1; 40:6; Sl 77:18; 83:15; 148:8; Is 29:6; 66:15; Jr 4:13; 23:19; 30:23; Na 1.3; Zc 9:14.

* 1:5

Quando esses "seres viventes" apareceram novamente, foram identificados como "querubins" (10.1,15,17,20). Existem pontos de semelhança com os serafins que estavam com Deus por ocasião da chamada de Isaías (Is 6:2,3), e com a visão de João do trono divino (Ap 4:6-9). Suas asas "se uniam uma à outra" (v.9), tais como as asas dos querubins sobre a arca no Santo dos Santos do templo (1Rs 6:27; 2Cr 3:11,12). Os livros de Crônicas descrevem a arca como "o carro dos querubins" (13 28:18'>1Cr 28:18).

* 1:10

seus rostos. Os quatro rostos, provavelmente, representam as cabeças de quatro reinos da criação. O homem é supremo e olha para o lado de fora. O boi é o cabeça dos animais domésticos; o leão, dos animais selvagens; e a águia, dos pássaros. Ao que parece, as criaturas formavam um quadrado, com as faces humanas olhando para o lado de fora, para os quatro pontos cardeais, tornando os outros rostos visíveis lateralmente.

* 1:13-14

carvão em brasa... tochas... relâmpagos. O fogo é um componente regular das teofanias (manifestações ou aparições de Deus) no Antigo Testamento (Gn 15:17; Êx 3:2; 13:21,22; 14:24; 19:18; 24:17; Nm 11:1; Dt 1:33; 4:11,12,24,33,36; 5.22-26; 9:3; Sl 18:8; 78:14,21).

* 1:24

como o rugido. Um distintivo som forte acompanha as teofanias que envolvem o exército divino (2Sm 5:24; 2Rs 7:6; Is 13:4; 66:6; Jl 2:5; conforme Gn 3:8; Êx 19:19; Is 6:4). Ver particularmente 3.12,13 10:5.

* 1:27

um resplendor. A luz que se irradia da presença divina é avassaladora (Dn 7:9), pois Deus habita em "luz inacessível" (1Tm 6:16). Ninguém jamais viu a Deus, e Ezequiel não ousou descrevê-lo. Ele pôde falar somente sobre a "aparência da glória do SENHOR" (1.28), uma maneira de falar essencialmente distante de uma descrição direta de Deus.

* 1:28

arco que aparece na nuvem. O arco-íris não somente reflete o resplendor ao redor de Deus, mas também testifica de seu domínio sobre o mar e sua promessa feita a Noé (Gn 9:16,17). Ver nota teológica "A Glória de Deus", índice .



Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Ezequiel Capítulo 1 do versículo 1 até o 28
Ezequiel serve como profeta entre os cativos em Babilônia desde 593 a.C. até 571 a.C.

Ambiente da época: Ezequiel e seu povo são levados em cativeiro a Babilônia. Os judeus são estrangeiros em uma terra estranha governada por um governo autoritário.

Mensagem principal: devido aos pecados do povo, Deus tinha permitido a destruição do Judá. Entretanto, ainda havia esperança: Deus prometia restaurar a terra aos que permanecessem fiéis ao.

Importância da mensagem: Deus nunca se esquece dos que fielmente procuram lhe obedecer. Têm um futuro glorioso por diante.

Profetas contemporâneos: Daniel (605-536) Habacuc (612-588) Jeremías (627-586)

1:1 Ezequiel, nascido e criado no Judá, preparava-se para o sacerdócio no templo de Deus quando os babilonios atacaram em 597 a.C. e o levaram junto com dez mil cativos mais (2Rs 24:10-14). A nação estava ao bordo da destruição completa. Quatro ou cinco anos mais tarde, quando Ezequiel tinha trinta anos (a idade normal para ser sacerdote), Deus o chamou a ser profeta. Durante os primeiros seis anos que Ezequiel exerceu em Babilônia (2Rs 1:3), Jeremías pregava a quão judeus ainda permaneciam no Judá e Daniel servia na corte do Nabucodonosor. O rio Quebar desembocava no Eufrates em Babilônia e ali se estabeleceu um grupo de cativos judeus.

1:1 por que os cativos em Babilônia necessitavam um profeta? Deus queria que Ezequiel: (1) ajudasse a que os cativos compreendessem por que os levaram em cativeiro, (2) dissipasse a falsa esperança de que o cativeiro ia ser curto, (3) levasse uma nova mensagem de esperança, e (4) chamasse o povo a uma nova consciência de sua dependência em Deus.

1:1 Deus se comunicava com o Ezequiel em visões. Uma visão é uma revelação milagrosa da verdade de Deus. Estas visões nos parecem estranhas porque são apocalípticas. Isto significa que Ezequiel via imagens simbólicas que expressavam vividamente uma idéia. Daniel e João foram outros escritores da Bíblia que utilizaram imagens apocalípticas. A gente que estava no cativeiro perdeu sua perspectiva do propósito de Deus e sua presença, e Ezequiel foi a eles com uma visão de Deus para lhes mostrar a tremenda glória e santidade do e lhes advertir as conseqüências do pecado antes de que fora muito tarde.

1.1ss A última mensagem datada que Deus deu ao Ezequiel (29,17) foi em 571 a.C. O levaram cativo durante a segunda invasão babilônica do Judá em 597 a.C. Os babilonios invadiram Judá por terceira e última vez em 586 a.C. e destruíram completamente Jerusalém, queimaram o templo e deportaram ao resto do povo (veja-se 2 Rseis 25). Ezequiel data tudas suas mensagens desde ano em que o levaram cativo (597). Sua primeira profecia aos cativos a pronunciou quatro ou cinco anos depois de estar em Babilônia (593 a.C.).

1:3 O nome "Ezequiel" significa "Deus é forte" ou "Deus fortalece". Em um sentido muito real, isto resume a mensagem básica do livro: a pesar do cativeiro, a soberana fortaleza de Deus prevalecia, e castigaria a seus inimigos e restauraria a seu verdadeiro povo.

1.4ss Esta é a primeira visão do Ezequiel em que Deus o chama para ser profeta (veja-se 2.5). Nada em sua experiência prévia o tinha preparado para tal demonstração do poder e da presença de Deus. A "grande nuvem" resplandecia com ventos tempestuosos e estava rodeada por uma luz brilhante. Quatro seres viventes surgiram do envolvente fogo da nuvem. Mostraram ao Ezequiel que a destruição de Jerusalém seria castigo de Deus pelos pecados do Judá. (Estes seres viventes também se apresentam em Ap 4:6-7.)

Ezequiel estava muito longe do templo de Jerusalém, símbolo físico da presença de Deus, quando recebeu esta visão. Por meio dela, soube que Deus está presente em todas partes e que suas atividades no céu conformam os sucessos na terra.

1:5 Cada um dos quatro seres viventes tinha quatro caras, que simbolizavam a natureza perfeita de Deus. Alguns acreditam que o leão representava a força; o boi, o serviço diligente; o homem, a inteligência; e a águia, a divindade. Outros os vêem como as criaturas mais majestosas de Deus e dizem que representam à criação inteira. Os pais da igreja primitiva viam uma conexão entre estes seres e os quatro Evangelhos: O leão com o Mateus, que apresenta a Cristo como o Leão do Judá; o boi com o Marcos, que apresenta a Cristo como o Servo; o homem com o Lucas, que apresenta a Cristo como o Homem perfeito; a águia com o João, que apresenta a Cristo como o Filho de Deus exaltado e divino. A visão do João no capítulo quatro de Apocalipse faz um paralelo com a visão do Ezequiel.

1.16-18 A "roda em meio de roda", provavelmente descreve duas rodas em ângulo reto, uma em direção norte ao sul e a outra neste direção ao oeste. Podiam mover-se para qualquer parte como Deus, que está presente em todas partes e pode ver todas as coisas (1.18). Deus não está restringido a Jerusalém, mas sim rege a vida e a história. Apesar de que os cativos tinham experienta grandes mudanças, Deus ainda levava as rédeas.

1:26 Esta "semelhança que parecia de homem" revelava a santidade de Deus e preparava ao Ezequiel para o que O estava a ponto de lhe dizer. Esta figura representava ao mesmo Deus no trono. De maneira similar, Cristo revela a Deus em forma humana e nos prepara para sua mensagem de salvação. Cristo chegou à história em um corpo humano, real.

1.27, 28 Ezequiel percebeu a glória de Deus como uma luz brilhante e fogo. Caiu de cara ao chão, afligido pela santidade de Deus e por sua própria insignificância e maldade. À larga toda pessoa cairá ante Deus, já seja por reverência e gratidão por sua misericórdia ou por temor de seu castigo. Sobre a base da forma em que você vive hoje, como reagirá à santidade de Deus?

1:27, 28 Os quatro seres viventes e as quatro rodas são poderosas imagens de castigo, mas o arco íris sobre o trono simboliza a fidelidade infinita de Deus para seu povo. Deus enviou um arco íris ao Noé como sinal de sua promessa de não voltar a destruir a terra com um dilúvio (Gn 9:8-17), e da mesma forma este arco íris era sinal de sua promessa de preservar aos que permanecem fiéis ao. O propósito do castigo de Deus é nos corrigir e, finalmente, permitir que reine paz perfeita e justiça na terra para sempre..

CATIVEIRO EM BABILÔNIA: Ezequiel trabalhou para Deus exatamente no lugar em que se encontrava, entre os cativos em diversas colônias perto do rio Quebar em Babilônia. Jerusalém e seu templo ficavam aproximadamente a 800 km, mas Ezequiel ajudou ao povo a compreender que apesar de que se encontravam longe da pátria, não tinham que estar longe de Deus.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Ezequiel Capítulo 1 do versículo 1 até o 28

CHAMADA I. Ezequiel e da Comissão (Ez 1:1-3 .: 27)

A primeira seção da profecia, que se refere ao chamado de Deus para Ezequiel, é uma introdução para o todo. Antes, o profeta pode falar com outros, Deus tem de falar com ele. Fora da tempestade, em imagens vívidas, com uma visão da transcendência divina, mas em palavras claras e distintas, Deus falou com o padre exilado, preparando-o para ser o profeta de julgamento e de esperança. As palavras-chave da seção são "serra", "ouvir (d)," e "falar". Ezequiel viu a glória do Senhor, ouviu a voz de Deus chamando-o, e foi ordenado a falar adiante a mensagem do Altíssimo.

VISION A. O PROFETA (


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de Ezequiel Capítulo 1 do versículo 1 até o 28
1.1 No trigésimo ano. O livro começa com a data internacional, o trigésimo ano do império da Babilônia, que começou com a dinastia de Nabopolassar (626-605 a.C.). Este levou apenas cinco anos para acrescentar à antiga cidade de Babei os territórios ao seu redor, forçando os assírios a recuar para seu próprio país. Se Ezequiel está usando esta data, 621 a.C. para o início do novo império, estamos no ano 593 a.C., v. 2. Quebar. Um grande canal que irrigava a parte oriental da cidade da Babilônia. É provável que os cativos estivessem sendo usados para completar a construção deste rio artificial.

1.2 Quinto ano de cativeiro. O livro prosseguirá doravante com as datas locais da comunidade judaica. Joaquim foi para o cativeiro em 597 a.C., e, aquela hora, foi para Ezequiel o fim da sua nação, pois os líderes da corte, do templo e do comércio e indústria também foram levados ao cativeiro (2Rs 24:10-12). Não há dificuldade em fixar a data mencionada aqui como 593 a.C.

1.4 Vento. A visão começa com a vinda de algo parecido, um tipo de furacão que aparece na região, segundo as descrições locais.

1.5 Seres viventes. Estes seres se definem especificamente como querubins no cap. 9 onde se podem procurar as notas explicativas.

1.15 Uma roda. Veja as notas explicativas Dt 10:9-5.

1.18 E metiam medo. Ninguém sabe ao certo como traduzir esta frase. Seria "tinham raios" ou "tinham algo temível".

1.22 Cristal brilhante. A descrição da visão do trono de Deus, dada em Ap 4:1-66 menciona este cristal juntamente com os relâmpagos, que devem ter alguma relação com o "metal brilhante" mencionado no v. 4, já que os israelitas usam esta palavra para eletricidade, na língua hebraica moderna. Em Apocalipse vemos que a função dos querubins era glorificar a Deus; aqui revelam a glória de Deus em visões, ali o fazem cantando "Santo, Santo, Santo".

1.26 Algo semelhante. Esta frase é uma chave para todas as visões aqui descritas. A glória de Deus é grande demais para se conter dentro de qualquer objeto físico, mas nossos olhos fracos, humanos, só podem contemplar coisas terrestres. Por isso é que as coisas eternas de Deus podem ser vistas e descritas pelos homens em termos bem humanos, como algo que existe na terra.

• N. Hom. 1.28 Caí. A confiança que o homem tem em si mesmo abala-se perante a revelação da glória divina. Só quando nos humilhamos dessa maneira perante Deus, é que estamos em condições de sermos instruídos por Ele para sermos seus discípulos, e depois, sermos seus mensageiros. Quando reconhecemos plenamente nossos pecados, é que, então, convertidos a Deus, podemos receber a consolação do Espírito Santo que nos põe em pé para daí em diante andarmos nos caminhos de Deus, 2.2. Esta foi a experiência de Isaías (Is 6:1-23); de Daniel (Ez 10:8-27); do apóstolo Paulo (At 26:13-44); e é a de todos os que crêem em Jesus (Ef 2:1-49).


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de Ezequiel Capítulo 1 do versículo 1 até o 28
I. O CHAMADO DE EZEQUIEL (1.1—3.27)


1) Época e lugar (1:1-3)
v. 1. trigésimo ano: A visão inicial de Ezequiel tem uma datação dupla. A data mencionada no v. 2 é imediatamente inteligível, mas a época a partir da qual é contado o trigésimo ano é incerta. O profeta pode estar indicando a sua idade: no ano em que normalmente estaria entrando no seu serviço sacerdotal (conforme Nu 4:3), ele percebeu que estava sendo chamado para um ministério diferente. W. F. Albright (menos provável) sugere que o trigésimo ano é contado a partir da mesma época que as outras datas do livro e assinala o tempo em que foi concluída a compilação dos oráculos de Ezequiel (i.e., 568 a.C.), ou quando Ezequiel os ditou de memória a um escriba, assim como Jeremias ditou as suas profecias a Baruque (Jr 36:1-24). junto ao rio Quebar. i.e., o “grande canal” (o atual Shatt en-Nil), que se separava do Eu-frates um pouco ao norte da Babilônia, passava ao lado de Nippur (c. 95 quilômetros a sudeste da cidade da Babilônia) e depois desembocava novamente no Eufrates ao sul de Ur. Os exilados eram os que viviam em Tel-Abibe (v. 3.15). Foi nessa situação deprimente, longe do lar, que ele viu os céus se abrirem e teve visões de Deus — significando (como indica a analogia Dt 8:3; 40,2) visões concedidas por Deus.

v. 2. no quinto dia do quarto mês: se o mês era de fato o quarto mês (tamuz), como no v. 1, então o dia foi 31 de julho de 593 a.C., pois o quinto ano do exílio do rei Joaquim durou desde 1- de nisã (30 de abril) daquele ano até 29 de adar (18 de abril) de 592 a.C. Sabemos, com base em uma fonte babilónica contemporânea, que o exílio de Joaquim começou em 2 de adar (16 de março) de 597 a.C. As autoridades babilónicas continuavam dando a ele algum reconhecimento como rei no exílio, e é o que evidentemente faziam os seus conterrâneos exilados; em reconhecimento das circunstâncias da época, no entanto, Ezequiel data as suas visões de acordo com o exílio de Joaquim, e não do seu reinado. O seu reinado havia durado pouco mais de três meses (2Rs 24:8; 2Cr 36:9). Acerca do seu sucessor Zedequias, v. 17.13ss; 21.35. v. 3. A palavra do Senhor veio: uma expressão comum no ATOS para descrever a experiência profética (conforme lRs 17.8; Dn 1:1). E menos freqüente encontrarmos fora de Ezequiel a expressão a mão do Senhor estava sobre um profeta. Quando a expressão é usada em relação a Elias (lRs 18,46) ou Eliseu (2Rs 3:15), indica uma capacitação sobrenatural especial; em Ezequiel, denota o início do êxtase profético.


2) A visão inicial (1:4-28a)

A descrição da visão inicial de Ezequiel é um dos trechos mais difíceis de traduzir em todo o ATOS; a tradução da NEB é extraordinariamente bem-sucedida. Mas a lição principal transmitida pela visão é clara: o Deus de Israel não está preso ao seu templo em Jerusalém. O seu trono, equipado com rodas e suspenso pelos querubins, é móvel; ele pode manifestar — e de fato manifesta — sua presença a Ezequiel na Babilônia tão facilmente como a havia manifesto, por exemplo, a Isaías em Jerusalém (Is 6:0; 40:34,35; lRs 8.11.


Moody

Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
Moody - Comentários de Ezequiel Capítulo 1 do versículo 1 até o 27

INTRODUÇÃO

A Época. Os fatos contidos no livro de Ezequiel situam o ministério do profeta no começo do exílio babilônico, entre 593/592 e 571/570 A. C. (Ez 1:1; Ez 29:17). O profeta Ezequiel, fazendo da Babilônia o seu palco de acontecimentos, analisou a queda e a restauração da casa de Israel; enquanto que seu contemporâneo mais velho, Jeremias, em Jerusalém, observou de perto os últimos suspiros do reino de Judá (Jr 1:1-3).

Durante grande parte dos séculos oito e sete A. C., o cruel poder assírio perturbou os reinas de Israel e Judá. O reino do norte caíra em 721 A.C.; mas Judá, embora seriamente enfraquecido, conseguiu sobreviver ao seu opressor. Como reinado de Assurbanipal (669-633 A.C.), o império assírio começou a declinar. O Egito esquivou-se ao seu jugo em 655. Dentro de poucos anos a Assíria estava lutando pela sobrevivência contra a Babilônia e os medos. Assur, antiga capital da Assíria, sucumbiu em 614, e a muito poderosa Nínive foi completamente destruída em 612. Por volta de 607 os restos do império assírio desmoronaram.

Aproveitando-se do declínio assírio, Josias (640/639-609/608 A.C.), o último grande rei de Judá, fortaleceu o seu reino. Sua brilhante carreira foi interrompida por um encontro com Faraó-Neco II do Egito em Megido, que tentava escorar o império assírio como proteção contra a Caldéia (2Rs 23:29). Salum ou Jeoacaz (Jr 22:1 e segs.). Os caldeus se tornaram os novos senhores do mundo (2Rs 24:7), com Judá por estado vassalo. Jeoaquim (608-597 A.C.) perseguiu os profetas (Jr 7:1; Jr 36:1), degradou a vida espiritual da nação (Jr 7:1-15; Jr 13:16-20, Jr 22:17-19; Jr 22:24-30; Ez 19:5). Depois de saquear Jerusalém, o monarca caldeu deportou várias centenas de seus cidadãos aristocratas para a Babilônia. Esses, Jeremias comparou a "figos bons", a esperança do futuro de Israel, em contraste com os "filhos ruins", os mais pobres entre o povo, que foram deixados (Jr 24:29). Entre o grupo de exilados estava Ezequiel, que data suas mensagens do ano do cativeiro de Joaquim (Ez 1:1, Ez 1:2; Ez 3:16; Ez 8:1; Ez 20:1;

COMENTÁRIO

O livro de Ezequiel compreende duas porções: os capítulos 1-24, uma série de mensagens transmitidas antes da queda de Jerusalém, cuja idéia principal é "o juízo"; e os capítulos 25-48, transmitidos depois de sua queda, com o tema fundamental da "esperança". O livro é mais apropriadamente estudado sob quatro divisões: capítulos 1-24, Profecias do Juízo de Judá e Jerusalém; capítulos 25-32, Profecias Contra as Nações Vizinhas; capítulos 33-39, Profecias da Restauração de Israel; capítulos 40-48, Visões do Novo Templo e da Nova Lei para o Povo Redimido.

I. Profecias Contra Judá e Jerusalém. 1:1 - 24:27.

Os ameaçadores discursos contra Jerusalém e a casa de Israel, transmitidos antes da queda de Jerusalém, consistem de uma seção introdutória, expondo em detalhes a vocação do profeta (caps. 1-3); atos simbólicos e oráculos descrevendo a derrota da cidade e do estado (caps. 4-7); um grupo de visões descrevendo os terríveis pecados de Jerusalém, que exigiam a sua destruição (caps. 8-11); atos simbólicos, parábolas e alegorias apresentando a necessidade moral do cativeiro (caps. 12-19); e uma recordação da história passada de Israel que clama por um certo juízo (caps. Ez 20:1).


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de Ezequiel Capítulo 1 do versículo 1 até o 28
O PECADO DE ISRAEL E O JUÍZO IMINENTE-Ez 1:1-24.27

I. A CHAMADA DE EZEQUIEL Ez 1:1-3.27

a) A visão sobre a glória de Deus (Ez 1:1-28)

Não se sabe a partir de que época Ezequiel data o ano trigésimo (1), se a partir da era babilônica ou a partir da era israelita. Orígenes julgava que representava sua própria idade. No quinto ano do cativeiro do rei Joaquim (2), porém, fixa a data como sendo 593 a.C. Evidências sobre estabelecimentos judaicos têm sido encontrados em Nippur, à beira do rio Quebar (1), que pelos babilônios era conhecido como "o Grande Canal"; que Ezequiel tenha recebido visões de Deus (1) em tal lugar seria considerado revolucionário por muitos de seus compatriotas, cujos sentimentos se expressavam antes em afirmações como as de Sl 137:0.

À semelhança de outros antes dele, a chamada de Ezequiel para o ofício profético veio por meio de uma visão de Deus. Porém, como freqüentemente acontece no êxtase profético (cfr. At 10), a natureza da visão era condicionada pelo ambiente do recipiente. Neste caso foi a aproximação de uma nuvem tempestuosa o meio pelo qual Deus Se revelou a Ezequiel (4). O negrume da nuvem, o resplendor avermelhado e desnatural, e os coriscos que relampejavam, proveram a moldura para a manifestação da maior glória de Deus. (Ver Guillaume, Prophecy and Divination, págs. 155-156, e comparar a seguinte reportagem sobre uma tempestade no Eufrates: "Densas massas de nuvens escuras, com estrias alaranjadas, vermelhas e amarelas apareceram vindas do OSO, aproximando-se em espantosa velocidade... Por essa altura as nuvens pareciam verdadeiramente terríveis. Por debaixo da mais escura delas havia uma coleção de material, de cor carmesim escuro, que rolava em nossa direção com rapidez espantosa... Tudo se tornou calmo e claro como antes, e talvez vinte e cinco minutos não se tivessem passado desde o começo, progresso e término daquele temível furacão". Chesney, em Narrative of the Euphrates Expedition, citado por Cooke, em I. C. C., pág. 10). Note-se o termo repetido, semelhança (5,10,13, etc.); Ezequiel podia sugerir apenas paralelos para as figuras vistas em sua visão. Os animais (5) com sua roda (15) formavam uma carruagem extraterrena para o trono de Deus. O comentário dos rabinos, quanto aos rostos dos animais (10) é freqüentemente citado com aprovação; "a águia é exaltada entre as aves; o boi é exaltado entre os animais domésticos; o leão é exaltado entre os animais ferozes; o homem é exaltado entre as criaturas; e todos eles tem recebido domínio, e lhes tem sido proporcionada grandeza; não obstante, acham-se abaixo da carruagem do Santo" (Midrash R. Shemoth, 23, sobre Êx 15:1). Cfr. Ap 4:7.

>Ez 1:15

As rodas (15-16) permitiam que a carruagem viajasse para todos os lugares, um lembrete necessário para os exilados (ver nota sobre os vers. 1 e 2). Vistas da posição em que se achava Ezequiel, parecia que revolviam uma dentro da outra; sua construção era como se uma roda estivesse no meio da outra, embora, em realidade, houvesse apenas quatro rodas, cada qual separada das demais, nas quatro esquinas de um quadrado. O movimento das rodas (17) é impossível de ser imaginado, se tivermos em mente veículos ordinários; era uma carruagem sobrenatural! Suas cambas (isto é, suas circunferências) eram cheias de olhos ao redor (18). Esses olhos denotavam inteligência, pois o espírito da criatura vivente estava nas rodas (20). Uma semelhança de firmamento (22); ou melhor, "plataforma"; raki’a é palavra traduzida com "firmamento" (nesta versão como "expansão") em Gn 1; porém, sua significação fundamental é: "algo feito de forma firme e chata por pressão". E é essa significação que está aqui em mente. Servia de base para o trono de Jeová (26), e era carregado pelos animais vivos.

>Ez 1:26

Note-se que nos vers. 26-28 o profeta não diz de modo definido que viu a Jeová, mas tão somente a semelhança dum homem e a semelhança da glória do Senhor. (Segundo diz o Talmude, há o "rosto maior" e o "rosto menor" de Deus, e ao homem é dado ver somente este último; cfr. Jo 1:18). Não obstante, aquilo que Ezequiel viu foi o suficiente para deixá-lo aterrado; cfr. Is 6:5; Ez 10:8-27; Ap 1:17).


Dicionário

Ano

substantivo masculino Período de tempo compreendido entre 1 de janeiro e 31 de dezembro, composto por 12 meses.
[Astronomia] Tempo que a Terra leva para completar uma volta em torno do Sol, com duração de 365 dias e 6 horas; ano solar.
[Astronomia] Duração média da revolução de qualquer astro ao redor do Sol: ano de Marte.
Medida da idade, do tempo de existência de algo ou de alguém: jovem de 20 anos.
Período anual durante o qual algumas atividades são feitas com regularidade.
substantivo masculino plural Tempo, velhice: o estrago dos anos.
expressão Ano bissexto. Ano que tem 366 dias, contando-se em fevereiro 29 dias, e ocorre de quatro em quatro anos.
Ano letivo. O que vai do início ao encerramento das aulas; ano escolar.
Ano novo ou ano bom. Primeiro de janeiro.
Etimologia (origem da palavra ano). Do latim annu-.

Uma comparação entre Dn 7:25-12.7 e Ap 11:2-3 e 12.6, mostra que se faz nesses lugares referência a um ano de 360 dias. Um tempo, tempos, e meio tempo ou 3,5 anos ou 42 meses ou 1.260 dias. Mas um ano de 360 dias teria tido logo este mau resultado: as estações, as sementeiras, a ceifa e coisas semelhantes deviam ter sido pouco a pouco separadas dos meses a que estavam associadas. Conjectura-se que para obviar a este mal foi, nos devidos tempos, intercalado um mês, chamado o segundo mês de adar. o ano sagrado principiava no mês de abibe (nisã), pelo tempo do equinócio da primavera. No dia 16 de abibe, as espigas de trigo, já maduras, deviam ser oferecidas como primícias da colheita (Lv 2:14 – 23.10,11). Depois do cativeiro, um mês, o décimo-terceiro, era acrescentado ao ano, todas as vezes que o duodécimo acabava tão longe do equinócio, que não se podia fazer a oferta das primícias no tempo fixado. o ano civil principiava aproximadamente no tempo do equinócio do outono. (*veja Cronologia, Tempo.)

Ano Período de 12 meses lunares (354 dias; (1Cr 27:1-15). De 3 em 3 anos acrescentava-se um mês (repetindo-se o último mês) para acertar a diferença entre os 12 meses lunares e o ano solar.

Ano Sua duração dependia de seu caráter solar ou lunar. Dividia-se em inverno (de 15 de outubro a 15 de maio) e verão (de 15 de maio a 15 de outubro). Nos cálculos de duração, uma fração de ano equivalia a um ano inteiro. Contavam-se os anos de um imperador a partir de sua ascensão ao trono. Assim, o ano quinze de Tibério (Lc 3:1) iria de 19 de agosto de 28 a 19 de agosto de 29, mas Lucas utilizou o cômputo sírio — que iniciava o ano em 1o de outubro — e, nesse caso, o ano quinze teria iniciado em 1o de outubro de 27.

substantivo masculino Período de tempo compreendido entre 1 de janeiro e 31 de dezembro, composto por 12 meses.
[Astronomia] Tempo que a Terra leva para completar uma volta em torno do Sol, com duração de 365 dias e 6 horas; ano solar.
[Astronomia] Duração média da revolução de qualquer astro ao redor do Sol: ano de Marte.
Medida da idade, do tempo de existência de algo ou de alguém: jovem de 20 anos.
Período anual durante o qual algumas atividades são feitas com regularidade.
substantivo masculino plural Tempo, velhice: o estrago dos anos.
expressão Ano bissexto. Ano que tem 366 dias, contando-se em fevereiro 29 dias, e ocorre de quatro em quatro anos.
Ano letivo. O que vai do início ao encerramento das aulas; ano escolar.
Ano novo ou ano bom. Primeiro de janeiro.
Etimologia (origem da palavra ano). Do latim annu-.

Cativeiro

substantivo masculino Privação da liberdade; situação de escravo; servidão, escravidão.
Lugar onde se está cativo, preso, principalmente em relação a alguém que foi sequestrado: polícia descobriu mais um cativeiro!
Gaiola ou lugar completamente fechado usado para criar animais.
Figurado Falta de liberdade moral, espiritual; domínio.
Etimologia (origem da palavra cativeiro). De cativo + eiro.

Escravidão

Cativeiro
1) Situação dos judeus quando foram derrotados e levados como prisioneiros para a Assíria ou para a Babilônia (Am 7:11)

2) Lugar onde alguém fica como prisioneiro (Ap 13:10).

Dia

o ‘calor do dia’ (Mt 20:12) significa o tempo das nove horas, quando no oriente o sol resplandece vivamente no Céu. ‘Pela viração do dia’ (Gn 3:8) é justamente antes do sol posto. Antes do cativeiro, os judeus dividiam a noite em três vigílias: a primeira vigília durava até à meia-noite (Lm 2:19), a média ia da meia-noite até ao cantar do galo (Jz 7:19), e a da manhã prolongava-se até ao nascer do sol (Êx 14:24). No N.T., porém, há referências a quatro vigílias, divisão que os judeus receberam dos gregos e romanos: a primeira desde o crepúsculo até às nove horas (Mc 11:11Jo 20:19) – a segunda, desde as nove horas até à meia-noite (Mc 13:35) – a terceira, desde a meia-noite até às três da manhã (Mc 13:35) – e a quarta, desde as três horas até ao romper do dia (Jo 18:28). o dia achava-se dividido em doze partes (Jo 11:9). A hora terceira, a sexta, e a nona, eram consagradas à oração (Dn 6:10, At 2:15, e 3.1). Parte de um dia era equivalente nos cálculos ao dia todo (Mt 12:40). os judeus não tinham nomes especiais para os dias da semana, mas contavam-nos desde o sábado. Usa-se, também, a palavra ‘dia’, como significando dia de festa (os 7:5), e dia de ruína (18:20, e os 1:11). Deve ser notado que no cálculo da duração de um reinado, por exemplo, conta-se uma pequena parte do ano por um ano completo. E assim se um rei subia ao trono no último dia do ano, o dia seguinte era o princípio do segundo ano do seu reinado. (*veja Cronologia, Tempo, Ano.)

Dia
1) Período de 24 horas (Rm 8:36;
v. HORAS).


2) Tempo em que a terra está clara (Rm 13:12).


3) O tempo de vida (Ex 20:12).


4) Tempos (Fp 5:16, plural).


Entre os índios e em geral no Oriente, a palavra que trasladamos por dia tem uma significação primitiva, que corresponde exatamente ao termo caldeu sare, revolução.
Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - O Velho Testamento

[...] todo dia é também oportunidade de recomeçar, reaprender, instruir ou reerguer.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ceifa de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 1a ed• especial• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 22

Cada dia é oportunidade de ascensão ao melhor.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Correio fraterno• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 58

[...] cada dia é um ramo de bênçãos que o Senhor nos concede para nosso aperfeiçoamento.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

No livro da existência, cada dia é uma página em branco que confiarás ao tempo, gravada com teus atos, palavras e pensamentos.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

Cada dia é nova oportunidade de orar, de servir e semear. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

Cada dia é desafio sereno da Natureza, constrangendo-nos docemente à procura de amor e sabedoria, paz e elevação.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

Cada dia é a oportunidade desvendada à vitória pessoal, em cuja preparação falamos seguidamente de nós, perdendo-lhe o valor.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

Cada dia é um país de vinte e quatro províncias. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

Cada dia é oportunidade de realizar o melhor. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

[...] o dia que deixas passar, vazio e inútil, é, realmente, um tesouro perdido que não mais voltará.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Justiça Divina• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Diante do tempo

O dia e a noite constituem, para o homem, uma folha do livro da vida. A maior parte das vezes, a criatura escreve sozinha a página diária, com a tinta dos sentimentos que lhe são próprios, nas palavras, pensamentos, intenções e atos, e no verso, isto é, na reflexão noturna, ajudamo-la a retificar as lições e acertar as experiências, quando o Senhor no-lo permite.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Os Mensageiros• Pelo Espírito André Luiz• 41a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 41

[...] Cada dia é uma página que preencherás com as próprias mãos, no aprendizado imprescindível. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pontos e contos• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 31

[...] O dia constitui o ensejo de concretizar as intenções que a matinal vigília nos sugere e que à noite balanceamos.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Renúncia• Pelo Espírito Emmanuel• 34a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - pt• 1, cap• 6


Dia O oposto à noite, à qual segue (Lc 21:37; Jo 9:4). Também espaço temporal de 24 horas. Os romanos contavam o dia de meia-noite a meia-noite — prática que perdura entre nós —, enquanto os judeus contemporâneos de Jesus iniciavam o dia com o surgimento da lua, concluindo-o no dia seguinte pela tarde. Para designar um dia completo, costumava-se empregar a expressão “noite e dia” (Mc 4:27; 5,5; Lc 2:37).

substantivo masculino Período de tempo que vai do nascer ao pôr do sol.
Claridade, luz do sol: o dia começa a despontar.
As horas em que o trabalhador tem obrigação de trabalhar: perder o dia.
Situação que caracteriza algo; circunstância: aguardemos o dia propício.
Época atual; atualidade: as notícias do dia.
Condição climática; estado da atmosfera: dia claro.
Duração de vinte e quatro horas que corresponde ao movimento de rotação da Terra sobre si mesma.
Etimologia (origem da palavra dia). Do latim dies.ei.

substantivo masculino Período de tempo que vai do nascer ao pôr do sol.
Claridade, luz do sol: o dia começa a despontar.
As horas em que o trabalhador tem obrigação de trabalhar: perder o dia.
Situação que caracteriza algo; circunstância: aguardemos o dia propício.
Época atual; atualidade: as notícias do dia.
Condição climática; estado da atmosfera: dia claro.
Duração de vinte e quatro horas que corresponde ao movimento de rotação da Terra sobre si mesma.
Etimologia (origem da palavra dia). Do latim dies.ei.

substantivo masculino Período de tempo que vai do nascer ao pôr do sol.
Claridade, luz do sol: o dia começa a despontar.
As horas em que o trabalhador tem obrigação de trabalhar: perder o dia.
Situação que caracteriza algo; circunstância: aguardemos o dia propício.
Época atual; atualidade: as notícias do dia.
Condição climática; estado da atmosfera: dia claro.
Duração de vinte e quatro horas que corresponde ao movimento de rotação da Terra sobre si mesma.
Etimologia (origem da palavra dia). Do latim dies.ei.

substantivo masculino Período de tempo que vai do nascer ao pôr do sol.
Claridade, luz do sol: o dia começa a despontar.
As horas em que o trabalhador tem obrigação de trabalhar: perder o dia.
Situação que caracteriza algo; circunstância: aguardemos o dia propício.
Época atual; atualidade: as notícias do dia.
Condição climática; estado da atmosfera: dia claro.
Duração de vinte e quatro horas que corresponde ao movimento de rotação da Terra sobre si mesma.
Etimologia (origem da palavra dia). Do latim dies.ei.

Joaquim

Dicionário Comum
Nome Hebraico - Significado: O elevado de Deus.
Fonte: Priberam

Dicionário Comum
Nome Hebraico - Significado: O elevado de Deus.
Fonte: Priberam

Dicionário Bíblico
o Senhor estabelece. Era filhode Jeoaquim e de Neusta, e rei de Judá: é também chamado Jeconias (Jr 22:24 – 1 Cr 3.17). Ele nasceu por ocasião do primeiro cativeiro babilônico, quando seu pai era levado para a Babilônia. Tendo Joaquim voltado da Babilônia, reinou até que foi morto pelos caldeus, no 11º ano do seu reinado, sucedendo-lhe seu filho Joaquim. Em 2 Rs 24.8 diz-se que Joaquim tinha dezoito anos de idade, quando começou a reinar, ao passo que as Crônicas falam de 8. Este último número é provavelmente devido a erro de copista. As palavras de Jeremias: ‘Registai este como se não tivera filhos’ (Jr 22:30) não se devem tomar no sentido mais restrito, visto como ele foi pai de mais de um filho (1 Cr 3.17 – Mt 1:12). Significava a profecia que ele não havia de ter herdeiro para o seu trono, e foi isto o que aconteceu. Mal ele tinha subido ao trono, veio Nabucodonosor, e cercou Jerusalém com um exército regular. Joaquim, contudo, não fez praticamente resistência alguma, entregando-se quase logo que o inimigo principiou o cerco da cidade. Ele, a rainha mãe, e toda a sua casa foram levados para Babilônia (Jr 29:2), juntamente com todo o tesouro da cidade, e todos os habitantes de melhor posição (2 Rs 24.13 – 2 Cr 36.9,10). Em Babilônia esteve Joaquim preso com todo o rigor pelo espaço de trinta e seis anos – foi só depois deste tempo que Evil-Merodaque, sucedendo a Nabucodonosor (561 a.C.), o pôs em liberdade, e o colocou num lugar de superioridade em relação aos outros cativos. E nada mais se sabe dele, não obstante terem sido Daniel e Ezequiel seus companheiros no cativeiro. Todavia, há uma tradição judaica que diz ter sido Joaquim pessoa de grande riqueza e importância, e marido de Susana. Do que se lê no cap. 24 de Jr se pode depreender que os judeus esperavam que o rei Joaquim havia de voltar, não muito depois da sua queda. Na verdade houve uma conspiração resultante daquela expectativa – e foi isso, provavelmente, o que levou os babilônicos a terem Joaquim rigorosamente encarcerado durante o reinado de Nabucodonosor.
Fonte: Dicionário Adventista

Quem é quem na Bíblia?

(Heb. “o Senhor sustenta”). Joaquim, também conhecido como Jeconias (1Cr 3:16) ou Conias (Jr 22:24, apenas em algumas versões), era filho de Jeoiaquim e neto de Josias (2Rs 24:6; cf. 23:34; 1Cr 3:15-16), ambos reis de Judá. Joaquim sucedeu seu perverso pai no trono de Davi em 597 a.C., com a idade de 18 anos, e governou apenas três meses (2Rs 24:8). Também foi mau e, por causa de seu pecado e da transgressão do povo, foi capturado pelos caldeus e levado cativo para Babilônia, como prisioneiro de guerra. De 597 até 560 a.C., permaneceu em prisão domiciliar. Quando, porém, Evil-Merodaque começou a reinar sobre a Babilônia, Joaquim foi colocado em liberdade, recebendo uma generosa pensão do rei e até mesmo uma certa autoridade (2Rs 25:27-30; cf. Jr 52:31-34). Depois disso não se sabe qual foi seu destino, embora seja provável que tenha morrido na Babilônia.

O que se sabe com certeza é que, embora Joaquim tivesse filhos (1Cr 3:17), nenhum deles o sucedeu no trono. Assim, ele foi considerado “sem herdeiros”, no sentido de que o reino de Davi não passou por ele, mas, ao que parece, por um de seus irmãos (Jr 22:24-30). Comparações entre várias genealogias bíblicas (1Cr 3:16-19; Ed 3:2; Mt 1:12; Lc 3:27) sugerem que Sealtiel provavelmente era um filho adotivo de Joaquim, de modo que o sucessor davídico Zorobabel, filho de Sealtiel, não seria um descendente físico de Joaquim, mas descendente de outro ancestral da linhagem real.

A rejeição de Joaquim pelo Senhor não interrompeu a linhagem messiânica entre Davi e Jesus Cristo, pois a linha apenas desviou-se dele, embora continuasse ininterrupta. Desta maneira, é possível demonstrar o princípio teológico de que os propósitos de Deus são estabelecidos, embora os meios humanos para alcançá-los ocasionalmente sejam colocados de lado. E.M.

Autor: Paul Gardner

Dicionário da Bíblia de Almeida
Joaquim [Javé Estabelece] - Décimo nono rei de Judá, que reinou três meses em 598 a.C., depois de Jeoaquim, seu pai. Foi um mau rei, sendo levado preso para a Babilônia (2Rs 24:6-17) e libertado mais tarde (2Rs 25:27-30). Joaquim também era chamado de Conias (Jr 37:1), RA) e Jeconias (Jer 22:24,28)
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

Mês

Mês 1. Mês lunar de, alternativamente, vinte e nove e trinta dias. Era designado por seu nome (os evangelhos não citam seus nomes) e por seu número, começando por nisã (março-abril).

2. Festa religiosa.


substantivo masculino Cada uma das 12 partes em que está dividido o ano civil.
Período de 30 dias, contados um após o outro: mês de férias.
Pagamento que se faz mensalmente; salário: hoje acerto seu mês.
Período de tempo entre uma data específica num mês que corresponde à mesma data no mês seguinte: de 24 de abril à 24 de maio, conta-se um mês!
[Popular] Período do mês em que se está menstruada; menstruação.
Mês Anomalístico. Período de tempo que a Lua leva para concluir sua órbita completa, partindo do periastro, em média de 27 dias, 13h 18min 33,1s.
Etimologia (origem da palavra mês). Do latim mensis.is.

Mês O mês dos israelitas era lunar, tendo 29 ou 30 dias, e começava com a lua nova (Nu 28:14). V. CALENDÁRIO.

Desde o tempo da Lei Mosaica o mêsentre os judeus era lunar sendo decidido que começasse por ocasião da lua nova. Abibe, o mês das ‘espigas de trigo’, era o primeiro mês do ano em comemoração do Êxodo (Êx 12:2) – e certamente a Páscoa caía neste mês. Abibe corresponde, em parte, ao nosso abril. Vejam-se os nomes dos diversos meses.

Quinto

Dicionário Comum
numeral Ordinal e fracionário correspondente a cinco: quinto artigo.
substantivo masculino A quinta parte de um todo.
Imposto de 20% que era cobrado pelo erário português das minas de ouro do Brasil.
substantivo e masculino plural [Popular] O inferno.
Fonte: Priberam

Rei

substantivo masculino Monarca; aquele que detém o poder soberano num reino.
Por Extensão Indivíduo que exerce o poder absoluto em: rei da empresa.
Figurado O que se sobressai em relação aos demais: o rei do basquete.
Figurado Aquele que tende expressar certa característica: é rei da mentira.
Ludologia. A peça mais importante de um jogo de xadrez.
Ludologia. Num baralho, cada uma das quadro cartas que contém as figuras reais de cada naipe: rei de copas.
substantivo masculino plural Reis. Dia de Reis. Dia em que se celebra a adoração do Menino Jesus pelos Reis Magos.
Gramática Feminino: rainha.
Etimologia (origem da palavra rei). Do latim rex.regis.

substantivo masculino Monarca; aquele que detém o poder soberano num reino.
Por Extensão Indivíduo que exerce o poder absoluto em: rei da empresa.
Figurado O que se sobressai em relação aos demais: o rei do basquete.
Figurado Aquele que tende expressar certa característica: é rei da mentira.
Ludologia. A peça mais importante de um jogo de xadrez.
Ludologia. Num baralho, cada uma das quadro cartas que contém as figuras reais de cada naipe: rei de copas.
substantivo masculino plural Reis. Dia de Reis. Dia em que se celebra a adoração do Menino Jesus pelos Reis Magos.
Gramática Feminino: rainha.
Etimologia (origem da palavra rei). Do latim rex.regis.

l. o título de rei, na significação de suprema autoridade e poder, usa-se a respeito de Deus (Sl 10:16 – 47.7 – 1 Tm 1.17). 2. Este título foi aplicado a Jesus Cristo, como rei dos judeus (Mt 27:11-37, e refs.). 3. No A.T. o título de rei emprega-se em um sentido muito lato, não só falando dos grandes potentados da terra, como os Faraós do Egito (Gn 41:46) e o rei da Pérsia (Ed 1:1), mas tratando-se também de pequenos monarcas, como o rei de Jericó (Js 2:2 – cp com Jz 1:7). 4. Também se usa o título: a respeito do povo de Deus (Ap 1:6) – e da morte, como quando se diz ‘rei dos terrores’ (18:14) – e do ‘crocodilo’, como na frase ‘é rei sobre todos os animais orgulhosos’ (41:34). 5. Na história dos hebreus sucedeu o governo dos reis ao dos juizes. A monarquia, existente nos povos circunvizinhos, foi uma concessão de Deus (1 Sm 8.7 – 12.12), correspondendo a um desejo da parte do povo. Esse desejo, que já havia sido manifestado numa proposta a Gideão (Jz 8:22-23), e na escolha de Abimeleque para rei de Siquém (Jz 9:6), equivalia à rejeição da teocracia (1 Sm 8.7), visto como o Senhor era o verdadeiro rei da nação (1 Sm 8.7 – is 33:22). A própria terra era conservada, como sendo propriedade divina (Lv 25:23). Todavia, não foi retirado o cuidado de Deus sobre o seu povo (1 Sm 12.22 – 1 Rs 6.13). A monarquia assim constituída era hereditária, embora a sucessão não fosse necessariamente pela linha dos primogênitos, pois Davi nomeou Salomão como seu sucessor de preferência a Adonias, que era o seu filho mais velho nessa ocasião. A pessoa do rei era inviolável (1 Sm 24.5 a 8 – 2 Sm 1.14). Quando a coroa era colocada na cabeça do monarca, ele formava então um pacto com os seus súditos no sentido de governá-los com justiça (2 Sm 5.3 – 1 Cr 11.3), comprometendo-se os nobres a prestar obediência – e confirmavam a sua palavra com o beijo de homenagem (1 Sm 10.1). os rendimentos reais provinham dos campos de trigo, das vinhas, e dos olivais (1 Sm 8.14 – 1 Cr 27.26 a 28), e do produto dos rebanhos (1 Sm 21.7 – 2 Sm 13.23 – 1 Cr 27.29 a 31 – 2 Cr 26.10), pertencendo aos reis a décima parte nominal do que produziam os campos de trigo, as vinhas, e os rebanhos (1 Sm 8.15 e 1l). A renda do rei também se constituía do tributo que pagavam os negociantes que atravessavam o território hebraico (1 Rs 10,15) – dos presentes oferecidos pelos súditos (1 Sm 10:27 – 16.20 – 1 Rs 10.25 – Sl 72:10) – e dos despojos da guerra e as contribuições das nações conquistadas (2 Sm 8.2,7,8,10 – 1 Rs 4.21 – 2 Cr 27.5). Além disso, tinha o rei o poder de exigir o trabalho forçado, o que era para ele causa de aumentarem os seus bens. Devia, também, Salomão ter auferido lucros das suas empresas comerciais pelo mar (1 Rs 1020 – Davi, rei em Hebrom (2 Sm 2.1 a 4). 22.17,18 – 2 Sm 1.15).

Rei
1) Governador de um IMPÉRIO 1, (At 1:2), de um país (1Sm 8:5; Mt 2:1) ou de uma cidade-estado (Gn 14:2). Ocorrendo a morte do rei, um descendente seu o sucede no trono (1Rs 2:11-12).


2) Título de Deus (Ml 1:14) e de Jesus (Mt 21:5; Ap 7:14; 19.16).


3) Rei do Egito,
v. FARAÓ.


Reí

(Heb. “amigável”). Um dos homens que, junto com o sacerdote Zadoque e o profeta Natã, entre outros, permaneceram fiéis ao desejo de Davi de colocar seu filho Salomão no trono, como seu sucessor (1Rs 1:8). Outro filho do rei, Adonias, tentou usurpar o reino; Salomão, entretanto, seguiu cuidadosamente os conselhos de Natã e de Zadoque e garantiu seu direito à sucessão. Para mais detalhes, veja Natã.


Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
Ezequiel 1: 2 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

No quinto dia do mês, no quinto ano do cativeiro do rei Jeoiaquin,
Ezequiel 1: 2 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

593 a.C.
H1546
gâlûwth
גָּלוּת
exílio, exilados
(of the exile)
Substantivo
H1931
hûwʼ
הוּא
ele / ela / o / a
(it)
Pronome
H2320
chôdesh
חֹדֶשׁ
no mês
(in the month)
Substantivo
H2549
chămîyshîy
חֲמִישִׁי
maldade, malícia, malevolência, desejo de injuriar
(trouble)
Substantivo - Feminino no Singular nominativo
H2568
châmêsh
חָמֵשׁ
cinco
(five)
Substantivo
H3112
Yôwyâkîyn
יֹויָכִין
rei de Judá, filho de Jeoaquim, e o penúltimo rei de Judá antes do cativeiro babilônico;
(of Jehoiachin)
Substantivo
H4428
melek
מֶלֶךְ
rei
(king)
Substantivo
H8141
shâneh
שָׁנֶה
ano
(and years)
Substantivo


גָּלוּת


(H1546)
gâlûwth (gaw-looth')

01546 גלות galuwth

procedente de 1540; DITAT - 350b; n f

  1. exílio, exilados
  2. (DITAT) cativeiro

הוּא


(H1931)
hûwʼ (hoo)

01931 הוא huw’ do qual o fem. (além do Pentateuco) é היא hiy’

uma palavra primitiva; DITAT - 480 pron 3p s

  1. ele, ela
    1. ele mesmo, ela mesma (com ênfase)
    2. retomando o suj com ênfase
    3. (com pouca ênfase seguindo o predicado)
    4. (antecipando o suj)
    5. (enfatizando o predicado)
    6. aquilo, isso (neutro) pron demons
  2. aquele, aquela (com artigo)

חֹדֶשׁ


(H2320)
chôdesh (kho'-desh)

02320 חדש chodesh

procedente de 2318; DITAT - 613b; n m

  1. a lua nova, mês, mensal
    1. o primeiro dia do mês
    2. o mês lunar

חֲמִישִׁי


(H2549)
chămîyshîy (kham-ee-shee')

02549 חמישי chamiyshiy ou חמשׂי chamishshiy

ordinal procedente de 2568; DITAT - 686d; adj

  1. número ordinal, quinto

חָמֵשׁ


(H2568)
châmêsh (khaw-maysh')

02568 חמש chamesh masculino חמשׂה chamishshah

um numeral primitivo; DITAT- 686a; n m/f

  1. cinco
    1. cinco (número cardinal)
    2. um múltiplo de cinco (com outro número)
    3. quinto (número ordinal)

יֹויָכִין


(H3112)
Yôwyâkîyn (yo-yaw-keen')

03112 יויכין Yowyakiyn

uma forma de 3078; n pr m Joaquim = “Javé estabelece”

  1. rei de Judá, filho de Jeoaquim, e o penúltimo rei de Judá antes do cativeiro babilônico; seu reinado durou 3 meses e 10 dias antes de entregar-se a Nabucodonosor que o levou para a Babilônia e o aprisionou por 36 anos quando foi finalmente libertado

מֶלֶךְ


(H4428)
melek (meh'-lek)

04428 מלך melek

procedente de 4427, grego 3197 Μελχι; DITAT - 1199a; n m

  1. rei

שָׁנֶה


(H8141)
shâneh (shaw-neh')

08141 שנה shaneh (somente no pl.), ou (fem.) שׂנה shanah

procedente de 8138; DITAT - 2419a; n. f.

  1. ano
    1. como divisão de tempo
    2. como medida de tempo
    3. como indicação de idade
    4. curso de uma vida (os anos de vida)