Enciclopédia de Ezequiel 13:1-1

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

ez 13: 1

Versão Versículo
ARA Veio a mim a palavra do Senhor, dizendo:
ARC E VEIO a mim a palavra do Senhor, dizendo:
TB Veio a mim a palavra de Jeová, dizendo:
HSB וַיְהִ֥י דְבַר־ יְהוָ֖ה אֵלַ֥י לֵאמֹֽר׃
BKJ E a palavra do SENHOR veio a mim, dizendo:
LTT E veio a mim a palavra do SENHOR, dizendo:
BJ2 A palavra de Iahweh me foi dirigida nestes termos:
VULG Et factus est sermo Domini ad me, dicens :

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Ezequiel 13:1

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Ezequiel Capítulo 13 do versículo 1 até o 23
2. Falsos Profetas São Denunciados (Ez 13:1-23)

O capítulo 13 consiste em denúncias contra falsos profetas (1-16) e falsas profetisas (17-23). Eles profetizam o que vê o seu coração (2; "mentes", RSV; "própria imagina-ção" NVI; cf. Jr 23:9-40). Eles seguem "o que sentem" (3, Moffatt) e, na verdade, não tiveram nenhuma visão. Eles são tão inúteis quanto raposas nos desertos (4). Eles dizem que viram a paz (10) e que "tudo está bem" (Moffatt). Era isso que o povo queria ouvir, mas não era o que Deus tencionava dizer-lhes. O destino dos falsos profetas era ser excluído do povo de Deus: "Eles [...] não estarão inscritos nos registros da nação de Israel" (v. 9, NVI).

Os falsos profetas constroem uma parede frágil de esperança para o povo e a rebo-cam com cal (10). Parece bonita por um tempo, mas logo todos saberão como esses cons-trutores estavam errados e foram desonestos.

Também havia profetisas que diziam coisas agradáveis que o povo queria ouvir (17-23). Elas adivinhavam em troca de punhados de cevada e por pedaços de pão (19). A falsidade aqui estava em confundir a verdade. Elas diziam que as almas destinadas a viver haveriam de morrer e que aquelas destinadas a morrer haveriam de viver. Em vez de almofadas (18), deveríamos imaginá-las colocando "feitiços" (Berkeley) sobre o povo. Elas também faziam travesseiros para cabeça de toda estátua, ou "véus de vários comprimentos ao redor das cabeças das pessoas" (Berkeley). Esses travesseiros ou véus deveriam lembrar o povo das coisas belas que as profetisas diziam. A maldade das suas ações era entristecer o coração do justo (22) e dar ao injusto um falso sentimento de segurança de que nenhum julgamento estava por vir — prometendo-lhe vida.

É triste quando os que simulam falar em nome do Senhor simplesmente dizem o que as multidões pecadoras querem ouvir. É triste quando essas pessoas distorcem a verda-de, a ponto de enaltecer os ímpios e desfavorecer os justos. Isso ocorreu nos dias de Ezequiel, mas, infelizmente, também ocorre em nossos dias — e.g., nos dias de Hitler, quando um forte segmento da Igreja Cristã na Alemanha apoiava suas teorias de supe-rioridade racial e nacional e concordava com o seu programa de extermínio em massa. Mas a Alemanha também tinha os seus Martin Niemoeller e Dietrich Bonhoeffer. E Israel, nos tempos do exílio, teve o seu Ezequiel e o seu Jeremias.


Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de Ezequiel Capítulo 13 versículo 1
Sobre os falsos profetas, ver Jr 23:9-32,; Ez 23:14,

Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Ezequiel Capítulo 13 do versículo 1 até o 23
*

13:4

raposas. Ezequiel usou duas figuras de linguagem para descrever os profetas falsos. Estes eram como raposas do deserto (v.4), separados da sociedade e inúteis para ela. Nos vs. 10 e 11, eles são comparados a paredes fracas e caiadas, indignas de confiança e sem permanência.

* 13:5

Não subistes às brechas. O enfoque recai sobre a conduta dos profetas falsos: o verdadeiro profeta se identificava de tal maneira com o povo de Deus que se expunha a riscos em favor deles. Quando uma muralha era arrombada por um exército atacante, a tarefa de maior perigo era a tarefa de consertar a brecha. Em tais pontos, os profetas falsos não podiam ser encontrados. O termo hebraico para brecha foi usado para descrever Moisés, conforme se lê em Sl 106:23: "se Moisés... não se houvesse interposto" em favor de Israel. Em última análise somente Jesus Cristo pode se colocar na brecha entre Deus e a humanidade (1Tm 2:5).

* 13:9

nos registos. Provavelmente as listas de recenseamento e registro civil de Israel, a contraparte terrestre dos registros celestes. Ver 9.2, nota.

* 13 10:12

A imagem da brecha na parede (v. 5) pode ter inspirado essa outra descrição dos atos dos profetas falsos. Suas visões falsas e suas adivinhações mentirosas eram uma parede mal construída — quando rebocada ou caiada (v. 10) podia parecer bem feita, mas não resistia às condições atmosféricas, e muito menos ainda ao dia do Senhor, quando o próprio Deus traria juízo contra a cidade.

*

13 17:23 A Bíblia menciona diversas profetisas autênticas, como Miriã, Débora, Hulda e Ana (Êx 15:20; Jz 4:4; 2Rs 22:14; 2Cr 34:22; Lc 2:36), e algumas que eram falsas (Ne 6:14; Ap 2:20). As mulheres mencionadas nestes versículos eram praticantes de mágica e de bruxaria, atividades essas especificamente proibidas para Israel (12.21—14.11, nota). Elas ganhavam a vida vendendo amuletos e encantamentos.


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Ezequiel Capítulo 13 do versículo 1 até o 23
13.1ss Esta advertência ia dirigida aos falsos profetas cujas mensagens não provinham de Deus. Mas sim eram mentiras que tentavam ganhar a simpatia da gente ao dizer algo que os fizesse feliz. Aos falsos profetas não importava a verdade como ao Ezequiel. Adormeceram às pessoas com um falso sentido de segurança, fazendo que o trabalho do Ezequiel fora muito mais difícil. Tome cuidado dos líderes que querem torcer a verdade em sua busca de popularidade e poder.

13 10:12 Estes falsos profetas cobriam suas mentiras ("uma parede insegura" segundo a versão popular) com "lodo solto" ("cal" em outra tradução) para lhe dar uma aparência agradável. Tal superficialidade não pode manter-se firme sob o escrutínio de Deus.

13:17 Existem registros na Bíblia que indicam que o dom da profecia se outorgava tanto a mulheres como homens. María (Ex 15:20), Débora (Jz 4:4) e Hulda (2Rs 22:14) eram profetisas. Mas as mulheres mencionadas neste versículo se parecem mais à bruxa de 1Sm 28:7, e são condenadas por descorazonar aos justos (1Sm 13:22).

13:18 Estas ataduras mágicas para as mãos e os véus mágicos para a cabeça se usavam em práticas de bruxaria. Eram anunciadas como amuletos da boa sorte, mas em realidade se utilizavam para enganar às pessoas e apanhá-la na idolatria.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Ezequiel Capítulo 13 do versículo 1 até o 23

3. Exposé dos Falsos Profetas e profetisas (


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de Ezequiel Capítulo 13 do versículo 1 até o 23
• N. Hom. 13.3 Seu próprio espírito. Enganoso é o íntimo do homem: nunca se sabe quantos impulsos estão no subconsciente de quem acha que está sendo muito fervoroso, muito crente; e por isso que quem realmente quer ser um mensageiro de Deus precisa instruir-se profundamente na Bíblia, dedicar-se sinceramente à oração, e andar corajosamente nos caminhos de Jesus Cristo. Só assim é que o eu dado ao pecado começa a dar lugar à nova criatura, moldada pela mão de Deus (Jr 18:6; 2Co 5:172Co 5:17; 2Co 3:182Co 3:18), mas aqui, provavelmente, se tratam de visões estimuladas por drogas, por sessões noturnas realizadas em templos pagãos. Aquelas foram comuns no

Egito antigo, e estas se praticavam na Grécia, quase até o tempo de Cristo. É um êxtase diabólico, nada tendo a ver com a influenciando Espírito de Deus (11.5).
13.9 Nem entrarão. Jerusalém, com os poucos habitantes que restaram, estaria à destruição; desde já, o profeta está sendo treinado por Deus para legislar o pequeno grupo que, anos mais tarde, impulsionado pela fé, arrependido e cheio de esperança, edificaria uma nova Jerusalém. A ameaça já não é a destruição da cidade (pois isto já foi determinado), mas agora, a ameaça para os infiéis é a de serem excluídos da gloriosa restauração, já profetizada por Isaías (Is 49:22-23).

13.10 Paz. O perigo desta paz é que ela se baseia na confiança humana nas suas próprias virtudes que são, na realidade, um trapo de imundícia. A verdadeira paz com Deus, a paz de Espírito, não pode ter outra base senão o perdão, a santificação e a vida eterna, que só o próprio Deus pode conceder. Deus as concede mediante a obra do Seu Filho Jesus Cristo (Ef 2:1-49).

13.19 Matardes as almas. Era uma crença primitiva entre muitos povos que a alma da pessoa sai do seu nariz ou da sua boca na hora do seu último suspiro. Daí ter havido muita magia negra para determinar o caminho dessa alma. Os véus e os invólucros mencionados no versículo anterior eram para "enredar as almas”. A profanação do nome de Deus era o uso do Seu nome como se fosse uma palavra mágica, como faziam os exorcistas com o nome de Jesus (At 19:13-44). É claro que tais feiticeiros nenhum poder tinham sobre as almas, que estavam mentindo para o tipo de pessoa que se deixava iludir por tais mentiras. É claro que o destino das almas está na mão de Deus (21).

13.21 Livrarei... sabereis. Um ato de misericórdia divina, de libertação das vítimas, é uma revelação clara do poder e do amor de Deus. Do mesmo modo, o ato de julgar e de destruir a falsidade, a hipocrisia e a religião pagã, também é uma revelação da natureza de Deus (14). A Bíblia é, entre outras coisas, uma narrativa dos atos de Deus, que visavam aos mesmos homens. Quem lê esse histórico, fica conhecendo a Pessoa de Deus, na sua própria vida e experiência. • N. Hom.

13.22 Entristecido. Entre os pagãos, o medo da feitiçaria é tão grande que a morte se produz pelo simples fato de a vítima saber que é alvo de um passe de magia negra. Mas quando é Deus que entristece a alguém, é uma tristeza que produz o arrependimento para a vida eterna (2Co 7:10). Fortalecestes. Fazer um homem estribar-se em coisas vãs, falsas, supersticiosas, pode dar bom lucro ao falso profeta, mas desviar a confiança do homem da Pessoa de Jesus Cristo, não é fortalecer, mas sim destruir sua alma para a eternidade.


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de Ezequiel Capítulo 13 do versículo 1 até o 23

3) Três denúncias contra a falsa profecia (13 1:23)

Uma das razões por que o povo não se dispunha a crer nas advertências proféticas era a persuasão e intensidade dos “falsos profetas” que continuavam a manipulá-los com “coisas agradáveis” (Is 30:10), em vez de lhes contar a verdade intragável. Os profetas denunciados aqui por Ezequiel são aqueles com quem Jeremias teve de lutar em Jerusalém (conforme especialmente Jr 23:9-24).

a) Primeira denúncia: os mensageiros auto-comissionados (13 1:9). v. 2. profetize contra os profetas de Israel, a maioria deles pertencia a escolas e ordens profissionais (chamados em dias antigos de “os filhos dos profetas”), alguns dos quais eram associados a santuários (conforme A. R. Johnson, The Cultic Prophet in Ancient Israel, 1944). que estão profetizando pela sua própria imaginação-, em vez de falar o que vem “da boca do Senhor” (conforme 3.16ss; Jr 23:16). v. 3. que seguem o seu próprio espírito-, em vez de seguirem o Espírito de Javé (conforme 11.5,24). não viram nada!', em vez de terem visto a verdadeira visão de Deus (conforme 1.1). v. 4. como chacais no meio de ruínas', colaborando para a destruição com sua escavação de buracos, em vez de reparar o muro para que resista a um ataque inimigo, que era o trabalho do verdadeiro profeta (v. 5; conforme 22.30). v. 6. suas adivinhações \são] mentira-, a adivinhação, que recorre a vários artifícios (a maioria de origem pagã), era proibida em Israel (Dt 18:10-5);

a verdadeira profecia vinha por meio da inspiração divina, e não por manipulação. Dizem ‘Palavra do Senhor': conforme 22.28; Jr 23:31. o Senhor não os enviou: conforme Jr 23:21,Jr 23:32. v. 9. Eles não pertencerão ao conselho de meu povo: eles seriam excluídos do verdadeiro Israel de Deus e não entrariam na terra com aqueles que retornariam do exílio.

b)    Segunda denúncia: os que passam cal (13 10:16). O estado de Judá e Jerusalém é como o de um muro que está para cair; os falsos profetas, em vez de tomarem iniciativas corretivas, escondem as suas condições precárias ao cobri-lo com uma camada de cal e assim tornam o seu colapso ainda mais certo. Cinco séculos mais tarde, a comunidade de Cunrã usou a mesma denúncia contra os fariseus, “os intérpretes das coisas agradáveis”, como os chamavam (Código de Disciplina 1:18-8.12). A “camada de cal” é a garantia que os falsos profetas dão com a sua saudação ‘Paz \ mas quando não há paz (v. 10; conforme Jr 6:14; Jr 8:11; Mq 3:5), “dizendo que tudo está bem quando nada está bem” (NEB). A chuva torrencial, com chuva de pedra e ventos violentos, que derruba o muro (v. 11-14) denota o juízo divino que está por vir sobre Judá e Jerusalém. Os falsos profetas são mereci-damente esmagados nas ruínas do muro que eles tanto estimularam a construir.

c)    Terçara denúncia: as caçadoras de almas (13 17:23). As mulheres contra as quais esse oráculo é dirigido profetizam pela sua própria imaginação (v. 17) como os seus correspondentes masculinos (v. 2), mas, em vez de ajudar o povo de Deus, elas enlaçam a vida do povo (v. 18,20) e assim precipitam a sua destruição. Os berloques de feitiço que elas prendem a seus pulsos e os véus ou xales de vários comprimentos que fazem para a cabeça (v. 18) evidentemente pertencem à parafernália da bruxaria; pensava-se que o seu uso adequado pudesse preservar ou tirar a vida de pessoas, e talvez funcionasse ali onde se cria na sua eficácia (v. 19). O ponto principal de acusação contra elas é que desencorajaram o justo e encorajaram os ímpios (v. 22), mas o poder de Deus é mais forte do que a bruxaria: ele vai expor as ambições delas e livrar as suas vítimas.


Moody

Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
Moody - Comentários de Ezequiel Capítulo 1 do versículo 1 até o 27

INTRODUÇÃO

A Época. Os fatos contidos no livro de Ezequiel situam o ministério do profeta no começo do exílio babilônico, entre 593/592 e 571/570 A. C. (Ez 1:1; Ez 29:17). O profeta Ezequiel, fazendo da Babilônia o seu palco de acontecimentos, analisou a queda e a restauração da casa de Israel; enquanto que seu contemporâneo mais velho, Jeremias, em Jerusalém, observou de perto os últimos suspiros do reino de Judá (Jr 1:1-3).

Durante grande parte dos séculos oito e sete A. C., o cruel poder assírio perturbou os reinas de Israel e Judá. O reino do norte caíra em 721 A.C.; mas Judá, embora seriamente enfraquecido, conseguiu sobreviver ao seu opressor. Como reinado de Assurbanipal (669-633 A.C.), o império assírio começou a declinar. O Egito esquivou-se ao seu jugo em 655. Dentro de poucos anos a Assíria estava lutando pela sobrevivência contra a Babilônia e os medos. Assur, antiga capital da Assíria, sucumbiu em 614, e a muito poderosa Nínive foi completamente destruída em 612. Por volta de 607 os restos do império assírio desmoronaram.

Aproveitando-se do declínio assírio, Josias (640/639-609/608 A.C.), o último grande rei de Judá, fortaleceu o seu reino. Sua brilhante carreira foi interrompida por um encontro com Faraó-Neco II do Egito em Megido, que tentava escorar o império assírio como proteção contra a Caldéia (2Rs 23:29). Salum ou Jeoacaz (Jr 22:1 e segs.). Os caldeus se tornaram os novos senhores do mundo (2Rs 24:7), com Judá por estado vassalo. Jeoaquim (608-597 A.C.) perseguiu os profetas (Jr 7:1; Jr 36:1), degradou a vida espiritual da nação (Jr 7:1-15; Jr 13:16-20, Jr 22:17-19; Jr 22:24-30; Ez 19:5). Depois de saquear Jerusalém, o monarca caldeu deportou várias centenas de seus cidadãos aristocratas para a Babilônia. Esses, Jeremias comparou a "figos bons", a esperança do futuro de Israel, em contraste com os "filhos ruins", os mais pobres entre o povo, que foram deixados (Jr 24:29). Entre o grupo de exilados estava Ezequiel, que data suas mensagens do ano do cativeiro de Joaquim (Ez 1:1, Ez 1:2; Ez 3:16; Ez 8:1; Ez 20:1;

COMENTÁRIO

O livro de Ezequiel compreende duas porções: os capítulos 1-24, uma série de mensagens transmitidas antes da queda de Jerusalém, cuja idéia principal é "o juízo"; e os capítulos 25-48, transmitidos depois de sua queda, com o tema fundamental da "esperança". O livro é mais apropriadamente estudado sob quatro divisões: capítulos 1-24, Profecias do Juízo de Judá e Jerusalém; capítulos 25-32, Profecias Contra as Nações Vizinhas; capítulos 33-39, Profecias da Restauração de Israel; capítulos 40-48, Visões do Novo Templo e da Nova Lei para o Povo Redimido.

I. Profecias Contra Judá e Jerusalém. 1:1 - 24:27.

Os ameaçadores discursos contra Jerusalém e a casa de Israel, transmitidos antes da queda de Jerusalém, consistem de uma seção introdutória, expondo em detalhes a vocação do profeta (caps. 1-3); atos simbólicos e oráculos descrevendo a derrota da cidade e do estado (caps. 4-7); um grupo de visões descrevendo os terríveis pecados de Jerusalém, que exigiam a sua destruição (caps. 8-11); atos simbólicos, parábolas e alegorias apresentando a necessidade moral do cativeiro (caps. 12-19); e uma recordação da história passada de Israel que clama por um certo juízo (caps. Ez 20:1).


Moody - Comentários de Ezequiel Capítulo 12 do versículo 1 até o 14

D. A Necessidade Moral do Cativeiro. 12:1 - 19:14.

As mensagens anteriores de Ezequiel previam a queda da nação. Nesta seção (caps. 12-19), o profeta trata das objeções dos homens que achavam que a tempestade era passageira, que não viam a calamidade imiente, e que achavam que o Senhor jamais repudiaria o Seu povo. Por meio de atos simbólicos, alegorias e parábolas, Ezequiel demonstra a necessidade moral do cativeiro. Ele apresenta dois quadros simbólicos de fuga da cidade cercada (Ez 12:1-20), debate com os falsos profetas (12:21 - 14:23), descreve Israel como uma videira inútil (cap. Ez 15:1), e numa alegoria detalhada recorda a longa história da infidelidade de Israel para com o seu esposo divino (cap. Ez 16:1). Ele retorna à metáfora da videira para enfatizar a deslealdade de Zedequias (cap. Ez 17:1), responde às objeções ao castigo divino por meio de uma análise da responsabilidade individual (cap. Ez 18:1), e explode em uma lamentação pelos príncipes de Judá e pela própria Judá (cap, 19).

O assunto principal dos capítulos 1224 pode ser classificado em três categorias. I. Israel Infiel: a videira inútil (cap. Ez 15:1); a criança enjeitada que se tomou uma esposa infiel (cap. Ez 16:1); as duas irmãs infiéis (cap. Ez 23:1); uma recordação da história de Israel (Ez 20:1-44). II. O Pecado e o Seu Julgamento: profecia e seus abusos (12:21 - 14:23); liberdade moral e responsabilidade pessoal (cap. Ez 18:1); o castigo que Jerusalém necessitava pelos seus pecados (cap. Ez 22:1). III. O Fim da Monarquia:dois atos simbólicos (Ez 12:1-20); duas águias e a videira (cap, 17); dois leões e a videira (cap. Ez 19:1); a espada vingativa do Senhor (20:45 - 21:32); a alegoria da panela enferrujada (cap. Ez 24:1).


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de Ezequiel Capítulo 13 do versículo 1 até o 23
Ez 13:1

2. DENÚNCIAS CONTRA FALSOS PROFETAS E PROFETISAS (13 1:26'>Ez 13:1-23). Os profetas falsos eram uma ameaça por motivo de sua oposição à verdadeira Palavra de Deus e sua propagação da inverdade (2-3). Cfr. as lutas de Jeremias contra eles (Jr 5:30-24; Jr 14:13-24; Jr 23:9-24; Jr 29:8-24, Jr 29:21-24; Dt 18:21-5. Os teus profetas... são como raposas (4); isto é, mostravam-se nocivos e destruidores. Com o vers. 5 contrastar 1Sm 25:16. Adivinhações (6) é a obtenção de um oráculo mediante a leitura de sortes e desenho; cfr. Ez 21:21. Registos da casa de Israel (9); isto é, o registro dos cidadãos na bendita era vindoura. Cfr. o uso anterior da idéia, em Êx 32:32 e segs., e o símbolo desenvolvido em Lc 10:20; Ap 20:15.

>Ez 13:10

Cal não adubada (10 e segs.); em heb., taphel, que seria melhor traduzir como "adobe caiado". Os falsos profetas meramente caiavam as paredes inseguras do estado, em lugar de fortalecê-las. Quando Deus houvesse de derrubar a parede, seriam sepultados debaixo das ruínas.

>Ez 13:18

As profetisas falsas costuravam tiras (não almofadas) sobre os punhos (não sovacos) das vestes (18), um processo de mágica pelo qual julgavam coser poder sobre o consulente, ou então simbolizava o poder da feiticeira em amarrar suas vítimas. As cobertas para a cabeça, lenços de cabeça (e não travesseiros) serviam para propósito semelhante, embora a derivação do termo (mispachoth, de uma raiz acadiana sapahu, soltar) sugira o poder oposto de soltar de uma influência. Almas (18 e segs.); isto é, "pessoas"; não há pensamento aqui de distinguir entre o espírito e o homem. A última cláusula do vers. 18 deveria ser traduzida como afirmação: "Caçais as pessoas de meu povo, mas vossas próprios pessoas mantendes vivas". O vers. 19 deve ser traduzido: "Vós me tendes profanado (visto que as feiticeiras invocam o nome de Jeová em seus ritos) com punhados de cevada e com pedaços esfarinhados de pão"; esses pedaços serviam não como recompensa, mas eram usados para adivinhar o futuro, tal como o fígado da vítima abatida num sacrifício. Os vers. 20-23 descrevem a sorte de todos aqueles que praticam adivinhações dessa espécie. As falsas profetisas compartilhavam do julgamento contra os falsos profetas.


Dicionário

Palavra

substantivo feminino Unidade linguística com significado próprio e existência independente, que pode ser escrita ou falada: expressou-se por meio de palavras; o texto deve conter somente 350 palavras.
Cada unidade linguística com significado, separada por espaços, ou intercalada entre um espaço e um sinal de pontuação.
Capacidade que confere à raça humana a possibilidade de se expressar verbalmente; fala.
Gramática Vocábulo provido de significação; termo.
Figurado Demonstração de opiniões, pensamentos, sentimentos ou emoções por meio da linguagem: fiquei sem palavras diante dela.
Afirmação que se faz com convicção; compromisso assumido verbalmente; declaração: ele acreditou na minha palavra.
Discurso curto: uma palavra de felicidade aos noivos.
Licença que se pede para falar: no debate, não me deram a palavra.
Gramática Conjunto ordenado de vocábulos; frase.
Figurado Promessa que se faz sem intenção de a cumprir (usado no plural): palavras não pagam contas.
Etimologia (origem da palavra palavra). Do latim parábola.ae; pelo grego parabolé.

substantivo feminino Unidade linguística com significado próprio e existência independente, que pode ser escrita ou falada: expressou-se por meio de palavras; o texto deve conter somente 350 palavras.
Cada unidade linguística com significado, separada por espaços, ou intercalada entre um espaço e um sinal de pontuação.
Capacidade que confere à raça humana a possibilidade de se expressar verbalmente; fala.
Gramática Vocábulo provido de significação; termo.
Figurado Demonstração de opiniões, pensamentos, sentimentos ou emoções por meio da linguagem: fiquei sem palavras diante dela.
Afirmação que se faz com convicção; compromisso assumido verbalmente; declaração: ele acreditou na minha palavra.
Discurso curto: uma palavra de felicidade aos noivos.
Licença que se pede para falar: no debate, não me deram a palavra.
Gramática Conjunto ordenado de vocábulos; frase.
Figurado Promessa que se faz sem intenção de a cumprir (usado no plural): palavras não pagam contas.
Etimologia (origem da palavra palavra). Do latim parábola.ae; pelo grego parabolé.

Do latim parabola, que significa “discurso” ou “fala”.

A palavra é um dom divino, quando acompanhada dos atos que a testemunhem [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O Consolador• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - q• 124

[...] O verbo é a projeção do pensamento criador.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Contos e apólogos• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 17

[...] a palavra é, sem dúvida, a continuação de nós mesmos.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Contos e apólogos• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 17

A palavra é dom sagrado, / É a ciência da expressão / Não deve ser objeto / De mísera exploração.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

[...] O verbo mal conduzido é sempre a raiz escura de grande parte dos processos patogênicos que flagelam a Humanidade.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Instruções psicofônicas• Recebidas de vários Espíritos, no “Grupo Meimei”, e organizadas por Arnaldo Rocha• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 9

O verbo gasto em serviços do bem é cimento divino para realizações imorredouras. Conversaremos, pois, servindo aos nossos semelhantes de modo substancial, e nosso lucro será crescente.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• No mundo maior• Pelo Espírito André Luiz• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 3

Veículo magnético, a palavra, dessa maneira, é sempre fator indutivo, na origem de toda realização.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Seara dos médiuns: estudos e dissertações em torno da substância religiosa de O Livro dos Médiuns, de Allan Kardec• Pelo Espírito Emmanuel• 17a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Palavra

O verbo é plasma da inteligência, fio da inspiração, óleo do trabalho e base da escritura.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Seara dos médiuns: estudos e dissertações em torno da substância religiosa de O Livro dos Médiuns, de Allan Kardec• Pelo Espírito Emmanuel• 17a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Palavra

Em tudo quanto converses, / Toma o bem por tua escolta. / Toda palavra é um ser vivo / Por conta de quem a solta.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Trovas do outro mundo• Por trovadores diversos• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6

A palavra é o instrumento mágico que Deus nos confia.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Entre irmãos de outras terras• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 23

[...] a palavra é precioso dom que Deus concede para auxílio ao nosso progresso geral, nossa felicidade e nossa alegria, mas jamais para o insulto e a afronta contra o que quer que seja dentro da Criação, nem mesmo ao mais abjeto verme, e ainda menos contra o Criador de todas as coisas [...].
Referencia: PEREIRA, Yvonne A• À luz do Consolador• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB• 1997• - Blasfêmia


Palavra
1) Expressão, falada ou escrita, de pensamento (Sl 5:1; Ap 21:5).


2) Mensagem de Deus (Jr 1:4; Rm 3:2, RC).


3) As Escrituras Sagradas do AT, especialmente a LEI 2, (Sl 119).


4) A mensagem do evangelho (Gl 6:6).


5) O VERBO (Jo 1:1, NTLH). Jesus é mais do que expressão falada: ele é Deus em ação, criando (Gn 1:3), se revelando (Jo 10:30) e salvando (Sl 107:19-20; 1Jo 1:1-2).


Palavra Esse conceito tem uma importância fundamental nos evangelhos. Jesus não menciona a palavra de Deus; apenas afirma “porém eu vos digo” (Mt 5:22.28). Essa palavra (logos) é a primeira causa de surpresa e de espanto entre seus contemporâneos (Lc 4:36). Com ela, Jesus faz milagres (Mt 8:8.16), frutos da fé nessa palavra (Jo 4:50-53). É também verbalmente que perdoa os pecados (Mt 9:1-7) e transmite autoridade (Mt 18:18; Jo 20:23). Diante dela, as pessoas devem tomar uma decisão (Mt 7:24-27; 13,23) e isso faz com que se dividam (Mc 8:38). Para João, o evangelista, Jesus é a Palavra (Logos — Memrá) que é Deus (Jo 1:1) e que se fez carne (Jo 1:11.
14) para revelar o Pai e salvar o homem (Jo 1:18; 3,34; 12,50; 17,8.14).

Senhor

substantivo masculino Proprietário, dono absoluto, possuidor de algum Estado, território ou objeto.
História Aquele que tinha autoridade feudal sobre certas pessoas ou propriedades; proprietário feudal.
Pessoa nobre, de alta consideração.
Gramática Forma de tratamento cerimoniosa entre pessoas que não têm intimidade e não se tratam por você.
Soberano, chefe; título honorífico de alguns monarcas.
Figurado Quem domina algo, alguém ou si mesmo: senhor de si.
Dono de casa; proprietário: nenhum senhor manda aqui.
Pessoa distinta: senhor da sociedade.
Antigo Título conferido a pessoas distintas, por posição ou dignidade de que estavam investidas.
Antigo Título de nobreza de alguns fidalgos.
Antigo O marido em relação à esposa.
adjetivo Sugere a ideia de grande, perfeito, admirável: ele tem um senhor automóvel!
Etimologia (origem da palavra senhor). Do latim senior.onis.

o termo ‘Senhor’, no A.T., paraexprimir Jeová, está suficientemente compreendido nesta última palavra – e, como tradução de ãdôn, não precisa de explicação. Em Js 13:3, e freqüentemente em Juizes e Samuel, representa um título nativo dos governadores dos filisteus, não se sabendo coisa alguma a respeito do seu poder. o uso de ‘Senhor’ (kurios), no N.T., é interessante, embora seja muitas vezes de caráter ambíguo. Nas citações do A.T., significa geralmente Jeová, e é também clara a significaçãoem outros lugares (*vejag. Mt 1:20). Mas, fora estas citações, há muitas vezes dúvidas sobre se a referência é a Deus como tal (certamente Mc 5:19), ou ao Salvador, como Senhor e Mestre. Neste último caso há exemplos do seu emprego, passando por todas as gradações: porquanto é reconhecido Jesus, ou como Senhor e Mestre no mais alto sentido (Mt 15:22 – e geralmente nas epístolas – *veja 1 Co 12.3), ou como doutrinador de grande distinção (Mt 8:21 – 21.3), ou ainda como pessoa digna de todo o respeito (Mt 8:6). Deve-se observar que kurios, termo grego equivalente ao latim “dominus”, era o título dado ao imperador romano em todas as terras orientais, em volta do Mediterrâneo. E isto serve para explicar o fato de aplicarem os cristãos ao Salvador esse título, querendo eles, com isso, acentuar na sua mente e na das pessoas que os rodeavam a existência de um império maior mesmo que o de César. Com efeito, o contraste entre o chefe supremo do império romano e Aquele que é o Senhor de todos, parece apoiar muitos dos ensinamentos do N.T. Algumas vezes se usa o termo ‘Senhor’ (Lc 2:29At 4:24, etc.) como tradução de despõtes, que significa ‘dono, amo’, sugerindo, quando se emprega a respeito dos homens, que ao absoluto direito de propriedade no mundo antigo estava inerente uma verdadeira irresponsabilidade. (*veja Escravidão.)

[...] o Senhor é a luz do mundo e a misericórdia para todos os corações.
Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Pelo Evangelho


Senhor
1) (Propriamente dito: hebr. ADON; gr. KYRIOS.) Título de Deus como dono de tudo o que existe, especialmente daqueles que são seus servos ou escravos (Sl 97:5; Rm 14:4-8). No NT, “Senhor” é usado tanto para Deus, o Pai, como para Deus, o Filho, sendo às vezes impossível afirmar com certeza de qual dos dois se está falando.


2) (hebr. ????, YHVH, JAVÉ.) Nome de Deus, cuja tradução mais provável é “o Eterno” ou “o Deus Eterno”. Javé é o Deus que existe por si mesmo, que não tem princípio nem fim (Ex 3:14; 6.3). Seguindo o costume que começou com a SEPTUAGINTA, a grande maioria das traduções modernas usa “Senhor” como equivalente de ????, YHVH (JAVÉ). A RA e a NTLH hoje escrevem “SENHOR”. A forma JAVÉ é a mais aceita entre os eruditos. A forma JEOVÁ (JEHOVAH), que só aparece a partir de 1518, não é recomendável por ser híbrida, isto é, consta da mistura das consoantes de ????, YHVH, (o Eterno) com as vogais de ???????, ADONAI (Senhor).


Senhor Termo para referir-se a YHVH que, vários séculos antes do nascimento de Jesus, havia substituído este nome. Sua forma aramaica “mar” já aparecia aplicada a Deus nas partes do Antigo Testamento redigidas nesta língua (Dn 2:47; 5,23). Em ambos os casos, a Septuaginta traduziu “mar” por “kyrios” (Senhor, em grego). Nos textos de Elefantina, “mar” volta a aparecer como título divino (pp. 30 e 37). A. Vincent ressaltou que este conteúdo conceitual já se verificava no séc. IX a.C. Em escritos mais tardios, “mar” continua sendo uma designação de Deus, como se vê em Rosh ha-shanah 4a; Ber 6a; Git 88a; Sanh 38a; Eruv 75a; Sab 22a; Ket 2a; Baba Bat 134a etc.

Em algumas ocasiões, Jesus foi chamado de “senhor”, como simples fórmula de cortesia. Ao atribuir a si mesmo esse título, Jesus vai além (Mt 7:21-23; Jo 13:13) e nele insere referências à sua preexistência e divindade (Mt 22:43-45; Mc 12:35-37; Lc 20:41-44 com o Sl 110:1). Assim foi também no cristianismo posterior, em que o título “Kyrios” (Senhor) aplicado a Jesus é idêntico ao empregado para referir-se a Deus (At 2:39; 3,22; 4,26 etc.); vai além de um simples título honorífico (At 4:33; 8,16; 10,36; 11,16-17; Jc 1:1 etc.); supõe uma fórmula cúltica própria da divindade (At 7:59-60; Jc 2:1); assim Estêvão se dirige ao Senhor Jesus no momento de sua morte, o autor do Apocalipse dirige a ele suas súplicas e Tiago acrescenta-lhe o qualificativo “de glória” que, na verdade, era aplicado somente ao próprio YHVH (Is 42:8). Tudo isso permite ver como se atribuíam sistematicamente a Jesus citações veterotestamentárias que originalmente se referiam a YHVH (At 2:20ss.com Jl 3:1-5).

Finalmente, a fórmula composta “Senhor dos Senhores” (tomada de Dt 10:17 e referente a YHVH) é aplicada a Jesus e implica uma clara identificação do mesmo com o Deus do Antigo Testamento (Ap 7:14; 19,16). Tanto as fontes judeu-cristãs (1Pe 1:25; 2Pe 1:1; 3,10; Hc 1:10 etc.) como as paulinas (Rm 5:1; 8,39; 14,4-8; 1Co 4:5; 8,5-6; 1Ts 4:5; 2Ts 2:1ss. etc.) confirmam essas assertivas.

W. Bousset, Kyrios Christos, Nashville 1970; J. A. Fitzmyer, “New Testament Kyrios and Maranatha and Their Aramaic Background” em To Advance the Gospel, Nova York 1981, pp. 218-235; L. W. Hurtado, One God, One Lord: Early Christian Devotion and Ancient Jewish Monotheism, Filadélfia 1988; B. Witherington III, “Lord” em DJG, pp. 484-492; O. Cullmann, o. c.; C. Vidal Manzanares, “Nombres de Dios” en Diccionario de las tres...; Idem, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...


Veio

substantivo masculino Ducto, canal, fresta ou ramificação das mais variadas cores, formas ou tamanhos que são encontradas em pedras, madeiras ou em mármore.
Por Extensão Sinal que se assemelha a uma estria, riscas irregulares; estria.
Corrente de água que provém de rios; riacho.
Mineralogia Camada que pode ser explorada; filão: veio de ouro.
Figurado O que pode ser utilizado como fundamento para; o ponto central de; essência: o veio de uma teoria.
Canal natural de água que se localiza abaixo da terra.
Peça que move uma roda, eixo de ativação manual; manivela.
Etimologia (origem da palavra veio). Veia + o.

Veio
1) Parte da mina onde se encontra o mineral; filão (28:1, RC).


2) Riacho (28:11, RA).


Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
Ezequiel 13: 1 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

E veio a mim a palavra do SENHOR, dizendo:
Ezequiel 13: 1 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

592 a.C.
H1697
dâbâr
דָּבָר
discurso, palavra, fala, coisa
(and speech)
Substantivo
H1961
hâyâh
הָיָה
era
(was)
Verbo
H3068
Yᵉhôvâh
יְהֹוָה
o Senhor
(the LORD)
Substantivo
H413
ʼêl
אֵל
até
(unto)
Prepostos
H559
ʼâmar
אָמַר
E disse
(And said)
Verbo


דָּבָר


(H1697)
dâbâr (daw-baw')

01697 דבר dabar

procedente de 1696; DITAT - 399a; n m

  1. discurso, palavra, fala, coisa
    1. discurso
    2. dito, declaração
    3. palavra, palavras
    4. negócio, ocupação, atos, assunto, caso, algo, maneira (por extensão)

הָיָה


(H1961)
hâyâh (haw-yaw)

01961 היה hayah

uma raiz primitiva [veja 1933]; DITAT - 491; v

  1. ser, tornar-se, vir a ser, existir, acontecer
    1. (Qal)
      1. ——
        1. acontecer, sair, ocorrer, tomar lugar, acontecer, vir a ser
        2. vir a acontecer, acontecer
      2. vir a existir, tornar-se
        1. erguer-se, aparecer, vir
        2. tornar-se
          1. tornar-se
          2. tornar-se como
          3. ser instituído, ser estabelecido
      3. ser, estar
        1. existir, estar em existência
        2. ficar, permanecer, continuar (com referência a lugar ou tempo)
        3. estar, ficar, estar em, estar situado (com referência a localidade)
        4. acompanhar, estar com
    2. (Nifal)
      1. ocorrer, vir a acontecer, ser feito, ser trazido
      2. estar pronto, estar concluído, ter ido

יְהֹוָה


(H3068)
Yᵉhôvâh (yeh-ho-vaw')

03068 יהוה Y ehovaĥ

procedente de 1961; DITAT - 484a; n pr de divindade Javé = “Aquele que existe”

  1. o nome próprio do único Deus verdadeiro
    1. nome impronunciável, a não ser com a vocalização de 136

אֵל


(H413)
ʼêl (ale)

0413 אל ’el (mas usado somente na forma construta reduzida) אל ’el

partícula primitiva; DITAT - 91; prep

  1. para, em direção a, para a (de movimento)
  2. para dentro de (já atravessando o limite)
    1. no meio de
  3. direção a (de direção, não necessariamente de movimento físico)
  4. contra (movimento ou direção de caráter hostil)
  5. em adição a, a
  6. concernente, em relação a, em referência a, por causa de
  7. de acordo com (regra ou padrão)
  8. em, próximo, contra (referindo-se à presença de alguém)
  9. no meio, dentro, para dentro, até (idéia de mover-se para)

אָמַר


(H559)
ʼâmar (aw-mar')

0559 אמר ’amar

uma raiz primitiva; DITAT - 118; v

  1. dizer, falar, proferir
    1. (Qal) dizer, responder, fala ao coração, pensar, ordenar, prometer, intencionar
    2. (Nifal) ser falado, ser dito, ser chamado
    3. (Hitpael) vangloriar-se, agir orgulhosamente
    4. (Hifil) declarar, afirmar