Enciclopédia de Ezequiel 14:12-12

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

ez 14: 12

Versão Versículo
ARA Veio ainda a mim a palavra do Senhor, dizendo:
ARC Veio ainda a mim a palavra do Senhor, dizendo:
TB Veio a mim a palavra de Jeová, dizendo:
HSB וַיְהִ֥י דְבַר־ יְהוָ֖ה אֵלַ֥י לֵאמֹֽר׃
BKJ A palavra do SENHOR veio a mim, dizendo:
LTT Veio ainda a mim a palavra do SENHOR, dizendo:
BJ2 A palavra de Iahweh me foi dirigida nestes termos:
VULG Et factus est sermo Domini ad me, dicens :

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Ezequiel 14:12

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Ezequiel Capítulo 14 do versículo 1 até o 23
  • Anciãos 1dólatras (Ez 14:1-11)
  • Certos anciãos de Israel (1), líderes na comunidade do exílio, vieram e se assen-taram diante de Ezequiel como se estivessem desejando ouvir algum oráculo da sua parte. Talvez eles estivessem simplesmente curiosos ou, mais provavelmente, desejas-sem dar a impressão de estarem desejosos em ouvir a mensagem de Deus. Na verdade, eles eram idólatras, Deus disse a Ezequiel; estes homens levantaram os seus ídolos no seu coração (3). A palavra do Senhor para eles era: Convertei-vos, e deixai os vossos ídolos, e [...] todas as vossas abominações (6). Nos versículos 4:5, Deus de-clara que Ele mesmo vai responder a esses homens: "para apanhar a casa de Israel em seus próprios pensamentos" (v. 5, Berkeley), i.e., convencê-los do seu pecado. Esses ho-mens e os falsos profetas que os enganaram (9) serão castigados (10). Contra tal homem idólatra Deus diz: "Farei dele um exemplo e um objeto de zombaria" (v. 8, NVI). Isso ocorrerá para impedir que Israel se desvie ainda mais; então eles serão o meu povo, e eu serei o seu Deus (11).

  • Justiça Pessoal Recompensada (Ez 14:12-23)
  • Ezequiel nada sabia sobre o tipo de justiça social enfatizada, na virada do século 19, por Walter Rauschenbusch e outros teólogos. Para Ezequiel, o que realmente im-portava era se a pessoa servia a Deus. Nos versículos 12:23, ele diz que o Senhor deve julgar Israel por meio da fome, animais selvagens, a espada e uma peste, e que ninguém será poupado, a não ser que seja justo. Tornarei instável o sustento do pão (13) tem sido interpretado como: "o sustento do seu pão é quebrado, e faltará alimento" (Basic Bible). Mesmo se uma pessoa for justa como Noé, Daniel' e (14, 20), sua justiça será suficiente somente para o seu próprio livramento. Nem a filhos nem a filhas livrariam (16).

    Ezequiel pensava como um "Arminiano", muitos séculos antes que houvesse arminianos como os conhecemos hoje. Cada pessoa precisava arrepender-se e voltar-se (6) para Deus, e permanecer em obediência moral a Ele, senão seria objeto da ira do Senhor Deus. Não era suficiente ser israelita, ou filho do melhor israelita. Não passava pela mente de Ezequiel a idéia de que uma pessoa é aceita por Deus por causa de algum decreto de eleição da parte de Deus. Um indivíduo é justo somente se ele de fato for justo. Com ou sem aliança, o Senhor olha por indivíduos cujos corações estão verdadeiramente rendidos a Deus e lhe obedecem.

    Mesmo assim, alguns israelitas sobreviverão aos quatro maus juízos (21) do Se-nhor. A KJV os denomina de "remanescentes" (v. 22 "resto") mas eles deveriam ser cha-mados de "sobreviventes", de acordo com a NVI, visto que não são justos, como "um remanescente" no sentido bíblico geralmente é considerado. Eles não sofrem a morte porque o Senhor quer deixar que esses sobreviventes da pecaminosidade de Jerusalém revelem a outras pessoas através de suas vidas corruptas quão justo Ele foi ao castigar a maioria deles (22-23).


    Genebra

    Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
    Genebra - Comentários de Ezequiel Capítulo 14 do versículo 1 até o 23
    *

    14:3

    tropeço para a iniqüidade. Essa é uma das frases favoritas do profeta Ezequiel (vs. 4,7; 7.19; 44.12 e nota). Pode estar aludindo à idolatria secreta.

    * 14:9

    eu... enganei... estenderei a mão contra ele. Numerosas passagens bíblicas integram a soberania de Deus e a responsabilidade moral dos seres humanos, sem permitir a vontade predeterminada de Deus ser usada como desculpa para o mal moral (Et 4:13,14; Jl 2:32; Mt 26:24,25; At 2:23). Nesta seção, idólatras que não tinham a mínima intenção de desistir de sua idolatria vieram em busca de uma palavra profética. Segundo a provisão de Deus eles encontraram um profeta tão falso quanto eles, e ambos cairiam sob o juízo divino. O profeta que os serviu, embora provocado por Deus, tinha que suportar a responsabilidade por seu erro. Ver 1Rs 22:19-25.

    * 14:14

    ainda que estivessem. O profeta, segundo parece, respondia ao ponto-de-vista defendido por alguns de que a presença de algumas pessoas justas em Jerusalém serviria para proteger a cidade (conforme Gn 18:22-32).

    Noé, Daniel e Jó. Embora Noé fosse um homem justo e inculpável, entre os de sua geração (Gn 6:9), o mundo não foi poupado por causa de sua presença. Jó, por igual modo, era inculpável e reto (1:1) mas isso não poupou a sua família. A identidade do "Daniel" mencionado é muito debatida. Provavelmente ele não era o contemporâneo de Ezequiel, do livro de Daniel. No hebraico, o nome é soletrado Dani'el, de modo diferente do nome do profeta conhecido por esse nome (Daniyye'l). O mais provável é que o Daniel aqui mencionado seja uma figura heróica mencionada em um texto da antiga Ugarite. Essa história diz respeito a um rei chamado Daniel, conhecido, até certo ponto, por sua retidão, sabedoria (conforme 28,3) e piedade. "Noé, Daniel e Jó", pois, designariam figuras não-israelitas de tempos remotos, conhecidos por sua retidão. Eles não puderam salvar o mundo de seus próprios dias, e mesmo juntos não poderiam salvar a cidade de Jerusalém (conforme v.20).


    Matthew Henry

    Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
    Matthew Henry - Comentários de Ezequiel Capítulo 14 do versículo 1 até o 23
    14:3 Deus condenou aos anciões por adorar ídolos em seus corações e logo atrever-se a vir ao profeta de Deus em busca de conselho. No externo parecia que adoravam a Deus. Faziam visitas regulares ao templo aonde ofereciam sacrifícios, mas não eram sinceros. Resulta muito fácil para nós criticar aos israelitas por adorar ídolos quando era tão claro que necessitavam a Deus. Entretanto, nós temos ídolos em nossos corações quando procuramos reputação, aceitação, riqueza ou prazer sexual com a intensidade e compromisso que deveriam ser reservados sozinho para Deus.

    14.3-5 Para os escritores hebreus, importantes funcione da vida eram atribuídas a diferentes órgãos do corpo. Ao coração o considerava a essência do intelecto e a função espiritual de uma pessoa. Devido a todo indivíduo tem alguém ou algo como objeto da devoção de seu coração, possui o potencial para a idolatria dentro dele. Deus quer recuperar o coração de seu povo. Nunca devemos permitir que algo capture nossa lealdade ou imaginação de tal maneira que chegue a substituir ou debilitar nossa devoção a Deus.

    14.6-11 Judá, mesmo que estava ansiosa de aceitar as mensagens dos falsos profetas, considerava a presença de alguns poucos homens Santos na nação como uma apólice de seguro em contra do desastre. Em caso de apuro, sempre poderiam recorrer aos profetas de Deus para pedir conselho. Mas, o solo feito de ter gente Santa a nosso redor não ajuda. Devemos recordar que a santidade de nosso pastor ou de nossa família ou amigos não nos protegerá das conseqüências de nossos próprios pecados. Cada pessoa é responsável por sua própria relação com Deus. É sua fé pessoal e real ou se apóia no que outros estão fazendo?

    14:14 Noé, Daniel e Jó foram grandes homens na história hebréia, conhecidos por sua relação com Deus e sua sabedoria (vejam-se Gn 6:8-9; Dn 2:47-48; 1:1). Ao Daniel o levaram cativo durante a primeira invasão de Babilônia ao Judá em 605 a.C., oito anos antes de que acontecesse o mesmo com o Ezequiel. No tempo da mensagem do Ezequiel, Daniel ocupava um alto posto governamental em Babilônia. Entretanto, este grande homem de Deus não pôde salvar ao Judá, porque Deus já tinha emitido seu castigo pela maldade impregnada na nação.


    Wesley

    Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
    Wesley - Comentários de Ezequiel Capítulo 14 do versículo 1 até o 23

    4. Sentença de idólatras (


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Ezequiel Capítulo 14 do versículo 1 até o 23
    14.3 Ídolos dentro do seu coração. No cativeiro, não havia ensejo para construir templos, seja para adorar a Deus, seja para a idolatria; mas quem amava a Deus construía no seu íntimo um templo do amor do Senhor para adorá-lO em Espírito e em verdade (11:19-20; Jo 4:23-43). E quem não amava a Deus, trazia a idolatria no seu íntimo, seja na forma de superstição, seja na forma de apego às coisas materiais.

    14.4 Lhe responderei. O próprio Deus lhe dará uma resposta à altura do seu pecado, uma resposta que não está dentro do contrato que o consulente faz com o falso profeta.

    14.14 Mais uma vez estamos percebendo a doutrina da responsabilidade pessoal do indivíduo perante Deus. Nenhum lugar, nenhum rito, nenhuma organização, nem mesmo pessoa alguma pode substituir a relação pessoal do indivíduo com Deus.
    14.17 Espada. Nenhuma invasão de Israel foi feita sem que o próprio Deus a permitisses Os grandes impérios da época eram nada mais que instrumentos nas mãos de Deus, para castigar os pecados das nações, segundo Sua vontade (Is 10:5-23).

    14.20 Noé, Daniel e Jó. Três homens que, pela fé, transformaram a desgraça total em vitória deslumbrante. Representam o Antigo Testamento que os israelitas dividiam em lei, profetas e escritos. A preservação de Noé do dilúvio conta-se na lei, Gn 6:11-8.19. Daniel foi um dos profetas que, vencendo várias perigos, era o conselheiro de vários reis. Jó cujo livro conta, em estilo de poesia, ou escrita, como perdera bens, filhos e saúde, alvo constante das tentações de Satanás e do desprezo dos homens, finalmente recuperando tudo em dobro.

    14.21 Quatro maus juízos. Quatro tipos de punição desagradável, mencionados um por um nos vv. 13 15:17-19.

    14.22 Consolados do mal. Vão conhecer que o "mal" não tinha sido uma injustiça por parte de Deus, mas sim uma punição muito reta e acertada, para eliminar da terra os obreiros do maligno, preparando o caminho para um novo Israel, no qual não haveria mais a constante pressão do paganismo que causara tanta desgraça à nação durante vários séculos.


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Ezequiel Capítulo 14 do versículo 1 até o 23

    4) A idolatria entre os exilados (14.1
    11)
    Havia falsos profetas não somente em Judá e Jerusalém; entre os exilados, também havia os que tentavam seduzir os compatriotas a adotarem as práticas religiosas dos seus vizinhos babilônios. Quando os líderes da comunidade do exílio vieram consultar Ezequiel acerca da vontade de Deus, ele não pôde fazer o que eles pediram porque nutriam tendências idólatras nos seu coração; a única resposta que eles poderiam receber seria uma de juízo direto do próprio Deus.
    v. 1. autoridades de Israel: conforme 8.1, em que, no entanto, eles são chamados “autoridades de Judá”. v. 3. tropeços ímpios: a NEB traz “as coisas pecaminosas que causaram a sua queda” (conforme 7.19), aqui se referindo a ídolos (gillulim, como em 6.4). v. 5. reconquistar o coração: BJ: “apoderar-me do coração” —com o propósito de causar temor e o conseqüente arrependimento, v. 7. Quando qualquer israelita...: a linguagem é semelhante à das leis criadas por caso de precedência do Código de Santidade (conforme Lv 17:3 etc.), qualquer estrangeiro residente em Israel: nesse contexto, esses estrangeiros residentes talvez sejam prosélitos (conforme 47.22,23). v. 8. Yoltarei o meu rosto contra aquele homem...: acerca das penalidades da idolatria, conforme Lv 20:3,5,6; Dt 13:1 ss. um exemplo e um objeto de zombaria: conforme 5.15; Dt 28:37; Jr 24:9. Eu o eliminarei do meu povo: a idéia é expulsá-lo da comunidade da aliança de Israel, v. 9. eu, o Senhor, terei enganado aquele profeta: com o propósito de testar o seu povo, como em Dt 13:3. Conforme o “espírito mentiroso” enviado com permissão divina para enganar os profetas de Acabe como uma “isca” para levá-lo à morte em Ramote-Gileade (lRs 22:20-23). O verbo pittah é traduzido por “enganar” ali, aqui em Ez 14:9 e também em Jr 20:7, Jr 20:10, em que os oponentes de Jeremias esperam que ele esteja enganado nas suas profecias, para que fracasse na sua missão, e ele mesmo teme que isso de fato aconteceu com ele: “Senhor, tu me enganaste. e eu fui enganado”, v. 10. O profeta srrú tão culpado quanto'. a condenação do profeta no final do v. 9 é a de um idólatra em geral no v. 8 (conforme Jr 14:15,Jr 14:16). v. 11. Serão o meu povo, e eu serei o seu Deus: a promessa da aliança, como em 11.20.


    5) A condição deplorável de Jerusalém é irremediável (14:12-23)

    Que a presença de homens justos em uma comunidade, especialmente se forem grandes intercessores, pode protegê-la contra o desastre é um tema recorrente no ATOS: o exemplo clássico é a garantia divina dada a Abraão com relação a Sodoma (Gn 18:23-32). Mas a condição de Jerusalém agora é tão desesperadora que o homem mais justo que já tivesse vivido não poderia salvá-la da fome, dos animais selvagens, da espada e da peste. O mesmo tema é formulado em Jr 15:1-24, em que Moisés e Samuel (intercessores realmente grandes) têm o papel que Noé, Daniel e Jó têm no texto estudado aqui.

    v. 13. para cortar o seu sustento: conforme 4.16; 5.16. v. 14. Noé, Daniel eJó: três homens que se sobressaíram por sua justiça; acerca de Noé, conforme Gn 6:9; 7:1 (contudo as únicas pessoas resgatadas em virtude da justiça dele foram pessoas da sua própria família), e acerca de Jó, cf. 1:1,1:8 (e 42.8,10, em que ele ora com eficácia por seus três amigos). Daniel (heb. daríeí, NEB: “Danei”) é soletrado de forma diferente do herói do livro de Daniel, contemporâneo de Ezequiel, e possivelmente deve ser identificado com uma personagem comparável em antiguidade com Noé e Jó — o Danei que é celebrado na literatura ugarí-tica do século XIV a.C.como um governante justo e sábio, que julgou a causa da viúva e do órfão (conforme 28.3). (Pode ser coincidência que um “Danei” seja mencionado em Jubileus

    4.20 como o tio e sogro de Enoque.) Se essa identificação puder ser sustentada, então todos os três homem justos desse texto eram não-israelitas (ao contrário dos israelitas Moisés e Samuel em Jr 15:1), mas, se eles vivessem em Jerusalém, a sua justiça serviria apenas para salvar a sua própria vida — nem mesmo (em contraste com a narrativa do Dilúvio) a vida das suas famílias. Isso pode ser uma antecipação do individualismo ético destacado em 18.1ss; 33:10-16.

    v. 21. os meus quatro terríveis juízos: resumindo as ameaças em maiores detalhes dos v. 12-20. Três das quatro — a espada, a fome [...] e a peste — já foram mencionadas nos oráculos Dt 5:12 e 6.12, e a outra — animais selvagens — no Dt 5:17. v. 22. haverá alguns sobreviventes: conforme 12.16. Aqui a sobrevivência de algumas pessoas do cerco e saque de Jerusalém não é tanto um ato de misericórdia para os próprios sobreviventes quanto uma fonte de consolo para os exilados: quando eles virem os sobreviventes e ouvirem de suas experiências angustiantes, ficarão felizes por terem sido levados para o exílio já antes e vão entender que Deus teve um propósito nisso tudo.


    Moody

    Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
    Moody - Comentários de Ezequiel Capítulo 1 do versículo 1 até o 27

    INTRODUÇÃO

    A Época. Os fatos contidos no livro de Ezequiel situam o ministério do profeta no começo do exílio babilônico, entre 593/592 e 571/570 A. C. (Ez 1:1; Ez 29:17). O profeta Ezequiel, fazendo da Babilônia o seu palco de acontecimentos, analisou a queda e a restauração da casa de Israel; enquanto que seu contemporâneo mais velho, Jeremias, em Jerusalém, observou de perto os últimos suspiros do reino de Judá (Jr 1:1-3).

    Durante grande parte dos séculos oito e sete A. C., o cruel poder assírio perturbou os reinas de Israel e Judá. O reino do norte caíra em 721 A.C.; mas Judá, embora seriamente enfraquecido, conseguiu sobreviver ao seu opressor. Como reinado de Assurbanipal (669-633 A.C.), o império assírio começou a declinar. O Egito esquivou-se ao seu jugo em 655. Dentro de poucos anos a Assíria estava lutando pela sobrevivência contra a Babilônia e os medos. Assur, antiga capital da Assíria, sucumbiu em 614, e a muito poderosa Nínive foi completamente destruída em 612. Por volta de 607 os restos do império assírio desmoronaram.

    Aproveitando-se do declínio assírio, Josias (640/639-609/608 A.C.), o último grande rei de Judá, fortaleceu o seu reino. Sua brilhante carreira foi interrompida por um encontro com Faraó-Neco II do Egito em Megido, que tentava escorar o império assírio como proteção contra a Caldéia (2Rs 23:29). Salum ou Jeoacaz (Jr 22:1 e segs.). Os caldeus se tornaram os novos senhores do mundo (2Rs 24:7), com Judá por estado vassalo. Jeoaquim (608-597 A.C.) perseguiu os profetas (Jr 7:1; Jr 36:1), degradou a vida espiritual da nação (Jr 7:1-15; Jr 13:16-20, Jr 22:17-19; Jr 22:24-30; Ez 19:5). Depois de saquear Jerusalém, o monarca caldeu deportou várias centenas de seus cidadãos aristocratas para a Babilônia. Esses, Jeremias comparou a "figos bons", a esperança do futuro de Israel, em contraste com os "filhos ruins", os mais pobres entre o povo, que foram deixados (Jr 24:29). Entre o grupo de exilados estava Ezequiel, que data suas mensagens do ano do cativeiro de Joaquim (Ez 1:1, Ez 1:2; Ez 3:16; Ez 8:1; Ez 20:1;

    COMENTÁRIO

    O livro de Ezequiel compreende duas porções: os capítulos 1-24, uma série de mensagens transmitidas antes da queda de Jerusalém, cuja idéia principal é "o juízo"; e os capítulos 25-48, transmitidos depois de sua queda, com o tema fundamental da "esperança". O livro é mais apropriadamente estudado sob quatro divisões: capítulos 1-24, Profecias do Juízo de Judá e Jerusalém; capítulos 25-32, Profecias Contra as Nações Vizinhas; capítulos 33-39, Profecias da Restauração de Israel; capítulos 40-48, Visões do Novo Templo e da Nova Lei para o Povo Redimido.

    I. Profecias Contra Judá e Jerusalém. 1:1 - 24:27.

    Os ameaçadores discursos contra Jerusalém e a casa de Israel, transmitidos antes da queda de Jerusalém, consistem de uma seção introdutória, expondo em detalhes a vocação do profeta (caps. 1-3); atos simbólicos e oráculos descrevendo a derrota da cidade e do estado (caps. 4-7); um grupo de visões descrevendo os terríveis pecados de Jerusalém, que exigiam a sua destruição (caps. 8-11); atos simbólicos, parábolas e alegorias apresentando a necessidade moral do cativeiro (caps. 12-19); e uma recordação da história passada de Israel que clama por um certo juízo (caps. Ez 20:1).


    Moody - Comentários de Ezequiel Capítulo 12 do versículo 1 até o 14

    D. A Necessidade Moral do Cativeiro. 12:1 - 19:14.

    As mensagens anteriores de Ezequiel previam a queda da nação. Nesta seção (caps. 12-19), o profeta trata das objeções dos homens que achavam que a tempestade era passageira, que não viam a calamidade imiente, e que achavam que o Senhor jamais repudiaria o Seu povo. Por meio de atos simbólicos, alegorias e parábolas, Ezequiel demonstra a necessidade moral do cativeiro. Ele apresenta dois quadros simbólicos de fuga da cidade cercada (Ez 12:1-20), debate com os falsos profetas (12:21 - 14:23), descreve Israel como uma videira inútil (cap. Ez 15:1), e numa alegoria detalhada recorda a longa história da infidelidade de Israel para com o seu esposo divino (cap. Ez 16:1). Ele retorna à metáfora da videira para enfatizar a deslealdade de Zedequias (cap. Ez 17:1), responde às objeções ao castigo divino por meio de uma análise da responsabilidade individual (cap. Ez 18:1), e explode em uma lamentação pelos príncipes de Judá e pela própria Judá (cap, 19).

    O assunto principal dos capítulos 1224 pode ser classificado em três categorias. I. Israel Infiel: a videira inútil (cap. Ez 15:1); a criança enjeitada que se tomou uma esposa infiel (cap. Ez 16:1); as duas irmãs infiéis (cap. Ez 23:1); uma recordação da história de Israel (Ez 20:1-44). II. O Pecado e o Seu Julgamento: profecia e seus abusos (12:21 - 14:23); liberdade moral e responsabilidade pessoal (cap. Ez 18:1); o castigo que Jerusalém necessitava pelos seus pecados (cap. Ez 22:1). III. O Fim da Monarquia:dois atos simbólicos (Ez 12:1-20); duas águias e a videira (cap, 17); dois leões e a videira (cap. Ez 19:1); a espada vingativa do Senhor (20:45 - 21:32); a alegoria da panela enferrujada (cap. Ez 24:1).


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Ezequiel Capítulo 14 do versículo 12 até o 23
    c) A razoabilidade do julgamento (Ez 14:12-23)

    Nos vers. 12-20 é estabelecido um princípio geral-que o julgamento de um povo perverso não é desviado pela justiça de alguns poucos o vers. 21 aplica o princípio a Jerusalém. Para ilustrá-lo e frisá-lo são induzidos três notáveis exemplos de homens justos. Noé (que salvou sua família, Gn 6:8), Daniel (que salvou seus amigos, Ez 1:6-27?) e igualmente Jó (42:7-18). As realizações desses homens não devem ser citadas como exemplos sobre a paciência habitual de Deus. Quando Jeová sentencia uma terra culpada somente os justos conseguirão ser livrados. Possivelmente Ezequiel tinha ouvido que os homens de Jerusalém olhavam para a cidade como sua esperança de salvação, baseados na história da intercessão de Abraão por Sodoma (Gn 18:23 e segs.); mas o profeta replica: "Este é o princípio segundo o qual Deus age; se é verdadeiro em geral, Quanto mais no caso de Jerusalém (21), que não conta nem com Noé, nem com Daniel e nem com Jó!" Cfr. declaração semelhante de Jeremias sobre a inutilidade de intercessão por Jerusalém, mesmo que fosse da parte de Moisés e Samuel (Jr 7:16; Jr 15:1-24). Quanto ao princípio da responsabilidade individual, aqui subentendido, cfr. o capítulo 18.

    Daniel (14,20). Os expositores há muito têm interrogado se o homem aqui chamado por este nome é o mesmo Daniel do livro que tem seu nome, presumivelmente um contemporâneo de Ezequiel, ou se seria algum patriarca de antigüidade semelhante à de Noé e Jó. Que os fenícios conheciam tal pessoa é atestado por referência a ele nos tabletes de Ras Shamra, cerca de 1400 a.C. E que seu nome é escrito ali conforme escrito no livro de Ezequiel, e não no livro de Daniel, é outro fato que indica que talvez seja referido aqui o patriarca, e não o profeta.

    O remanescente que escapasse mostraria, por suas vidas corrompidas, quão justo tinha sido o juízo contra Jerusalém, e assim as mentes dos exilados ficariam descansadas. E vereis... e ficareis consolados (22).


    Dicionário

    Ainda

    advérbio Até este exato momento; até agora: o professor ainda não chegou.
    Naquele momento passado; até então: eu fui embora da festa, mas minha mãe ainda ficou por lá.
    Num instante recente; agora mesmo: ainda há pouco ouvi seus gritos.
    Que tende a chegar num tempo futuro; até lá: quando ele voltar, ela ainda estará esperando.
    Num certo dia; algum dia indeterminado: você ainda vai ser famoso.
    Em adição a; mais: há ainda outras concorrentes.
    No mínimo; ao menos: ainda se fosse rico, mas não sou.
    De modo inclusivo; inclusive: gostava de todos os alunos, inclusive os mais bagunceiros.
    Etimologia (origem da palavra ainda). Etm a + inda.

    Palavra

    substantivo feminino Unidade linguística com significado próprio e existência independente, que pode ser escrita ou falada: expressou-se por meio de palavras; o texto deve conter somente 350 palavras.
    Cada unidade linguística com significado, separada por espaços, ou intercalada entre um espaço e um sinal de pontuação.
    Capacidade que confere à raça humana a possibilidade de se expressar verbalmente; fala.
    Gramática Vocábulo provido de significação; termo.
    Figurado Demonstração de opiniões, pensamentos, sentimentos ou emoções por meio da linguagem: fiquei sem palavras diante dela.
    Afirmação que se faz com convicção; compromisso assumido verbalmente; declaração: ele acreditou na minha palavra.
    Discurso curto: uma palavra de felicidade aos noivos.
    Licença que se pede para falar: no debate, não me deram a palavra.
    Gramática Conjunto ordenado de vocábulos; frase.
    Figurado Promessa que se faz sem intenção de a cumprir (usado no plural): palavras não pagam contas.
    Etimologia (origem da palavra palavra). Do latim parábola.ae; pelo grego parabolé.

    substantivo feminino Unidade linguística com significado próprio e existência independente, que pode ser escrita ou falada: expressou-se por meio de palavras; o texto deve conter somente 350 palavras.
    Cada unidade linguística com significado, separada por espaços, ou intercalada entre um espaço e um sinal de pontuação.
    Capacidade que confere à raça humana a possibilidade de se expressar verbalmente; fala.
    Gramática Vocábulo provido de significação; termo.
    Figurado Demonstração de opiniões, pensamentos, sentimentos ou emoções por meio da linguagem: fiquei sem palavras diante dela.
    Afirmação que se faz com convicção; compromisso assumido verbalmente; declaração: ele acreditou na minha palavra.
    Discurso curto: uma palavra de felicidade aos noivos.
    Licença que se pede para falar: no debate, não me deram a palavra.
    Gramática Conjunto ordenado de vocábulos; frase.
    Figurado Promessa que se faz sem intenção de a cumprir (usado no plural): palavras não pagam contas.
    Etimologia (origem da palavra palavra). Do latim parábola.ae; pelo grego parabolé.

    Do latim parabola, que significa “discurso” ou “fala”.

    A palavra é um dom divino, quando acompanhada dos atos que a testemunhem [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O Consolador• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - q• 124

    [...] O verbo é a projeção do pensamento criador.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Contos e apólogos• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 17

    [...] a palavra é, sem dúvida, a continuação de nós mesmos.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Contos e apólogos• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 17

    A palavra é dom sagrado, / É a ciência da expressão / Não deve ser objeto / De mísera exploração.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    [...] O verbo mal conduzido é sempre a raiz escura de grande parte dos processos patogênicos que flagelam a Humanidade.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Instruções psicofônicas• Recebidas de vários Espíritos, no “Grupo Meimei”, e organizadas por Arnaldo Rocha• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 9

    O verbo gasto em serviços do bem é cimento divino para realizações imorredouras. Conversaremos, pois, servindo aos nossos semelhantes de modo substancial, e nosso lucro será crescente.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• No mundo maior• Pelo Espírito André Luiz• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 3

    Veículo magnético, a palavra, dessa maneira, é sempre fator indutivo, na origem de toda realização.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Seara dos médiuns: estudos e dissertações em torno da substância religiosa de O Livro dos Médiuns, de Allan Kardec• Pelo Espírito Emmanuel• 17a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Palavra

    O verbo é plasma da inteligência, fio da inspiração, óleo do trabalho e base da escritura.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Seara dos médiuns: estudos e dissertações em torno da substância religiosa de O Livro dos Médiuns, de Allan Kardec• Pelo Espírito Emmanuel• 17a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Palavra

    Em tudo quanto converses, / Toma o bem por tua escolta. / Toda palavra é um ser vivo / Por conta de quem a solta.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Trovas do outro mundo• Por trovadores diversos• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6

    A palavra é o instrumento mágico que Deus nos confia.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Entre irmãos de outras terras• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 23

    [...] a palavra é precioso dom que Deus concede para auxílio ao nosso progresso geral, nossa felicidade e nossa alegria, mas jamais para o insulto e a afronta contra o que quer que seja dentro da Criação, nem mesmo ao mais abjeto verme, e ainda menos contra o Criador de todas as coisas [...].
    Referencia: PEREIRA, Yvonne A• À luz do Consolador• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB• 1997• - Blasfêmia


    Palavra
    1) Expressão, falada ou escrita, de pensamento (Sl 5:1; Ap 21:5).


    2) Mensagem de Deus (Jr 1:4; Rm 3:2, RC).


    3) As Escrituras Sagradas do AT, especialmente a LEI 2, (Sl 119).


    4) A mensagem do evangelho (Gl 6:6).


    5) O VERBO (Jo 1:1, NTLH). Jesus é mais do que expressão falada: ele é Deus em ação, criando (Gn 1:3), se revelando (Jo 10:30) e salvando (Sl 107:19-20; 1Jo 1:1-2).


    Palavra Esse conceito tem uma importância fundamental nos evangelhos. Jesus não menciona a palavra de Deus; apenas afirma “porém eu vos digo” (Mt 5:22.28). Essa palavra (logos) é a primeira causa de surpresa e de espanto entre seus contemporâneos (Lc 4:36). Com ela, Jesus faz milagres (Mt 8:8.16), frutos da fé nessa palavra (Jo 4:50-53). É também verbalmente que perdoa os pecados (Mt 9:1-7) e transmite autoridade (Mt 18:18; Jo 20:23). Diante dela, as pessoas devem tomar uma decisão (Mt 7:24-27; 13,23) e isso faz com que se dividam (Mc 8:38). Para João, o evangelista, Jesus é a Palavra (Logos — Memrá) que é Deus (Jo 1:1) e que se fez carne (Jo 1:11.
    14) para revelar o Pai e salvar o homem (Jo 1:18; 3,34; 12,50; 17,8.14).

    Senhor

    substantivo masculino Proprietário, dono absoluto, possuidor de algum Estado, território ou objeto.
    História Aquele que tinha autoridade feudal sobre certas pessoas ou propriedades; proprietário feudal.
    Pessoa nobre, de alta consideração.
    Gramática Forma de tratamento cerimoniosa entre pessoas que não têm intimidade e não se tratam por você.
    Soberano, chefe; título honorífico de alguns monarcas.
    Figurado Quem domina algo, alguém ou si mesmo: senhor de si.
    Dono de casa; proprietário: nenhum senhor manda aqui.
    Pessoa distinta: senhor da sociedade.
    Antigo Título conferido a pessoas distintas, por posição ou dignidade de que estavam investidas.
    Antigo Título de nobreza de alguns fidalgos.
    Antigo O marido em relação à esposa.
    adjetivo Sugere a ideia de grande, perfeito, admirável: ele tem um senhor automóvel!
    Etimologia (origem da palavra senhor). Do latim senior.onis.

    o termo ‘Senhor’, no A.T., paraexprimir Jeová, está suficientemente compreendido nesta última palavra – e, como tradução de ãdôn, não precisa de explicação. Em Js 13:3, e freqüentemente em Juizes e Samuel, representa um título nativo dos governadores dos filisteus, não se sabendo coisa alguma a respeito do seu poder. o uso de ‘Senhor’ (kurios), no N.T., é interessante, embora seja muitas vezes de caráter ambíguo. Nas citações do A.T., significa geralmente Jeová, e é também clara a significaçãoem outros lugares (*vejag. Mt 1:20). Mas, fora estas citações, há muitas vezes dúvidas sobre se a referência é a Deus como tal (certamente Mc 5:19), ou ao Salvador, como Senhor e Mestre. Neste último caso há exemplos do seu emprego, passando por todas as gradações: porquanto é reconhecido Jesus, ou como Senhor e Mestre no mais alto sentido (Mt 15:22 – e geralmente nas epístolas – *veja 1 Co 12.3), ou como doutrinador de grande distinção (Mt 8:21 – 21.3), ou ainda como pessoa digna de todo o respeito (Mt 8:6). Deve-se observar que kurios, termo grego equivalente ao latim “dominus”, era o título dado ao imperador romano em todas as terras orientais, em volta do Mediterrâneo. E isto serve para explicar o fato de aplicarem os cristãos ao Salvador esse título, querendo eles, com isso, acentuar na sua mente e na das pessoas que os rodeavam a existência de um império maior mesmo que o de César. Com efeito, o contraste entre o chefe supremo do império romano e Aquele que é o Senhor de todos, parece apoiar muitos dos ensinamentos do N.T. Algumas vezes se usa o termo ‘Senhor’ (Lc 2:29At 4:24, etc.) como tradução de despõtes, que significa ‘dono, amo’, sugerindo, quando se emprega a respeito dos homens, que ao absoluto direito de propriedade no mundo antigo estava inerente uma verdadeira irresponsabilidade. (*veja Escravidão.)

    [...] o Senhor é a luz do mundo e a misericórdia para todos os corações.
    Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Pelo Evangelho


    Senhor
    1) (Propriamente dito: hebr. ADON; gr. KYRIOS.) Título de Deus como dono de tudo o que existe, especialmente daqueles que são seus servos ou escravos (Sl 97:5; Rm 14:4-8). No NT, “Senhor” é usado tanto para Deus, o Pai, como para Deus, o Filho, sendo às vezes impossível afirmar com certeza de qual dos dois se está falando.


    2) (hebr. ????, YHVH, JAVÉ.) Nome de Deus, cuja tradução mais provável é “o Eterno” ou “o Deus Eterno”. Javé é o Deus que existe por si mesmo, que não tem princípio nem fim (Ex 3:14; 6.3). Seguindo o costume que começou com a SEPTUAGINTA, a grande maioria das traduções modernas usa “Senhor” como equivalente de ????, YHVH (JAVÉ). A RA e a NTLH hoje escrevem “SENHOR”. A forma JAVÉ é a mais aceita entre os eruditos. A forma JEOVÁ (JEHOVAH), que só aparece a partir de 1518, não é recomendável por ser híbrida, isto é, consta da mistura das consoantes de ????, YHVH, (o Eterno) com as vogais de ???????, ADONAI (Senhor).


    Senhor Termo para referir-se a YHVH que, vários séculos antes do nascimento de Jesus, havia substituído este nome. Sua forma aramaica “mar” já aparecia aplicada a Deus nas partes do Antigo Testamento redigidas nesta língua (Dn 2:47; 5,23). Em ambos os casos, a Septuaginta traduziu “mar” por “kyrios” (Senhor, em grego). Nos textos de Elefantina, “mar” volta a aparecer como título divino (pp. 30 e 37). A. Vincent ressaltou que este conteúdo conceitual já se verificava no séc. IX a.C. Em escritos mais tardios, “mar” continua sendo uma designação de Deus, como se vê em Rosh ha-shanah 4a; Ber 6a; Git 88a; Sanh 38a; Eruv 75a; Sab 22a; Ket 2a; Baba Bat 134a etc.

    Em algumas ocasiões, Jesus foi chamado de “senhor”, como simples fórmula de cortesia. Ao atribuir a si mesmo esse título, Jesus vai além (Mt 7:21-23; Jo 13:13) e nele insere referências à sua preexistência e divindade (Mt 22:43-45; Mc 12:35-37; Lc 20:41-44 com o Sl 110:1). Assim foi também no cristianismo posterior, em que o título “Kyrios” (Senhor) aplicado a Jesus é idêntico ao empregado para referir-se a Deus (At 2:39; 3,22; 4,26 etc.); vai além de um simples título honorífico (At 4:33; 8,16; 10,36; 11,16-17; Jc 1:1 etc.); supõe uma fórmula cúltica própria da divindade (At 7:59-60; Jc 2:1); assim Estêvão se dirige ao Senhor Jesus no momento de sua morte, o autor do Apocalipse dirige a ele suas súplicas e Tiago acrescenta-lhe o qualificativo “de glória” que, na verdade, era aplicado somente ao próprio YHVH (Is 42:8). Tudo isso permite ver como se atribuíam sistematicamente a Jesus citações veterotestamentárias que originalmente se referiam a YHVH (At 2:20ss.com Jl 3:1-5).

    Finalmente, a fórmula composta “Senhor dos Senhores” (tomada de Dt 10:17 e referente a YHVH) é aplicada a Jesus e implica uma clara identificação do mesmo com o Deus do Antigo Testamento (Ap 7:14; 19,16). Tanto as fontes judeu-cristãs (1Pe 1:25; 2Pe 1:1; 3,10; Hc 1:10 etc.) como as paulinas (Rm 5:1; 8,39; 14,4-8; 1Co 4:5; 8,5-6; 1Ts 4:5; 2Ts 2:1ss. etc.) confirmam essas assertivas.

    W. Bousset, Kyrios Christos, Nashville 1970; J. A. Fitzmyer, “New Testament Kyrios and Maranatha and Their Aramaic Background” em To Advance the Gospel, Nova York 1981, pp. 218-235; L. W. Hurtado, One God, One Lord: Early Christian Devotion and Ancient Jewish Monotheism, Filadélfia 1988; B. Witherington III, “Lord” em DJG, pp. 484-492; O. Cullmann, o. c.; C. Vidal Manzanares, “Nombres de Dios” en Diccionario de las tres...; Idem, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...


    Veio

    substantivo masculino Ducto, canal, fresta ou ramificação das mais variadas cores, formas ou tamanhos que são encontradas em pedras, madeiras ou em mármore.
    Por Extensão Sinal que se assemelha a uma estria, riscas irregulares; estria.
    Corrente de água que provém de rios; riacho.
    Mineralogia Camada que pode ser explorada; filão: veio de ouro.
    Figurado O que pode ser utilizado como fundamento para; o ponto central de; essência: o veio de uma teoria.
    Canal natural de água que se localiza abaixo da terra.
    Peça que move uma roda, eixo de ativação manual; manivela.
    Etimologia (origem da palavra veio). Veia + o.

    Veio
    1) Parte da mina onde se encontra o mineral; filão (28:1, RC).


    2) Riacho (28:11, RA).


    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    Ezequiel 14: 12 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    Veio ainda a mim a palavra do SENHOR, dizendo:
    Ezequiel 14: 12 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    592 a.C.
    H1697
    dâbâr
    דָּבָר
    discurso, palavra, fala, coisa
    (and speech)
    Substantivo
    H1961
    hâyâh
    הָיָה
    era
    (was)
    Verbo
    H3068
    Yᵉhôvâh
    יְהֹוָה
    o Senhor
    (the LORD)
    Substantivo
    H413
    ʼêl
    אֵל
    até
    (unto)
    Prepostos
    H559
    ʼâmar
    אָמַר
    E disse
    (And said)
    Verbo


    דָּבָר


    (H1697)
    dâbâr (daw-baw')

    01697 דבר dabar

    procedente de 1696; DITAT - 399a; n m

    1. discurso, palavra, fala, coisa
      1. discurso
      2. dito, declaração
      3. palavra, palavras
      4. negócio, ocupação, atos, assunto, caso, algo, maneira (por extensão)

    הָיָה


    (H1961)
    hâyâh (haw-yaw)

    01961 היה hayah

    uma raiz primitiva [veja 1933]; DITAT - 491; v

    1. ser, tornar-se, vir a ser, existir, acontecer
      1. (Qal)
        1. ——
          1. acontecer, sair, ocorrer, tomar lugar, acontecer, vir a ser
          2. vir a acontecer, acontecer
        2. vir a existir, tornar-se
          1. erguer-se, aparecer, vir
          2. tornar-se
            1. tornar-se
            2. tornar-se como
            3. ser instituído, ser estabelecido
        3. ser, estar
          1. existir, estar em existência
          2. ficar, permanecer, continuar (com referência a lugar ou tempo)
          3. estar, ficar, estar em, estar situado (com referência a localidade)
          4. acompanhar, estar com
      2. (Nifal)
        1. ocorrer, vir a acontecer, ser feito, ser trazido
        2. estar pronto, estar concluído, ter ido

    יְהֹוָה


    (H3068)
    Yᵉhôvâh (yeh-ho-vaw')

    03068 יהוה Y ehovaĥ

    procedente de 1961; DITAT - 484a; n pr de divindade Javé = “Aquele que existe”

    1. o nome próprio do único Deus verdadeiro
      1. nome impronunciável, a não ser com a vocalização de 136

    אֵל


    (H413)
    ʼêl (ale)

    0413 אל ’el (mas usado somente na forma construta reduzida) אל ’el

    partícula primitiva; DITAT - 91; prep

    1. para, em direção a, para a (de movimento)
    2. para dentro de (já atravessando o limite)
      1. no meio de
    3. direção a (de direção, não necessariamente de movimento físico)
    4. contra (movimento ou direção de caráter hostil)
    5. em adição a, a
    6. concernente, em relação a, em referência a, por causa de
    7. de acordo com (regra ou padrão)
    8. em, próximo, contra (referindo-se à presença de alguém)
    9. no meio, dentro, para dentro, até (idéia de mover-se para)

    אָמַר


    (H559)
    ʼâmar (aw-mar')

    0559 אמר ’amar

    uma raiz primitiva; DITAT - 118; v

    1. dizer, falar, proferir
      1. (Qal) dizer, responder, fala ao coração, pensar, ordenar, prometer, intencionar
      2. (Nifal) ser falado, ser dito, ser chamado
      3. (Hitpael) vangloriar-se, agir orgulhosamente
      4. (Hifil) declarar, afirmar