Enciclopédia de Ezequiel 21:8-8

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

ez 21: 8

Versão Versículo
ARA Veio a mim a palavra do Senhor, dizendo:
ARC E veio a mim a palavra do Senhor, dizendo:
TB Veio a mim a palavra de Jeová, dizendo:
HSB וַיְהִ֥י דְבַר־ יְהוָ֖ה אֵלַ֥י לֵאמֹֽר׃
BKJ Novamente, a palavra do SENHOR veio a mim, dizendo:
LTT E veio a mim a palavra do SENHOR, dizendo:
BJ2 Eis o que dirás à terra de Israel: Assim diz Iahweh: Eis que estou contra ti; hei de tirar da bainha a minha espada e extirparei do meio de ti tanto o justo como o ímpio;[m]
VULG Et factus est sermo Domini ad me, dicens :

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Ezequiel 21:8

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Locais

Estes lugares estão apresentados aqui porque foram citados no texto Bíblico, contendo uma breve apresentação desses lugares.

ISRAEL

Atualmente: ISRAEL
País com área atual de 20.770 km2 . Localiza-se no leste do mar Mediterrâneo e apresenta paisagem muito variada: uma planície costeira limitada por colinas ao sul, e o planalto Galileu ao norte; uma grande depressão que margeia o rio Jordão até o mar Morto, e o Neguev, uma região desértica ao sul, que se estende até o golfo de Ácaba. O desenvolvimento econômico em Israel é o mais avançado do Oriente Médio. As indústrias manufatureiras, particularmente de lapidação de diamantes, produtos eletrônicos e mineração são as atividades mais importantes do setor industrial. O país também possui uma próspera agroindústria que exporta frutas, flores e verduras para a Europa Ocidental. Israel está localizado numa posição estratégica, no encontro da Ásia com a África. A criação do Estado de Israel, gerou uma das mais intrincadas disputas territoriais da atualidade. A criação do Estado de Israel em 1948, representou a realização de um sonho, nascido do desejo de um povo, de retornar à sua pátria depois de mil oitocentos e setenta e oito anos de diáspora. Esta terra que serviu de berço aos patriarcas, juízes, reis, profetas, sábios e justos, recebeu, Jesus o Senhor e Salvador da humanidade. O atual Estado de Israel teve sua origem no sionismo- movimento surgido na Europa, no século XIX, que pregava a criação de um país onde os judeus pudessem viver livres de perseguições. Theodor Herzl organizou o primeiro Congresso sionista em Basiléia, na Suíça, que aprovou a formação de um Estado judeu na Palestina. Colonos judeus da Europa Oriental – onde o anti-semitismo era mais intenso, começaram a se instalar na região, de população majoritariamente árabe. Em 1909, foi fundado na Palestina o primeiro Kibutz, fazenda coletiva onde os colonos judeus aplicavam princípios socialistas. Em 1947, a Organização das Nações Unidas (ONU) votou a favor da divisão da Palestina em dois Estados: um para os judeus e outro para os árabes palestinos. Porém, o plano de partilha não foi bem aceito pelos países árabes e pelos líderes palestinos. O Reino Unido que continuava sofrer a oposição armada dos colonos judeus, decidiu então, encerrar seu mandato na Palestina. Em 14 de maio de 1948, véspera do fim do mandato britânico, os líderes judeus proclamaram o Estado de Israel, com David Bem-Gurion como primeiro-ministro. Os países árabes (Egito, Iraque, Síria e Jordânia) enviaram tropas para impedir a criação de Israel, numa guerra que terminou somente em janeiro de 1949, com a vitória de Israel, que ficou com o controle de 75% do território da Palestina, cerca de um terço a mais do que a área destinada ao Estado judeu no plano de partilha da ONU.
Mapa Bíblico de ISRAEL



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Ezequiel Capítulo 21 do versículo 1 até o 32
b) A espada (Ez 21:1-32). A espada de destruição será a de Nabucodonosor, o rei pagão, mas o Senhor a chama de minha espada (3-4). O justo e o ímpio (3), toda carne (4) sofrerá, e, por meio disso, o SENHOR (5) trará julgamento contra eles. É claro que isso se refere à tragédia temporal e secular e não ao destino pessoal. Bons homens, muitas vezes, sofrem com homens perversos nessa vida, mas o ajuste de contas final de Deus traça uma linha clara entre eles. A espada nunca mais voltará à bainha até que a destruição seja completa. Os homens agora suspirarão (6) com a descrição de horror, porque todas as mãos se enfraquecerão, e todo espírito se angustiará, e todos os joelhos se desfarão em água (7). Esses versículos interpretam o que o profeta quis dizer com sua parábola em 20:45-49.

O quebrantamento dos teus lombos (6) significa "com o coração partido" (NVI). A espada de Deus será afiada e também açacalada (9; "polida", ARA) — afiada para cortar, e polida para "reluzir como relâmpago" (v. 10, ARA). A vara do meu filho é que despreza todo madeiro pode ser entendido de acordo com a versão Berkeley: "Você desprezou a vara, meu filho, e qualquer tipo de madeira". Tendo recusado o benefício dos julgamentos menores, eles seriam destruídos pelo julgamento maior. Bate, pois, na tua coxa (12) é "um gesto de desespero oriental, muitas vezes usado após receber notícias devastadoras [cf. Jr 31:19]" (Berkeley, nota de rodapé). O versículo 13 é elucidado por Smith-Goodspeed:

É certo que a prova virá;

E quem pode desprezar a vara da minha ira?

Bate com as mãos uma na outra (14; cf.
17) era um sinal de que a ação deveria começar.

Os amonitas pagãos também sofrerão com a espada do Senhor (20, 28-32; Ez 25:1-7; Jr 49:1-6). O rei da Babilônia (19) se dirigirá contra Jerusalém e contra os amonitas. Rabá (20), capital de Amom, é a Amã de hoje. Nabucodonosor usa as artes pagãs de adivinhações (21) para determinar quem ele deverá atacar primeiro. Ainda achando que a sua cidade está segura, os israelitas entendem que a decisão babilônica é uma adivinhação vã (23). Mas a sua destruição está selada, e Zedequias, o ímpio príncipe de Israel (25), é exortado de que não há como escapar. Os amonitas também serão destruídos (28-32).


Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Ezequiel Capítulo 21 do versículo 1 até o 32
*

21.1-32

Todos os oráculos deste capítulo usam a figura simbólica de uma espada (21.1-7,8-27,28-32). O Antigo Testamento com freqüência descreve Deus como um guerreiro. Sua espada era ordinariamente brandida contra os inimigos de Israel (Dt 32:41; Is 31:8; 34.5-8; 34.5-8; 66:16; Jr 25:31; 50.35-37; Sf 2:12). Mas agora a espada havia sido entregue aos babilônios, e eles a usariam contra Judá e contra Jerusalém (vs. 2 e 12).

* 21:9

A espada. Provavelmente, Ezequiel uma vez mais usava alguma forma de ato simbólico (4.1-3, nota). O profeta pode ter rodopiado, cortado e golpeado com uma espada, em uma dança dramática, como parte do oráculo.

* 21:10-13

O cetro. Estes versículos, juntamente com o v.27, estão unidos em parte por suas alusões ao cetro de Judá (Gn 49:10). Um cetro de madeira não era páreo para uma espada de ferro, e Judá não era adversário à altura para Nabucodonosor.

* 21.18-23 Nabucodonosor atacaria vindo do norte, aproximando-se de uma encruzilhada na estrada. Ezequiel, como é provável, desenhou um mapa, um tanto parecido com um "Y" invertido, sobre a areia ou sobre uma tábua de argila (4.1-3, nota). Vindo do norte, a bifurcação da esquerda na estrada levaria o exército babilônico pela "Estrada do Rei", uma grande estrada que passava pelo rio Jordão. Se enveredassem pela direita, os babilônios desceriam pela "via Maris", uma importante estrada internacional que passava pela planície costeira a oeste de Jerusalém. Essas estradas se encontravam próximo de Damasco.

* 21:21

para consultar os oráculos. O rei da Babilônia usava vários métodos para obter orientação dos deuses. (a) Os ídolos do lar (no hebraico, teraphim) eram objetos religiosos usados na adoração. (b) Adivinhação mediante o exame dos contornos e marcas nos fígados de aves ou ovelhas sacrificadas (hepatoscopia), o que era uma prática comum nos tempos antigos. (c) Flechas eram usadas como um meio de lançar sortes.

* 21:23

juramentos solenes. Nabucodonosor iniciou o cerco a Jerusalém por volta de janeiro de 588 a.C.

* 21:25

príncipe de Israel. O príncipe profano e perverso foi Zedequias, o último rei de Judá (17.1-10, nota).

* 21:28

filhos de Amom. À base dos vs. 18-23, pareceria que os babilônios atacariam Jerusalém mas poupariam Amom. Este terceiro e último cântico da espada explica que Amom também provaria o gosto da ira de Deus, mediante a fúria dos babilônios (Jr 49:1-6). Amom era aliado com Jerusalém e com o Egito, contra os babilônios, em 589 a.C. Entretanto, quando Jerusalém sofreu o ataque dos babilônios, os filhos de Amom se aproveitaram de seu anterior aliado (Jr 27:3; 40:11,14; 41:10,15; conforme 2Rs 24:2).


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Ezequiel Capítulo 21 do versículo 1 até o 32
21.1ss A mensagem curta em 20:45-48 apresenta as quatro mensagens do capítulo 21 a respeito dos castigos que viriam sobre Jerusalém: (1) A espada do Jeová (21.1-7); (2) a espada afiada (21.8-17); (3) a espada do rei de Babilônia (Nabucodonosor) (21.18-22). A cidade seria destruída porque tinha sido poluída. De acordo com a lei judia, os objetos poluídos deviam ser passados por fogo para poder desencardi-los (vejam-se Nu 31:22-23; Sl 66:10-12; Pv 17:3). O castigo de Deus está designado para desencardir. A destruição pelo general é uma parte necessária do processo.

21:12 "Fere sua coxa", traduzido em outras versões como "golpeia seu peito", era um gesto de duelo.

21.18-23 Amón evidentemente se rebelou contra Babilônia aproximadamente ao mesmo tempo que Sedequías, o rei do Judá. No ano 589 a.C., Judá e Amón estiveram entre aqueles que conspiraram contra Babilônia (Jr_27:3). Ezequiel deu esta mensagem a quão cativos tinham escutado as novas e que outra vez estavam cheios com a esperança de retornar a sua terra natal. Ezequiel disse que o rei de Babilônia faria que seu exército partisse na região para deter a rebelião. Ao viajar do norte, deteria-se em uma bifurcação onde um caminho levava ao Rabá, a capital do Amón e o outro a Jerusalém, a capital do Judá. Tinha que decidir qual cidade destruiria. Exatamente como o predisse Ezequiel, o rei Nabucodonosor foi a Jerusalém e a sitiou.

21:21 Nabucodonosor tinha três métodos para procurar conselhos sobre o futuro. A gente era sacudindo as setas, parecido a tirar palhas, para decidir que curso de ação tomar. O segundo era consultar a um ídolo para ver se algum espírito poderia dirigi-lo. O terceiro era fazer que os sacerdotes inspecionassem o fígado de um animal sacrificado para ver se sua forma e tamanho indicava alguma decisão.

21:28 Os amonitas e os israelitas pelo general brigavam uns contra outros. Deus disse a quão israelitas não se aliassem com nações estrangeiras, mas Judá e Amón se uniram contra Babilônia em 589 a.C. (Jr_27:
3) Primeiro Deus julgou ao Judá, quando Nabucodonosor foi a Jerusalém (Jr_21:22), agora chegaria o turno ao Amón, não por aliar-se com o Judá, mas sim por ver a destruição do Judá com regozijo.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Ezequiel Capítulo 21 do versículo 1 até o 32

b. Contra Jerusalém (


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de Ezequiel Capítulo 21 do versículo 1 até o 32
21.1 Depois da exposição arrasadora, do pecado nacional, dada no capítulo anterior, a qual termina com a profecia da destruição do último pedaço do território nacional, a cidade que ainda permanecia em pé (20:45-49), vem esta nítida visão dos pormenores desta destruição.
21.3 O justo como o perverso. A aplicação da linguagem figurada em 20.47, na qual a árvore verde simboliza o justo e a seca, o perverso (17.24; Lc 23:31).

21.6 Suspira. O profeta precisava usar de todos os meios para mostrar que a destruição de Jerusalém já era uma sentença pronunciada, para ver se o povo se arrependeria; o suspiro é mais uma profecia comunicada por recurso de arte dramática, deixando entendido que haveria angústia no íntimo de todos, ao saberem das novas sobre a destruição da cidade (7).

21:9-17 Com muitos gestos e, talvez, com uma espada na mão, o profeta quisesse mostrar a realidade dramática da destruição que Deus ordenou, antes de mostrar quem é que vai desempenhar o papel da espada de Deus (Nabucodonosor, vv. 18-23).
21.10 O cetro. Os fracos e ignorantes deixados em Jerusalém depois da primeira deportação, tinham uma confiança arrogante de que resistiriam à força dos invasores, em uma soberba doentia.

21.12 Pancadas. Um sinal de desespero e mágoa (Jr 31:19).

21.16 Rosto. É a expressão hebraica para o fio da espada.

21.19 Aqui o profeta faz um desenho no chão, mostrando que a destruição que Nabucodonosor vai trazer é tão inevitável, que a única dúvida restante é resolver qual nação ele destruiria primeiro.
21.21 Em visão (talvez por um salto através do espaço e do tempo), Ezequiel é testemunha ocular das adivinhações pagãs que Nabucodonosor faria para resolver a direção da marcha dos seus exércitos, três anos depois destas palavras do profeta. Flechas. Cada flecha recebe uma das possíveis respostas gravada em seu corpo, as quais, depois, se sacodem na aljava para a retirada posterior de uma delas, a qual traria assim o oráculo "mais indicado” (22). Fígado. Até os gregos imaginavam que o fígado produzia informações extra-racionais ou mágicas.

21.23 Juramentos solenes. As promessas divinas de abençoar o templo (1Rs 9:3-11). Os judeus esqueceram-se de que a promessa era de maldição partido que se apostatassem de sua fidelidade a Deus.

21.25 Profano e perverso. É o rei Zedequias, 597-587 a.C. Profano para com as coisas de Deus (2Rs 24:19); era um traidor perverso para com as alianças humanas (2Rs 24:20). A punição pela sua rebelião contra a Babilônia foi rápida (2Rs 25:1-12).

• N. Hom. 21.26 O princípio de exaltar o humilde aplica-se aos pobres cativos da Babilônia que, uma geração mais tarde, restaurariam Jerusalém. O abatimento do soberbo manifesta-se na eliminação dos que quiseram formar, em Jerusalém, um Estado independente dos caldeus, aos quais tinham jurado fidelidade, independente do próprio Deus, entregando-se à idolatria (Jr 44:15-24; Ez 8:5-18). Saudou-se o nascimento de Jesus Cristo com a proclamação de que este princípio estava em pleno vigor (Lc 1:50-42). Vd. Ez 17:24n.

21.27 Ela pertence de direito. O verdadeiro herdeiro de todas as promessas que Deus fez a Davi e à sua descendência é Jesus Cristo; é Ele o herdeiro do cetro de Judá (Gn 49:10) a tribo da qual Davi era descendente. Jerusalém só passará a ter significado eterno e inabalável depois da vinda de Cristo (Gl 4:26-48; He 12:22-58; Ap 21:1-66).

21.28 Amom. Este vizinho de Judá, juntamente, com Edom, aproveitou os anos das primeiras invasões de Judá em 605 a.C. (2Rs 24:1) e em 597 a.C. (2Rs 24:11-12) para tomar vingança, para estender seu território, para despojá-la das ceifas desprotegidas. Todos os profetas da época profetizaram o castigo divino a esta nação, e, de fato, a terceira invasão que destruiu a cidade de Jerusalém, 587 a.C., também eliminou Amom e Edom.


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de Ezequiel Capítulo 21 do versículo 1 até o 32
21.2. Aos três termos para “sul” em 20.46 correspondem Jerusalém, o santuário e Israel. Os três serão devastados pela espada que o próprio Senhor tirou da bainha (v. 5). v. 3. tanto o justo quanto o ímpio-, o correlato das “árvores, tanto as verdes quanto as secas” da metáfora do fogo de 20.47. v. 6. gemer [...] com o coração partido-, como o povo de Judá e de Jerusalém começaria a fazer sob a invasão e o cerco. Conforme as ações simbólicas Dt 12:17ss. v. 7. todo joelho se tomará como água-, Conforme 7.17.

b)    O cântico da espada (21:8-17). O cântico em Sl (v. 9b,
10) pode ser um cântico tradicional; nos lábios de Ezequiel, adquire um significado novo e carregado de condenação.

v. 10. polida para luzir como relâmpago-, conforme Gn 3:24; Dt 32:41; aqui, como lá, a espada é de Javé. Acaso vamos regozijar-nos com o cetro do meu filho Judá? A espada despreza toda e qualquer vareta-, essa expressão é ininteligível; conforme a versão conjectural na NTLH.

O TM aqui traz “Ah! A clava foi brandida, meu filho, para afrontar todos os ídolos de madeira!”. O significado pode ser que nada que é feito de madeira, seja para ataque, seja para defesa, pode resistir à espada, que foi afiada e polida por Javé e colocada na mão do matador babilónico (v. 11), para ser usada contra o seu próprio povo [...] contra todos os príncipes de Israel (v. 12). v. 12. Bata no peito-, um gesto de aflição (conforme Jr 31:19). Independentemente do que o v. 13 possa significar, faz eco à conclusão do v. 10. v. 14. bata as mãos uma na outra-, uma ação vigorosa, para acompanhar e imitar a execução da espada. Pode até significar, como sugere a BJ, que o próprio Ezequiel deve “brandir” (“vibrar”) a espada, “para a direita” e “para a esquerda” (ARA, v. 16); a ação profética, assim como a palavra profética, é auto-realizada.

c) A espada do rei da Babilônia (21:18-27). Ezequiel retrata Nabucodonosor e o seu exército marchando para o sul e Carquemis através da Síria até chegarem a uma bifurcação na estrada. Deverá ele ir para a direita sentido Jerusalém ou para esquerda sentido Rabã (a atual Amã), capital dos amonitas, que haviam se rebelado contra o seu senhor babilónico aproximadamente na mesma época que Zedequias (conforme v. 28-32; 26.1ss; Jr 40:14Jr 41:15)? Para determinar qual dos dois caminhos tomar, Nabucodonosor lança sortes usando métodos aprovados: (1) adivinhação por meio de duas flechas, uma marcada “Jerusalém” e outra “Rabá”, de forma que a primeira que saísse da aljava forneceria a resposta; (2) a consulta de um oráculo por meio de ídolos, cuja natureza exata não é mais conhecida (conforme Jz 17:5; 1Sm 15:23); (3) “hepatoscopia”, o exame do fígado de animais sacrificados (muitos fígados de argila, divididos em áreas para dar orientações para esse exame, foram encontrados na Babilônia; conforme o modelo de bronze etrusco de Piacenza). A resposta unânime é Jerusalém (v. 22), de modo que para Jerusalém ele marcha para levantar um cerco ao redor dela. Até mesmo a adivinhação pagã é dominada pelo verdadeiro Deus para o cumprimento desse propósito.

v. 19. a espada do rei da Babilônia-, essa frase-chave liga o oráculo presente com os cânticos da espada anteriores e posterior, v. 23. aos judeus (“aos olhos deles”, ARC; “aos olhos daqueles”, ACF): ao povo de Jerusalém, que vive num paraíso de tolos, a ruína da sua cidade vai parecer incrível; mas Javé lembra da quebra da aliança que o povo havia selado com juramento e já decretou a sua captura.

v. 25. O ímpio eprofano príncipe-, Zedequias era especialmente responsável pela quebra do juramento de lealdade que ele tinha feito pessoalmente (conforme 17.15). Ele é chamado príncipe de Israel, e não rei (nasi\ e não melek)-. o reinado de Joaquim continuou a ser reconhecido (conforme 1.2); v. tb. o comentário de 20.33. A condenação de Zedequias é selada. O turbante e a coroa, os emblemas da realeza, serão tirados dele (v. 26), e não haverá quem os carregue enquanto não vier aquele a quem ela pertence por direito (v. 27) — um eco, talvez, da bênção de Jacó para Judá em Gn 49:10 (“até que venha aquele a quem ele [o cetro] pertence”). A referência provavelmente é ao governante davídico na era da restauração (conforme 34.23,24 etc.); v.comentário de 17.23.

d) O cântico da espada contra Amom (21.2832). Mesmo que Nabucodonosor resolvesse a questão com Jerusalém primeiro, os amonitas por sua vez logo experimentariam o fio da espada dele (v. 28) — ou melhor, da espada de Javé (como no v. 3), pois Nabucodonosor não é nada mais do que uma espada na mão de Javé (conforme Is 10:5).

v. 28. acerca [...] dos seus insultos-, i.e., a exultação maldosa deles com a queda de Jerusalém (conforme 25.3). A NEB entende de maneira diferente o heb. herpah e traduz: “ao deus vergonhoso deles” — i.e., “Moloque, o repugnante deus dos amonitas” (lRs 11.5). v. 29. No hebraico, a espada é aqui apostrofada, ou seja, a palavra é dirigida a ela; as visões falsas e as adivinhações mentirosas negam que ela vai cair sobre os amonitas. ela será posta-, lit. “pôs você” (ainda se dirigindo à espada), v. 30. No lugar onde vocês foram criados [...] eu os julgarei-, desse ponto até o final do capítulo, o “você”/“vocês” (como as formas verbais hebraicas deixam claro) é continuamente a espada, i.e., Nabucodono-sor. Quando ele tiver cumprido a obra de retribuição de Javé, ele e o seu império também sofrerão o juízo divino por meio de outros instrumentos — homens brutais (v. 31) ou “bárbaros” (LXX) — a serem levantados para esse propósito. Assim, a espada que foi desembainhada nos v. 3-5 finalmente volta à sua bainha (v. 30).


Moody

Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
Moody - Comentários de Ezequiel Capítulo 1 do versículo 1 até o 27

INTRODUÇÃO

A Época. Os fatos contidos no livro de Ezequiel situam o ministério do profeta no começo do exílio babilônico, entre 593/592 e 571/570 A. C. (Ez 1:1; Ez 29:17). O profeta Ezequiel, fazendo da Babilônia o seu palco de acontecimentos, analisou a queda e a restauração da casa de Israel; enquanto que seu contemporâneo mais velho, Jeremias, em Jerusalém, observou de perto os últimos suspiros do reino de Judá (Jr 1:1-3).

Durante grande parte dos séculos oito e sete A. C., o cruel poder assírio perturbou os reinas de Israel e Judá. O reino do norte caíra em 721 A.C.; mas Judá, embora seriamente enfraquecido, conseguiu sobreviver ao seu opressor. Como reinado de Assurbanipal (669-633 A.C.), o império assírio começou a declinar. O Egito esquivou-se ao seu jugo em 655. Dentro de poucos anos a Assíria estava lutando pela sobrevivência contra a Babilônia e os medos. Assur, antiga capital da Assíria, sucumbiu em 614, e a muito poderosa Nínive foi completamente destruída em 612. Por volta de 607 os restos do império assírio desmoronaram.

Aproveitando-se do declínio assírio, Josias (640/639-609/608 A.C.), o último grande rei de Judá, fortaleceu o seu reino. Sua brilhante carreira foi interrompida por um encontro com Faraó-Neco II do Egito em Megido, que tentava escorar o império assírio como proteção contra a Caldéia (2Rs 23:29). Salum ou Jeoacaz (Jr 22:1 e segs.). Os caldeus se tornaram os novos senhores do mundo (2Rs 24:7), com Judá por estado vassalo. Jeoaquim (608-597 A.C.) perseguiu os profetas (Jr 7:1; Jr 36:1), degradou a vida espiritual da nação (Jr 7:1-15; Jr 13:16-20, Jr 22:17-19; Jr 22:24-30; Ez 19:5). Depois de saquear Jerusalém, o monarca caldeu deportou várias centenas de seus cidadãos aristocratas para a Babilônia. Esses, Jeremias comparou a "figos bons", a esperança do futuro de Israel, em contraste com os "filhos ruins", os mais pobres entre o povo, que foram deixados (Jr 24:29). Entre o grupo de exilados estava Ezequiel, que data suas mensagens do ano do cativeiro de Joaquim (Ez 1:1, Ez 1:2; Ez 3:16; Ez 8:1; Ez 20:1;

COMENTÁRIO

O livro de Ezequiel compreende duas porções: os capítulos 1-24, uma série de mensagens transmitidas antes da queda de Jerusalém, cuja idéia principal é "o juízo"; e os capítulos 25-48, transmitidos depois de sua queda, com o tema fundamental da "esperança". O livro é mais apropriadamente estudado sob quatro divisões: capítulos 1-24, Profecias do Juízo de Judá e Jerusalém; capítulos 25-32, Profecias Contra as Nações Vizinhas; capítulos 33-39, Profecias da Restauração de Israel; capítulos 40-48, Visões do Novo Templo e da Nova Lei para o Povo Redimido.

I. Profecias Contra Judá e Jerusalém. 1:1 - 24:27.

Os ameaçadores discursos contra Jerusalém e a casa de Israel, transmitidos antes da queda de Jerusalém, consistem de uma seção introdutória, expondo em detalhes a vocação do profeta (caps. 1-3); atos simbólicos e oráculos descrevendo a derrota da cidade e do estado (caps. 4-7); um grupo de visões descrevendo os terríveis pecados de Jerusalém, que exigiam a sua destruição (caps. 8-11); atos simbólicos, parábolas e alegorias apresentando a necessidade moral do cativeiro (caps. 12-19); e uma recordação da história passada de Israel que clama por um certo juízo (caps. Ez 20:1).


Moody - Comentários de Ezequiel Capítulo 20 do versículo 1 até o 27

E. A Futura Queda de Israel era Inevitável e Necessária. 20:1 - 24:27.

Ezequiel recorda a história do povo de Israel a quem o Senhor manteve vivo por amor do Seu próprio nome (Ez 20:1-4). Mas agora o Seu nome exige que a Sua espada vingadora rua Jerusalém (20:45 - 21:23 = T.M. Ez 21:1-37). Além disso, as abominações de Jerusalém, como escória, devem passar pelo fogo da fundição do juízo, sobre os nobres e o povo da mesma maneira (cap. Ez 22:1). Em uma alegoria que faz lembrar a do capítulo 16, o Senhor se distende sobre a infidelidade e a devassidão de duas irmãs, Oolá (Samaria) e Oolibá (Jerusalém), para com seu esposo divino, e o castigo resultante do seu adultério (cap. Ez 23:1). No dia em que começou o cerco de Jerusalém (Jr. 39 : 1), Ezequiel conta a alegoria da panela enferrujada colocada sobre o fogo para purificação. E por meio de sua abstenção de chorar a morte de sua esposa, ele veio a ser um símbolo do desespero do povo diante do destino de sua cidade (cap. Ez 24:1).


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de Ezequiel Capítulo 21 do versículo 1 até o 32
Ez 21:3

Mas em 21.3 e segs. o profeta usa uma figura mais clara para assegurar que todos compreendem o significado de seu provérbio anterior. Suspira (6). Esta profecia por ação tinha a intenção de mostrar o modo como as notícias sobre a catástrofe seriam recebidas; cfr. Ez 12:17-20.

>Ez 21:8

"Uma ode selvagem à espada caldaica vingadora" é a descrição feita por Toy aos vers. 8-17. Certos dos versículos, especialmente 10 e 13, são de difícil elucidação, devido à transmissão faltosa do texto. Bate pois tua coxa (12); isto é, a fim de expressar mágoa (cfr. Jr 31:19). Os "mortalmente feridos" se refere a Zedequias, como no vers. 30. Ver nota sobre o vers. 25.

>Ez 21:19

Propõe dois caminhos (19). Ezequiel deveria traçar (na areia?) duas estradas partindo de um mesmo ponto, isto é, Babilônia, mas seguindo em diferentes direções, uma levando até Jerusalém e a outra até Rabá, capital de Amom. Nabucodonosor é visto na encruzilhada (21). Ele empregava adivinhações para determinar qual estrada haveria de tomar. Flechas eram usadas do mesmo modo que as sortes; numa estava marcado "Jerusalém" e na outra "Amom"; seriam balançadas dentro de uma aljava, e então uma era tirada. Entranhas, isto é, "fígado"; devido a suas ligações com o sangue, o fígado era considerado a sede da vida; a cor e as marcas no fígado de uma ovelha sacrificada proviam augúrios sobre o futuro. Terafins eram pequenas imagens de forma humana cfr. 1Sm 19:13, 1Sm 19:16. Aos olhos deles (23); isto é, aos homens de Jerusalém, que acreditariam que a adivinhação era falsa. Com o vers. 25 cfr. o vers. 14. Ó profano; versões há que dizem aqui "o mortalmente ferido"; outras preferem traduzir como "desonrado". Ao revés... (27). A sucessão monárquica e o estado seriam reduzidos a ruínas, até à vinda do Messias. A última metade do versículo cita Gn 49:10: "até que venha Siló"; essa metade deve ser lida: "até que venha aquele de quem é (shello)".

>Ez 21:28

A linguagem dos vers. 28-32 é reminiscência dos vers. 9,10; mas aqui a espada é a de Amom desembainhada contra Israel, por ocasião do ataque de Nabucodonosor; Jeová fará desaparecer toda memória sobre Amom (32), um contraste com o futuro destino de Israel (Ez 20:40-44).


Dicionário

Palavra

substantivo feminino Unidade linguística com significado próprio e existência independente, que pode ser escrita ou falada: expressou-se por meio de palavras; o texto deve conter somente 350 palavras.
Cada unidade linguística com significado, separada por espaços, ou intercalada entre um espaço e um sinal de pontuação.
Capacidade que confere à raça humana a possibilidade de se expressar verbalmente; fala.
Gramática Vocábulo provido de significação; termo.
Figurado Demonstração de opiniões, pensamentos, sentimentos ou emoções por meio da linguagem: fiquei sem palavras diante dela.
Afirmação que se faz com convicção; compromisso assumido verbalmente; declaração: ele acreditou na minha palavra.
Discurso curto: uma palavra de felicidade aos noivos.
Licença que se pede para falar: no debate, não me deram a palavra.
Gramática Conjunto ordenado de vocábulos; frase.
Figurado Promessa que se faz sem intenção de a cumprir (usado no plural): palavras não pagam contas.
Etimologia (origem da palavra palavra). Do latim parábola.ae; pelo grego parabolé.

substantivo feminino Unidade linguística com significado próprio e existência independente, que pode ser escrita ou falada: expressou-se por meio de palavras; o texto deve conter somente 350 palavras.
Cada unidade linguística com significado, separada por espaços, ou intercalada entre um espaço e um sinal de pontuação.
Capacidade que confere à raça humana a possibilidade de se expressar verbalmente; fala.
Gramática Vocábulo provido de significação; termo.
Figurado Demonstração de opiniões, pensamentos, sentimentos ou emoções por meio da linguagem: fiquei sem palavras diante dela.
Afirmação que se faz com convicção; compromisso assumido verbalmente; declaração: ele acreditou na minha palavra.
Discurso curto: uma palavra de felicidade aos noivos.
Licença que se pede para falar: no debate, não me deram a palavra.
Gramática Conjunto ordenado de vocábulos; frase.
Figurado Promessa que se faz sem intenção de a cumprir (usado no plural): palavras não pagam contas.
Etimologia (origem da palavra palavra). Do latim parábola.ae; pelo grego parabolé.

Do latim parabola, que significa “discurso” ou “fala”.

A palavra é um dom divino, quando acompanhada dos atos que a testemunhem [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O Consolador• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - q• 124

[...] O verbo é a projeção do pensamento criador.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Contos e apólogos• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 17

[...] a palavra é, sem dúvida, a continuação de nós mesmos.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Contos e apólogos• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 17

A palavra é dom sagrado, / É a ciência da expressão / Não deve ser objeto / De mísera exploração.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

[...] O verbo mal conduzido é sempre a raiz escura de grande parte dos processos patogênicos que flagelam a Humanidade.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Instruções psicofônicas• Recebidas de vários Espíritos, no “Grupo Meimei”, e organizadas por Arnaldo Rocha• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 9

O verbo gasto em serviços do bem é cimento divino para realizações imorredouras. Conversaremos, pois, servindo aos nossos semelhantes de modo substancial, e nosso lucro será crescente.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• No mundo maior• Pelo Espírito André Luiz• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 3

Veículo magnético, a palavra, dessa maneira, é sempre fator indutivo, na origem de toda realização.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Seara dos médiuns: estudos e dissertações em torno da substância religiosa de O Livro dos Médiuns, de Allan Kardec• Pelo Espírito Emmanuel• 17a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Palavra

O verbo é plasma da inteligência, fio da inspiração, óleo do trabalho e base da escritura.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Seara dos médiuns: estudos e dissertações em torno da substância religiosa de O Livro dos Médiuns, de Allan Kardec• Pelo Espírito Emmanuel• 17a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Palavra

Em tudo quanto converses, / Toma o bem por tua escolta. / Toda palavra é um ser vivo / Por conta de quem a solta.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Trovas do outro mundo• Por trovadores diversos• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6

A palavra é o instrumento mágico que Deus nos confia.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Entre irmãos de outras terras• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 23

[...] a palavra é precioso dom que Deus concede para auxílio ao nosso progresso geral, nossa felicidade e nossa alegria, mas jamais para o insulto e a afronta contra o que quer que seja dentro da Criação, nem mesmo ao mais abjeto verme, e ainda menos contra o Criador de todas as coisas [...].
Referencia: PEREIRA, Yvonne A• À luz do Consolador• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB• 1997• - Blasfêmia


Palavra
1) Expressão, falada ou escrita, de pensamento (Sl 5:1; Ap 21:5).


2) Mensagem de Deus (Jr 1:4; Rm 3:2, RC).


3) As Escrituras Sagradas do AT, especialmente a LEI 2, (Sl 119).


4) A mensagem do evangelho (Gl 6:6).


5) O VERBO (Jo 1:1, NTLH). Jesus é mais do que expressão falada: ele é Deus em ação, criando (Gn 1:3), se revelando (Jo 10:30) e salvando (Sl 107:19-20; 1Jo 1:1-2).


Palavra Esse conceito tem uma importância fundamental nos evangelhos. Jesus não menciona a palavra de Deus; apenas afirma “porém eu vos digo” (Mt 5:22.28). Essa palavra (logos) é a primeira causa de surpresa e de espanto entre seus contemporâneos (Lc 4:36). Com ela, Jesus faz milagres (Mt 8:8.16), frutos da fé nessa palavra (Jo 4:50-53). É também verbalmente que perdoa os pecados (Mt 9:1-7) e transmite autoridade (Mt 18:18; Jo 20:23). Diante dela, as pessoas devem tomar uma decisão (Mt 7:24-27; 13,23) e isso faz com que se dividam (Mc 8:38). Para João, o evangelista, Jesus é a Palavra (Logos — Memrá) que é Deus (Jo 1:1) e que se fez carne (Jo 1:11.
14) para revelar o Pai e salvar o homem (Jo 1:18; 3,34; 12,50; 17,8.14).

Senhor

substantivo masculino Proprietário, dono absoluto, possuidor de algum Estado, território ou objeto.
História Aquele que tinha autoridade feudal sobre certas pessoas ou propriedades; proprietário feudal.
Pessoa nobre, de alta consideração.
Gramática Forma de tratamento cerimoniosa entre pessoas que não têm intimidade e não se tratam por você.
Soberano, chefe; título honorífico de alguns monarcas.
Figurado Quem domina algo, alguém ou si mesmo: senhor de si.
Dono de casa; proprietário: nenhum senhor manda aqui.
Pessoa distinta: senhor da sociedade.
Antigo Título conferido a pessoas distintas, por posição ou dignidade de que estavam investidas.
Antigo Título de nobreza de alguns fidalgos.
Antigo O marido em relação à esposa.
adjetivo Sugere a ideia de grande, perfeito, admirável: ele tem um senhor automóvel!
Etimologia (origem da palavra senhor). Do latim senior.onis.

o termo ‘Senhor’, no A.T., paraexprimir Jeová, está suficientemente compreendido nesta última palavra – e, como tradução de ãdôn, não precisa de explicação. Em Js 13:3, e freqüentemente em Juizes e Samuel, representa um título nativo dos governadores dos filisteus, não se sabendo coisa alguma a respeito do seu poder. o uso de ‘Senhor’ (kurios), no N.T., é interessante, embora seja muitas vezes de caráter ambíguo. Nas citações do A.T., significa geralmente Jeová, e é também clara a significaçãoem outros lugares (*vejag. Mt 1:20). Mas, fora estas citações, há muitas vezes dúvidas sobre se a referência é a Deus como tal (certamente Mc 5:19), ou ao Salvador, como Senhor e Mestre. Neste último caso há exemplos do seu emprego, passando por todas as gradações: porquanto é reconhecido Jesus, ou como Senhor e Mestre no mais alto sentido (Mt 15:22 – e geralmente nas epístolas – *veja 1 Co 12.3), ou como doutrinador de grande distinção (Mt 8:21 – 21.3), ou ainda como pessoa digna de todo o respeito (Mt 8:6). Deve-se observar que kurios, termo grego equivalente ao latim “dominus”, era o título dado ao imperador romano em todas as terras orientais, em volta do Mediterrâneo. E isto serve para explicar o fato de aplicarem os cristãos ao Salvador esse título, querendo eles, com isso, acentuar na sua mente e na das pessoas que os rodeavam a existência de um império maior mesmo que o de César. Com efeito, o contraste entre o chefe supremo do império romano e Aquele que é o Senhor de todos, parece apoiar muitos dos ensinamentos do N.T. Algumas vezes se usa o termo ‘Senhor’ (Lc 2:29At 4:24, etc.) como tradução de despõtes, que significa ‘dono, amo’, sugerindo, quando se emprega a respeito dos homens, que ao absoluto direito de propriedade no mundo antigo estava inerente uma verdadeira irresponsabilidade. (*veja Escravidão.)

[...] o Senhor é a luz do mundo e a misericórdia para todos os corações.
Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Pelo Evangelho


Senhor
1) (Propriamente dito: hebr. ADON; gr. KYRIOS.) Título de Deus como dono de tudo o que existe, especialmente daqueles que são seus servos ou escravos (Sl 97:5; Rm 14:4-8). No NT, “Senhor” é usado tanto para Deus, o Pai, como para Deus, o Filho, sendo às vezes impossível afirmar com certeza de qual dos dois se está falando.


2) (hebr. ????, YHVH, JAVÉ.) Nome de Deus, cuja tradução mais provável é “o Eterno” ou “o Deus Eterno”. Javé é o Deus que existe por si mesmo, que não tem princípio nem fim (Ex 3:14; 6.3). Seguindo o costume que começou com a SEPTUAGINTA, a grande maioria das traduções modernas usa “Senhor” como equivalente de ????, YHVH (JAVÉ). A RA e a NTLH hoje escrevem “SENHOR”. A forma JAVÉ é a mais aceita entre os eruditos. A forma JEOVÁ (JEHOVAH), que só aparece a partir de 1518, não é recomendável por ser híbrida, isto é, consta da mistura das consoantes de ????, YHVH, (o Eterno) com as vogais de ???????, ADONAI (Senhor).


Senhor Termo para referir-se a YHVH que, vários séculos antes do nascimento de Jesus, havia substituído este nome. Sua forma aramaica “mar” já aparecia aplicada a Deus nas partes do Antigo Testamento redigidas nesta língua (Dn 2:47; 5,23). Em ambos os casos, a Septuaginta traduziu “mar” por “kyrios” (Senhor, em grego). Nos textos de Elefantina, “mar” volta a aparecer como título divino (pp. 30 e 37). A. Vincent ressaltou que este conteúdo conceitual já se verificava no séc. IX a.C. Em escritos mais tardios, “mar” continua sendo uma designação de Deus, como se vê em Rosh ha-shanah 4a; Ber 6a; Git 88a; Sanh 38a; Eruv 75a; Sab 22a; Ket 2a; Baba Bat 134a etc.

Em algumas ocasiões, Jesus foi chamado de “senhor”, como simples fórmula de cortesia. Ao atribuir a si mesmo esse título, Jesus vai além (Mt 7:21-23; Jo 13:13) e nele insere referências à sua preexistência e divindade (Mt 22:43-45; Mc 12:35-37; Lc 20:41-44 com o Sl 110:1). Assim foi também no cristianismo posterior, em que o título “Kyrios” (Senhor) aplicado a Jesus é idêntico ao empregado para referir-se a Deus (At 2:39; 3,22; 4,26 etc.); vai além de um simples título honorífico (At 4:33; 8,16; 10,36; 11,16-17; Jc 1:1 etc.); supõe uma fórmula cúltica própria da divindade (At 7:59-60; Jc 2:1); assim Estêvão se dirige ao Senhor Jesus no momento de sua morte, o autor do Apocalipse dirige a ele suas súplicas e Tiago acrescenta-lhe o qualificativo “de glória” que, na verdade, era aplicado somente ao próprio YHVH (Is 42:8). Tudo isso permite ver como se atribuíam sistematicamente a Jesus citações veterotestamentárias que originalmente se referiam a YHVH (At 2:20ss.com Jl 3:1-5).

Finalmente, a fórmula composta “Senhor dos Senhores” (tomada de Dt 10:17 e referente a YHVH) é aplicada a Jesus e implica uma clara identificação do mesmo com o Deus do Antigo Testamento (Ap 7:14; 19,16). Tanto as fontes judeu-cristãs (1Pe 1:25; 2Pe 1:1; 3,10; Hc 1:10 etc.) como as paulinas (Rm 5:1; 8,39; 14,4-8; 1Co 4:5; 8,5-6; 1Ts 4:5; 2Ts 2:1ss. etc.) confirmam essas assertivas.

W. Bousset, Kyrios Christos, Nashville 1970; J. A. Fitzmyer, “New Testament Kyrios and Maranatha and Their Aramaic Background” em To Advance the Gospel, Nova York 1981, pp. 218-235; L. W. Hurtado, One God, One Lord: Early Christian Devotion and Ancient Jewish Monotheism, Filadélfia 1988; B. Witherington III, “Lord” em DJG, pp. 484-492; O. Cullmann, o. c.; C. Vidal Manzanares, “Nombres de Dios” en Diccionario de las tres...; Idem, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...


Veio

substantivo masculino Ducto, canal, fresta ou ramificação das mais variadas cores, formas ou tamanhos que são encontradas em pedras, madeiras ou em mármore.
Por Extensão Sinal que se assemelha a uma estria, riscas irregulares; estria.
Corrente de água que provém de rios; riacho.
Mineralogia Camada que pode ser explorada; filão: veio de ouro.
Figurado O que pode ser utilizado como fundamento para; o ponto central de; essência: o veio de uma teoria.
Canal natural de água que se localiza abaixo da terra.
Peça que move uma roda, eixo de ativação manual; manivela.
Etimologia (origem da palavra veio). Veia + o.

Veio
1) Parte da mina onde se encontra o mineral; filão (28:1, RC).


2) Riacho (28:11, RA).


Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
Ezequiel 21: 8 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

E veio a mim a palavra do SENHOR, dizendo:
Ezequiel 21: 8 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

591 a.C.
H1697
dâbâr
דָּבָר
discurso, palavra, fala, coisa
(and speech)
Substantivo
H1961
hâyâh
הָיָה
era
(was)
Verbo
H3068
Yᵉhôvâh
יְהֹוָה
o Senhor
(the LORD)
Substantivo
H413
ʼêl
אֵל
até
(unto)
Prepostos
H559
ʼâmar
אָמַר
E disse
(And said)
Verbo


דָּבָר


(H1697)
dâbâr (daw-baw')

01697 דבר dabar

procedente de 1696; DITAT - 399a; n m

  1. discurso, palavra, fala, coisa
    1. discurso
    2. dito, declaração
    3. palavra, palavras
    4. negócio, ocupação, atos, assunto, caso, algo, maneira (por extensão)

הָיָה


(H1961)
hâyâh (haw-yaw)

01961 היה hayah

uma raiz primitiva [veja 1933]; DITAT - 491; v

  1. ser, tornar-se, vir a ser, existir, acontecer
    1. (Qal)
      1. ——
        1. acontecer, sair, ocorrer, tomar lugar, acontecer, vir a ser
        2. vir a acontecer, acontecer
      2. vir a existir, tornar-se
        1. erguer-se, aparecer, vir
        2. tornar-se
          1. tornar-se
          2. tornar-se como
          3. ser instituído, ser estabelecido
      3. ser, estar
        1. existir, estar em existência
        2. ficar, permanecer, continuar (com referência a lugar ou tempo)
        3. estar, ficar, estar em, estar situado (com referência a localidade)
        4. acompanhar, estar com
    2. (Nifal)
      1. ocorrer, vir a acontecer, ser feito, ser trazido
      2. estar pronto, estar concluído, ter ido

יְהֹוָה


(H3068)
Yᵉhôvâh (yeh-ho-vaw')

03068 יהוה Y ehovaĥ

procedente de 1961; DITAT - 484a; n pr de divindade Javé = “Aquele que existe”

  1. o nome próprio do único Deus verdadeiro
    1. nome impronunciável, a não ser com a vocalização de 136

אֵל


(H413)
ʼêl (ale)

0413 אל ’el (mas usado somente na forma construta reduzida) אל ’el

partícula primitiva; DITAT - 91; prep

  1. para, em direção a, para a (de movimento)
  2. para dentro de (já atravessando o limite)
    1. no meio de
  3. direção a (de direção, não necessariamente de movimento físico)
  4. contra (movimento ou direção de caráter hostil)
  5. em adição a, a
  6. concernente, em relação a, em referência a, por causa de
  7. de acordo com (regra ou padrão)
  8. em, próximo, contra (referindo-se à presença de alguém)
  9. no meio, dentro, para dentro, até (idéia de mover-se para)

אָמַר


(H559)
ʼâmar (aw-mar')

0559 אמר ’amar

uma raiz primitiva; DITAT - 118; v

  1. dizer, falar, proferir
    1. (Qal) dizer, responder, fala ao coração, pensar, ordenar, prometer, intencionar
    2. (Nifal) ser falado, ser dito, ser chamado
    3. (Hitpael) vangloriar-se, agir orgulhosamente
    4. (Hifil) declarar, afirmar