Enciclopédia de Ezequiel 27:36-36

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

ez 27: 36

Versão Versículo
ARA Os mercadores dentre os povos assobiam contra ti; vens a ser objeto de espanto e jamais subsistirás.
ARC Os mercadores dentre os povos assobiaram sobre ti; tu te tornaste em grande espanto, e nunca mais serás para sempre.
TB Os mercadores dentre os povos te dão vaias; tu te tornas em pavor e tu não subsistirás mais.
HSB סֹֽחֲרִים֙ בָּ֣עַמִּ֔ים שָׁרְק֖וּ עָלָ֑יִךְ בַּלָּה֣וֹת הָיִ֔ית וְאֵינֵ֖ךְ עַד־ עוֹלָֽם׃ ס
BKJ Os mercadores dentre as pessoas assobiarão para ti; tu serás um terror, e nunca mais existirás.
LTT Os mercadores dentre os povos assobiaram de escárnio contra ti; tu te tornaste em grande terror, e nunca mais serás, para sempre."
BJ2 Os que se dedicam ao comércio entre os povos te esconjuram: tu te tornaste um objeto de pavor, nunca mais voltarás a existir, para sempre!"
VULG Negotiatores populorum sibilaverunt super te : ad nihilum deducta es, et non eris usque in perpetuum.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Ezequiel 27:36

I Reis 9:8 E desta casa, que é tão exaltada, todo aquele que por ela passar pasmará, e assobiará, e dirá: Por que fez o Senhor assim a esta terra e a esta casa?
Salmos 37:10 Pois ainda um pouco, e o ímpio não existirá; olharás para o seu lugar, e não aparecerá.
Salmos 37:36 Mas passou e já não é; procurei-o, mas não se pôde encontrar.
Jeremias 18:16 para fazerem da sua terra um espanto e uma irrisão perpétua; todo aquele que passar por ela se espantará e meneará a cabeça.
Jeremias 19:8 E porei esta cidade por espanto e por objeto de assobios; todo aquele que passar por ela se espantará e assobiará, por causa de todas as suas pragas.
Jeremias 49:17 Assim servirá Edom de espanto; todo aquele que passar por ele se espantará e assobiará por causa de todas as suas pragas.
Jeremias 50:13 Por causa do furor do Senhor, não será habitada; antes, se tornará em total assolação; qualquer que passar por Babilônia se espantará e assobiará, vendo todas as suas pragas.
Lamentações de Jeremias 2:15 Todos os que passam pelo caminho batem palmas, assobiam e meneiam a cabeça sobre a filha de Jerusalém, dizendo: É esta a cidade que denominavam perfeita em formosura, gozo de toda a terra? Pê.
Ezequiel 26:2 Filho do homem, visto como Tiro disse no tocante a Jerusalém: Ah! Ah! Está quebrada a porta dos povos; virou-se para mim; eu me encherei, agora que ela está assolada,
Ezequiel 26:14 E farei de ti uma penha descalvada; virás a ser um enxugadouro das redes, nunca mais serás edificada; porque eu, o Senhor, o falei, diz o Senhor Jeová.
Ezequiel 26:21 Farei de ti um grande espanto, e não serás mais; quando te buscarem, nunca mais serás achada, diz o Senhor Jeová.
Sofonias 2:15 Esta é a cidade alegre e descuidada, que dizia no seu coração: Eu sou, e não há outra além de mim; como se tornou em assolação, em pousada de animais! Qualquer que passar por ela assobiará e meneará a sua mão.

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

O COMÉRCIO DE TIRO

586 a.C.
TIRO
A cidade de Tiro ficava numa ilha próxima à costa do atual Líbano. Tiro prosperou através do comércio com o Egito e dominou grande parte das cidades da costa e do interior do Líbano. Hirão (969-936 a.C.), rei de Tiro, enviou madeira de cedro e coníferas a Salomão (970-930 a.C.) para a construção do templo do Senhor em Jerusalém.' Tiro fundou colônias em várias regiões do Mediterrâneo: Citium em Chipre (a Quitim mencionada em Gn 10:4 e Ez 27:6), Karetepe na Turquia, e outros locais na Sicília e Sardenha. Sua colônia em Társis, destino de Jonas em sua tentativa de fuga, talvez ficasse no vale de Guadalquivir, no sul da Espanha. Sem dúvida, sua colônia mais famosa era Cartago, na Tunísia, fundada (segundo a tradição) em 814 a.C. Tiro passou, posteriormente, ao controle assírio, mas com o declínio da Assíria no final do reinado de Assurbanipal (c. 636-627 a.C.), a cidade recobrou a autonomia e grande parte do comércio marítimo. De acordo com o historiador judeu Flávio Josefo, o rei babilônio Nabucodonosor II sitiou a cidade de Tiro durante treze anos, de c. 587 a 574 a.C.

EZEQUIEL PROFETIZA CONTRA TIRO
Ezequiel profetizou acerca de várias nações vizinhas. No décimo primeiro ano do exílio de 597 a.C, ou seja, em 586 a.C., Ezequiel profetizou contra Tiro. Jerusalém seria capturada pelo exército babilônico sob o comando de Nabucodonosor em 18 de julho desse mesmo ano. Numa profecia feita, provavelmente, em 13 de fevereiro ou 15 de março de 586 a.C., Ezequiel vê Tiro se regozijando com a queda de Jerusalém: "Bem feito! Está quebrada a porta dôs povos; abriu-se para mim; eu me tornarei rico, agora que ela está assolada" (Ez 26:2). O ponto de vista de Deus, revelado por intermédio de Ezequiel, é um tanto diferente. Nabucodonosor cercaria Tiro; a cidade seria destruída, suas torres seriam derrubadas, os escombros seriam espalhados. Tiro seria transformada em rocha descalvada, um lugar para estender redes de pesca, e jamais seria reconstruída. A falta de evidências contemporâneas não permite verificar de que maneira os detalhes dessa profecia se concretizaram no cerco de Nabucodonosor, mas, sem dúvida, se cumpriram quando, em 332 a.C, Alexandre, o Grande, construiu um quebra-mar até a ilha e tomou a cidade, depois de sitia-la durante sete meses.

O LAMENTO POR TIRO
Em Ezequiel 27:1-36, o profeta lamenta por Tiro. Depois tratar demoradamente do comércio da cidade, prenuncia sua ruína, assemelhando-a a um naufrágio. Essa passagem é a descrição mais detalhada do comércio no Antigo Testamento e nos permite observar não apenas a abrangência dos contatos comerciais da cidade, mas também a variedade de produtos comercializados. Não é de admirar que Tiro controlasse comércio de madeira e a construção de barcos. As coníferas eram abundantes em Senir (monte Hermom). ou seia. em toda a cadeia de montanhas do Antilíbano. Cedros do Líbano eram usados para construir mastros e carvalhos de Basã, na Transjordânia, eram empregados para confeccionar remos. Um pinho de Quitim usado no convés e nos bancos era decorado com martim. Não se sabe ao certo de onde vinha marfim. mas necessario pressupor que era proveniente da África, pois elefantes sírios, uma subespécie dos elefantes indianos, podiam ser encontrados no vale do Eufrates, na Síria, até c. 800 a.C. O Egito fornecia linho fino bordado para as velas; os toldos eram tingidos de azul e púrpura, com extratos de moluscos de Elisá, em Chipre.
Os remadores eram homens das cidades costeiras de sidom e Arvade. Os homens de Tiro, talvez marinheiros de uma classe superior, eram pilotos. Homens de Gebal (isto é, Biblos) eram encarregados de manter a embarcação calafetada, enquanto homens da Pérsia, de Lídia (oeste da Turquia) e Pute (Líbia) eram mercenários. Homens de Arvade e Heleque, cidades costeiras ao norte (Cilícia, na Turquia) e Gamade (possivelmente no norte da Turquia) eram encarregados de defender a cidade. Não se sabe ao certo a localização de Társis, provavelmente a cidade mais distante com a qual Tiro negociava. Talvez fosse a colônia que Tiro havia fundado no vale de Guadalquivir, no sul da Espanha, ou suas colônias na Sardenha ou Sicília, ou ainda, numa região bem mais próxima, a cidade de Tarso, no sul da atual Turquia. Não obstante sua localização, Társis tinha vários metais (prata, ferro, estanho e chumbo) e os comerciava com Tiro. Javà, Tubal e Meseque artigos de bronze. A cidade de Togarma, também na atual lurqua (provavelmente a cidade moderna de Gürün), era conhecida antiguidade pela criação de cavalos. Os habitantes de Dedà (Rodes) também realizavam comércio com liro e pagavam com presas de elefante e um tipo de madeira traduzido como "bano" De cor preta avermelhada e proveniente das regioes mais secas da Africa tropical, essa madeira não era o ébano verdadeiro, desconhecido naquela época.
A descrição dos produtos da Síria (Harà): esmeralda (ou turquesa), tecido púrpura, obras bordadas, linho fino, coral e pedras preciosas (ou rubis), se encaixa melhor com Edom, a região ao sul do mar Morto que possuía acesso ao mar Vermelho (onde havia coral) e à península do Sinai (onde havia turquesa). No hebraico, o nome Edom difere em apenas uma letra do nome Harã, de modo que é plausível emendar essa parte do texto. Em troca das mercadorias de Tiro, Judá e Israel davam trigo de Minite, em Amom, mel, azeite e bálsamo, um produto pelo qual Gileade era conhecida
Damasco, na Síria, negociava com produtos de seus arredores: vinho de Helbon e là de Saar: Com uma pequena emenda, pode-se ler no texto hebraico que os mercadores de Damasco também negociavam barris de vino de Uzal, correspondente à região de ur Abdin no sudeste da Turquia, de onde Nabucodonosor (605-562 aC.) mandava buscar seu vinho. Também comercializavam duas especiarias: cássia (a flor da canela) e cálamo (um tipo de cana). Dificilmente as esperarias usadas nesse período ram adquiridas da índia ou de lugares mais distantes do Oriente, de onde vinham no tempo do Império Romano. É mais provável que fossem provenientes do sul da Arábia.
A lista termina com os outros parceiros comerciais de Tiro. A localização de Harà, Eden, Sabá e da Assíria é conhecida. Harà ficava no sudeste da Turquia, enquanto Éden era situada mais ao sul, na atual Síria. Sabá é o atual lêmen e a Assíria ficava na região correspondente ao norte do Iraque. Cane talvez ficasse próxima de Harà, mas trata-se apenas de uma conjetura. Quilmade talvez se refira aos medos, do Irâ. Os produtos comercializados com esses povos ram ricos e variados: lindas roupas, tecido púrpura, bordados e tapetes de várias cores, com cordas trançadas e resistentes, sendo estes últimos um produto característico de toda a região nos dias de hoje.

O FIM DE TIRO
O comércio de Tiro, descrito de forma tão vívida por Ezequiel, estava condenado. "O vento oriental te quebrou no coração dos mares. As tuas riquezas, as tuas mercadorias, os teus bens, os teus marinheiros, os teus pilotos, os calafates, os que faziam os teus negócios e todos os teus soldados que estão em ti, juntamente com toda a multidão do povo que está no meio de ti, se afundarão no coração dos mares no dia da tua ruína" (Ez 27:26b-27). Tiro, a grande potência marítima, haveria de naufragar.
Parceiros comerciais de Tiro O amplo comércio de Tiro é descrito em detalhes em Ezequiel 27. Os números no: dois mapas (páginas 106 e 107) referem-se a versículc desse capitulo.
Parceiros comerciais de Tiro O amplo comércio de Tiro é descrito em detalhes em Ezequiel 27. Os números no: dois mapas (páginas 106 e 107) referem-se a versículc desse capitulo.
Parceiros comerciais de Tiro O amplo comércio de Tiro é descrito em detalhes em Ezequiel 27. Os números no: dois mapas (páginas 106 e 107) referem-se a versículc desse capitulo.
Parceiros comerciais de Tiro O amplo comércio de Tiro é descrito em detalhes em Ezequiel 27. Os números no: dois mapas (páginas 106 e 107) referem-se a versículc desse capitulo.
A cidade de Tiro submete- se ao rei assírio Salmaneser IlI (859-824 a.C.). Relevo das portas de bronze de Balawat, Iraque.
A cidade de Tiro submete- se ao rei assírio Salmaneser IlI (859-824 a.C.). Relevo das portas de bronze de Balawat, Iraque.

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Ezequiel Capítulo 27 do versículo 1 até o 36
B. TIRO E SIDOM, Ezequiel 26:1-28.26

Tiro e Sidom não são propriamente nações, mas cidades costeiras (veja mapa 2), co-nhecidas pelos seus interesses comerciais. Tiro recebe uma denúncia longa e impetuosa (26:1-28.19), e Sidom é denunciada rapidamente em apenas quatro versículos (28:20-23).

1. Tiro (26:1-28,19)

Tiro possuía uma longa história como um centro comercial renomado. Mesmo no tempo da profecia de Ezequiel era um centro de grande poder mercantil, embora, como Jerusalém, fosse nominalmente sujeita à Babilônia. Tiro foi uma cidade afamada (26.17), forte no mar. Ela tinha ciúmes de Jerusalém, porque havia sido um centro comercial entre a Babilônia e o Egito, e, portanto, a porta dos povos (26.2). Aqueda de Jerusalém significaria que o comércio se voltaria para Tiro e ela prosperaria. Tiro foi egoísta. O seu interesse material era grande, mas sua alma, pequena.

Tiro tinha ao redor dela pequenas cidades, filhas no campo (Ez 26:8), que eram influ-enciadas por ela. E ela negociava com inúmeras nações e cidades que foram alistadas cuidadosamente em Ez 27.

O rei de Tiro (Ez 28:12), Itobaal II, foi um rei muito orgulhoso. Seu coração se elevou (Ez 28:2) a ponto de dizer: Eu sou Deus e sobre a cadeira de Deus me assento. A rica e egoísta Tiro, produtora de Jezabel (I Reis 16:31) e muitas outras pessoas desse tipo, seria humilhada, junto com seu rei.

Em torno da época da queda de Jerusalém, Nabucodonosor (26,7) sitiou Tiro por treze anos, de acordo com Josefo.3 Os navios de Tiro foram completamente destruídos a ponto de nunca mais se tornarem uma grande frota. Hoje, Tiro é uma cidade insignifi-cante de cerca de 6.000 pessoas.'

Eu varrerei o seu pó (26,4) e farei de ti uma penha descalvada (26,14) — pode ser uma alusão à falta de terra para cultivo em Tiro. Cerca de quatrocentos anos antes Salomão tinha trocado grãos e óleo por madeira de lei para edificar o Templo (I Reis 5:11). Uma alusão comparável ocorre no versículo 12: "Despojarão sua riqueza [...] e lançarão ao mar sua terra fértil" (Berkeley). Os príncipes do mar (26,16) provavelmente eram os governantes das nações marítimas com quem Tiro realizava negócios. O versículo 17 começa com um breve poema. Ele é traduzido da seguinte forma pela NVI:

Como você está destruída, cidade de renome,

povoada por homens do mar!

Você era um poder nos mares, você e os seus cidadãos; você impunha pavor a todos os que ali vivem.

Também encontramos em forma poética os seguintes textos: Ez 27:3-9, 25-36 ; 28:2-19 (cf. ARA). A extensão do comércio de Tiro é graficamente mostrada pela lista de lugares mencionados em Ez 27:5-25, percorrendo desde a Espanha no Ocidente (Társis,
12) até a Mesopotâmia no Oriente (Harã, 23).

Társis negociava contigo (27.12ss) significa uma nação com quem Tiro fazia negócios. Os arrabaldes (27,28) também é traduzido por "zona campestre" (RSV). Inteiramente calvos e panos de saco (Ez 27:31) referem-se a rapar a cabeça e a vestir panos de saco como sinal de luto. Moffatt traduz cheios de espanto (Ez 27:35-28.
19) assim: "Todo povo do mar ficará chocado com o que aconteceu com você". Assobiaram sobre ti (Ez 27:36) significa "fazer sons de surpresa" (Basic Bible). Daniel (Ez 28:3) — cf. Ez 14:14, comentário e nota de rodapé. O significado do querubim ungido (Ez 28:14) e do querubim protetor (28,16) é incerto. Ezequiel evidentemente está pensando na con-duta soberana de Deus em relação aos outros povos. Foi Deus quem os fez prosperar e foi Deus quem os castigou de acordo com sua base moral. A RSV traduz esse texto da seguinte forma: "Você foi ungido como um querubim guardião, pois para isso eu o de-signei. Você estava no monte santo de Deus [...l até que se achou maldade em você. [...] Por isso eu o lancei para longe do monte de Deus, como uma coisa profana, e o querubim guardião o expulsou".

O declínio de Tiro é um exemplo do que acontece a uma nação que ama mais o ouro do que a Deus. Aqui está o destino de todos que se alegram com o sofrimento dos outros desde que esse sofrimento encha seus cofres com bens desse mundo presente. O histori-ador Arnold Toynbee entende que o materialismo é um dos fatores principais da queda de civilizações passadas. O exemplo de Tiro continua sendo seguido no século XXIIe princípio do século XXI), com seu pensar quantitativo, que produziu a "era a jato" e a "era do ganho". Há dois séculos, Goethe escreveu que "o espírito tende a atrair para si um corpo". Ele estava falando de seres humanos, para quem as coisas materiais, tantas vezes, são o que mais importa.

"O Erro da nossa Era" pode ser o título de uma mensagem baseada em Ez 28:1-8.


1) O erro: uma motivação errada (Ez 28:1-5).

2) Resultados do erro: os efeitos sobre Tiro, e sobre nós, de uma grande ênfase na prosperidade material (Ez 28:6-8).

3) Cor-rigindo o erro a) por meio da visão vertical mantida por Ezequiel; b) ao elevar a nossa visão para as coisas do alto (Cl 3:1-2) ; e c) ao colocar ordem nas prioridades (Mt 6:33).

2. Sidom (Ez 28:20-23)

Nos tempos antigos, Sidom pode ter sido uma cidade ainda maior do que Tiro. Os estudiosos chegam a essa conclusão pelo fato de Sidom ser mencionada em Gênesis 10:19 sem qualquer referência a Tiro. Com certeza, não era uma cidade insignificante (Js 19:28). Tinha seus próprios reis (Jr 25:22-27.3). Muitas vezes, ela é mencionada junto com Tiro (Is 23:1-2; MAc 7:24-26; AtOS 12:20). Nos dias de Ezequiel, as duas cidades eram parceiras litorâneas do pecado.

Deus é contra (22) Sidom e enviará contra ela a peste e o sangue (23), ou seja, a doença e a espada. Fica claro mais uma vez, com base nos versículos 22:23, que o poder de Deus, derramado em julgamento, tem o propósito de ser uma revelação de si mesmo para os homens: e saberão que eu sou o SENHOR.

3. A Restauração de Israel (28:24-26)

Em uma breve previsão de três versículos daquilo que o profeta tratará em detalhes nos capítulos posteriores (33-48), Ezequiel diz que chegará o tempo em que nenhuma nação circunvizinha será para Israel um espinho que a pique (24). Naquele tempo Deus vai congregar a casa de Israel dentre os povos entre os quais estão espa-lhados e se santificar entre eles, perante os olhos das nações (25). O santificar de Deus, conforme esse versículo, é uma indicação de que a palavra "santificação" não apenas se refere à pureza moral, como ocorre com freqüência no NT (e.g., Ef 5:25-27; 1 TEs 4.3; 5.23), mas também (particularmente no AT) a separar-se de tudo. Nesse caso, depois de julgar Tiro e Sidom por causa dos seus pecados, e depois de fazer Israel voltar para a sua própria terra, o SENHOR, seu Deus, será reconhecido como o Deus do verdadeiro poder e cuidado. Dessa forma Ele será santificado.


Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de Ezequiel Capítulo 27 versículo 36
Conforme Ap 18:11-19.

Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Ezequiel Capítulo 27 do versículo 1 até o 36
*

27.3-6 A parte da cidade de Tiro construída em uma ilha é comparada a um navio de luxo, construído com os melhores materiais e dirigida por uma tripulação experiente.

* 27:5

ciprestes de Senir. O nome que os amorreus davam ao monte Hermom (Dt 3:9).

* 27:7

ilhas de Elisá. Provavelmente Chipre.

* 27:8

Arvade. Uma cidade fundada em uma ilha, cerca de três quilômetros fora da costa mediterrânea ao norte de Biblos.

* 27:9

Gebal. Outro nome para Biblos, na costa do mar Mediterrâneo, ao norte de Tiro.

* 27:11

os gamaditas. Provavelmente no norte da Síria.

* 27:13

Tubal e Meseque. Esses dois povos (32.26; 38.2,3; 39.1; Gn 10:2; 13 1:5'>1Cr 1:5) ficavam na Ásia Menor, na costa nordeste do mar Mediterrâneo. Também são conhecidos através das inscrições assírias.

escravos. Quanto ao envolvimento de Tiro no comércio com escravos ver Jl 3:4-6.

* 27:14

casa de Togarma. Uma região no nordeste da Ásia Menor (moderna Turquia).

* 27:17

eram os teus mercadores. Tiro era uma potência marítima, e provavelmente não era auto-suficiente quanto à agricultura. Por várias vezes a Bíblia menciona o comércio tírio com Israel, que envolvia alimentos (1Rs 5:9-11; 2Cr 2:10; Ed 3:7; At 12:20).

trigo de Minite. Uma cidade a leste do rio Jordão, perto de Rabá, em Amom (moderna Amã), embora o seu local ainda não tenha sido identificado com precisão (Jz 11:33).

* 27:18

Helbom. Uma cidade a noroeste de Damasco. Textos acádicos e os historiadores gregos mencionam o vinho produzido nessa região.

* 27:19

Dã e Javã. Há dificuldades textuais muito debatidas neste versículo, e os tradutores diferem sobre como se deve traduzir esses nomes.

* 27:22

Raamá. Uma região no sul da Arábia (Gn 10:7; 13 1:9'>1Cr 1:9).

* 27:23

Cane. Provavelmente trata-se de uma cidade no norte da Síria, também escrita Calné (Am 6:2) e Calno (Is 10:9).

Éden. Beth Éden, uma cidade localizada entre os rios Eufrates e Balique (2Rs 19:12; Is 37:12; Am 1:5).

Quilmade. Esse nome é desconhecido em outros lugares, e pode ter sido um erro feito por copista para as palavras "a Média inteira".

*

27.25-36 Ninguém pensava que Tiro pudesse ser derrotada. Mas sua força, suas riquezas e suas habilidades não eram páreo para mares que obedeciam ao comando de Deus. A sorte de Tiro seria uma advertência a todas as outras nações que a tudo observavam da praia.



Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Ezequiel Capítulo 27 do versículo 1 até o 36
27.1ss O capítulo 27 é um lamento fúnebre sobre a queda de Tiro. Compara a cidade com uma nave (27.1-9), menciona muitos de seus comerciantes (27.10-25) e logo descreve como se afundou (27.26-36). Jesus falou de Atiro em Mt 11:22 como uma cidade digna do julgamento de Deus.

27:3, 4 A beleza de Tiro era a fonte de sua soberba e esta lhes garantiu seu julgamento. Presunção injustificada ou soberba por nossos lucros deveria ser um sinal de perigo (veja-se Jc 4:13-17). Deus não está contra nosso prazer ou satisfação no que fazemos, a não ser contra a arrogância, nos acreditar melhores do que somos e o olhar com menosprezo a outros. Devemos reconhecer a Deus como base e fonte de nossas vidas.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Ezequiel Capítulo 27 do versículo 1 até o 36

2. A Lamentação sobre Tiro (


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de Ezequiel Capítulo 27 do versículo 1 até o 36
27.2 Lamentação. O resto do capítulo é um canto fúnebre.

27.5 Senir. O nome que os amorreus deram ao monte Hermom (Dt 3:9).

27.6 Basã. Parte de Israel além do Jordão, cheia de campos e árvores.
27.7 Elisá. Provavelmente Cartago, uma cidade semelhante a Tiro.
27.8 Sidom. Esta cidade gêmea de Tiro lhe ficará súdita, juntamente com Arvade, a cidade africana formada pelos sidônios.

27.9 Gebal. A cidade de Biblos, perto da moderna Beirute.

27.10 Persas. Cinqüenta anos mais tarde, a Pérsia viria a ser um império, mas naquela época, era uma fonte de combatentes mercenários.

27.11 Gamaditas. Membros de uma tribo fenícia local.

27.12 Társis. Um porto na Espanha, a viagem marítima mais longa.

27.13 Javã, Tubal e Meseque. As nações gregas da Ásia Menor e das ilhas, mais conhecidas no oriente do que a própria Grécia, naquela época. Escravos. Tiro também vendia judeus para aquelas nações gregas, que despertou a ira de Joel (Os 3:4-29).

27.14 Togarma. É a Armênia. Ginetes. Cavalos para montar, distinguidos dos cavalos simples que se usavam para levar cargas.

27.15 Dedã. Uma tribo. As mercadorias mencionadas podiam ter vindo da índia até os portos da Arábia do sul.

27.16 Coral. Vem do golfo da Arábia; como a esmeralda, da Armênia, passaria pelas mãos dos sírios antes de chegar a Tiro.

27.17 Desde os tempos mais primitivos, estes eram os produtos naturais do território de Israel (Gn 43:11).

27.18 Damasco. É a capital dá Síria; tanto aqui como no versículo 16, a Síria vem negociando tudo mas não produzindo nada.

27.19 Javã. Este núcleo de civilização grega agora aparece em outro grupo (compare v. 13) segundo a classificação da importação. Talvez estas listas vieram de algum "termo da alfândega” de Tiro. Este capítulo é um dos mais valiosos documentos sobre o comércio internacional dos tempos da antigüidade.

27.20 Baixeiros. Esta tribo árabe (v. 15) vendia mantas bordadas que serviam como selas.

27.22 Sabá. É a Arábia do sul, hoje chamada lêmen; compare v. 15.

27.23 Éden. • N. Hom. Quer dizer "delícia"; aqui, é uma cidade assíria. A própria descrição da prosperidade de Tiro está contida no desenvolvimento da profecia de sua destruição (26:1-21 e 27:27-36). Tal é o fim dos orgulhosos que confiam na sua própria riqueza, mas não tendo amor, nem compaixão, nem fé; são pobres e cegos e nus (Ap 3:17-66; Lc 12:13-42).

27.26 Os teus remeiros. Aqui continua a linguagem metafórica que descreve a Tiro como um grande navio mercante (5-11). A sua carga se descreve nos vv. 12-25.

27.27 De súbito, o navio, a nação, seus bens, seu exército, seus técnicos, seus negociantes e seu povo simples soçobram. O desastre súbito e completo é o risco normal da navegação.
27:28-36 • N. Hom. Os conselheiros de Tiro levaram a cidade para as águas turbulentas, arriscando-se em intrigas contra a Babilônia, a nação tempestuosa do oriente (26). Agora, todas as nações que viviam do comércio e todos os

ricos compravam as importações de super-luxo, choravam a perda daquela fonte de renda e de luxo (comp. Ap 18:9, onde se vê que o povo de Deus considera está luxúria uma forma de prostituição, juntamente com a politicagem internacional e a idolatria; conforme Ap 17:1-6 que se aplica a Roma e tudo aquilo que aquela cidade simbolizava em matéria de tirania e perseguição dos santos.

27.36 Espanto. O orgulho do navio sem igual, que pomposamente avança para soa total destruição é o mais poderoso exemplo bíblico da doutrina de que a soberba precede a ruína (Pv 16:18).


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de Ezequiel Capítulo 27 do versículo 1 até o 36
b) O naufrágio do bom navio, Tiro (27:1-36). Nesse lamento, a ilha de Tiro é retratada como um garboso navio mercante que vai a pique com a tripulação e o carregamento. Os v. 4-7 descrevem a sua construção, e os v. 810, sua tripulação, seus artífices, marinheiros e mercadores.

v. 3. entrada-, talvez uma referência aos dois ancoradouros de Tiro. Você diz [...] Minha beleza /...: talvez seria melhor ler “você é um navio” (heb. ’oni, “navio” no lugar de ’ani, “eu”), v. 4. Seu domínio’, aqui usado com referência aos lados do navio. v. 5. Senir. nome amorreu para Hermom (conforme Dt 3:9). v. 6. Chipre’, heb. Kittim (originariamente o nome da cidade no sul de Chipre chamada Kition). v. 7. Elisá’. Alashia, uma cidade na costa leste de Chipre (a atual Enkomi). Tanto Elisá quanto Quitim são mencionados como “filhos de Javã” em Gn 10:4. v. 8,9. Sidom [...] Arvade [...] Gebal (Biblos): cidades fenícias que supriam a tripulação dos navios, v. 10. persas [...] Itdios [...] homens de Fute: os últimos dois parecem ter sido povos líbios (conforme Gn

10.6,13) e assim provavelmente também era o primeiro; o texto da Elbe-felder (em alemão) traz “Paras” (ou “Faras”) e é preferível à maioria das versões que traz “Pérsia”, v. 11. Heleque: NEB: “Cilicia” (conforme assírio Hilakku). Gamadr. de identificação incerta; talvez deva ser localizada no norte da Síria. A NEB inclui os v. 10 e 11 na estrutura poética dos v. 3bss.

Os v. 12-25a constituem uma inserção em prosa no cântico fúnebre; dão informação valiosa acerca do comércio no Mediterrâneo no século VI a.C. v. 12. Társis: o porto fenício de Tartesso no sul da Espanha, v. 13. Javã: originariamente, Jônia, as colônias gregas no oeste da Ásia Menor. Tubal e Meseque em geral andam juntos, no ATOS (conforme 32.26; 38,2) como nos registros assírios (Tabali e Mushku) e em Heródoto (Moschoi e Tibarênoi). Tubal era um termo abrangente para denotar os Estados neo-hititas do leste da Ásia Menor; Meseque correspondia em termos gerais à Frigia, escravos.: conforme Ap 18:13. v. 14. Bete-Togarma (cf.

38.6): o assírio Til-garimmu, no nordeste da Ásia Menor (tradicionalmente identificado com a Armênia), v. 15. Rodes: assim traz a LXX no lugar do termo do TM “Dedã” (cf. a oscilaçãodas letras iniciais de Dodanim, Gn 10:4, e Rodanim, lCr 1.7). Os habitantes de Rodes agiam como intermediários, como também faziam os homens de Arã (v. 16; cf. “Edom”, nota de rodapé da NVI) com relação às mercadorias aqui associadas com o seu nome. v. YJ.Judáe Israel: nos dias de Salomão (lRs 5,11) como nos do velho rei Agripa (Atos

12.20), Tiro e outras cidades fenícias dependiam da Galiléia especialmente com relação ao trigo e outros produtos agrícolas, de Minite: o significado do heb. minnith (ARC: “azeite”) e pannag, confeitos (RSV: “primeiros figos”), é incerto, v. 18. Helbom: a noroeste de Damasco, ainda um centro de cultivo de uvas. lã de Zaar. uma região em que pastavam ovelhas, a noroeste de Damasco, v. 19. Dã eJavã: (TM “Vedã e Javã [RV]) é ininteligível; A. R. Millard (JSS 7, 1962, p. 201ss), seguido pela NEB, sugeriu “e tonéis de vinho” (assim a NTLH). Uzal: Izalla (NEB), entre Harã e o Tigre, região famosa por seu vinho. v. 20. Dedã: no noroeste da Arábia (conforme 25.13 38:13).

v. 21,22. Quedar (“preto” — a terra das tendas pretas) ficava no norte da Arábia, e Sabá e Raamá no sul da Arábia, por onde passavam as rotas comerciais de especiarias da índia. v. 23. Cane: local não identificado. Eden: ao sul de Harã (conforme Jl 1:5, “Bete-Éden”). O TM acrescenta: “os comerciantes de Sabá”, seguido aqui pela NVI. Quilmade: é melhor ler com a NEB “toda a Média”, v. 25. navios de Társis: um termo genérico para grandes navios mercantes, transportam os seus bens: TM: “são suas caravanas”, com cordéis retorcidos e de nós firmes: (v. 24) ou “com cordas franzidas e retorcidas”.

O cântico fúnebre é retomado no v. 25b (a NVI já o retoma no v. 25a). v. 26. o vento oriental: que soprando do continente é uma referência ao ataque dos babilônios, v. 28. Aí praias tremerão: os barcos que se afastavam do navio em apuros, após resgatar homens, balançavam e tremiam à medida que os remadores se cansavam sob as ordens dos seus oficiais (conforme S. Smith, “O navio Tiro”, PEQ 85, 1953, p. 108). v. 29. os marinheiros ficarão na praia: talvez no Egito (conforme S. Smith, art. cit., p. 109). v. 30. rolarão na cinza: “vão se aspergir com cinzas”.

v. 32. Quando estiverem [...] pranteando [...] erguerão este lamento: os v. 32b-34 formam um cântico fúnebre incluído no cântico fúnebre principal dos v. 3b-ll,25bss. O cântico possivelmente é cantado por aqueles que escaparam do naufrágio, v. 35. os seus rostos estão desfigurados de medo: NEB: “o seu cabelo está em pé”. Apesar da pontuação da NVI, o v. 36 pode ser o resumo feito pelo profeta; o v. 36a antevê 28.19, enquanto o v. 36b repete 26.21.


Moody

Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
Moody - Comentários de Ezequiel Capítulo 27 do versículo 1 até o 36

Ezequiel 27


2) Lamentação Sobre a Queda de Tiro. Ez 27:1-36.

Neste esplêndido poema, introduzido por um trecho em prosa, Tiro está representada por um elegante navio manobrado por marinheiros das cidades fenícias (vs. 1-9a), ricamente carregado com mercadorias de muitas nações (vs. 9b-25a), que naufragou para consternação e lamentação dos navegantes (25b -36).

a) A Construção e a Tripulação do Navio. 27:1-9a.


Moody - Comentários de Ezequiel Capítulo 27 do versículo 32 até o 36

32-36. Lamentação sobre navio naufragado.


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de Ezequiel Capítulo 27 do versículo 1 até o 36
b) Lamento sobre Tiro (Ez 27:1-36)

A elegia propriamente dita (vers. 3-9,25-36) assemelha Tiro a um navio equipado luxuosamente, carregado de mercadorias, que naufragou devido a uma tempestade e que foi lamentado por aqueles que tinham investido capital nele. A seção central (9-25), que descreve o comércio de Tiro, não mantém essa imagem; porém, isso não é razão suficiente para negarmos sua autenticidade. O capítulo inteiro muito influenciou o autor do livro de Apocalipse, que aplica suas imagens ao império anticristão de seus próprios dias (Ap 18:0). Ilhas dos quiteus (6; algumas versões dizem "quitim") originalmente queria dizer a ilha de Chipre, mas as "ilhas de quitim" passaram a representar as ilhas e costas do mar Mediterrâneo. Os lídios (Lidia?) e Pute (10) (na costa africana do mar Vermelho) são colocados juntos por causa de sua similaridade de nomes, e não por causa de alguma suposta proximidade geográfica. Os três nomes são suficientes para demonstrar que os mercenários de Tiro vinham de todos os quadrantes do mundo antigo. Os gamaditas (11) talvez viessem do norte da Síria. Társis (12) é Tartessu, um porto no sul da Espanha. Javã (13); os jônicos da Ásia Menor. Tubal e Meseque (13); situados no leste da Ásia Menor (ver 38.2 nota). Togarma (14); Armênia. Dedã (15); uma tribo árabe em Edom. Minite (17), em Jz 11:33, é uma vila dos amonitas. Com uma pequena alteração nas consoantes, consegue-se o termo "especiarias". Panague (17); talvez uma palavra emprestada do acadiano, pannigu, que é uma espécie de comida ou bolo (Cooke). Dedã (20), associada com os árabes, não deve ser confundida com a Dedã do vers. 15. Seba (22) ficava a 1.950 quilômetros ao sul de Jerusalém no sul da Arábia (cfr. 1Rs 10:0; mas talvez seja uma alusão à Babilônia. Os vers. 29-34 descrevem a lamentação dos marinheiros em vista da perda de Tiro. Cfr. Ap 18:17-66. Os moradores das ilhas (35) é frase que pode referir-se particularmente aos mercadores dentre os povos (36); cfr. vers. 3. Quanto às lamentações dos reis e dos negociantes, cfr. Ap 18:9-66.


Dicionário

Assobiar

o ato de chamar alguém por meio de assobio significava poder e autoridade (is 5:26 – 7.18). Quando Zacarias fala da volta do cativeiro, diz que o Senhor assobiará para juntar a casa de Judá, e trazer os judeus ao seu próprio pais. A palavra ‘assobiar’, ou o som, significava geralmente insulto e desprezo (1 Rs 9.8 – 27:23Jr 19:8 – 49.17 – 51.37 – Lm 2:15Ez 27:36Sf 2:15).

Assobiar Produzir som agudo pelo ar assoprado entre os lábios para chamar (Is 5:26) ou para zombar (1Rs 9:8); (Mq 6:16), RC).

assobiar
v. 1. Intr. Soltar assobios. 2. tr. dir. Executar assobiando (qualquer trecho de música). 3. tr. dir. e Intr. Apupar, reprovar com assobios. 4. tr. ind. e Intr. Zunir com som agudo e que imita assobio; sibilar. 5. tr. ind. e Intr. Dirigir assobio: Assobiar aos animais. Var.: assoviar.

Dentre

contração No interior de; no meio de; indica inclusão, seleção, relação, ligação etc.: dentre os candidatos, um conseguiu a vaga; um dentre os demais receberá o pagamento.
Gramática Contração da preposição "de" com a preposição "entre".
Etimologia (origem da palavra dentre). De + entre.

Espanto

substantivo masculino Surpresa causada por algo inesperado.
Qualidade de espantoso, do que causa assombro; pasmo.
Que causa medo, pavor, susto.
Que acontece de maneira inesperada; surpreendente.
Que causa admiração, estranheza, surpresa; assombro.
Etimologia (origem da palavra espanto). Forma regressiva de espantar.

Espanto Susto; medo; admiração (Pv 21:15; Ap 17:6, RA).

Grande

adjetivo De tamanho maior ou fora do normal: cabeça grande.
Comprido, extenso ou longo: uma corda grande.
Sem medida; excessivo: grandes vantagens.
Numeroso; que possui excesso de pessoas ou coisas: uma grande manifestação; uma grande quantia de dinheiro.
Que transcende certos parâmetros: grande profundeza.
Que obteve fortes consequências: grande briga; grandes discussões.
Forte; em que há intensidade: grande pesar.
Com muita eficiência: a água é um grande medicamento natural.
Importante; em que há importância: uma grande instituição financeira.
Adulto; que não é mais criança: o menino já está grande.
Notável; que é eficiente naquilo que realiza: um grande músico.
Cujos atributos morais e/ou intelectuais estão excesso: grande senhor.
Magnânimo; que exprime um comportamento nobre.
Fundamental; que é primordial: de grande honestidade.
Que caracteriza algo como sendo bom; positivo: uma grande qualidade.
Que é austero; rígido: um grande problema.
Território circundado por outras áreas adjacentes: a Grande Brasília.
substantivo masculino Pessoa que se encontra em idade adulta.
Quem tem muito poder ou influência: os grandes estavam do seu lado.
Etimologia (origem da palavra grande). Do latim grandis.e.

Maís

substantivo masculino Variedade de milho graúdo, bem desenvolvido.
Não confundir com: mais.
Etimologia (origem da palavra maís). Do espanhol maíz.

Nunca

advérbio Jamais; em hipótese alguma: nunca fui corrompido.
De modo algum; em nenhuma situação: nunca contarei seu segredo.
De jeito nenhum; não: nunca na vida você irá nesta festa!
Em certo momento passado; já eu já gostei muito de chocolate! Quem nunca?
Etimologia (origem da palavra nunca). Do latim nunquam.

Povos

povo | s. m. | s. m. pl.

po·vo |ô| |ô|
(latim populus, -i)
nome masculino

1. Conjunto dos habitantes de uma nação ou de uma localidade. = POPULAÇÃO

2. Pequena povoação.

3. Lugarejo.

4. Aglomeração de pessoas. = GENTE

5. Figurado Grande número, quantidade.

6. História Estrato da população que não pertencia nem ao clero, nem à nobreza. = PLEBE


povos
nome masculino plural

7. As nações.


povo miúdo
Classe inferior da sociedade. = ARRAIA-MIÚDA, PLEBE

Plural: povos |ó|.

Sempre

advérbio Em todo tempo; a toda hora; perpetuamente ou eternamente: espero que nosso casamento seja sempre assim.
De um modo contínuo; em que há continuidade; constantemente ou continuamente: está sempre irritado.
Em que há ou demonstra hábito; que se desenvolve ou ocorre de maneira habitual; geralmente: almoça sempre no trabalho.
De um modo invariável; de qualquer modo; invariavelmente: com alunos ou não, o professor vem sempre à escola.
Em que há finalidade; por fim; enfim: fez uma crítica construtiva, isso sempre ajuda.
Na realidade; de maneira verdadeira; realmente: é um absurdo o que você fez! Sempre é um patife!
conjunção Que expressa adversão; no entanto ou todavia: machuca-me o seu comportamento, sempre te escuto.
substantivo masculino Tudo que se refere ao tempo (passado ou futuro).
Etimologia (origem da palavra sempre). Do latim semper.

sempre adv. 1. A toda a hora, a todo o momento, em todo o tempo. 2. Constantemente, continuamente, sem cessar. 3. Afinal, enfi.M 4. Com efeito, efetivamente. Conj. Contudo, entretanto, no entanto, todavia. S. .M Todo o tempo (o passado, o presente, o futuro).

Serás

-

Tornar

verbo pronominal , transitivo direto predicativo e bitransitivo Alterar, modificar ou passar a possuir uma nova condição, estado: ele se tornou médico; a mãe tornou a filha escritora.
Retornar ao local de onde se estava; regressar: ele tornou a chegar; os tripulantes tornaram-se para o avião.
verbo bitransitivo Retornar algo a alguém; devolver: tornou o cão ao dono.
Fazer a tradução de um idioma para outro: tornou o texto inglês em português.
Guiar novamente; reconduzir: o guarda tornou o motorista à igreja.
verbo transitivo indireto Voltar, regressar a um estado anterior: preferia tornar à minha juventude.
Analisar novamente; falar sobre o mesmo assunto outra vez: o médico tornou ao tratamento.
verbo intransitivo Expressar-se ou transmitir novamente: a felicidade nunca mais tornou.
Dar como resposta; responder: -- Não vou à festa, tornou a namorada.
verbo pronominal Pedir ajuda; apelar: sozinho, não tinha a quem se tornar.
Etimologia (origem da palavra tornar). Do latim tornare.

tornar
v. 1. tr. ind., Intr. e pron. Vir de novo onde esteve; voltar, regressar. 2. tr. dir. Devolver, restituir. 3. tr. dir. e pron. Converter(-se), fazer(-se). 4. tr. dir. e pron. Mudar(-se), transformar(-se). 5. tr. dir. Traduzir, trasladar, verter. 6. Intr. Replicar, responder. 7. tr. dir. Unido a um infinitivo com a preposição a, exerce a função de verbo auxiliar e denota a continuação ou repetição da ação: Várias vezes dobrou e tornou a erguer-se. T. à vaca fria: voltar à vaca-fria.

Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
Ezequiel 27: 36 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

Os mercadores dentre os povos assobiaram de escárnio contra ti; tu te tornaste em grande terror, e nunca mais serás, para sempre."
Ezequiel 27: 36 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

586 a.C.
H1091
ballâhâh
בַּלָּהָה
()
H1961
hâyâh
הָיָה
era
(was)
Verbo
H369
ʼayin
אַיִן
nada, não n
([there was] not)
Partícula
H5503
çâchar
סָחַר
rodear, circular, viajar, percorrer em negócio
(with the merchants)
Verbo
H5704
ʻad
עַד
até
(until)
Prepostos
H5769
ʻôwlâm
עֹולָם
para sempre
(forever)
Substantivo
H5921
ʻal
עַל
sobre, com base em, de acordo com, por causa de, em favor de, concernente a, ao lado de,
([was] on)
Prepostos
H5971
ʻam
עַם
as pessoas
(the people)
Substantivo
H8319
shâraq
שָׁרַק
assobiar, silvar, apitar
(and shall hiss)
Verbo


בַּלָּהָה


(H1091)
ballâhâh (bal-law-haw')

01091 בלהה ballahah

procedente de 1089; DITAT - 247a; n f

  1. terror, destruição, calamidade, fato assustador

הָיָה


(H1961)
hâyâh (haw-yaw)

01961 היה hayah

uma raiz primitiva [veja 1933]; DITAT - 491; v

  1. ser, tornar-se, vir a ser, existir, acontecer
    1. (Qal)
      1. ——
        1. acontecer, sair, ocorrer, tomar lugar, acontecer, vir a ser
        2. vir a acontecer, acontecer
      2. vir a existir, tornar-se
        1. erguer-se, aparecer, vir
        2. tornar-se
          1. tornar-se
          2. tornar-se como
          3. ser instituído, ser estabelecido
      3. ser, estar
        1. existir, estar em existência
        2. ficar, permanecer, continuar (com referência a lugar ou tempo)
        3. estar, ficar, estar em, estar situado (com referência a localidade)
        4. acompanhar, estar com
    2. (Nifal)
      1. ocorrer, vir a acontecer, ser feito, ser trazido
      2. estar pronto, estar concluído, ter ido

אַיִן


(H369)
ʼayin (ah'-yin)

0369 אין ’ayin

aparentemente procedente de uma raiz primitiva significando ser nada ou não existir; DITAT - 81; subst n neg adv c/prep

  1. nada, não n
    1. nada neg
    2. não
    3. não ter (referindo-se a posse) adv
    4. sem c/prep
    5. por falta de

סָחַר


(H5503)
çâchar (saw-khar')

05503 סחר cachar

uma raiz primitiva; DITAT - 1486; v

  1. rodear, circular, viajar, percorrer em negócio
    1. (Qal)
      1. ir e vir (em comércio)
      2. comerciante, negociante (particípio)
    2. (Pilpel) palpitar

עַד


(H5704)
ʻad (ad)

05704 עד ̀ad

propriamente, o mesmo que 5703 (usado como prep, adv ou conj); DITAT - 1565c prep

  1. até onde, até, até que, enquanto, durante
    1. referindo-se a espaço
      1. até onde, até que, mesmo até
    2. em combinação
      1. de...até onde, ambos...e (com ’de’, no sentido de origem)
    3. referindo-se ao tempo
      1. até a, até, durante, fim
    4. referindo-se a grau
      1. mesmo a, ao ponto de, até mesmo como conj
  2. até, enquanto, ao ponto de, mesmo que

עֹולָם


(H5769)
ʻôwlâm (o-lawm')

05769 עולם ̀owlam ou עלם ̀olam

procedente de 5956; DITAT - 1631a; n m

  1. longa duração, antigüidade, futuro, para sempre, sempre, eternamente, para todos os tempos, perpétuo, velho, antigo, mundo
    1. tempo antigo, longo tempo (referindo-se ao passado)
    2. (referindo-se ao futuro)
      1. para sempre, sempre
      2. existência contínua, perpétuo
      3. contínuo, futuro indefinido ou sem fim, eternidade

עַל


(H5921)
ʻal (al)

05921 על ̀al

via de regra, o mesmo que 5920 usado como uma preposição (no sing. ou pl. freqüentemente com prefixo, ou como conjunção com uma partícula que lhe segue); DITAT - 1624p; prep

  1. sobre, com base em, de acordo com, por causa de, em favor de, concernente a, ao lado de, em adição a, junto com, além de, acima, por cima, por, em direção a, para, contra
    1. sobre, com base em, pela razão de, por causa de, de acordo com, portanto, em favor de, por isso, a respeito de, para, com, a despeito de, em oposição a, concernente a, quanto a, considerando
    2. acima, além, por cima (referindo-se a excesso)
    3. acima, por cima (referindo-se a elevação ou preeminência)
    4. sobre, para, acima de, em, em adição a, junto com, com (referindo-se a adição)
    5. sobre (referindo-se a suspensão ou extensão)
    6. por, adjacente, próximo, perto, sobre, ao redor (referindo-se a contiguidade ou proximidade)
    7. abaixo sobre, sobre, por cima, de, acima de, pronto a, em relacão a, para, contra (com verbos de movimento)
    8. para (como um dativo) conj
  2. por causa de, porque, enquanto não, embora

עַם


(H5971)
ʻam (am)

05971 עם ̀am

procedente de 6004; DITAT - 1640a,1640e; n m

  1. nação, povo
    1. povo, nação
    2. pessoas, membros de um povo, compatriotas, patrícios
  2. parente, familiar

שָׁרַק


(H8319)
shâraq (shaw-rak')

08319 שרק sharaq

uma raiz primitiva; DITAT - 2468; v.

  1. assobiar, silvar, apitar
    1. (Qal) assobiar (como um sinal)