Enciclopédia de Ageu 2:5-5

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

ag 2: 5

Versão Versículo
ARA segundo a palavra da aliança que fiz convosco, quando saístes do Egito, o meu Espírito habita no meio de vós; não temais.
ARC Segundo a palavra que concertei convosco, quando saístes do Egito, e o meu Espírito habitava no meio de vós: não temais.
TB segundo a palavra da aliança que fiz convosco, quando saístes do Egito, e o meu Espírito habitou entre vós; não tenhais medo.
HSB אֶֽת־ הַדָּבָ֞ר אֲשֶׁר־ כָּרַ֤תִּי אִתְּכֶם֙ בְּצֵאתְכֶ֣ם מִמִּצְרַ֔יִם וְרוּחִ֖י עֹמֶ֣דֶת בְּתוֹכְכֶ֑ם אַל־ תִּירָֽאוּ׃ ס
BKJ Conforme a palavra do pacto que fiz convosco, quando saístes do Egito, o meu Espírito permanece no meio de vós; não temais.
LTT Segundo a palavra da aliança- por- corte (do sacrifício) que fiz convosco, quando saístes do Egito, assim o Meu Espírito permanece no meio de vós; não temais.
BJ2 [h] e o meu espírito permanecerá entre vós. Não temais!
VULG Et nunc confortare, Zorobabel, dicit Dominus ; et confortare, Jesu, fili Josedec, sacerdos magne ; et confortare, omnis populus terræ, dicit Dominus exercituum : et facite (quoniam ego vobiscum sum, dicit Dominus exercituum)

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Ageu 2:5

Êxodo 29:45 E habitarei no meio dos filhos de Israel e lhes serei por Deus,
Êxodo 33:12 E Moisés disse ao Senhor: Eis que tu me dizes: Faze subir a este povo, porém não me fazes saber a quem hás de enviar comigo; e tu disseste: Conheço-te por teu nome; também achaste graça aos meus olhos.
Êxodo 34:8 E Moisés apressou-se, e inclinou a cabeça à terra, e encurvou-se,
Êxodo 34:10 Então, disse: Eis que eu faço um concerto; farei diante de todo o teu povo maravilhas que nunca foram feitas em toda a terra, nem entre gente alguma; de maneira que todo este povo, em cujo meio tu estás, veja a obra do Senhor; porque coisa terrível é o que faço contigo.
Números 11:25 Então, o Senhor desceu na nuvem e lhe falou; e, tirando do Espírito que estava sobre ele, o pôs sobre aqueles setenta anciãos; e aconteceu que, quando o Espírito repousou sobre eles, profetizaram; mas, depois, nunca mais.
Josué 8:1 Então, disse o Senhor a Josué: Não temas e não te espantes; toma contigo toda a gente de guerra, e levanta-te, e sobe a Ai; olha que te tenho dado na tua mão o rei de Ai, e o seu povo, e a sua cidade, e a sua terra.
II Crônicas 20:17 Nesta peleja, não tereis de pelejar; parai, estai em pé e vede a salvação do Senhor para convosco, ó Judá e Jerusalém; não temais, nem vos assusteis; amanhã, saí-lhes ao encontro, porque o Senhor será convosco.
Neemias 9:20 E deste o teu bom espírito, para os ensinar; e o teu maná não retiraste da sua boca; e água lhes deste na sua sede.
Neemias 9:30 Porém estendeste a tua benignidade sobre eles por muitos anos e protestaste contra eles pelo teu Espírito, pelo ministério dos teus profetas; porém eles não deram ouvidos; pelo que os entregaste na mão dos povos das terras.
Salmos 51:11 Não me lances fora da tua presença e não retires de mim o teu Espírito Santo.
Isaías 41:10 não temas, porque eu sou contigo; não te assombres, porque eu sou o teu Deus; eu te esforço, e te ajudo, e te sustento com a destra da minha justiça.
Isaías 41:13 Porque eu, o Senhor, teu Deus, te tomo pela tua mão direita e te digo: não temas, que eu te ajudo.
Isaías 63:11 Todavia, se lembrou dos dias da antiguidade, de Moisés e do seu povo, dizendo: Onde está aquele que os fez subir do mar com os pastores do seu rebanho? Onde está aquele que pôs no meio deles o seu Espírito Santo,
Zacarias 4:6 E respondeu e me falou, dizendo: Esta é a palavra do Senhor a Zorobabel, dizendo: Não por força, nem por violência, mas pelo meu Espírito, diz o Senhor dos Exércitos.
Zacarias 8:13 E há de acontecer, ó casa de Judá e ó casa de Israel, que, assim como fostes uma maldição entre as nações, assim vos salvarei, e sereis uma bênção; não temais, esforcem-se as vossas mãos.
Zacarias 8:15 assim pensei de novo em fazer bem a Jerusalém e à casa de Judá nestes dias; não temais.
Mateus 28:5 Mas o anjo, respondendo, disse às mulheres: Não tenhais medo; pois eu sei que buscai a Jesus, que foi crucificado.
João 14:16 E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre,
Atos 27:24 dizendo: Paulo, não temas! Importa que sejas apresentado a César, e eis que Deus te deu todos quantos navegam contigo.
Apocalipse 1:17 E eu, quando o vi, caí a seus pés como morto; e ele pôs sobre mim a sua destra, dizendo-me: Não temas; eu sou o Primeiro e o Último

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Locais

Estes lugares estão apresentados aqui porque foram citados no texto Bíblico, contendo uma breve apresentação desses lugares.

EGITO

Atualmente: EGITO
País do norte da África, com área de 1.000.250 km2. A região mais importante do Egito é o fértil vale do Nilo, que situa-se entre dois desertos. O país depende do rio Nilo para seu suprimento de água. A agricultura se concentra na planície e delta do Nilo, mas não é suficiente para suprir a demanda interna. Turismo é uma importante fonte de renda para o país, da mesma forma, o pedágio cobrado pela exploração do Canal de Suez. A civilização egípcia é muito antiga, e ocorreu nas proximidades do delta do Nilo. Quando Abraão entrou em contato com os egípcios por volta de 2100-1800 a.C., essa civilização já tinha cerca de 1000 anos. José e sua família estabeleceram-se no Egito provavelmente por volta de 1720 a.C. e o êxodo aconteceu por volta de 1320 a.C. O uso de armas e ferramentas de cobre aumentou a grandeza do Egito e tornou possível a construção de edifícios de pedra lavrada. Nesta época foram reconstruídas as pirâmides, ato que deu aos reis construtores de tumbas, o título de faraó ou casa grande. No fim desse período a difusão da cultura alcançou proporções consideráveis, porém, a medida que se melhoravam as condições de vida. As disputas internas e a invasão dos hicsos, povos que vieram da Síria e de Israel, interromperam a expansão egípcia. As descobertas arqueológicas de fortificações desse período, apresentam etapas de expansão dos hicsos na região. Somente após a expulsão dos hicsos, os egípcios se aventuraram na conquista de territórios da Mesopotâmia, Síria, Israel, Chipre, Creta e ilhas do Mar Egeu. O Egito também sofreu pressão e invasão dos gregos, filisteus, etíopes, assírios, persas, macedônios e romanos.
Mapa Bíblico de EGITO



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Ageu Capítulo 2 do versículo 1 até o 23
SEÇÃO II

CHAMADA À MOTIVAÇÃO

Ageu 2:1-9

A segunda mensagem transmitida pelo profeta ocorreu após um lapso de aproxima-damente um mês. Pelo visto, os trabalhos estavam atrasados. A ocasião do discurso se dera, como na primeira vez, numa reunião pública. A data era o último dia da Festa dos Tabernáculos (Lv 23:33-36,39-43). O motivo para a redução da velocidade dos trabalhos era que o santuário tomara forma suficiente para as pessoas o compararem com o Tem-plo de Salomão, ao demonstrar uma diferença desanimadora. Viram que a construção atual era pobre em substituição ao edificio magnífico que estivera anteriormente no monte Sião. Foi para combater tal desânimo que o profeta se manifestou. "A nova palavra de Ageu é de mero incentivo. A consciência dos judeus fora atiçada pelo primeiro discurso, mas agora precisavam de esperança":

A. O ATRASO NOS TRABALHOS 2:1-5

As palavras do versículo 3 espelham o desânimo do povo e sua causa. Claro que só pequena proporção do povo vira a glória do Templo de Salomão. A maioria dos estudiosos acredita que as palavras deste versículo indicam que Ageu estava entre este grupo. Nesta ocasião, o profeta seria idoso, visto que o Templo fora destruído 70 anos antes.

Pusey faz uma descrição notável da magnificência do Templo de Salomão, que res-salta o contraste com esta casa simples de adoração:

Além da riqueza das esculturas no primeiro Templo, tudo que lhe era pertinen‑

te era revestido de ouro. Salomão revestiu o altar inteiro dentro do oráculo, os dois querubins, o chão da casa, as portas do Santo dos Santos e seus ornamentos; os entalhes de querubins e palmeiras, cobriu de ouro amoldado na madeira entalhada; o altar de ouro e a mesa de ouro, sobre o qual ficava o pão da proposição; os dez candelabros de puro ouro, com as flores, as lâmpadas e os tenazes de ouro; as taças, os espevitadores, as bacias, as colheres e os incensários de puro ouro, e as dobradi-ças de puro ouro para todas as portas do Templo. A varanda que ficava em frente da casa, de 20 côvados de largura por 120 de altura, foi revestida de ouro puro por dentro; a casa brilhava com pedras preciosas. [...] Foram empregados 600 talentos de ouro para revestir o Santo dos Santos. As câmaras superiores também eram de ouro, o peso dos pregos era de 50 siclos de ouro.'

Claro que a comunidade pobre dos exilados que voltaram não estaria preparada para duplicar semelhante edifício. Contudo, Ageu se dirige a Zorobabel, Josué e o povo (4), ao conclamá-los a se esforçarem ("sê forte", ARA). Estas palavras estariam cheias de significado especial quando o povo se lembrasse da história registrada no pri-meiro capítulo de Josué. Naquela ocasião, Deus falara com o que acabara de ser escolhi-do como sucessor de Moisés e líder de Israel (Js 1:6). Nesta também, diante da grande tarefa à mão, o Senhor dera a mesma exortação para fortalecer e encorajar: Esforçai-vos ("sê forte", ARA).

Talvez alguém critique Ageu por incentivar as pessoas a empreender a tarefa segun-do as próprias forças. Mas trata-se de interpretação errônea. Há dois lados da mensa-gem:
a) As pessoas têm de se esforçar e trabalhar (4; "sê forte" e "trabalhai", ARA) ; mas ao fazerem,
b) Deus promete: Eu sou convosco. Para os israelitas, a garantia mais forte da presença e poder de Jeová em ajudar era que o Senhor é o mesmo Deus que os libertara do Egito (5). Ageu, como a maioria dos profetas, lembra ao povo que Jeová fizera um concerto com eles, relação que jamais não quebrará.

"É surpreendente que a presença do Espírito seja usada como equivalente para o cumprimento do concerto da parte de Deus; a idéia impregna o Novo Testamento".3

Em 2:1-5, vemos "como enfrentar circunstâncias desanimadoras":

1) Não seja tolo -enfrente os fatos, 3;

2) Seja forte e corajoso, 4;

3) Relembre as promessas de Deus e a ajuda prestada em situações difíceis, 5a;

4) Preste atenção à promessa e reaja ao encorajamento de Deus: Eu sou convosco, diz o SENHOR dos Exércitos... o meu Espírito habita no meio de vós; não temais, 4,5 (A. F. Harper).

B. A PROFECIA, 2:6-9

Nesta passagem, temos a profecia que serviu de base de ânimo para as pessoas. Ainda uma vez, daqui a pouco, e farei tremer os céus, e a terra, e o mar, e a terra seca (6). Aqui, como ocorre tantas vezes na profecia, o futuro é condensado. Esta é uma visão de "audácia incrível que revela a fé invencível do profeta".4

Certos expositores entendem que as palavras: Ainda uma vez... farei tremer... a terra, dizem respeito ao grande terremoto ocorrido no monte Sinai, quando Deus iniciou o concerto. De certa forma, o Senhor manifestará sua glória uma vez mais e levará todas as nações a tremer em sua presença.

Muitos pensam que os cataclismos que Ageu prevê são cogitações das revoltas que então ocorriam no mundo persa durante o primeiro reinado de Dario. O profeta vê que estes motins são prelúdios da era messiânica. O quadro profético indicava que a era messiânica seria precedida por "aflições messiânicas".5

Neste caso, a era messiânica e sua glória estão associadas com o Templo. Ainda que estes exilados empobrecidos não tenham acesso a riqueza suficiente para igualar o Tem-plo de Salomão, Deus é o possuidor de toda a prata (8) e de todo o ouro.

Os comentaristas concordam que o desejado de todas as nações (7), traduzido no singular, é tradução enganosa, visto que o verbo está no plural e exige o sujeito no plural. J. Mcllmoyle expressa a posição conservadora com muita clareza: "Muitas são as pesso-as, sobretudo aquelas que encontraram Aquele que é a satisfação de todos os desejos, que gostariam de seguir os antigos expositores judeus e ver aqui uma referência pessoal ao Messias. Porém por mais grandiosa que fosse a verdade assim expressa, a dificuldade em traduzir essas palavras desse jeito afigura-se insuperável".

A Septuaginta traduz assim: "As coisas escolhidas"; ou pode ser traduzido por: "As coisas desejáveis de todas as nações" (cf. ARA). A referência é aos tesouros caros (cf. NVI; NTLH) que serão trazidos para embelezar o Templo (cf. Is 60:5: "As riquezas das nações a ti virão").

O profeta continua sua profecia de encorajamento e faz mais duas predições: A gló-ria desta última casa (o Templo em reconstrução) será maior do que a da primeira (o Templo de Salomão), e Deus dará paz (9).

Talvez o que engrandecerá o Templo sejam as esplêndidas ofertas de ouro e prata trazidas pelas nações. Mas esta idéia é bastante inadequada diante do fato de que o profeta reconhece que a verdadeira glória do Templo é a presença de Deus. Outrossim, o significado textual deste versículo não insinua duas casas, mas uma, em que a última é continuação da primeira. Esta verdade era literalmente concreta, visto que certas pare-des que restaram do antigo Templo tornaram-se parte do novo. A tradução literal diz assim: "A última glória desta casa será maior que a primeira".
"Em primeiro lugar", diz Perowne, "a glória aqui prometida é obviamente material: as coisas desejáveis, os presentes preciosos de todas as nações". Mas está indubitavelmente mais próximo da verdade quando acrescenta: "Mas inclui a glória espiritual sem a qual, aos olhos de Deus, o esplendor material é inaceitável e sem valor"!
Com a segunda promessa, o povo de Deus recebia a certeza da segurança em meio às convulsões de importância fundamental entre as nações.
Mas estas profecias se cumpriram? Marcus Dods observou que se cumpriram lite-ralmente, visto que os recursos para a construção não faltaram. Mas este não constituiu o maior cumprimento. O tributo das nações envolvia o reconhecimento de que este era o "centro visível do Reino de Deus e o lugar da sua manifestação".8

SEÇÃO III

CHAMADA À PACIÊNCIA

Ageu 2:10-19

Nesta seção, Ageu faz algumas perguntas aos sacerdotes. A mensagem veio três meses depois do início dos trabalhos e dois após a profecia anterior. Era outro meio de encorajar as pessoas ao trabalho, a fim de mostrar-lhes a necessidade de serem pacien-tes. O título da mensagem poderia ser "O Poder do Imundo" (G. A. Smith) e baseia-se no julgamento que os sacerdotes fizeram concernente às perguntas de Ageu. O profeta pede que eles "resolvam esta questão" (11, RSV). O original hebraico diz: "Pergunte à Torá". Neste caso, era uma decisão ("resolução", "ordem", "instrução") oral prevista pelo livro de Deuteronômio na eventualidade de não haver instrução escrita (Dt 17:8-13). Estas decisões ("sentenças") eram dadas na forma de interpretação fundamentada na matéria tradicional e ganhou o significado de "texto de normas técnicas". 1

Ageu fez duas perguntas: A peça de roupa que acondicionou a carne santa torna santo o que tocar? E os sacerdotes, respondendo, diziam: Não (12). A segunda per-gunta era: Aquilo que se tinha tornado impuro pelo contato com um corpo morto contamina o que tocar? Os sacerdotes responderam. A coisa ficará imunda (13).

O propósito das perguntas é mostrar que é muito mais fácil ficar imundo do que se tornar limpo — a pecaminosidade é mais contagiosa do que a santidade. A suma do argu-mento é que aquilo que era cerimonialmente santo não podia consagrar o que tocasse. Pelo contrário, o que era cerimonialmente imundo contaminava a pessoa em contato com isto e tudo o que ela tocasse também ficava imundo (Nm 19:11-22).

No versículo 14, Ageu faz a aplicação do ensinamento. Este povo refere-se aos ju-deus. Tudo o que ali oferecem indica especificamente o altar que fora erigido. Os judeus pensavam que o ritual ministrado na restauração do altar removia as negligênci-as e faltas cometidas. Mas Ageu prova que as coisas não são assim. As atividades que os judeus fizeram antes da construção do altar os contaminaram até o ponto de tornar imunda as suas ofertas.

É fácil ficar contaminado e difícil tornar-se limpo. Esta é a lição das respostas dos sacerdotes. As pessoas não devem pensar que a mera mudança de direção as livre das conseqüências de seus erros. O pecado pode ser perdoado, mas as conseqüências às vezes sempre estorvam. Por isso que era necessária a exortação à paciência. O povo tinha de lutar contra as dificuldades que o pecado criara. "Se o contato com uma coisa santa tem somente um efeito leve, mas o contato com uma coisa imunda tem um efeito muito maior, então os esforços em reconstruir o Templo têm de ter menos influência boa na condição dos judeus do que a influência má de toda a dedicação anterior voltada para si mesmos e os labores seculares".2

Após apresentar os princípios do governo de Deus e aplicá-los às pessoas, Ageu pas-sa a ilustrar a lição. Ele chama atenção aos 17 anos que passaram desde o retorno da Babilônia, com a seqüência de estações com colheitas ruins Deus ferira a lavoura com queimadura (17) e ferrugem, duas doenças preditas por Moisés como castigo pela desobediência (Dt 28:22). A saraiva também fora destrutiva para a videira.

Desde o dia em que se fundou o Templo do SENHOR (18), ou seja, desde que os judeus começaram a reconstruir, ainda não havia sinal natural de que a situação muda-ria. Estendemos que esta situação ainda era conseqüência dos resquícios da impureza, conforme indicam as respostas dos sacerdotes. Mas agora Deus quer mudar as circuns-tâncias do povo. Esta paráfrase dá uma interpretação clara dos versículos 18:19: "Mas agora, prestem atenção nisso: A partir de hoje, o 24 dia do mês [o dia 24 de quisleu, que corresponde a princípios de dezembro], dia em que foram colocados os alicerces do tem-plo, eu os abençoarei. Notem bem que lhes faço esta promessa antes mesmo de vocês começarem a levantar a estrutura do Templo, antes de terem colhido os cereais e antes de as uvas, os figos, as romãs e as azeitonas surgirem. A PARTIR DE HOJE EU OS ABENÇOAREI" (BV).

SEÇÃO IV

CHAMADA À FÉ

Ageu 2:20-23

A mensagem final de Ageu é dirigida somente a Zorobabel (21) e foi entregue no mesmo dia que o sermão precedente. Neste discurso, o profeta entende que este gover-nador é antecessor e tipo do verdadeiro Rei dos judeus. Para Zorobabel e — por meio dele — para a nação que representava, Deus faz uma promessa graciosa de segurança e preferência.'

Ageu vê a destruição do trono dos reinos (22; as potências mundiais), e repete a profecia de 2.6: Farei tremer os céus e a terra (21). Neste rebuliço, a posição de Zorobabel permanecerá segura e Deus firmará seu representante de confiança.

Zorobabel será o anel de selar (23) de Deus. Era um anel gravado em alto ou baixo-relevo com o nome do dono, que o guardava com cuidado extremo. Usava-se para imprimir um selo de autenticação, e tornava-se, então, símbolo de autoridade. Às vezes, um monar-ca oriental o dava para um ministro importante como sinal de confiança e autoridade (cf. Gn 41:42). A liderança de Zorobabel trará a marca característica da autoridade divina.

"As aspirações messiânicas que dantes estavam ligadas ao reino davídico, Ageu as transfere a Zorobabel, que, em virtude desta posição nomeada, torna-se um tipo de C risto".2

Muitas pessoas devem ter alimentado altas esperanças de que Zorobabel era de fato o rei messiânico, pois em nome do Senhor o profeta lhe fala: Eu te escolhi. Mas, como observa G. A. Smith, este anel de sinete de Jeová (Zorobabel) não foi reconhecido pelo mundo. Pelo visto, não despertou, sequer, a mínima atenção. Na realidade, o que temos aqui é a reafirmação da esperança messiânica judaica de um libertador divino proveni-ente da casa de Davi, que se assentaria no trono de Davi. Esta grande esperança atingiu o apogeu com o Filho de Davi — Jesus Cristo. O seu governo se elevará acima dos reinos caídos deste mundo e o seu trono será estabelecido para sempre. Amém.


Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de Ageu Capítulo 2 do versículo 1 até o 9

Promessa de Tempos Melhores; A Glória Futura do Templo (Ag 2:1-9)

Ag 2:1,Ag 2:2

Ageu 2:1-2. Tal como o subtítulo da primeira mensagem (Ag 1:1), este identifica a data, o profeta e a mensagem. A data da mensagem foi 21 de tisri (17 de outubro) de 520 A. C, quase um mês depois que o povo havia reiniciado a construção do templo (Ag 1:15). Nesse período, o progresso da reconstrução foi lento, sem dúvida por causa dos escombros que tiveram de ser limpos e jazeram ali pelo período de 60 anos. Além disso, houve a cessação do trabalho durante os numerosos festivais do sétimo mês, os sábados semanais, a festa das Trombetas no primeiro dia, o dia da expiação no décimo dia, e a festa dos Tabernáculos, Dt 15:21. Muita gente ridicularizava a idéia do segundo templo, emitindo opiniões desfavoráveis acerca da pobreza relativa do segundo templo. Em primeiro lugar, não existiam os mesmos recursos que Davi e Salomão tiveram. Em segundo lugar, faltavam os artífices especialistas que Salomão contratou. O produto terminado do segundo templo seria um substituto triste para o templo de Salomão, construído durante a época áurea da nação de Israel. De fato, na estimativa de muita gente, seria como nada. A pergunta que essa gente fazia, era: ‘'Nesse caso, para que continuar construindo?” Por outra parte, qualquer templo decente certamente seria melhor que nenhum templo. Yahweh não estava solicitando que aqueles judeus empobrecidos duplicassem a obra magnificente de Salomão, Simplesmente, esperava que eles fizessem o melhor ao seu alcance. Era óbvio que, por meio do que já fora construído do segundo templo, este não se compararia à glória do templo da época áurea de Israel; e alguns críticos insistiam em dizer aos outros precisamente isso. Suas críticas idiotas estavam desencorajando os trabalhadores e adiando o término do projeto.

Ag 2:4
Ora, pois, sê forte, Zorobabel, diz o Senhor, e sê forte, Josué, filho de Jeozadaque.
Contudo, a palavra de Josué se fez ouvir a fim de encorajar e fortalecer. Todas as camadas da sociedade judaica foram encorajadas: Zorobabel, o governador civil; Josué, o sumo sacerdote, o principal líder religioso; e o remanescente que saíra da Babilônia, Ver Ag 1:12 ; Ag 2:2, quanto à mesma interrupção do trabalho feita pelos que estavam trabalhando. Tudo o que nos é dito é que Yahweh estava com eles para garantir um resultado agradável do trabalho. Quem garantia isso? Yahweh dos Exércitos, Esse título aparece 14 vezes neste pequeno livro de Ageu, o que mostra que se trata de um título divino que Ageu normalmente usou. Subentende poder e controle, como também é destacado o fato de que Deus estava com eles. Ver Ag 1:13, onde anoto sobre esse conceito. A presença de Deus expulsaria todo o temor debilitante; e, pelo contrário, fortalecería a resolução deles; daria a eles os recursos necessários; e garantiría o êxito deles. Porém, eles teriam de ser fiéis à missão que lhes fora conferida; e a missão não era pequena: construir o segundo templo de Jerusalém. Esse templo permanecería quase até os tempos de Jesus e então seria substituído peio magnificente templo de Herodes.

A Importante Lição Deste Versículo. Cada indivíduo é chamado para realizar sua missão ao máximo de sua capacidade. Ele não tem a responsabilidade de duplicar a missão de outrem, nem será julgado por aquilo que alguém fez ou está fazendo. Além disso, Deus, em Sua misericórdia, dá a cada homem algo de valor para fazer, pelo que todo o louvor cabe a Yahweh dos Exércitos. Considerando todos esses fatores, concluímos que a vida é digna de ser vivida.

Ag 2:5
Segundo a palavra da aliança que fiz convosco, quando saístes do
Egito.
Yahweh firmou um pacto com Israel, quando aquele povo foi tirado com sucesso do Egito. Quanto ao fato de que Yahweh livrou o povo de Israel do Egito, o que atuou como lição objetivo de Seu poder e amor, ver Dt 4:20. Essa declaração se encontra cerca de 20 vezes, somente no livro de Deuteronômio. O pacto assim feito foi o pacto mosaico, sobre o qual comento na introdução a Êxo. 19. Sem a ação do Espírito de Deus, não teria havido livramento do Egito nem a subseqüente possessão da Terra Prometida. O Pacto Abraâmico (ver Gn 15:18 quanto às notas expositivas a respeito) teria caído por terra. Da mesma forma que o Espírito do Senhor fizera maravilhas no passado, assim também Ele faria outras maravilhas nos dias de Ageu. O segundo templo estava em construção. Israel estava sendo restaurado, depois de ter vivido um capítulo quase fatal de sua história. Ademais, essa restauração era o prelúdio de uma restauração ainda maior, que terá ocasião na era do reino de Deus, conforme mostram os versículos seguintes.

Não temais. A presença divina e Suas operações entre os homens removem o temor, porquanto, se Ele estiver conosco, quem será contra nós?

Que diremos, pois, à vista destas cousas? Se Deus é por nós,
quem será contra nós?

(Rm 8:31)

“Não temer é um motivo comum nos oráculos de salvação (conforme Is 41:10; Is 43:1)” (F. Duane Lindsey, in loc.).

Ag 2:6

Ainda uma vez, dentro em pouco, farei abalar o céu, a terra, o mar e a terra seca. Yahweh dos Exércitos, títuio divino usado 14 vezes no iívro de Ageu, promete acontecimentos cósmicos relacionados aos Seus julgamentos. Conforme isso ao uso dos profetas anteriores (Os 10:8; Is 13:13; Mq 1:4). Cataclismos de alcance mundial são esperados como prelúdio da vinda da era messiânica. Alguns intérpretes fazem essas coisas ser literais, mas outros vêem perturbações entre os poderes terrenos simbolizados por essas descrições."... as revoltas que acompanharam a subida de Dario ao trono da Pérsia” (D. Winton Thomas, In loc.). Outros intérpretes, porém, vêem aqui menção a terremotos literais, simbolizando a intervenção sobrenatural de Deus (ver Isa. 2:12-21; Ez 38:20; Am 8:8; Ag 2:21). Conforme Jl 3:16 e Mt 24:29,Mt 24:30. Ainda outros estudiosos vêem aqui os símbolos do Armagedom (ver Zac. 14:1-4). He 12:26 citou o presente versículo, adicionando ainda que o reino de Deus não poderá ser abalado (ver He 12:28).

Ag 2:7

Farei abalar todas as nações, e as cousas preciosas de todas as nações, virão. Novamente é repetida a idéia de que todas as nações serão abaladas, o que interpreto nas notas sobre o vs. Ag 2:6. Este versículo parece falar da naturalidade da questão, ao referir-se aos eventos cósmicos, ligando-os com o abalo das nações. Ou então teremos de dizer que haverá tanto cataclismos cósmicos quanto cataclismos físicos e sociais. Seja como for, coisas terríveis e temíveis estão preditas como prelúdios ao estabelecimento da era do Reino.

Cousas preciosas de todas as nações. Nossa versão portuguesa apresenta aqui a tradução correta, contra a King James Version, uma versão inglesa da Bíblia, que traz o singular, “o desejado de todas as nações”, que traduz erroneamente o hebraico, dando um singular em lugar do plural. No hebraico original, tanto o substantivo quanto o verbo estão no plural. O “desejado de todas as nações” tornou-se uma profecia messiânica favorita para o mundo de fala inglesa, pois essa expressão é ali interpretada como referência ímpar ao Messias. Há tantas referências messiânicas diretas que é ridículo insistir que existe uma referência onde não há nenhuma. A mensagem é que o reino de Deus, o reino do milênio, trará coisas preciosas às nações, visto que através do julgamento a restauração emergirá. Alguns estudiosos pensam que as coisas preciosas refe-rem-se às riquezas materiais trazidas ao templo de Jerusalém, uma vez que o vs. Ag 2:8 menciona a prata e o ouro. Os templos eram depósitos de riquezas e de tesouros. O templo de Jerusalém será cheio da glória do Senhor, bem como de tesouros materiais recolhidos dentre as nações. Assim diz a NCV: “Todas as nações trarão suas riquezas”. Conforme este versículo com Is 60:7,Is 60:13. A glória será a glória shekinah (ver Ex 40:34,Ex 40:35; 1Rs 8:10,1Rs 8:11). Ver no Dicionário o verbete chamado Shekinah.

O fato de que as nações trarão suas riquezas a Israel, honrando a Yahweh, indicará a conversão e a restauração delas. Conforme Mq 4:1,Mq 4:2, um paralelo direto do pensamento do presente versículo.

Ag 2:8
Minha
é a prata, meu é o ouro. As nações trarão sua riqueza ao templo, o que pode ter sido originalmente uma das esperanças relativas ao segundo templo, que estava sendo construído, de que ele seria assim honrado. Mas, como isso não aconteceu, a passagem tem sido usada como aplicação à era do reino de Deus e do milênio. Ver minha interpretação sobre o vs. Ag 2:7. O presente versículo pode ter sido originalmente uma promessa de que o segundo templo teria recursos suficientes para sua construção. Nesse caso, é um significado a curto prazo, ao passo que o significado a longo prazo olha para os últimos dias, sendo possível que tenhamos aqui a menção literal a um templo que será ediíicado durante o reino milenial, o templo do milênio, pelo menos na opinião de alguns. Quanto à idéia de que todas as coisas, em última análise, pertencem a Deus, ver 41:11 e Sl 50:12. A pobreza relativa do segundo templo seria anulada pela riquezas das nações, que seriam oferecidas ao templo, tornando-o rico, mas talvez seja necessário um longo tempo para que isso se cumpra literalmente. Conforme Êxo. 33.

Ag 2:9

A glória desta última casa será maior do que a da primeira. Visto que a glória do segundo templo não foi maior que a glória do primeiro, e também visto que Israel nunca mais atingiu a época áurea trazida por Salomão, os intérpretes continuam a ver profecias escatológicas nesta passagem, o que ilustro nas notas sobre os vss. Ag 2:7 e 8. Yahweh dos Exércitos falou a palavra, pelo que essas coisas certamente se cumprirão. O título divino de “Yahweh dos Exércitos”, que ocorre 14 vezes no pequeno livro de Ageu, aparece 2 vezes no presente versículo. O Deus dos Recursos infinitos fará Seu templo rico e altamente honrado. Haverá prosperidade sem precedentes. A menos que estejamos falando em termos de hipérbole oriental, temos de atribuir tais profecias à era do reino de Deus, ou milênio, conforme alguns preferem dizer. Ver no Dicionário o verbete denominado Milênio.

“As bênçãos da era messiânica são sumariadas em uma palavra — paz —'neste lugar darei a paz’. O ‘lugar’ aqui referido provavelmente é Jerusalém, e não apenas o templo. Uma paz permanente em Jerusalém resultará somente na presença do Príncipe da Paz (ver Is 9:6; Zc 9:9,Zc 9:10)” (F. Duane Lindsey, in loc.).


Champlin - Comentários de Ageu Capítulo 2 versículo 5
O profeta recorda o compromisso firmado por Deus com o povo quando o libertou da escravidão no Egito (Ex 29:45-46). Assim como o SENHOR esteve presente no meio deles durante a travessia pelo deserto (Ex 13:21-22; Ex 14:19), também estará, da mesma forma, durante a reconstrução do templo, segundo as promessas que havia feito (Dt 7:7-8; Dt 10:14-15).

Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Ageu Capítulo 2 do versículo 1 até o 15
*

2.1-9 O Senhor novamente fala ao povo, desta vez encorajando-o a continuar construindo. Relatos acerca da suntuosidade do templo destruído de Salomão aparentemente foram a origem de desencorajamento (v. 3). O Senhor primeiramente assegurou-lhes de sua contínua presença no meio deles — uma promessa para o presente (vs. 4, 5). Em segundo lugar, ele garantiu-lhes acerca do objetivo futuro de seu projeto (vs. 6-9). Embora parecesse humilde em comparação, a glória deste templo iria finalmente exceder a do templo de Salomão, pois seria agraciada com a presença do próprio Messias (v. 9, nota).

*

2.1 sétimo mês... vigésimo-primeiro. 17 de outubro de 520 a.C. De acordo com Lv 23:33-43, este era o último dia da Festa dos Tabernáculos, durante a qual o povo de Deus devia se alegrar pela provisão divina para eles no deserto e as bênçãos da colheita. Não havia muito para se alegrar, todavia, visto que sua colheita havia sido insignificante (1.11).

* 2.2 ao resto do povo. O primeiro sermão de Ageu foi dirigido aos líderes porque eles tinham que iniciar o trabalho. O povo está incluído aqui porque esta mensagem pretendia encorajá-los na tarefa que tinham em mãos.

* 2.3 esta casa na sua primeira glória. Os versículos 1:3 sugerem que o povo estava desencorajado pela relativa falta de esplendor do novo templo (conforme 2Cr 3; 4) e pela dificuldade da tarefa diante deles.

* 2.4 sê forte. A repetição tripla acrescenta ênfase a essa ordem. Ordens semelhantes fizeram parte da construção do templo de Salomão. (13 22:13'>1Cr 22:13; 13 28:20'>28:20; conforme Gl 6:9).

eu sou convosco. A presença do Senhor e sua força sustentadora garantem o sucesso definitivo da empreitada deles.

*

2.5 da aliança que fiz convosco. As promessas da Aliança de Deus, feitas durante d Êxodo do Egito, agora asseguram o povo de sua presença (cf. Êx 33:12-17; Nm 11:16-17). Seu poderoso Espírito está presente, da mesma maneira que nos dias da grande libertação do Egito.

* 2.6 Ainda uma vez... farei abalar. Como é comum nos profetas, o futuro próximo e distante estão em foco. Aqui as referências à gloria do segundo templo estão justapostas com um quadro do julgamento universal final sobre o cosmos. Enquanto este abalo pode ser prefigurado pelos eventos políticos que ocorreram um pouco depois do tempo de Ageu (ex., a derrota dos persas pelos gregos), o abalo final da ordem criada ainda está por vir (Hb 12:26-28).

* 2.7 coisas preciosas de todas as nações. Ver referência lateral. Embora o termo hebraico traduzido por “coisas preciosas” (ou: “desejo”) possa referir-se a uma pessoa (i.e., o Messias), o contexto imediato aqui favorece uma referência a coisas desejadas por todas as nações (i.e., “coisas preciosas para eles”). O versículo 8 fala de tais coisas preciosas, e o decreto do rei Dario, durante cujo reinado Ageu ministrou, refere-se a coisas preciosas sendo contribuídas para o projeto de construção do templo (Ed 6:3-5, 8-9). Aqui Ageu provavelmente está ecoando a promessa de Isaías a respeito de um Israel enriquecido pela fartura das nações (Is 60:5). Em outras palavras, ele fala da era messiânica.

encherei de glória esta casa. A intenção de Deus é honrar a si mesmo pela manifestação de sua gloriosa presença perante “todas as nações.” Quando a presença de Deus enche o templo, as nações vêm para a luz (Is 2:3-5; 60:3).

* 2.8 a prata... o ouro. Sendo o possuidor soberano de todas as coisas (conforme Sl 24:1; 50.9-12), Deus realizará a sua própria glorificação bem como a herança do seu povo da riqueza das nações (Is 60:5). Ver nota no v. 7.

*

2.9 glória. Esta promessa de uma glória maior é cumprida em Cristo, a maior manifestação da presença e glória de Deus (Ml 3:1; Jo 1:14). Cristo concede a sua glória à sua igreja, o novo templo de Deus (Ef 2:21; 3:20, 21).

neste lugar, darei a paz. Esta paz (hebraico shalom) significa mais do que a simples ausência de conflito. Ela implica prosperidade e uma sensação de total bem-estar. Cristo concede a paz aos crentes hoje (Jo 14:27), mas o cumprimento definitivo e total aguarda pelo tempo quando o Senhor Deus Todo-poderoso e o Cordeiro forem o templo da Nova Jerusalém (Ap 21:22).

* 2.10 vigésimo-quarto dia do mês nono. A seqüência do tempo é importante para interpretar a terceira mensagem, que começa com uma nota de julgamento (vs. 10-14). O povo havia se arrependido e começado a trabalhar em 21 de setembro de 520 a.C. (1.15), e Ageu trouxe a mensagem de encorajamento em 17 de outubro do mesmo ano (2.1-9). Aqui, em 18 de dezembro, ele traz outra mensagem de condenação. O povo não tinha visto ainda a questão mais profunda — sua corrupção diante do santo Deus. Isto é coerente com o chamado de Zacarias de retorno ao Senhor, pronunciado depois de terem começado a trabalhar no templo (Zc 1:3-6).

* 2.11-14 Esta porção do terceiro sermão de Ageu, enfatizando a grave corrupção do povo e de seus esforços, desenvolve uma lição prática tomada da lei cerimonial mosaica. As questões dirigidas aos sacerdotes mostram que embora a santidade cerimonial não seja transferível (v. 12), a corrupção cerimonial o é (v. 13). Ageu então aplica aos seus ouvintes a lição das perguntas anteriores (v. 14). Eles corromperam o trabalho do templo e suas ofertas por que sua alienação de Deus era muito maior do que eles imaginavam. A mera presença de um templo reconstruído não iria torná-los santos como povo (conforme Jr 7:3-7); Deus exige mudança genuína de coração e vida, não apenas mera conformidade exterior.

* 2.15 Agora. Esta palavra assinala uma transição entre a acusação e a bênção. Apesar de seu passado corrompido, o santo Deus estava determinado a abençoá-los (v. 19).

*

2.17 Eu vos feri... saraiva. Este versículo baseia-se em Am 4:9. Desastres naturais como esse e a ausência de produtividade agrícola, o amargo fruto da desobediência à Aliança do Senhor (1.6, nota; Dt 28:22), eram o modo de Deus chamar a atenção do seu povo.

* 2.19 vos abençoarei. A graça de Deus supera o pecado e a corrupção do seu povo. Embora ele os discipline, no fim a misericórdia triunfa sobre o julgamento.

* 2.20-23 Este último dos sermões de Ageu, proferido no mesmo dia que o anterior (v. 10), retorna ao tema da glória do templo nos dias futuros (v. 6, nota). Novamente os eventos futuros estão em foco quando Ageu entrelaça alusões à vinda do Messias (v. 23) com referências ao abalo do cosmos e a vitória final de Deus sobre as nações (vs. 21, 22).

* 2.22 derribarei. Os poderes militares e políticos das nações finalmente se submeterão ao senhorio de Deus (Dn 2:44; 7:27).

*

2.23 Naquele dia. Ver nota em Zc 12:3.

servo meu. Zorobabel era o representante escolhido de Deus para realizar o seu trabalho. Isaías falou de um Servo maior que viria, o qual Zorobabel prenuncia (Is 42:10). Jesus é tanto descendente de Zorobabel (Mt 1:12) quanto Servo de Deus (At 4:27-30).

anel de selar. Este era um símbolo de autoridade e poder. Jeremias usa o termo para referir-se àquele que é precioso a Deus (Jr 22:24).


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Ageu Capítulo 2 do versículo 1 até o 23
2.1-9 Esta é a segunda mensagem do Hageo, pronunciado durante a Festa dos Tabernáculos, em outubro de 520 a.C. Os anciões podiam recordar a incrível beleza do templo do Salomão, destruído 66 anos antes. Muitos se desalentaram devido a que a reconstrução era inferior a do Salomão. Mas Hageo os respirou com uma mensagem de Deus que revelava que o esplendor de seu templo ultrapassaria o do anterior. A parte mais importante do templo era a presença de Deus. Quinhentos anos mais tarde, Jesus caminharia nos átrios do templo.

2:4 "Esforcem-se e trabalhem". Judá já tinha retornado à adoração de Deus e O tinha prometido benzer seus esforços. Agora, era o tempo em que eles deviam trabalhar. Devemos ser pessoas de oração, estudar a Bíblia e render culto a Deus; mas à larga devemos fazer o que Deus tem em memore para nós. O quer trocar ao mundo por meio de nós. Deus deu a você uma tarefa para realizá-la na igreja, em seu trabalho e em sua casa. chegou o tempo no que deve esforçar-se e trabalhar!

2:5 Os israelitas tinham sido levados do cativeiro no Egito a sua Terra Prometida. Eram o povo escolhido de Deus, a quem O cuidava e guiava. Nunca os abandonou, apesar de seus pecados (Exodos 29:45-46).

2:6 Quando Deus prometeu estremecer a todas as nações com seu julgamento, estava falando tanto do julgamento presente sobre as nações malvadas como do julgamento futuro dos últimos dias.

2.6-9 A ênfase troca da reconstrução do templo em Jerusalém ao reino mundial do Messías sobre a terra. As palavras "daqui a pouco" não estão limitadas ao contexto histórico imediato; referem-se ao controle de Deus sobre a história: O pode atuar em qualquer momento que O escolha. Deus atuará em seu tempo (Hb_12:26-27).

2.7-9 O Desejado de todas as nações (literalmente, "os Tesouros" ou "aquele que é escolhido") tem dois significados possíveis: (1) refere-se ao Messías, Jesus, quem, 500 anos mais tarde, entraria no templo e o encheria com seu esplendor e sua paz. (2) Também pode referir-se à riquezas que fluiriam no templo, dadas como bênções para o povo de Deus.

2.8, 9 Deus queria que o templo fora reconstruído e O contava com os recursos para fazê-lo, mas necessitava mãos dispostas. Deus decidiu levar a cabo sua obra por meio das pessoas. O proporciona os recursos, mas mãos dispostas devem realizar a obra. Estão suas mãos à disposição da obra de Deus no mundo?

2.10-19 O exemplo dado nesta mensagem (dado em dezembro de 520 a.C.) esclarece que a santidade não afeta a outros, mas a contaminação sim. Agora que o povo estava começando a obedecer a Deus, O prometeu que os benzeria. Mas precisavam compreender que as atividades no templo não limpariam seu pecado; só o arrependimento e a obediência podiam limpá-lo. Se insistirmos em albergar más atitudes e pecados ou se mantivermos relações estreitas com gente pecadora, poluiremo-nos. A vida Santa virá unicamente quando formos facultados pelo Espírito Santo de Deus.

2:14 Quando um menino come molho de espaguete, não passa muito tempo para que a cara, as mãos e a roupa estejam vermelhas. O pecado e as atitudes egoístas produzem o mesmo resultado: mancham tudo o que tocam. Inclusive as boas obras que fazemos para Deus podem manchar-se por atitudes pecaminosas. O único remédio é a purificação de parte de Deus.

2.18, 19 O povo construiu os alicerces do templo e imediatamente Deus os benzeu. Não esperou até que o projeto fora terminado. Freqüentemente, Deus envia sua bênção quando damos nossos primeiro passos. O está preparado para nos benzer!

2.20-23 A mensagem final do Hageo reconhece que Hageo é somente um mensageiro que leva a palavra do Senhor. Está dirigido ao Zorobabel, o governador do Judá.

2:23 Se usava um anel com selo para garantir a autoridade e a autenticidade de uma carta. Servia como assina quando era estampado em cera suave em um documento escrito. Deus estava reafirmando e garantindo sua promessa de um Messías que viria da linha do Davi (Mt 1:17).

2:23 Deus fecha sua mensagem para o Zorobabel com esta afirmação tremenda: "Porque eu te escolhi!" tal proclamação é também para nós, cada um de nós fomos escolhidos Por Deus (Ef 1:4). Esta verdade deve nos fazer ver nosso valor aos olhos de Deus e nos deve motivar para que trabalhemos para O. Quando se sentir deprimido, recorde, "Deus me escolheu!"

2:23 A mensagem do Hageo para o povo procurava que reorganizassem suas prioridades, ajudá-los para que deixassem de preocupar-se e motivá-los para que construíram o templo. Ao igual a eles, freqüentemente colocamos nossa comodidade pessoal em uma prioridade mais alta que a obra de Deus e a verdadeira adoração.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Ageu Capítulo 2 do versículo 1 até o 23
II. O DESAFIO DE SER FORTE (Ag 2:1 , Lv 23:39 ). O contraste entre a colheita abundante de anos anteriores eo atual colheita escassa tenderia a levar ao desânimo. Também gostaria de acrescentar força para o contraste da glória do antigo templo e que, por um então em construção. Ageu, percebendo isso, é inspirado para enviar um desafio de encorajamento. Ele teve que contar com o fato de que o mais velho da comunidade se lembrou da antiga glória. Para que sua decepção no presente casa do Senhor impregnar os ajustando agora a trabalhar, ele grita: Seja forte, Zorobabel ..., ... ser forte, ... Josué, ... ser forte, todos os povos. Ele está incentivando-os a ser forte (chazaq , "ser firme") em seus espíritos (conforme Js 1:6 ). Esta fase da restauração seria concluído por Herodes, o Grande, no início da era cristã. Em um sentido mais amplo e mais espiritual, no entanto, que ela se cumpra apenas em Jesus Cristo no fim dos tempos (conforme He 12:25 ). Só então é que o povo de Deus verdadeiramente tem paz (v. Ag 2:9 ).

Com efeito, Ageu está dizendo: "Camaradas, ser forte. Não deixe que o desânimo e decepções impedi-lo em sua missão dada por Deus. Você está trabalhando com o Senhor dos exércitos, o todo-poderoso. Lembre-se que Deus sempre tem algo melhor para hoje do que em qualquer dia passado. Seja forte! Trabalhe! Não temais! "

III. O DESAFIO PARA CONSIDERAR (Ag 2:10 Está ainda semente no celeiro? sim, a videira, a figueira, e romã, e a oliveira não têm trazido; desde este dia vos abençoarei você .

O terceiro desafio veio no nono mês, no dia vinte e quatro, três meses após o trabalho no templo tinha sido retomada (conforme Ag 1:15 ). Aparentemente, estes três meses tinha sido gasto na limpeza e aperfeiçoar os fundamentos do templo, que havia sido iniciada 14 anos antes (conforme Ag 2:15. , Ag 2:18 com Ed 3:8 ). O nono mês, o nosso final de novembro e início de dezembro, foi o momento em que a chuva temporã regado a terra. Os últimos anos de colheita escassa tinha feito as pessoas profundamente ansioso. Então Ageu encorajou-os com o anúncio de que a conclusão das fundações marcou um ponto de viragem na sua prosperidade. Considere a partir de hoje e para trás (vv. Ag 2:15 , Ag 2:18 ). É verdade que foi um dia memorável! Antes ele tinha havido privação e quer; depois viria a prosperidade.

Nos versículos 10:14 , a palavra chave é imundo (usado quatro vezes). No versículo 14 , que designa a característica marcante de Judá. Nos versículos 15:19 , a palavra chave é considerar. Letargia e pecaminosidade no meio de Israel estavam contaminando seus corpos, sua adoração, suas orações, seus sacrifícios, suas culturas de tudo. Mas agora, por causa de sua obediência, a situação seria diferente. A partir deste dia eu vou te abençoe é a promessa do Senhor dos Exércitos. Considere o fato que Ele está prestes a fazer!

IV. O DESAFIO DE ACREDITAR (2: 20-23)

20 E a palavra do Senhor veio pela segunda vez a Ageu, aos vinte e quatro dias do mês, dizendo: 21 Fala a Zorobabel, governador de Judá, dizendo: Farei tremer os céus ea terra; 22 e eu vou derrubar o trono dos reinos; e destruirei a força dos reinos das nações; e eu vou derrubar os carros, e aqueles que montar neles; e os cavalos e os seus cavaleiros cairão, cada um pela espada do seu irmão. 23 Naquele dia, diz o Senhor dos Exércitos, se eu tomar a ti, ó Zorobabel, servo meu, filho de Sealtiel, diz o Senhor, e vontade fazer-te como um anel de selar; porque te escolhi, diz o Senhor dos exércitos.

A última mensagem de Ageu foi o de um indivíduo, Zorobabel, como a cabeça e representante da nação judaica, e como um tipo da vinda Rei, o Messias. Ele é dada a garantia de que, enquanto os reinos de todos os lados serão terrivelmente abalados (conforme vv.Ag 2:21 , Ag 2:22 ; Ag 1:15 Zech. , 21 ; Zc 2:9 ). Eu te escolhi, Ele diz. Zorobabel foi escolhido, assim como Davi foi escolhido, para estar na linha ancestral do Messias (conforme Mt 1:12 , Lc 3:27 ). Esta posição escolhida é o coração da bênção prometida: . Eu ... te farei como um anel de selar O anel de sinete era uma marca de grande honra de um rei nos dias antigos, evidenciando a confiança e conferindo autoridade (conforme Gn 41:41 ; 8: 2 ).Motorista afirma que as aspirações messiânicas que anexados anteriormente ao reino davídico são atribuídos por Ageu, a Zorobabel, que se torna, em virtude da posição, assim, dado a ele, um tipo de Cristo.

O que isso significa para a nação judaica? Escolha de Jeová de Zorobabel também inclui a escolha dos judeus como a nação da qual ele era cabeça. Assim Judá, escolhidos de Deus, é incentivada a descansar com segurança na certeza do favor de Deus como Ele desenvolve seus propósitos maravilhosos. Sabemos que a favor foi o presente do Salvador ao mundo.

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Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de Ageu Capítulo 2 do versículo 1 até o 23
II. Olhar para trás, em vez de olhar adiante (2:1 -9)

Em 21 de outubro, o último dia da Festa dos Tabernáculos (Lv 23:34), o povo já trabalhava havia, mais ou menos, sete semanas, quando Ageu fez seu segundo sermão. Esse de-veria ser um dia de muita alegria e louvor, no entanto foi um dia de de- sencorajamento e murmuração. Por quê? Porque o povo olhava para trás, em vez de olhar adiante. Dezesseis anos antes, quando lançaram a fun-dação do templo, um velho chorou porque se lembrou do templo de Salomão (Ed 3:12), e agora algumas pessoas sentiam-se desanimadas porque o templo novo não tinha o mesmo esplendor e glória.

Claro, a condição do povo era conseqüência de seus pecados, mas isso ainda não era motivo para olhar para trás. No trabalho de Deus, de-vemos, pela fé, olhar adiante. O Senhor disse aos líderes desenco-rajados: "Sê forte [...] não temais. Farei abalar o céu, a terra [...] e en-cherei de glória esta casa". Veja He- breus 12:26-29. Deus promete que a glória da última casa (o templo do reino do milênio) superará em mui-to a glória da casa antiga (o templo de Salomão). "E, neste lugar, darei a paz." O melhor ainda está por vir.

  • Fracassar em confessar os pecados (2:10-19)
  • As pessoas esperavam bênçãos ma-teriais no mesmo dia em que come-çaram a trabalhar no templo, con-tudo já era 24 de dezembro, e as coisas continuavam difíceis. Ageu explica por que o Senhor ainda não as abençoou: elas ainda estão imun-das, não confessaram seus pecados. O profeta explicou: você não pode dar a alguém sua santidade e saúde, mas pode dar sua imundícia e do-ença. Como o povo estava imundo, a obra dele era imunda (v. 14). Leia

    Zc 3:0), apenas um mês antes deAg 2:10-37. Deus podia lavar os pecados do povo apenas se ele se arrependesse.

    Deus promete abençoar a na-ção quando ela estiver purificada (v. 10). Não basta apenas fazermos o trabalho de Deus; é necessário que o façamos com mãos limpas e coração puro. Um dos maiores obstáculos na realização do traba-lho do Senhor é o pecado não con-fessado.

  • Ser descrente (2:20-23)
  • Essa mensagem final foi transmitida no mesmo dia da terceira mensa-gem e dirigia-se ao governador. Sem dúvida, Zorobabel precisou de um encorajamento especial quando di-rigiu o trabalho do Senhor. Satanás sempre ataca os líderes espirituais, e temos a obrigação de orar por eles e de trabalhar com eles. Talvez Zoro-babel visse os grandes impérios ini-migos à volta deles e temesse pelo futuro desse pequeno remanescen-te de judeus. As circunstâncias en-contram um jeito de nos desanimar quando temos de fazer o trabalho do Senhor.

    Todavia, Deus encorajou a fé do governador. A descrença sempre nos rouba as bênçãos do Senhor. O Senhor afirmou: "Farei abalar o céu e a terra; derribarei o trono dos rei-nos e destruirei a força dos reinos das nações [...]. Ó Zorobabel [...] te farei como um anel de selar, porque te escolhi". Como essa mensagem deve ter encorajado o governador e fortalecido sua fé!

    Zorobabel era ancestral de Je-sus Cristo. Seu nome consta das ge-nealogias de nosso Salvador no NT (veja Mt 1:12 e Lc 3:27). No Antigo Testamento, Zorobabel é um tipo, ou retrato, de Cristo. Essa passagem mostra Cristo como o anel escolhi-do, seu selo precioso. O anel fala de autoridade e honra. Deus deu autoridade a Zorobabel para termi-nar o templo; o Senhor deu também autoridade a seu Filho para salvar o perdido e construir seu templo, a igreja (Jo 1:7-1 -3).

    Que trabalho Deus o chamou para fazer antes do retorno de Cris-to? Você já o iniciou, mas ainda não o concluiu? Você sente-se desenco-rajado? Então, atente para estes pe-cados que retardam o trabalho do Senhor: pôr a si mesmo à frente do Senhor; olhar para trás, em vez de olhar para adiante; esconder os pe-cados e ser descrente. Mas observe a promessa magnífica que Deus nos faz: "Eu sou convosco" (1:13); "Não temais" (2:5); "... vos abençoarei" (2:1 9); "... te escolhi" (2:23). Reivin-dique a promessa deFp 1:6, levante-se e faça o serviço do Se-nhor!


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Ageu Capítulo 2 do versículo 1 até o 23
    2.1- 9 A terceira mensagem. Pouco mais de um mês mais tarde, uma boa parte do trabalho tinha sido feita no templo onde o profeta entregava sua terceira mensagem.

    2.3 De acordo comEd 3:12, muitos cabeças de famílias já idosos, que haviam visto o templo de Salomão antes de sua destruição pelos babilônios, derramaram lágrimas quando o alicerce tão pequeno foi lançado para o novo templo.

    2.4,5 Eles estavam desanimados, mas o Senhor os desafiou: ''sê forte"; "trabalhai', "não temais”. Deus busca a fidelidade; não requer tanto o nosso sucesso (1Co 4:2; 1Co 15:58). 2,:6-9 Este trecho trata de uma grande profecia acerca do futuro.

    2.7 Ainda que haja divergência de opinião sobre este versículo, o verbo virão, no plural (apoiado nos melhores textos originais), indica que coisas preciosas referem-se ao tesouro que os gentios virão trazer a casa do Senhor. Dificilmente referir-se-ia à vinda do Messias (conforme a frase, "o Desejado de todas as nações", na EREC). O cumprimento desta profecia se deu literalmente na reconstrução de Herodes, o Grande, quando tornou este edifício insignificante numa das maravilhas do mundo da antigüidade (conforme Jo 2:19, Jo 2:20).

    2.8 Minha... ouro. Todas as riquezas do mundo estão sob o controle do Senhor. Um dia prestaremos contas da nossa mordomia sobre todas as coisas emprestadas para nós pelo Criador.

    2.9 Neste lugar darei a paz. O significado final e completo desta promessa só se realizou por meio de Jesus Cristo que visitou muitas vezes este templo (reconstituído) 500 anos ma s tarde. Este tema da grande passagem de Paulo sobre a paz com Deus, oriunda da morte de Cristo na cruz (Ef 2:12-49).

    2:10-19 A quarta mensagem (10-13) A pergunta de Ageu acerca da contaminação e santificação, e a resposta. O pecado e a imundície são contagiosos, mas a santidade purifica.
    2.14 A aplicação. Todos os seus trabalhos e oferendas eram impuros porque eles se achavam nessa condição de impureza. Por isso a adversidade persiste. Com a retificação desta falta, Deus começaria "desde este dia” a abençoar o Seu povo (19).
    2:15-19 O Senhor desafia-os para prová-los; se eles abandonarem o mal, Ele será fiel e abençoará o seu povo.
    2:20-23 A quinta mensagem. A mensagem do Senhor a Zorobabel fala sobre a vinda do julgamento e faz a ele promessa de uma honra especial.

    2.21 Zorobabel é o representante da linhagem de Davi e, portanto, ancestral legítimo de Cristo, na carne (conforme Ag 1:1; Ed 5:1-15; Mt 1:12-40).

    2.2 A certeza do julgamento divino (Ez 2:34-27, Ez 2:44, Ez 2:45; Ap 19:11-66).

    2.23 O Senhor colocará Zorobabel num lugar de honra, através do Messias, porque o Senhor o havia escolhido para renovar o Seu pacto com a linhagem de Davi (2Sm 7:12).


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Ageu Capítulo 2 do versículo 1 até o 23
    III. O PROPÓSITO UNIVERSAL DE DEUS (2:1-9)

    17 de outubro de 520 a.C.

    Quase um mês depois, a voz profética foi ouvida novamente. O momento era importante. Tempo suficiente havia passado para que o primeiro entusiasmo desvanecesse, e progresso suficiente havia sido feito para que o povo percebesse os seus próprios problemas práticos e limitações, e isso começou a desanimar os trabalhadores. Alguns homens idosos entre eles talvez até tivessem lembranças do antigo templo, e as lembranças desses idosos certamente acrescentaram brilho às coisas do antigo templo que estavam faltando no novo. Para todos eles, os longos anos de tradição e de associações sagradas do antigo templo devem ter estado lamentavelmente ausentes naquilo que suas mãos estavam agora formando. Deus, como sempre, está perto das dúvidas e fraquezas do seu povo.

    O encorajamento vem tanto em retrospectiva quanto em perspectiva. As mais profundas lembranças raciais do povo são agitadas por um lembrete das suas raízes nacionais no grande livramento do êxodo. O que eles viram acontecendo, a obra que suas próprias mãos estavam forjando, não deveria ser desprezado, pois era parte da sua longa experiência nacional da fidelidade e do amor leal do seu Deus. O paralelo é reforçado pela mensagem a Josué (v. 4), que faz eco ao encorajamento semelhante dado a outro Josué e a Israel quando entraram na terra prometida muitos séculos antes (Js 1:5,Js 1:6). Aquilo de que eles mesmos faziam parte era mais um exemplo do cumprimento tangível e visível das promessas antigas à sua raça. São também promessas que prefiguram as promessas mais amplas do evangelho (Mt 28:20; Jo 14:23-43).

    A retrospectiva conduz à perspectiva. O Senhor dos Exércitos (um nome de grande impacto que, evidentemente, era um dos favoritos de Ageu) era Senhor da terra e das nações. Assim como o templo de Salomão havia sido preenchido com riquezas de muitas nações, essa nova construção também seria enchida com os tesouros delas, até que suplantasse o seu predecessor. Não eram todos os tesouros da terra possessão do seu Deus (v. 8)?

    Observações, (a) A tradução do v. 7 em algumas versões (nr. da NVI: “o desejado de todas as nações”; assim também a ARC) traz nuanças messiânicas. Mesmo sendo uma tradução enganosa, e provavelmente incorreta, do sentido original evidente (v. “As versões antigas”, p. 17), nenhum cristão que lê esses versículos pode deixar de refletir que o tesouro e o esplendor, de que os contemporâneos de Ageu nem poderiam sonhar, iriam de fato honrar o lugar em que eles estavam trabalhando, na pessoa do humilde Filho do homem. Em sentido literal, os subsídios generosos de Dario já mencionados (v. Ed 6:8,Ed 6:9) teriam dado ao povo um sentimento incipiente do cumprimento da profecia: cumprimentos posteriores da profecia viriam séculos mais tarde por meio das esplêndidas extravagâncias com que o notório Herodes tentou comprar a lealdade dos judeus (v. Jo 2:20). Mas, para a compreensão cristã, o cumprimento supremo certamente foi quando o visitou aquele que não possuía tesouro terreno algum, e a rejeição de quem causou a sua destruição (Mt 24:1,Mt 24:2).

    (b) v. 9.paz: a palavra multifacctada shãlôm, abarcando paz, justiça e completude.

    IV. O FAVOR IMERECIDO DE DEUS (2:10-19)

    18 de dezembro de 520 a.C.

    Mais dois meses se passaram, e quase quatro desde a primeira profecia de Ageu. Esta próxima seção do livro contém o enigma mais difícil. Qual foi o pretexto e o tópico que causaram o estranho questionamento de rituais dos v. 10-14? Como vimos, alguns comentaristas sugeriram a solução de uma corrupção textual hipotética, e sugerem que os v. 15-19 estavam associados originariamente à segunda profecia, seguindo o v. 13 do cap. 1 (e fazendo a emenda do mês em 2.18). A sugestão tem apelo superficial; os versículos, à primeira vista, soam naturais Ap 1:13 (mas v.comentários a seguir), e os estranhos v. 10-14 então teriam de ser interpretados por Sl mesmos. Com base nisso, eles foram associados à tendência dos judeus que retornaram do exílio de se casar com os povos mistos da região (conforme Ed 9:1-15; Ne 13:23-16; mas, por outra razão qualquer, isso seria considerado um anacronismo aqui). Com base nesse tipo de interpretação, alguns comentaristas consideram Ageu o pai do exclusivismo judaico; um deles, aliás, cita a data dessa profecia como o “dia do nascimento do judaísmo” (G. Fohrer, Introduction to the Old Testament, p. 460).

    Como já observamos, no entanto, não há evidências nos manuscritos para essa reconstrução do livro, por atraente que seja. Não há nada explícito no trecho para associá-lo aos problemas de pureza racial e cultual, que podem muito bem ter se tornado proeminentes mais tarde. E igualmente possível, e no contexto certamente mais apropriado, associar o trecho com as circunstâncias que até aqui foram as mais destacadas na pregação de Ageu. Isso interpretaria a “impureza” como a lassidão e falta de propósito moral que ele já tinha buscado corrigir em 1:4-11. A indolência, como também a desmoralização e o desânimo gerais, são tão hostis e debilitantes como muitos pecados declarados. E exatamente nesse contexto que a percepção e a estatura proféticas de Ageu mostram sua verdadeira grandeza. O princípio cultual da transmissão da impureza ritual então se torna para ele uma lição ilustrativa prática do profundo princípio moral e do contágio mortal da disposição de ânimo decadente e da indiferença. Se é de validade duvidosa considerar o profeta o pai do exclusivismo judaico, certamente é plausível dar-lhe o crédito por formar parte considerável de um aspecto muito mais atraente do judaísmo: seu senso de propósito e direção morais. Ageu teria se sentido em casa com os evangélicos vitorianos!
    Há outras percepções importantes nesse texto. Preeminente é a consciência da ordem ética que permeia o conhecimento de Deus do profeta. Para Ageu, a vida tem de ser vivida com responsabilidade, e o homem presta contas a Deus cuja prerrogativa é a execução da justiça nos eventos comuns e nos relacionamentos da vida. Se muitos não enxergam a ligação entre as atitudes morais e as experiências materiais do homem, Ageu, ao contrário, anuncia um elo direto entre elas. Mas paralelo a essa percepção está o entendimento de que Deus é também um Deus de misericórdia e compaixão, pronto a recompensar e socorrer até mesmo a nação impura, embora seja impura em cada obra de suas mãos e em cada oferta que traz; basta a nação responder ao chamado de Deus. Assim, ele pode concluir essa quarta profecia com uma confirmação retumbante da promessa que estava incluída na sua primeira admoestação.
    Observações, (a) v. 19. ainda há alguma semente no celeiro?\ Essa frase pode ser usada de diversas formas. Como parte de um ditado de dezembro, lembra os seus ouvintes de que não há mais semente no depósito, mas já foi semeada, latente com a promessa da colheita que Deus prometeu; é um paralelo adequado com a afirmação seguinte segundo a qual as árvores ainda estão infrutíferas. Se tivesse sido um ditado de setembro (como exigiria a teoria segundo a qual essa seção do livro estaria fora de lugar), teria se referido à “semente” madura da colheita, pronta para ser armazenada, e com a afirmação seguinte significaria mais uma colheita frustrante.

    (b) v. 18. o dia em que os fundamentos do templo do Senhor foram lançados: Ed 3:10Ed 4:24 sugeriria que isso ocorreu em 537; mas também é possível que Ageu estava se referindo ao recomeço das obras que tinha ocorrido recentemente. A segunda alternativa tornaria um pouco mais plausível a teoria segundo a qual essa seção do livro está associada ao cap. 1. V.comentário acerca da ambigüidade da expressão em Joyce G. Baldwin, Haggai, Zechariah, Malachi. TOTC, p. 52-3.

    V. A MENSAGEM PESSOAL A ZOROBABEL (2:20-23)

    18 de dezembro de 520 a.C.
    A quinta profecia foi revelada no mesmo dia que a quarta. Dirigida pessoalmente a Zorobabel, o líder dos judeus e ele mesmo um príncipe da casa de Davi, forma um epílogo escatológico do livro, e, após o trauma do exílio, restabelece, com nuanças messiânicas, as antigas profecias de Deus em relação à linhagem de Davi.
    Nessa profecia, podemos perceber um resumo profético típico, v. 21. eu farei tremer..:. São palavras típicas do estabelecimento de uma nova era, um novo eon nos propósitos de Deus, caracterizado pela construção do novo templo. Apesar da derrota das nações da terra e do colapso da ordem existente num caos suicida, o servo escolhido de Deus vai permanecer inabalável, seguro como o anel na mão do próprio Deus. Ele na verdade vai ser a personificação visível da verdade de que Deus é o causador do juízo e que ele mesmo permanece inabalável, um fundamento seguro para a fé e a confiança em meio a mundos em colapso. E o mesmo tom com que Habacuque termina a sua profecia (Hc 3:17-35).

    Para o leitor cristão, os términos dos dois livros, um (Habacuque) escrito diante do colapso econômico esperado e o outro (Ageu) diante do colapso político, combinam para apontar para um homem: o Escolhido definitivo de Deus, o próprio Deus manifesto em carne.
    Observação. A profecia do anel de selar (v. 23), o símbolo do poder executivo, pois era a impressão do anel que selava a autoridade real sobre documentos emitidos no nome do rei, revoga o juízo pronunciado sobre o avô de Zorobabel, Jeconias (Jr 22:24). A revogação é confirmada pelo anúncio de que Zorobabel é meu servo, assim associando-o diretamente às grandes profecias do servo da tradição judaica.

    BIBLIOGRAFIA

    Ackroyd, P. R. IsraelunderBabylon andPérsia. NCB. Oxford, 1970.

    Baldwin, J. G. Haggai, Zechariah, Malachi. TOTC. London, 1972.

    Jones, D. R. Haggai, Zechariah and Malachi. TC. London, 1962.

    Mason, R. The Books ofHaggai, Zechariah and Malachi. Cambridge, 1977.

    Wiseman, D. J. Haggai, in: NBCR. London, 1970.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Ageu Capítulo 2 do versículo 1 até o 9
    IV. UMA MENSAGEM PARA O PRÍNCIPE, O SACERDOTE E O POVO Ag 2:1-37), ainda que sua tristeza não fosse menos intensa. O pessimismo dos homens idosos, influiu na moral dos homens mais jovens. É em meio a essa melancolia que vem a mensagem de Deus a fim de servir de esteio para seus espíritos desanimados mediante uma renovada garantia de Sua presença no meio deles (4-5; cfr. Ag 1:13), que inclui a premissa óbvia que, onde Ele se encontra, as dificuldades não podem ser levadas em consideração.

    >Ag 2:3

    Quem... tendo ficado...? (3), pergunta o profeta. O "período permitido" da existência humana estava quase chegando ao fim, desde que o templo fora destruído. Poucos, dentre os vivos, tinham-no visto antes de sua destruição. Como nada em vossos olhos (3). A comparação do novo com o antigo templo, quase certamente levaria a uma estimativa errada, visto que o homem de oitenta anos não enxerga com os mesmos olhos o que viu como criança de doze; a obra presente estava terminada apenas parcialmente; e a verdadeira glória de qualquer casa de Deus não depende exclusivamente de sua estrutura ornamentada. Glória e resplendor não são termos sinônimos. A glória autêntica do templo dependia do que ela era -"Minha casa"- e não em sua aparência. O mandamento, esforçai-vos (4), foi o mesmo, para todas as classes. Suas tarefas talvez diferissem, mas o espírito que devia animar deveria ser o mesmo para todos-príncipe, sacerdote e povo.

    >Ag 2:4

    Há uma certa praticabilidade rude nas declarações do profeta. Breves, mas insistentes são as suas exortações. Esforçai-vos... trabalhai (4). Cfr. Js 1:6. Em íntima conexão com o mandamento acima temos a reiterada promessa da presença de Deus. Porque eu sou convosco (4). Isso não servia de desculpa para a ociosidade, mas antes, era um incentivo para a atividade, bem como a única garantia para o sucesso dos esforços de todas as classes. A palavra que concertei convosco... o meu Espírito habitava (5), ou "habita". A adição das palavras "meu Espírito habitava" ou "habita", fornece o sentido, embora o estilo obscuro do original seja, talvez, mais impressionante. A presença de Deus com Seu povo não era o resultado de uma nova promessa, mas, sim, o cumprimento da antiga aliança da parte do Deus que nunca muda e que nunca deixa de observar Sua palavra.

    >Ag 2:5

    Quando saístes de Egito (5). Essa afirmação parece historicamente inexata. O povo que saíra literalmente do Egito, debaixo do pacto, já havia morrido. Muitas gerações tinham nascido e falecido desde os dias em que os israelitas foram emancipados do Egito. Deus, entretanto, é o Deus que "guarda concerto... até mil gerações. Os indivíduos passam, mas a nação permanece. Os pactos nacionais não podem caducar com a idade. Esse pacto, feito com Israel, nos dias em que foram livrados do Egito, era considerado pelo Senhor como ainda em vigor nos dias de Ageu. É como se Deus tivesse dito: "Ainda estou convosco, pronto para cumprir Minha parte no contrato. Estais prontos para cumprir a vossa?" (Ver Êx 19:5-6). Aqui há um apelo latente para que considerassem seus caminhos. Que conexão haveria entre o fato de haverem esquecido o concerto e seu país totalmente arruinado, com sua falta de prosperidade material (Ag 1:6)? Por que Babilônia os rasgava, afinal de contas? O motivo disso tudo não é que haviam sido infiéis para com a aliança, e por essa causa haviam perdido a glória que poderiam possuir?

    Uma pergunta perscrutadora para indivíduos ou nações, sempre é: Quão fiel tenho sido eu para com meu pacto com Deus? A infidelidade nunca se encontra de Seu lado. "Estou convosco segundo a palavra com que Me pactuei convosco". "Considerai vossos caminhos".

    >Ag 2:6

    Ainda uma vez, daqui a pouco (6). "Uma vez mais, e imediatamente". Apesar de que as opiniões diferem quanto aos acontecimentos referidos neste contexto, é patente o fato que Deus reivindica controle supremo entre todas as nações, e emprega as "agitações" para o avanço de Seu próprio reino. Cfr. as agitações dos reinos da Pérsia, Grécia e Roma, antes do advento de Cristo. Uma frase que tem ficado em nosso vocabulário religioso é digna de atenção especial-o Desejado de todas as nações (7). Por muito que os corações, especialmente os corações daqueles que têm encontrado Aquele que é tudo quanto desejam, gostariam de seguir aqui os antigos expositores judeus, e nessas palavras compreender uma referência pessoal ao Messias, e por maior que fosse a verdade assim ensinada, a dificuldade de traduzir essas palavras com esse sentido parece insuperável. Embora o substantivo seja singular, o verbo (bau, virão) está no plural. A Septuaginta traduz "virão as coisas escolhidas de todas as nações", ou, talvez, "as nações escolhidas de todas as nações". A construção da sentença sugere que esse acontecimento não meramente se seguirá à agitação das nações, mas sim, que é o resultado dessa agitação ou tremor. Apesar de que tais "agitações" tivessem de ser precursoras e acompanhantes da vinda do Messias, dificilmente poderiam ser consideradas como a causa dessa vinda. A declaração do versículo 8 parece sugerir que o influxo será a prata e o ouro que, embora se encontrem nas mãos das nações, não obstante estarão sob o controle de Deus e serão trazidos quando e como Ele o desejar (cfr. Ed 6:8-15).

    >Ag 2:9

    Isso assegurará a glória desta última casa (9) ou "a glória final desta casa", como dizem algumas versões. "Casa", aqui, é o templo de Deus, quer o construído por Salomão ou reconstruído por Zorobabel ou por Herodes. Ele era "minha casa", mesmo quando jazia "deserta". A glória final, pois, excederá até mesmo a do edifício primitivo. Neste lugar darei a paz (9), isto é, os queixosos do versículo 3 seriam silenciados. A glória primária não consiste de ouro, de prata e de pedras lavradas. Pois tanto o coração como os olhos encontrarão prazer. A profundíssima necessidade do homem seria satisfeita-paz. Neste lugar é, antes de tudo, Jerusalém, o lugar onde permanece a casa de Deus. Porém, a visão é ampliada para nós de hoje em dia. O Príncipe da Paz já veio. Por Sua autoridade sabemos que "nem neste monte, nem em Jerusalém adorareis". O templo espiritual de Deus está em qualquer lugar, mas, não obstante, ali a paz está habitando (Ef 2:16 e segs.). É digno de nota como esta seção ilustra o método de Deus para animar o que está sendo provado ou está desanimado, usando a promessa de melhores condições futuras. Seu próprio Filho suportou a cruz "em troca da alegria que lhe estava proposta" (He 12:2). Cfr. Gn 3:15; Gn 12:2; Jo 14:1.


    Dicionário

    Concertar

    Dicionário Comum
    verbo transitivo direto e intransitivo Fazer com que um som seja produzido; produzir som por acordes: concertar um violino; instrumento apropriado para concertar.
    verbo intransitivo Por Extensão Apresentar um concerto musical: o maestro deve concertar hoje.
    verbo transitivo direto , transitivo indireto e pronominal Fazer ficar em harmonia; estar em concordância, em acordo; harmonizar ou concordar: o professor e o aluno concertaram suas desavenças; o presidente concertou com os erros do passado; os conceitos concertaram-se com a prática.
    verbo transitivo direto Treinar antes de realizar ou executar algo; ensaiar: concertar um espetáculo.
    [Jurídico] Estabelecer uma comparação entre uma coisa e outra, geralmente para comprovar a vericidade de um documento ou ação escrita: a revisão deve concertar o documento jurídico.
    Fazer a montagem; criar a partir do zero; montar, armar: concertar um script para o filme.
    Colocar enfeites, ornamentos; enfeitar: a professora concertava a sala para a festa.
    Etimologia (origem da palavra concertar). Do latim concertare.
    Fonte: Priberam

    Egito

    substantivo masculino Designação da República Árabe do Egito localizada às margens do Rio Nilo, no continente Africano, sendo banhada tanto pelo Mar Vermelho quanto pelo Mediterrâneo.
    Etimologia (origem da palavra Egito). De egipto; do grego aígypto; pelo latim aegyptus.

    substantivo masculino Designação da República Árabe do Egito localizada às margens do Rio Nilo, no continente Africano, sendo banhada tanto pelo Mar Vermelho quanto pelo Mediterrâneo.
    Etimologia (origem da palavra Egito). De egipto; do grego aígypto; pelo latim aegyptus.

    do grego antigo "Aígyptos", que de acordo com Estrabão deriva de ("Aegeou yptios" - "a terra abaixo do Egeu). Isso se torna mais evidente na variação "Aeg'yptos". Alternativamente, deriva do nome egípcio para Memphis, significando "templo da alma de Ptah", uma das divindades egípcias.

    Por toda a história da Bíblia, desde que Abraão desceu ao Egito para ali habitar (Gn 12:10) por causa da grande fome que havia em Canaã, até àquele dia em que José, a um mandado do Senhor, se levantou às pressas, e, tomando de noite o menino e sua mãe (Mt 2:14), partiu para o Egito, achamos estarem em constante comunicação os israelitas e os egípcios. Na Sagrada Escritura o nome genérico do Egito é Mizraim: o Alto Egito é algumas vezes chamado Patros (Cp is 11:11Jr 44:1Ez 29:14 com Dt 2:23Jr 47:4Ez 30:14-16). Uma designação poética do Egito é Raabe (Sl 87:4-89.10 – is 51:9). (*veja Raabe.) Na sua parte física é o Egito limitado ao norte pelo mar Mediterrâneo – ao noroeste pelo ribeiro El-Aris (o rio do Egito em Nm 34. 5), a fronteira da Palestina, e pelo deserto sírio ou arábico até ao golfo de Suez, e deste ponto para o sul tem por limite a costa ocidental do mar Vermelho, ficando a oeste das terras egípcias o deserto da Líbia. Desde os tempos mais remotos têm sido marcados os seus limites meridionais nas cataratas de Assuã, a antiga Siene. o comprimento do Egito está em grande desproporção com a sua largura, visto que sendo aquele de 800 km, esta varia entre 8 km pouco mais ou menos (terra cultivável) e cerca de 130 km, que é toda a largura da fronteira marítima do Delta. A bem conhecida e afamada fertilidade do solo do Egito provinha, e ainda hoje provém, da fertilizadora influência das inundações anuais do rio Nilo, fato que já é notado no Dt (11.10 a 12), quando ali se faz referência ao sistema de cultivar as terras por meio da irrigação. A Palestina, diz-nos a mesma passagem, era um país regado pelas chuvas, ao passo que o Egito tinha de ser laboriosamente regado pelo próprio homem – porquanto neste pais as chuvas não são freqüentes, dependendo a fertilidade do solo da cheia anual do Nilo. E tira-se todo o proveito possível desta cheia, para a rega das terras, por meio de canais e abertura de regos. Fazer canais e limpá-los era uma das formas da ‘dura servidão, em barro e em tijolos’ (Êx 1:14), com que eram amarguradas as vidas dos israelitas no Egito. Não somente dependiam das cheias do Nilo a prosperidade, as riquezas e a fertilidade do Egito, mas também a sua própria existência é devida à mesma causa. o limo é trazido nas correntes que descem das montanhas e planaltos da Abissínia e de sítios que estão muito para o interior da África, e durante as inundações anuais deposita-se ele nas terras. No período das cheias, todo o país parece um conjunto de lagos, canais, reservatórios, estando tudo isto separado por diques e estradas alteadas. E não é tanto a saturação do solo, como o que nele se deposita, que produz tão largas colheitas. Logo que baixam as águas, começa a lavoura. A semente é lançada no chão umedecido, ou mesmo sobre a água que ainda cobre um pouco a terra, e sob a ação do quentíssimo sol aparecem com tal rapidez a vegetação e os frutos que se pode fazer uma série de colheitas. A transformada aparência do país em virtude das cheias anuais é simplesmente assustadora. o que era seco deserto de areia e pó converte-se, num curto espaço de tempo, em belos campos cobertos de verdura. Tão inteiramente estavam os egípcios dependentes do rio Nilo, que eles o adoravam, prestando-lhe honras divinas, como sendo o primeiro de todos os seus deuses. Foi este culto pelo seu rio que tornou terrivelmente impressionante a praga das rãs e a da conversão das águas em sangue (Êx 7:15-25 – 8.1 a 15). o Egito, nas suas divisões políticas, achava-se dividido, desde tempos muito remotos, em nomos, ou distritos. Estes eram, outrora, praticamente reinos separados, sujeitos a um supremo governador, contando-se primitivamente trinta e seis, tendo cada um deles os seus especiais objetos de culto. Estes nomos foram diminuindo em número até que, no tempo de isaías, não havia, provavelmente, mais do que dois. Somente duas das divisões se acham mencionadas na Sagrada Escritura, Patros e Caftor. Com respeito a uma certa divisão, a terra de Gósen, era, pelo que se dizia, uma das mais ricas terras de pastagem do Baixo Egito. A significação do nome é desconhecida, mas talvez seja derivado de Guse, palavra árabe que significa ‘o coração’, querendo dizer o que é escolhido, ou o que é precioso (Gn 45:18 – e 47.11). Foi esta a província que José escolheu para ali estabelecer os seus parentes. Gósen ficava entre o braço mais oriental do Nilo, e a Palestina, e a Arábia. Fazia parte do distrito de Heliópolis, do qual era capital a notável om das Escrituras. (Vejam-se Gósen, e om.) Como era de esperar num país tão populoso como o Egito, havia muitas cidades, grandes e prósperas, dentro dos seus limites. Pouco sabemos das mais antigas povoações, a não ser o que tem sido respigado nos monumentos e inscrições dispersos. Tebas, uma das mais notáveis dessas cidades, era a antiga capital do Egito. Diz-se que esta famosa cidade foi edificada por Mizraim, filho de Cão, e neto de Noé. Foi também chamada Nô (Ez 30:14), Nô-Amom, e Dióspolis. Estava situada nas margens do Nilo, e era a sede do culto prestado ao deus Amom, achando-se enriquecida de magníficos templos e outros edifícios públicos. Quão grandiosa e forte era a cidade de Tebas, atesta-o a História, e a Sagrada Escritura o confirma (Na 3.8 a 10), quando a compara com Nínive, mas dando-lhe preeminência sobre essa cidade (*veja Nô). outras importantes cidades eram Zoã (Sl 78:12) – om, ou Heliópolis (Gn 41:45) – Pitom e Ramessés (Êx 1:11) – Sim (Ez 30:15) – Pi-Besete ou Bubastes (Ez 30:17) – Tafnes, ou Hanes (Jr 43:8is 30:4) – Migdol (Jr 46:14) – Mênfis ou Nofe, cuja riqueza e fama são atestadas por antigos escritores, que chegaram a marcar-lhe um lugar superior ao de Tebas, sendo ela a maior cidade dos Faraós, a mais bem conhecida dos hebreus, com grande número de referências na Bíblia – Seveno (Ez 29:10) – e Alexandria. os egípcios já haviam alcançado um alto grau de prosperidade, quanto à vida luxuosa e aos seus costumes num tempo em que todo o mundo ocidental se achava ainda envolto no barbarismo, antes mesmo da fundação de Cartago, Atenas e Roma. o seu sistema de governo era uma monarquia, que

    Egito 1. País situado no nordeste da África. É também chamado de CAM (Sl 105:23). Suas terras são percorridas pelo maior rio do mundo, o Nilo. Foi um império poderoso no tempo do AT. Os hebreus viveram ali e ali foram escravizados, sendo libertados por intermédio de Moisés (Gn 46—Êx 19). A nação israelita sempre manteve contato com o Egito. Salomão se casou com a filha do FARAÓ (1Rs 3:1). V. o mapa O EGITO E O SINAI.

    2. MAR DO EGITO. V. VERMELHO, MAR (Is 11:15).


    Egito Nação onde os pais de Jesus se refugiaram (Mt 2:13-19), a fim de salvá-lo das ameaças de Herodes. O Talmude cita também a notícia de uma estada de Jesus nesse país, relacionando-a com a realização de seus milagres, os quais atribui à feitiçaria.

    Espírito

    substantivo masculino Princípio imaterial, alma.
    Substância incorpórea e inteligente.
    Entidade sobrenatural: os anjos e os demónios.
    Ser imaginário: duendes, gnomos, etc.
    Pessoa dotada de inteligência superior.
    Essência, ideia predominante.
    Sentido, significação.
    Inteligência.
    Humor, graça, engenho: homem de espírito.
    Etimologia (origem da palavra espírito). Do latim spiritus.

    Ao passo que o termo hebraico nephesh – traduzido como alma – denota individualidade ou personalidade, o termo hebraico ruach, encontrado no Antigo Testamento, e que aparece traduzido como espírito, refere-se à energizante centelha de vida que é essencial à existência de um indivíduo. É um termo que representa a energia divina, ou princípio vital, que anima os seres humanos. O ruach do homem abandona o corpo por ocasião da morte (Sl 146:4) e retorna a Deus (Ec 12:7; cf. 34:14).

    O equivalente neotestamentário de ruach é pneuma, ‘espírito’, proveniente de pneo, ‘soprar’ ou ‘respirar’. Tal como ocorre com ruach, pneuma é devolvida ao Senhor por ocasião da morte (Lc 23:46; At 7:59). Não há coisa alguma inerente à palavra pneuma que possa denotar uma entidade capaz de existência consciente separada do corpo.


    Veja Espírito Santo.


    Pela sua essência espiritual, o Espírito é um ser indefinido, abstrato, que não pode ter ação direta sobre a matéria, sendo-lhe indispensável um intermediário, que é o envoltório fluídico, o qual, de certo modo, faz parte integrante dele. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• A Gênese: os milagres e as predições segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 5a ed• francesa• 48a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 11, it• 17

    O Espírito mais não é do que a alma sobrevivente ao corpo; é o ser principal, pois que não morre, ao passo que o corpo é simples acessório sujeito à destruição. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• A Gênese: os milagres e as predições segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 5a ed• francesa• 48a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 13, it• 4

    [...] Espíritos que povoam o espaço são seus ministros [de Deus], encarregados de atender aos pormenores, dentro de atribuições que correspondem ao grau de adiantamento que tenham alcançado.
    Referencia: KARDEC, Allan• A Gênese: os milagres e as predições segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 5a ed• francesa• 48a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 18, it• 3

    [...] Os Espíritos são os que são e nós não podemos alterar a ordem das coisas. Como nem todos são perfeitos, não aceitamos suas palavras senão com reservas e jamais com a credulidade infantil. Julgamos, comparamos, tiramos conseqüências de nossas observações e os seus próprios erros constituem ensinamentos para nós, pois não renunciamos ao nosso discernimento.
    Referencia: KARDEC, Allan• Instruções de Allan Kardec ao Movimento Espírita• Org• por Evandro Noleto Bezerra• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 5

    Os Espíritos podem dividir-se em duas categorias: os que, chegados ao ponto mais elevado da escala, deixaram definitivamente os mundos materiais, e os que, pela lei da reencarnação, ainda pertencem ao turbilhão da Humanidade terrena. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• Instruções de Allan Kardec ao Movimento Espírita• Org• por Evandro Noleto Bezerra• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 19

    [...] um Espírito pode ser muito bom, sem ser um apreciador infalível de todas as coisas. Nem todo bom soldado é, necessariamente, um bom general.
    Referencia: KARDEC, Allan• Instruções de Allan Kardec ao Movimento Espírita• Org• por Evandro Noleto Bezerra• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 21

    O Espírito não é, pois, um ser abstrato, indefinido, só possível de conceber-se pelo pensamento. É um ser real, circunscrito que, em certos casos, se torna apreciável pela vista, pelo ouvido e pelo tato.
    Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Introd•

    O princípio inteligente do Universo.
    Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 23

    [...] Os Espíritos são a individualização do princípio inteligente, como os corpos são a individualização do princípio material. A época e o modo por que essa formação se operou é que são desconhecidos.
    Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 79

    [...] os Espíritos são uma das potências da Natureza e os instrumentos de que Deus se serve para execução de seus desígnios providenciais. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 87

    [...] alma dos que viveram corporalmente, aos quais a morte arrebatou o grosseiro invólucro visível, deixando-lhes apenas um envoltório etéreo, invisível no seu estado normal. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos médiuns ou Guia dos médiuns e dos evocadores• Trad• de Guillon Ribeiro da 49a ed• francesa• 76a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - it• 9

    [...] não é uma abstração, é um ser definido, limitado e circunscrito. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos médiuns ou Guia dos médiuns e dos evocadores• Trad• de Guillon Ribeiro da 49a ed• francesa• 76a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - it• 53

    Hão dito que o Espírito é uma chama, uma centelha. Isto se deve entender com relação ao Espírito propriamente dito, como princípio intelectual e moral, a que se não poderia atribuir forma determinada. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos médiuns ou Guia dos médiuns e dos evocadores• Trad• de Guillon Ribeiro da 49a ed• francesa• 76a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - it• 55

    Espírito – No sentido especial da Doutrina Espírita, os Espíritos são os seres inteligentes da criação, que povoam o Universo, fora do mundo material, e constituem o mundo invisível. Não são seres oriundos de uma criação especial, porém, as almas dos que viveram na Terra, ou nas outras esferas, e que deixaram o invólucro corporal.
    Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos médiuns ou Guia dos médiuns e dos evocadores• Trad• de Guillon Ribeiro da 49a ed• francesa• 76a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 32

    E E EA alma ou Espírito, princípio inteligente em que residem o pensamento, a vontade e o senso moral [...].
    Referencia: KARDEC, Allan• O que é o Espiritismo: noções elementares do mundo invisível, pelas manifestações dos Espíritos• 52a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2, it• 10

    [...] a alma e o perispírito separados do corpo constituem o ser chamado Espírito.
    Referencia: KARDEC, Allan• O que é o Espiritismo: noções elementares do mundo invisível, pelas manifestações dos Espíritos• 52a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2, it• 14

    Os Espíritos não são, portanto, entes abstratos, vagos e indefinidos, mas seres concretos e circunscritos, aos quais só falta serem visíveis para se assemelharem aos humanos; donde se segue que se, em dado momento, pudesse ser levantado o véu que no-los esconde, eles formariam uma população, cercando-nos por toda parte.
    Referencia: KARDEC, Allan• O que é o Espiritismo: noções elementares do mundo invisível, pelas manifestações dos Espíritos• 52a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2, it• 16

    Há no homem um princípio inteligente a que se chama alma ou espírito, independente da matéria, e que lhe dá o senso moral e a faculdade de pensar.
    Referencia: KARDEC, Allan• Obras póstumas• Traduzida da 1a ed• francesa por Guillon Ribeiro• 37a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, Profissão de fé espírita raciocinada

    Os Espíritos são os agentes da potência divina; constituem a força inteligente da Natureza e concorrem para a execução dos desígnios do Criador, tendo em vista a manutenção da harmonia geral do Universo e das leis imutáveis que regem a criação.
    Referencia: KARDEC, Allan• Obras póstumas• Traduzida da 1a ed• francesa por Guillon Ribeiro• 37a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, Profissão de fé espírita raciocinada

    [...] Uma mônada – um centro de força e de consciência em um grau superior de desenvolvimento, ou então, uma entidade individual dotada de inteligên cia e de vontade – eis a única definição que poderíamos arriscar-nos a dar da concepção de um Espírito. [...]
    Referencia: AKSAKOF, Alexandre• Animismo e Espiritismo• Trad• do Dr• C• S• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• 2 v• - v• 2, cap• 4

    [...] é o modelador, o artífice do corpo.
    Referencia: AMIGÓ Y PELLÍCER, José• Roma e o Evangelho: estudos filosófico-religiosos e teórico-práticos• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, Comunicações ou ensinos dos Espíritos

    [...] ser livre, dono de vontade própria e que não se submete, como qualquer cobaia inconsciente, aos caprichos e exigências de certos pesquisadores ainda mal qualificados eticamente, embora altamente dotados do ponto de vista cultural e intelectual.
    Referencia: ANJOS, Luciano dos e MIRANDA, Hermínio C•• Crônicas de um e de outro: de Kennedy ao homem artificial• Prefácio de Abelardo Idalgo Magalhães• Rio de Janeiro: FEB, 1975• - cap• 14

    O Espírito, essência divina, imortal, é o princípio intelectual, imaterial, individualizado, que sobrevive à desagregação da matéria. É dotado de razão, consciência, livre-arbítrio e responsabilidade.
    Referencia: BARBOSA, Pedro Franco• Espiritismo básico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - pt• 2, Postulados e ensinamentos

    [...] causa da consciência, da inteligência e da vontade [...].
    Referencia: BODIER, Paul• A granja do silêncio: documentos póstumos de um doutor em Medicina relativos a um caso de reencarnação• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Apêndice

    [...] um ser individualizado, revestido de uma substância quintessenciada, que, apesar de imperceptível aos nossos sentidos grosseiros, é passível de, enquanto encarnado, ser afetado pelas enfermidades ou pelos traumatismos orgânicos, mas que, por outro lado, também afeta o indumento (soma) de que se serve durante a existência humana, ocasionando-lhe, com suas emoções, distúrbios funcionais e até mesmo lesões graves, como o atesta a Psiquiatria moderna ao fazer Medicina psicossomática.
    Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• As leis morais: segundo a filosofia espírita• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - As Leis Divinas

    [...] depositário da vida, dos sentimentos e das responsabilidades que Deus lhe outorgou [...].
    Referencia: CASTRO, Almerindo Martins de• O martírio dos suicidas: seus sofrimentos inenarráveis• 17a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• -

    [...] a alma ou o espírito é alguma coisa que pensa, sente e quer [...].
    Referencia: DELANNE, Gabriel• A alma é imortal• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - pt• 1, cap• 1

    O estudo do Espírito tem de ser feito, portanto, abrangendo os seus dois aspectos: um, ativo, que é o da alma propriamente dita, ou seja, o que em nós sente, pensa, quer e, sem o qual nada existiria; outro, passivo – o do perispírito, inconsciente, almoxarifado espiritual, guardião inalterável de todos os conhecimentos intelectuais, tanto quanto conservador das leis orgânicas que regem o corpo físico.
    Referencia: DELANNE, Gabriel• A evolução anímica: estudo sobre psicologia fisiológica segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Quintão da 2a ed• francesa• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 4

    [...] O que caracteriza essencialmente o espírito é a consciência, isto é, o eu, mediante o qual ele se distingue do que não está nele, isto é, da matéria. [...]
    Referencia: DELANNE, Gabriel• A evolução anímica: estudo sobre psicologia fisiológica segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Quintão da 2a ed• francesa• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6

    [...] é o ser principal, o ser racional e inteligente [...].
    Referencia: DELANNE, Gabriel• O fenômeno espírita: testemunho dos sábios• Traduzido da 5a ed• francesa por Francisco Raymundo Ewerton Quadros• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 4

    Chamamos Espírito à alma revestida do seu corpo fluídico. A alma é o centro de vida do perispírito, como este é o centro da vida do organismo físico. Ela que sente, pensa e quer; o corpo físico constitui, com o corpo fluídico, o duplo organismo por cujo intermédio ela [a alma] atua no mundo da matéria.
    Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 10

    [...] O espírito não é, pois, nem um anjo glorificado, nem um duende condenado, mas sim a própria pessoa que daqui se foi, conservando a força ou a fraqueza, a sabedoria ou a loucura, que lhe eram peculiares, exatamente como conserva a aparência corpórea que tinha.
    Referencia: DOYLE, Arthur Conan• A nova revelação• Trad• da 6a ed• inglesa por Guillon Ribeiro; traços biográficos do autor por Indalício Mendes• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 3

    O Espírito [...] é a causa de todos os fenômenos que se manifestam na existência física, emocional e psíquica. Viajor de incontáveis etapas no carreiro da evolução, armazena informações e experiências que são transferidas para os respectivos equipamentos fisiológicos – em cada reencarnação – produzindo tecidos e mecanismos resistentes ou não a determinados processos degenerativos, por cujo meio repara as condutas que se permitiram na experiência anterior. [...] Da mesma forma que o Espírito é o gerador das doenças, torna-se o criador da saúde, especialmente quando voltado para os compromissos que regem o Cosmo.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Corpo e mente

    O Espírito, através do cérebro e pelo coração, nos respectivos chakras coronário, cerebral e cardíaco, emite as energias – ondas mentais carregadas ou não de amor e de compaixão – que é registrada pelo corpo intermediário e transformada em partículas que são absorvidas pelo corpo, nele produzindo os resultados compatíveis com a qualidade da emissão.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Corpo e mente

    O Espírito, em si mesmo, esse agente fecundo da vida e seu experimentador, esE E Etabelece, de forma consciente ou não, o que aspira e como consegui-lo, utilizando-se do conhecimento de si mesmo, único processo realmente válido para os resultados felizes.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - O sofrimento

    O Espírito, igualmente, é também uma energia universal, que foi gerado por Deus como todas as outras existentes, sendo porém dotado de pensamento, sendo um princípio inteligente, enquanto que todos os demais são extáticos, mecânicos, repetindo-se ininterruptamente desde o primeiro movimento até o jamais derradeiro...
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Consciência

    Individualidades inteligentes, incorpóreas, que povoam o Universo, criadas por Deus, independentes da matéria. Prescindindo do mundo corporal, agem sobre ele e, corporificando-se através da carne, recebem estímulos, transmitindo impressões, em intercâmbio expressivo e contínuo. São de todos os tempos, desde que a Criação sendo infinita, sempre existiram e jamais cessarão. Constituem os seres que habitam tudo, no Cosmo, tornando-se uma das potências da Natureza e atuam na Obra Divina como coopera-dores, do que resulta a própria evolução e aperfeiçoamento intérmino. [...] Indestrutíveis, jamais terão fim, não obstante possuindo princípio, quando a Excelsa Vontade os criou.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Sublime expiação• Pelo Espírito Victor Hugo• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1998• - cap• 3

    O Espírito é a soma das suas vidas pregressas.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Sublime expiação• Pelo Espírito Victor Hugo• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1998• - cap• 17

    [...] Todos somos a soma das experiências adquiridas numa como noutra condição, em países diferentes e grupos sociais nos quais estagiamos ao longo dos milênios que nos pesam sobre os ombros. [...]
    Referencia: FREIRE, Antônio J• Ciência e Espiritismo: da sabedoria antiga à época contemporânea• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 9

    [...] O Espírito é tudo aquilo quanto anseia e produz, num somatório de experiências e realizações que lhe constituem a estrutura íntima da evolução.
    Referencia: FREIRE, Antônio J• Ciência e Espiritismo: da sabedoria antiga à época contemporânea• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 25

    Herdeiro do passado, o espírito é jornaleiro dos caminhos da redenção impostergável.
    Referencia: GAMA, Zilda• Do calvário ao infinito• Pelo Espírito Victor Hugo• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1987• - L• 3, cap• 8

    O Espírito é o engenheiro da maquinaria fisiopsíquica de que se vai utilizar na jornada humana.
    Referencia: GAMA, Zilda• Redenção: novela mediúnica• Pelo Espírito Victor Hugo• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Tendências, aptidões e reminiscências

    [...] O ser real e primitivo é o Espírito [...].
    Referencia: GAMA, Zilda• Redenção: novela mediúnica• Pelo Espírito Victor Hugo• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Suicídio sem dor

    Porque os Espíritos são as almas dos homens com as suas qualidades e imperfeições [...].
    Referencia: GAMA, Zilda• Redenção: novela mediúnica• Pelo Espírito Victor Hugo• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Calvário de luz

    [...] O Espírito – consciência eterna – traz em si mesmo a recordação indelével das suas encarnações anteriores. [...]
    Referencia: GURJÃO, Areolino• Expiação• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1984• - A doutrina do hindu

    [...] princípio inteligente que pensa, que quer, que discerne o bem do mal e que, por ser indivisível, imperecível se conserva. [...]
    Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 9a efusão

    [...] Só o Espírito constitui a nossa individualidade permanente. [...]
    Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 37a efusão

    [...] é o único detentor de todas as potencialidades e arquivos de sua individualidade espiritual [...].
    Referencia: MELO, Jacob• O passe: seu estudo, suas técnicas, sua prática• 15a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 4

    Em verdade, cada espírito é qual complexa usina integrante de vasta rede de outras inúmeras usinas, cujo conjunto se auto-sustenta, como um sistema autônomo, a equilibrar-se no infinito mar da evolução.
    Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Universo e vida• Pelo Espírito Áureo• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 5

    [...] O que vale dizer, ser o Espírito o Élan Vital que se responsabiliza pela onda morfogenética da espécie a que pertence. Entendemos como espírito, ou zona inconsciente, a conjuntura energética que comandaria a arquitetura física através das telas sensíveis dos núcleos celulares. O espírito representaria o campo organizador biológico, encontrando nas estruturas da glândula pineal os seus pontos mais eficientes de manifestações. [...]
    Referencia: SANTOS, Jorge Andréa dos• Forças sexuais da alma• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - Introd•

    O nosso Espírito será o resultado de um imenso desfile pelos reinos da Natureza, iniciando-se nas experiências mais simples, na escala mineral, adquirindo sensibilidade (irritabilidade celular) no mundo vegetal, desenvolvendo instintos, nas amplas variedades das espécies animais, e a razão, com o despertar da consciência, na família hominal, onde os núcleos instintivos se vão maturando e burilando, de modo a revelar novos potenciais. [...]
    Referencia: SANTOS, Jorge Andréa dos• Visão espírita nas distonias mentais• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 3

    [...] A verdadeira etimologia da palavra espírito (spiritus, sopro) representa uma coisa que ocupa espaço, apesar de, pela sua rarefação, tornar-se invisível. Há, porém, ainda uma confusão no emprego dessa palavra, pois que ela é aplicada por diferentes pensadores, não só para exprimir a forma orgânica espiritual com seus elementos constitutivos, como também a sua essência íntima que conhece e pensa, à qual chamamos alma e os franceses espírito.
    Referencia: SARGENT, Epes• Bases científicas do Espiritismo• Traduzido da 6a ed• inglesa por F• R• Ewerton Quadros• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 1

    O Espírito, em sua origem, como essência espiritual e princípio de inteligência, se forma da quintessência dos fluidos que no seu conjunto constituem o que chamamos – o todo universal e que as irradiações divinas animam, para lhes dar o ser e compor os germes de toda a criação, da criação de todos os mundos, de todos os reinos da Natureza, de todas as criaturas, assim no estado material, como também no estado fluídico. Tudo se origina desses germes fecundados pela Divindade e progride para a harmonia universal.
    Referencia: SAYÃO, Antônio Luiz• (Comp•) Elucidações Evangélicas• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

    [...] a essência da vida é o espírito [...].
    Referencia: SOARES, Sílvio Brito• Páginas de Léon Denis• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - O Espiritismo e a mulher

    O Espírito humano é a obra-prima, a suprema criação de Deus.
    Referencia: VIEIRA, Waldo• Seareiros de volta• Diversos autores espirituais• Prefácio de Elias Barbosa• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Equação da felicidade

    [...] Somos almas, usando a vestimenta da carne, em trânsito para uma vida maior. [...] somos um templo vivo em construção, através de cujos altares se E E Eexpressará no Infinito a grandeza divina. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ave, Cristo! Episódios da história do Cristianismo no século III• Pelo Espírito Emmanuel• 22a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, cap• 2

    Figuradamente, o espírito humano é um pescador dos valores evolutivos, na escola regeneradora da Terra. A posição de cada qual é o barco. Em cada novo dia, o homem se levanta com a sua “rede” de interesses. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Caminho, verdade e vida• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 21

    Somos uma grande família no Lar do Evangelho e, embora separados nas linhas vibratórias do Espaço, prosseguimos juntos no tempo, buscando a suprema identificação com o Cristo.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    Cada espírito é um continente vivo no plano universal.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Reflexões

    [...] o espírito é a obra-prima do Universo, em árduo burilamento.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Justiça Divina• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Evolução e livre-arbítrio

    [...] Sendo cada um de nós uma força inteligente, detendo faculdades criadoras e atuando no Universo, estaremos sempre engendrando agentes psicológicos, através da energia mental, exteriorizando o pensamento e com ele improvisando causas positivas, cujos efeitos podem ser próximos ou remotos sobre o ponto de origem. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Libertação• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2

    [...] Cada espírito é um elo importante em extensa região da corrente humana. Quanto mais crescemos em conhecimentos e aptidões, amor e autoridade, maior é o âmbito de nossas ligações na esfera geral. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Libertação• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 3

    Somos, cada qual de nós, um ímã de elevada potência ou um centro de vida inteligente, atraindo forças que se harmonizam com as nossas e delas constituindo nosso domicílio espiritual.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Libertação• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 18

    [...] Somos diamantes brutos, revestidos pelo duro cascalho de nossas milenárias imperfeições, localizados pela magnanimidade do Senhor na ourivesaria da Terra. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Libertação• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 19

    Cada Espírito é um mundo onde o Cristo deve nascer...
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pontos e contos• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 37

    [...] gema preciosa e eterna dos tesouros de Deus [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Relicário de luz• Autores diversos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Nosso “eu”

    Cada Espírito é um mundo vivo com movimento próprio, atendendo às causas que criou para si mesmo, no curso do tempo, gravitando em torno da Lei Eterna que rege a vida cósmica.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Voltei• Pelo Espírito Irmão Jacob• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 17

    O Espírito, encarnado ou desencarnado, na essência, pode ser comparado a um dínamo complexo, em que se verifica a transubstanciação do trabalho psicofísico em forças mentoeletromagnéticas, forças essas que guardam consigo, no laboratório das células em que circulam e se harmonizam, a propriedade de agentes emissores e receptores, conservadores e regeneradores de energia. Para que nos façamos mais simplesmente compreendidos, imaginemo-lo como sendo um dínamo gerador, indutor, transformador e coletor, ao mesmo tem po, com capacidade de assimilar correntes contínuas de força e exteriorizá-las simultaneamente.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Mecanismos da mediunidade• Pelo Espírito André Luiz• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 5

    O espírito é um monumento vivo de Deus – o Criador Amorável. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 12


    Espírito
    1) A parte não-material, racional e inteligente do ser humano (Gn 45:27; Rm 8:16).


    2) A essência da natureza divina (Jo 4:24).


    3) Ser não-material maligno que prejudica as pessoas (Mt 12:45).


    4) Ser não-material bondoso que ajuda as pessoas (Hc 1:14;
    v. ANJO).


    5) Princípio que norteia as pessoas (2Co 4:13; Fp 1:17).


    6) ESPÍRITO SANTO (Gl 3:5).


    Espírito Ver Alma.

    Habitar

    verbo transitivo direto e transitivo indireto Morar; ter como residência fixa: habitava um apartamento novo; habitam em uma cidade pequena.
    Figurado Permanecer; faz-ser presente: um pensamento que habitava sua mente; Deus habita na alma de quem crê.
    verbo transitivo direto Povoar; providenciar moradores ou habitantes: decidiram habitar o deserto com presidiários.
    Etimologia (origem da palavra habitar). Do latim habitare.

    Habitar Morar (Sl 23:6; At 7:48).

    Meio

    numeral A metade de uma unidade: dois meios valem um inteiro.
    substantivo masculino Ponto médio no espaço ou no tempo: o meio da praça.
    O ambiente onde se vive: o meio influencia as pessoas.
    Modo para se chegar a um fim; recurso: usou de meios desonestos.
    Figurado Local onde se vive ou se exerce uma atividade: meio acadêmico.
    Mais ou menos; nem muito, nem pouco: estou meio chateada hoje.
    O que tende a ser possível; possibilidade: não há meio de obter isso!
    Corpo ou ambiente em que se passam fenômenos especiais ou se desenvolvem microrganismos: um meio ácido.
    substantivo masculino plural Bens, haveres, recursos: os fins justificam os meios.
    adjetivo Que é a exata metade de um todo: meio litro; meia hora.
    advérbio Pela metade, um tanto: porta meio aberta; era meio estranho.
    Por meio de. Mediante, graças a:obteve o emprego por meio de fraude.
    Etimologia (origem da palavra meio). Do latim medius.ii.

    numeral A metade de uma unidade: dois meios valem um inteiro.
    substantivo masculino Ponto médio no espaço ou no tempo: o meio da praça.
    O ambiente onde se vive: o meio influencia as pessoas.
    Modo para se chegar a um fim; recurso: usou de meios desonestos.
    Figurado Local onde se vive ou se exerce uma atividade: meio acadêmico.
    Mais ou menos; nem muito, nem pouco: estou meio chateada hoje.
    O que tende a ser possível; possibilidade: não há meio de obter isso!
    Corpo ou ambiente em que se passam fenômenos especiais ou se desenvolvem microrganismos: um meio ácido.
    substantivo masculino plural Bens, haveres, recursos: os fins justificam os meios.
    adjetivo Que é a exata metade de um todo: meio litro; meia hora.
    advérbio Pela metade, um tanto: porta meio aberta; era meio estranho.
    Por meio de. Mediante, graças a:obteve o emprego por meio de fraude.
    Etimologia (origem da palavra meio). Do latim medius.ii.

    Não

    advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
    Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
    Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
    Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
    Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
    substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
    Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

    advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
    Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
    Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
    Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
    Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
    substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
    Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

    Palavra

    substantivo feminino Unidade linguística com significado próprio e existência independente, que pode ser escrita ou falada: expressou-se por meio de palavras; o texto deve conter somente 350 palavras.
    Cada unidade linguística com significado, separada por espaços, ou intercalada entre um espaço e um sinal de pontuação.
    Capacidade que confere à raça humana a possibilidade de se expressar verbalmente; fala.
    Gramática Vocábulo provido de significação; termo.
    Figurado Demonstração de opiniões, pensamentos, sentimentos ou emoções por meio da linguagem: fiquei sem palavras diante dela.
    Afirmação que se faz com convicção; compromisso assumido verbalmente; declaração: ele acreditou na minha palavra.
    Discurso curto: uma palavra de felicidade aos noivos.
    Licença que se pede para falar: no debate, não me deram a palavra.
    Gramática Conjunto ordenado de vocábulos; frase.
    Figurado Promessa que se faz sem intenção de a cumprir (usado no plural): palavras não pagam contas.
    Etimologia (origem da palavra palavra). Do latim parábola.ae; pelo grego parabolé.

    substantivo feminino Unidade linguística com significado próprio e existência independente, que pode ser escrita ou falada: expressou-se por meio de palavras; o texto deve conter somente 350 palavras.
    Cada unidade linguística com significado, separada por espaços, ou intercalada entre um espaço e um sinal de pontuação.
    Capacidade que confere à raça humana a possibilidade de se expressar verbalmente; fala.
    Gramática Vocábulo provido de significação; termo.
    Figurado Demonstração de opiniões, pensamentos, sentimentos ou emoções por meio da linguagem: fiquei sem palavras diante dela.
    Afirmação que se faz com convicção; compromisso assumido verbalmente; declaração: ele acreditou na minha palavra.
    Discurso curto: uma palavra de felicidade aos noivos.
    Licença que se pede para falar: no debate, não me deram a palavra.
    Gramática Conjunto ordenado de vocábulos; frase.
    Figurado Promessa que se faz sem intenção de a cumprir (usado no plural): palavras não pagam contas.
    Etimologia (origem da palavra palavra). Do latim parábola.ae; pelo grego parabolé.

    Do latim parabola, que significa “discurso” ou “fala”.

    A palavra é um dom divino, quando acompanhada dos atos que a testemunhem [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O Consolador• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - q• 124

    [...] O verbo é a projeção do pensamento criador.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Contos e apólogos• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 17

    [...] a palavra é, sem dúvida, a continuação de nós mesmos.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Contos e apólogos• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 17

    A palavra é dom sagrado, / É a ciência da expressão / Não deve ser objeto / De mísera exploração.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    [...] O verbo mal conduzido é sempre a raiz escura de grande parte dos processos patogênicos que flagelam a Humanidade.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Instruções psicofônicas• Recebidas de vários Espíritos, no “Grupo Meimei”, e organizadas por Arnaldo Rocha• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 9

    O verbo gasto em serviços do bem é cimento divino para realizações imorredouras. Conversaremos, pois, servindo aos nossos semelhantes de modo substancial, e nosso lucro será crescente.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• No mundo maior• Pelo Espírito André Luiz• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 3

    Veículo magnético, a palavra, dessa maneira, é sempre fator indutivo, na origem de toda realização.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Seara dos médiuns: estudos e dissertações em torno da substância religiosa de O Livro dos Médiuns, de Allan Kardec• Pelo Espírito Emmanuel• 17a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Palavra

    O verbo é plasma da inteligência, fio da inspiração, óleo do trabalho e base da escritura.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Seara dos médiuns: estudos e dissertações em torno da substância religiosa de O Livro dos Médiuns, de Allan Kardec• Pelo Espírito Emmanuel• 17a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Palavra

    Em tudo quanto converses, / Toma o bem por tua escolta. / Toda palavra é um ser vivo / Por conta de quem a solta.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Trovas do outro mundo• Por trovadores diversos• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6

    A palavra é o instrumento mágico que Deus nos confia.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Entre irmãos de outras terras• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 23

    [...] a palavra é precioso dom que Deus concede para auxílio ao nosso progresso geral, nossa felicidade e nossa alegria, mas jamais para o insulto e a afronta contra o que quer que seja dentro da Criação, nem mesmo ao mais abjeto verme, e ainda menos contra o Criador de todas as coisas [...].
    Referencia: PEREIRA, Yvonne A• À luz do Consolador• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB• 1997• - Blasfêmia


    Palavra
    1) Expressão, falada ou escrita, de pensamento (Sl 5:1; Ap 21:5).


    2) Mensagem de Deus (Jr 1:4; Rm 3:2, RC).


    3) As Escrituras Sagradas do AT, especialmente a LEI 2, (Sl 119).


    4) A mensagem do evangelho (Gl 6:6).


    5) O VERBO (Jo 1:1, NTLH). Jesus é mais do que expressão falada: ele é Deus em ação, criando (Gn 1:3), se revelando (Jo 10:30) e salvando (Sl 107:19-20; 1Jo 1:1-2).


    Palavra Esse conceito tem uma importância fundamental nos evangelhos. Jesus não menciona a palavra de Deus; apenas afirma “porém eu vos digo” (Mt 5:22.28). Essa palavra (logos) é a primeira causa de surpresa e de espanto entre seus contemporâneos (Lc 4:36). Com ela, Jesus faz milagres (Mt 8:8.16), frutos da fé nessa palavra (Jo 4:50-53). É também verbalmente que perdoa os pecados (Mt 9:1-7) e transmite autoridade (Mt 18:18; Jo 20:23). Diante dela, as pessoas devem tomar uma decisão (Mt 7:24-27; 13,23) e isso faz com que se dividam (Mc 8:38). Para João, o evangelista, Jesus é a Palavra (Logos — Memrá) que é Deus (Jo 1:1) e que se fez carne (Jo 1:11.
    14) para revelar o Pai e salvar o homem (Jo 1:18; 3,34; 12,50; 17,8.14).

    Quando

    advérbio Denota ocasião temporal; em qual circunstância: disse que a encontraria, mas não disse quando.
    Numa interrogação; em que momento no tempo: quando será seu casamento? Preciso saber quando será seu casamento.
    Em qual época: quando partiram?
    advérbio Rel. Em que: era na quadra quando as cerejeiras floriam.
    conjunção Gramática Inicia orações subordinadas adverbiais denotando: tempo, proporção, condição e concessão.
    conjunção [Temporal] Logo que, assim que: irei quando puder.
    conjunção Prop. À medida que: quando chegaram ao hotel, tiveram muitos problemas.
    conjunção [Condicional] Se, no caso de; acaso: só a trata bem quando precisa de dinheiro.
    conjunção Conce. Embora, ainda que: vive reclamando quando deveria estar trabalhando.
    locução conjuntiva Quando quer que. Em qualquer tempo: estaremos preparados quando quer que venha.
    locução conjuntiva Quando mesmo. Ainda que, mesmo que, ainda quando: iria quando mesmo lho proibissem.
    Etimologia (origem da palavra quando). Do latim quando.

    quando adv. Em que época, em que ocasião, em que tempo. Conj. 1. Posto que. 2. Mas.

    Segundo

    numeral Numa série, indica ou ocupa a posição correspondente ao número dois.
    adjetivo De qualidade inferior ou menos importante; secundário: artigos de segunda ordem.
    Que apresenta semelhanças de um modelo, tipo ou versão anterior; rival, cópia: atriz se acha a segunda Fernanda Montenegro.
    Que pode se repetir posteriormente; novo: segunda chance.
    Cuja importância está condicionada a algo ou alguém melhor: é a segunda melhor aluna.
    [Música] Que, num canto ou ao reproduzir um instrumento musical, produz sons graves: segunda voz.
    substantivo masculino Algo ou alguém que está na segunda posição: não gosto de ser o segundo em minhas competições.
    Curto espaço de tempo: já chego num segundo!
    [Esporte] Pessoa que presta auxílio ou ajuda o boxeador.
    [Geometria] Medida do ângulo plano expressa por 1/60 do minuto, sendo simbolizada por .
    [Física] Medida de tempo que, no Sistema Internacional de Unidades, tem a duração de 9.192.631.770 períodos de radiação, sendo simbolizada por s.
    Etimologia (origem da palavra segundo). Do latim secundum, “que ocupa a posição dois”.
    preposição Em conformidade com; de acordo com; conforme: segundo o juiz, o goleiro é realmente culpado.
    conjunção Introduz uma oração que expressa subordinação, e conformidade com o que foi expresso pela oração principal: segundo vi, este ano teremos ainda mais problemas climatéricos.
    Introduz uma oração que expressa subordinação, indicando proporcionalidade em relação à oração principal; à medida que: segundo o contar dos dias, ia ficando ainda mais inteligente.
    Etimologia (origem da palavra segundo). Do latim secundum, do verbo segundar.
    advérbio De modo a ocupar o segundo lugar.
    Etimologia (origem da palavra segundo). Do latim secundo.

    hebraico: o segundo

    (Lat. “segundo”). Junto com Aristarco, Segundo era um cristão da igreja em Tessalônica que se uniu a Paulo em sua última jornada pela Grécia e finalmente de volta a Jerusalém. Ao que parece foi um dos representantes daquela igreja que levou os donativos coletados para os pobres em Jerusalém (At 20:4).


    Temer

    verbo transitivo direto , transitivo indireto, intransitivo e pronominal Ter ou expressar muito medo, fobia, temor; recear: tememos um desastre ecológico; não se deve temer das medidas de austeridade; o corajoso não teme; não se teme as injustiças da vida.
    verbo transitivo indireto Expressar receios, preocupação; preocupar-se: temia pela morte da mãe.
    verbo transitivo direto Por Extensão Demonstrar muito respeito, obediência ou reverência por: temia dogmas religiosos.
    Etimologia (origem da palavra temer). Do latim timerere.

    recear, suspeitar, desconfiar. – Temer, aqui, é “crer na probabilidade de um mal ou contratempo qualquer: temo que ele se desdiga; temo que me censurem”. – Recear é temer o engano, a falsidade, o mal que outrem nos pode fazer, ou o prejuízo que nos pode causar, sem que, porém, tenhamos grandes fundamentos que justifiquem o nosso receio: receamos que não venha; os escarmentados receiam tudo de todos. – Suspeitar é formar um mau juízo em virtude de indícios ou antecedentes: “suspeito que ele me engana”. (Bruns.) – Parece haver, do último para o primeiro, uma perfeita gradação na força expressiva destes verbos: suspeitamos desconfiando, isto é, inquietando-nos ligeiramente; receamos preocupando-nos; tememos pondo-nos em guarda, quase afligindo-nos. – Desconfiar é menos que recear e temer, mas é mais que suspeitar. Desconfia aquele que tem já algum motivo um tanto sério para, conquanto, esse motivo não atinja diretamente a pessoa ou coisa de que se desconfia. No meio de bandidos desconfiaríamos de um santo. Desconfiaríamos de um homem de bem que convivesse com velhacos. O marechal confiava desconfiando.

    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    (do sacrifício)
    Ageu 2: 5 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    Segundo a palavra da aliança- por- corte (do sacrifício) que fiz convosco, quando saístes do Egito, assim o Meu Espírito permanece no meio de vós; não temais.
    Ageu 2: 5 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    520 a.C.
    H1697
    dâbâr
    דָּבָר
    discurso, palavra, fala, coisa
    (and speech)
    Substantivo
    H3318
    yâtsâʼ
    יָצָא
    ir, vir para fora, sair, avançar
    (And brought forth)
    Verbo
    H3372
    yârêʼ
    יָרֵא
    temer, reverenciar, ter medo
    (and I was afraid)
    Verbo
    H3772
    kârath
    כָּרַת
    cortar, cortar fora, derrubar, cortar uma parte do corpo, arrancar, eliminar, matar, fazer
    (be cut off)
    Verbo
    H408
    ʼal
    אַל
    não
    (not)
    Advérbio
    H4714
    Mitsrayim
    מִצְרַיִם
    um território ao nordeste da África, adjacente à Palestina, no qual flui o Nilo
    (and Mizraim)
    Substantivo
    H5975
    ʻâmad
    עָמַד
    ficou
    (stood)
    Verbo
    H7307
    rûwach
    רוּחַ
    vento, hálito, mente, espírito
    (And the Spirit)
    Substantivo
    H834
    ʼăsher
    אֲשֶׁר
    que
    (which)
    Partícula
    H8432
    tâvek
    תָּוֶךְ
    no meio
    (in the midst)
    Substantivo
    H853
    ʼêth
    אֵת
    -
    ( - )
    Acusativo
    H854
    ʼêth
    אֵת
    de / a partir de / de / para
    (from)
    Prepostos


    דָּבָר


    (H1697)
    dâbâr (daw-baw')

    01697 דבר dabar

    procedente de 1696; DITAT - 399a; n m

    1. discurso, palavra, fala, coisa
      1. discurso
      2. dito, declaração
      3. palavra, palavras
      4. negócio, ocupação, atos, assunto, caso, algo, maneira (por extensão)

    יָצָא


    (H3318)
    yâtsâʼ (yaw-tsaw')

    03318 יצא yatsa’

    uma raiz primitiva; DITAT - 893; v

    1. ir, vir para fora, sair, avançar
      1. (Qal)
        1. ir ou vir para fora ou adiante, ir embora
        2. avançar (para um lugar)
        3. ir adiante, continuar (para ou em direção a alguma coisa)
        4. vir ou ir adiante (com um propósito ou visando resultados)
        5. sair de
      2. (Hifil)
        1. fazer sair ou vir, trazer, liderar
        2. trazer
        3. guiar
        4. libertar
      3. (Hofal) ser trazido para fora ou para frente

    יָרֵא


    (H3372)
    yârêʼ (yaw-ray')

    03372 ירא yare’

    uma raiz primitiva; DITAT - 907,908; v

    1. temer, reverenciar, ter medo
      1. (Qal)
        1. temer, ter medo
        2. ter admiração por, ser admirado
        3. temer, reverenciar, honrar, respeitar
      2. (Nifal)
        1. ser temível, ser pavoroso, ser temido
        2. causar espanto e admiração, ser tratado com admiração
        3. inspirar reverência ou temor ou respeito piedoso
      3. (Piel) amedrontar, aterrorizar
    2. (DITAT) atirar, derramar

    כָּרַת


    (H3772)
    kârath (kaw-rath')

    03772 כרת karath

    uma raiz primitiva; DITAT - 1048; v

    1. cortar, cortar fora, derrubar, cortar uma parte do corpo, arrancar, eliminar, matar, fazer aliança
      1. (Qal)
        1. cortar fora
          1. cortar fora uma parte do corpo, decapitar
        2. derrubar
        3. talhar
        4. entrar em ou fazer uma aliança
      2. (Nifal)
        1. ser cortado fora
        2. ser derrubado
        3. ser mastigado
        4. ser cortado fora, reprovar
      3. (Pual)
        1. ser cortado
        2. ser derrubado
      4. (Hifil)
        1. cortar fora
        2. cortar fora, destruir
        3. derrubar, destruir
        4. remover
        5. deixar perecer
      5. (Hofal) ser cortado

    אַל


    (H408)
    ʼal (al)

    0408 אל ’al

    uma partícula negativa [ligada a 3808]; DITAT - 90; adv neg

    1. não, nem, nem mesmo, nada (como desejo ou preferência)
      1. não!, por favor não! (com um verbo)
      2. não deixe acontecer (com um verbo subentendido)
      3. não (com substantivo)
      4. nada (como substantivo)

    מִצְרַיִם


    (H4714)
    Mitsrayim (mits-rah'-yim)

    04714 מצרים Mitsrayim

    dual de 4693; DITAT - 1235;

    Egito ou Mizraim = “terra dos Cópticos” n pr loc

    1. um território ao nordeste da África, adjacente à Palestina, no qual flui o Nilo

      Egípcios = “dificuldades dobradas” adj

    2. os habitantes ou nativos do Egito

    עָמַד


    (H5975)
    ʻâmad (aw-mad')

    05975 עמד ̀amad

    uma raiz primitiva; DITAT - 1637; v

    1. estar de pé, permanecer, resistir, tomar o lugar de alguém
      1. (Qal)
        1. ficar de pé, tomar o lugar de alguém, estar em atitude de permanência, manter-se, tomar posição, apresentar-se, atender, ser ou tornar-se servo de
        2. permanecer parado, parar (de mover ou agir), cessar
        3. demorar, atrasar, permanecer, continuar, morar, resistir, persistir, estar firme
        4. tomar posição, manter a posição de alguém
        5. manter-se de pé, permanecer de pé, ficar de pé, levantar-se, estar ereto, estar de pé
        6. surgir, aparecer, entrar em cena, mostrar-se, erguer-se contra
        7. permanecer com, tomar a posição de alguém, ser designado, tornar-se liso, tornar-se insípido
      2. (Hifil)
        1. posicionar, estabelecer
        2. fazer permanecer firme, manter
        3. levar a ficar de pé, fazer estabelecer-se, erigir
        4. apresentar (alguém) diante (do rei)
        5. designar, ordenar, estabelecer
      3. (Hofal) ser apresentado, ser levado a ficar de pé, ser colocado diante

    רוּחַ


    (H7307)
    rûwach (roo'-akh)

    07307 רוח ruwach

    procedente de 7306; DITAT - 2131a; n. f.

    1. vento, hálito, mente, espírito
      1. hálito
      2. vento
        1. dos céus
        2. pontos cardeais ("rosa-dos-ventos”), lado
        3. fôlego de ar
        4. ar, gás
        5. vão, coisa vazia
      3. espírito (quando se respira rapidamente em estado de animação ou agitação)
        1. espírito, entusiasmo, vivacidade, vigor
        2. coragem
        3. temperamento, raiva
        4. impaciência, paciência
        5. espírito, disposição (como, por exemplo, de preocupação, amargura, descontentamento)
        6. disposição (de vários tipos), impulso irresponsável ou incontrolável
        7. espírito profético
      4. espírito (dos seres vivos, a respiração do ser humano e dos animias)
        1. como dom, preservado por Deus, espírito de Deus, que parte na morte, ser desencarnado
      5. espírito (como sede da emoção)
        1. desejo
        2. pesar, preocupação
      6. espírito
        1. como sede ou órgão dos atos mentais
        2. raramente como sede da vontade
        3. como sede especialmente do caráter moral
      7. Espírito de Deus, a terceira pessoa do Deus triúno, o Espírito Santo, igual e coeterno com o Pai e o Filho
        1. que inspira o estado de profecia extático
        2. que impele o profeta a instruir ou admoestar
        3. que concede energia para a guerra e poder executivo e administrativo
        4. que capacita os homens com vários dons
        5. como energia vital
        6. manifestado na glória da sua habitação
        7. jamais referido como força despersonalizada

    אֲשֶׁר


    (H834)
    ʼăsher (ash-er')

    0834 אשר ’aher

    um pronome relativo primitivo (de cada gênero e número); DITAT - 184

    1. (part. relativa)
      1. o qual, a qual, os quais, as quais, quem
      2. aquilo que
    2. (conj)
      1. que (em orações objetivas)
      2. quando
      3. desde que
      4. como
      5. se (condicional)

    תָּוֶךְ


    (H8432)
    tâvek (taw'-vek)

    08432 תוך tavek

    procedente de uma raiz não utilizada significando partir ao meio; DITAT - 2498; n. m.

    1. meio
      1. meio
      2. para dentro, pelo meio de (depois de verbos de movimento)
      3. entre (referindo-se a um grupo de pessoas)
      4. entre (referindo-se a objetos dispostos em pares)
      5. dentre (quando para tirar, separar, etc.)

    אֵת


    (H853)
    ʼêth (ayth)

    0853 את ’eth

    aparentemente uma forma contrata de 226 no sentido demonstrativo de entidade; DITAT - 186; partícula não traduzida

    1. sinal do objeto direto definido, não traduzido em português mas geralmente precedendo e indicando o acusativo

    אֵת


    (H854)
    ʼêth (ayth)

    0854 את ’eth

    provavelmente procedente de 579; DITAT - 187; prep

    1. com, próximo a, junto com
      1. com, junto com
      2. com (referindo-se a relacionamento)
      3. próximo (referindo-se a lugar)
      4. com (poss.)
      5. de...com, de (com outra prep)