Enciclopédia de Zacarias 8:5-5

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

zc 8: 5

Versão Versículo
ARA As praças da cidade se encherão de meninos e meninas, que nelas brincarão.
ARC E as ruas da cidade se encherão de meninos e meninas, que nelas brincarão.
TB As ruas da cidade serão cheias de meninos, que brincarão nas suas ruas.
HSB וּרְחֹב֤וֹת הָעִיר֙ יִמָּ֣לְא֔וּ יְלָדִ֖ים וִֽילָד֑וֹת מְשַׂחֲקִ֖ים בִּרְחֹֽבֹתֶֽיהָ׃ ס
LTT E as ruas da cidade se encherão de meninos e meninas, brincando nas suas ruas .
BJ2 E as praças da cidade encher-se-ão de meninos e meninas que brincarão em suas praças.
VULG Et plateæ civitatis complebuntur infantibus et puellis, ludentibus in plateis ejus.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Zacarias 8:5

Salmos 128:3 A tua mulher será como a videira frutífera aos lados da tua casa; os teus filhos, como plantas de oliveira, à roda da tua mesa.
Salmos 144:12 Para que nossos filhos sejam, como plantas, bem-desenvolvidos na sua mocidade; para que as nossas filhas sejam como pedras de esquina lavradas, como colunas de um palácio;
Jeremias 30:19 E sairá deles o louvor e a voz de júbilo; e multiplicá-los-ei, e não serão diminuídos; e glorificá-los-ei, e não serão humilhados.
Jeremias 31:13 Então, a virgem se alegrará na dança, e também os jovens e os velhos; e tornarei o seu pranto em alegria, e os consolarei, e transformarei em regozijo a sua tristeza.
Jeremias 31:27 Eis que dias vêm, diz o Senhor, em que semearei a casa de Israel e a casa de Judá com a semente de homens e com a semente de animais.
Jeremias 33:11 a voz de gozo, e a voz de alegria, e a voz de noivo, e a voz de esposa, e a voz dos que dizem: Louvai ao Senhor dos Exércitos, porque bom é o Senhor, porque a sua benignidade é para sempre; e a voz dos que trazem louvor à Casa do Senhor; pois farei que torne o cativeiro da terra como no princípio, diz o Senhor.
Lamentações de Jeremias 2:19 Levanta-te, clama de noite no princípio das vigílias; derrama o teu coração como águas diante da face do Senhor; levanta a ele as tuas mãos, pela vida de teus filhinhos, que desfalecem de fome à entrada de todas as ruas. Rexe.
Zacarias 2:4 e lhe disse: Corre, fala a este jovem, dizendo: Jerusalém será habitada como as aldeias sem muros, por causa da multidão, nela, dos homens e dos animais.
Mateus 11:16 Mas a quem assemelharei esta geração? É semelhante aos meninos que se assentam nas praças, e clamam aos seus companheiros,

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Zacarias Capítulo 8 do versículo 1 até o 23
c) Promessas preciosas para Sião (Zc 8:1-17). Depois, veio a mim a palavra do SE-NHOR dos Exércitos (1) : Zacarias responde à delegação (cf.comentários em 7:1-3). Contudo, a tônica da resposta passa a ser de esperança para o futuro. Mas à medida que as promessas se desdobram, obtemos um vislumbre das condições desesperadoras do povo e do país. Viam-se poucas pessoas idosas e crianças em Jerusalém (4,5). Muitos judeus ainda estavam no exílio (7), e os que voltaram estavam apáticos e desanimados (9,13). O desemprego era geral, os povos vizinhos eram hostis e a cidade estava dilacera-da pelas discórdias (10). A seca arruinara as colheitas (12; cf. Ag 1:11), e o seu nome era um apelido pejorativo entre os pagãos (13). A situação era tão desesperadora que só um milagre podia curá-la (6).

O Senhor faz sete grandes promessas. "A cada palavra e frase, em que, por sua grandiosidade quase incrível, coisas boas são prometidas, o profeta promete: 'Assim diz o SENHOR dos Exércitos', como se dissesse: 'Não penseis que o que vos prometo parte de mim, e não me rejeiteis como homem sem crédito. O que revelo são as promes-sas de Deus' (Jerônimo).'

  1. Deus tem grande zelo em sua determinação de restaurar Sião (2). Por um lado, expressa seu amor por Sião e, por outro, sua indignação contra os inimigos.
  2. O Senhor está a ponto de voltar para Sião após um período de 70 anos. Então, Jerusalém chamar-se-á a cidade de verdade, e o monte do SENHOR dos Exérci-tos, monte de santidade (3).
  3. Jerusalém se tornará cena dos antigos tempos de serenidade e meninice alegre (4,5). Os velhos se sentarão e verão meninos e meninas que felizes brincarão nas ruas. Houve cumprimento parcial desta promessa conforme registro dos dias de Simão Macabeu: "E todo o país de Judá esteve sossegado por todo o tempo que Simão governou. [...] Os velhos estavam todos assentados pelas praças, e se entretinham na abundância dos bens da terra; e os moços se enfeitavam com vestidos magníficos e com hábitos de guerra. Ele firmou a paz nos seus estados, e Israel se regozijou com grande alegria. E cada um se punha assentado debaixo da sua parreira e debaixo da sua figueira, e não havia quem lhes fizesse o menor medo" (1 Mac 14.4,9,11,12*)."
  4. Nada é difícil demais para o Senhor (6). Será que só por milagre Sião será trans-formada? "Muito bem", diz Zacarias, "Deus é igual ao milagre, pois para o Senhor, isso não é milagre". 71 Reparem nesta paráfrase: "Isso parece incrível para vocês — um resto de povo, pequeno e sem ânimo — mas para mim é algo muito simples".
  5. Deus reunirá o seu povo — os judeus — na Terra Santa (7,8). O Senhor os trará da terra do Oriente e da terra do Ocidente (7) e habitarão no meio de Jerusalém (8). Jeová será o Deus deles e eles serão o seu povo em verdade e em justiça.
  6. Os tempos angustiosos acabarão com a restauração do Templo (9-13). Esforcem-se as mãos de todos vós (9), exorta o Senhor aos habitantes de Sião. "Tenham ânimo e perseverem na reconstrução do Templo", parafraseia Rashi, "e não temam o povo da terra que 'debilitava as mãos do povo de Judá e inquietava-os no edificar' (Ed 4:4) "." Aqueles eram tempos desesperadores (10), mas, agora (11) despontava um novo estado de coisas. A semente prosperará, a vide dará o seu fruto, e a terra dará a sua novidade, e os céus darão o seu orvalho (12). A maldição que repousava na terra será removida, pois com a construção do Templo amanheceu um novo dia (13).
  7. Deus fará bem a Jerusalém, se fizer o que for justo e for misericordiosa (14-17). Como Deus punira os israelitas pelos seus pecados quando lhe provocaram a ira, assim mostrará misericórdia e favor para com a nação (14,15). Em vista destes propósitos be-neficentes, o Senhor prescreve de novo os mandamentos morais que estipulara pelos antigos profetas (cf. Zc 7:9-10). Falai a verdade cada um com o seu companheiro; executai juízo de verdade e de paz nas vossas portas; e nenhum de vós pense (trame; cf. NTLH; NVI) mal no seu coração contra o seu companheiro, nem ame o juramento falso; porque todas estas coisas eu aborreço, diz o SENHOR (16,17). Estas são palavras do autêntico profeta da justiça, e não estão limitadas pelo tempo em suas exigências da consciência humana. "Não cuideis que vim destruir a lei ou os profe-tas; não vim abrogar, mas cumprir" (Mt 5:17). A ética cristã está solidamente baseada na profética do Antigo Testamento.

d) Jejuns se transformam em banquetes de alegria (Zc 8:18-23). Agora, Zacarias atinge o ápice da sua resposta à delegação (ver comentários em 7.2,3). Cesse o povo de jejuar -os dois jejuns já mencionados e os outros dois do exílio —, e os transforme em festas alegres. Os dias felizes de Jerusalém seriam tão atraentes que pessoas de muitas nações iriam junto com os judeus que voltassem para Sião, onde se uniriam na adoração de Deus Jeová. O SENHOR dos exércitos (18, passim) é um título comum entre os profe-tas para referir-se a Deus. Representa o poder e soberania do Senhor.

O texto de 7.3 ou 5 não menciona o jejum do quarto mês nem do décimo (19). Foi no quarto mês (mês de tamuz) que os babilônios fizeram uma brecha nos muros de Jerusalém e entraram na cidade (II Reis 25:3-4; Jr 39:2). Ainda hoje este jejum é observado pelos judeus no décimo sétimo dia desse mês. " O décimo mês (mês de tebete) marca o início do cerco babilônico de Jerusalém (II Reis 25:1). Zacarias anuncia que doravante os quatro jejuns do exílio serão para a casa de Judá gozo, e alegria, e festividades solenes. Em seguida, passa a falar sobre as condições para o cumprimento de todas estas promessas: Amai, pois, a verdade e a paz. Em suma, o profeta afirma: Parem de jejuar e pratiquem as virtudes morais, pois foi a falta de tais práticas que tornaram necessários os jejuns.

No fim, Zacarias acrescenta a promessa da coroação: Os habitantes de uma cidade irão a outra, dizendo: Vamos depressa suplicar o favor do SENHOR e buscar o SENHOR dos Exércitos... Assim, virão muitos povos e poderosas nações buscar, em Jerusalém, o SENHOR dos Exércitos e... naquele dia.. pegarão dez homens... na orla da veste de um judeu, dizendo: Iremos convosco, porque temos ouvido que Deus está convosco (21-23). Pegar na orla da veste ou "da capa" de alguém é expressão que significa procurar identificar-se com essa pessoa e buscar proteção nela.

Estas profecias se cumpriram? Em parte, sim. Os habitantes da terra têm subido a Jerusalém para adorar a Deus. Os judeus são mundialmente reconhecidos como mes-tres da religião. Seus Escritos Sagrados tornaram-se a própria Palavra de Deus para multidões de pessoas de todas as raças, línguas e nações. Devemos a eles o Novo como também o Antigo Testamento. Seus legisladores, profetas, salmistas, apóstolos e san-tos nos deram a concepção de Deus e a vida que o Senhor exige e concede. Imediata-mente antes da era cristã, as sinagogas judaicas eram luzes que brilhavam em um mundo de trevas pagãs. Estas assembléias tornaram-se pontes pelas quais o conheci-mento de Deus e de Cristo passou para os gentios. Da nação judaica veio o Salvador da humanidade e os primeiros apóstolos da fé cristã. Em Jerusalém, Jesus de Nazaré se apresentou como o Messias prometido. Em Jerusalém, este mesmo Jesus se ofereceu como o único e perfeito sacrifício pelos pecados da humanidade. Em Jerusalém, Cristo ressuscitou, ascendeu ao Pai e inaugurou o Reino de Deus na terra. Em Jerusalém, o Espírito Santo desceu num dia festivo dos judeus e iniciou seu grandioso trabalho de convencer o mundo do pecado, da justiça e do juízo. Não há que duvidar que "a Jerusa-lém que é de cima [...] é mãe de todos nós" (Gl 4:26).

Há também um tempo futuro, que possivelmente está bem perto, em que "todo o Israel será salvo" (Rm 11:26) e estas profecias terão um cumprimento ainda mais literal. Certos expositores vêem no movimento sionista e na restauração do Estado de Israel sinais de que o cumprimento último da profecia de Zacarias está muito próximo.

E nunca nos esqueçamos de que foi o cativeiro que purificou Israel da idolatria e libertou sua fé para tornar-se uma religião universal.

Eles entraram [no cativeiro] impregnados pelo politeísmo e saíram com o monoteísmo mais ferrenho que o mundo jamais viu. Seus sofrimentos geraram suas mais nobres escrituras e consolidaram tenazmente sua posição no cânon sagrado. Expulsos pelos ho-mens, refugiaram-se no seio de Deus. Separados dos ritos externos do Templo, foram impulsionados a agarrarem-se às realidades espirituais, das quais as instituições levitas eram meros tipos transitórios. Israel deve toda a influência que tem exercido no mundo ao sofrimento que culminou na conflagração do Templo; e, se fosse sábia, manteria para sempre essas antigas lembranças de desalento como dias festivos de sua ascendência.'


Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Zacarias Capítulo 8 do versículo 1 até o 15
*

8.1-23

Este capítulo é um quadro final do reino de Deus, quando Deus der a seu povo sua bênção final e mais completa. Similar ao retrato de Isaias sobre o futuro (Is 65:17; 66.5-24), este capítulo fornecia aos judeus pós-exílicos a esperança de que o Senhor continuava resoluto a abençoá-los. Desde a vinda de Cristo ao mundo, o princípio dessas bênçãos pode ser vista, mas a plena realização delas espera pelo novo céu e pela nova terra (Ap 21:1).

* 8:2

Tenho grandes zelos de Sião. Ver a referência lateral. O zelo de Deus, ou seu ciúme pelo seu povo (por eles, não deles) nasce do amor segundo a aliança e da dedicação dele a eles (1.14), o que, por sua vez, requer a lealdade de todo o coração deles a ele.

* 8:3

cidade fiel. A palavra hebraica aqui traduzida por "fiel" tem o sentido de "fiel à lei de Deus". Uma fiel observância da lei de Deus raramente foi um fato real durante a história de Israel, mesmo nos dias de Zacarias. Mas o profeta previu um tempo quando o povo de Deus refletirá o seu caráter em seu trato uns com os outros (vs. 16,17). Ver também Êx 34:6,7.

monte santo. O monte Sião será santo porque a presença de Deus habitará ali de uma maneira toda especial. Os profetas reiteradamente enfatizaram o dia da salvação como um dia da renovação da presença de Deus (2.5,11).

*

8:4-5

Temos aqui um quadro das bênçãos divinas segundo a aliança nas quais a bênção divina de uma longa vida (Êx 20:12) e a alegria das crianças a brincar reflete um estado de shalom, de bem-estar total.

*

8:6

maravilhoso. O vocábulo hebraico aqui traduzido por "maravilhoso" denota algo que ultrapassa as forças e a compreensão humanas, tipicamente quando se refere a uma ação divina. Quanto a outros exemplos dessa ênfase, ver Gn 18:14 ("difícil") e Jz 13:18.

restante. Aqueles que se mostrassem fiéis a Deus, em meio à desobediência. Paulo se refere ao "remanescente segundo a eleição da graça", em Rm 11:5. Os eleitos de Deus são preservados por ele para o servir fielmente. Ver as notas em Is 1:9 e Mq 2:12.

*

8:7

salvarei o meu povo... Ocidente. A renovação da aliança entre Deus e o seu povo envolverá a restauração de terras estrangeiras. Ver Dt 30:1-5; Jr 30:8-11.

*

8:8

eles serão o meu povo, e eu serei o seu Deus. Esse relacionamento pessoal é a essência da aliança de Deus com Abraão e seus descendentes (Gn 17:7 e nota), bem como a essência da Nova Aliança (Jr 31:33). Essa é, igualmente, a origem de todas as demais bênçãos da aliança.

*

8:12

sementeira... os céus. As bênçãos da renovação final da parte de Deus foram expressas sob a forma de termos agrícolas apropriados à promessa da aliança acerca da terra. Visto que a antiga vida de Israel em sua terra era uma prefiguração da vida do Novo Israel em Cristo (Gn 13:15, nota), hoje em dia os cristãos regenerados experimentam as bênçãos da renovação da aliança com Deus por intermédio de Jesus (Mt 26:28; 1Co 11:25) e esperam a total renovação das bênçãos da aliança de Deus, no novo céu e nova terra (Ap 21:1—22.5).

*

8:15

pensei. Ver a nota em 1.6.

*

8:16-17

O povo de Israel é aqui convocado a ordenar as suas vidas em consonância com o padrões éticos de Deus. O piedoso comportamento aqui descrito contrasta com a impiedade que caracterizou grande parte da História de Israel; a verdade e a retidão reinarão durante essa era final de bênçãos (Am 5:24).

*

8:19

Este versículo relaciona-se à indagação feita em Zc 7:3 e à resposta dada à mesma. Os jejuns mencionados relembravam vários aspectos da destruição de Jerusalém.

quarto mês. Esse jejum relembrava a queda das muralhas de Jerusalém, o começo do fim da cidade (2Rs 25:3,4). Ver as notas em 7.2,5.

décimo. Nabucodonosor iniciou seu cerco de Jerusalém no décimo mês (2Rs 25:1; Jr 39:1-10).

*

8.20-23

Estes quatro versículos retratam uma grande peregrinação, feita pelas nações gentílicas a Jerusalém, implicando na extensão da salvação de Deus para fora das fronteiras de Israel (14.16-20; Is 2:1-4; Mq 4:1-3; Ml 1:5).

*

8:22

poderosas nações. Ver Is 2:2-4; Mq 4:3.

*

8:23

dez homens, de todas as línguas. A ênfase recai aqui no grande número (v. 22, "muitos povos") de povos gentílicos que virão adorar o verdadeiro Deus. Apocalipse 5:9 refere-se aos remidos "de toda tribo, língua, povo e nação". A salvação, pois, incluirá almas de pessoas de todas as nações, não no sentido que cada indivíduo da raça humana será salvo, e, sim, que os filhos de Deus foram escolhidos dentre todas as línguas e de todos os grupos étnicos do mundo.

Deus está convosco. A grande força de atração na adoração é a presença de Deus no meio de seu povo (1Co 14:24,25).


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Zacarias Capítulo 8 do versículo 1 até o 23
8:3 Algum dia Cristo reinará e todo seu povo viverá com O. Esta verdade nos respira a desejar que chegue o reino do Messías.

8.4, 5 Nos tempos difíceis, os muito anciões ou os muito jovens som os primeiros em sofrer e morrer. Mas ambos os grupos abundam nesta visão, enchendo as ruas com suas atividades cotidianas. Este é um sinal da paz e a prosperidade completas da nova terra de Deus.

8:6 O remanescente era um pequeno grupo de cativos que retornou de Babilônia para reconstruir Jerusalém e o templo. Ao lutar por sobreviver na terra, desalentaram-se pela oposição que freqüentemente enfrentaram de seus vizinhos hostis. Era difícil de acreditar que algum dia Deus mesmo reinaria desde esta cidade, mas "para Deus todo é possível" (Mt 19:26).

8:13-15 Deus e seus profetas insistiram ao povo por mais de quinze anos para que terminassem a construção do templo. Uma vez mais Deus o respirou com visões do futuro. Vemo-nos tentados a dilatar as coisas por várias razões: a gente não responde; sentimo-nos esgotados física ou emocionalmente; os operários não cooperam; a obra é desagradável; ou muito difícil; ou não vale o esforço requerido. As promessas de Deus sobre o futuro nos devem respirar agora. O conhece quais serão os resultados de nosso trabalho e portanto pode nos dar uma perspectiva que nos ajudará a continuar em sua obra.

8.14-17 Deus prometeu dar a seu povo grandes recompensa; e lhe assegurou que apesar dos castigos que sofreram, O não trocaria sua forma de pensar para benzê-los. Mas além disso disse que tinham uma tarefa que realizar. Deus será fiel, mas também nós temos responsabilidades: dizer a verdade, ser justos e viver em paz. Se você esperar que Deus faça sua parte, assegure-se de fazer a sua.

8.19-22 Chegará um dia no que o jejum pelos pecados se substituirá por festa e gozo. As pessoas de todas as nações adorarão a Deus e pedirão sua bênção e ajuda. Isto também se promete em 2.11, 12.

8:23 No passado, Jerusalém freqüentemente foi centro de brincadeiras cruéis de outras nações. A cidade não se respeitava, seus cidadãos pecaram tanto, que Deus permitiu a seus inimigos que os maltratassem. Mas à larga, diz Zacarías, Jerusalém será um lugar santo, respeitado em grande maneira em todo mundo devido a seu povo trocará seu coração para Deus. A gente de outras nações verá como Deus recompensa a seu povo por sua fidelidade e quererá que a inclua em suas grandes bênções.

9:1-17 Uma profecia é uma mensagem de Deus. Hadrac possivelmente era uma cidade ao norte de Síria. Os seis capítulos finais do livro são duas mensagens jogo de dados nos últimos dias do Zacarías que assinalam para o Messías e sua Segunda Vinda. Algumas destas profecias se cumpriram antes de que chegasse o Messías, possivelmente pelo Alejandro Magno; outras se cumpriram durante a vida do Messías na terra; e outras se cumprirão quando O volte. Os que oprimiram a Jerusalém, Síria, Filistéia, Fenícia, seriam esmagados. O Rei prometido viria, primeiro como um servo em um pollino, logo como um governante e juiz poderoso.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Zacarias Capítulo 8 do versículo 1 até o 23
C. PROMETE AO POVO (8: 1-23)

1 E a palavra do Senhor dos exércitos veio a mim , dizendo: 2 Assim diz o Senhor dos exércitos:. estou zelando por Sião com grande zelo, e eu estou com ciúmes por ela com grande ira 3 Assim diz o Senhor: Voltarei para Sião , e habitarei no meio de Jerusalém; e Jerusalém será chamada a cidade da verdade; . e ao monte do Senhor dos Exércitos, o monte santo 4 Assim diz o Senhor dos exércitos: Não devem os homens ainda velhos e velhas moram nas ruas de Jerusalém, cada um com o seu cajado na mão de muita idade. 5 E as ruas da cidade se encherão de meninos e meninas que jogam nas ruas mesmo. 6 Assim diz o Senhor dos exércitos: Se isto for maravilhoso aos olhos do resto deste povo naqueles dias, será também maravilhoso aos meus olhos? . diz o Senhor dos Exércitos 7 Assim diz o Senhor dos exércitos: Eis que eu salvar meu povo da terra do oriente, e do oeste do país; 8 e os trarei, e eles habitarão no meio de Jerusalém; e eles serão o meu povo, e eu serei o seu Deus, na verdade e na justiça.

9 Assim diz o Senhor dos exércitos: Deixe-se as vossas mãos, vós que nestes dias ouvistes estas palavras da boca dos profetas, que estiveram no dia em que o fundamento da casa do Senhor dos exércitos foi posto, o mesmo templo, que ele pode ser construído. 10 Pois antes daqueles dias não havia salário para os homens, nem lhes davam ganho os animais; nem havia paz para que ele saiu ou entrou, por causa do inimigo; porque eu incitei a todos os homens, cada um contra o seu próximo. 11 Mas agora eu não serei para com o resto deste povo como nos primeiros dias, diz o Senhor dos exércitos. 12 Para haverá a semente da paz; a vide dará o seu fruto, ea terra dará a sua novidade, e os céus darão o seu orvalho; e farei que o resto deste povo herde todas essas coisas. 13 E sucederá que, como fostes uma maldição entre as nações, ó casa de Judá, e casa de Israel, assim vos salvarei, e vós serás uma bênção. Não tenha medo, mas deixe-se as vossas mãos.

14 Porque assim diz o SENHOR dos Exércitos: Como pensei fazer-vos o mal, quando vossos pais me provocaram a ira, diz o SENHOR dos Exércitos, e eu não se arrependeu; 15 assim tornei a intentar nestes dias fazer o bem a Jerusalém e . para a casa de Judá; não temais 16 Estas são as coisas que deveis fazer: Dizei cada um a verdade com o seu próximo; executar o juízo de verdade e de paz nas vossas portas; 17 e nenhum de vós maquinam o mal no seu coração contra o seu próximo; nem ame o juramento falso; porque todas estas são coisas que eu aborreço, diz o Senhor.

18 E a palavra do Senhor dos exércitos veio a mim, dizendo: 19 Assim diz o Senhor dos exércitos: O jejum do quarto mês , eo jejum do quinto, eo jejum do sétimo, eo jejum do décimo, deve ser para a casa de Judá, júbilo e alegria, e festas alegres; portanto, amar a verdade e de paz. 20 Assim diz o Senhor dos exércitos: Deve ainda vir a passar , que virão povos, e os habitantes de muitas cidades; 21 e os habitantes de uma cidade irão à outra, dizendo: Vamos, depressa suplicar o favor do Senhor, e buscar o Senhor dos exércitos: Eu também 1Rs 22:1 Sim, muitos povos e nações fortes virão buscar o Senhor dos Exércitos em Jerusalém, e suplicar a bênção do Senhor. 23 Assim diz o Senhor dos Exércitos: Naqueles dias, ela deve vir a passar , que dez homens apoderaram-se, de todas as línguas das nações, eles devem ter de segurar a saia daquele que é um judeu, dizendo: Havemos de ir com você, porque temos ouvido que Deus está com você.

O capítulo anterior contém análises e exortações, principalmente no lado negativo. Este contém mensagens sobre o lado positivo: promessas de que Deus vai fazer para o seu povo.

Jeová dos exércitos (v. Zc 8:1) -o termo sugere Seu poder é duplamente ciúmes para Jerusalém; e que Ele permitiu nações dos gentios para oprimir ela, Ele vai agora voltar a Sião (v. Zc 8:3 ), com bênçãos.

1. Por um lado, os homens velhos e velhas (v. Zc 8:4) voltará a ser visto . nas ruas de Jerusalém Não muitos dos povos idosos tinha sido capaz de retornar do cativeiro; mas, novamente, a visão bela de homens sábios e experientes, com suas bengalas (pessoal ), será visto.

2. No outro lado da vida, também, Jerusalém será abençoado: as ruas da cidade se encherão de meninos e meninas que jogam (v. Zc 8:5 ). A maioria das jovens casadas, como os antigos, não tinha sido capaz de voltar para a terra que amavam. Eles tinham muitas responsabilidades familiares. Mas um dia as ruas tranquilas da cidade ecoaria com o jogo alegre das crianças.

3. E o Senhor diz que, se tal será maravilhosa (v. Zc 8:6) para o resto deste povo, eles devem saber que isso também vai ser maravilhoso para Deus.

4. Além disso, as pessoas vão prosperar de forma material. Como suas mãos (v. Zc 8:9) são fortes, e eles aplicam-se à obra de Deus, eles vão receber aluguel (v. Zc 8:10) -remuneration é para eles mesmos e seus bois. Em tempos de paz (v. Zc 8:12 ), eles terão bons rendimentos a partir das videiras (uvas), e também das culturas de grãos. Os céus vão dar o seu orvalho, ou seja, haverá umidade. Essa prosperidade se estenderá para Israel (v. Zc 8:13 ), bem como a Judá.

5. Eles irão manter todos os quatro dias de jejum; mas, com o coração na matéria, os jejuns será caracterizada por prazer e alegria, e festas alegres (v. Zc 8:19 ).

6. Finalmente, eles serão capazes de evangelizar as outras nações (vv. Zc 8:20-23 ). A habitantes (v. Zc 8:21) de uma cidade vai para outra cidade, dizendo: Vamos ... buscar o Senhor. E muitos povos e nações fortes virão buscar o Senhor dos Exércitos em Jerusalém(v. Zc 8:22 ). Na verdade, dez homens (v. Zc 8:23) vai tomar posse ... da orla das vestes de um judeu, dizendo: Iremos convosco, porque temos ouvido que Deus está com você (v. Zc 8:23 ).


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de Zacarias Capítulo 8 do versículo 1 até o 23
8.1- 23 A terceira parte da resposta do profeta é dividida em sete diferentes ditos (vv. 2, 3, 4, 6, 7, 9,
14) e a quarta em três (vv. 19, 20, 23),cada um começando com: "Assim diz o Senhor dos Exércitos". O escritor nos impressiona dizendo que elas não são palavras dos homens, mas que são uma nítida revelação de Deus.
8.2 Deus manifestou Seu grande amor por Jerusalém por intermédio de uma grande indignação, no cativeiro. Deus nunca permite que seu povo busque outros amantes sem encarar primeiro Sua disciplina. Ele exige o primeiro lugar.
8.3 Será em Jerusalém que a verdade e a fidelidade a Deus terão o seu lar. Estes fatos olham para além da época do profeta, para a futuro, quando Cristo reinar na terra (conforme Is

4.2- 6; 11:1-16; Ap 20:4).

8-4,5 A base para este futuro glorioso está na presença do Senhor dos Exércitos, habitando no meio do Seu povo. Poderá alguma comunidade gozar de bênçãos reais longe da presença de Deus?

8.6 A pergunta feita por Deus implica claramente numa resposta negativa. Para Deus todas as coisas são possíveis (Mt 19:26).

8-7,8 Deus prometeu reunir todos os judeus que estavam no exílio, tanto na oriente como no ocidente para renovar Sua relação com eles. O ocidente aponta para um tempo futuro quando o povo de Deus estaria espalhado muito além das fronteiras da Babilônia.

8.9- 13 Esta exortação começa e acaba com as palavras: "Sejam fortes as mãos de todos vós".
8.9 Eles devem completar a edificação do templo. Os profetas aqui referidos são Zacarias e Ageu.

8.10- 12 A terra até agora improdutiva (Ag 1:6, Ag 1:9-37; Ag 2:16, Ag 2:17), mas "desde este dia vos abençoarei" (Ag 2:18, Ag 2:19).

8.13 Como antes eles tinham sido objeto de maldição entre as nações pagãs pelos castigos recebidos, agora o remanescente será uma bênção.
8:14-17 Assim como a cativeiro fora permitido pela vontade de Deus, também a restauração o fora. O povo não precisa temer, se praticar somente o que é justo aos Seus olhos.
8.14 Me arrependi. Esta palavra, no heb nacham, assume o significado de "ser confortado", "ser aliviado". É empregada em relação a Deus e aos homens. Mesmo que tenha este sentido literal, é evidente que no tocante a Deus vem a ser utilizada no sentido de metanoia no N.T., onde significa "mudar de mente ou idéia". Tal como no N.T., este "arrependimento" é freqüentemente acompanhado de contrição e tristeza. Quando aplicada a Deus, como está aqui, a palavra é empregada no seu sentido antropomórfico (bem excepcionalmente). Parece, do nosso ponto de vista, que Deus mudou de idéia quando de fato Deus é constante, conhecendo tanto o fim como o princípio (He 13:8), e, portanto, imutável.

8.19 Por causa dos seus pecados, os dias de festa se tomaram em jejuns. Agora, pelo contrário, o profeta promete que se eles observarem as condições exigidas, seus jejuns serão transformados em festas.
8:20-23 Jerusalém será o lugar central de adoração, e, no futuro, homens irão ali suplicar ao Senhor. Em certo sentido, isto foi cumprido no evangelhos que teve seu início em Jerusalém, na morte de Cristo e na Sua ressurreição. O sentido final poderá referir-se ao milênio.


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de Zacarias Capítulo 8 do versículo 1 até o 23

2) Promessas messiânicas (8:1-23)
A mensagem de Zacarias, no entanto, não era, nem mesmo nessa conjuntura, designada a permanecer no passado, mas a preparar os seus ouvintes para a renovação no futuro. Assim, as palavras concisas concernentes ao fracasso, e o juízo resultante, agora dão lugar a uma série de dez oráculos que se ocupam com o cumprimento das promessas de Deus e o glorioso futuro que aguarda Sião e seu povo.
v. 2. Tenho muito áúmedeSião (heb. qinãh): Assim como a ira de Deus deve ser compreendida em relação à aliança, também deve ser compreendido seu ciúme, ou zelo. A palavra hebraica sugere uma erupção de sentimentos como a que é vista no rosto vermelho de uma pessoa em virtude de emoções fortes. E como se Deus não pudesse se conter mais diante da obstinação e do pecado do seu povo. Ele está se consumindo de ciúmes por ela, ou melhor, “com grande zelo”, v. 3. Tão grande, de fato, é o amor de Deus por Sião que ele anuncia a sua intenção de voltar e habitar em Jerusalém, cuja triste sorte será revertida quando ela vai se tornar a Cidade da Verdade, i.e., o lugar onde a crença e a boa conduta andam de mãos dadas (conforme Is 26:2,Is 26:3Jr 3:17), e assim será distinta de todos os outros lugares — um monte Sagrado, v. 4. O medo não vai mais assombrar as praças (heb. r^hõbôt), e a vida longa vai ser coroada de paz e bem-estar. v. 5. meninos e meninas brincando:

Isso vai ser a evidência do retorno da nova e sadia vida em família que servirá como bom presságio para o futuro da nação. v. 6. Mas tudo isso é prometido para o remanescente {heb. she’êrith) — aquele núcleo fiel que, sem a sólida garantia da palavra do Senhor, teria tido pouca razão para esperar coisas melhores, v. 7. Em tudo isso, Deus diz: Salvarei (heb. môshia") meu povo: “Salvar” em hebraico geralmente denota livramento do cativeiro ou escravidão. Provavelmente duas idéias estão combinadas aqui; certamente o remanescente representava a misericórdia salvífica de Deus. Entretanto, ao salvar um remanescente, Deus estava de fato salvando um povo — seu povo — da possibilidade da extinção, ao trazê-los de volta dos cantos mais distantes da terra para receber a promessa renovada da aliança (conforme Êx 19:5; Jr 31:33).

v. 9.0 profeta agora passa a oferecer encorajamento para o futuro extraindo lições do passado. Os v. 9-17 formam um sermão de duas partes. A primeira contrasta a situação desanimadora do passado com a gloriosa prosperidade do futuro, fortaleçam as mãos: E um desafio aos ouvintes do profeta que deram ouvidos à sua pregação para que aproveitem a oportunidade e a responsabilidade de concluir a estrutura do templo, profetas-. Os que atenderam às necessidades morais e espirituais do povo de Deus desde que foi iniciado o trabalho material; é provável que Zacarias esteja se referindo a Ageu e a Sl mesmo, visto que são os únicos de que temos notícia que estiveram ativos nesse período específico, i.e., 520-519 a.C. (conforme Ag 1:6-37, especialmente v. 12; 2:15-19). Antes do início desse trabalho, a situação comercial e civil era desesperadora. Tanto os homens quanto os animais viviam abaixo da “linha da pobreza”, e o perigo constante estava à espreita de quem viajava qualquer distância em virtude dos adversários (heb. sãr) — muito provavelmente, uma referência aos samaritanos, que se tornaram hostis quando sua oferta de ajuda na reconstrução foi rejeitada (conforme Ed 4:1-15) — e assim todo o tecido de uma sociedade antes pacífica e feliz se rompeu porque cada um era contra o seu próximo, v. 11. Mas agora esse tempo passou. v. 12. Haverá uma rica semeadura: Essa frase de abertura é um tanto obscura. A ARA exagera na tentativa da tradução do sentido hebraico (“Porque haverá sementeira de paz”). A BJ parece preferível: “Porque a semeadura será em paz”. A NEB em inglês é semelhante e traz “Eles semearão em segurança” — traduzindo o heb. shãlòrn de forma menos comum, embora perfeitamente aceitável, e que prenuncia o que segue: vinhas ricas e uma terra em geral frutífera. Nisso, Zacarias está claramente lembrando o testemunho de Ageu, o qual observou a quebra da colheita em virtude da falta de orvalho e chuva (conforme Ag 1:10,Ag 1:11), mas que de forma semelhante prometeu a volta de ricas colheitas como sinal do favor de Deus (conforme Ag 2:19). v. 13. Assim, o contraste entre o passado e o futuro é agora cristalizado nas palavras finais do oráculo; Judá, antes maldição para as nações, agora se tornará bênção para os outros como povo reunido, Judá e Israel, e por isso há boas razões para que eles voltem as suas mãos com confiança para a obra que Deus planejou.

A segunda parte do sermão destaca novamente a necessidade da cooperação do povo com Deus para gerar uma nova era de bênçãos. v. 14. As calamidades de anos passados eram todas parte do desígnio geral de Deus. v. 15. Mas, de forma não menos planejada, os melhores dias que virão também têm um propósito, v. 16. De seu lado, o povo precisa manter a honestidade como padrão de conduta. A lei civil, aplicada nos tribunais, precisa ser caracterizada pela eqüidade e assim estabelecer uma sociedade harmoniosa. Coisas ofensivas, como ódio e juramento falso, precisam ser removidas.

v. 18,19. O profeta tratou de princípios éticos e espirituais gerais que estão na base de toda a observância exterior. Com base no que ele disse e na forma que disse, está evidente que sua “digressão” da pergunta específica que lhe foi feita (conforme 7,3) foi por uma boa razão. Agora ele passa a responder àquela pergunta. Os jejuns solenes que ele enumerou devem tornar-se festas (heb. moêd) felizes, e por isso é necessária a preparação do coração por meio da grande valorização da verdade e da paz, exemplificadas nos relacionamentos marcados pela generosidade e na busca da justiça social.

v. 20. Anteriormente, na profecia, há uma insinuação de universalidade espiritual (cf.
2.11). Isso é agora ampliado para formar a conclusão da primeira parte do livro. Povos e habitantes de muitas cidades...-. Ou seja, pessoas de uma grande diversidade de nacionalidades, dizendo: Vamos logo [...] buscar o Senhor dos Exércitos (v. 21). O tom é de urgência, pois a última frase diz, lit., “Deixe-me ir também” (Eu mesmo já estou indo). P. R. Ackroyd sugere (PCB, p.
651) que essa exclamação possivelmente reflita ou a primeira pessoa Dt 3:5, ou o comentário entusiasmado de um dos primeiros escribas a trabalhar no texto, v. 22. Jerusalém já não é vista como o coração do judaísmo, mas como centro das operações de Deus com todas as nações, e como cumprimento glorioso da promessa dada a Abraão (conforme Gn 12:3). v. 23. Naqueles dias está em contraste com “agora” (v. 15) e provavelmente é sinônimo de “naquele dia” de outros textos proféticos (e.g., Is 4:1; Is 17:7; Ez 29.21; Dn 2:16ss; Jl 8:9; Ag 2:23). dez homens: Um número que denota completude (conforme Lv 26:26; 1Sm 1:8). de todas as [...] nações: O termo heb. gõy era e ainda é hoje usado pelos judeus como uma expressão de desdém na referência aos não-judeus, agarrarão firmemente a barra das vestes de um judeu: O verbo aqui (heb. hãzaq, “pegar”) ocorre duas vezes na frase e denota uma ação impulsiva, mas profundamente sincera, provavelmente um apelo por amizade (assim J. G. Baldwin, Haggai, Zechariah, Malachi, p. 156; conforme 1Sm

17.35), e talvez deva ser comparada a uma ação semelhante no NT (conforme Mt 9:20). O “judeu” (singular) como tal é mencionado raramente no ATOS fora de Esdras e Neemias. A sinceridade do não-judeu é demonstrada por sua confissão: Deus está com o seu povo. A evidência fornecida pelo genuíno avivamento e pela reforma entre o povo de Deus deve ser convincente (conforme Is 7:14; Is 45:14; 1Co 14:25; conforme Jo 14:17). A verdadeira espiritualidade é atraente para aqueles que exercem a fé genuína; mas para os outros pode ser um estorvo. A universalidade com que termina a primeira parte do livro não é, portanto, de conveniência, gerada por diálogo ou deliberação. E a obra de Deus, iniciada por ele e mediada por seu povo. A glória de Deus não será completamente manifesta enquanto ele não for universalmente reconhecido na plenitude em que se revelou para Israel em primeira instância. Mas essa glória só será manifesta por meio do que ele mesmo fez.


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de Zacarias Capítulo 8 do versículo 1 até o 17
c) Uma promessa de restauração (Zc 8:1-38). Assim como haviam sido objeto de maldições entre as nações pagãs que os tinham cativado, igualmente agora seriam um exemplo de bênção (13). Porém, para herdar a promessa, teriam de tratar-se fielmente entre si e de executar juízo reto em suas assembléias legais, evitando a malícia e o juramento falso. (16-17).

Dicionário

Cidade

substantivo feminino Povoação de maior amplitude e importância.
Aglomerado de pessoas que, situado numa área geograficamente delimitada, possui muitas casas, indústrias, áreas agrícolas; urbe.
A vida urbana, por oposição à rural: comportamentos da cidade.
Conjunto dos habitantes, do poder administrativo e do governo da cidade.
Grande centro industrial e comercial (em oposição ao campo).
Parte central ou o centro comercial de uma cidade.
Grupo de imóveis que têm a mesma destinação: cidade universitária.
[Popular] Grande formigueiro de saúvas.
Antigo Estado, nação.
expressão Cidade santa. Jerusalém.
Cidade aberta. Cidade não fortificada.
Cidade eterna. Roma, cidade italiana, na Europa.
Cidade dos pés juntos. Cemitério.
Ir para a cidade dos pés juntos. Morrer.
Direito de cidade. Na Antiguidade, direito que tinham os cidadãos, segundo a cidade ou o Estado a que pertenciam, de usufruir de algumas prerrogativas, caso preenchessem determinadas condições.
Etimologia (origem da palavra cidade). Do latim civitas, civitatis.

substantivo feminino Povoação de maior amplitude e importância.
Aglomerado de pessoas que, situado numa área geograficamente delimitada, possui muitas casas, indústrias, áreas agrícolas; urbe.
A vida urbana, por oposição à rural: comportamentos da cidade.
Conjunto dos habitantes, do poder administrativo e do governo da cidade.
Grande centro industrial e comercial (em oposição ao campo).
Parte central ou o centro comercial de uma cidade.
Grupo de imóveis que têm a mesma destinação: cidade universitária.
[Popular] Grande formigueiro de saúvas.
Antigo Estado, nação.
expressão Cidade santa. Jerusalém.
Cidade aberta. Cidade não fortificada.
Cidade eterna. Roma, cidade italiana, na Europa.
Cidade dos pés juntos. Cemitério.
Ir para a cidade dos pés juntos. Morrer.
Direito de cidade. Na Antiguidade, direito que tinham os cidadãos, segundo a cidade ou o Estado a que pertenciam, de usufruir de algumas prerrogativas, caso preenchessem determinadas condições.
Etimologia (origem da palavra cidade). Do latim civitas, civitatis.

Desde o tempo em que a cidade de Jerusalém foi tomada por Davi, tornaram-se os hebreus, em grande parte, um povo habitante de cidades. As cidades eram, no seu maior número, muradas, isto é, possuíam uma muralha com torres e portas. Mas em volta da cidade, especialmente em tempos de paz, viam-se sem defesa os arrabaldes, aos quais se estendiam os privilégios da cidade. Em conformidade ao costume oriental, determinadas cidades deviam abastecer de certos produtos o Estado, para a construção de edifícios, fabricação de carros de guerra, armação de cavaleiros, e provisão da mesa real. Para manutenção dos levitas foram-lhes concedidas quarenta e oito cidades, espalhadas pelo país, juntamente com uma certa porção de terreno suburbano. Antes do cativeiro, o governo interno das cidades judaicas era efetuado por uma junta de anciãos (2 Rs 10.1), juntamente com juizes, devendo estes pertencer à classe sacerdotal. No tempo da monarquia parece que era nomeado, um governador ou presidente, sendo por ele mandados a diversos pontos do distrito os juízes, que, presumivelmente, levavam depois certas questões de dúvida a Jerusalém para serem resolvidas por um conselho de sacerdotes, levitas e anciãos. Depois do cativeiro, disposições semelhantes foram realizadas por Esdras para nomeação de juizes. Em muitas cidades orientais, destina-se grande espaço a jardins, e desta forma torna-se muito maior a extensão da cidade. A notável amplidão das cidades de Nínive e Babilônia pode assim, em parte, ser explicada. As ruas são, em geral, extremamente estreitas, raras vezes permitindo que dois camelos carregados passem um pelo outro. o comércio interno das cidades era sustentado, como hoje acontece, por meio de bazares. o profeta Jeremias fala-nos (37,21) da Rua dos Padeiros. os espaços abertos, junto às portas das cidades, eram, em tempos antigos, como ainda são hoje, usados pelos anciãos para suas assembléias, e pelos reis e juizes para reunião de cortes e constituição de tribunais e pelo povo para tratarem das suas regalias. Também se empregavam para exposição pública, quando era preciso castigar assim os culpados de certos delitos. Havia grandes trabalhos para abastecer de água as cidades, empregando-se reservatórios e cisternas que se enchiam com as águas pluviais, ou trazendo de distantes nascentes o precioso líquido por meio de aquedutos.

Encher

verbo transitivo direto e pronominal Preencher a área, o local, a superfície, o espaço de; fazer ficar cheio, preenchido: encher de água o frasco; a piscina encheu-se com rapidez.
Ocupar (o espaço vazio), completar: encher o copo.
verbo transitivo direto Tomar todo o tempo de; ocupar: o estudo enche seu dia.
Desempenhar uma ação até o seu fim; cumprir ou desenvolver algo.
Disseminar ou esparramar por: seu cheiro enchia o quarto.
verbo bitransitivo Determinar excesso de (alguma coisa) a; sobrecarregar: encheu seu filho de comida.
verbo intransitivo Ocasionar o preenchimento de; tornar-se preenchido: o rio encheu.
verbo transitivo direto e pronominal Reduzir ou cessar a fome ou a sede de; fartar ou fartar-se.
verbo transitivo direto , intransitivo e pronominal [Brasil] Informal. Ficar entediado ou aborrecido; aborrecer-se: encheu-se de seu marido! Aquele homem enche!
Figurado Encher-se de vento. Exibir-se.
Figurado Encher linguiça. Matar o tempo; tratar de assuntos supérfluos à espera de coisa mais importante; contemporizar.
Figurado Encher a mochila. Comer muito; fazer fortuna por meios ilícitos.
Etimologia (origem da palavra encher). Do latim implere.

Meninas

fem. pl. de meninó

me·ni·nó
nome masculino

[Informal] Indivíduo finório; espertalhão.


me·ni·no
(origem expressiva)
nome masculino

1. O varão desde que nasce até à adolescência. = GAROTO, MIÚDO

2. [Informal] Espertalhão, finório.

3. [Informal] Tratamento amical (entre homens).

4. Tratamento dos criados aos filhos dos amos.


menino de rua
Criança abandonada ou foragida que vive nas ruas.

menino do coro
Rapaz que canta no coro ou que ajuda à missa.

Rapaz ou homem muito bem-comportado.


Meninos

masc. pl. de meninó

me·ni·nó
nome masculino

[Informal] Indivíduo finório; espertalhão.


me·ni·no
(origem expressiva)
nome masculino

1. O varão desde que nasce até à adolescência. = GAROTO, MIÚDO

2. [Informal] Espertalhão, finório.

3. [Informal] Tratamento amical (entre homens).

4. Tratamento dos criados aos filhos dos amos.


menino de rua
Criança abandonada ou foragida que vive nas ruas.

menino do coro
Rapaz que canta no coro ou que ajuda à missa.

Rapaz ou homem muito bem-comportado.


Ruas

fem. pl. de rua

ru·a
nome feminino

1. Via ladeada de casas (nas povoações).

2. [Por extensão] Os habitantes de uma rua; a plebe.

3. Álea e, em geral, todo o espaço por onde se pode caminhar num jardim ou horta.

interjeição

4. Expressão usada para afastar ou mandar embora. = FORA


Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
רְחֹב עִיר מָלֵא יֶלֶד יַלְדָּה רְחֹב שָׂחַק
Zacarias 8: 5 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

As praçasH7339 רְחֹבH7339 da cidadeH5892 עִירH5892 se encherãoH4390 מָלֵאH4390 H8735 de meninosH3206 יֶלֶדH3206 e meninasH3207 יַלְדָּהH3207, que nelasH7339 רְחֹבH7339 brincarãoH7832 שָׂחַקH7832 H8764.
Zacarias 8: 5 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

520 a.C.
H3206
yeled
יֶלֶד
criança, filho, menino, descendêbncia, juventude
(a young man)
Substantivo
H3207
yaldâh
יַלְדָּה
()
H4390
mâlêʼ
מָלֵא
encher, estar cheio
(and fill)
Verbo
H5892
ʻîyr
עִיר
agitação, angústia
(a city)
Substantivo
H7339
rᵉchôb
רְחֹב
()
H7832
sâchaq
שָׂחַק
rir, brincar, zombar
(that he may make us sport)
Verbo


יֶלֶד


(H3206)
yeled (yeh'-led)

03206 ילד yeled

procedente de 3205; DITAT - 867b; n m

  1. criança, filho, menino, descendêbncia, juventude
    1. criança, filho, menino
    2. criança, crianças
    3. descendentes
    4. juventude
    5. israelitas apostatados (fig.)

יַלְדָּה


(H3207)
yaldâh (yal-daw')

03207 ילדה yaldah

procedente de 3206; DITAT - 867b; n f

  1. menina, donzela, moça em idade de casamento

מָלֵא


(H4390)
mâlêʼ (maw-lay')

04390 מלא male’ ou מלא mala’ (Et 7:5)

uma raiz primitiva; DITAT - 1195; v

  1. encher, estar cheio
    1. (Qal)
      1. estar cheio
        1. plenitude, abundância (particípio)
        2. estar cheio, estar completo, estar terminado
      2. consagrar, encher a mão
    2. (Nifal)
      1. estar cheio, estar armado, estar satisfeito
      2. estar concluído, estar terminado
    3. (Piel)
      1. encher
      2. satisfazer
      3. completar, terminar, concluir
      4. confirmar
    4. (Pual) estar cheio
    5. (Hitpael) reunir-se contra

עִיר


(H5892)
ʻîyr (eer)

05892 עיר ̀iyr

ou (no plural) ער ̀ar ou עיר ̀ayar (Jz 10:4)

procedente de 5782 uma cidade (um lugar guardado por um vigia ou guarda) no sentido mais amplo (mesmo de um simples acampamento ou posto); DITAT - 1587a,1615; n m

  1. agitação, angústia
    1. referindo-se a terror
  2. cidade (um lugar de vigilância, guardado)
    1. cidade

רְחֹב


(H7339)
rᵉchôb (rekh-obe')

07339 רחב r echob̂ ou רחוב r echowb̂

procedente de 7337; DITAT - 2143d; n. f.

  1. lugar ou praça ampla ou aberta

שָׂחַק


(H7832)
sâchaq (saw-khak')

07832 שחק sachaq

uma raiz primitiva; DITAT - 1905c; v.

  1. rir, brincar, zombar
    1. (Qal)
      1. rir (geralmente em desprezo ou escárnio)
      2. divertir, brincar
    2. (Piel)
      1. fazer pilhéria
      2. gracejar
      3. tocar (abrangendo música instrumental, canto, dança)
    3. (Hifil) rir com escárnio