Enciclopédia de Números 22:14-14

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

nm 22: 14

Versão Versículo
ARA Tendo-se levantado os príncipes dos moabitas, foram a Balaque e disseram: Balaão recusou vir conosco.
ARC E levantaram-se os príncipes dos moabitas, e vieram a Balaque, e disseram: Balaão recusou vir conosco.
TB Tendo-se levantado os príncipes de Moabe, voltaram a Balaque e disseram: Balaão recusou vir conosco.
HSB וַיָּק֙וּמוּ֙ שָׂרֵ֣י מוֹאָ֔ב וַיָּבֹ֖אוּ אֶל־ בָּלָ֑ק וַיֹּ֣אמְר֔וּ מֵאֵ֥ן בִּלְעָ֖ם הֲלֹ֥ךְ עִמָּֽנוּ׃
BKJ E os príncipes de Moabe se levantaram e foram até Balaque, e disseram: Balaão se recusou a vir conosco.
LTT E levantaram-se os príncipes dos moabitas, e vieram a Balaque, e disseram: Balaão recusou vir conosco.
BJ2 Levantaram-se os príncipes de Moab e voltaram para Balac e lhe disseram: "Balaão recusou-se a vir conosco."
VULG Reversi principes dixerunt ad Balac : Noluit Balaam venire nobiscum.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Números 22:14

Números 22:13 Então, Balaão levantou-se pela manhã e disse aos príncipes de Balaque: Ide à vossa terra, porque o Senhor recusa deixar-me ir convosco.
Números 22:37 E Balaque disse a Balaão: Porventura, não enviei diligentemente a chamar-te? Por que não vieste a mim? Não posso eu na verdade honrar-te?

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

A conquista da Transjordânia

século XV ou XIII a.C.
MOISÉS ENVIA ESPIAS
Guiado por uma nuvem provida pelo Senhor, Moisés conduziu seu povo a Cades-Barnéia (atuais fontes de Qudetrat) na região nordeste da península do Sinai. Dali, enviou doze homens para espiar a terra de Canaã, a qual o Senhor havia dado as israelitas.? Os espias atravessaram a terra toda, chegando até Reobe ao norte e, depois, voltaram do vale de Escol com romás e figos e um cacho de uvas pendurado numa vara carregada por dois homens.? Os espias ficaram impressionados com a fertilidade de Canaà, uma "terra que mana leite e mel", mas seu relatório não foi inteiramente favorável. As cidades de Canaá eram fortificadas e a terra devorava quem vivia nela. Os habitantes eram de estatura gigantesca e, em comparação com eles, os espias pareciam gafanhotos. Quando os israelitas ouviram esse relatório, gritaram em voz alta, choraram e murmuraram contra Moisés e Arão: "Tomara tivéssemos morrido na terra do Egito ou mesmo neste deserto! E por que nos traz o Senhor a esta terra, para cairmos à espada e para que nossas mulheres e nossas crianças sejam por presa? Não nos seria melhor voltarmos para o Egito?" (Nm 14:2-3). Dois espias, Josué e Calebe, estavam certos de que o Senhor ajudaria os israelitas a conquistar Canaã, mas a opinião dos outros dez espias prevaleceu, levando o Senhor a expressar seu desprazer a Moisés e Arão. Todos os murmuradores com vinte anos de idade ou mais morreriam no deserto. Os israelitas passariam quarenta nos vagando pelo deserto até que toda aquela geração tivesse morrido. Uma tentativa do povo de entrar em Canaà sem a permissão de Moisés redundou em fracasso e os amalequitas e cananeus perseguiram o exército israelita at Horma

A VOLTA A CADES-BARNÉIA
Trinta e oito anos depois os israelitas voltaram a Cades-Barnéia, onde Miriã, a irmã de Moisés, faleceu. Quando a nova geração começou a murmurar devido à falta de água, como seus pais haviam feito, o Senhor disse a Moisés para falar à rocha de modo a produzir água. Exasperado, Moisés feriu a rocha e a água jorrou, mas o Senhor o informou que, por não haver confiado que Deus demonstraria seu poder publicamente, Moisés não entraria na terra prometida."

EDOM NÃO DÁ PASSAGEM A ISRAEL
Ao invés de prosseguir em direção ao norte e lutar contra os povos locais para entrar em Canaã, os israelitas planejaram passar pelas terras a leste do mar Morto e do rio Jordão e entrar em Canaã pelo leste. Para seguir esse caminho teriam de entrar no território dos edomitas, os descendentes de Esaú, o irmão gêmeo de Jacó. Moisés enviou mensageiro pedindo passagem, mas o rei de Edom recusou, obrigando os israelitas a contornarem o território edomita. No monte Hor, Arão, irmão de Moisés, faleceu aos 123 anos de idade.

A DERROTA DE SEOM
Os israelitas atravessaram o vale de Zerede e se dirigiram ao vale do rio Arnom, na frontera com Moabe. Naquela época, grande parte do território moabita era governado por um rei amorreu chamado Seom. Além de recusar passagem aos israelitas, Seom os atacou em Jasa. Os livros de Números e Deuteronòmio no Antigo Testamento tratam dessa campanha e registram os acontecimentos de um ponto de vista claramente israelita, afirmando que Israel ocupou Hesbom, a capital de Scom, e destruiu completamente todas as cidades e habitantes do seu reino.

A DERROTA DE OGUE
Quando Moisés e o povo prosseguiram em direção ao norte, para a terra de Basã, a região a nordeste do mar da Galiléia, Ogue, rei de Basà, que reinava em Astarote, saiu à guerra em Edrei (Der'a) na Síria. Ogue foi derrotado e sessenta das suas cidades fortificadas com grandes muralhas, portas e ferrolhos passaram para as mãos dos israelitas. Mais uma vez 1srael destruiu completamente as cidades e todos os seus habitantes. O livro de Deuteronômio faz uma observação curiosa acerca da cama de Ogue, a qual, na época em que o livro foi escrito, ainda podia ser vista em Rabá dos amonitas, atual Amá. O móvel com 4 m de comprimento é descrito como um "leito de ferro". Uma tradução preferível é "decorado com ferro"; porém, tendo em vista vários sarcofagos de basalto terem sido encontrados em Basâ, outra interpretação sugerida "sarcófago de basalto". As vitórias dos israelitas sobre Seom e Ogue lhes deram um território amplo a leste do Jordão, uma base segura para preparar a campanha militar contra os povos do outro lado do rio Jordão. As tribos de Rúben e Gade e a meia tribo de Manassés receberam a garantia de que poderiam ocupar as terras a leste do Jordão desde que participassem da conquista de Canaá junto com as outras tribos de Israel.

BALAÃO
Em seguida, os israelitas acamparam nas campinas de Moabe (também chamadas de Sitim) defronte a cidade de Jerico, mas separadas dela pelo rio Jordão. Balaque, rei de Moabe, contratou um adivinhador chamado Balaão para proferir maldições contra os israelitas. Os mensageiros do rei foram buscar Balaão em Petor, na terra de Amav, ou seja, no vale de Sajur, entre Alepo e Carquemis, junto ao Eufrates, uma região correspondente, hoje, ao norte da Síria. Na verdade, todos os oráculos de Balaão registrados no livro de Números são bênçãos, e não maldições. Assim, quando se viu incapaz de amaldiçoar os israelitas, Balaão os seduziu ao culto a Baal e à imoralidade sexual com mulheres moabitas. Posteriormente, ele pagaria por isso com a vida." Este adivinhador, conhecido principalmente pelo episódio em que sua jumenta lhe falou, também aparece numa inscrição aramaica escrita em nanquim sobre gesso de Tell Deir Alla (chamada na Bíblia de Sucote) na atual Jordânia, datada de c. 800 a.C.O texto em questão mostra como a fama de Balaão era ampla.

DEUTERONÔMIO
Talvez devido à imoralidade e idolatria dos israelitas nas campinas de Moabe, Moisés considerou necessário repetir a lei à nova geração prestes a entrar na terra prometida. As palavras proferidas pelo líder de Israel nessa ocasião constituem o livro conhecido como Deuteronômio (um termo grego que significa "segunda lei" ou "lei repetida"). A segunda definição ("lei repetida") deve ser preferida, pois o livro é uma reiteração da lei já transmitida, e não uma segunda parte da mesma. A forma básica de Deuteronômio é semelhante à de Êxodo- Levítico. No final do livro, Moisés ensina um cântico ao povo para ajudá-los a lembrar das palavras do Senhor e obedecê-las e abençoa cada uma das doze tribos de Israel.

A MORTE DE MOISÉS
Deus ordenou que Moisés subisse o monte Nebo, defronte de Jerico, e visse a terra prometida. Devido à desobediência do líder de Israel em Cades-Barnéia, Deus não lhe permitiu entrar em Canaã. Do alto do monte Nebo (provavelmente o atual Jebel en-Neba, com 835 m de altura), Moisés pôde ver grande parte da terra prometida estendendo-se mais de 1.000 m abaixo dele, desde o pico branco e brilhante do monte Hermom, ao norte do mar da Galiléia, até Zoar, na extremidade sul do mar Morto. Também deve ter visto as cidades de Jerico, Jerusalém e Belém. No alto deste monte, aos cento e vinte anos de idade, Moisés faleceu inteiramente lúcido. De acordo com o autor do posfácio de Deuteronômio, o Senhor sepultou Moisés em Moabe, no vale defronte de Bete-Peor. "E ninguém sabe, até hoje, o lugar da sua sepultura (…..] Nunca mais se levantou em Israel profeta algum como Moisés, com quem o Senhor houvesse tratado face a face, no tocante a todos os sinais e maravilhas que, por mando do Senhor, fez na terra do Egito, a Faraó, a todos os seus oficiais e a toda a sua terra; e no tocante a todas as obras de sua poderosa mão e aos grandes e terríveis feitos que operou Moisés à vista de todo o Israel" (Dt 34:66-10-12).

A missão dos espias israelitas e a conquista da Transjordânia
A missão dos espias israelitas e a conquista da Transjordânia

OS VIZINHOS DE ISRAEL E JUDÁ

O LEGADO DE DAVI E SALOMÃO
Durante o reinado de Davi, Israel conquistou vários povos vizinhos, mas não todos. Ao norte, Hirão de Tiro e outros reis fenícios governavam uma faixa ao longo da costa do Mediterrâneo correspondente de forma aproximada a atual Líbano. Mais ao sul, também junto ao Mediterrâneo, os filisteus mantiveram sua independência. Do lado leste do rio Jordão e a leste e sul do mar Morto, Davi conquistou Amom, Moabe e Edom. Depois de derrotar Hadadezer de Zobá, Davi parece ter conseguido controlar parte da Síria até o rio Eufrates. Nos anos depois da morte de Salomão, essas regiões readquiriram sua independência.

AMOM
O centro do reino de Amom era a grande cidadela de Rabá- Amom (atual Amã, capital da Jordânia). Os amonitas eram descendentes de Ben-Ami, filho de Ló (sobrinho de Abraão) (com sua filha mais nova) A região a oeste que se estendia até o vale do Jordão entre os ribeiros Jaboque e Arnom era ocupada pelos amorreus.

MOABE
O reino de Moabe se concentrava no planalto entre o ribeiro de Arnom, que corria por um vale de até 500 m de profundidade, e o ribeiro de Zerede, a leste do mar Morto. Sua cidade mais importante era Quir-Haresete, a magnífica fortaleza de Kerak. A região ao norte do rio Arnom era chamada de Misor, ou campinas de Moabe. Os moabitas eram descendentes de Ló com sua filha mais vela. Rute, a bisavó de Davi, era moabita. Moabe era uma região conhecida pela criação de ovinos e, por algum tempo, teve de pagar a Israel um tributo anual de cem mil cordeiros e a lã de cem mil carneiros.

EDOM
Os edomitas eram descendentes de Esaú, o irmão mais velho de Jacó. Ocupavam o território ao sul do mar Morto e a sudeste do ribeiro de Zerede. Essa região montanhosa também era chamada de monte Seir, que significa "peludo", pois era coberta de uma vegetação densa constituída, em sua maior parte, de arbustos. Abrangia a Arabá, ou deserto de Edom, a grande depressão que liga o mar Morto ao mar Vermelho. Sua capital, Sela, pode ser identificada com Petra, a cidade que viria a ser conhecida como a espetacular capital rosada dos árabes nabateus.

A REGIÃO AO SUL DO MAR MORTO
Ao sul de uma linha imaginária entre Gaza e Berseba, estendendo-se para o leste até o sul do mar Morto, fica o deserto de Zim. Essa área extensa que constitui a parte norte do deserto do Sinai apresenta um índice pluviométrico anual inferior a 200 mm e, portanto, não pode ser usada para a agricultura. Judá procurou exercer controle sobre Edom e essa região. Os portos de Eziom-Geber (possivelmente Tell el-Kheleifeh) e Elate no norte do golfo de Ácaba permitiam que Judá tivesse acesso ao mar Vermelho e seu comércio valioso.

OS FILISTEUS
Quatro cidades filistéias, Ecrom, Asdode, Asquelom e Gaza, permaneceram independentes do controle de Israel e Judá. Apenas Gate foi controlada pelo reino de Judá.

O LÍBANO
Os montes da região norte da Galileia são separados das cadeias de montanhas do Líbano ao norte pelo vale profundo do rio Litani que desemboca no Mediterrâneo alguns quilômetros ao norte de Tiro. As montanhas de até 3.088 m de altura que passam cerca da metade do ano cobertas de neve explicam o nome "Líbano", que significa "branco". As coníferas e cedros do Líbano forneciam a madeira de melhor qualidade do Antigo Oriente Próximo, cobiçadas por reis da Mesopotâmia e do Egito, e também por Salomão, que adquiriu dessa região a madeira para o templo do Senhor em Jerusalém. A leste da cadeia de montanhas do Líbano encontra-se o vale de Becá. As montanhas formam uma barreira natural, impedindo que as chuvas cheguem ao vale onde o índice pluviométrico anual não passa de 250 mm. Os rios Orontes e Litani correm, respectivamente, ao longo do norte e do sul do vale para o mar Mediterrâneo. A leste de Becá fica a cadeia de montanhas do Antilíbano, cujo pico mais alto é o do monte Hermom (também chamado de Sirion ou Senir) com 2.814 m de altura. A costa mediterrânea do Libano possui

DO OUTRO LADO DO MAR
Os fenícios da costa do Líbano eram exímios marinheiros. Salomão contratou marujos de Hirão, rei de Tiro, para seus empreendimentos comerciais no mar Vermelho. Os israelitas, por sua vez, eram um povo ligado à terra que mostrava pouco entusiasmo pelo mar, como o salmista deixa claro: "Subiram até aos céus, desceram até aos abismos; no meio destas angústias, desfalecia-lhes a alma. Andaram, e cambalearam como ébrios, e perderam todo tino. Então, na sua angústia, clamaram ao Senhor, e ele os livrou das suas tribulações" (SI 107:26-28).

A SÍRIA
A leste da cadeia do Antilíbano fica o país chamado hoje de Síria. Este foi o nome que os romanos deram à região, que incluía a Palestina, quando Pompeu a conquistou em 63 .C. e a transformou numa província romana. No tempo do Antigo Testamento, a região ao redor de Damasco e mais ao norte era chamada de Hara. Davi firmou alianças com os reis arameus de Gesur (a leste do mar da Galileia) e Hamate. Conquistou Zoba (ao norte de Damasco), estendendo seu domínio até o rio Eufrates. Damasco recobrou sua independência durante o reinado de Salomão quando um certo Rezom passou a controlar a região. Ben-Hadade II, Hazael e Ben-Hadade IlI, reis posteriores de Damasco, entraram em conflito repetidamente com Israel, o reino do norte.

A LESTE DO JORDÃO
Basã e Gileade, a leste do rio Jordão, faziam parte da terra prometida, e, portanto, não eram vizinhos de Israel. Entretanto, a fim de fornecer uma descrição mais abrangente, devemos tratar dessas terras do outro lado do rio. Nessa região, os ventos frios do deserto que, no inverno, sopram sobre os montes orientais impedem o cultivo de oliveiras e, em alguns lugares, também de vinhas.

Vizinhos de Israel e Judá
Muitas nações vizinhas de Israel e Judá haviam. em algum momento, feito parte do reino de Davi.
Cidade de Petra, na Jordânia, escavada na rocha; talvez identificável com a cidade de Sela no Antigo Testamento. Aqui, uma vista do templo ou tumba nabatéia de el-Khazne.
Cedros nas montanhas do Líbano.

Vizinhos de Israel e Judá Muitas nações vizinhas de Israel e Judá haviam em algum momento, feito parte do reino de Davi.
Vizinhos de Israel e Judá Muitas nações vizinhas de Israel e Judá haviam em algum momento, feito parte do reino de Davi.
Cidade de Petra, na Jordânia, escavada na rocha; talvez identificável com a cidade de Sela no Antigo Testamento. Aqui, uma vista do templo ou tumba nabatéia de el-Khazne.
Cidade de Petra, na Jordânia, escavada na rocha; talvez identificável com a cidade de Sela no Antigo Testamento. Aqui, uma vista do templo ou tumba nabatéia de el-Khazne.
Cedros nas montanhas do Líbano.
Cedros nas montanhas do Líbano.

Os REIS DE ISRAEL

930-741 a.C.
A DINASTIA DE ONRI
Como vimos anteriormente, Israel, o reino do norte, foi caracterizado por um governo instável no qual o trono foi tomado por vários usurpadores. Um deles, chamado Onri, estabeleceu uma dinastia que proporcionou estabilidade relativa a Israel. Apesar da Bíblia dedicar apenas seis versículos ao reinado de Onri (880-873 a.C.),' outras fontes deixam claro que ele foi um rei importante. A conquista de Moabe por Onri encontra-se registrada na famosa Pedra Moabita, hoje no museu do Louvre, em Pais (ver abaixo). Foi Onri quem estabeleceu Samaria como capital de Israel, o que explica o fato dos assírios chamarem Israel de "casa de Onri" muito tempo depois da extinção dessa dinastia.
Onri foi sucedido por seu filho Acabe (873-853 aC.). O primeiro livro de Reis afirma a seu respeito: "Fez Acabe, filho de Onri, o que era mau perante o Senhor, mais do que todos os que foram antes dele" (1Rs 16:30) e ressalta que Jezabel, a esposa fenícia de Acabe, promoveu a idolatria em Israel. Escavações realizadas em Samaria revelaram vários fragmentos de marfim entalhado, provavelmente da " casa de marfim"2 de Acabe, que mostram influências fenícias e egípcias. Num episódio bastante conhecido, Acabe e Jezabel foram repreendidos pelo profeta Elias por mandar matar Nabote, o jezreelita, a fim de obter sua vinha: cães lamberiam o sangue de Acabe no lugar onde haviam lambido o sangue de Nabote e devorariam Jezabel dentro dos muros de Jezreel.' Quando Acabe morreu em combate e foi levado de carro até Samaria, de fato, os cães lamberam o sangue no seu carro.

A DINASTIA DE JEÚ
O profeta Elias atendeu à ordem do Senhor e ungiu a Jeú, o comandante do exército, como rei de Israel. Num golpe sangrento, Jeú exterminou a dinastia de Onri e matou não apenas Jorão, rei de Israel, mas também Acazias, rei de Judá. Também executou os sacerdotes de Baal, os filhos de Acabe que haviam sobrevivido e a viúva de Acabe, Jezabel, da qual restou apenas o crânio, os pés e as mãos, pois o resto de seu corpo foi devorado pelos cães.°
Logo no início de seu reinado, Jeú (841-813 a.C.), ou seu embaixador, pagou tributo ao rei assírio Salmaneser III (859-824 a.C.), conforme retratado no famoso Obelisco Negro de Salmaneser, da cidade assíria de Nimrud. Uma inscrição identifica Jeú como "Jeú, filho de Onri". Cortesãos numa longa fila trazem tributos: ouro, prata e frutas. Pode-se observar, portanto, que Israel foi obrigado a reconhecer o poder crescente da Assíria. Jeroboão II (781-753 a.C.), bisneto de Jeú, aproveitou um período em que a Assíria se encontrava enfraquecida conquistou grande parte da Síria para Israel, conforme havia sido predito pelo profeta Jonas. O reino de Jeroboão II foi caracterizado por prosperidade crescent, acompanhada de idolatria. O profeta Amós apresenta uma descrição vívida:
"(Vós] que dormis em camas de marfim, e vos espreguiçais sobre o vosso leito, e comes os cordeiros do rebanho e os bezerros do cevadouro; que cantais à toa no som da lira e inventais, como Davi, instrumentos músicos para vós mesmos; que bebeis vinho em taças e vos ungis com o mais excelente óleo.
Amós 6:4-6
Entalhes suntuosos de marfim e grandes construções encontradas em Samaria, a capital israelita, são provas arqueológicas dessa prosperidade. Além disso, 102 óstracos escritos em hebraico foram encontrados em Samaria e provavelmente podem ser datados do reinado de Jeroboão II. As inscrições registram recibos de vinho e azeite, provavelmente referentes ao pagamento de impostos de propriedades nos arredores de Samaria.

Um selo magnífico de jaspe com a inscrição "Pertencente a Shema, servo de Jeroboão" (referindo-se provavelmente a Jeroboão I) foi encontrado em Megido. Como o profeta Amós predisse, essa prosperidade não seria duradoura: "Mas não vos afligis com a ruína de José. Portanto, agora, ireis em cativeiro entre os primeiros que forem levados cativos, e cessarão as pândegas dos espreguiçadores.
Amós 6.6h-7
O Senhor tinha dito a Jeú que sua dinastia duraria apenas quatro gerações. Zacarias, filho de Jeroboão Il, foi assassinado por Salum. Este tomou o trono, mas o ocupou por apenas um mês antes de sucumbir a outro usurpador chamado Menaém (752-741 a.C.). Para infelicidade de Israel, os assírios voltaram a ganhar força no reinado de Tiglate-Pileser III (746-727 a.C.) e, trinta anos depois da morte de Teroboão II, os israelitas foram exilados na Assíria.

ESTÁBULOS EM MEGIDO?
Escavações em Megido revelaram um grande conjunto de construções, identificados, por vezes, como estábulos com capacidade para até 450 cavalos. De cada lado de uma passagem central com 3 m de largura havia duas fileiras de colunas de pedra que sustentavam o telhado e, supostamente, serviam como postes as quais os cavalos podiam ser amarrados. As instalações também contavam com cochos, armazéns de cereais e tanques de água feitos de tijolos de barro. Logo depois de sua descoberta, o local foi associado a Salomão, em parte devido à referência às suas "cidades para carros" em I Reis 10:26. Essa atribuição não é mais defensável, pois pode-se observar que a extremidade sudeste do conjunto foi construída sobre um edifício do tempo de Salomão. Hoje em dia, esse complexo é considerado obra de Acabe, conhecido por ter usado dois mil carros na batalha contra os assírios em Qarqar, no rio Orontes na Síria em 853 a.C.O consenso entre os estudiosos é de que, na verdade, as instalações não são estábulos, mas sim, armazéns como aqueles ao redor das construções. Edifícios semelhantes encontrados em Hazor também passaram a ser considerados armazéns.

A Pedra Moabita (ou estela de Mesa)
Em 1868, F. A. Klein, um missionário alemão que morava em Jerusalém, viu uma placa encontrada na cidade de Dhiban (a Dibom bíblica) na atual Jordânia, com c. de 1,1 m de altura e 34 linhas de inscrições. Durante as negociações para comprar a pedra, C. S. Clermont-Ganneau, representante do museu do Louvre, conseguiu fazer um molde das inscrições, uma decisão prudente, pois, algum tempo depois, os proprietários da pedra colocaram-na no fogo e derramaram água fria para que se partisse em fragmentos. Alguns destes fragmentos nunca mai foram encontrados, porém o molde permitiu recuperar o texto parcialmente. Gravada em c. 830 a.C. por Mesa, rei de Moabe, a inscrição na língua moabita (que possui semelhanças com o hebraico) registra: "Onri era rei de Israel e oprimiu Moabe por muitos dias" (linhas 4-5). Mesa continua: "E Onri tomou posse da terra de Medeba e viveu nela durante seus dias e metade dos dias de seu filho quarenta anos" (linhas 7-8). Por fim, Mesa conseguiu se livrar desse domínio israelita.° Ele registra que tomou alguns dos utensílios do Senhor: "Tire de lá os utensílios do Senhor" (linhas 17-18). Esta é a primeira menção extra-bíblica das quatro consoantes hebraicas (YHWH) que constituem o nome do Senhor.

Guerra entre Israel e os moabitas

 

sinete de jaspe, pertencente a Sema, servo de Jeroboão Il (781-753 a.C.), Megido.
sinete de jaspe, pertencente a Sema, servo de Jeroboão Il (781-753 a.C.), Megido.
A Pedra Moabita (ou estela de Mesa)
A Pedra Moabita (ou estela de Mesa)
Entalhe em marfim encontrado em Samaria. Mostra uma esfinge alada em meio a uma plantação de lótus, usando peruca e salote estampado.
Entalhe em marfim encontrado em Samaria. Mostra uma esfinge alada em meio a uma plantação de lótus, usando peruca e salote estampado.
Guerra entre Israel e os moabitas
Guerra entre Israel e os moabitas
Edifício com colunas em Hazor. Outrora considerado um estábulo, hoje é identificado como um armazém.
Edifício com colunas em Hazor. Outrora considerado um estábulo, hoje é identificado como um armazém.

ESTRADAS E TRANSPORTE NO MUNDO BÍBLICO

UMA QUESTÃO DE RECONSTRUÇÃO
Uma questão legítima que poderá ser levantada é sobre a possibilidade de se chegar a uma ideia relativamente confiável dos sistemas de transportes existentes desde os tempos bíblicos mais antigos. Antes do período romano, praticamente se desconhece a existência de até mesmo um pequeno trecho de um caminho ou estrada pavimentado ligando cidades antigas. E não há atestação de que, antes desse período, tenham existido quaisquer mapas de estradas no Crescente Fértil. No entanto, apesar das questões extremamente variadas e complexas que precisam ser levadas em conta quando se aborda esse assunto de forma abrangente, estudiosos que têm procurado delinear estradas antigas tendem a seguir uma combinação de quatro tipos de indícios: (1) determinismo geográfico; (2) documentação escrita; (3) testemunho arqueológico; (4) marcos miliários romanos. Determinismo geográfico se refere aos fatores fisiográficos e/ou hidrológicos em grande parte imutáveis existentes no antigo mundo bíblico e que determinavam as rotas seguidas por caravanas, migrantes ou exércitos. Esses caminhos permaneceram relativamente inalterados durante longos períodos (exceto onde a geopolítica os impedia ou em casos isolados de circulação ilegal). Parece que, em geral, as regiões de baixada ou planície ofereciam menores obstáculos ao movimento humano e maior oportunidade para o desenvolvimento de redes de transporte ou movimentação de tropas. Em contraste, cânions profundos, cavados por rios que às vezes se transformavam em corredeiras, eram um obstáculo a ser evitado em viagens. Caso fossem inevitáveis, deviam ser atravessados a vau em lugares que oferecessem dificuldade mínima. As barreiras representadas por pântanos infestados de doenças, a esterilidade e o calor escaldante de zonas desérticas e as áreas estéreis de lava endurecida eram obstáculos descomunais, a serem evitados a qualquer custo.
Encostas de montanhas com florestas densas, muitas vezes com desfiladeiros sinuosos, eram regularmente cruzados em canais, por mais estreitos ou perigosos que eles fossem. Por sua vez, os trechos em que as serras podiam ser percorridas por grandes distâncias sem a interrupção de desfiladeiros ou vales tendiam a ser usados em viagens durante todos os períodos. A necessidade de se deslocar de uma fonte de água doce abundante a outra foi, durante todas as eras, um pré-requísito para viagens. De maneira que, muito embora não disponhamos de um mapa antigo do mundo bíblico, ainda assim é possível inferir logicamente e com alto grau de probabilidade a localização das principais estradas, em especial quando o princípio do determinismo geográfico pode ser suplementado por outros tipos de indício.
A documentação escrita ajuda com frequência a delinear uma estrada com maior precisão. Esse tipo de indício pode estar na Bíblia, em fontes extrabíblicas antigas, escritores clássicos, antigos itinerários de viagem, geógrafos medievais ou viajantes pioneiros mais recentes. Algumas fontes escritas buscam fazer um levantamento de uma área de terra ou traçar um itinerário e, para isso, empregam tanto medidas de distância quanto direções; citam a distância entre dois ou mais pontos conhecidos de uma forma que pode ser reconstruída apenas mediante a pressuposição de uma rota específica entre esses pontos. Às vezes, essas fontes podem descrever uma rota em termos do tipo de terreno no meio do caminho (ao longo de uma determinada margem de um rio; perto de um cânion, vau, poco de betume ou oásis; ao lado de um determinado canal, ilha ou montanha etc.) ou um ponto de interesse situado ao longo do caminho e digno de menção. Cidades ao longo de uma rota podem ser descritas como parte de um distrito em particular ou como contíguas a uma determinada província, partilhando pastagens comuns, enviando mensagens por meio de sinais de fogo ou ficando simultaneamente sob o controle de certo rei. Distâncias aproximadas entre cidades, junto com uma rota presumida, podem ser inferidas a partir de textos que falam de um rei ou de um mensageiro que toma sua ração diária no ponto A no primeiro dia, no ponto B no dia seguinte, no ponto C no terceiro dia e assim por diante. Um exército ou caravana pode receber certo número de rações diárias a fim de percorrer um determinado trajeto, ou o texto pode dizer que uma viagem específica levou determinado número de dias para terminar.

No conjunto, fontes textuais não foram escritas com o propósito de ajudar alguém a delinear com absoluta certeza o trajeto de estradas. São fontes que tratam de assuntos extremamente diversos. Os detalhes geográficos oferecidos são muitos, variados e às vezes incorretos. Elas não oferecem o mesmo grau de detalhamento para todas as regiões dentro do mundo bíblico. Mesmo assim, seu valor cumulativo é fundamental, pois, com frequência, dão detalhes precisos que permitem deduzir com bastante plausibilidade o curso de uma estrada ou oferecem nuanças que podem ser usadas com proveito quando combinadas com outros tipos de indícios. Além do determinismo geográfico e da documentação escrita, o testemunho arqueológico pode ajudar a determinar o curso de antigas estradas. Identificar uma cidade antiga mediante a descoberta de seu nome em dados arqueológicos escavados no lugar ajuda a esclarecer textos que mencionam o local e proporciona um ponto geográfico fixo. Porque Laís/Da (T. el-Qadi) foi identificada positivamente a partir de uma inscrição encontrada em escavações no local, uma especificidade maior foi automaticamente dada a viagens como as empreendidas por Abraão (Gn
14) ou Ben-Hadade (1Rs 15:2Cr 16). Mesmo nas vezes em que o nome de uma cidade antiga permanece desconhecido, é útil quando vestígios arqueológicos revelam o tipo de ocupação que pode ter havido no lugar. Por exemplo, um palácio desenterrado permite a inferência de que ali existiu a capital de um reino ou província, ao passo que um local pequeno, mas muito fortificado, pode indicar um posto militar ou uma cidade-fortaleza. Quando se consegue discernir uma sequência de lugares semelhantes, tal como a série de fortalezas egípcias da época do Reino Novo descobertas no sudoeste de Gaza, é possível traçar o provável curso de uma estrada na região. Numa escala maior, a arqueologia pode revelar padrões de ocupação durante períodos específicos. Por exemplo, na 1dade do Bronze Médio, muitos sítios em Canaã parecem ter ficado junto a vias de transporte consolidadas, ao passo que, aparentemente, isso não aconteceu com povoados da Idade do Bronze Inicial. Da mesma forma, um ajuntamento de povoados da Idade do Bronze Médio alinhou-se ao longo das margens do Alto Habur, na Síria, ao passo que não se tem conhecimento de um agrupamento assim nem imediatamente antes nem depois dessa era.
Esse tipo de informação é útil caso seja possível ligar esses padrões de ocupação às causas para ter havido movimentos humanos na área. De forma que, se for possível atribuir a migrações a existência desses sítios da Idade do Bronze Médio, e os locais de migração são conhecidos, os dados arqueológicos permitem pressupor certas rotas que tinham condições de oferecer pastagens para animais domesticados e alimentos para os migrantes, ao mesmo tempo que praticamente eliminam outras rotas. É claro que havia muitos fatores climatológicos e sociológicos que levavam a migrações na Antiguidade, mas o fato é que, enquanto viajavam, pessoas e animais tinham de se alimentar com aquilo que a terra disponibilizava.
Às vezes a arqueologia permite ligar o movimento de pessoas ao comércio. A arqueologia pode recuperar obietos estranhos ao local onde foram encontrados (escaravelhos egípcios, sinetes cilíndricos mesopotâmicos etc.) ou descobrir produtos primários não nativos do Crescente Fértil (estanho, âmbar, cravo, seda, canela etc.). Para deduzir o percurso de estradas, seria então necessário levar em conta o lugar de onde procedem esses objetos ou produtos primários, a época em que foram comercializados e a localização de mercados e pontos intermediários de armazenagem. Onde houve tal comércio, durante um longo período (por exemplo, a rota báltica do âmbar vindo da Europa, a rota da seda proveniente do sudeste asiático ou a rota de especiarias do oeste da Arábia Saudita), é possível determinar rotas de produtos primários razoavelmente estabelecidas. Com frequência essa informação arqueológica pode ser ligeiramente alterada por documentos escritos, como no caso de textos que tratam do itinerário de estanho e indicam claramente os locais de parada nesse itinerário através do Crescente Fértil, durante a Idade do Bronze Médio.
Outra possibilidade é, por meio da arqueologia, ligar a uma invasão militar movimentos humanos para novos lugares. Isso pode ocorrer talvez com a descoberta de uma grande estela comemorativa de vitória ou de uma camada de destruição que pode ser sincronizada com uma antemuralha de tijolos cozidos, construída encostada no lado externo do muro de uma cidade. As exigências da estratégia militar, a manutenção das tropas e a obtenção de suprimentos eram de tal monta que algumas regiões seriam quase invulneráveis a qualquer exército. Em tempos recentes, estudiosos que buscam delinear vias e estradas antigas passaram a se beneficiar da possibilidade de complementar seus achados arqueológicos com fotografias aéreas e imagens de satélite, podendo assim detectar vestígios ou até mesmo pequenos trechos de estradas que não foram totalmente apagados. Um quarto tipo de indício usado na identificacão de estradas antigas são os marcos miliários romanos, embora erigir marcos ao longo das estradas antedate ao período romano (Jr 31:21).153 Até hoie iá foram encontrados entre 450 e 500 marcos miliários romanos no Israel moderno. e quase 1.000 foram descobertos pela Ásia Menor 154 No Israel moderno, existem marcos miliários construídos já em 69 d.C.; no Líbano moderno, conhecem-se exemplares de uma data tão remota como 56 d.C. Por sua vez, marcos miliários da Ásia Menor tendem a ser datados de um período romano posterior, e não parece que a maioria das estradas dali tenha sido pavimentada antes da "dinastia flaviana", que comecou com Vespasiano em 69 d.C. - uma dura realidade que é bom levar em conta quando se consideram as dificuldades de viagem pela Ásia Menor durante a época do apóstolo Paulo.
Em geral, esses marcos miliários assinalam exatamente a localizacão de estradas romanas, que frequentemente seguiam o curso de estradas muito mais antigas. A localização e as inscricões dos marcos miliários podem fornecer provas de que certas cidades eram interligadas na mesma sequência registrada em textos mais antigos. Por exemplo, cerca de 25 marcos miliários localizados junto a 20 diferentes paradas foram descobertos ao longo de um trecho de uma estrada litorânea romana entre Antioquia da Síria e a Ptolemaida do Novo Testamento. Tendo em conta que algumas das mesmos cidades localizadas ao longo daquela estrada foram do acordo com textos assírios, visitadas pelo rei Salmaneser II 20 voltar de sua campanha militar em Istael (841 a.C.)
, os marcos miliários indicam a provável estrada usada pelo monarca assírio. Nesse caso, essa inferência s explicitamente confirmada pela descoberta do monumento a vitória de Salmaneser, esculpido num penhasco junto a co do rio Dos, logo ao sul da cidade libanesa de Biblos. De modo semelhante, esses mesmos marcos miliários permitem determinar as fases iniciais da famosa terceira campanha militar de Senaqueribe (701 a.C.), em que o monarca assírio se gaba de que "trancou Ezequias em ¡erusalém como a um pássaro numa gaiola". Igualmente, esses marcos de pedra permitem delinear o trajeto que Ramsés II, Ticlate-Pileser III, Esar-Hadom, Alexandre, o Grande, Cambises II, Céstio Galo, Vespasiano e o Peregrino de Bordéus percorreram em Canaã.

DIFICULDADES DE VIAGEM NA ANTIGUIDADE
Os norte-americanos, acostumados a um sistema de estradas interestaduais, ou os europeus, que percorrem velozmente suas autoestradas, talvez achem difícil entender a noção de viagem na Bíblia. Hoje, as viagens implicam uma "Jura realidade", com bancos estofados em couro, suspensão de braço duplo, revestimento de nogueira no interior do automóvel e sistemas de som e de controle de temperatura.
Uma vasta gama de facilidades e serviços está prontamente acessível a distâncias razoáveis. A maioria das estradas de longa distância tem asfalto de boa qualidade, boa iluminação, sinalização clara e patrulhamento constante. Centenas de cavalos de forca nos transportam com conforto e velocidade. Quando paramos de noite, podemos, com bastante facilidade, conseguir um quarto privativo com cama, TV a cabo, servico de internet. banheiro privativo com água quente e fria e outras facilidades. Em poucos instantes, podemos encontrar um grande número de restaurantes e lanchonetes, com variados alimentos que iá estarão preparados para nós. Podemos levar conosco música e leitura prediletas, fotografias de parentes, cartões de crédito e mudas de roupa limpa. Podemos nos comunicar quase que instantaneamente com os amigos que ficaram - temos ao nosso dispor fax, SMS, e-mail e telefone. E não prestamos muita atenção ao perigo de doenças transmissíveis ou à falta de acesso a medicamentos.
Como as viagens eram profundamente diferentes na época da Bíblia! Na Antiguidade, às vezes até as principais estradas internacionais não passavam de meros caminhos sinuosos que, depois das chuvas de inverno. ficavam obstruídos pelo barro ou não passavam de um lodacal e. durante os muitos meses de calor abafado e escaldante, ficavam repletos de buracos.
Em certos pontos daquelas estradas, os viajantes precisavam atravessar terreno difícil, quase intransponível. Quem viajava podia ter de enfrentar os riscos de falta de água, clima pouco seguro, animais selvagens ou bandoleiros.
Tais dificuldades e perigos ajudam a explicar por que, na Antiguidade, a maior parte das viagens internacionais acontecia em caravanas Viaiar em grupo oferecia alguma protecão contra intempéries e agentes estrangeiros. Um considerável volume de dados provenientes da Mesopotâmia e da Ásia Menor indica que, em geral, as caravanas eram grandes e quase sempre escoltadas por guardas de segurança armados para essa tarefa. Exigia-se que os caravanistas permanecessem estritamente na rota predeterminada. Não era incomum caravanas incluírem até 100 ou 200 jumentos, alguns carregando produtos preciosíssimos (cp. Gn 37:25; Jz 5:6-7; 1Rs 10:2; J6 6:18-20; Is 21:13-30.6; Lc 2:41-45). 156 Caravanas particulares são atestadas raras vezes na Antiguidade.
Viajantes ricos tinham condições de comprar escravos para servirem de guardas armados (Gn 14:14-15), mas pessoas mais pobres andavam em grupos ou então se incorporavam a um grupo governamental ou comercial, que se dirigia a um destino específico. Os dados também mostram que muitas viagens aconteciam sob a proteção da escuridão: viajar à noite livrava do calor sufocante do sol do meio-dia e diminuía a probabilidade de ser detectado por salteadores e bandoleiros.
Aliás, pode ser que a viagem à noite tenha contribuído diretamente para a ampla difusão do culto à Lua, a forma mais comum de religião em todo o Crescente Fértil.
Outro fator a se considerar sobre viagens por terra durante o período bíblico é a distância limitada que era possível percorrer num dia. Na realidade, as distâncias podiam variar devido a uma série de fatores: diferentes tipos de terreno, número e tipo de pessoas num determinado grupo de viajantes, tipo de equipamento transportado e alternância das estações do ano. Em função disso, o mundo antigo tinha conhecimento de distâncias excepcionais cobertas num único dia. Heródoto fez uma afirmação famosa sobre mensageiros viajando a grande velocidade pela Estrada Real da Pérsia Tibério percorreu a cavalo cerca de 800 quilômetros em 72 horas, para estar junto ao leito de seu irmão Druso, que estava prestes a morrer. 58 E alguns textos antigos contam que, durante o período romano, correios do império chegavam a percorrer, em média, quase 160 quilômetros por dia. Mas essas foram excecões raras no mundo bíblico e devem ser assim reconhecidas.
Os dados são, em geral, uniformes, corroborando que, no mundo bíblico, a iornada de um dia correspondia a uma distância de 27 a 37 quilômetros, com médias ligeiramente mais altas quando se viajava de barco rio abaixo. 16 Médias diárias semelhantes continuaram sendo, mais tarde, a norma em itinerários dos períodos clássico, árabe e medieval, do Egito até a Turquia e mesmo até o Irá. Mesmo cem anos atrás, relatos de alguns itinerários e viagens documentam médias diárias semelhantemente baixas. Vários episódios da Bíblia descrevem o mesmo deslocamento limitado em viagens:


Por outro lado, caso tivessem seguido o trajeto mais longo, acompanhando o rio Eufrates até Imar e, dali, prosseguido pela Grande Estrada Principal adiante de Damasco (a rota normal), teriam conseguido uma média diária mais típica. Distâncias diárias semelhantes também são válidas para o Novo Testamento. 163 Em certa ocasião, Pedro viajou 65 quilômetros de Jope a Cesareia e chegou no segundo dia ao destino (At 10:23-24). A urgência da missão do apóstolo permite inferir que ele pegou um caminho direto e não fez nenhuma parada intermediária (mais tarde, Cornélio disse que seus enviados levaram quatro dias para fazer a viagem de ida e volta entre Jope e Cesareia [At 10:30.) Em outra oportunidade, uma escolta militar levou dois dias de viagem para transportar Paulo às pressas para Cesareia (At 23:23-32), passando por Antipátride, uma distância de cerca de 105 quilômetros, considerando-se as estradas que os soldados mais provavelmente tomaram. Segundo Josefo, era possível viajar em três dias da Galileia a Jerusalém, passando pela Samaria (uma distância de cerca de 110 quilômetros).

A LOCALIZAÇÃO DAS PRINCIPAIS ESTRADAS
A GRANDE ESTRADA PRINCIPAL
Aqui chamamos de Grande Estrada Principal aquela que, no mundo bíblico, era, sem qualquer dúvida, a estrada mais importante. 165 Essa estrada ia do Egito à Babilônia e a regiões além, e, em todas as épocas, interligava de forma vital todas as partes do Crescente Fértil. A estrada começava em Mênfis (Nofe), perto do início do delta do Nilo, e passava pelas cidades egípcias de Ramessés e Sile, antes de chegar a Gaza, um posto fortificado na fronteira de Canaã. Gaza era uma capital provincial egípcia de extrema importância e, com frequência, servia de ponto de partida para campanhas militares egípcias em todo o Levante. Esse trecho sudoeste da estrada, conhecido pelos egípcios como "caminho(s) de Hórus", era de importância fundamental para a segurança do Egito. De Gaza, a estrada se estendia até Afeque/ Antipátride, situada junto às nascentes do rio Jarcom; essa efusão era um sério obstáculo ao deslocamento e forçava a maior parte do tráfego a se desviar continente adentro, isto é, para o leste. Prosseguindo rumo ao norte, a estrada se desviava das ameaçadoras dunas de areia e do pântano sazonal da planície de Sarom até que se deparava inevitavelmente com a barreira que era a serra do monte Carmelo. Gargantas que atravessavam a serra permitiam passar da planície de Sarom para o vale de Jezreel. A mais curta delas, hoje conhecida como estreito de Aruna (n. 'Iron), era a mais utilizada. O lado norte dessa garganta estreita dava para o vale de lezreel e era controlado pela cidade militar de Megido.
Em Megido, a estrada se dividia em pelo menos três ramais. Um levava para Aco, no litoral, e então seguia para o norte, acompanhando o mar até chegar a Antioquia da Síria. Um segundo ramal começava em Megido e se estendia na diagonal, cruzando o vale de Jezreel numa linha criada por uma trilha elevada de origem vulcânica. Passava entre os montes Moré e Tabor e chegava às proximidades dos Cornos de Hattin, onde virava para o leste, percorria o estreito de Arbela, com seus penhascos íngremes, e finalmente irrompia na planície ao longo da margem noroeste do mar da Galileia. Uma terceira opção saía de Megido, virava para o leste, seguia o contorno dos flancos do norte das serras do monte Carmelo e monte Gilboa, antes de chegar a Bete-Sea, uma cidade-guarnição extremamente fortificada. É provável que, durante a estação seca, esse trecho margeasse o vale, mas, nos meses de inverno, seguisse por um caminho mais elevado, para evitar as condições pantanosas. Em Bete-Sea, a Grande Estrada Principal dava uma guinada para o norte e seguia ao longo do vale do Jordão até chegar à extremidade sul do mar da Galileia, onde ladeava o mar pelo lado oeste, até chegar a Genesaré, perto de Cafarnaum. Durante a época do Novo Testamento, muitos viajantes devem ter cruzado o lordão logo ao norte de Bete-Seã e atravessado o vale do Yarmuk e o planalto de Gola, até chegar a Damasco.
De Genesaré, a Grande Estrada Principal subia a margem ocidental do Alto Jordão e chegava perto da preeminente cidade-fortaleza de Hazor, que protegia as áreas mais setentrionais de Canaã. Perto de Hazor, a estrada virava para o nordeste, na direção de Damasco, ficando próxima às saliências da serra do Antilíbano e tentando evitar as superfícies basálticas da alta Golã e do Haurã.
De Damasco, seguia um caminho para o norte que contornava as encostas orientais do Antilibano até chegar à cidade de Hamate, às margens do rio Orontes. Aí começava a seguir um curso mais reto para o norte, passando por Ebla e chegando a Alepo, onde fazia uma curva acentuada para o leste, na direção do Eufrates. Chegando ao rio, em Emar, a estrada então, basicamente, acompanhava o curso da planície inundável do Eufrates até um ponto logo ao norte da cidade de Babilônia, onde o rio podia ser atravessado a vau com mais facilidade.
Avançando daí para o sul, a estrada atravessava a região da Babilônia, passando por Uruque e Ur e, finalmente, chegando à foz do golfo Pérsico.

A ESTRADA REAL
Outra rodovia importante que atravessava as terras bíblicas era conhecida, no Antigo Testamento, como Estrada Real (Nm 20:17-21.
22) e, fora da Bíblia, como estrada de Trajano (via Nova Traiana). Foi o imperador Trajano que transformou essa rota numa estrada de verdade, no segundo século d.C. A estrada começava no golfo de Ácaba, perto de Eziom-Geber, e, em essência, seguia pelo alto do divisor de águas de Edom e Moabe, passado pelas cidades de Petra, Bora, Quir-Haresete, Dibom e Hesbom, antes de chegar a Amã
Saindo de Ama, atravessava os planaltos de Gileade e Basã para chegar até Damasco, onde se juntava à Grande Estrada Principal.

A ANTIGA ESTRADA ASSÍRIA DE CARAVANAS
Usada para o transporte comercial e militar de interesse assírio até a Ásia Menor, a Antiga Estrada Assíria de Caravanas é conhecida desde o início do segundo milênio a.C. A partir de quaisquer das cidades que serviram sucessivamente de capitais da Assíria, o mais provável é que a estrada avançasse para o oeste até chegar às vizinhanças do jebel Sinjar, de onde seguia bem na direção oeste e chegava à base do triângulo do rio Habur. A estrada então acompanhava o curso de um dos braços do Habur até além de T. Halaf, chegando a um lugar próximo da moderna Samsat, onde era possível atravessar mais facilmente o Eufrates a vau. Dali, a estrada seguia por um importante desfiladeiro nos montes Taurus (exatamente a oeste de Malatya), atravessava a planície Elbistan e, por fim, chegava à estratégica cidade hitita de Kanish. Uma extensão da estrada então prosseguia, atravessando o planalto Central da Anatólia e passando por aqueles lugares que, mais tarde, tornaram-se: Derbe, Listra, Icônio e Antioquia da Pisídia. Em sua descida para o litoral egeu, a estrada cruzava lugares que, posteriormente, vieram a ser: Laodiceia, Filadélfia, Sardes e Pérgamo. De Pérgamo, a estrada corria basicamente paralela ao litoral egeu e chegava à cidade de Troia, localizada na entrada da Europa.

VIAGEM POR MAR
As viagens marítimas no Mediterrâneo parecem não ter sofrido muita variação durante o período do Antigo Testamento. Com base em textos de Ugarit e T. el-Amarna, temos conhecimento de que, na 1dade do Bronze Final, existiram navios com capacidade superior a 200 toneladas. E, no início da Idade do Ferro, embarcações fenícias atravessavam o Mediterrâneo de ponta a ponta. Inicialmente, boa parte da atividade náutica deve ter ocorrido perto de terra firme ou entre uma ilha e outra, e, aparentemente, os marinheiros lançavam âncora à noite. A distância diária entre pontos de ancoragem era de cerca de 65 quilômetros (e.g., At 16:11-20,6,14,15). Frequentemente os primeiros navegadores preferiam ancorar em promontórios ou ilhotas próximas do litoral (Tiro, Sidom, Biblos, Arvade, Atlit, Beirute, Ugarit, Cartago etc.); ilhas podiam ser usadas como quebra-mares naturais e a enseada como ancoradouro. O advento do Império Romano trouxe consigo uma imensa expansão nos tipos, tamanhos e quantidade de naus, e desenvolveram-se rotas por todo o mundo mediterrâneo e além. Antes do final do primeiro século da era cristã, a combinação de uma força legionária empregada em lugares remotos, uma frota imperial naval permanente e a necessidade de transportar enormes quantidades de bens a lugares que, às vezes, ficavam em pontos bem distantes dentro do império significava que um grande número de naus, tanto mercantes quanto militares, estava singrando águas distantes. Desse modo, as rotas de longa distância criavam a necessidade de construir um sistema imperial de faróis e de ancoradouros maiores, com enormes instalações de armazenagem.

Rotas de Transporte do mundo bíblico
Rotas de Transporte do mundo bíblico
Rotas Marítimas do mundo Greco-Romano
Rotas Marítimas do mundo Greco-Romano
As estradas da Palestina
As estradas da Palestina

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras


CARLOS TORRES PASTORINO

nm 22:14
Sabedoria do Evangelho - Volume 5

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 27
CARLOS TORRES PASTORINO

MT 19:1b-2


1b... e veio para as fronteiras da Judeia, além do Jordão,
2. e o acompanhavam grandes multidões, e ali as curou.

MC 10:1


1. E levantando-se daí, veio para as fronteiras da Judeia e além do Jordão, e novamente o acompanhavam as multidões e, como costumava, de novo as ensinava. JO 10;40-42

40. Retirou-se outra vez para além do Jordão, para o lugar onde João estava mergulhando no princípio, e ali permaneceu.

41. E muitos vieram a ele e diziam: João, na verdade, não fez sinal algum, mas tudo quanto deste disse João, era verdade".

42. E ali muitos creram nele.



Em Mateus. no cap. 19, toda a viagem da Galileia a Jerusalém para a festa dos Tabernáculos, é descrita no vers. 1, que também se refere à partida dessa cidade para a Transjordânia depois da festa da dedicação.


No vol. 4. º, pág. 147, comentamos todo o versículo.


A expressão de Marcos ekeithen anastás lembra o mesmo em 7:24. Era um modismo hebraico comum (vaiaqom, cfr. GN 22:3 e NM 22:14, NM 22:21, etc.) indicando o início de uma viagem.


O fato de que temos aqui notícia é que Jesus, tendo saído de Jerusalém, retira-se para além Jordão, nos arredores de Betânia, no local em que o Batista costumava mergulhar nas margens do Jordão (João.


1:28; vol. 1), antes de transferir-se para Enon, perto de Salim (JO 3:23; vol. 2). Exatamente aí Jesus iniciara Sua "vida pública" (JO 4:23; vol. 2) e aí convocara seus primeiros discípulos (JO 1:35-43; vol. 1. º). Os moradores locais ainda se recordavam bem de João, "que não dera sinais exteriores", mas que falara certo quando se referiu a Jesus, recém-chegado, dizendo que era o Esperado. Essa fé valeu de muito, pois foram curados "todos" os que a Ele recorreram.


Daí por diante, Jesus permanece naquela região (eis tà hória), indo a Efraim ou Efrém na Samaria, nos arredores e regressando a Jericó, donde se dirigirá a Jerusalém, onde será crucificado na páscoa do ano 31.


A Peréia (Transjordânia) era uma região que se estendia por uns 100 km nas margens orientais do Jordão, entre o lado de Tiberíades ao norte e o mar Morto ao sul. O rio limitava-a a oeste e Filadélfia a leste, Pela ao norte e Maquérus ao sul. Sua capital, antes denominada Betharamphtha, fora cognominada Lívias por Herodes, o grande, em homenagem à esposa de Augusto, e engrandecida por Herodes Antipas que, porém, preferia residir em Maquérus. Lívias ficava defronte de Jericó, na outra margem do Jordão que, nesse ponto, tinha vários vaus. permitindo travessia fácil.


A lição que nos dá essa notícia é a comparação entre a personagem, mesmo santificada (João) e a individualidade (Jesus). Embora a primeira, mesmo com o intelecto iluminado, nada consiga fazer por si mesma, no entanto o testemunho que dá a respeito da individualidade é verdadeiro.


O papel da individualidade é plenamente realizado: ensina e cura, isto é, ilumina e corrige, acaba com a enfermidade do espírito (ignorância) e com a enfermidade do corpo.


Exemplo de como devemos agir, mesmo nos retiros forçados: jamais "parar". Ainda repousando, ainda revendo lugares passados, o trabalho prossegue ininterrupto, firme, sem esmorecimento.



Locais

Estes lugares estão apresentados aqui porque foram citados no texto Bíblico, contendo uma breve apresentação desses lugares.

MOABE

Atualmente: JORDÂNIA
Planalto a 960 metros de altitude entre os rios Arnon e Zerede.

Moabe ou Moab (hebraico מוֹאָב ou Moʾav; grego Μωάβ; assírio Mu'aba, Ma'ba, Ma'ab; egípcio Mu'ab) é o nome histórico de uma faixa de terra montanhosa no que é atualmente a Jordânia, ao longo da margem oriental do Mar Morto. Na Idade Antiga, pertencia ao Reino dos Moabitas, um povo que estava frequentemente em conflito com os seus vizinhos israelitas a oeste. Os moabitas são um povo histórico, cuja existência é atestada por diversas descobertas arqueológicas, em especial a Estela de Mesa, que descreve a vitória moabita sobre um filho (não identificado) do rei Onri de Israel . Sua capital foi Dibom, localizada próxima a moderna cidade Jordaniana de Dhiban.

A etimologia da palavra é incerta. A interpretação mais antiga é encontrada na Septuaginta que explica o nome, em alusão óbvia à descrição da ascendência de Moabe, como ἐκ τοῦ πατρός μου. Outras etimologias que têm sido propostas a consideram como uma decomposição de "semente de um Pai", ou como uma forma particípia de "desejar", conotando assim "a desejável (terra)". Rashi explica que a palavra Mo'ab significa "do Pai", já que "ab" em Hebreu, Árabe e nas demais línguas semíticas significa Pai (Deus). Ele escreveu que como um resultado da imodéstia do nome de Moab, Deus não ordenou aos Judeus que se abstivessem de produzir aflição sobre os Moabitas de modo o qual Ele fez em respeito aos Amonitas. Fritz Hommel considera "Moab" como uma abreviação de "Immo-ab" = "sua mãe é seu pai".

Abelsatim é uma famosa planície onde os hebreus se detiveram para chorar a morte de Moisés.

Mapa Bíblico de MOABE



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Números Capítulo 22 do versículo 1 até o 41
Assim, partiram os filhos de Israel e acamparam-se nas campinas de Moabe (Nm 22:1), presumidamente, mesmo enquanto os exércitos estavam nos últimos lances da campanha contra Ogue, no norte. Estas campinas de Moabe formavam um vale úmido e fértil, abaixo do nível do mar, no outro lado do rio Jordão, à altura da cidade de Jericó. Este foi o primeiro gostinho da promessa de que os israelitas possuiriam uma terra que mana leite e mel. Era, sem dúvida, uma mudança de ambiente, deixando o cenário desértico vivido desde que saíram do Egito.

SEÇÃO V

OS EPISÓDIOS DRAMÁTICOS DE BALAÃO

Números 22:2-24.25

A. As CARACTERÍSTICAS EXCLUSIVAS DA SEÇÃO

  1. O "Livro de Balaão

Por qualquer medida que avaliemos, esta seção de Números é inigualável. Este fato levou muitos críticos a marcá-la como passagem inteiramente interpolada, com pouca ou nenhuma relação ao corpo do livro. Foi chamada competentemente o "Livro de Balaão". A principal razão para esta seção ser vista como segmento literário distinto está no fato de que o texto de Nm 22:1 pode ser ligado a Nm 25:1 sem ruptura no fluxo da narrativa histórica.

Em vista do cenário estar totalmente fora das fronteiras de Israel, levantou-se a pergunta: "Como Moisés conseguiu a história?" A resposta mais lógica é que Balaão fez um registro das ocorrências e, em data posterior, possivelmente quando Israel devastou Moabe, a história chegou às mãos de Moisés. Talvez nesta época o relato tenha sido editado para dar-lhe os distintivos matizes pró-Israel.
O espírito da história não é entendido, a menos que seja levada em conta sua distin-ta característica dramática. Contém muitos dos sinais identificadores de produção dra-mática. Se não é o tipo de obra que seria representada por atores, pelo menos os detalhes dramáticos estavam claramente na mente do autor. Ao todo, a história de Balaão repre-senta uma das porções enigmáticas deste livro mais basicamente histórico.

  1. O Homem Balaão

Os estudiosos estão longe de concordar sobre quem era Balaão. O relato menciona apenas que ele se chamava Balaão, filho de Beor, que era de Petor (22.5). O texto identifica que ele morava no oriente, um residente da mesma área geral da qual vieram Abraão e os magos dos dias de Jesus. Esta era a região em que Labão vivia e à qual Jacó se dirigiu para obter uma esposa (Gn 29:1-35).

No empenho de determinar o caráter de Balaão, dois extremos de interpretação entram em cena. Há quem o estigmatize de salafrário, um feiticeiro pagão. Embora de-sempenhasse o papel de verdadeiro profeta ao abençoar Israel, antes de sair de cena, ele "sugere um meio peculiarmente repugnante de ocasionar a ruína de Israel".2 Por outro lado, outros o elevam a alta posição como profeta nascido fora do tempo, não diferente do lugar outorgado a Melquisedeque (Gn 14:18-19).

Provavelmente, a verdadeira resposta não está nos extremos, mas em um ponto entre eles. Como Sansão, Balaão mostrou sinais de ser flexível à vontade de Deus, quan-do essa vontade lhe era clara. Não obstante, havia características de seu caráter que não passariam num padrão moral bíblico. É melhor não sermos muito severos ao criticar Balaão, pelo menos nas ações dos primeiros estágios da narrativa. Ele possuía luz muito limitada e informação fragmentária sobre quem era Israel.
Esta análise feita por certa fonte judaica oferece algumas explicações ao dilema desconcertante.3

Por causa destas contradições fundamentais sobre o caráter, os críticos da Bí-blia presumem que o relato bíblico de Balaão seja uma combinação de duas ou três tradições diversas pertencentes a períodos diferentes. Esta idéia é totalmente inconvincente. É como se tivéssemos de advogar que a história generalizada da vida de, por exemplo, Francis Bacon, devia-se ao fato da combinação de duas ou três tradições pertencentes a períodos diferentes da história inglesa, visto que ninguém pode ser ao mesmo tempo filósofo ilustre, grande estadista e "o pior da raça huma-na". Semelhante opinião trai um conhecimento superficial da complexidade apavo-rante da mente e alma do homem. É somente no reino da fábula que homens e mulheres exibem, como se fosse num único flash de luz, um dos aspectos da nature-za humana. Na vida real é completamente diferente. "Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e perverso; quem o conhecerá?" (Jr 17:9) é, lamento, o resu-mo mais absolutamente verdadeiro da psicologia humana.

Estudiosos aptos e competentes apresentam evidências bastante sensatas de ambos os lados da questão. Não é possível que o estudioso comum da Escritura chegue a uma conclusão inteiramente satisfatória sobre o assunto. Um rápido exame nos pontos a fa-vor e contra talvez ajude a obtermos uma avaliação aproveitável do homem Balaão.

3. Os Pontos a Favor

As evidências que tendem a colocar Balaão sob luz favorável são as seguintes.

  1. Balaão dispunha de acessibilidade a Deus muito acima da média e tinha o desejo básico de ouvir a voz de Deus (8,13,18), apesar da recaída que ocasionou a experiência da jumenta que falou (Nm 22:22-31).
  2. Há profundidade de percepção na transmissão das verdades que Deus deu a Balaão, o que indica que ele não era novato nas coisas profundas do Espírito.

  1. Pelo visto, na gangorra do bem e do mal na experiência de Balaão, o bem saiu vitorioso. Isto foi exato pelo menos nas fases iniciais do seu contato com Balaque e nas pressões que sofreu ou para abençoar ou para amaldiçoar Israel.
  2. A despeito de outras evidências em contrário, Balaão foi usado por Deus para abençoar os israelitas e, assim, frustrar o plano engenhoso de Balaque de detê-los.

4. Os Pontos Contra

As evidências que colocam Balaão sob luz desfavorável são as seguintes.

  1. De forma geral, a história judaica trata Balaão como homem mau, apesar da bênção que ele deu para Israel neste momento.
  2. O registro bíblico se refere a ele sob ótica semelhante. Judas 11 fala da ganância de Balaão; Apocalipse 2:14 menciona sua deslealdade em fazer com que os israelitas "comessem dos sacrifícios da idolatria e se prostituíssem".
  3. A acusação mais severa, e sobre a qual as outras se apóiam, acha-se na referência restrita em 31.8,16. Pelo que estes versículos indicam, Balaão, talvez para acertar as contas com Balaque, aconselhou-o a incentivar as mulheres do seu país a iludirem os homens de Israel (cap. 25).
  4. Por fim, há a relutância em atribuir alta percepção espiritual a alguém cuja for-mação seja tão duvidosa. Parece contraditório atribuir a um "ocultista e adivinhador" a habilidade de falar a verdade divina como Balaão falou.

B. O CONVITE DE BALAQUE E A RESPOSTA DE BALAM 22:2-41

1. O Cenário (22:2-7)

Balaque... rei dos moabitas (4) estava ciente das vitórias de Israel sobre os amorreus e sobre Ogue. Desconhecendo o fato de que Moabe não estava marcado para ser conquistado, visto não ser uma nação cananéia, procurou evitar que suas cidades sofressem semelhante derrota. Ele não queria que seu país fosse "lambido" (4) como os outros. Achou que tinha um bom plano, o qual discutiu com os anciãos dos midianitas. Com a cooperação deles, enviou mensageiros a Balaão (5) para obter ajuda. Eis que um povo saiu do Egito, dizia a mensagem, e parado está defronte de mim. Rogou: Vem, pois, agora... amaldiçoa-me este povo (6), para que não devaste Moabe e seja lançado fora da terra. O pensamento de Balaque era igual ao que prevalecia em seus dias. Entendia que se contratasse um renomado adivinhador para amaldiçoar os israelitas, a maré de azar se abateria sobre eles.

Por conseguinte, foram-se os mensageiros, os anciãos dos moabitas e os anciãos dos midianitas com o preço dos encantamentos nas mãos — o pagamento pelo trabalho da "predição" (7) — e entregaram a mensagem a Balaão.

  1. A Resposta de Balaão (22:8-14)

Balaão deu boas-vindas aos mensageiros, dizendo: Passai aqui esta noite (8). Garantiu que lhes daria uma resposta como o SENHOR lhe falasse. Em seguida, há uma conversa entre Deus e Balaão. Começou com a pergunta: Quem são estes homens que estão contigo? (9). Assim que Balaão explicou a missão que recebera (10,11), a conversa terminou com a ordem: Não irás com eles, nem amaldiçoarás a este povo, porquanto bendito é (12). Na manhã seguinte, Balaão retransmitiu as instruções aos príncipes de Balaque (13), os quais voltaram para casa.

"A Bênção de Balaão" é o tema dos capítulos 22:24-1) A intenção de maldição do homem pode ser transformada na bênção de Deus, 22.5,6; 23:7-10;
2) A bênção do homem pode trazer a maldição de Deus, Nm 25:3-5;
3) Pela graça e poder soberano de Deus, toda a maldição do pecado será mudada em bem-aventurança, 2 Pe 3.13 (G. B. Williamson).

  1. A Persistência de Balaque (22:15-21)

Balaque não seria impedido por uma recusa simples de Balaão. Enviou mais prín-cipes a Balaão, em maior número e mais honrados (15) do que os anteriormente enviados. Ao chegarem, ofereceram a Balaão mais que dinheiro. Prometeram grande honra e carta branca no projeto. Balaque fizera uma oferta: Farei tudo o que me disseres (17).

Mas Balaão não se deixou comover pelas ofertas e expressou sua resposta em emoci-onante declaração de dedicação e propósito: Ainda que Balaque me desse a sua casa cheia de prata e de ouro, eu não poderia traspassar o mandado do SENHOR, meu Deus, para fazer coisa pequena ou grande (18). Em seguida, Deus deu permis-são para Balaão ir com os príncipes de Balaque, sob a condição de que farás o que eu te disser (20). E assim Balaão "pôs a sela sobre a sua jumenta" (NVI; NTLH) e foi-se com os príncipes (21).

  1. A Jumenta que Fala (22:22-35)

O texto não explica por que há discrepância entre as instruções e ações de Deus acerca de Balaão aceitar o pedido de Balaque (cf. 20,22). A resposta aceitável acha-se na mudança de atitude de Balaão. Contanto que Balaão estivesse propenso a dizer o que Deus queria que ele dissesse, Deus lhe dava permissão para ir. Provavelmente em algum ponto entre a noite e a manhã, a decisão de Balaão mudou. Por conseguinte, a ira de Deus acendeu-se (22) e tornou necessária a lição do anjo e da jumenta.

Houve três passos para fazer Balaão ver e ouvir. Estão expressamente descritos nos versículos 22:31. No primeiro lance, a jumenta, vendo que o Anjo' estava no cami-nho, com a sua espada desembainhada na mão... desviou-se... do caminho e foi-se pelo campo (23). Na segunda vez, o Anjo bloqueou o caminho enquanto Balaão pas-sava por uma plantação de vinhas, onde havia um muro de pedra de cada lado do cami-nho. Vendo o Anjo no meio do caminho, a jumenta conseguiu passar por um lado, mas apertou-se contra a parede e, desta forma, acabou apertando o pé de Balaão (25). Novamente o Anjo impediu a passagem, desta feita num lugar estreito e, visto que não havia por onde passar, a jumenta deitou-se debaixo de Balaão (27). Com raiva, Balaão espancou a jumenta com o bordão, com mais fúria do que fizera nas duas ocorrências anteriores.

Diante disso, o SENHOR abriu a boca da jumenta (28), e ela falou com seu dono, reclamando do tratamento recebido dele. A jumenta perguntou: Que te fiz eu, que me espancaste estas três vezes? Balaão respondeu: "Porque caçoaste de mim e me provocaste; tivera eu uma espada na mão e agora mesmo te mataria" (29, ATA). A jumenta lembrou Balaão que ela nunca agira assim, fato que o homem reconheceu. Com isso, os olhos de Balaão foram abertos e ele também viu o Anjo do SENHOR (31) com a espada desembainhada. Ele inclinou-se e prostrou-se sobre a sua face diante do Senhor.

O anjo disse que lhe aparecera no caminho, porque o comportamento de Balaão era "intencionalmente obstinado e contrário" (32, ATA), e que se a jumenta não tives-se se desviado, ele teria matado Balaão. (33). Balaão reconheceu seu pecado e disse: Agora, se parece mal aos teus olhos, tornar-me-ei (34). Contudo, se Balaão ga-rantisse ao Senhor que falaria "somente aquilo que eu te disser" (ARA), ele poderia prosseguir viagem a Moabe. Com este acordo, Balaão foi-se com os príncipes de Balaque (35).

5. A Recepção de Balaque (22:36-41)

Balaque saiu ao encontro de Balaão na fronteira do país (36). Repreendeu Balaão, presumivelmente por não ter ido ao primeiro convite. Não posso eu na verdade hon-rar-te? (37). Balaão respondeu que ele realmente tinha ido, mas avisou Balaque que ele não estava livre para dizer tudo que quisesse, mas a palavra que Deus puser na minha boca, esta falarei (38).

Em seguida, o grupo voltou a Quiriate-Huzote (39; localização desconhecida). O rei moabita fez sacrifícios e enviou porções a Balaão e aos príncipes (40). Depois, Balaque levou Balaão aos lugares altos de Baal, de onde podiam ver a parte mais próxima do acampamento israelita (41).


Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Números Capítulo 22 do versículo 1 até o 41
*

22:1

Após a conquista de Hesbom, no sul da Transjordânia (21.21-26), e também Basã, no norte (21.33-35), os israelitas voltaram ao sul, cruzando o Jordão, na área oposta à Jericó e ao norte do território de Moabe.

* 22.2 - 24.25

Embora a própria narrativa tenha considerável encanto literário (22.28, nota), o incidente de Balaão também deve ser visto dentro do contexto do relacionamento pactual de Deus com o seu povo. No vívido retrato da oposição divina àqueles que amaldiçoassem o seu povo, a fidelidade de Deus às promessas segundo a aliança, feitas a Abraão, é demonstrada (Gn 12:3, e nota). Ironicamente, o Senhor também usou o profeta pagão, Balaão, que tinha sido contratado pelo rei moabita para amaldiçoar o povo de Deus, fazendo-o, ao invés disso, abençoar o povo de Israel, e profetizar a vinda da Estrela Real de Jacó — o próprio Messias — o qual triunfaria sobre os inimigos de Israel (24.17-19).

* 22:4

Moabe. Os moabitas eram descendentes da relação sexual incestuosa de Ló com uma de suas filhas (ver Gn 19:37,38, nota). Os moabitas estavam solicitando aos midianitas que os ajudassem a resistir aos invasores israelitas.

* 22:5

Balaão. O profeta pagão Balaão vivia em Petor, uma cidade do norte da Mesopotâmia, às margens do rio Eufrates. O fato de Balaque ter enviado emissários por aquela distância respeitável serve como evidência da considerável reputação de Balaão como alguém que tinha poderes sobrenaturais.

A natureza e a extensão do conhecimento que Balaão tinha do verdadeiro Deus é incerta. Embora fosse um famoso adivinho e profeta (conforme 24.1), Balaão tinha alguma consideração pelo verdadeiro Deus (22.8,18), e o Senhor usou Balaão para comunicar a sua Palavra (23.7-10,18-24; 24:3-9,15-24). Fundamentalmente, porém, Balaão parece ter sido um oportunista sincretista, que procurava manipular o mundo espiritual visando seu próprio lucro. No decurso desta narrativa, Balaão estabeleceu-se como o maior exemplo de um falso profeta e falso mestre (31.16; 2Pe 2:15; Jd 11).

* 22:22

porque ele se foi. À luz da permissão divina anterior para ele viajar (v. 20), a ira divina aqui manifesta, talvez nos surpreenda. A narrativa como um todo indica, porém, que a viagem de Balaão foi perversamente motivada e que certamente ele esperava poder amaldiçoar a Israel (v. 32). Deus usou esse confronto entre Balaão e o Anjo do Senhor para enfatizar sua ordem de nada dizer, exceto aquilo que ele mesmo o orientasse (v. 35).

o Anjo do SENHOR. Ver nota em Gn 16:7; "anjo", índice.

* 22:28

o SENHOR fez falar a jumenta. A história de Balaão está repleta de ironia cômica. A jumenta foi capaz de ver a vereda melhor do que o adivinho, para então falar-lhe (2Pe 2:16).

* 22:29

tivera eu uma espada. Balaão estava clamando por uma espada, sem saber que em breve ele veria uma apontada para ele.

* 22:40

deles enviou a Balaão e aos príncipes. Visto que Balaão e os príncipes receberam a carne, provavelmente isso era uma refeição sacrifical, embora alguns sugiram uma referência ao uso feito, pelos pagãos, das entranhas dos animais para efeito de adivinhação (conforme 24.1).


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Números Capítulo 22 do versículo 1 até o 41
22.4-6 Balaam era um feiticeiro, ou seja, alguém que se chamava para amaldiçoar a outros. Nos tempos do Antigo Testamento era comum acreditar em maldições e bênções. acreditava-se que os feiticeiros tinham influência com os deuses. Assim é que o rei do Moab quis que Balaam usasse sua influência ante o Deus do Israel para proferir uma maldição contra os israelitas, com a esperança de que, por meio da magia, Jeová se voltasse contra seu povo. Nem Balaam nem Balac tinham a menor ideia de com quem estavam tratando!

22:9 por que falaria Deus por meio de um feiticeiro como Balaam? Deus queria dar uma mensagem aos moabitas e eles já tinham eleito ao Balaam. Assim que este estava disponível para ser utilizado Por Deus, ao igual a utilizou ao Faraó malvado para realizar sua vontade no Egito (Ex 10:1). Balaam entrou em seu rol profético de uma maneira séria, mas seu coração estava confundido. Tinha algum conhecimento de Deus, mas não o suficiente para deixar sua magia e voltar-se de todo coração a Deus. Mesmo que sua história nos leva a pensar que se voltou completamente para Deus, em passagens posteriores da Bíblia se mostra que Balaam não pôde resistir a tentação do dinheiro e da idolatria (Ex 31:16; 2Pe 2:15; Jd 1:11).

BALAAM

Balaam foi um desses personagens interessantes do Antigo Testamento que, mesmo que não pertenciam ao povo escolhido de Deus, estava disposto a reconhecer que Jeová (o Senhor) era um Deus poderoso. Mas Balaam não acreditava no Senhor como o único Deus verdadeiro. Sua história expõe o perigo de manter uma fachada exterior de espiritualidade sobre uma vida interior corrupta. Balaam era um homem disposto a obedecer as ordens de Deus enquanto pudesse tirar algum proveito. Esta mescla de motivos -obediência e benefício- à larga o levou a morte. Mesmo que conheceu o poder imponente do Deus do Israel, seu coração correu sempre depois da riqueza que poderia obter no Moab. Ali retornou a morrer quando os exércitos do Israel invadiram.

Finalmente, todos vivemos o mesmo processo. O que somos e os quais somos sairá de algum jeito à superfície, destruindo as máscaras que nos teremos posto para cobrir nossa verdadeira identidade. Os esforços que levemos a cabo para manter nossa aparência seriam mais úteis se os ocupássemos em encontrar a resposta ao pecado em nossa vida. Podemos evitar cair no engano do Balaam ao nos enfrentar a nós mesmos e ao nos dar conta de que Deus está disposto a nos aceitar, nos perdoar e literalmente nos voltar para fazer de dentro. Não se perca do grande descobrimento que evitou ao Balaam.

Pontos fortes e lucros:

-- Conhecido ampliamente por suas maldições e bênções efetivas

-- Obedeceu a Deus e benzeu ao Israel, a pesar do suborno do rei Balac

Debilidades e enganos:

-- Respirou aos israelitas a que adorassem ídolos (Nu 31:16)

-- Retornou ao Moab e o mataram na guerra

Lições de sua vida:

-- As motivações são tão importantes como as ações

-- O tesouro de um se encontra onde está seu coração

Dados gerais:

-- Onde: Viveu perto do rio Eufrates, viajou ao Moab

-- Ocupação: Feiticeiro, profeta

-- Familiares: Pai: Beor

-- Contemporâneos: Balac (rei do Moab), Moisés, Arão

Versículos chave:

"deixaram o caminho reto, e se extraviaram seguindo o caminho do Balaam filho do Beor, o qual amou o prêmio à maldade, e foi repreendido por sua iniqüidade; pois uma muda besta de carga, falando com voz de homem, refreou a loucura do profeta" (2Pe 2:15-16).

A história do Balaam se relata em Números 22:1-24.25. Além disso se menciona em Nu 31:7-8, Nu 31:16; Dt 23:4-5; Js 24:9-10; Ne 13:2; Mq 6:5; 2Pe 2:15-16; Jd 1:11; Ap 2:14.

22.20-23 Deus permitiu que Balaam fora com os mensageiros do rei Balac, mas estava zangado pela atitude ambiciosa do Balaam. Balaam havia dito que não podia ir contra Deus só por dinheiro, mas sua resolução não parecia muito firme. Sua cobiça pela riqueza que lhe oferecia o rei o cegou tanto que não pôde ver que Deus estava tratando de detê-lo. Mesmo que saibamos o que Deus quer que façamos, nossa ambição de dinheiro, posses ou prestígio também pode nos cegar. Podemos evitar o engano do Balaam se olharmos além do atrativo da fama ou da fortuna aos benefícios a longo prazo que nos traz o seguir a Deus.

22:27 As asnas se utilizavam para transporte, carga, moer o grão e arar os campos. Eram, pelo general, muito confiáveis, o que explica por que Balaam se zangou tão quando seu asna não quis caminhar.

22:29 O asna salvou a vida ao Balaam, mas o fez ficar como um parvo. Por isso Balaam açoitou ao animal. Em ocasiões ferimos gente inocente que se cruza em nosso caminho porque nos sentimos humilhados ou nosso orgulho está ferido. Estalar em ira contra outros pode ser sinal de que há algo que não está bem em nosso coração. Não permita que seu orgulho ferido o leve a ferir outros.

22:41 O nome Bamot-baal quer dizer "lugares altos do Baal" e estava próximo ao Hesbón e Dibón. Era a primeiro parada no caminho para as altas planícies do Moab. Desde este ponto panorâmico se podia ver o acampamento israelita em sua totalidade.

A HISTÓRIA DO BALAAM: A pedido do rei Balac, Balaam viajou aproximadamente 640 km para amaldiçoar ao Israel. Balac levou ao Balaam ao monte Bamot-baal(os lugares altos do Baal), logo ao monte Pisga e finalmente ao monte Pior. Desde cada uma destas montanhas se viam os campos do Moab onde estavam acampados os israelitas. Mas para consternação do rei, Balaam não amaldiçoou ao Israel, mas sim o benzeu.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Números Capítulo 22 do versículo 1 até o 41
VII. CHEGADA A MOAB (N1. 22: 1-25: 18)

A. o rei de Moabe (22: 1-4)

1 E os filhos de Israel partiam, e acamparam nas planícies de Moab, além do Jordão na altura de Jericó.

2 Ora, Balaque, filho de Zipor, viu tudo o que Israel fizera aos amorreus. 3 E Moabe tinha grande medo do povo, porque era muito; e Moabe andava angustiado por causa dos filhos de Israel. 4 E Moabe disse aos anciãos de Midiã: Agora esta multidão lamberá tudo quanto houver ao redor de nós, como o boi lambe a erva do campo. Balaque, filho de Zipor, era rei de Moab naquele momento.

Depois de ocupar Basan por um curto período eles marcharam sobre em Moab, na margem oriental do Jordão com Jericho apenas a oeste deles e além do rio. Zipor, rei dos moabitas (v. Nu 22:4 ), tinha recebido relatos de sucesso militar de Israel contra os amorreus e os Bashanites e estava com medo de que ele poderia sofrer um destino semelhante.

B. O CHAMADO de Balaão (22: 5-35)

5 E enviou mensageiros a Balaão, filho de Beor, a Petor, que está junto ao rio, à terra dos filhos do seu povo, a chamá-lo, dizendo: Eis que há um povo que saiu do Egito; eis que . que cobre a face da terra, e defronte de mim 6 Vem agora, pois, peço-te, amaldiçoa-me este povo; pois eles são fortes demais para mim; porventura eu prevalecerá, para que possamos feri-los, e que eu possa levá-los para fora da terra; pois eu sei que aquele a quem tu abençoares será abençoado, ea quem tu amaldiçoares será amaldiçoado.

7 E os anciãos dos moabitas e os anciãos dos midianitas com as recompensas de adivinhação em sua mão; e, chegando a Balaão, e disseram-lhe as palavras de Balaque. 8 E disse-lhes: Passai aqui esta noite, e vos levarei palavra de novo, como o Senhor falará de mim, e os príncipes de Moabe ficaram com Balaão . 9 E veio Deus a Balaão, e disse: Que homens são estes contigo? 10 E Balaão disse a Deus: Balaque, filho de Zipor, rei de Moab, enviou a mim, dizendo , 11 Eis que o povo que está vindo do Egito, que cobre a face da terra: agora, venha amaldiçoa-o; Porventura serei capaz de lutar contra eles, e expulsá- Lv 12:1 E Deus disse a Balaão: Não irás com eles; tu não amaldiçoar o povo; pois eles são abençoados. 13 E Balaão levantou-se pela manhã, e disse aos príncipes de Balaque: Ide à vossa terra; porque o Senhor recusa deixar-me ir com você. 14 E os príncipes de Moabe se levantaram e vieram a Balaque, e disseram: Balaão recusou vir conosco.

15 E Balak enviado novamente príncipes, mais, e mais honrados do que aqueles. 16 E, chegando a Balaão, e disse-lhe: Assim diz Balaque, filho de Zipor, Que nada, peço-te, não te demores em vir a mim: 17 para I vai promover ti a honra muito grande, e tudo o que dizes a mim, não.: vem pois, peço-te, amaldiçoa-me este Pv 18:1 E Balaão respondeu, e disse aos servos de Balaque: Ainda que Balaque me desse sua casa cheia de prata e de ouro, eu não poderia ir além da ordem do Senhor meu Deus, para fazer mais ou menos. 19 Agora, pois, peço-vos, ficai aqui ainda esta noite, para que eu saiba o que o Senhor me dirá mais. 20 E veio Deus a Balaão, de noite, e disse-lhe: Se os homens estão te vieram chamar, levanta-te, vai com eles; mas apenas a palavra que eu falar a ti, que farás.

21 Levantando-se Balaão pela manhã, albardou a sua jumenta, e partiu com os príncipes de Moabe. 22 A ira de Deus se acendeu, porque ele foi; E o anjo do Senhor pôs-se no caminho por adversário contra ele. Agora ele ia montado na sua jumenta, e dois de seus servos com ele. 23 A jumenta viu o anjo do Senhor parado no caminho, com a sua espada desembainhada na mão; eo jumento se desviaram do caminho, e foi para o campo:. e Balaão espancou a jumenta para fazê-la tornar ao caminho 24 Então o anjo do Senhor pôs-se numa vereda entre as vinhas, uma parede de ser deste lado ., e uma parede desse lado 25 A jumenta viu o anjo do Senhor, coseu-se junto ao muro, e esmagou o pé de Balaão contra a parede:. e ele espancá-la 26 E o anjo do Senhor passou mais adiante, e pôs-se num lugar estreito, onde não havia caminho para se desviar nem para a direita nem para a esquerda. 27 A jumenta viu o anjo do Senhor, e deitou-se debaixo de Balaão; ea ira de Balaão se acendeu, e ele espancou a jumenta .com sua equipe 28 E o Senhor abriu a boca da jumenta, e ela disse a Balaão: Que fiz eu a ti, que me espancaste estas três vezes? 29 E Balaão disse à jumenta: Porque zombaste de mim: Eu havia uma espada na mão, pois agora eu tinha matado ti. 30 E a jumenta disse a Balaão, não sou a tua jumenta, em que tu tens andado toda a tua vida até este dia? sido o meu costume fazer assim contigo? E disse ele: Não.

31 Então o Senhor abriu os olhos a Balaão, e ele viu o anjo do Senhor parado no caminho, com a sua espada desembainhada na mão; E, inclinando a cabeça, e caiu sobre o seu rosto. 32 E o anjo do Senhor disse-lhe: Por que fizeste o teu jumento ferido estas três vezes? Eis que eu te saí como adversário, porquanto o teu caminho é perverso diante de mim: 33 eo jumento me viu e se desviou de diante de mim três vezes: a não ser que ela tinha desviado de mim, na verdade que eu tinha te haveria matado, e salvou-lhe a vida. 34 E Balaão disse ao anjo do Senhor, eu pequei; pois eu não sabia que tu stoodest no caminho contra mim; agora, pois, se desagradar a ti, eu vou me voltar novamente. 35 E o anjo do Senhor disse a Balaão: Vai com os homens; mas apenas a palavra que eu falar a ti, esta falarás. Assim Balaão seguiu com os príncipes de Balaque.

O rei de Moab decidiu contratar o serviço de Balaão, um artista de magia negra, para lançar uma maldição sobre os israelitas. Balaão viveu em Petor, que parece ter sido localizado perto do rio Eufrates, na Mesopotâmia. Ele era, evidentemente, de uma só vez um verdadeiro profeta do Senhor (ver Nu 21:27. ), mas ele tinha tomado para si alguns estranhos poderes de feitiçaria e adivinhação. Parece que tanto os profetas e feiticeiros tinha o poder para lançar um feitiço sobre as pessoas, e de fato a impor uma maldição sobre eles (ver Gn 9:25 ;. Sl 6:20; . Js 6:26 ; Jr 17:5 ).

Era costume de oferecer um profeta especial algum tipo de dom material como uma expressão de confiança. É óbvio que Balaão era muito avarento e difícil de agradar. Pedro nos dá esta visão sobre o caráter de Balaão: Eles ", deixando o caminho direito desviaram-se seguindo o caminho de Balaão, filho de Beor, que amou o prêmio da injustiça" (2Pe 2:15. ).

Henry dá essa avaliação de Balaão:

Balaão tinha sido um grande profeta, que, para a realização de suas previsões, e as respostas de suas orações, tanto para o bem eo mal, tinha sido encarado com justiça, como um homem de grande interesse com Deus; mas que o crescimento orgulhoso e avarento, Deus se apartou dele e, em seguida, para apoiar o seu crédito naufrágio, ele dirigiu-se às artes diabólicas. Ele é chamado de profeta (2Pe 2:16 ), porque ele tinha sido um, ou, talvez, ele tinha levantado a sua reputação a partir do primeiro por seus amuletos mágicos, como Simon Magres, que encantou as pessoas até agora que ele era chamado de "O grande poder de Deus" (At 8:10 ).

Como o Senhor me falar (v. Nu 22:8 ). Esta é uma passagem muito difícil, mas é evidente que Balaão, pelo menos, atravessa os movimentos de um verdadeiro profeta. Ele, aparentemente, tem algum tipo de discurso com Deus.

Não irás com eles; tu não amaldiçoar o povo (v. Nu 22:12 ). Temos uma difícil hebraico construção da frase aqui. Ele deve ler: "Não irás com as pessoas para amaldiçoá-los." Balaão tinha liberdade para ir junto, mas ele tinha ordens estritas para abster-se de ferir as pessoas com a sua "magia negra". Quando a atividade chegou a um stand- ainda príncipes de Balaque convidou Balaão para ir para casa com eles, mas Balaão se recusou a ir. Os príncipes de Balak voltou ao seu rei e aconselhou-o que Balaão se recusou a vir (v. Nu 22:14).

Balac fez outro esforço para obter Balaão a cooperar enviando ainda altos funcionários (v. Nu 22:15 ), provavelmente, o secretário de Estado e sua equipe. Esta nova delegação fez um convite especial para Balaão para visitar Balak em seu palácio (v. Nu 22:16 ). Balak prometeu doar grande honra Balaão se ele só iria realizar a sua "magia negra". Balaão, em seguida, revelou a sua verdadeira natureza, exigindo um preço muito mais elevado por seus serviços do que havia sido oferecido.

Balaão estava com medo do Senhor e propositadamente definir o preço tão alto que até mesmo o rei Balac não iria pagá-la. Balaão sabia por experiência que ele não poderia frustrar o propósito de Deus. Ele foi fortemente tentado com glória e riquezas, mas seu temor de Deus impediu de ir além de um certo ponto em oposição a Jeová.

Balaão mantido príncipes de Balaque em um estado de incerteza, dizendo que ele queria consultar com Deus durante a noite (v. Nu 22:19 ). A vontade de Deus tinha sido revelado a Balaão (v. Anteriormente 12 ). Deus não quer que ele vá com os príncipes (v. Nu 22:22 ).MacRae diz:

A vontade do Senhor já era conhecido por ele. Ele deveria ter imediatamente repetiu sua recusa anterior, já que não houve fato novo que pudesse justificar a reabertura da questão. No entanto, em vez de seguir a vontade conhecida de Deus, Balaão declarou que iria voltar a procurar saber a vontade de Deus na questão (vs. Nu 22:19 , Nu 22:20 ): este era, em si, um ato de deslealdade para com Deus. Uma vez que a vontade de Deus é clara, não é honrá-lo a buscar mais luz: O que Ele merece agora é a obediência imediata e incondicional.

Novo pedido de Balaão para o conhecimento da vontade de Deus foi devido apenas à sua ganância para os ricos presentes que os homens haviam trazido ... Em vez de repetir o que Balaão já sabia, Deus aparentemente concedido desejo de Balaão. Neste caso, Balaão levou a cabo a sua intenção, mas apenas o poder sobrenatural de Deus permitiu que ele a fazê-lo. Desde que ele disse apenas o que Deus desejava, os lucros esperados não se materializaram. Ele teria sido melhor se ele tivesse ficado em casa.

As revelações de Deus são geralmente vistos apenas por aqueles que estão interessados. O versículo 23 é um exemplo da oposição, o Senhor deu a Balaão em sua jornada em direção a Moab. Henry faz o seguinte comentário:

Os santos anjos são adversários para o pecado, e, talvez, são empregados mais do que estamos cientes de que na prevenção, particularmente na oposição aqueles que têm algum projeto mal contra igreja eo povo de Deus, para quem Michael nosso príncipe se levanta, Ez 12:1 , Ez 12:12 . Que conforto isso é tudo o que desejam o bem para o Israel de Deus, que ele nunca sofre homens ímpios para formar qualquer tentativa contra eles sem enviar seus santos anjos diante de quebrar essa tentativa, e garantir os seus pequeninos.

O anjo do Senhor ... pôs-se num lugar estreito (v. Nu 22:26 ). Aqui está mais uma prova da oposição de Deus a caminho de Balaão para ver Balak. Nos próximos versículos a bunda se torna a vítima das circunstâncias do pecado. Quando a jumenta viu que a passagem estava bloqueada pelo anjo ela se deitou, depois do que Balaão chicoteado a besta (v. Nu 22:27 ).

Jeová abriu a boca da jumenta (v. Nu 22:28 ). Balaão não mostra surpresa com a habilidade incomum por parte da besta para falar. Consultas Smick:

Será que os ass exalam som audível, ou foi apenas uma experiência na mente de Balaão? A verdade é provavelmente para ser encontrada em ambos os lados. Enquanto o aparecimento do anjo e a voz do burro não eram alucinações, parece que eles foram vistos e ouvidos por Balaão só e não pelos outros que estavam presentes, como foi o caso várias vezes no Novo Testamento (At 9:7 ). O burro pede a Balaão e tenta trazê-lo para os seus sentidos. Finalmente Balaão é dado o poder de ver o anjo do Senhor parado no caminho, com a sua espada desembainhada. Aparentemente Balaão torna-se apavorada e cai em seu rosto. O anjo repreende Balaão para o tratamento severo que ele impôs em cima do jumento (v. Nu 22:32 ). O anjo informa Balaão que ele deve sua vida a bunda. O anjo diz, a menos que ela tinha desviado de mim, na verdade que eu tinha te haveria matado, e salvou sua vida (v. Nu 22:33 ).

Pequei (v. Nu 22:34 ). Balaão é agora confrontado com provas irrefutáveis ​​de seu mau caminho, e confessa o seu pecado. Balaão expressa uma vontade de voltar, mas o anjo ordena-lhe para ir com os homens. No entanto, ele é avisado para falar apenas as palavras que o Senhor quer faladas (vv. Nu 22:34 , Nu 22:35 ).

CHEGADA C. BALAAM EM MOAB (22: 36-41)

36 E quando Balaque ouvido que Balaão vinha chegando, saiu-lhe ao encontro até a cidade de Moab, que fica na fronteira do Arnon, que é na maior parte da fronteira. 37 Então disse Balaque a Balaão, Did I sinceramente não enviar a ti, para chamar-te?portanto que não vieste a mim? Não sou eu na verdade honrar-te? 38 E Balaão disse a Balaque: Eis que eu venho a ti: que eu agora qualquer poder falar alguma coisa? A palavra que Deus puser na minha boca, essa falarei. 39 E Balaão foi com Balaque, e chegaram a Quiriate-Huzote. 40 E Balak sacrificou bois e ovelhas, e deles enviou a Balaão e aos príncipes que estavam com ele .

41 E sucedeu que, pela manhã, Balaque tomou a Balaão, eo levou aos altos de Baal; e viu ele dali a parte extrema do povo.

Avance mensageiros informados Rei Balak que Balaão vinha chegando, então uma recepção real foi organizado para Balaão na borda da cidade de Moab. Quando os dois se encontraram, Balak repreendeu Balaão para não vir pela primeira vez (v. Nu 22:37 ).

A palavra que Deus puser na minha boca (v. Nu 22:38 ). Balaão é confrontado com o problema de tentar obedecer ao Senhor e também para agradar o rei, mas decide em favor do Senhor.

Balak sacrificou bois e ovelhas (v. Nu 22:39 ). Aparentemente Balak fez uma oferta especial para os deuses Baal com esperanças de realizar a final para o qual ele tinha Balaão vir. Balak assume que será mais fácil para Balaão para pronunciar sua maldição sobre Israel por estar a uma certa distância, então ele é levado para um ótimo lugar alto de onde ele possa ver as pessoas e pronunciar a maldição. Isto faria com que a maldição mais impessoal. Este é o princípio tão relevante para muitos males sociais e morais de hoje, por exemplo, não é muito difícil para a Bombardier para soltar suas bombas sobre as mulheres e crianças indefesas, se for feito de uma grande altura.


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de Números Capítulo 22 do versículo 1 até o 41
Na Bíblia, poucos homens provo-cam tantos problemas quanto Balaão. Aparentemente, ele era de uma nação pagã, contudo conhecia o Deus verdadeiro. Ele era um adi- vinhador e conseguiu predizer o fu-turo de Israel. Ele escutou a Palavra de Deus e proclamou-a fielmente, contudo torceu-a e levou Israel ao pecado e ao julgamento. Ele era um enigma!

  1. Balaão recebe a visita de Balaque (Nm 22)
  2. A primeira visita (vv:1-14)

Balaque era rei de Moabe e, aparen-temente, aliado, de alguma forma, dos midianitas. Ele vira as conquistas de Israel (Nm 20—
21) e temia que seu povo também fosse conquista-do. Ele percebeu que a força física nunca venceria os judeus, portanto recorreu ao malogro espiritual ao pagar Balaão para amaldiçoar Isra-el. Ele ofereceu um bom preço para que Balaão fizesse o serviço, mas o profeta (depois de consultar ao Senhor) recusou-se a fazer isso. Os mensageiros de Balaque voltaram para casa e relataram o fracasso.

  1. A segunda visita (vv. 75-47)

Balaque não era de desistir com fa-cilidade. Ele enviou príncipes mais honrados que os primeiros, prome-teu muita riqueza e honra a Balaão e propôs que o profeta reconsiderasse o assunto. Com freqüência, Satanás faz isso quando tomamos a decisão definitiva de obedecer à Palavra de Deus. Balaão, no fundo de seu co-ração, queria ir com os mensageiros porque cobiçava o ganho financei-ro que teria. Usar a religião como uma forma de adquirir riqueza é o "caminho de Balaão" (2Pe 2:15-61). Deus permitiu que Balaão fosse com os príncipes, mas ele fez isso apenas para testá-lo (vv. 20-22). Aqui acon-tece o conhecido episódio do anjo e da jumenta. O anjo põe-se no ca-minho de Balaão, mas o profeta não o vê! A jumenta o vê e age de forma tão estranha que Balaão a espanca. O comportamento da jumenta devia advertir Balaão, mas ele estava mui-to atento a sua missão egoísta e não estava sensível à vontade de Deus. Balaão, ao abrir os olhos, vê o anjo e percebe seu erro. Deus diz clara-mente: "Teu caminho é perverso" (v. 32), portanto não havia motivo para Balaão dizer: "Se- parece mal aos teus olhos, voltarei" (v. 34). Balaão brincava com a vontade de Deus a fim de ver até onde podia ir. Deus permitiu que Balaão se encontrasse com Balaque, que lhe deu uma gran-de festa (no v. 40, "sacrificou" signifi-ca "matou, como para uma festa") e levou-o para ver Israel.

A grande lição aqui é que deve-mos descobrir a vontade de Deus e obedecer a ela, independentemente dos desejos pessoais ou das circuns-tâncias subseqüentes.


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de Números Capítulo 22 do versículo 1 até o 41
22:1-41 Princípio da história de Balaque e Balaão. Balaque é o rei moabita que chamou a Balaão, falso adivinho e profeta mercenário, para amaldiçoar o povo de Deus. Balaão é descrito como o mercenário que negociava com seus dons em Jd 1:11; Jc 4:4). O resultado se vê em 25:1-2. • N. Hom. O vigésimo segundo capítulo nos ensina:
1) O triplo testemunho de Balaque: a) do Povo de Deus, v. 3; b) à religião, ao mandar buscar Balaão ao invés de guerrear contra Israel, v. 5; c) da inutilidade da idolatria, já que nela não achará poder algum, v. 6.
2) O triplo conflito de Balaão: a) entre o Conhecimento e a Vontade, sendo que Balaão conhecia quem era Israel, mas mesmo assim queria ganhar seu salário, v. 7; b) entre o Desejo, e a Consciência: a cobiça venceu apesar da vontade divina ter sido claramente revelada, v. 12. Note-se a maneira incompleta de Balaão em citar a mensagem de Deus, v. 13; c) entre a Obediência e a Voluntariedade. Por que, tendo recebido uma proibição nítida, quis saber o "que mais o Senhor diria", v. 19. Nunca surgem novos mandamentos até que venham novas circunstâncias.
3) A tripla reprovação divina: a) até a permissão que Deus deu foi uma reprovação da fraqueza de Balaão, v. 20; b) a palavra divina já tinha sido pronunciada v. 12; c) as circunstâncias que Deus impõe para dificultar o caminho do pecado muitas vezes nos revelam nosso erro, vv. 22-26.

22.7 O preço dos encantamentos. Balaão estava sendo contratado como mágico, havendo, na época, a crença popular que o próprio fato de um profeta prenunciar algo traria a efeito profetizado.

22.12 É povo abençoados. Balaão tinha religião suficiente para ficar sabendo a verdadeira vontade de Deus, mas isto não quer dizer que sua voluntariedade sempre o deixaria seguir pelos passos que sabia ser os da vontade divina. Veja as notas sobre o falso profeta descrito em 1Rs 13:11-11. A Palavra de Deus é clara e simples, e fica complicada apenas para aqueles teólogos que querem ensinar o povo a fugir dos seus preceitos, sendo instrumentos na mão de Satanás para levar muitos a rejeitar as maravilhosas promessas de Deus que são a herança eterna dos que crêem.

22.17 Farei tudo o que me disseres. O profeta é convidado a estipular seu salário e as honras que quer receber.

22.23 Uma jumenta tem mais visão do que um homem cego pela cobiça. A ira de Deus tomou a forma de um Anjo armado; esta ira se inflamara porque Balaão, tendo a intenção de obedecer a Deus pela letra, iria perverter o espírito da vontade divina 31:16.
22.28 Fez falar a jumenta. Para Deus nada é impossível, e está pronto a falar por milagres se a falta de fé que os homens têm exige revelações extras. O apóstolo Pedro ensinarmos que este milagre impediu os intentos do profeta de amaldiçoar Israel, 2Pe 2:15-61.

22.36 Este encontro simboliza o poderio cívico e o poderio eclesiástico colaborando para restringir os verdadeiros crentes.
22.41 Bamote-Baal. Quer dizer "os lugares altos de Baal"; era, portanto, um monte consagrado à adoração das divindades pagãs.


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de Números Capítulo 22 do versículo 1 até o 41

14) Chegada à planície de Moabe (22.1)
v. 1. campinas de Moabe: conforme 26.63; 31.12 etc. É uma planície a leste do Jordão. Essa é a primeira referência bíblica a Jericó.

IX. BALAÃO (22.2—24.25)
Com o cap. 22, começam as últimas seções do livro, que contêm eventos que aconteceram nas campinas de Moabe e as instruções de Moisés transmitidas antes que o povo entrasse na terra.

Os caps. 22—24 constituem uma seção singular, que nos apresenta um retrato extraordinário de um homem chamado Balaão. Ele vivia em Petor na Mesopotâmia ou em Arã (conforme 23.7 e Dt 23:4), a terra natal dos ancestrais de Israel. Embora vivesse fora do aprisco de Israel, ele tinha conhecimento do verdadeiro Deus (conforme 22.8,13 18:19 etc., em que ele fala de “Javé”) e é chamado pelo NT de “profeta” (2Pe 2:16); mas ele também usava feitiçaria e adivinhação (conforme 22.7; 23.23; 24.1 e Js 13:22). R. K. Harrison (Introduction to the Old Testament, p.
630) apresenta evidências de que Balaão era um típico adivinhador mesopotâmico. Como os oráculos passaram às mãos dos israelitas é questão de conjectura.


1)    Balaque manda chamar Balaão

(22:2-6)

Embora não tivesse nada que temer de Israel (conforme Dt 2:9) —• mas evidentemente não sabia disso —, Balaque, rei de Moabe, estava muito amedrontado (conforme Ex 15:15) e enviou mensageiros a Balaão pedindo a ele que amaldiçoasse o povo de Israel. Vê-se aqui que os moabitas e os midianitas trabalham junto, o que não é de admirar, visto que eram vizinhos (conforme Gn 36:35). Os dois são mencionados nos v. 4,7; o v. 8 fala dos “príncipes de Moabe” e

31.8 dos “reis de Midiã” (conforme Js 13:21). v. 4. rei de Moabe naquela época: “Como uma referência pós-mosaica, ou a frase foi acrescentada, ou reflete o fato de que o relato todo foi inserido em época pós-mosaica. Em lugar algum dos caps. 22—24 temos a fórmula comum “Deus disse a Moisés”, encontrada em todos os outros capítulos. Essa seção, como o livro de Jó, talvez tenha se originado fora de Israel” {Wycliffe Bible Commentary, p. 140-1). v. 5. Petor. identificada com Pitru no rio Sagur, perto de onde desemboca no Eufrates (cf. NBD). “A caminhada de Pitru até Moabe seria de aproximadamente 630 quilômetros e duraria mais Dt 20:0). Ele convida os líderes a passar a noite com ele. Talvez ele esteja esperando que Deus lhe fale por meio de um sonho (cf. Gn 20:3,6). O v. 12 é bem claro, e Balaão não teria precisado de mais orientações, v. 13. Senhor não permitiu: Balaão parece estar bem disposto. Ele omite todas as menções às maldições e ao motivo da proibição. Isso os leva a pensar que ele quer uma quantia mais alta.


3)    Segunda delegação enviada a Ba-laão (22:15-20)

Líderes, em maior número e mais importantes do que os primeiros, e com promessas maiores (v. 15,16), foram enviados a Balaão, mas ele responde que não pode desobedecer à ordem do Senhor, mesmo que Balaque desse o seu palácio cheio de prata e de ouro (v. 18). Observe que ele diz: Senhor, meu Deus (v. 18). Apesar da proibição tão clara do v. 12, Balaão pede a eles que passem a noite na casa dele, para descobrir melhor a vontade de Deus (v. 19; conforme o v. 8). Deus permite que ele vá, desde que obedeça implicitamente às suas ordens (v. 20). Mas por que essa diferença entre os v. 12 e 20? No v. 12, temos o desejo mais sublime de Deus para Balaão, isto é, que ele não tivesse nada que ver com os mensageiros de Balaque. Mas Balaão não estava preparado para isso; assim, a proibição de ir foi retirada, e a proibição de amaldiçoar, mantida, para que Israel pudesse ser exaltado e o próprio Balaão tivesse a oportunidade de aprender mais acerca de Deus.


4)    Balaão e a jumenta (22:21-30)
v. 22.
Mas acendeu-se a ira de Deus quando ele foi: Keil deduz do hebraico que não foi simplesmente o fato de ele ir que acendeu a ira de Deus, mas a mentalidade dele (cf. v. 32). o Anjo do Senhor pôs-se no caminho para impedi-lo: o “Anjo do Senhor” no AT muitas vezes é uma pessoa divina, mas dificilmente é o caso aqui (conforme Gn 22:11,12; 31:11-13). Num primeiro momento, Balaão não viu o anjo. v. 24. entre duas vinhas: o incidente talvez tenha ocorrido em Moabe, onde as vinhas eram comuns (conforme Is 16:6-23). Elas estariam separadas por muros (conforme Is 5:5; Pv 24:31). O fato de a jumenta falar tem causado considerável perplexidade. Quando lemos que a jumenta viu o Anjo do Senhor (v. 23), isso não nos parece uma experiência subjetiva. “A maioria dos autores ou comentaristas que consideram a narrativa como histórica tem acertadamente interpretado o fato como uma ocorrência miraculosa” {ICC, p. 335). Alguns sugerem que Deus interpretou os zurros da jumenta a Balaão na forma de fala humana.

Isso pode até indicar a direção correta, mas, de acordo com o relato, o milagre não estava nos ouvidos de Balaão, mas na boca da jumenta (conforme 2Pe 2:16).


5)    Balaão e o anjo (22:31-35)

Os olhos de Balaão são abertos, e ele vê o anjo. v. 32. o seu caminho me desagpada: conforme comentário do v. 22. O anjo veio para frustrar a missão de Balaão, e se necessário com a morte (v. 33), e ele o adverte a falar apenas o que eu lhe disser (v. 35; conforme v. 20). v. 34. Pequei: não há evidência de contrição profunda.


6)    Balaque encontra Balaão (22:36-40)

v. 36. cidade: a NTLH segue as versões

que emendam o texto e trazem “Ar” (de ‘tr para ‘ãr) (conforme 21.15). do Amom: conforme 21.13. Balaão ainda não apresenta a razão por que não pode amaldiçoar o povo. No v. 38, Balaão usa ’Elõhim, não Javé, ao falar com Balaque. O uso dos dois nomes é uma característica dessa seção e tem sido usada para defender a idéia de autoria composta, mas seria natural que Balaão às vezes usasse o nome que indicava de forma específica o Deus de Israel e outras vezes simplesmente o nome que indicava o ser divino. Conforme o comentário de Albright a seguir, v. 39. Quiriate-Huzote: identificação incerta. Os sacrifícios (v. 40) não eram ofertas de gratidão pela chegada feliz de Balaão, mas ofertas de súplica pelo sucesso da missão diante deles. v. 40. líderes: heb. sãrím, grandes ministros de Estado, e não membros da família real; conforme o v. 21.


7)    Os oráculos de Balaão (22.41— 24.25)

Em 1944, o The Journal of Biblical Literaturej v. 63, publicou um artigo de W. F. Albright intitulado “The Oracles of Balaam [Os oráculos de Balaão]”, que é uma contribuição extraordinária para o tópico. Os extratos a seguir são do nosso interesse aqui. “O texto grego difere repetidas vezes da tradição mas-sorética no uso dos nomes divinos, e nenhuma tentativa de distribuir o material em prosa

2Importante periódico de estudos bíblicos e teológicos. [N. do E.] entre J e E foi bem-sucedida sem uma parcela suspeitamente grande de emendas textuais dos nomes divinos” (p. 207). “Não há nada no material dos poemas que exija uma data no século X ou posterior em termos de composição original” (p. 227). “A Esteia de Balua, c. século XII a.C., prova que já havia um tipo de monarquia bem organizada em Moabe” (p. 227). “O nome [Balaão] é característico do segundo milênio e sobreviveu em pelo menos dois nomes de lugares, um que sabemos ter existido já no século XV a.C.” (p. 232). “Podemos deduzir que os oráculos conservados em Nm 23 e 24 foram atribuídos a ele a partir de uma data tão antiga quanto o século XII, e que não há razão por que não seriam autênticos, ou por que, no mínimo, não refletiriam a atmosfera da época” (p. 233).

a)    Bamote-Baal (22.41)
Balaque leva Balaão a Bamote-Baal (“lugares altos de Baal”), sem dúvida um santuário antigo, mas escolhido nesse momento porque era o lugar mais apropriado para se avistar dali o acampamento de Israel. Era necessário ver o povo para poder amaldiçoá-lo. viu uma parte do povo: lit. “beira”, “extremidade”; parece que Balaque levou Balaão cada vez mais próximo para que pudesse ver o perigo. Alguns eruditos, no entanto, acham que a palavra se refere à extremidade distante e crêem que ele enxergava cada vez menos para que a influência deles sobre ele fosse cada vez menor; assim a NEB e aparentemente a BJ. A palavra hebraica pode se referir a qualquer uma das extremidades (cf.

23.13). “Então viu Israel acampado” em 24.2 parece apoiar a primeira opção.


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de Números Capítulo 22 do versículo 8 até o 14
b) Primeira resposta de Balaão (Nm 22:8-14).

Mais prudente que Natã parece Balaão no episódio acima narrado, pois em presença das recompensas apresentadas pelos anciãos midianitas, disse-lhes que a resposta apenas seria dada depois de consultar o Senhor.

Quem são estes homens? (9). Isto não quer dizer que o Senhor não soubesse quem eles eram. É que Deus quer que, quando nos dirigimos a Ele, nos possamos manter em estreita comunhão com o Senhor Supremo, exprimindo claramente as nossas idéias. Por vezes resolve-se um problema só em face duma exposição clara.


Dicionário

Balaque

-

hebraico: devastador, gastando

Filho de Zipor, foi o rei moabita que convocou Balaão para amaldiçoar o povo de Israel, movido pelo medo, ao tomar conhecimento da vitória dos israelitas sobre outros povos. Achou que seria possível contratar Balaão para lançar uma maldição sobre os hebreus e, assim, derrotá-los (Nm 22). A despeito da insensatez de Balaão, Deus o usou várias vezes para confrontar Balaque e abençoar o povo, ao invés de amaldiçoar (Nm 23:11), para consternação do rei moabita. Os escritores bíblicos viram Balaque como um exemplo de extrema imprudência e uma ilustração de como os pagãos subestimam o poder do Deus de Israel. Tentar amaldiçoar o povo a quem Senhor abençoou só poderia resultar em maldição sobre si mesmo! (Js 24:9; Jz 11:25). As gerações futuras são desafiadas a lembrar do exemplo de Balaque e dessa maneira evitar o juízo de Deus (Mq 6:5). Da mesma forma, o falso ensino deve ser evitado, devido à sedução e aos efeitos perigosos que causa sobre a congregação (Ap 2:14). S.V.


Balaque [Esgotado ? Devastador ?]

Rei de Moabe que contratou Balaão para que amaldiçoasse os israelitas (Nm 22—24).


Balaão

-

Significação desconhecida, talvez devorador. Um adivinho ou profeta, a quem Balaque, rei de Moabe, ordenou que amaldiçoasse os israelitas. Era filho de Beor, e residia em Petor, na Mesopotâmia (Nm 22:5). Em lugar de amaldiçoar os inimigos de Balaque, ele, por instrução e impulso divinos, os abençoou, predizendo a futura grandeza de israel (Ne 13:2Mq 6:5 – 2 Pe 2.15 – Jd 11 – e Ap 2:14). Ainda que vivia entre os pagãos, tinha Balaão algum conhecimento do verdadeiro Deus, sendo, além disso, homem de grande inteligência, com fama de santidade e sabedoria. Era considerado profeta entre a sua gente, que, em conformidade com as idéias de muitas outras nações da antigüidade, tinha o curioso costume de entregar aos deuses destruidores os inimigos, antes de entrar em combate com ele. Balaão negociara com os seus dons especiais, como se mostra no fato de terem os mensageiros de Balaque levado consigo presentes para recompensarem o profeta pelos seus encantamentos, quando foram ter com ele a pedido do rei. os israelitas haviam começado as suas conquistas na Terra Santa, e por isso o rei de Moabe, com os midianitas, seus aliados, procurou por todos os meios deter o seu avanço. Todavia, Balaão, avisado por Deus, recusou, embora desejoso do seu lucro (2 Pe 2.15), levar a efeito o que o rei desejava – e só depois de ter ido a sua casa outra deputação mais importante é que ele resolveu partir. Mas isso era contra a vontade de Deus, que pela boca da jumenta fez de algum modo compreender a Balaão o seu mau passo. Viu-se depois o resultado deste fato. Não somos, porém, levados a crer que ele se tornou verdadeiro crente no Senhor, porque mais tarde vamos encontrá-lo empregando vilmente todos os esforços para conseguir a destruição dos israelitas (Nm 25). E morreu quando combatia pelos midianitas contra aqueles, que ele tinha pensado em amaldiçoar (Nm 31:8-16).

Permanece como uma advertência quanto aos perigos de se permitir que um forasteiro (Balaão era de Petor, região do Eufrates) se infiltre e perversamente crie tumulto na comunidade de Deus. Esse falso profeta tipificou a situação de instabilidade de Israel no tempo de Moisés. A intervenção do legislador em favor do povo impedira a aniquilação da nação sob o juízo do Senhor (Nm 22:49). Após testemunhar uma grande vitória pelas mãos de Deus, os hebreus logo foram seduzidos pelas práticas dos moabitas (veja Números 25).

De acordo com Números 22, Balaão foi convocado pelo rei Balaque, de Moabe. Deus interveio, mandando um anjo bloquear seu caminho. Há uma ironia no fato de que a jumenta reconheceu o ser angelical, como também a intervenção de Deus, enquanto Balaão nada percebeu. A história desse falso profeta é mais bem lembrada pelas palavras do animal, que mostrou maior sabedoria do que seu dono e era capaz de proferir oráculos mais sábios! Finalmente, Balaão foi autorizado a prosseguir sua jornada.

Balaão experimentava uma comunicação privilegiada com Deus, que falava com o povo por meio dos oráculos; entretanto, da mesma maneira que os israelitas, ele acendeu a ira de Deus, com sua relutância em fazer “somente o que Eu te disser” (Nm 22:20s). Seduzido pela bajulação (Nm 22:17) e mais interessado em descobrir um meio de acomodar os interesses do que em prestar atenção aos oráculos que sairiam de sua própria boca, Balaão entrou para a tradição rabínica como um diplomata eficiente, mas enganador. Balaque não estava interessado nas palavras de Balaão (Nm 24:10s). De acordo com Números 31:8-16, esse falso profeta aconselhou os midianitas a atrair os israelitas para os pecados sexuais em Peor. Por essa razão, foi morto por Moisés e seus homens junto com os reis midianitas (Nm 31). A despeito da mistura de verdadeiros e falsos oráculos e da lealdade mista do profeta, Deus continuou a intervir, para guiar seu povo na vitória sobre seus inimigos.

Dessa maneira, o episódio de Balaão tornou-se mais um exemplo da total soberania de Deus que opera para o bem de seu povo.

II Pedro 2:15, Judas 11 e Apocalipse 2:14 advertem o povo de Deus quanto ao perigo de aceitarem em seu meio um pagão com uma maneira de falar suave e eloqüente, que se apóia em seu conhecimento como uma forma de religiosidade, e desvia-se para sua própria destruição. Uma aparência de piedade encobre convicções frágeis e superficiais, que podem ser compradas (Nm 22:17), e também um arrependimento superficial (v. 34), o qual tem vida curta.

II Pedro 2:15-16 mostra Balaão como um homem de talento profético, mas com desejo de usar os dons de Deus, a fim de alcançar seus objetivos pessoais. Assim, o apóstolo alertou para o perigo das palavras “arrogantes de vaidade”, porque funcionam como uma cobertura para os desejos malignos. O cristão deve ser grato porque tal vaidade de coração será exposta no dia do julgamento (Jd 11). Para o apóstolo João, ao escrever à igreja em Pérgamo, o pior pecado não é de fato o da auto-engano, porque este no final será exposto. Pelo contrário, a maneira como Balaão foi induzido ao adultério espiritual por Balaque é muito pior (veja mais detalhes em Balaque). E, assim, o juízo mais rigoroso está reservado para os que conscientemente induzem outros ao erro. Como aconteceu com Balaão, as conseqüências do pecado finalmente os apanham (cf. Nm 31:8; Js 13:22). S.V.


Balaão [Senhor do Povo ? Devorador ?] - Profeta da cidade de Petor, na MESOPOTÂMIA. Ele abençoou o povo de Israel, mas depois o levou ao pecado (Nu 22:5—24:
2) 5; 31.8,16; (2Pe 2:15); (Jz 11).

Levantar

verbo transitivo direto e pronominal Pôr ao alto; erguer: levantar uma mesa; levantou-se do sofá.
verbo transitivo direto , bitransitivo e pronominal Erguer do chão; dar mais altura a; apanhar, hastear: levantar uma casa, uma bandeira; levantou um muro na sala; o carro não se levanta sozinho!
verbo transitivo direto e intransitivo Aumentar a intensidade de; reforçar: levantou a voz; sua voz levantou.
verbo bitransitivo Levar na direção mais alta; elevar: levantar a cabeça para ver melhor.
verbo transitivo direto Expor como uma ideia; sugerir: levantar questões.
Espalhar em várias direções; dispersar: o carro levantou muita poeira.
Incentivar uma rebelião; revoltar: discursos inflamados levantaram o povo.
Reunir em grande quantidade; arrecadar: levantar recursos para a igreja.
Passar a possuir; receber: foi ao banco e levantou vultosa soma.
Dar por findo; encerrar: levantar a sessão.
Elogiar muito algo ou alguém; enaltecer: levantou seus feitos no livro.
Elevar-se nos ares (o avião); voar: levantar voo.
verbo intransitivo Deixar de chover: o tempo levantou.
verbo pronominal Pôr-se de pé; erguer-se; acordar: levanto-me cedo.
Voltar a ter boa saúde: levantei-me depois daquela doença.
Exaltar-se; manifestar-se: a opinião pública facilmente se levanta.
Levantar-se contra alguém; insultar: meu filho se levantou contra mim.
Erguer-se no horizonte: o Sol ainda não se levantou.
verbo transitivo direto predicativo Eleger uma pessoa em detrimento dos demais: Canudos levantou Antônio Conselheiro seu líder.
Etimologia (origem da palavra levantar). Do latim levantare, "erguer".

Recusar

verbo transitivo Não aceitar uma coisa oferecida; declinar; repelir: recusar um presente; recusou a proposta por julgá-la ofensiva.
Não conceder o que é pedido: recusar uma esmola.
Resistir a, não aceder: recuso obedecer-lhe.
Desaceitar, não admitir: recusar um jurado, recusar a inscrição de um candidato.
Fugir a, evitar: recusar combate.
verbo pronominal Negar-se a: recusou-se a entrar.
Direito Declarar-se incompetente, ou manifestar suspeição: o juiz recusou-se.

recusar
v. 1. tr. dir. Não aceitar, não admitir; rejeitar. 2. tr. dir. Não conceder; não permitir; negar. 3. tr. dir. Não se prestar a; opor-se; resistir a. 4. pron. Não querer; não se prestar; escusar-se. 6. pron. dir. Declarar-se incompetente. 7. pron. Não obedecer.

Vir

verbo transitivo indireto , intransitivo e pronominal Dirigir-se ou ser levado de um local para outro, normalmente para o lugar onde estamos ou para seus arredores: a minha mãe virá a Minas Gerais; o aparelho virá de barco; abatido, vinha-se para o sofá e dormia.
verbo transitivo indireto e intransitivo Caminhar-se em direção a: os cães vêm à margem da praia; escutava o barulho do navio que vinha.
Chegar para ficar por um tempo maior: o Papa vem ao Brasil no próximo ano; o Papa virá no próximo ano.
Regressar ou retornar ao (seu) lugar de origem: o diretor escreverá a autorização quando vier à escola; a empregada não vem.
Estar presente em; comparecer: o professor solicitou que os alunos viessem às aulas; o diretor pediu para que os alunos viessem.
verbo transitivo indireto Ser a razão de; possuir como motivo; originar: sua tristeza vem do divórcio.
Surgir no pensamento ou na lembrança; ocorrer: o valor não me veio à memória.
Espalhar-se: o aroma do perfume veio do quarto.
Demonstrar aprovação; concordar com; convir.
Demonstrar argumentos: os que estavam atrasados vieram com subterfúgios.
Alcançar ou chegar ao limite de: a trilha vem até o final do rio.
Ter como procedência; proceder: este sapato veio de Londres.
verbo intransitivo Estar na iminência de acontecer: tenho medo das consequências que vêm.
Tomar forma; surgir ou acontecer: o emprego veio numa boa hora.
Progredir ou se tornar melhor: o aluno vem bem nas avaliações.
Aparecer em determinada situação ou circunstância: quando o salário vier, poderemos viajar.
Aparecer para ajudar (alguém); auxiliar: o médico veio logo ajudar o doente.
Andar ou ir para acompanhar uma outra pessoa; seguir: nunca conseguia andar sozinha, sempre vinha com o pai.
Chegar, alcançar o final de um percurso: sua encomenda veio no final do ano.
verbo predicativo Começar a existir; nascer: as novas plantações de café vieram mais fracas.
Etimologia (origem da palavra vir). Do latim veniere.

Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
קוּם שַׂר מוֹאָב בּוֹא בָּלָק אָמַר בִּלעָם מָאֵן הָלַךְ
Números 22: 14 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

Tendo-se levantadoH6965 קוּםH6965 H8799 os príncipesH8269 שַׂרH8269 dos moabitasH4124 מוֹאָבH4124, foramH935 בּוֹאH935 H8799 a BalaqueH1111 בָּלָקH1111 e disseramH559 אָמַרH559 H8799: BalaãoH1109 בִּלעָםH1109 recusouH3985 מָאֵןH3985 H8765 virH1980 הָלַךְH1980 H8800 conosco.
Números 22: 14 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

1407 a.C.
H1109
Bilʻâm
בִּלְעָם
o filho de Beor, um homem dotado com o dom da profecia n pr loc
(to Balaam)
Substantivo
H1111
Bâlâq
בָּלָק
murmurar, resmungar, queixar-se, dizer algo contra em um tom baixo
(they grumbled)
Verbo - Indicativo Imperfeito Ativo - 3ª pessoa do plural
H1980
hâlak
הָלַךְ
ir, andar, vir
(goes)
Verbo
H3985
mâʼên
מָאֵן
tentar para ver se algo pode ser feito
(to be tempted)
Verbo - Aoristo (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) infinitivo passivo
H4124
Môwʼâb
מֹואָב
um filho de Ló com sua filha mais velha
(Moab)
Substantivo
H413
ʼêl
אֵל
até
(unto)
Prepostos
H559
ʼâmar
אָמַר
E disse
(And said)
Verbo
H5973
ʻim
עִם
com
(with her)
Prepostos
H6965
qûwm
קוּם
levantar, erguer, permanecer de pé, ficar de pé, pôr-se de pé
(that rose up)
Verbo
H8269
sar
שַׂר
Os princípes
(The princes)
Substantivo
H935
bôwʼ
בֹּוא
ir para dentro, entrar, chegar, ir, vir para dentro
(and brought [them])
Verbo


בִּלְעָם


(H1109)
Bilʻâm (bil-awm')

01109 בלעם Bil am̀

provavelmente procedente de 1077 e 5971, grego 903 Βαλααμ; DITAT - 251b Balaão = “não do povo” n pr m

  1. o filho de Beor, um homem dotado com o dom da profecia n pr loc
  2. uma cidade em Manassés

בָּלָק


(H1111)
Bâlâq (baw-lawk')

01111 בלק Balaq

de 1110, grego 904 Βαλακ; n pr m

Balaque = “devastador”

  1. um rei de Moabe que contratou Balaão para amaldiçoar Israel

הָלַךְ


(H1980)
hâlak (haw-lak')

01980 הלך halak

ligado a 3212, uma raiz primitiva; DITAT - 498; v

  1. ir, andar, vir
    1. (Qal)
      1. ir, andar, vir, partir, proceder, mover, ir embora
      2. morrer, viver, modo de vida (fig.)
    2. (Piel)
      1. andar
      2. andar (fig.)
    3. (Hitpael)
      1. percorrer
      2. andar ao redor
    4. (Nifal) liderar, trazer, levar embora, carregar, fazer andar

מָאֵן


(H3985)
mâʼên (maw-ane')

03985 מאן ma’en

uma raiz primitiva; DITAT - 1138; v

  1. (Piel) recusar

מֹואָב


(H4124)
Môwʼâb (mo-awb)

04124 מואב Mow’ab

procedente de uma forma prolongada do prefixo preposicional m- e 1; de (o pai dela [da mãe]); DITAT - 1155 Moabe = “do seu pai” n pr m

  1. um filho de Ló com sua filha mais velha
  2. a nação descendente do filho de Ló n pr loc
  3. a terra habitada pelos descendentes do filho de Ló

אֵל


(H413)
ʼêl (ale)

0413 אל ’el (mas usado somente na forma construta reduzida) אל ’el

partícula primitiva; DITAT - 91; prep

  1. para, em direção a, para a (de movimento)
  2. para dentro de (já atravessando o limite)
    1. no meio de
  3. direção a (de direção, não necessariamente de movimento físico)
  4. contra (movimento ou direção de caráter hostil)
  5. em adição a, a
  6. concernente, em relação a, em referência a, por causa de
  7. de acordo com (regra ou padrão)
  8. em, próximo, contra (referindo-se à presença de alguém)
  9. no meio, dentro, para dentro, até (idéia de mover-se para)

אָמַר


(H559)
ʼâmar (aw-mar')

0559 אמר ’amar

uma raiz primitiva; DITAT - 118; v

  1. dizer, falar, proferir
    1. (Qal) dizer, responder, fala ao coração, pensar, ordenar, prometer, intencionar
    2. (Nifal) ser falado, ser dito, ser chamado
    3. (Hitpael) vangloriar-se, agir orgulhosamente
    4. (Hifil) declarar, afirmar

עִם


(H5973)
ʻim (eem)

05973 עם ̀im

procedente de 6004; DITAT - 1640b; prep

  1. com
    1. com
    2. contra
    3. em direção a
    4. enquanto
    5. além de, exceto
    6. apesar de

קוּם


(H6965)
qûwm (koom)

06965 קום quwm

uma raiz primitiva; DITAT - 1999; v.

  1. levantar, erguer, permanecer de pé, ficar de pé, pôr-se de pé
    1. (Qal)
      1. levantar
      2. levantar-se (no sentido hostil)
      3. levantar-se, tornar-se poderoso
      4. levantar, entrar em cena
      5. estar de pé
        1. manter-se
        2. ser estabelecido, ser confirmado
        3. permanecer, resistir
        4. estar fixo
        5. ser válido (diz-se de um voto)
        6. ser provado
        7. está cumprido
        8. persistir
        9. estar parado, estar fixo
    2. (Piel)
      1. cumprir
      2. confirmar, ratificar, estabelecer, impor
    3. (Polel) erguer
    4. (Hitpael) levantar-se, erguer-se
    5. (Hifil)
      1. levar a levantar, erguer
      2. levantar, erigir, edificar, construir
      3. levantar, trazer à cena
      4. despertar, provocar, instigar, investigar
      5. levantar, constituir
      6. fazer ficar em pé, pôr, colocar, estabelecer
      7. tornar obrigatório
      8. realizar, levar a efeito
    6. (Hofal) ser levantado

שַׂר


(H8269)
sar (sar)

08269 שר sar

procedente de 8323; DITAT - 2295a; n. m.

  1. príncipe, governante, líder, chefe, comandante, oficial, capitão
    1. comandante, chefe
    2. vassalo, nobre, oficial (sob as ordens do rei)
    3. capitão, general, comandante (militar)
    4. chefe, líder, superintendente (de outras classes de funcionários)
    5. líderes, príncipes (referindo-se a ofícios religiosos)
    6. anciãos (referindo-se aos líderes representativos do povo)
    7. príncipes-mercadores (referindo-se à hierarquia dignidade)
    8. anjo protetor
    9. Soberano dos soberanos (referindo-se a Deus)
    10. diretor

בֹּוא


(H935)
bôwʼ (bo)

0935 בוא bow’

uma raiz primitiva; DITAT - 212; v

  1. ir para dentro, entrar, chegar, ir, vir para dentro
    1. (Qal)
      1. entrar, vir para dentro
      2. vir
        1. vir com
        2. vir sobre, cair sobre, atacar (inimigo)
        3. suceder
      3. alcançar
      4. ser enumerado
      5. ir
    2. (Hifil)
      1. guiar
      2. carregar
      3. trazer, fazer vir, juntar, causar vir, aproximar, trazer contra, trazer sobre
      4. fazer suceder
    3. (Hofal)
      1. ser trazido, trazido para dentro
      2. ser introduzido, ser colocado