Enciclopédia de Números 33:44-44

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

nm 33: 44

Versão Versículo
ARA partiram de Obote e acamparam-se em Ijé-Abarim, no limite de Moabe;
ARC E partiram de Obote, e acamparam-se nos outeirinhos de Abarim, no termo de Moabe.
TB Tendo partido de Obote, acamparam-se em Ijé-Abarim, no território de Moabe.
HSB וַיִּסְע֖וּ מֵאֹבֹ֑ת וַֽיַּחֲנ֛וּ בְּעִיֵּ֥י הָעֲבָרִ֖ים בִּגְב֥וּל מוֹאָֽב׃
BKJ E partiram de Obote, e acamparam em Ijé-Abarim, na fronteira de Moabe.
LTT E partiram de Obote, e acamparam-se em Ije-Abarim, no limite de Moabe.
BJ2 Partiram de Obot e acamparam no território de Moab, em Jeabarim.
VULG Et de Oboth venerunt in Ijeabarim, quæ est in finibus Moabitarum.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Números 33:44

Números 21:11 Depois, partiram de Obote e alojaram-se nos outeiros de Abarim, no deserto que está defronte de Moabe, ao nascente do sol.

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

A conquista da Transjordânia

século XV ou XIII a.C.
MOISÉS ENVIA ESPIAS
Guiado por uma nuvem provida pelo Senhor, Moisés conduziu seu povo a Cades-Barnéia (atuais fontes de Qudetrat) na região nordeste da península do Sinai. Dali, enviou doze homens para espiar a terra de Canaã, a qual o Senhor havia dado as israelitas.? Os espias atravessaram a terra toda, chegando até Reobe ao norte e, depois, voltaram do vale de Escol com romás e figos e um cacho de uvas pendurado numa vara carregada por dois homens.? Os espias ficaram impressionados com a fertilidade de Canaà, uma "terra que mana leite e mel", mas seu relatório não foi inteiramente favorável. As cidades de Canaá eram fortificadas e a terra devorava quem vivia nela. Os habitantes eram de estatura gigantesca e, em comparação com eles, os espias pareciam gafanhotos. Quando os israelitas ouviram esse relatório, gritaram em voz alta, choraram e murmuraram contra Moisés e Arão: "Tomara tivéssemos morrido na terra do Egito ou mesmo neste deserto! E por que nos traz o Senhor a esta terra, para cairmos à espada e para que nossas mulheres e nossas crianças sejam por presa? Não nos seria melhor voltarmos para o Egito?" (Nm 14:2-3). Dois espias, Josué e Calebe, estavam certos de que o Senhor ajudaria os israelitas a conquistar Canaã, mas a opinião dos outros dez espias prevaleceu, levando o Senhor a expressar seu desprazer a Moisés e Arão. Todos os murmuradores com vinte anos de idade ou mais morreriam no deserto. Os israelitas passariam quarenta nos vagando pelo deserto até que toda aquela geração tivesse morrido. Uma tentativa do povo de entrar em Canaà sem a permissão de Moisés redundou em fracasso e os amalequitas e cananeus perseguiram o exército israelita at Horma

A VOLTA A CADES-BARNÉIA
Trinta e oito anos depois os israelitas voltaram a Cades-Barnéia, onde Miriã, a irmã de Moisés, faleceu. Quando a nova geração começou a murmurar devido à falta de água, como seus pais haviam feito, o Senhor disse a Moisés para falar à rocha de modo a produzir água. Exasperado, Moisés feriu a rocha e a água jorrou, mas o Senhor o informou que, por não haver confiado que Deus demonstraria seu poder publicamente, Moisés não entraria na terra prometida."

EDOM NÃO DÁ PASSAGEM A ISRAEL
Ao invés de prosseguir em direção ao norte e lutar contra os povos locais para entrar em Canaã, os israelitas planejaram passar pelas terras a leste do mar Morto e do rio Jordão e entrar em Canaã pelo leste. Para seguir esse caminho teriam de entrar no território dos edomitas, os descendentes de Esaú, o irmão gêmeo de Jacó. Moisés enviou mensageiro pedindo passagem, mas o rei de Edom recusou, obrigando os israelitas a contornarem o território edomita. No monte Hor, Arão, irmão de Moisés, faleceu aos 123 anos de idade.

A DERROTA DE SEOM
Os israelitas atravessaram o vale de Zerede e se dirigiram ao vale do rio Arnom, na frontera com Moabe. Naquela época, grande parte do território moabita era governado por um rei amorreu chamado Seom. Além de recusar passagem aos israelitas, Seom os atacou em Jasa. Os livros de Números e Deuteronòmio no Antigo Testamento tratam dessa campanha e registram os acontecimentos de um ponto de vista claramente israelita, afirmando que Israel ocupou Hesbom, a capital de Scom, e destruiu completamente todas as cidades e habitantes do seu reino.

A DERROTA DE OGUE
Quando Moisés e o povo prosseguiram em direção ao norte, para a terra de Basã, a região a nordeste do mar da Galiléia, Ogue, rei de Basà, que reinava em Astarote, saiu à guerra em Edrei (Der'a) na Síria. Ogue foi derrotado e sessenta das suas cidades fortificadas com grandes muralhas, portas e ferrolhos passaram para as mãos dos israelitas. Mais uma vez 1srael destruiu completamente as cidades e todos os seus habitantes. O livro de Deuteronômio faz uma observação curiosa acerca da cama de Ogue, a qual, na época em que o livro foi escrito, ainda podia ser vista em Rabá dos amonitas, atual Amá. O móvel com 4 m de comprimento é descrito como um "leito de ferro". Uma tradução preferível é "decorado com ferro"; porém, tendo em vista vários sarcofagos de basalto terem sido encontrados em Basâ, outra interpretação sugerida "sarcófago de basalto". As vitórias dos israelitas sobre Seom e Ogue lhes deram um território amplo a leste do Jordão, uma base segura para preparar a campanha militar contra os povos do outro lado do rio Jordão. As tribos de Rúben e Gade e a meia tribo de Manassés receberam a garantia de que poderiam ocupar as terras a leste do Jordão desde que participassem da conquista de Canaá junto com as outras tribos de Israel.

BALAÃO
Em seguida, os israelitas acamparam nas campinas de Moabe (também chamadas de Sitim) defronte a cidade de Jerico, mas separadas dela pelo rio Jordão. Balaque, rei de Moabe, contratou um adivinhador chamado Balaão para proferir maldições contra os israelitas. Os mensageiros do rei foram buscar Balaão em Petor, na terra de Amav, ou seja, no vale de Sajur, entre Alepo e Carquemis, junto ao Eufrates, uma região correspondente, hoje, ao norte da Síria. Na verdade, todos os oráculos de Balaão registrados no livro de Números são bênçãos, e não maldições. Assim, quando se viu incapaz de amaldiçoar os israelitas, Balaão os seduziu ao culto a Baal e à imoralidade sexual com mulheres moabitas. Posteriormente, ele pagaria por isso com a vida." Este adivinhador, conhecido principalmente pelo episódio em que sua jumenta lhe falou, também aparece numa inscrição aramaica escrita em nanquim sobre gesso de Tell Deir Alla (chamada na Bíblia de Sucote) na atual Jordânia, datada de c. 800 a.C.O texto em questão mostra como a fama de Balaão era ampla.

DEUTERONÔMIO
Talvez devido à imoralidade e idolatria dos israelitas nas campinas de Moabe, Moisés considerou necessário repetir a lei à nova geração prestes a entrar na terra prometida. As palavras proferidas pelo líder de Israel nessa ocasião constituem o livro conhecido como Deuteronômio (um termo grego que significa "segunda lei" ou "lei repetida"). A segunda definição ("lei repetida") deve ser preferida, pois o livro é uma reiteração da lei já transmitida, e não uma segunda parte da mesma. A forma básica de Deuteronômio é semelhante à de Êxodo- Levítico. No final do livro, Moisés ensina um cântico ao povo para ajudá-los a lembrar das palavras do Senhor e obedecê-las e abençoa cada uma das doze tribos de Israel.

A MORTE DE MOISÉS
Deus ordenou que Moisés subisse o monte Nebo, defronte de Jerico, e visse a terra prometida. Devido à desobediência do líder de Israel em Cades-Barnéia, Deus não lhe permitiu entrar em Canaã. Do alto do monte Nebo (provavelmente o atual Jebel en-Neba, com 835 m de altura), Moisés pôde ver grande parte da terra prometida estendendo-se mais de 1.000 m abaixo dele, desde o pico branco e brilhante do monte Hermom, ao norte do mar da Galiléia, até Zoar, na extremidade sul do mar Morto. Também deve ter visto as cidades de Jerico, Jerusalém e Belém. No alto deste monte, aos cento e vinte anos de idade, Moisés faleceu inteiramente lúcido. De acordo com o autor do posfácio de Deuteronômio, o Senhor sepultou Moisés em Moabe, no vale defronte de Bete-Peor. "E ninguém sabe, até hoje, o lugar da sua sepultura (…..] Nunca mais se levantou em Israel profeta algum como Moisés, com quem o Senhor houvesse tratado face a face, no tocante a todos os sinais e maravilhas que, por mando do Senhor, fez na terra do Egito, a Faraó, a todos os seus oficiais e a toda a sua terra; e no tocante a todas as obras de sua poderosa mão e aos grandes e terríveis feitos que operou Moisés à vista de todo o Israel" (Dt 34:66-10-12).

A missão dos espias israelitas e a conquista da Transjordânia
A missão dos espias israelitas e a conquista da Transjordânia

OS VIZINHOS DE ISRAEL E JUDÁ

O LEGADO DE DAVI E SALOMÃO
Durante o reinado de Davi, Israel conquistou vários povos vizinhos, mas não todos. Ao norte, Hirão de Tiro e outros reis fenícios governavam uma faixa ao longo da costa do Mediterrâneo correspondente de forma aproximada a atual Líbano. Mais ao sul, também junto ao Mediterrâneo, os filisteus mantiveram sua independência. Do lado leste do rio Jordão e a leste e sul do mar Morto, Davi conquistou Amom, Moabe e Edom. Depois de derrotar Hadadezer de Zobá, Davi parece ter conseguido controlar parte da Síria até o rio Eufrates. Nos anos depois da morte de Salomão, essas regiões readquiriram sua independência.

AMOM
O centro do reino de Amom era a grande cidadela de Rabá- Amom (atual Amã, capital da Jordânia). Os amonitas eram descendentes de Ben-Ami, filho de Ló (sobrinho de Abraão) (com sua filha mais nova) A região a oeste que se estendia até o vale do Jordão entre os ribeiros Jaboque e Arnom era ocupada pelos amorreus.

MOABE
O reino de Moabe se concentrava no planalto entre o ribeiro de Arnom, que corria por um vale de até 500 m de profundidade, e o ribeiro de Zerede, a leste do mar Morto. Sua cidade mais importante era Quir-Haresete, a magnífica fortaleza de Kerak. A região ao norte do rio Arnom era chamada de Misor, ou campinas de Moabe. Os moabitas eram descendentes de Ló com sua filha mais vela. Rute, a bisavó de Davi, era moabita. Moabe era uma região conhecida pela criação de ovinos e, por algum tempo, teve de pagar a Israel um tributo anual de cem mil cordeiros e a lã de cem mil carneiros.

EDOM
Os edomitas eram descendentes de Esaú, o irmão mais velho de Jacó. Ocupavam o território ao sul do mar Morto e a sudeste do ribeiro de Zerede. Essa região montanhosa também era chamada de monte Seir, que significa "peludo", pois era coberta de uma vegetação densa constituída, em sua maior parte, de arbustos. Abrangia a Arabá, ou deserto de Edom, a grande depressão que liga o mar Morto ao mar Vermelho. Sua capital, Sela, pode ser identificada com Petra, a cidade que viria a ser conhecida como a espetacular capital rosada dos árabes nabateus.

A REGIÃO AO SUL DO MAR MORTO
Ao sul de uma linha imaginária entre Gaza e Berseba, estendendo-se para o leste até o sul do mar Morto, fica o deserto de Zim. Essa área extensa que constitui a parte norte do deserto do Sinai apresenta um índice pluviométrico anual inferior a 200 mm e, portanto, não pode ser usada para a agricultura. Judá procurou exercer controle sobre Edom e essa região. Os portos de Eziom-Geber (possivelmente Tell el-Kheleifeh) e Elate no norte do golfo de Ácaba permitiam que Judá tivesse acesso ao mar Vermelho e seu comércio valioso.

OS FILISTEUS
Quatro cidades filistéias, Ecrom, Asdode, Asquelom e Gaza, permaneceram independentes do controle de Israel e Judá. Apenas Gate foi controlada pelo reino de Judá.

O LÍBANO
Os montes da região norte da Galileia são separados das cadeias de montanhas do Líbano ao norte pelo vale profundo do rio Litani que desemboca no Mediterrâneo alguns quilômetros ao norte de Tiro. As montanhas de até 3.088 m de altura que passam cerca da metade do ano cobertas de neve explicam o nome "Líbano", que significa "branco". As coníferas e cedros do Líbano forneciam a madeira de melhor qualidade do Antigo Oriente Próximo, cobiçadas por reis da Mesopotâmia e do Egito, e também por Salomão, que adquiriu dessa região a madeira para o templo do Senhor em Jerusalém. A leste da cadeia de montanhas do Líbano encontra-se o vale de Becá. As montanhas formam uma barreira natural, impedindo que as chuvas cheguem ao vale onde o índice pluviométrico anual não passa de 250 mm. Os rios Orontes e Litani correm, respectivamente, ao longo do norte e do sul do vale para o mar Mediterrâneo. A leste de Becá fica a cadeia de montanhas do Antilíbano, cujo pico mais alto é o do monte Hermom (também chamado de Sirion ou Senir) com 2.814 m de altura. A costa mediterrânea do Libano possui

DO OUTRO LADO DO MAR
Os fenícios da costa do Líbano eram exímios marinheiros. Salomão contratou marujos de Hirão, rei de Tiro, para seus empreendimentos comerciais no mar Vermelho. Os israelitas, por sua vez, eram um povo ligado à terra que mostrava pouco entusiasmo pelo mar, como o salmista deixa claro: "Subiram até aos céus, desceram até aos abismos; no meio destas angústias, desfalecia-lhes a alma. Andaram, e cambalearam como ébrios, e perderam todo tino. Então, na sua angústia, clamaram ao Senhor, e ele os livrou das suas tribulações" (SI 107:26-28).

A SÍRIA
A leste da cadeia do Antilíbano fica o país chamado hoje de Síria. Este foi o nome que os romanos deram à região, que incluía a Palestina, quando Pompeu a conquistou em 63 .C. e a transformou numa província romana. No tempo do Antigo Testamento, a região ao redor de Damasco e mais ao norte era chamada de Hara. Davi firmou alianças com os reis arameus de Gesur (a leste do mar da Galileia) e Hamate. Conquistou Zoba (ao norte de Damasco), estendendo seu domínio até o rio Eufrates. Damasco recobrou sua independência durante o reinado de Salomão quando um certo Rezom passou a controlar a região. Ben-Hadade II, Hazael e Ben-Hadade IlI, reis posteriores de Damasco, entraram em conflito repetidamente com Israel, o reino do norte.

A LESTE DO JORDÃO
Basã e Gileade, a leste do rio Jordão, faziam parte da terra prometida, e, portanto, não eram vizinhos de Israel. Entretanto, a fim de fornecer uma descrição mais abrangente, devemos tratar dessas terras do outro lado do rio. Nessa região, os ventos frios do deserto que, no inverno, sopram sobre os montes orientais impedem o cultivo de oliveiras e, em alguns lugares, também de vinhas.

Vizinhos de Israel e Judá
Muitas nações vizinhas de Israel e Judá haviam. em algum momento, feito parte do reino de Davi.
Cidade de Petra, na Jordânia, escavada na rocha; talvez identificável com a cidade de Sela no Antigo Testamento. Aqui, uma vista do templo ou tumba nabatéia de el-Khazne.
Cedros nas montanhas do Líbano.

Vizinhos de Israel e Judá Muitas nações vizinhas de Israel e Judá haviam em algum momento, feito parte do reino de Davi.
Vizinhos de Israel e Judá Muitas nações vizinhas de Israel e Judá haviam em algum momento, feito parte do reino de Davi.
Cidade de Petra, na Jordânia, escavada na rocha; talvez identificável com a cidade de Sela no Antigo Testamento. Aqui, uma vista do templo ou tumba nabatéia de el-Khazne.
Cidade de Petra, na Jordânia, escavada na rocha; talvez identificável com a cidade de Sela no Antigo Testamento. Aqui, uma vista do templo ou tumba nabatéia de el-Khazne.
Cedros nas montanhas do Líbano.
Cedros nas montanhas do Líbano.

ESTRADAS E TRANSPORTE NO MUNDO BÍBLICO

UMA QUESTÃO DE RECONSTRUÇÃO
Uma questão legítima que poderá ser levantada é sobre a possibilidade de se chegar a uma ideia relativamente confiável dos sistemas de transportes existentes desde os tempos bíblicos mais antigos. Antes do período romano, praticamente se desconhece a existência de até mesmo um pequeno trecho de um caminho ou estrada pavimentado ligando cidades antigas. E não há atestação de que, antes desse período, tenham existido quaisquer mapas de estradas no Crescente Fértil. No entanto, apesar das questões extremamente variadas e complexas que precisam ser levadas em conta quando se aborda esse assunto de forma abrangente, estudiosos que têm procurado delinear estradas antigas tendem a seguir uma combinação de quatro tipos de indícios: (1) determinismo geográfico; (2) documentação escrita; (3) testemunho arqueológico; (4) marcos miliários romanos. Determinismo geográfico se refere aos fatores fisiográficos e/ou hidrológicos em grande parte imutáveis existentes no antigo mundo bíblico e que determinavam as rotas seguidas por caravanas, migrantes ou exércitos. Esses caminhos permaneceram relativamente inalterados durante longos períodos (exceto onde a geopolítica os impedia ou em casos isolados de circulação ilegal). Parece que, em geral, as regiões de baixada ou planície ofereciam menores obstáculos ao movimento humano e maior oportunidade para o desenvolvimento de redes de transporte ou movimentação de tropas. Em contraste, cânions profundos, cavados por rios que às vezes se transformavam em corredeiras, eram um obstáculo a ser evitado em viagens. Caso fossem inevitáveis, deviam ser atravessados a vau em lugares que oferecessem dificuldade mínima. As barreiras representadas por pântanos infestados de doenças, a esterilidade e o calor escaldante de zonas desérticas e as áreas estéreis de lava endurecida eram obstáculos descomunais, a serem evitados a qualquer custo.
Encostas de montanhas com florestas densas, muitas vezes com desfiladeiros sinuosos, eram regularmente cruzados em canais, por mais estreitos ou perigosos que eles fossem. Por sua vez, os trechos em que as serras podiam ser percorridas por grandes distâncias sem a interrupção de desfiladeiros ou vales tendiam a ser usados em viagens durante todos os períodos. A necessidade de se deslocar de uma fonte de água doce abundante a outra foi, durante todas as eras, um pré-requísito para viagens. De maneira que, muito embora não disponhamos de um mapa antigo do mundo bíblico, ainda assim é possível inferir logicamente e com alto grau de probabilidade a localização das principais estradas, em especial quando o princípio do determinismo geográfico pode ser suplementado por outros tipos de indício.
A documentação escrita ajuda com frequência a delinear uma estrada com maior precisão. Esse tipo de indício pode estar na Bíblia, em fontes extrabíblicas antigas, escritores clássicos, antigos itinerários de viagem, geógrafos medievais ou viajantes pioneiros mais recentes. Algumas fontes escritas buscam fazer um levantamento de uma área de terra ou traçar um itinerário e, para isso, empregam tanto medidas de distância quanto direções; citam a distância entre dois ou mais pontos conhecidos de uma forma que pode ser reconstruída apenas mediante a pressuposição de uma rota específica entre esses pontos. Às vezes, essas fontes podem descrever uma rota em termos do tipo de terreno no meio do caminho (ao longo de uma determinada margem de um rio; perto de um cânion, vau, poco de betume ou oásis; ao lado de um determinado canal, ilha ou montanha etc.) ou um ponto de interesse situado ao longo do caminho e digno de menção. Cidades ao longo de uma rota podem ser descritas como parte de um distrito em particular ou como contíguas a uma determinada província, partilhando pastagens comuns, enviando mensagens por meio de sinais de fogo ou ficando simultaneamente sob o controle de certo rei. Distâncias aproximadas entre cidades, junto com uma rota presumida, podem ser inferidas a partir de textos que falam de um rei ou de um mensageiro que toma sua ração diária no ponto A no primeiro dia, no ponto B no dia seguinte, no ponto C no terceiro dia e assim por diante. Um exército ou caravana pode receber certo número de rações diárias a fim de percorrer um determinado trajeto, ou o texto pode dizer que uma viagem específica levou determinado número de dias para terminar.

No conjunto, fontes textuais não foram escritas com o propósito de ajudar alguém a delinear com absoluta certeza o trajeto de estradas. São fontes que tratam de assuntos extremamente diversos. Os detalhes geográficos oferecidos são muitos, variados e às vezes incorretos. Elas não oferecem o mesmo grau de detalhamento para todas as regiões dentro do mundo bíblico. Mesmo assim, seu valor cumulativo é fundamental, pois, com frequência, dão detalhes precisos que permitem deduzir com bastante plausibilidade o curso de uma estrada ou oferecem nuanças que podem ser usadas com proveito quando combinadas com outros tipos de indícios. Além do determinismo geográfico e da documentação escrita, o testemunho arqueológico pode ajudar a determinar o curso de antigas estradas. Identificar uma cidade antiga mediante a descoberta de seu nome em dados arqueológicos escavados no lugar ajuda a esclarecer textos que mencionam o local e proporciona um ponto geográfico fixo. Porque Laís/Da (T. el-Qadi) foi identificada positivamente a partir de uma inscrição encontrada em escavações no local, uma especificidade maior foi automaticamente dada a viagens como as empreendidas por Abraão (Gn
14) ou Ben-Hadade (1Rs 15:2Cr 16). Mesmo nas vezes em que o nome de uma cidade antiga permanece desconhecido, é útil quando vestígios arqueológicos revelam o tipo de ocupação que pode ter havido no lugar. Por exemplo, um palácio desenterrado permite a inferência de que ali existiu a capital de um reino ou província, ao passo que um local pequeno, mas muito fortificado, pode indicar um posto militar ou uma cidade-fortaleza. Quando se consegue discernir uma sequência de lugares semelhantes, tal como a série de fortalezas egípcias da época do Reino Novo descobertas no sudoeste de Gaza, é possível traçar o provável curso de uma estrada na região. Numa escala maior, a arqueologia pode revelar padrões de ocupação durante períodos específicos. Por exemplo, na 1dade do Bronze Médio, muitos sítios em Canaã parecem ter ficado junto a vias de transporte consolidadas, ao passo que, aparentemente, isso não aconteceu com povoados da Idade do Bronze Inicial. Da mesma forma, um ajuntamento de povoados da Idade do Bronze Médio alinhou-se ao longo das margens do Alto Habur, na Síria, ao passo que não se tem conhecimento de um agrupamento assim nem imediatamente antes nem depois dessa era.
Esse tipo de informação é útil caso seja possível ligar esses padrões de ocupação às causas para ter havido movimentos humanos na área. De forma que, se for possível atribuir a migrações a existência desses sítios da Idade do Bronze Médio, e os locais de migração são conhecidos, os dados arqueológicos permitem pressupor certas rotas que tinham condições de oferecer pastagens para animais domesticados e alimentos para os migrantes, ao mesmo tempo que praticamente eliminam outras rotas. É claro que havia muitos fatores climatológicos e sociológicos que levavam a migrações na Antiguidade, mas o fato é que, enquanto viajavam, pessoas e animais tinham de se alimentar com aquilo que a terra disponibilizava.
Às vezes a arqueologia permite ligar o movimento de pessoas ao comércio. A arqueologia pode recuperar obietos estranhos ao local onde foram encontrados (escaravelhos egípcios, sinetes cilíndricos mesopotâmicos etc.) ou descobrir produtos primários não nativos do Crescente Fértil (estanho, âmbar, cravo, seda, canela etc.). Para deduzir o percurso de estradas, seria então necessário levar em conta o lugar de onde procedem esses objetos ou produtos primários, a época em que foram comercializados e a localização de mercados e pontos intermediários de armazenagem. Onde houve tal comércio, durante um longo período (por exemplo, a rota báltica do âmbar vindo da Europa, a rota da seda proveniente do sudeste asiático ou a rota de especiarias do oeste da Arábia Saudita), é possível determinar rotas de produtos primários razoavelmente estabelecidas. Com frequência essa informação arqueológica pode ser ligeiramente alterada por documentos escritos, como no caso de textos que tratam do itinerário de estanho e indicam claramente os locais de parada nesse itinerário através do Crescente Fértil, durante a Idade do Bronze Médio.
Outra possibilidade é, por meio da arqueologia, ligar a uma invasão militar movimentos humanos para novos lugares. Isso pode ocorrer talvez com a descoberta de uma grande estela comemorativa de vitória ou de uma camada de destruição que pode ser sincronizada com uma antemuralha de tijolos cozidos, construída encostada no lado externo do muro de uma cidade. As exigências da estratégia militar, a manutenção das tropas e a obtenção de suprimentos eram de tal monta que algumas regiões seriam quase invulneráveis a qualquer exército. Em tempos recentes, estudiosos que buscam delinear vias e estradas antigas passaram a se beneficiar da possibilidade de complementar seus achados arqueológicos com fotografias aéreas e imagens de satélite, podendo assim detectar vestígios ou até mesmo pequenos trechos de estradas que não foram totalmente apagados. Um quarto tipo de indício usado na identificacão de estradas antigas são os marcos miliários romanos, embora erigir marcos ao longo das estradas antedate ao período romano (Jr 31:21).153 Até hoie iá foram encontrados entre 450 e 500 marcos miliários romanos no Israel moderno. e quase 1.000 foram descobertos pela Ásia Menor 154 No Israel moderno, existem marcos miliários construídos já em 69 d.C.; no Líbano moderno, conhecem-se exemplares de uma data tão remota como 56 d.C. Por sua vez, marcos miliários da Ásia Menor tendem a ser datados de um período romano posterior, e não parece que a maioria das estradas dali tenha sido pavimentada antes da "dinastia flaviana", que comecou com Vespasiano em 69 d.C. - uma dura realidade que é bom levar em conta quando se consideram as dificuldades de viagem pela Ásia Menor durante a época do apóstolo Paulo.
Em geral, esses marcos miliários assinalam exatamente a localizacão de estradas romanas, que frequentemente seguiam o curso de estradas muito mais antigas. A localização e as inscricões dos marcos miliários podem fornecer provas de que certas cidades eram interligadas na mesma sequência registrada em textos mais antigos. Por exemplo, cerca de 25 marcos miliários localizados junto a 20 diferentes paradas foram descobertos ao longo de um trecho de uma estrada litorânea romana entre Antioquia da Síria e a Ptolemaida do Novo Testamento. Tendo em conta que algumas das mesmos cidades localizadas ao longo daquela estrada foram do acordo com textos assírios, visitadas pelo rei Salmaneser II 20 voltar de sua campanha militar em Istael (841 a.C.)
, os marcos miliários indicam a provável estrada usada pelo monarca assírio. Nesse caso, essa inferência s explicitamente confirmada pela descoberta do monumento a vitória de Salmaneser, esculpido num penhasco junto a co do rio Dos, logo ao sul da cidade libanesa de Biblos. De modo semelhante, esses mesmos marcos miliários permitem determinar as fases iniciais da famosa terceira campanha militar de Senaqueribe (701 a.C.), em que o monarca assírio se gaba de que "trancou Ezequias em ¡erusalém como a um pássaro numa gaiola". Igualmente, esses marcos de pedra permitem delinear o trajeto que Ramsés II, Ticlate-Pileser III, Esar-Hadom, Alexandre, o Grande, Cambises II, Céstio Galo, Vespasiano e o Peregrino de Bordéus percorreram em Canaã.

DIFICULDADES DE VIAGEM NA ANTIGUIDADE
Os norte-americanos, acostumados a um sistema de estradas interestaduais, ou os europeus, que percorrem velozmente suas autoestradas, talvez achem difícil entender a noção de viagem na Bíblia. Hoje, as viagens implicam uma "Jura realidade", com bancos estofados em couro, suspensão de braço duplo, revestimento de nogueira no interior do automóvel e sistemas de som e de controle de temperatura.
Uma vasta gama de facilidades e serviços está prontamente acessível a distâncias razoáveis. A maioria das estradas de longa distância tem asfalto de boa qualidade, boa iluminação, sinalização clara e patrulhamento constante. Centenas de cavalos de forca nos transportam com conforto e velocidade. Quando paramos de noite, podemos, com bastante facilidade, conseguir um quarto privativo com cama, TV a cabo, servico de internet. banheiro privativo com água quente e fria e outras facilidades. Em poucos instantes, podemos encontrar um grande número de restaurantes e lanchonetes, com variados alimentos que iá estarão preparados para nós. Podemos levar conosco música e leitura prediletas, fotografias de parentes, cartões de crédito e mudas de roupa limpa. Podemos nos comunicar quase que instantaneamente com os amigos que ficaram - temos ao nosso dispor fax, SMS, e-mail e telefone. E não prestamos muita atenção ao perigo de doenças transmissíveis ou à falta de acesso a medicamentos.
Como as viagens eram profundamente diferentes na época da Bíblia! Na Antiguidade, às vezes até as principais estradas internacionais não passavam de meros caminhos sinuosos que, depois das chuvas de inverno. ficavam obstruídos pelo barro ou não passavam de um lodacal e. durante os muitos meses de calor abafado e escaldante, ficavam repletos de buracos.
Em certos pontos daquelas estradas, os viajantes precisavam atravessar terreno difícil, quase intransponível. Quem viajava podia ter de enfrentar os riscos de falta de água, clima pouco seguro, animais selvagens ou bandoleiros.
Tais dificuldades e perigos ajudam a explicar por que, na Antiguidade, a maior parte das viagens internacionais acontecia em caravanas Viaiar em grupo oferecia alguma protecão contra intempéries e agentes estrangeiros. Um considerável volume de dados provenientes da Mesopotâmia e da Ásia Menor indica que, em geral, as caravanas eram grandes e quase sempre escoltadas por guardas de segurança armados para essa tarefa. Exigia-se que os caravanistas permanecessem estritamente na rota predeterminada. Não era incomum caravanas incluírem até 100 ou 200 jumentos, alguns carregando produtos preciosíssimos (cp. Gn 37:25; Jz 5:6-7; 1Rs 10:2; J6 6:18-20; Is 21:13-30.6; Lc 2:41-45). 156 Caravanas particulares são atestadas raras vezes na Antiguidade.
Viajantes ricos tinham condições de comprar escravos para servirem de guardas armados (Gn 14:14-15), mas pessoas mais pobres andavam em grupos ou então se incorporavam a um grupo governamental ou comercial, que se dirigia a um destino específico. Os dados também mostram que muitas viagens aconteciam sob a proteção da escuridão: viajar à noite livrava do calor sufocante do sol do meio-dia e diminuía a probabilidade de ser detectado por salteadores e bandoleiros.
Aliás, pode ser que a viagem à noite tenha contribuído diretamente para a ampla difusão do culto à Lua, a forma mais comum de religião em todo o Crescente Fértil.
Outro fator a se considerar sobre viagens por terra durante o período bíblico é a distância limitada que era possível percorrer num dia. Na realidade, as distâncias podiam variar devido a uma série de fatores: diferentes tipos de terreno, número e tipo de pessoas num determinado grupo de viajantes, tipo de equipamento transportado e alternância das estações do ano. Em função disso, o mundo antigo tinha conhecimento de distâncias excepcionais cobertas num único dia. Heródoto fez uma afirmação famosa sobre mensageiros viajando a grande velocidade pela Estrada Real da Pérsia Tibério percorreu a cavalo cerca de 800 quilômetros em 72 horas, para estar junto ao leito de seu irmão Druso, que estava prestes a morrer. 58 E alguns textos antigos contam que, durante o período romano, correios do império chegavam a percorrer, em média, quase 160 quilômetros por dia. Mas essas foram excecões raras no mundo bíblico e devem ser assim reconhecidas.
Os dados são, em geral, uniformes, corroborando que, no mundo bíblico, a iornada de um dia correspondia a uma distância de 27 a 37 quilômetros, com médias ligeiramente mais altas quando se viajava de barco rio abaixo. 16 Médias diárias semelhantes continuaram sendo, mais tarde, a norma em itinerários dos períodos clássico, árabe e medieval, do Egito até a Turquia e mesmo até o Irá. Mesmo cem anos atrás, relatos de alguns itinerários e viagens documentam médias diárias semelhantemente baixas. Vários episódios da Bíblia descrevem o mesmo deslocamento limitado em viagens:


Por outro lado, caso tivessem seguido o trajeto mais longo, acompanhando o rio Eufrates até Imar e, dali, prosseguido pela Grande Estrada Principal adiante de Damasco (a rota normal), teriam conseguido uma média diária mais típica. Distâncias diárias semelhantes também são válidas para o Novo Testamento. 163 Em certa ocasião, Pedro viajou 65 quilômetros de Jope a Cesareia e chegou no segundo dia ao destino (At 10:23-24). A urgência da missão do apóstolo permite inferir que ele pegou um caminho direto e não fez nenhuma parada intermediária (mais tarde, Cornélio disse que seus enviados levaram quatro dias para fazer a viagem de ida e volta entre Jope e Cesareia [At 10:30.) Em outra oportunidade, uma escolta militar levou dois dias de viagem para transportar Paulo às pressas para Cesareia (At 23:23-32), passando por Antipátride, uma distância de cerca de 105 quilômetros, considerando-se as estradas que os soldados mais provavelmente tomaram. Segundo Josefo, era possível viajar em três dias da Galileia a Jerusalém, passando pela Samaria (uma distância de cerca de 110 quilômetros).

A LOCALIZAÇÃO DAS PRINCIPAIS ESTRADAS
A GRANDE ESTRADA PRINCIPAL
Aqui chamamos de Grande Estrada Principal aquela que, no mundo bíblico, era, sem qualquer dúvida, a estrada mais importante. 165 Essa estrada ia do Egito à Babilônia e a regiões além, e, em todas as épocas, interligava de forma vital todas as partes do Crescente Fértil. A estrada começava em Mênfis (Nofe), perto do início do delta do Nilo, e passava pelas cidades egípcias de Ramessés e Sile, antes de chegar a Gaza, um posto fortificado na fronteira de Canaã. Gaza era uma capital provincial egípcia de extrema importância e, com frequência, servia de ponto de partida para campanhas militares egípcias em todo o Levante. Esse trecho sudoeste da estrada, conhecido pelos egípcios como "caminho(s) de Hórus", era de importância fundamental para a segurança do Egito. De Gaza, a estrada se estendia até Afeque/ Antipátride, situada junto às nascentes do rio Jarcom; essa efusão era um sério obstáculo ao deslocamento e forçava a maior parte do tráfego a se desviar continente adentro, isto é, para o leste. Prosseguindo rumo ao norte, a estrada se desviava das ameaçadoras dunas de areia e do pântano sazonal da planície de Sarom até que se deparava inevitavelmente com a barreira que era a serra do monte Carmelo. Gargantas que atravessavam a serra permitiam passar da planície de Sarom para o vale de Jezreel. A mais curta delas, hoje conhecida como estreito de Aruna (n. 'Iron), era a mais utilizada. O lado norte dessa garganta estreita dava para o vale de lezreel e era controlado pela cidade militar de Megido.
Em Megido, a estrada se dividia em pelo menos três ramais. Um levava para Aco, no litoral, e então seguia para o norte, acompanhando o mar até chegar a Antioquia da Síria. Um segundo ramal começava em Megido e se estendia na diagonal, cruzando o vale de Jezreel numa linha criada por uma trilha elevada de origem vulcânica. Passava entre os montes Moré e Tabor e chegava às proximidades dos Cornos de Hattin, onde virava para o leste, percorria o estreito de Arbela, com seus penhascos íngremes, e finalmente irrompia na planície ao longo da margem noroeste do mar da Galileia. Uma terceira opção saía de Megido, virava para o leste, seguia o contorno dos flancos do norte das serras do monte Carmelo e monte Gilboa, antes de chegar a Bete-Sea, uma cidade-guarnição extremamente fortificada. É provável que, durante a estação seca, esse trecho margeasse o vale, mas, nos meses de inverno, seguisse por um caminho mais elevado, para evitar as condições pantanosas. Em Bete-Sea, a Grande Estrada Principal dava uma guinada para o norte e seguia ao longo do vale do Jordão até chegar à extremidade sul do mar da Galileia, onde ladeava o mar pelo lado oeste, até chegar a Genesaré, perto de Cafarnaum. Durante a época do Novo Testamento, muitos viajantes devem ter cruzado o lordão logo ao norte de Bete-Seã e atravessado o vale do Yarmuk e o planalto de Gola, até chegar a Damasco.
De Genesaré, a Grande Estrada Principal subia a margem ocidental do Alto Jordão e chegava perto da preeminente cidade-fortaleza de Hazor, que protegia as áreas mais setentrionais de Canaã. Perto de Hazor, a estrada virava para o nordeste, na direção de Damasco, ficando próxima às saliências da serra do Antilíbano e tentando evitar as superfícies basálticas da alta Golã e do Haurã.
De Damasco, seguia um caminho para o norte que contornava as encostas orientais do Antilibano até chegar à cidade de Hamate, às margens do rio Orontes. Aí começava a seguir um curso mais reto para o norte, passando por Ebla e chegando a Alepo, onde fazia uma curva acentuada para o leste, na direção do Eufrates. Chegando ao rio, em Emar, a estrada então, basicamente, acompanhava o curso da planície inundável do Eufrates até um ponto logo ao norte da cidade de Babilônia, onde o rio podia ser atravessado a vau com mais facilidade.
Avançando daí para o sul, a estrada atravessava a região da Babilônia, passando por Uruque e Ur e, finalmente, chegando à foz do golfo Pérsico.

A ESTRADA REAL
Outra rodovia importante que atravessava as terras bíblicas era conhecida, no Antigo Testamento, como Estrada Real (Nm 20:17-21.
22) e, fora da Bíblia, como estrada de Trajano (via Nova Traiana). Foi o imperador Trajano que transformou essa rota numa estrada de verdade, no segundo século d.C. A estrada começava no golfo de Ácaba, perto de Eziom-Geber, e, em essência, seguia pelo alto do divisor de águas de Edom e Moabe, passado pelas cidades de Petra, Bora, Quir-Haresete, Dibom e Hesbom, antes de chegar a Amã
Saindo de Ama, atravessava os planaltos de Gileade e Basã para chegar até Damasco, onde se juntava à Grande Estrada Principal.

A ANTIGA ESTRADA ASSÍRIA DE CARAVANAS
Usada para o transporte comercial e militar de interesse assírio até a Ásia Menor, a Antiga Estrada Assíria de Caravanas é conhecida desde o início do segundo milênio a.C. A partir de quaisquer das cidades que serviram sucessivamente de capitais da Assíria, o mais provável é que a estrada avançasse para o oeste até chegar às vizinhanças do jebel Sinjar, de onde seguia bem na direção oeste e chegava à base do triângulo do rio Habur. A estrada então acompanhava o curso de um dos braços do Habur até além de T. Halaf, chegando a um lugar próximo da moderna Samsat, onde era possível atravessar mais facilmente o Eufrates a vau. Dali, a estrada seguia por um importante desfiladeiro nos montes Taurus (exatamente a oeste de Malatya), atravessava a planície Elbistan e, por fim, chegava à estratégica cidade hitita de Kanish. Uma extensão da estrada então prosseguia, atravessando o planalto Central da Anatólia e passando por aqueles lugares que, mais tarde, tornaram-se: Derbe, Listra, Icônio e Antioquia da Pisídia. Em sua descida para o litoral egeu, a estrada cruzava lugares que, posteriormente, vieram a ser: Laodiceia, Filadélfia, Sardes e Pérgamo. De Pérgamo, a estrada corria basicamente paralela ao litoral egeu e chegava à cidade de Troia, localizada na entrada da Europa.

VIAGEM POR MAR
As viagens marítimas no Mediterrâneo parecem não ter sofrido muita variação durante o período do Antigo Testamento. Com base em textos de Ugarit e T. el-Amarna, temos conhecimento de que, na 1dade do Bronze Final, existiram navios com capacidade superior a 200 toneladas. E, no início da Idade do Ferro, embarcações fenícias atravessavam o Mediterrâneo de ponta a ponta. Inicialmente, boa parte da atividade náutica deve ter ocorrido perto de terra firme ou entre uma ilha e outra, e, aparentemente, os marinheiros lançavam âncora à noite. A distância diária entre pontos de ancoragem era de cerca de 65 quilômetros (e.g., At 16:11-20,6,14,15). Frequentemente os primeiros navegadores preferiam ancorar em promontórios ou ilhotas próximas do litoral (Tiro, Sidom, Biblos, Arvade, Atlit, Beirute, Ugarit, Cartago etc.); ilhas podiam ser usadas como quebra-mares naturais e a enseada como ancoradouro. O advento do Império Romano trouxe consigo uma imensa expansão nos tipos, tamanhos e quantidade de naus, e desenvolveram-se rotas por todo o mundo mediterrâneo e além. Antes do final do primeiro século da era cristã, a combinação de uma força legionária empregada em lugares remotos, uma frota imperial naval permanente e a necessidade de transportar enormes quantidades de bens a lugares que, às vezes, ficavam em pontos bem distantes dentro do império significava que um grande número de naus, tanto mercantes quanto militares, estava singrando águas distantes. Desse modo, as rotas de longa distância criavam a necessidade de construir um sistema imperial de faróis e de ancoradouros maiores, com enormes instalações de armazenagem.

Rotas de Transporte do mundo bíblico
Rotas de Transporte do mundo bíblico
Rotas Marítimas do mundo Greco-Romano
Rotas Marítimas do mundo Greco-Romano
As estradas da Palestina
As estradas da Palestina

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Locais

Estes lugares estão apresentados aqui porque foram citados no texto Bíblico, contendo uma breve apresentação desses lugares.

MOABE

Atualmente: JORDÂNIA
Planalto a 960 metros de altitude entre os rios Arnon e Zerede.

Moabe ou Moab (hebraico מוֹאָב ou Moʾav; grego Μωάβ; assírio Mu'aba, Ma'ba, Ma'ab; egípcio Mu'ab) é o nome histórico de uma faixa de terra montanhosa no que é atualmente a Jordânia, ao longo da margem oriental do Mar Morto. Na Idade Antiga, pertencia ao Reino dos Moabitas, um povo que estava frequentemente em conflito com os seus vizinhos israelitas a oeste. Os moabitas são um povo histórico, cuja existência é atestada por diversas descobertas arqueológicas, em especial a Estela de Mesa, que descreve a vitória moabita sobre um filho (não identificado) do rei Onri de Israel . Sua capital foi Dibom, localizada próxima a moderna cidade Jordaniana de Dhiban.

A etimologia da palavra é incerta. A interpretação mais antiga é encontrada na Septuaginta que explica o nome, em alusão óbvia à descrição da ascendência de Moabe, como ἐκ τοῦ πατρός μου. Outras etimologias que têm sido propostas a consideram como uma decomposição de "semente de um Pai", ou como uma forma particípia de "desejar", conotando assim "a desejável (terra)". Rashi explica que a palavra Mo'ab significa "do Pai", já que "ab" em Hebreu, Árabe e nas demais línguas semíticas significa Pai (Deus). Ele escreveu que como um resultado da imodéstia do nome de Moab, Deus não ordenou aos Judeus que se abstivessem de produzir aflição sobre os Moabitas de modo o qual Ele fez em respeito aos Amonitas. Fritz Hommel considera "Moab" como uma abreviação de "Immo-ab" = "sua mãe é seu pai".

Abelsatim é uma famosa planície onde os hebreus se detiveram para chorar a morte de Moisés.

Mapa Bíblico de MOABE



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Números Capítulo 33 do versículo 1 até o 56
SEÇÃO VII

COLETÂNEA DE FATOS DIVERSOS

Números 33:1-36.13

A. Os ACAMPAMENTOS DO EGITO A CANAÃ, 33:1-56

1. Introdução (33:1-4)

Este capítulo faz uma lista dos "estágios" (RSV) das jornadas dos filhos de Israel (1) do Egito às planícies de Moabe, de onde entraram em Canaã sob o comando de Josué. Sem contar o ponto de partida e o último acampamento próximo do rio Jordão, há 40 lugares em que os israelitas pararam.

Não eram nomes de cidades existentes ou de marcos distintos. Eram, em muitos casos, nomes dados aos lugares na ocasião em que acamparam com o propósito conheci-do apenas pela própria congregação.' Por conseguinte, a identificação dos locais em sua maioria foi logo apagada depois que levantaram acampamento. Pelos dados que temos não é possível refazer o itinerário certo ou detalhado destas viagens. Esta impossibilida-de aflige o historiador hodierno que gosta de determinar com precisão todo lugar e toda ocorrência. Porém, o relato da viagem longa e dificil de Israel desde o Egito até Canaã é confiável e a rota pode ser suficientemente estabelecida para dar as direções gerais.
A tradição judaica proporciona ajuda considerável concernente ao propósito deste registro dos "estágios" da jornada.' Foi escrito para servir de memorial de interesse histórico e de profunda significação religiosa. Toda viagem e todo ponto de parada dão indicações de ensino, advertência ou incentivo para Israel. O Midrash diz: "Pode ser comparado a um rei que levou o filho doente a um lugar distante para ser curado. Na viagem de regresso, o rei recontaria afetuosamente ao rapaz todas as experiências por que passaram em cada um dos lugares em que pararam. 'Neste lugar, dormimos; naquele, nos refrescamos do ca-lor do dia; no outro, você teve terríveis dores de cabeça!' Israel é o filho de Deus de quem Ele tem compaixão, como um pai que se compadece do filho".

O crédito pelo registro é dado a Moisés, mas foi o SENHOR (2) o Comandante da viagem. O ponto de partida foi Ramessés (3; ver Mapa 3). A data foi no dia quinze do primeiro mês, no dia seguinte à Páscoa. A partida de Israel foi pública, feita por alta mão' (cf. Êx 14:8), enquanto os egípcios estavam ocupados enterrando a todo primogênito (4). Além do golpe sofrido pelos egípcios, seus deuses (4) também foram humilhados,'

Segundo os seus exércitos (1) é com mais precisão "grupo por grupo" (NTLH).

  • A Caminhada rumo ao Sinai (33:5-15)
  • Houve 11 acampamentos neste trajeto da viagem. Este trecho está relacionado com o cenário histórico de Êxodo 12:37-19.2. Os acampamentos em Dofca e Alus (13) não são mencionados na narrativa em Êxodo (ver Mapa 3 para verificar os prováveis locais de algumas destas paradas).

  • A Jornada pelo Deserto (33:16-36)
  • Houve 21 acampamentos durante a viagem do Sinai até à chegada final em Cades (36). Muitos destes nomes, mais numerosos que os dos outros dois trechos da viagem, não são identificáveis em termos da geografia moderna. Treze dos lugares não são men-cionados em outro lugar da Bíblia. Este período abrange a viagem inicial do Sinai (16) a Cades (provavelmente o mesmo que Ritma, 18; cf. 12.16; Dt 1:19). Contém os 38 anos de peregrinação até que os israelitas se reuniram em Cades (36; cf. 20.1). O diário das peregrinações no deserto levanta a questão de mapear a viagem com precisão e relacioná-la com outros registros (cf. Dt 10:6-7). Ver a subdivisão "Os Anos de Obscuridade" que introduz os comentários da seção III, "As Experiências no Deserto".

  • A Viagem a Moabe (33:37-49)
  • Esta seção começa com a repetição de 20:22-29. Acrescenta a informação da idade de Arão (39) quando morreu. Há diferenças entre esta passagem e o registro de 21:4-20, as quais não podem ser devidamente explicadas. É provável que o propósito inicial não fosse fazer um registro completo. Cada relato foi preparado de acordo com determinada estrutura conceitual, e ambos são necessários para compor a visão geral.

  • Ordens Sérias (33:50-56)
  • Na véspera da entrada de Israel em Canaã, o Senhor dá a ordem: Tomareis a terra em possessão e nela habitareis; porquanto vos tenho dado esta terra, para pos-suí-la (53). A pena por não a cumprir era séria: Se não as lançardes fora, então elas serão por espinhos nos vossos olhos e por aguilhões nas vossas costas (55). A história nos conta que o ideal não foi alcançado e esta profecia se tornou realidade. Deus fizera a Israel como (56) pensara fazer a Canaã. Esta é, provavelmente, referência ao cativeiro na Babilônia.

    Parte vital desta ordem se relacionava com a destruição total dos instrumentos cananeus de adoração: as figuras ("pedras com figura", ARA), as imagens de fundição (supostamente feitas à semelhança dos seus deuses) e os lugares altos (52) de adoração. O sucesso em permanecer na terra e cumprir o propósito de Deus para eles dependia de se manterem livres da adoração idólatra dos povos aos quais conquistavam. A história nos informa que, em muitos casos 1srael também fracassou neste ponto.

    Estas ordens se baseavam no fato de que Deus lhes dera a terra para possuí-la (53). Uma vez mais, Deus assegura que as famílias e as tribos ("as tribos e os grupos de famílias", NTLH) seriam estabelecidas por tamanho e por sorte em regiões de Canaã (cf. Nm 26:52-56). Esta repetição, sem dúvida, era para que os israelitas se lembrassem das responsabilidades individuais e tribais que jaziam diante deles.


    Genebra

    Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
    Genebra - Comentários de Números Capítulo 33 do versículo 1 até o 56
    *

    33:3-4

    Estes versículos oferecem um resumo vívido da partida dos israelitas do Egito.

    * 33:4

    todos os seus primogênitos. Ver Êx 12:29-33.

    contra os deuses... juízos. Ver nota em Êx 12:12.

    * 33.5-48

    Muitos dos nomes desta lista podem representar acampamentos no deserto que desde então desapareceram. Quanto a outras menções, ver as referências cruzadas.

    * 33:31

    Benê-Jaacã. Ver Dt 10:6.

    * 33:36

    deserto de Zim. Ver 13.21.

    * 33:44

    Ijé-Abarim. Ver 27.12.

    * 33:52

    desapossareis... todos os moradores. Deus ordenou aqui o extermínio completo dos cananeus e a destruição de todos os sinais externos da idolatria, conforme tinha sido feito aos midianitas (cap. 31).

    * 33:53

    nela habitareis. Deus estabeleceu aqui regras para a ocupação da terra, lembrando desta forma as ordens dadas em 26:52-56.


    Matthew Henry

    Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
    Matthew Henry - Comentários de Números Capítulo 33 do versículo 1 até o 56
    33.1ss Observe o mapa que está na introdução do livro de Números para ver as viagens dos israelitas.

    33:2 Moisés registra os deslocamentos dos israelitas conforme Deus os instruiu. Mas possivelmente sua intenção foi registrar seu progresso espiritual mais que seu avanço geográfico. teve você algum progresso espiritual ultimamente? Uma ajuda valiosa para o progresso espiritual pode ser o registrar seus pensamentos a respeito de Deus e algumas lições que tenha aprendido durante algum tempo especial. Um registro de sua peregrinação espiritual que o levará a verificar seu progresso e a evitar repetir os enganos cometidos.

    33:4 Deus "tinha feito julgamentos contra seus deuses" ao lhes enviar as pragas. Veja-a nota a Ex 10:22 para uma maior explicação.

    33.50-53 Deus disse ao Moisés que antes de que os israelitas se estabelecessem na terra prometida, teriam que expulsar a toda a gente malvada e destruir seus ídolos. No Colosenses 3, Paulo nos respira para que vivamos uma vida cristã da mesma maneira, nos despojando de nosso velho estilo de vida e avançando a nosso novo estilo de vida de obediência a Deus e fé no Jesucristo. Ao igual aos israelitas quando partiram à terra prometida, podemos destruir a maldade que há em nossas vidas ou podemos nos estabelecer e viver com ela. Para partir e possuir a nova vida devemos expulsar todos nossos hábitos pecaminosos que nos impediriam de entrar nela.

    33.50-56 por que disse a quão israelitas destruíram ao povo que vivia no Canaán? Deus tinha algumas raciocine para dar este mandamento: (1) Deus estava erradicando a maldade de uma nação extremamente pecaminosa. Os cananeos conduziram seu próprio castigo. A idolatria era a prática exterior dos mais profundos e malvados desejos, posto que finalmente os levou a adoração de Satanás e o rechaço total a Deus. (2) Deus estava utilizando ao Moisés e ao Israel para julgar ao Canaán por seus pecados como cumprimento da profecia em Gn 9:25. (3) Deus queria tirar tudo rastro das crenças e práticas pagãs na terra. Não queria que seu povo se mesclasse ou se comprometesse de maneira nenhuma com a idolatria. Temos que obedecer a Palavra de Deus sem questionar porque sabemos que é justa, mesmo que não possamos entender completamente seus propósitos gerais. Os israelitas não entenderam do todo as razões de Deus e não cumpriram seu mandamento. Isto à larga os comprometeu e se corromperam. Devemos obedecer a Palavra de Deus em todas as áreas da vida, sem questioná-la, pois sabemos que O é justo, embora não compreendamos do todo seus propósitos.

    33:55 Se você não faz o trabalho corretamente a primeira vez, freqüentemente será mais difícil consegui-lo. Deus prometeu que se os israelitas não expulsavam aos residentes malvados da terra prometida, mais tarde chegariam a ser uma fonte de grande irritação. Isto foi exatamente o que aconteceu. Do mesmo modo que os israelitas duvidaram de expulsar às pessoas malvada, às vezes duvidamos de limpar todo o pecado de nossa vida, já seja porque temos medo dele (ao igual aos israelitas temiam aos gigantes), ou porque parece ser inofensivo e atrativo (como parecia ser para os israelitas o pecado sexual). Mas Hb 12:1-2 nos diz que expulsemos aqueles pecados que nos enredam nos pés e nos fazem cair. Todos temos um "ídolo" que não queremos abandonar (um mau hábito, relações insalubres, certo estilo de vida). Se permitirmos que estes ídolos permaneçam em nossa vida, mais tarde nos causarão sérios problemas.


    Wesley

    Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
    Wesley - Comentários de Números Capítulo 33 do versículo 1 até o 56
    XV. UM RESUMO DE VIAGEM DE ISRAEL (N1. 33: 1-49)

    1 São estas as jornadas dos filhos de Israel, quando eles saíram da terra do Egito, segundo os seus exércitos sob a mão de Moisés e Arão. 2 Moisés escreveu as suas saídas, segundo as suas jornadas, o mandamento do Senhor; e estas são as suas jornadas segundo as suas saídas para fora. 3 E eles de Ramessés no primeiro mês, no décimo quinto dia do primeiro mês; No dia seguinte após a páscoa os filhos de Israel saíram com uma mão alta, à vista de todos os egípcios, 4 enquanto os egípcios estavam enterrando todos os seus primogênitos, a quem o Senhor havia ferido entre eles: contra os seus deuses também Jeová executado juízos .

    5 E os filhos de Israel de Ramessés, e acamparam-se em Sucote. 6 E eles viajaram de Sucote, e acamparam-se em Etã, que está na extremidade do deserto. 7 E eles viajaram de Etã, e voltaram para Pi-Hairote , que está defronte de Baal-Zefom, acamparam-se diante de Migdol. 8 Então partiram antes Hahiroth, e passaram pelo meio do mar ao deserto; e andaram caminho de três dias no deserto de Etã, e acamparam-se em . Marah 9 E eles viajaram de Mara, e vieram até Elim, e em Elim havia doze fontes de água e setenta palmeiras; e acamparam-se Ap 10:1 E eles viajaram de Elim, e acamparam-se junto ao Mar Vermelho. 11 E eles viajaram do Mar Vermelho, e acamparam-se no deserto de Sim. 12 E eles partiu do deserto de Sim, e acamparam-se em Dofca . 13 E eles viajaram de Dofca, e acamparam-se em Alus. 14 E eles viajaram de Alus, e acamparam em Refidim, onde não havia água para o povo beber. 15 E eles viajaram de Refidim, e acamparam-se no deserto de Sinai. 16 Então partiram do deserto de Sinai, e acamparam-se em Quibrote-Hataavá. 17 E eles viajaram de Quibrote-Hataavá, e acamparam-se em Hazerote. 18 E eles partiu de Hazerote, e acamparam-se em Ritma. 19 Então partiram do Ritma, e acamparam-se em Rimom-Pérez. 20 E eles viajaram de Rimom-Pérez, e acamparam-se em Libna. 21 E eles viajaram de Libna, e acamparam-se em Rissa. 22 E partiram de Rissa, e acamparam-se em Queelata. 23 Então partiram do Queelata, e acamparam-se no monte Sefer. 24 E eles partiram do monte Sefer, e acamparam-se em Harada. 25 Então partiram de Harada, e acamparam-se em Maquelote. 26 E eles viajaram de Maquelote, e acamparam-se em Taate. 27 Então partiram do Taate, e acamparam-se em Tera. 28 E eles viajaram de Tera, e acamparam-se em Mitca. 29 E eles viajaram de Mitca, e acamparam-se em Hasmona. 30 E eles viajaram de Hasmona, e acamparam em Moserote. 31 Então partiram do Moserote, e acamparam-se em Bene-Jaacã. 32 E eles viajaram de Bene-Jaacã, e acamparam-se em Hor-Hagidgade. 33 E eles viajaram de Hor-Hagidgade, e acamparam-se em Jotbatá. 34 E eles viajaram de Jotbatá, e acamparam-se em Abrona. 35 E eles viajaram de Abrona, e acamparam-se em Eziom-Geber. 36 E eles viajaram de Eziom-Geber, e acamparam-se no deserto de Zin (que é Cades). 37 E eles partiram de Cades, e acamparam-se no monte Hor, no a borda da terra de Edom.

    38 E Arão, o sacerdote, subiu ao monte Hor, conforme o mandado do Senhor, e ali morreu no quadragésimo ano depois que os filhos de Israel saíram da terra do Egito, no quinto mês, no primeiro dia do mês . 39 E Arão tinha cento e vinte e três anos de idade, quando morreu no monte Hor.

    40 E o cananeu, rei de Arade, que habitava o sul, na terra de Canaã, ouviu que a vinda dos filhos de Israel.

    41 E eles partiram do monte Hor, e acamparam-se em Zalmona. 42 E eles viajaram de Salmona, e acamparam-se em Punom. 43 E eles viajaram de Punom, e acamparam-se em Obote. 44 E eles partiram de Obote, e acamparam-se em Ije-Abarim , na fronteira de Moab. 45 Então partiram do Iyim, e acamparam-se em Dibom-Gade. 46 E eles viajaram de Dibom-, e acamparam-se em Almon-Diblataim. 47 E eles viajaram de Almon-Diblataim, e acamparam no montanhas de Abarim, antes de Nebo. 48 Então partiram dos montes de Abarim, e acamparam nas planícies de Moab, junto ao Jordão na altura de Jericó. 49 E eles acamparam-se junto ao Jordão, desde Bete-Jesimote até Abel-Sitim, nas planícies de Moab.

    Tempo é levado agora para fazer uma transcrição histórico escrito da jornada de Israel do Egito para a sua localização atual. Muitas implicações e aplicações espirituais podem ser extraídas dessa jornada no deserto. Um estudo dos lugares, pessoas e coisas mostra significado espiritual definitiva.

    1. Egito . A terra do Egito era a terra de Cão, o que significa a frase descritiva, "preto como o pecado" é bem conhecida e aplica-se muito bem para o Egito desde que o nome é sinônimo de pecado ("black". Ap 11:8 ). Era a terra da escravidão para os hebreus, e, como tal, a sua situação era quase impossível. Seus recursos próprios não foram suficientes para lidar com o problema na mão. Eles eram dependentes de ajuda do exterior, como Deus deu a eles através de Seu servo Moisés. O Egito é um tipo de o mundo do pecado, e os pecadores aí lutando vai encontrar o disco.

    2. Faraó . Este rei egípcio governou o Egito com mão de ferro. Uma imagem de projetos satânicos é apresentado em Ex 1:7 . Na verdade, aqui é um retrato do próprio Satanás, que como "o príncipe do mundo" tem seus escravos na escravidão do pecado. "Israel suspiraram por causa da servidão e clamaram eo seu clamor subiu a Deus por causa da servidão" (Ex 2:23 ). Não é esta uma imagem de pecadores, que, quando clamar a Deus em verdadeiro arrependimento, obter uma resposta simpática da parte de Deus?

    3. Os Filhos de Israel . Os filhos hebreus tipificam as pessoas que se tornam insatisfeitos com o salário do pecado e honestamente longo de uma vida melhor. Quando as pessoas estão prontas para abandonar o pecado para a justiça, há sempre um grande líder, que está pronto para levá-los do Egito para Canaã. "Quem quiser pode vir." Mesmo um pecador é importante o suficiente para o Guia do Céu para conduzir um êxodo para a terra prometida. Nosso Senhor não só nos livra do Egito, mas Ele vai conosco a cada passo do caminho.

    4. Moisés . Moisés é um tipo de Cristo, que leva as pessoas para fora da terra do pecado. Ele foi dada ao povo no momento certo, assim como Cristo veio quando o Moisés é comparado a Cristo, o Grande Libertador "plenitude do tempo foi a chegar." (Dt 18:15. ; At 2:23 ). Ele foi "chamado filho da filha de Faraó", mas preferiu "sofrer aflições com o povo de Deus do que para desfrutar dos prazeres do pecado por algum tempo" (He 11:24 ). Moisés era rica em todos os sentidos da palavra. Como o filho da filha de Faraó, ele estava na linha de sucessão ao trono. Ele tinha todas as vantagens sociais e econonomic do Egito sob o seu comando, mas ele preferiu sofrer pobreza e privações com o seu povo. Jesus, também, sendo rico, por amor de nós se fez pobre para que por Sua pobreza nos tornássemos ricos (2Co 8:9. ).

    Moisés foi rejeitado pelo seu povo. Quando Moisés recebeu o chamado para o serviço, ele disse: "eis que não me crerão, nem ouvirão a minha voz, pois dirão: O Senhor não te apareceu" (Ex 4:1 ).

    Deus enviou credenciais com Moisés para que as pessoas possam saber que ele foi enviado de Deus. Os milagres que Moisés realizados foram parecido com os milagres de Cristo. Os milagres de Cristo, como os de Moisés, tinham a intenção de dar crédito a Sua missão divina.

    Do desejo dos hebreus para sacrificar a Deus, aprendemos que não podemos construir o nosso altar de adoração na "terra do pecado." Faraó queria que eles oferecem seus sacrifícios dentro de suas fronteiras. Moisés foi divinamente obrigados a ir "três dias de viagem" da terra.

    É também necessário para os verdadeiros crentes para sair da "amizade com o mundo é inimizade contra Deus" ("Egito". 1Jo 2:15 ). É impossível servir a Deus do céu e o deus deste mundo mau ao mesmo tempo. Devemos servir a um ou outro (Mt 6:24 ).

    5. As imitações de Faraó . Faraó chamou seus mágicos juntos, e eles duplicado muitos dos milagres. Satanás também tem uma falsa religião, e suas fronteiras correr tão perto do verdadeiro que muitos são enganados. Satanás é religioso, e, desde que ele pode manter as pessoas satisfeitas com um humanista, marca racionalista da religião que ele está feliz. Imitando a coisa real é muito mais eficaz do que a infidelidade a título definitivo. Religião com alguma aparência de realidade é sempre perigoso, porque não há verdade nele o suficiente para torná-lo atraente. Deus quer totalmente cristãos comprometidos. Compromisso não é no livro de regras do verdadeiro crente. Sem compromisso Moisés declarou o caso com clareza e ao ponto: "Não será uma unha ficará" (Ex 10:26. ). Deus exige a separação completa do mundo, o pecado e a vontade de Satanás.

    . 6 A Páscoa (Ex 12:1 ). Quando os hebreus viu que Faraó e seu exército tinha sido afogado no mar eles cantaram uma canção de vitória. Não é essa a coisa que acontece quando nós cruzamos o mar vermelho de salvação? Não encontramos dentro de nós um irresistível desejo de cantar as canções alegres de Sião como uma expressão de louvor e agradecimento a Deus por nos salvar de nosso inimigo, o diabo? Quando olhamos para o Calvário e ver que os nossos próprios pecados se foram, também nós entrar em um entendimento dos hinos que foram cantadas pelos santos de outros dias. O cântico de Moisés é um tipo do hino cristão.

    . 9 The Wilderness (Ex 17:1 ). Clarke observa que o livro de Números é o primeiro diário de viagem registrado:

    Podemos considerar todo o livro de Números como um diário, e de fato o primeiro livro de viagens que já foi publicado. Dr. Shaw, Dr. Pococke, e vários outros, têm se esforçado para demarcar a rota dos israelitas, por este grande, triste, e sem trilhas do deserto, e ter verificado muitas das etapas aqui descritas. Na verdade, há evidências suficientes desta importante jornada ainda remanescentes, para as descrições de muitos são tão especial, que os lugares são facilmente determinados por eles; mas este não é o caso com tudo. Israel era a Igreja de Deus no deserto, e sua instável, vagando estado sob Moisés pode apontar o estado incerto da religião sob a lei. Serem levadas, depois da morte de Moisés, no descanso prometido por Josué, pode apontar o estabelecimento, fixidez, e da certeza de que a salvação oferecida por Jesus Cristo, de quem Josué, de nome e de conduta, era um tipo notável.

    XVI. Leis relativas à TERRA PROMETIDA (N1. 33: 50-36: 13)

    A. cananeus para que seja expulso (33: 50-56)

    50 E o Senhor disse a Moisés, nas planícies de Moab, junto ao Jordão na altura de Jericó, dizendo: 51 Fala aos filhos de Israel, e dize-lhes: Quando passar o Jordão para a terra de Canaã, 52 fareis expulsar todos os habitantes da terra de diante de vós, e destruir todos os seus figuradas pedras e destruir todas as suas imagens de fundição, e demolir todos os seus altos: 53 e tomareis posse da terra e nela habitarão; para vos tenho dado a terra para possuí-la. 54 E vós herdarão a terra, por sorteio, de acordo com as suas famílias; ao mais dareis herança maior, e ao menos darás herança menor; wheresoever o lote cai para qualquer homem, que deve ser para ele; segundo as tribos de vossos pais recebereis as heranças. 55 Mas, se vós não vai expulsar os habitantes da terra de diante de vós, então deve aqueles que vos deixardes ficar serão como espinhos nos vossos olhos, e como abrolhos nas ilhargas , e eles vos perturbarão na terra em que habitam. 56 E ela deve vir a passar, que, como eu pensei fazer-lhes, por isso vou fazer até você.

    O Senhor ordenou aos israelitas que fazer um trabalho completo de dirigir os cananeus da terra. É bastante provável que eles tinham ganhado a posse da terra pela força cada vez mais cedo, e eles estavam a sofrer o mesmo tratamento que eles imposta antigos habitantes.

    A natureza depravada dos cananeus tornou-se necessário que eles sejam removidos da terra por medo de infectar o povo de Deus com a sua lasciva e sensual adoração das forças reprodutivos da natureza. Incluem-se nesta adoração cultual era prostituição templo e imoralidade do tipo mais depravado. Clarke faz o seguinte comentário:

    Tem sido comum entre os homens piedosos considerar esses cananeus remanescentes na terra, como emblemas do pecado que habita; e deve-se admitir que o que esses remanescentes cananeus eram para o povo de Israel, que eram desobedientes a Deus, como é pecado interior a todos aqueles que não terão o sangue da aliança para purificá-los de toda injustiça. Por um tempo, enquanto que a consciência é concurso, essas pessoas sentem-se angustiados em todos os seus passos, prejudicado em todos os seus serviços religiosos, e angustiado além da medida por causa da lei-a autoridade eo poder do pecado, que se encontram em guerra em seus membros: por e pelo olho da sua mente torna-se obscurecida pelos piercings constantes do pecado, até que, finalmente, fatalmente convencido de que o pecado deve habitar neles enquanto eles vivem, eles acomodar as suas mentes para a sua situação, suas consciências perdem o seu curso, e eles se contentam em esperar a redenção onde e quando ele nunca foi prometido, ou seja, além do túmulo!

    O sistema cananeu de adoração era idolatria do tipo mais vil. Muitos tipos de sensuais e sexuais símbolos, imagens e objetos caracterizada seu ritual. Representações dos órgãos sexuais masculinos (chamados pólos) foram afixados em "High Places", onde o culto foi realizado diante. O ato sexual tornou-se uma espécie de abertura simpático aos deuses da natureza, que por sua vez eram esperados para fazer a terra fértil e os animais produtivos. Todos esses objetos ritualísticos fosse completamente destruída, e os habitantes deviam ser expulsos. O Senhor adverte as pessoas de que elas sofrerão consequências graves se não seguir as ordens explícitas. Se os cananeus são autorizados a permanecer eles serão como picadas nos olhos e espinhos em seus lados. Essas metáforas e figuras de linguagem transmitir a advertência de que, se eles permitirem esses idólatras depravados a permanecer na terra que vai ser atormentado e assediado por todos os lados.


    Wiersbe

    Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
    Wiersbe - Comentários de Números Capítulo 33 do versículo 1 até o 56
    Esses capítulos tratam da determina-ção da herança das tribos, com os olhos voltados para o momento em que a nação tomaria posse de Canaã. Designam-se as partes das tribos, os levitas e suas cidades especiais e, mais importante, define-se as cida-des de refúgio. Estudaremos essas seis cidades de três pontos de vista. (Para conhecer fatos adicionais, leia Dt 19:0 esta-belece o princípio da punição ca-pital, que Moisés afirmou em Êxo-Dt 21:12-5. (Entretanto, observe no versículo 13 a sugestão de cida-des de refúgio.) Em outras palavras, a pessoa que matasse outra correría risco de vida, porque o "vingador do sangue" (o parente) poderia matá-la antes que o assassino tivesse chance de provar sua inocência.

    Nu 35:16-4 deixa claro que Deus considera o assassinato (com intenção deliberada) e o ho-micídio culposo (por acidente) duas coisas distintas. Nas leis modernas, seguimos essa distinção. Quando o assassino tem intenção delibera-da de matar, ele tem uma história de ódio com a vítima. Contudo, a pessoa que mata outra por aciden-te não tem intenção assassina. Ela merece o direito de apresentar seu caso e de salvar sua vida. Esse era o objetivo das cidades de refúgio. O homicida tinha de fugir para a ci-dade de refúgio mais próxima, em que os anciãos poderíam encontrá- lo, ouvir seu caso e presidir o jul-gamento. Se eles decidissem que a pessoa era culpada, enviavam-na à autoridade adequada e, depois, matavam-na (Dt 19:11-5). O assassinato macu-lava a terra, e o assassino não con-denado trazia grande pecado para a terra. Essa lei visava à proteção do inocente e à condenação do culpa-do. Era uma lei justa. Infelizmente, com freqüência, nossas leis hoje são mal aplicadas, e torna-se fácil para o culpado que saia livre. Não é de espantar que nossa nação esteja manchada de sangue e haja pouco respeito pela lei e pela ordem.

    1. O sentido do tipo

    Essas seis cidades de refúgio são um belo símbolo de Cristo, em quem *nos refugiamos [...] para tomar posse da esperança a nós proposta" (He 6:18, NVI).

    1. As cidades eram designadas por Deus

    Era um ato de graça, pois todos os homens são pecadores e merecem morrer. Moisés não escolheu as ci-dades, pois a Lei não pode salvar qualquer um. Essas cidades não eram designadas por sacerdotes terrenos, embora fossem cidades sacerdotais. O coração amoroso de Deus designava as cidades e enviava o Messias. "Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito" Jo 3:16).

    1. As cidades eram anunciadas na Palavra

    Js 20:7-6 cita o nome das seis ci-dades, e elas não podiam ser muda-das. O assassino, sob a autoridade da Palavra de Deus, podia entrar na cidade, e ninguém podia impedi-lo de fazer isso! Da mesma forma que acontece com nossa salvação: ela nos é prometida na Palavra, e isso não pode ser mudado. Havia cida-des maiores e mais proeminentes em Israel, mas nenhuma delas po-dia abrigar o pecador. Hoje, existem muitas "religiões", mas há apenas um caminho para a salvação confor-me anunciado pela Palavra de Deus — a fé em Jesus Cristo (At 4:12).

    1. As cidades eram acessíveis a todos

    Se você consultar um mapa da terra santa, verá que as seis cida-des estão arranjadas de forma que nenhuma das tribos ficasse muito distante do lugar de segurança. Ao norte do lado ocidental do Jordão, ficava Quedes; na área central, Si- quém; e Hebrom, no sul. Do lado oriental do rio (em que Rúben, Gade e Manassés escolheram se estabelecer), estava Golã ao norte, Ramote na parte central e Bezer ao sul. Essas cidades eram acessíveis. Algumas delas estavam localizadas em montes, para que ficassem até mais proeminentes. A tradição diz que os sacerdotes cuidavam para que as estradas de acesso a essas seis cidades estivessem sempre em bom estado, como também eles punham sinalizadores para guiar os fugitivos. Os rabis também dizem que nunca se fechavam os portões dessas cidades. Que imagem de Cristo! Com certeza, o caminho para a cidade é iluminado! Nin-guém precisa perguntar-se quem é o Salvador ou como chegar a ele, pois vamos a ele por meio da fé. Ele nunca rejeitará nenhum peca-dor (Jo 6:37). Há um ponto de con-traste entre as cidades e Cristo: o assassino era admitido na cidade, mas também era investigado. Para nós, não há julgamento, pois já fomos condenados! Veja tambémJo 3:18. Os anciãos da cidade acolhiam a pessoa que não tivesse cometido assassinato, mas Cristo recebe pecadores culpados. Que graça!

    1. As cidades eram adequadas para satisfazer o necessitado

    Enquanto o assassino permanecesse na cidade, estava seguro. Ele era libertado quando o sumo sacerdote morria. Isso não indica que podemos "deixar Cris-to" e perder nossa salvação, pois não construímos nossa doutrina a partir de tipos; antes, interpretamos os tipos com base nas doutrinas. O verdadeiro cristão não perece nunca, mas, quan-do deixa de "permanecer em Cristo", ele abre a porta para o perigo espiritu-al e físico. Nosso Sumo Sacerdote não morrerá nunca, e, porque ele vive, nós também vivemos.

    Pondere sobre os nomes das cidades a fim de ver a suficiência de Jesus Cristo para satisfazer todas as nossas necessidades. Quedes significa "retidão", e essa é nossa primeira necessidade. Quando va-mos a Cristo, ele nos dá sua retidão e perdoa todos os nossos pecados (2Co 5:21; Cl 2:13). Siquém signi-fica "ombro" e indica que encon-tramos um local de repouso em Cristo, um amigo a quem podemos entregar nossos fardos. O novo con-vertido sempre pergunta: "Será que eu consigo aguentar?". A resposta é: "Ele o segurará!". Hebrom signi-fica "comunhão", indicando nossa comunhão com Deus em Cristo e também com outros crentes. Bezer significa "fortaleza", o que aponta para a proteção que encontramos em Cristo e a vitória que temos nele. O lugar mais seguro do mun-do é a vontade de Deus. Ramote significa "alturas" e lembra-nos que os crentes estão sentados "nos lugares celestiais em Cristo Jesus" (Ef 2:4-49). O pecado sempre leva a pessoa para baixo, mas Cristo levanta-nos, e, um dia, seremos le-vantados nas nuvens para encontrar o Senhor nos ares! Por último, Golã significa "círculo" ou "completo" e indica que estamos completos em Cristo (Cl 2:9-51). Algumas pessoas dizem que Golã significa "felici-dade", e, com certeza, o cristão é uma pessoa feliz, apesar das prova-ções e dos problemas da vida.

    Observe que se diz ao assassi-no que fuja para a cidade. A pessoa não pode se dar ao luxo de demorar! E hoje, também, o pecador perdido não pode dar-se ao luxo de demo-rar a fugir para o único refúgio que existe, Jesus Cristo.

    1. O sentido dispensacional Alguns estudiosos vêem nessas ci-dades um retrato de Israel e sua re-jeição a Cristo. Israel matou Cristo por ignorância e cegueira (At 3:14-44). Ele é um "tipo" para os judeus que serão salvos no futuro, pois verão Cristo em glória, da mesma forma que Paulo o viu (Atos 9).

    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Números Capítulo 33 do versículo 1 até o 56
    33.1 Aqui começa a descrição do roteiro que os israelitas tinham seguido durante sua peregrinação no deserto.
    33.2 Escreveu Moisés. O itinerário das viagens foi escrito por Moisés "conforme ao mandado do Senhor"; esta é uma das muitas instâncias que nos dão a entender que os cinco livros de Moisés foram, realmente, documentos contemporâneos escritos pelo próprio punho de Moisés, Êx 17:14; 24:4; 34:28; Dt 11:20. • N. Hom. O trigésimo terceiro capítulo traz três assuntos à nossa memória:
    1) Uma triste lembrança do pecado: o histórico das peregrinações no deserto é algo que a obediência teria evitado, 14:21-23;
    2) Uma solene lembrança da disciplina. Passo a passo, Deus tinha disciplinado o povo, provando, guiando, treinando, avisando e ensinando. O futuro seria igual aos amargos anos de deserto se o povo não aprendesse a ficar fiel a Deus, vv. 5-56;
    3) Uma esplêndida lembrança da fidelidade de Deus, em nunca abandonar o povo que lhe tinha sido tão infiel, compare 2Tm 2:13. Esta fidelidade imutável de Deus é o refúgio seguro dos crentes, Ml 3:6.

    33.5 Sucote. Quer dizer "Barracas", as casas dos israelitas no decurso das suas peregrinações, ou seja; os "Tabernáculos".

    33.7 Migdol. Quer dizer "Torre", na fronteira do Egito, o último obstáculo transposto, antes de chegarem ao Mar Vermelho.

    33.9 Mara. Quer dizer "Amargo", o lugar onde a água era impotável, Êx 15:22-27.

    33.10 Junto ao Mar Vermelho. Agora o obstáculo seria visto do outro lado, o lado da segurança da vitória, da gratidão a Deus. Todos os obstáculos da vida devem ser tratados assim pelos crentes que são mais do que vencedores em Cristo, Rm 8:37.

    33.14 Refidim. Quer dizer "Expansões", o primeiro dos dois lugares onde Moisés recebeu água da rocha, Êx 17:1-7. VejaNu 20:2-4.

    33.15 Sinai. Foi ali que o povo recebeu os Dez Mandamentos, Êx 20.

    33.16 Quibrote-Hataavá. Quer dizer "Os Sepulcros da Concupiscência", onde o apetite carnal dos israelitas superou o desejo de serem independentes e herdeiros da Terra Prometida. Nu 11:31-4.

    33.36 Cades. Foi daqui que os espias rebeldes saíram 14:1-12.

    33.39 A morte de Arão era tão importante que exigiu uma pausa na narrativa da marcha dos israelitas para a Terra Prometida. A marcha dos crentes para a Herança Eterna, também tem significado: comprova a imperfeição e mortalidade que acompanhavam o antigo sacerdócio,He 7:8-58, leva-nos, portanto, a confiar no Sacerdote Eterno, Jesus Cristo, Hb 7:25, Aquele que nos fez começar esta viagem de fé e nos promete a chegada vitoriosa às Regiões Celestiais, H 12.2; Jo 14:2-43.

    33.40 O cananeu. Esta tribo consta como uma das sete nações pagãs que habitavam em Canaã, e este rei derrotado serve para representar todos aqueles que tentaram barrar o caminho dos israelitas para Canaã, dos quais alguns se descrevem em Nm 21.

    33.49 Junto ao Jordão. Finalmente, o povo de Israel estava mobilizado ao longo da fronteira natural de Canaã, o rio que haveria de atravessar. Chegaram ao lugar da obediência, da esperança e do desafio à coragem e à fé. É interessante notar que a marcha descrita nos vv. 5-49 é uma marcha que deixa de mencionar os quarenta anos de desobediência durante os quais o povo ficou no deserto até a morte de uma geração. 33:50-56 A partilha da terra de Canaã deveria ser justa e eqüitativa, de acordo com o tamanho da tribo; sendo a subdivisão de cada porção, distribuída por sortes entre as várias famílias que existiam em cada tribo. Os habitantes da terra deveriam ser eliminados juntamente com seus ídolos, para não tentarem aos israelitas, um espinho ao seu lado. • N. Hom. O trigésimo quarto capítulo descreve para nós:
    1) A promessa da dádiva de Deus, cujo desfrutar já podemos antecipar, v. 1;
    2) A garantia que Deus dá com respeito à herança futura, v. 13;
    3) O cuidado de Deus em dividir esta herança segundo as necessidades humanas;
    4) O método de Deus, de distribuir Suas bênçãos pelas mãos de um sacerdote e de um líder, que são tipos do Senhor Jesus Cristo, dAquele que nos dá a nossa herança eterna, Ef 1:3-49.


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Números Capítulo 33 do versículo 1 até o 56
    XIII. A PEREGRINAÇÃO DE ISRAEL (33:1-49)
    O capítulo é um itinerário da caminhada de Israel desde o Egito até as campinas de Moabe. E puramente factual, não havendo nenhuma menção de fracasso e nenhuma referência à geração incrédula.
    Com as exceções prováveis do incidente do homem recolhendo lenha no sábado (cf. 15:32-36) e a rebelião de Corá (conforme o cap. 16), essa é toda a informação que temos dos 38 anos da peregrinação.

    A referência à terra em 15.2 implica que as ofertas aí mencionadas não foram apresentadas no deserto (conforme 28.6). Sabemos que a circuncisão foi abandonada (conforme Js 4:45), e poderíamos concluir que o mesmo ocorreu com a Páscoa. Por outro lado, Deus não abandonou o seu povo no deserto; eles ainda assim tinham o maná, Moisés e Arão, o tabernáculo e a coluna de nuvem (conforme Ex 13:22; Ne 9:1921; Dt 8:2-5).

    “O número de estações, ou etapas, que é muito pequeno em relação aos 37 anos (somente 17 de Ritmá ou Cades até Eziom-Geber), é prova suficiente de que a comunidade de Israel não ficou constantemente vagueando durante todo aquele tempo, mas pode ter permanecido em muitos dos lugares de acampamento, provavelmente aqueles que forneciam provisão farta de água e pastos, não somente por semanas e meses, mas até por anos. O povo espalhava-se por todos os lados em torno do lugar do tabernáculo, fazendo uso dos meios de sobrevivência que o deserto oferecia, e se reunindo novamente quando havia escassez, com o propósito de ir adiante e buscar em outro lugar um espaço adequado para um novo acampamento” (Keil). Muitos lugares mencionados no capítulo não foram identificados.
    As etapas podem ser divididas da seguinte maneira:
    a)    Do Egito até o Sinai (33:3-15)
    b)    Do Sinai até Ritmá (Cades) (33:16-18)
    c)    De Ritmá até Cades (anos de peregrinação) (33:19-36)
    d)    De Cades até Sitim (33:37-49)
    No v. 2 observe a referência à autoria de Moisés, v. 3. Ramessés: conforme Êx 1:11; 12:37. A maioria dos estudiosos crê que era situada em ou perto de Tânis” (NBD). desafiadoramente-. conforme Ex 14:8. v. 4. enquanto [...] sepultavam, lança-se nova luz sobre a razão da demora dos egípcios, deuses-, conforme Ex 12:12; 18:11. v. 5. Sucote-. conforme Êx 12:37. v. 6. Etã: conforme Êx 13:20. v. 7. Mig-dol: esse local provavelmente deve ser identificado com a Migdol mencionada em Jr 44:1 e 46.14 e em Ez 29:10; 30:6. v. 8. deserto de Etã\ chamado de “deserto de Sur” em Ex 15:22. Conforme Gn 16:7; 20:1; 25:18. Mara-. conforme Êx 15:22,23. “Muitas vezes identificada com a moderna ‘Ain Hawârah’ ” (NBD). v. 9. Elim: conforme Êx 15:27. “As referências bíblicas sugerem que Elim era situada no lado ocidental da península do Sinai” (NBD). v. 10. mar Vermelho-, conforme 14.25. v. 12. o deserto de Sim: conforme o v. 36 e Êx 16:1; 17:1. v. 13. Dofca [...] Alus: não são mencionadas em Êxodo. “Alguns estudiosos situam Dofca em Serabit-el-Khadim, um centro egípcio de mineração de cobre e turquesa onde foram encontradas algumas das inscrições alfabéticas mais antigas” (Oxford Bible Atlas), v. 14. Refidim: o local é incerto, o deserto do Sinai: conforme 1.1. As etapas até o Sinai são as mesmas de Êxodo, com exceção daquela no mar Vermelho (v. 10) e das duas mencionadas nos v. 12,13.

    v. 16. Quibrote-Elataavá: conforme 11.34. Acerca da omissão de Taberá, conforme 11.3. v. 17. Hazerote. conforme 11.35. Era um “povoado no extremo norte do atual golfo de Acaba” (NBD). A maioria das cidades entre Hazerote e Moserote (v. 30,31) não podem ser identificadas, v. 18. Ritmá: provavelmente Cades. Conforme 20.1.

    v. 23. monteSéfer. Conder (no artigo “Wanderings” [Peregrinações] na ISBE, p. 3.067


    8) identifica Séfer com um local a 95 quilômetros de Hazerote. v. 30. Moserote: conforme 20.22 e Dt 10:6. Bene-Jaacã [...] Hor-Gidgade [...] Jotbatá (v. 31-33) não são mencionadas nos caps. 20 e 21. Hor-Gidgade é o mesmo que Gudgodá (conforme Dt 10:7). Jotbatá: “terra de riachos” (Dt 10:7), “provavelmente a moderna ‘Ain Tabah, a cerca Dt 3:0; Dt 34:7. Sobre a morte de Arão no monte Hor, conforme 20:22-27 e Dt 32:50. Acerca dos v. 41-44, conforme C. R. Conder, ISBE, p. 3.069. v. 43. Punom “é a moderna Feinam, uma região rica em minas de cobre, onde a mineração foi realizada em diversas épocas do passado” (J. A. Thompson, The Bible and Archaeologp, p. 70). v. 45. Dibom-Gade: conforme 21.30; 32.34. v. 46. Almom-Dibla-taim: “Almom do bolo duplo de figos” (conforme Jr

    48.22). v. 47. montes de Abarim: conforme 21 AZ. Entre o v. 45 e o v. 49 são mencionadas quatro etapas que cobrem uma distância de aproximadamente 40 quilômetros, enquanto em

    21:13-20 “lemos acerca de um avanço mais gradual e cuidadoso na terra dos amorreus” (C. R. Conder, ISBE, p. 3.069). v. 49. Bete-Jesimote: conforme Ez 25:9. “Provavelmente a moderna Tell Adeimeh perto da margem nordeste do mar Morto” (R. F. Hosking, NBD). Abel-Sitim: Sitim (conforme 25.1; Js 3:1). Bete-Jesimote e Abel-Sitim não podem ser identificadas com certeza. “Tratamos assim toda a marcha feita pelos hebreus desde o Egito até Sitim, à luz do real conhecimento da rota deles. Não encontramos um único caso em que as paradas fossem muito distantes umas das outras para a passagem dos seus animais, e não há discrepância alguma entre os relatos quando considerados cuidadosamente” (C. R. Gonder, ibid.).

    XIV. ORIENTAÇÕES COM VISTAS À ENTRADA NA TERRA (33.50—36.13)

    1)    A destruição dos habitantes da terra e de seus ídolos (33:50-56)
    v. 52. expulsem: i.e., ao destruí-los (conforme Dt

    7.1,2). imagens esculpidas: conforme Lv 26:1. ídolos fundidos: conforme Ex 32:4. altares idólatras-, além de altares, outros lugares de culto situados muitas vezes, mas não necessariamente, em topos de colinas, v. 54. por sorteio-, conforme 26:53-56. v. 55. farpas em seus olhos-, conforme Js 23:13. As advertências dos v. 55,56 são novas. O castigo predito no v. 56 foi executado nos cativeiros babilónico e assírio.


    Dúvidas

    Manual Popular de Dúvidas, Enigmas e Contradições da Bíblia, por Norman Geisler e Thomas Howe
    Dúvidas - Comentários de Números Capítulo 33 versículo 44
    Nu 33:44-49 - Por que nesta passagem a relação dos lugares em que Israel parou é diferente daquela anteriormente estabelecida em Números 21?

    PROBLEMA: Números 21 fala que os israelitas pararam em Obote, Ijé-Abarlm, Zerede, Arnom, Bôer, Mataná, Naaliel, Bamote e monte Plaga, em Moabe. Mas a lista de Números 33 inclui as paradas em Obote, Ijé-Abarim, Dibom-Gade, Almom-Diblataim, montes de Abarim defronte do monte Nebo e nas campinas de Moabe.

    SOLUÇÃO: A compreensão de vários fatores nos ajuda a conciliar a aparente divergência. Primeiro, as duas listas começam com exatamente os mesmos nomes e terminam exatamente com o mesmo lugar (a leste do Jordão, perto de Jerico). Segundo, já que as duas listas de nomes estão no mesmo livro, o autor não viu nenhuma contradição entre elas. Terceiro, alguns lugares podem ter tido mais de um nome. Ijé-Abarim, por exemplo, também é chamado de Ijim (Nu 33:44-45).

    Quarto, nenhuma das duas listas pode estar completa, já que mencionam apenas os nomes que o autor queria destacar a cada vez. Números 21 relaciona seis lugares de Ijé-Abarim a Moabe, ao passo que Números 33 relaciona apenas três. As duas listas podem ter sido feitas com diferentes perspectivas ou propósitos. Quinto, a lista em Números 33 pode referir-se aos centros de operações de Moisés e do tabernáculo.

    Sexto, como havia milhões de pessoas que cobriam uma larga extensão de terra, mais de uma cidade pode ter sido ocupada ao mesmo tempo. Sétimo, em sua peregrinação Israel pode ter passado pelo mesmo lugar duas vezes, primeiro numa rota cheia de desvios e depois numa rota mais direta (conforme Nu 33:30-33).


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Números Capítulo 33 do versículo 1 até o 49
    XXI. RESUMO DAS ETAPAS DESDE A SAÍDA DO EGITO ATÉ AS PLANÍCIES DE MOABE Nm 33:1-49.

    Esta enumeração resume as etapas descritas em Êx 12:17 e em Nm 10:21 e foi escrita por Moisés à ordem do Senhor (2). Sendo este patriarca educado e instruído no Egito, onde já há mais Dt 1:0 anos era conhecida a escrita, não admira que estivesse devidamente preparado para escrever os livros que lhe são atribuídos.


    Dicionário

    Abarim

    Passagens

    Abarim [Passagem]

    Região montanhosa que ficava do outro lado, ao se “passar” o Jordão (Dt 32:49). Mais tarde essa região recebeu o nome de Peréia.


    Acampar

    verbo transitivo Militar Estabelecer, instalar em um campo.
    Instalar-se de maneira provisória (na praia, no campo).

    Moabe

    -

    do próprio pai

    (Heb. “do meu pai”). Tornou-se progenitor dos moabitas. Era filho de Ló com sua filha mais velha (Gn 19:37). Depois da destruição de Sodoma, à qual somente três pessoas sobreviveram, as duas moças ficaram preocupadas com a continuidade do nome da família; por isso, embebedaram o próprio pai, tiveram relações sexuais com ele e ambas ficaram grávidas. Parece significativo que elas, que relutaram em sair de Sodoma, continuassem a manifestar sérios problemas na área sexual, pelos quais, ao que tudo indica, Sodoma era famosa. Certamente, apesar de estar fora daquela cidade, não houve um novo começo para Ló. Ele e as filhas foram salvos por Deus unicamente devido ao parentesco que tinham com Abraão, com quem o Senhor fizera sua aliança (Gn 19:29). P.D.G.


    Moabe
    1) Neto de Ló, nascido do incesto com sua filha (Gn 19:30-38).

    2) Povo descendente de MOABE 1, e sua terra, localizada a leste do JORDÃO (Nu 26:3).

    Obote

    hebraico: odres

    Termo

    substantivo masculino Ponto de finalização ou de conclusão de; término: o termo da viagem.
    Maneira ou estado em que alguma coisa se encontra, num momento determinado: nestes termos, não aceito a venda.
    Conteúdo escrito: os termos do contrato; termo de responsabilidade.
    Limite que se estabelece em relação a alguma coisa; marco: desejava por um termo ao casamento.
    Representação de um vocábulo; palavra: não entendo, quando você fala nesses termos.
    Expressão própria de uma área do conhecimento: termos médicos.
    Gramática O que possui função numa oração.
    [Jurídico] Tempo de abertura ou finalização de uma questão jurídica; aquilo que determina a formalização de um processo; prazo.
    Limite geográfico ou circunvizinhança; espaço.
    Etimologia (origem da palavra termo). Do latim terminus.
    substantivo masculino Pronuncia-se: /térmo/. Garrafa térmica.
    Etimologia (origem da palavra termo). Thermós.é.ón.

    Limite; marco

    Termo
    1) Divisa; fronteira (Ez 47:13).


    2) País (Jr 31:17).


    3) Palavra (Lc 20:2, RA).


    4) Fim (2Co 8:11, RA).


    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    נָסַע אֹבֹת חָנָה עִיֵי הָעֲבָרִים גְּבוּל מוֹאָב
    Números 33: 44 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    partiramH5265 נָסַעH5265 H8799 de OboteH88 אֹבֹתH88 e acamparam-seH2583 חָנָהH2583 H8799 em Ijé-AbarimH5863 עִיֵי הָעֲבָרִיםH5863, no limiteH1366 גְּבוּלH1366 de MoabeH4124 מוֹאָבH4124;
    Números 33: 44 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    1407 a.C.
    H1366
    gᵉbûwl
    גְּבוּל
    a fronteira
    (the border)
    Substantivo
    H2583
    chânâh
    חָנָה
    declinar, inclinar, acampar, curvar-se, pôr cerco a
    (and pitched his tent)
    Verbo
    H4124
    Môwʼâb
    מֹואָב
    um filho de Ló com sua filha mais velha
    (Moab)
    Substantivo
    H5265
    nâçaʻ
    נָסַע
    arrancar, puxar para cima, partir, pôr-se a caminho, remover, ir em frente, partir
    (as they journeyed)
    Verbo
    H5863
    ʻÎyêy hâ-ʻĂbârîym
    עִיֵּי הָעֲבָרִים
    um local de parada de Israel no deserto a sudeste de Moabe
    (at Ije-abarim)
    Substantivo
    H88
    ʼôbôth
    אֹבֹת
    local indeterminado de um dos acampamentos israelitas no deserto (talvez na fronteira a
    (in Oboth)
    Substantivo


    גְּבוּל


    (H1366)
    gᵉbûwl (gheb-ool')

    01366 גבול g ebuwl̂ ou (forma contrata) גבל g ebul̂

    procedente de 1379; DITAT - 307a; n m

    1. fronteira, território
      1. fronteira
      2. território (porção de terra contida dentro dos limites)
      3. região, território (da escuridão) (fig.)

    חָנָה


    (H2583)
    chânâh (khaw-naw')

    02583 חנה chanah

    uma raiz primitiva [veja 2603]; DITAT- 690; v

    1. declinar, inclinar, acampar, curvar-se, pôr cerco a
      1. (Qal)
        1. declinar
        2. acampar

    מֹואָב


    (H4124)
    Môwʼâb (mo-awb)

    04124 מואב Mow’ab

    procedente de uma forma prolongada do prefixo preposicional m- e 1; de (o pai dela [da mãe]); DITAT - 1155 Moabe = “do seu pai” n pr m

    1. um filho de Ló com sua filha mais velha
    2. a nação descendente do filho de Ló n pr loc
    3. a terra habitada pelos descendentes do filho de Ló

    נָסַע


    (H5265)
    nâçaʻ (naw-sah')

    05265 נסע naca ̀

    uma raiz primitiva; DITAT - 1380; v

    1. arrancar, puxar para cima, partir, pôr-se a caminho, remover, ir em frente, partir
      1. (Qal)
        1. arrancar ou puxar para cima
        2. pôr-se a caminho, partir
        3. pôr-se a caminho, marchar
        4. ir em frente (referindo-se ao vento)
      2. (Nifal) ser arrancado, ser removido, ser tirado
      3. (Hifil)
        1. fazer partir, levar embora, levar a mover-se bruscamente
        2. remover, extrair

    עִיֵּי הָעֲבָרִים


    (H5863)
    ʻÎyêy hâ-ʻĂbârîym (ee-yay' haw-ab-aw-reem')

    05863 עיי העברים Ìyey ha- Àbariym

    procedente do pl. de 5856 e o pl. do part. at. de 5674 com a interposição do artigo; n pr loc

    Ijé-Abarim = “ruínas de Abarim”

    1. um local de parada de Israel no deserto a sudeste de Moabe
    2. uma cidade em Judá

    אֹבֹת


    (H88)
    ʼôbôth (o-both')

    088 אבת ’oboth

    plural de 178; n pr loc Obote = “odres de água”

    1. local indeterminado de um dos acampamentos israelitas no deserto (talvez na fronteira a leste de Moabe)