Enciclopédia de Números 35:22-22

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

nm 35: 22

Versão Versículo
ARA Porém, se o empurrar subitamente, sem inimizade, ou contra ele lançar algum instrumento, sem mau intento,
ARC Porém, se a empurrar de improviso, sem inimizade, ou contra ela lançar algum instrumento sem desígnio;
TB Porém, se alguém empurrar a outro acidentalmente sem inimizade, ou atirar sobre ele alguma coisa não de intento malévolo,
HSB וְאִם־ בְּפֶ֥תַע בְּלֹא־ אֵיבָ֖ה הֲדָפ֑וֹ אוֹ־ הִשְׁלִ֥יךְ עָלָ֛יו כָּל־ כְּלִ֖י בְּלֹ֥א צְדִיָּֽה׃
BKJ Mas se ele o empurrar acidentalmente, sem inimizade, ou se arremessar-lhe alguma coisa, sem um mau intento,
LTT Porém, se o empurrar de improviso, sem inimizade, ou contra ele lançar algum instrumento sem (ter armado) emboscada;
BJ2 Contudo, se empurrou a vítima fortuitamente, sem inimizade, ou se lançou contra ela algum projétil sem procurar atingi-la,
VULG Quod si fortuitu, et absque odio

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Números 35:22

Êxodo 21:13 porém, se lhe não armou ciladas, mas Deus o fez encontrar nas suas mãos, ordenar-te-ei um lugar para onde ele fugirá.
Números 35:11 fazei com que vos estejam à mão cidades que vos sirvam de cidades de refúgio, para que ali se acolha o homicida que ferir a alguma alma por erro.
Deuteronômio 19:5 Como também aquele que entrar com o seu próximo no bosque, para cortar lenha, e, pondo força na sua mão com o machado para cortar a árvore, o ferro saltar do cabo e ferir o seu próximo, e morrer, o tal se acolherá a uma dessas cidades e viverá;
Josué 20:3 para que fuja para ali o homicida que matar alguma pessoa por erro e não com intento; para que vos sejam refúgio do vingador do sangue.
Josué 20:5 E, se o vingador do sangue o seguir, não entregarão na sua mão o homicida; porquanto não feriu a seu próximo com intento e o não aborrecia dantes.

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

PALESTINA - TERRA PREPARADA POR DEUS

FRONTEIRAS TEOLÓGICAS
Muito embora mais de um texto bíblico trate das fronteiras de Israel, continuam existindo perguntas importantes sobre a localização de três das quatro fronteiras. Talvez um ponto de partida adequado para uma análise dessas fronteiras seja o reconhecimento de que, com frequência, elas eram estabelecidas pelos acidentes topográficos naturais: o mar Morto, o mar da Galileia, o Mediterrâneo, as principais montanhas e rios etc. Isso sugere que, nas descrições de fronteiras, muitos segmentos menos conhecidos também poderiam estar situados em pontos geográficos naturais. A abordagem a seguir incluirá uma descrição de pontos definidos, uma análise de pontos de referência menos conhecidos, embora importantes, e algum exame das questões envolvidas. Cada segmento culminará com um sumário de para onde os dados parecem apontar.

FRONTEIRA OESTE
(Nm 34:6; Js 15:4-16.3,8; 17.9; 19.29; cf. Ez 47:20-48.
1) Felizmente a fronteira oeste não apresenta nenhum problema de identificação. Começando no extremo norte da tribo de Aser (Js 19:29) e indo até o extremo sul da tribo de Judá (s 15.4), ela se estende ao longo do Grande Mar, o Mediterrâneo.

FRONTEIRA NORTE
(Nm 34:7-9; cp. Ez 47:15-17;48.1-7) Vistos como um todo, os textos bíblicos indicam que, partindo do Mediterrâneo, a fronteira bíblica se estendia para o leste numa linha que ia até Zedade, passando pelo monte Hor e Lebo- -Hamate. Continuando por Zifrom, a linha ia até Hazar-Ena, de onde virava rumo à fronteira de Haurá. Desses lugares, é possível identificar apenas dois com segurança, e ambos estão situados na margem do deserto sírio/oriental. Zedade devia se localizar na atual Sadad, cerca de 65 quilômetros a leste do Orontes e 105 quilômetros a nordeste de Damasco, a leste da estrada que hoje liga Damasco a Homs. Sem dúvida, Haura se refere ao planalto que se estende para leste do mar da Galileia e é dominado pelo Jebel Druze (na Antiguidade clássica, o monte Haura era conhecido pelo nome Auranitis). O nome Haura, como designativo dessa região, é atestado com frequência em textos neoassírios já da época de Salmaneser III;° aliás, Haura se tornou o nome de uma província assíria? próxima do território de Damasco, conforme também se vê em textos de Ezequiel. Devido a essas duas identificações, é razoável procurar os locais intermediários de Zifrom e Hazar-Ena ao longo do perímetro da mesma área desértica. Com base no significado do nome hebraico ("aldeia de uma fonte"), o local de Hazar-Ena é com frequência identificado com Qaryatein, um oásis luxuriante e historicamente importante.21 Depois desse ponto, o curso exato da fronteira norte se torna questão incerta. Existem, no entanto, várias indicações que, combinadas, dão a entender que essa fronteira pode ter correspondido a um limite claramente estabelecido na Antiguidade. Primeiro, deve-se identificar o local de Lebo-Hamate22 com a moderna Lebweh, cidade situada na região florestal da bacia hidrográfica que separa os rios Orontes e Litani, cerca de 24 quilômetros a nordeste de Baalbek, junto à estrada Ribla-Baalbek. O local é atestado em textos egípcios, assírios e clássicos23 como uma cidade de certa proeminência. Situada entre Cades do Rio Orontes e Baalbek, Lebo-Hamate ficava num território geralmente reconhecido na Antiguidade como fronteira importante no vale de Bega (1Rs 8:65-1Cr 13 5:2Cr 7.8). Segundo, em vez de Lebo-Hamate, Ezequiel (Ez 47:16) faz referência a Berota, uma cidade que, em outros textos, está situada no centro do vale de Bega' (2Sm 8:8) e, conforme geralmente se pensa, deve ser identificada com a moderna Brital, localizada logo ao sul de Baalbek. Contudo, Ezequiel detalha que Berota fica "entre o território de Damasco e o território de Hamate", i.e., na fronteira entre os dois territórios (2Rs 23:33-25.21 afirmam que Ribla [Rablah] está localizada "na terra de Hamate"). Parece, então, razoável supor que Ezequiel estava descrevendo esse trecho da fronteira norte de Israel de uma maneira que correspondia bem de perto a uma zona tampão, internacionalmente reconhecida em sua época. O livro de Números situa a fronteira norte entre Lebo-Hamate e o Mediterrâneo, especificamente no monte Hor, um acidente geográfico que não é possível identificar definitivamente, mas que deve se referir a um dos montes mais altos do maciço do Líbano ao norte, entre Lebweh e o mar. Vários desses montes elevados, tanto no interior (Akkar, Makmel, Mneitri, Sannin) quanto junto ao litoral (Ras Shakkah), têm sido identificados com o monte Hor mencionado na Biblia. Embora, em última instância, qualquer sugestão seja especulação, é possível desenvolver fortes argumentos em favor da identificação do monte Hor com o moderno monte Akkar. Primeiro, conforme já mencionado, em outros pontos parece que a fronteira norte seguiu a linha de uma antiga divis natural. O trecho ocidental da mesma divisa se estendia de Homs para oeste, ao longo daquilo que é conhecido pelo nom de depressão Trípoli-Homs-Palmira . Correndo ao longo de boa parte dessa depressão, havia também o rio el-Kabir, que deságua no Mediterrâneo logo ao sul da atual Sumra/Simyra. Essa depressão ficava próxima de um limite estabelecido durante vários períodos da Antiguidade, e constitui hoje em dia a fronteira entre os países modernos da Síria e do Líbano.24 Justaposto a esse vale, na extremidade setentrional do maciço do Líbano, fica o altaneiro monte Akkar. Ao contrário de outros candidatos a monte Hor, o monte Akkar se ergue ao lado dessa divisa que existe desde a Antiguidade. Além do mais, chama a atenção que, em vez de relacionar c monte Hor entre o Mediterrâneo e Lebo-Hamate na fronteira norte, Ezequiel (47.15; 48,1) faz referência ao "caminho de Hetlom", localidade desconhecida, mas que talvez se revele no nome da moderna cidade de Heitela, situada cerca de 37 quilômetros a nordeste de Trípoli e a apenas cerca de 3 quilômetros do rio el-Kabir.25 Devido à localização certa de alguns lugares e à repetida sugestão de que outros lugares poderiam ser associados àquilo que foi uma inquestionável fronteira na Antiguidade, parece possível que a fronteira norte de Israel se estendesse ao longo da extremidade norte dos montes Líbano e Antilíbano, seguindo o curso do rio el-Kabir até as proximidades do lago de Homs e, então, rumasse para o sul pelo vale de Bega até as encostas externas da serra do Antilíbano (a região de Lebo-Hamate). Em seguida, margeando aquela serra, fosse na direção leste até o deserto Oriental (as adiacências de Sadad), de onde basicamente seguia as margens do deserto até a região do monte Haura. Numa primeira leitura, outros textos bíblicos parecem indicar que a fronteira de Israel se estendia até "o grande rio Eufrates" (e.g., Gn 15:18; )s 1.4; cp. Dt 11:24). Um dos problemas na decifração dessa expressão tem a ver com sua verdadeira aplicação: pode-se empregá-la para descrever a fronteira norte de Israel (e.g., Gn 15:18; cp. Ex 23:31) ou a fronteira leste de Israel (e.g., Dt 11:24). Essa ambiguidade tem levado alguns escritores a interpretar a terminologia desses textos não como uma descrição de fronteira, e sim como a idealização de limites territoriais, antecipando a grandeza do reino de Davi e Salomão, quando o controle israelita chegou tão longe quanto o Eufrates (1Rs 4:21-1Cr 18.3; 2Cr 9:26). E possível encontrar base para tal ideia na referência mais expansiva e conclusiva ao "rio do Egito (o braço mais oriental do delta do Nilo) no texto de Gênesis 15, ao passo que o texto de Números 34:5, sobre a fronteira territorial, e o texto de Josué 15.4, sobre a fronteira tribal (cp. Ez 47:19-48.28), mais especificamente limitam aquela fronteira sul ao "ribeiro/uádi do Egito" (u. el-Arish). Outros estudiosos consideram que a descrição mais ampliada de Gênesis 15 tem relação geográfica com o nome da província persa (assíria? "Além do Rio", que designava o território da Palestina e da Síria (cp. Ed 4:10-11,16,17,20; 5.3; 6.6,8; 8.36; Ne 2:7-9; 3.7),26 ao passo que os textos de Números 34 e Josué 15 teriam em mente apenas a geografia da terra de Canaã. Ainda outros estudiosos consideram que as palavras "o grande rio" se refere ao rio el-Kabir, mencionado acima, às quais mais tarde se acrescentou uma interpolação ("Eufrates")27 Afinal, o nome árabe moderno desse rio (nahr el-Kabir) significa "o grande rio" - um nome bem merecido, pois o el-Kabir drena a maior parte das águas das serras litorâneas do Líbano. Nesse cenário final, em meio à realidade política da Monarquia Unida, "o grande rio" pode ter assumido um duplo significado, referindo-se tanto à fronteira norte real de Israel no el-Kabir quanto à fronteira idealizada no Eufrates. De qualquer maneira, o nome Eufrates não consta de textos que descrevem as fronteiras específicas do Israel bíblico.

FRONTEIRA LESTE
(Nm 34:10-12; Js 13:8-23; cp. Ez 47:18) A identificação da fronteira leste ou oriental depende de dois assuntos relacionados: (1) a linha estabelecida para a fronteira norte; (2) a relevância atribuída às batalhas contra Siom e Ogue (Nm 21:21-35). Com relação à fronteira oriental, a localização de todos os lugares mencionados é conjectura, exceção feita ao mar da Galileia e ao rio Jordão. Mas é justamente em relação ao rio Jordão que surge uma questão importante: os territórios a leste do Jordão e no final ocupados pelas tribos de Rúben, Gade e Manassés Oriental ficavam fora ou dentro do território dado a Israel? Em outras palavras, Israel começou a ocupar sua terra quando atravessou o Jordão (Is
3) ou quando atravessou o rio Arnom (Nm 21:13; cp. Dt 2:16-37; Jz 11:13-26)? Muitos estudos recentes adotam a primeira opção, com o resultado de que a fronteira oriental de Israel tem sido traçada no rio Jordão, entre o mar da Galileia e o mar Morto. Entretanto, é possível que essa ideia tenha sofrido grande influência da hinologia crista28 e deva inerentemente abraçar a premissa de que a fronteira oriental do Israel bíblico corresponda à fronteira oriental da entidade conhecida como Canaã. Essa ideia conflita com Josué 22 (esp. v. 9-11,13,32), que é um claro pronunciamento de que as três tribos da Transiordânia fazem parte de Israel e de suas 12 tribos, mas assim mesmo lhes foram dados territórios além da fronteira oriental de Canaã (que termina de fato no rio Jordão). Fazendo nítida distinção com "terra de Canaa" (Js 22:9-10,32), aquelas tribos receberam terras em Basã (Is 13:11-12; 17.1; 20.7; 22.7), em Gileade (Is 13:31-17.
1) e no Mishor ("planalto", Is 13:9-20.8).29 O peso de certos dados bíblicos pode sugerir uma hipótese alternativa, de que a fronteira da terra dada a Israel deveria se estender na direção leste até as margens do deserto Oriental, ficando mais ou menos próxima de uma linha que se pode traçar desde a região do monte Haura (o final da fronteira norte) até o deserto de Quedemote (perto do Arnom), o lugar de onde Moisés enviou espias para Siom, rei de Hesbom (Dt 2:24-26), e que, mais tarde, foi dado à tribo de Rúben (Js 13:18). Três linhas de raciocínio dão apoio a essa hipótese.

1. Deuteronômio 2-3 recapitula as vitórias obtidas contra Siom e Ogue e a entrega do território deles às duas tribos e meia de Israel. Essa entrega incluiu terras desde o Arnom até o monte Hermom, abarcando as terras do Mishor, de Gileade e de Basa até Saleca e Edrei (Dt 3:8; cp. 4.48; Js 13:8-12). Ao mesmo tempo, Deuteronômio 2.12 declara que, assim como os edomitas haviam destruído os horeus a fim de possuir uma terra, Israel de igual maneira desapossou outros povos para ganhar sua herança. Aqui a escolha das palavras é inequívoca e logicamente há apenas duas possíveis interpretações para a passagem: ou é uma descrição histórica daquelas vitórias obtidas contra os dois reis amorreus - Siom e Ogue - ou é uma insercão bem posterior no texto, como uma retrospectiva histórica para descrever o que, por fim, ocorreu na conquista bíblica liderada por Josué. Ora, em Deuteronômio 2.12 a questão não é se expressões pós-mosaicas existem no texto bíblico, mas se esse versículo é uma dessas expressões. Parece que a totalidade desse capítulo apresenta uma defesa bem elaborada que gira em torno de uma clara distinção entre aqueles territórios excluídos da herança de Israel (Edom, Moabe, Amom) e aqueles incluídos em sua herança (Basã, Gileade, Mishor). Nesse aspecto, parece que o versículo 12 afirma que tanto Edom quanto Israel receberam seus respectivos territórios devido à prerrogativa soberana, não à habilidade militar. Por causa disso, identifica-se um claro motivo teológico de por que Israel não deve conquistar terras além de seu próprio perímetro (cp. Jz 11:13-28; 2Cr 20:10; v. tb. Dt 2:20-22 - um êxodo amonita e edomita?). Se esse é o caso, então o versículo 12 é parte da estrutura de toda a narrativa e não pode ser facilmente rejeitado sob a alegação de trabalho editorial. Mas, mesmo que o versículo 12 seja interpretado como inserção posterior, ainda continua havendo uma nítida afirmativa semelhante nos versículos 24:31, os quais normalmente não são considerados inserções posteriores.30 Se a interpretação correta desses versículos é que, no desenvolvimento do tema, os acontecimentos históricos em torno da derrota dos reis Siom e Ogue fazem parte integral da narrativa como um todo, então o versículo 12 é uma declaração totalmente lúcida e clara sobre a fronteira oriental de Israel (Js 12:6).

2. Por determinação de Deus, na designação das cidades de refúgio (Nm 35:9-34; Dt 4:41-43; 19:1-10; Js 20:1-9) e das cidades levíticas (Lv 25:32-33; Nm 35:1-8; Js 21:8-42; 1Cr 6:54-81) levou-se devidamente em conta o território a leste do rio Jordão; no caso das cidades levíticas, dez das 48 estavam situadas em território transjordaniano. Enquanto o território da tribo de Manassés foi dividido como consequência do pedido daquela própria tribo, a herança territorial de Levi foi repartida por ordem divina, uma ideia que parece ilógica e até mesmo absurda caso se devam excluir, da herança de Israel, os territórios a leste do Jordão.

3. As atitudes demonstradas por Moisés (Nm
32) e Josué (Is
22) são consistentes com essa tese. Embora no início Moisés tenha feito objeção quando confrontado com o pedido de herança na Transjordânia, é crucial entender a natureza de sua resposta. Ele destacou que havia sido um esforço nacional que levara ao controle israelita dos territórios orientais; qualquer diminuição de esforço poderia enfraquecer a resolução das tribos restantes e conduzir, em última instância, à condenação divina. Como resultado, Moisés estabeleceu uma pré-condição antes de as duas tribos e meia poderem receber a herança transiordaniana: seus homens armados deviam se juntar aos demais na luta para conquistar Canaã! A preocupação de Moisés não era que isso seria irreconciliável com o plano e propósitos de Deus, mas que houvesse justiça e se evitasse o desânimo. Mais tarde, quando as duas tribos e meia cumpriram o voto e a terra de Canaã foi conquistada, Josué, orientado por Deus, despachou aquelas tribos - com a bênção e a instrução do do Senhor - para a herança que tinham por direito.

E possível que se levante a objeção de que essa hipótese não se harmoniza com Números 34:10-12, em que o rio Jordão claramente demarca a fronteira oriental. Pode-se talvez tratar essa objeção tanto geopolítica quanto contextualmente. Por um lado, é possível argumentar que Números 34 está delineando as fronteiras da terra de Canaã (que no lado oriental se estendia até o Jordão) e não a totalidade da terra dada ao Israel bíblico (v. 2,29). Por outro lado, parece que o contexto de Números 34 se refere à terra que, naquela época, continuava não conquistada, mas que, por fim, seria ocupada pelas restantes nove tribos e meia (v. 2,13-15; cp. Dt 1:7-8). Sendo um objetivo territorial que ainda não tinha sido alcançado na narrativa, aquela área delimitada se contrapunha claramente aos territórios já conquistados e anteriormente controlados por Siom e Ogue (Nm 21), mas agora teoricamente dados às tribos de Rúben, Gade e Manassés Oriental (Nm 32). Por isso, parece que Números 34 descreve um território que ainda devia ser conquistado (Canaã), em contraste com a totalidade do território que Deus dividiu e destinou para ser a herança do Israel bíblico. À luz dessas considerações parece, então, que não há necessariamente nenhuma discrepância entre essa narrativa, outros textos bíblicos relacionados à posição da fronteira oriental e uma hipótese que situa a divisa oriental ao longo da fronteira do grande deserto Oriental.

FRONTEIRA SUL
(Nm 34:3-5; Js 15:1-4; cp. Ez 47:19-48.
28) À questão crucial a decidir sobre a fronteira sul de Israel é onde essa fronteira encostava no mar Mediterrâneo. Isso acontecia no "rio" do Egito (o trecho mais a leste do delta do Nilo) ou no "ribeiro/uádi" do Egito (o u. el-Arish)? Todos os quatro textos bíblicos que delineiam a fronteira sul de Israel empregam o lexema nahal ("ribeiro/uádi") e não nahar ("rio").31 A expressão "o uádi [da terra) do Egito" ocorre em textos cuneiformes já da época de Tiglate-Pileser III e Sargão II, textos esses que descrevem ações militares ao sul de Gaza, mas não dentro do Egito.32 Na descrição de como Nabucodonosor tentou formar um exército para guerrear contra os medos, o livro de Judite (1.7-11) fornece uma lista detalhada de lugares: Cilícia, Damasco, as montanhas do Líbano, Carmelo, Gileade, Alta Galileia, Esdraelom, Samaria, Jerusalém... Cades, o uádi do Egito, Tafnes, Ramessés, Goshen, Mênfis e Etiópia. A sequência geográfica desse texto está claramente prosseguindo para o sul, situando então o uádi do Egito entre Cades (ou Cades-Barneia ou Cades de Judá) e Tafnes (T. Defana, um posto militar avançado na principal estrada entre a Palestina e o delta do Nilo) [v. mapa 33]. Também se deve observar que, em Isaías 27.12, a Lxx traduz nahal misrayim ("ribeiro/uádi do Egito") como Rhinocorura, a palavra grega que designa a colônia do período clássico que, hoje em dia, é ocupada pela cidadezinha de El-Arish .33 O vasto sistema do uádi el-Arish é o aspecto geográfico mais proeminente ao sul das áreas povoadas da Palestina. Ele tem um curso de quase 240 quilômetros antes de desaguar no mar Mediterrâneo cerca de 80 quilômetros ao sul de Gaza, drenando a maior parte do norte do Sinai, as regiões ocidentais do moderno Neguebe e parte do sul da Filístia . Às vezes, na descrição feita por geógrafos modernos, o uádi el-Arish está situado numa fronteira geológica natural entre o planalto do Neguebe e o Sinai.3 Todos esses dados favorecem a identificação do "ribeiro/uádi do Egito" que aparece na Biblia com o uádi el-Arish.35 Relacionada a esses dados está a questão da localização de Cades-Barneia. Ao longo da margem ocidental do moderno planalto do Neguebe, existem três fontes importantes que têm sido associadas com esse local: Ain Qadeis, Ain Qudeirat (cerca de 11 quilômetros a noroeste) e Ain Quseima (6 quilômetros ainda mais a noroeste). Todas as três fontes estão localizadas ao longo do limite geológico do u. el-Arish, nenhuma é claramente eliminada com base em restos de artefatos de cerâmica e cada uma oferece dados próprios a considerar quando se procura determinar a localização de Cades-Barneia. A candidatura de Ain Oadeis se fundamenta em três considerações: (1) Cades-Barneia aparece antes de Hazar-Hadar e Azmom nas duas descrições biblicas de fronteira (Nm 34:4: Is 15:3-4) que apresentam uma sequência leste-oeste; (2) esse lugar tem o mesmo nome da cidade bíblica; (3) está localizado junto à margem de uma ampla planície aberta, capaz de acomodar um grande acampamento.
Agin Qudeirat tem a vantagem de um suprimento de água abundante, de longe o maior da região. E Ain Queima está localizada bem perto de um importante cruzamento de duas estradas que ligam o Neguebe ao Sinai e ao Egito . Por esse motivo, não é de surpreender que, num momento ou noutro, cada um dos três locais tenha sido identificado como Cades-Barneia. Com base nos textos bíblicos, infere-se que Israel acampou em Cades-Barneia a maior parte dos 40 anos (Dt 1:46-2.14). Em termos geográficos, toda essa área apresenta um ambiente em geral adverso e desolador para a ocupação humana, de modo que é possível que todos esses três lugares e também todo o território intermediário fossem necessários para acomodar o acampamento de Israel. De qualquer maneira, por razões de praticidade, o mapa situa Cades-Barneia em Ain Oadeis, Hazar-Hadar em Ain Oudeirat e Azmom em Ain Queima, embora essas identificações sejam bastante provisórias. Assim como aconteceu com as demais, é muito provável que a fronteira sul de Israel tenha sido estabelecida basicamente em função de aspectos geográficos naturais. Seguindo uma linha semicircular e saindo do mar Morto, essa fronteira provavelmente se estendia na direção sudoeste, passando pelo Vale do Rifte e por Tamar, e indo até as cercanias do uádi Murra. Daí prosseguia, passando pela serra de Hazera e chegava à subida de Acrabim ("subida dos escorpiões"), que em geral é associada a Negb Safa.3 Ali uma antiga estrada israelense vem de Berseba, atravessa lebel Hathira e chega, numa descida ingreme, até o uádi Murra A partir daí é razoável inferir que a fronteira continuava a seguir o contorno do uádi, num curso para o sudoeste, até que alcançava as proximidades de um corredor estreito e diagonal de calcário turoniano que se estende por cerca de 50 quilômetros, desde o monte Teref até o monte Kharif, e separa o pico de Rimom da área de terra eocena logo ao norte. Depois de atravessar até a outra extremidade desse corredor, fica-se a uma distância de apenas uns oito quilômetros do curso superior do uádi Kadesh (um tributário do sistema de drenagem el-Arish). Seguindo o tributário, passando por Ain Qadeis (Cades-Barneia), então por Ain Qudeirat e Ain Queima, parece que a fronteira meridional seguia ao longo de todo esse "ribeiro/uádi do Egito" até o Mediterrâneo.

PALESTINA - relevo e vegetação
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PALESTINA - Fronteira
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Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

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Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Números Capítulo 35 do versículo 1 até o 34
C. As CIDADES DE REFÚGIO, 35:1-34

  1. Cidades para os Levitas (35:1-5,7,8)

Os levitas não participaram da partilha da terra. Deus então providenciou um expe-diente para que as tribos que receberam herança dessem aos levitas cidades (2) em que habitassem e arrabaldes ("terras de pastagens", NTLH) para os gados, fazenda e animais (3). Houve quarenta e oito cidades (7) separadas para este fim. Elas perma-neceriam como herança dos filhos de Israel, mas deviam ser disponibilizadas aos levitas como moradias e seriam dadas com base na quantidade das heranças tribais (8).

Esta lei foi implementada parcialmente, segundo mostra o registro em Josué 21; nunca foi totalmente completada. O conceito geral se manteve básico ao longo da histó-ria de Israel.

  1. Cidades Especiais (35.6,9-15)

Entre as cidades dadas aos levitas, seis tinham de ser separadas como cidades de refúgio (6).' Três ficavam no lado leste do rio Jordão e três em Canaã propriamente dita.' Estas serviam de proteção do homicida involuntário, aquele "que, sem querer ou por engano, tenha matado alguém" (11, NTLH; cf. NVI; i.e., "homicídio culposo" na ter-minologia atual).

A necessidade de um plano de refúgio surgiu das práticas relacionadas com o vinga-dor (12). Este costume foi reconhecido como princípio de execução de lei na primitiva fase da história de Israel (Gn 9:5)." Este princípio permitia o parente mais próximo de quem fora injustiçado a descarregar o castigo na pessoa que cometera a injustiça. Por isso, foi providenciada defesa para quem inadvertidamente tirasse a vida de outra pes-soa. Mas essa defesa só valia até o momento em que o acusado fosse levado perante a congregação para interrogatório e "julgamento" (ARA). Este refúgio se aplicava a to-dos que estavam inseridos na sociedade de Israel: para os filhos de Israel, e para o estrangeiro, e para o que se hospedar no meio deles (15).

Este princípio é básico na idéia mais ampla de "santuário", conceito óbvio em muitas leis e regulamentos pelos quais as sociedades se governam. A idéia de cidades de refú-gio também serve de tremenda ilustração do "refúgio", pela graça divina, que existe no Reino de Deus.'

3. Homicídio Culposo e Homicídio Doloso (35:16-25)

Como orientação a todos, são dados exemplos para mostrar a diferença entre homi-cídio culposo e homicídio doloso (assassinato premeditado). O homicídio culposo estava sujeito à cláusula das cidades de refúgio, ao passo que o homicídio doloso estava sujeito a outras leis e era punível com a morte.

A morte causada por instrumentos especificados era, à primeira vista, prova de que o assassinato fora planejado. Eram instrumento de ferro (16), pedra na mão (17) ou instrumento de madeira (18; "instrumento de pau", ARA) na mão. Quando a premedi-tação era patente, o vingador poderia matar o homicida (19) imediatamente. A mesma regra se aplicava se a vítima fosse ferida por inimizade (21), ou seja, por qualquer instrumento usado com a intenção de prejudicar outrem e com o propósito de matar.

Entretanto, mesmo naqueles dias se admitia que podia haver homicídio não intenci-onal. Se empurrar (apunhalar) uma pessoa de improviso, sem inimizade, ou con-tra ela lançar algum instrumento sem desígnio (22), ou sobre ela fizer cair algu-ma pedra sem o ver e nem procurava o seu mal (23), o assassino estaria sujeito à lei de refúgio. A congregação (24) o julgaria e, se fosse inocente de assassinato premedita-do, o livraria da mão do vingador do sangue. Mas o assassino tinha de ficar na cidade de refúgio, para a qual fugiu, até à morte do sumo sacerdote (25).

Esta lei destacava a importância da intenção' como ingrediente básico pai-a deter-minar a natureza do crime. Este princípio é reconhecido na maioria dos países civiliza-dos como fator importante na determinação da culpa ou inocência do suspeito. É tam-bém fator principal no conceito bíblico de pecado. É a "transgressão voluntariosa" e não

  1. "deslize involuntário" que Deus julga como pecado.

4. Aplicações do Regulamento (35:26-34)

Se o homicida, mesmo depois de ser julgado, saísse dos limites da cidade (26,27), ele podia ser morto pelo vingador sem culpa por parte deste. O assassino estaria seguro se permanecesse dentro da cidade até à morte do sumo sacerdote. Depois, poderia voltar à sua casa, livre de toda a pena (28).

Estas leis foram dadas como "estatuto e ordenança" (RSV) para todas as gerações (29). O assassinato era punível de morte, mas era necessária mais de uma testemunha para estabelecer a culpa (30). Nenhum "resgate" (ARA) poderia ser pago por quem fosse homicida (31) doloso ou por quem saísse da cidade do seu refúgio antes da morte do sumo sacerdote (32). A pena de morte tinha de ser executada, porque a morte contaminava a terra no meio da qual (34) Deus habitava. Esta contaminação só podia ser limpa com o sangue daquele que o derramou (33).


Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Números Capítulo 35 do versículo 1 até o 34
*

35.1-8

Visto que aos levitas não foi dada qualquer herança de um território (18.20), foram-lhe em lugar disso, designados quarenta e oito cidades com seus pastos circundantes, incluindo seis "cidades de refúgio".

* 35.9-33

Seis cidades de refúgio deveriam ser estabelecidas para abrigar aqueles que, acidentalmente, tivessem tirado a vida de alguém. Ver nota em Dt 4:41-43.

* 35:12

vingador. Um membro da família da vítima costumeiramente era designado para vingar a morte da vítima, matando o homicida.

* 35:25

até à morte do sumo sacerdote. Ver também o v. 28. A morte do sumo sacerdote produzia uma alteração na condição jurídica de um homicida — o réu não mais estava sujeito à pena imposta pelo homicídio.

* 35:30

Ninguém podia ser executado com base na evidência de apenas uma testemunha.

* 35:31-32

Aceitar um pagamento em resgate era proibido em casos de assassinato e homicídio. Essa disposição enfatiza o valor que Deus dá à vida humana.

* 35:33-34

A poluição da terra por meio de derramamento de sangue só podia ser removida através do derramamento do sangue do assassino (Gn 9:5,6 e notas).


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Números Capítulo 35 do versículo 1 até o 34
35:2, 3 Os levita eram ministros. sustentavam-se dos dízimos do povo que, além disso, provia-lhes de casas, rebanhos e pastizales. Hoje em dia, temos a responsabilidade de prover para as necessidades de nossos ministros e missionários para que eles tenham liberdade de aproximar-se à tarefa que Deus lhes encomendou.

35:6 Das quarenta e oito cidades dadas aos levita pelo povo, seis delas eram cidades de refúgio. Estas provavelmente estavam sob a supervisão dos levita, já que seriam os juizes mais imparciais. Estas cidades eram necessárias devido a que o costume antigo de justiça clamava por vingança na ocasião da morte de um parente ou ser amado (2Sm 14:7). Levita-os sustentavam uma audiência preliminar para fora das portas enquanto o acusado era retido na cidade até o momento de seu julgamento. Se o assassinato tinha sido acidental, a pessoa permanecia na cidade até a morte do supremo sacerdote. Para esse então, lhe daria a liberdade, e poderia começar uma nova vida sem preocupar-se com os vingadores. Se não tivesse sido acidental, a pessoa era enviada aos vingadores da pessoa assassinada. Este sistema de justiça mostra como a lei de Deus e sua misericórdia vão tiradas da mão.

35.11-28 Se qualquer morria por um ato de violência, pelo general se assumia que a pessoa tinha sido assassinada, mas o suspeito do crime não era acusado automaticamente como culpado. As cidades de refúgio asseguravam ao acusado que se faria justiça. Mas se ele ou ela deixavam a cidade, então seriam considerados culpados e poderiam ser mortos pela parte vingadora. O povo não devia tolerar o pecado, entretanto, devia ser imparcial para o acusado para que ele ou ela pudesse ter um julgamento justo. As cidades de refúgio representavam a preocupação e provisão de Deus de justiça em uma cultura que não sempre protegia ao inocente. É tão injusto passar por cima más ações como concluir precipitadamente a respeito da culpabilidade de uma pessoa. Quando alguém é acusado de ter feito algo incorreto, tome partido pela justiça, proteja aos que não foram achados culpados e escute com cuidado toda as versões da história.

CIDADES DE REFÚGIO: Seis das cidades dos levita foram designadas como cidades de refúgio. Estavam distribuídas ao longo da terra e protegiam a aqueles que tinham cometido acidentalmente algum crime ou que estavam esperando um julgamento.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Números Capítulo 35 do versículo 1 até o 34
C. cidades de refúgio (35: 1-34)

1 E o Senhor disse a Moisés, nas planícies de Moab, junto ao Jordão na altura de Jericó, dizendo: 2 Ordena aos filhos de Israel, que eles dão aos levitas da herança de suas cidades de porte em que habitem; e subúrbios das cidades ao redor deles dareis aos levitas. 3 E as cidades se eles têm que habitar; e os arrabaldes delas serão para o seu gado, e porque os seus bens, e para todos os seus animais. 4 E os subúrbios das cidades, que dareis aos levitas, deve ser a partir do muro da cidade para fora, mil côvados aproximadamente. 5 E vós medir fora da cidade para o lado oriental dois mil côvados, e para o lado meridional dois mil côvados, e para o lado ocidental dois mil côvados, e para o lado setentrional dois mil côvados, a cidade estar no meio. Este será para eles os subúrbios das cidades. 6 E as cidades que dareis aos levitas, eles serão seis cidades de refúgio, as quais dareis para o homicida, para fugir para: e para além deles dareis quarenta . e duas cidades 7 Todas as cidades que dareis aos levitas serão quarenta e oito cidades; lhes dareis com os seus arrabaldes. 8 , no tocante às cidades que dareis da possessão dos filhos de Israel, desde a muitos tomareis a muitos; e dos poucos tomareis alguns: a cada um segundo a sua herança que ele inheriteth dará das suas cidades aos levitas.

9 E o Senhor disse a Moisés, dizendo: 10 Fala aos filhos de Israel, e dize-lhes: Quando passar o Jordão para a terra de Canaã, 11 então dareis você cidades de ser cidades de refúgio para vós, para que o homicida que tiver matado alguém involuntariamente se acolha nessas cidades. 12 E as cidades vos serão por refúgio do vingador, para que o homicida não morra, até que esteja perante a congregação para julgamento. 13 E as cidades que dareis será . para você seis cidades de refúgio 14 Ye dará três cidades além do Jordão, e três cidades dareis na terra de Canaã; eles serão cidades de refúgio. 15 Porque os filhos de Israel, e para o estrangeiro e para o estrangeiro entre eles, serão essas seis cidades para ser refúgio; que todo aquele que tiver matado alguém involuntariamente se acolha nessas cidades.

16 Mas, se o ferir com instrumento de ferro, de modo que ele morreu, ele é um assassino.: o homicida será levado à morte 17 E se o ferir com uma pedra na mão, que possa causar a morte, e morreu, ele é um assassino: o assassino certamente será posto à morte. 18 Ou se o ferir com instrumento de pau na mão, que possa causar a morte, e ele morrer, ele é um assassino: o assassino certamente será morto. 19 O vingador do sangue deve-se colocar o assassino.: quando ele meeteth ele, ele deve colocá-lo à morte 20 E se ele empurrar com ódio, ou arremessado para ele, de emboscada, de modo que ele morreu, 21 ou por inimizade o ferir com a mão, de modo que ele morreu; aquele que o feriu, certamente será morto; ele é um assassino: o vingador do sangue o matará à morte, quando ele meeteth ele.

22 Mas se o empurrar subitamente, sem inimizade, ou contra ele lançar qualquer coisa sem ser de emboscada, 23 ou com qualquer pedra, em que um homem pode morrer, não o vendo, e lançou sobre ele, para que ele morreu, e ele era não seu inimigo nem procurasse o seu mal; 24 então a congregação julgará entre o espancador e vingador do sangue, segundo estas leis, 25 ea congregação livrará o homicida da mão do vingador do sangue, e a congregação restaurá-lo à sua cidade de refúgio, onde se tinha acolhido: e ele morará nela até a morte do sumo sacerdote, que foi ungido com o óleo sagrado. 26 Mas, se o homicida a qualquer momento sair dos limites da sua cidade de refúgio, onde se acolhera, 27 eo vingador do sangue o achar fora dos limites da sua cidade de refúgio, e do vingador do sangue matará o homicida; ele não será culpado do sangue, 28 porque ele deveria ter permanecido na sua cidade de refúgio até a morte do sumo sacerdote, mas depois da morte do sumo sacerdote o homicida voltará para a terra da sua possessão.

29 E estas coisas vos serão por estatuto e . ordenança vos pelas vossas gerações em todas as vossas habitações 30 Todo aquele que matar qualquer pessoa, o assassino será morto conforme o depoimento de testemunhas; mas uma só testemunha não deporá contra qualquer pessoa que venha a morrer . 31 Além disso, o qual tomareis nenhum resgate para a vida de um assassino, que é culpado de morte; mas certamente ele deverá ser condenado à morte. 32 E vós não aceitareis resgate por aquele que se fugiu para a sua cidade de refúgio, para que ele possa tornar a habitar na terra, até a morte do sumo sacerdote. 33 Portanto, não vos poluir a terra em que estais; porque o sangue, profana a terra; e nenhuma expiação se poderá fazer pela terra por causa do sangue que nela for derramado, senão com o sangue daquele que o derramou. 34 E tu não contaminar a terra que habitamos, no meio dos quais eu habito; pois eu, Senhor, habito no meio dos filhos de Israel.

A tribo de Levi foi reservada para administrar os assuntos religiosos. Eles não eram para se envolver em atividades seculares ou perseguições, mas foram para dar todo o seu tempo para servir em uma capacidade sacerdotal. Um comentarista diz:

A tribo de Levi não recebeu nenhuma parte da terra de Canaã como herança (18: 20-24 , Nu 26:62 ). Em compensação, eles receberam os dízimos por seu apoio (Nu 18:21 ). É aqui ainda desde que 48 cidades e seus arrabaldes ser reservada, para fora da herança das outras tribos, para a manutenção de si mesmos e seus rebanhos. A realização desta injunção é registrada em Js 21:1 ). As pessoas, bem como os sacerdotes e levitas, beneficiados por este acordo, para o último sendo dispersos por todo o país foram capazes de instruir o povo na lei e adoração a Deus. Por dever dos sacerdotes e levitas para ensinar as pessoas, ver (Lv 10:11. ; Dt 17:8 ; Dt 33:10 ; 2Cr 19:8. ).

As medidas enumeradas no versículo 5 são os mais difíceis de entender. É provável que a área da cidade não foi considerado nesta fórmula. A cidade foi concebida como um ponto matemático, e todas as medições de ou para a cidade foi calculada a partir do centro absoluto ou a "pedra da milha zero." Os limites da cidade prorrogado Pv 2:1 côvados em cada uma das quatro direções, dando, assim, uma banda Dt 2:1 côvados de largura em cada lado da cidade.

Era costume nos dias de Moisés para os parentes de uma pessoa assassinada a perseguir e matar o assassino, uma prática conhecida em antropologia como "vingança de sangue." Homens inocentes frequentes morreu de uma maneira parecida com a ação mob hoje. As cidades de refúgio eram a ser um santuário para que o acusado poderia ir até que ele pudesse ter um julgamento justo (ver v. Nu 35:12 ). Se a morte foi acidental, a pessoa seria absolvido de culpa e libertado (vv. Nu 35:11 , Nu 35:22-25 ), mas se foi homicídio doloso, o culpado era para ser condenado à morte (vv. Nu 35:16-21 ). Três destas cidades foram localizados no lado leste do rio Jordão, e três do oeste (ver v. Nu 35:14 ).

Os levitas eram para ter supervisão e controle de seis cidades de refúgio, e além disso eles estavam a ter quarenta e duas outras cidades, para um total de quarenta e oito. O preço dessas cidades compra era para ser subsidiada pelo povo. A quantidade de cada contribuiu foi determinada pelo tamanho da sua herança (v. Nu 35:8 ).

A congregação era para ser o juiz e júri para determinar se a morte foi acidental ou por homicídio doloso. O homem que foi assim declarado inocente era viver na cidade de refúgio até a morte do sumo sacerdote. Foi declarado que, se o homicida partiu da cidade de refúgio antes da morte do sumo sacerdote, ele seria considerado culpado de sangue , e iria fazê-lo com o risco de sua própria vida. Após a morte do sumo sacerdote, ele poderia voltar à terra da sua herança (vv. Nu 35:24-28 ). A seriedade de tirar a vida se reflete na pena supremo que foi imposta ao assassino (vv. Nu 35:30-34 ). Um escritor observa:

Assassinato é um crime tão grave que não pode ser expiado pelo pagamento de uma multa de dinheiro; nem pode o homem que acidentalmente mataram outro, comprar a sua libertação da cidade de refúgio antes da morte do sumo sacerdote. St. Pedro recorda aos cristãos que não foram resgatadas com prata ou ouro, mas com o precioso sangue de Cristo (1Pe 1:18 , 1Pe 1:19 ).

Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de Números Capítulo 35 do versículo 1 até o 34
Esses capítulos tratam da determina-ção da herança das tribos, com os olhos voltados para o momento em que a nação tomaria posse de Canaã. Designam-se as partes das tribos, os levitas e suas cidades especiais e, mais importante, define-se as cida-des de refúgio. Estudaremos essas seis cidades de três pontos de vista. (Para conhecer fatos adicionais, leia Dt 19:0 esta-belece o princípio da punição ca-pital, que Moisés afirmou em Êxo-Dt 21:12-5. (Entretanto, observe no versículo 13 a sugestão de cida-des de refúgio.) Em outras palavras, a pessoa que matasse outra correría risco de vida, porque o "vingador do sangue" (o parente) poderia matá-la antes que o assassino tivesse chance de provar sua inocência.

Nu 35:16-4 deixa claro que Deus considera o assassinato (com intenção deliberada) e o ho-micídio culposo (por acidente) duas coisas distintas. Nas leis modernas, seguimos essa distinção. Quando o assassino tem intenção delibera-da de matar, ele tem uma história de ódio com a vítima. Contudo, a pessoa que mata outra por aciden-te não tem intenção assassina. Ela merece o direito de apresentar seu caso e de salvar sua vida. Esse era o objetivo das cidades de refúgio. O homicida tinha de fugir para a ci-dade de refúgio mais próxima, em que os anciãos poderíam encontrá- lo, ouvir seu caso e presidir o jul-gamento. Se eles decidissem que a pessoa era culpada, enviavam-na à autoridade adequada e, depois, matavam-na (Dt 19:11-5). O assassinato macu-lava a terra, e o assassino não con-denado trazia grande pecado para a terra. Essa lei visava à proteção do inocente e à condenação do culpa-do. Era uma lei justa. Infelizmente, com freqüência, nossas leis hoje são mal aplicadas, e torna-se fácil para o culpado que saia livre. Não é de espantar que nossa nação esteja manchada de sangue e haja pouco respeito pela lei e pela ordem.

  1. O sentido do tipo

Essas seis cidades de refúgio são um belo símbolo de Cristo, em quem *nos refugiamos [...] para tomar posse da esperança a nós proposta" (He 6:18, NVI).

  1. As cidades eram designadas por Deus

Era um ato de graça, pois todos os homens são pecadores e merecem morrer. Moisés não escolheu as ci-dades, pois a Lei não pode salvar qualquer um. Essas cidades não eram designadas por sacerdotes terrenos, embora fossem cidades sacerdotais. O coração amoroso de Deus designava as cidades e enviava o Messias. "Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito" Jo 3:16).

  1. As cidades eram anunciadas na Palavra

Js 20:7-6 cita o nome das seis ci-dades, e elas não podiam ser muda-das. O assassino, sob a autoridade da Palavra de Deus, podia entrar na cidade, e ninguém podia impedi-lo de fazer isso! Da mesma forma que acontece com nossa salvação: ela nos é prometida na Palavra, e isso não pode ser mudado. Havia cida-des maiores e mais proeminentes em Israel, mas nenhuma delas po-dia abrigar o pecador. Hoje, existem muitas "religiões", mas há apenas um caminho para a salvação confor-me anunciado pela Palavra de Deus — a fé em Jesus Cristo (At 4:12).

  1. As cidades eram acessíveis a todos

Se você consultar um mapa da terra santa, verá que as seis cida-des estão arranjadas de forma que nenhuma das tribos ficasse muito distante do lugar de segurança. Ao norte do lado ocidental do Jordão, ficava Quedes; na área central, Si- quém; e Hebrom, no sul. Do lado oriental do rio (em que Rúben, Gade e Manassés escolheram se estabelecer), estava Golã ao norte, Ramote na parte central e Bezer ao sul. Essas cidades eram acessíveis. Algumas delas estavam localizadas em montes, para que ficassem até mais proeminentes. A tradição diz que os sacerdotes cuidavam para que as estradas de acesso a essas seis cidades estivessem sempre em bom estado, como também eles punham sinalizadores para guiar os fugitivos. Os rabis também dizem que nunca se fechavam os portões dessas cidades. Que imagem de Cristo! Com certeza, o caminho para a cidade é iluminado! Nin-guém precisa perguntar-se quem é o Salvador ou como chegar a ele, pois vamos a ele por meio da fé. Ele nunca rejeitará nenhum peca-dor (Jo 6:37). Há um ponto de con-traste entre as cidades e Cristo: o assassino era admitido na cidade, mas também era investigado. Para nós, não há julgamento, pois já fomos condenados! Veja tambémJo 3:18. Os anciãos da cidade acolhiam a pessoa que não tivesse cometido assassinato, mas Cristo recebe pecadores culpados. Que graça!

  1. As cidades eram adequadas para satisfazer o necessitado

Enquanto o assassino permanecesse na cidade, estava seguro. Ele era libertado quando o sumo sacerdote morria. Isso não indica que podemos "deixar Cris-to" e perder nossa salvação, pois não construímos nossa doutrina a partir de tipos; antes, interpretamos os tipos com base nas doutrinas. O verdadeiro cristão não perece nunca, mas, quan-do deixa de "permanecer em Cristo", ele abre a porta para o perigo espiritu-al e físico. Nosso Sumo Sacerdote não morrerá nunca, e, porque ele vive, nós também vivemos.

Pondere sobre os nomes das cidades a fim de ver a suficiência de Jesus Cristo para satisfazer todas as nossas necessidades. Quedes significa "retidão", e essa é nossa primeira necessidade. Quando va-mos a Cristo, ele nos dá sua retidão e perdoa todos os nossos pecados (2Co 5:21; Cl 2:13). Siquém signi-fica "ombro" e indica que encon-tramos um local de repouso em Cristo, um amigo a quem podemos entregar nossos fardos. O novo con-vertido sempre pergunta: "Será que eu consigo aguentar?". A resposta é: "Ele o segurará!". Hebrom signi-fica "comunhão", indicando nossa comunhão com Deus em Cristo e também com outros crentes. Bezer significa "fortaleza", o que aponta para a proteção que encontramos em Cristo e a vitória que temos nele. O lugar mais seguro do mun-do é a vontade de Deus. Ramote significa "alturas" e lembra-nos que os crentes estão sentados "nos lugares celestiais em Cristo Jesus" (Ef 2:4-49). O pecado sempre leva a pessoa para baixo, mas Cristo levanta-nos, e, um dia, seremos le-vantados nas nuvens para encontrar o Senhor nos ares! Por último, Golã significa "círculo" ou "completo" e indica que estamos completos em Cristo (Cl 2:9-51). Algumas pessoas dizem que Golã significa "felici-dade", e, com certeza, o cristão é uma pessoa feliz, apesar das prova-ções e dos problemas da vida.

Observe que se diz ao assassi-no que fuja para a cidade. A pessoa não pode se dar ao luxo de demorar! E hoje, também, o pecador perdido não pode dar-se ao luxo de demo-rar a fugir para o único refúgio que existe, Jesus Cristo.

  1. O sentido dispensacional Alguns estudiosos vêem nessas ci-dades um retrato de Israel e sua re-jeição a Cristo. Israel matou Cristo por ignorância e cegueira (At 3:14-44). Ele é um "tipo" para os judeus que serão salvos no futuro, pois verão Cristo em glória, da mesma forma que Paulo o viu (Atos 9).

Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de Números Capítulo 35 do versículo 1 até o 34
35.1- 8 As cidades dos levitas, À tribo de Levi não é designada uma área especial, por causa da sua função religiosa, espiritual. Suas famílias foram distribuídas entre 48 cidades espalhadas por todo o território de Israel, para poderem cumprir mais eficientemente a sua missão. VejaJs 21:0; 1Pe 2:0) Deus protege os necessitados (vv. 11-12);
3) Deus revela Sua retidão onde há pecado (vv. 16-21);
4) Cristo é o nosso refúgio que Deus nos oferece: é acessível, é gratuito é perfeito, é perpétuo, vv. 26-27.

35.2 Arredores. Formavam uma comunidade extra para cada cidade, e não podiam ter construções nem plantações. Só nestes últimos tempos é que os planejadores urbanos estão reconhecendo a necessidade disto. Os primeiros mil côvados constituiriam um parque livre, vindo depois outro círculo maior, para as fazendas, que fariam de cada cidade um núcleo habitacional completo, 5.

35:9-34 As cidades de refúgio eram cidades de proteção, não aos criminosos, mas aos que precisavam de refúgio de ódios e vinganças. Assim preservava-se a paz, evitando-se as vinditas.
35.12 Vingador do sangue. Era o costume do parente próximo de um injustiçado reivindicar justiça por este; isto era uma garantia de que sempre haveria alguém interessado em trazer o malfeitor à punição. A lei do refúgio era a maneira de Deus preservar este costume contra um vingador (heb Goel) injusto e cruel.

35.15 Involuntariamente. A definição do homicídio acidental se vê nos vv. 22-25.

35.19 Ao encontrar o homicida. Inclusive nas cidades de refúgio, que são reservadas apenas para a caso da morte acidental, 11. Isto quer dizer que o assassino nunca está livre de quem possa vingar o seu crime. Assim é a consciência daquele que não pediu perdão pelos seus pecados 32:1-5.

35.20 Com ódio. Esta é a emoção assassina. Mesmo quando não há oportunidade de ferir-se ao objeto do ódio, o próprio ódio já envenena a sociedade com "desejos mortíferos". Deus conhece os intentos do coração, e por isso mesmo Jesus Cristo esclarece que quem odeia a seu irmão já quebrou; o mandamento "Não matarás", Mt 5:21-40.


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de Números Capítulo 35 do versículo 1 até o 34


4)    Cidades dos levitas e cidades de refúgio (35:1-34)
a) As cidades dos levitas (35:1-8)
v. 1. Nas campinas de Moabe-, conforme 22.1. Os levitas que não tinham herança específica deveriam receber 48 cidades, incluindo as seis cidades de refúgio para quem tiver matado alguém (v. 6). Conforme Js 21:0). As cidades lhes seriam dadas conforme o tamanho de cada tribo (v. 8). Evidentemente os levitas tinham permissão para possuir suas próprias terras nessas cidades (conforme Lv 25:32-34). O v. 4 fala de 450 metros como medida para pastagens, e o v. 5 fala de 900 metros. A explicação geral dos autores judeus é que os 450 metros eram para o gado, e os 450 excedentes para as vinhas.

b)    As cidades de refúgio (35:9-15)
Seis ádades de refúgio para quem tiver matado alguém deveriam ser providenciadas, três em cada lado do Jordão. Há orientações para mais três em Dt 19:8,Dt 19:9, se necessário, mas não há registro de que tenham sido construídas. O próprio Moisés separou as três a leste do Jordão (conforme Dt 4:41-5); as outras foram separadas mais tarde (conforme Js 20:7). Há menção também das cidades de refúgio em Ex 21:13Dt 19:1-5 e Js 20:1-6, em que são fornecidos os seus nomes. Eram naturalmente cidades levíticas porque eram dedicadas (cf. Js 20:7, em que a NEB traz “dedicadas”) e porque os sacerdotes e levitas agiam como juízes nesses casos (conforme 17.8,9).

O costume da vingança de sangue é muito antigo e tem sido constatado entre os árabes em épocas modernas. Só poderia ser eliminado se um forte sistema judicial fosse elaborado e instituído; conforme a incapacidade de Davi vingar o assassinato de Abner em 2Sm 3:28

34. Conforme 2Sm 14:7.

A palavra vingador (v. 12; cf Dt 19:6) é o hebraico


Moody

Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
Moody - Comentários de Números Capítulo 35 do versículo 1 até o 34

Nu 35:1). Proteção subseqüente para assegurar a justiça exigia que um homem não fosse condenado à morte só pelo testemunho de uma única pessoa (v. Nu 35:30).


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de Números Capítulo 35 do versículo 9 até o 34
e) As cidades de refúgio (Nu 35:9-4), e ainda quando se alude à criação de outras três cidades a oriente do Jordão (Js 20), já delineadas pelo próprio Moisés (Dt 4:41-5).

Dicionário

Desígnio

substantivo masculino Vontade ou intenção de desenvolver, de realizar alguma coisa: os desígnios do presidente.
Por Extensão Aquilo que se quer realizar, desenvolver; sonho, desenho, intenção: vivia seguindo os desígnios dos outros.
Figurado Expressão de um desejo, intenção ou vontade: nunca consegui realizar meus próprios desígnios.
Etimologia (origem da palavra desígnio). Do latim designium, do verbo designare, "indicar".

Plano; propósito

Desígnio Intenção; plano; propósito (Sl 20:4; 1Co 4:5).

Empurrar

verbo transitivo Impelir com violência, com vigor.
Empuxar.
Figurado Impingir.
Fam. Comer sem vontade.
Fazer algo sem disposição.

Improviso

adjetivo Repentino, inopinado: improvisa manifestação de ódio.
locução adverbial De improviso, de repente, de súbito, sem preparo prévio.
substantivo masculino Verso, discurso, composição musical que se improvisa.

De repente; súbito; subitamente; repentino; inesperado.

Improviso Que acontece de repente, sem aviso (Jz 9:44), RA; (Mc 13:36), RC).

Inimizade

substantivo feminino Em que não há amizade; ausência de amizade; sentimento de ódio ou malquerença direcionados a algo ou alguém.
Etimologia (origem da palavra inimizade). Do latim inimictas.atis.

A inimizade é uma brasa no coração humano.
Referencia: PERALVA, Martins• Estudando o Evangelho• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 26


Instrumento

substantivo masculino Aparelho que serve para executar uma obra ou fazer uma operação; ferramenta, utensílio, máquina: instrumento de mecânica.
Por Extensão Todo objeto que serve para auxiliar ou levar a efeito uma ação qualquer: instrumento de suplício.
Figurado O que é empregado para conseguir um resultado: servir de instrumento para a vingança de alguém.
[Música] Qualquer aparelho ou objeto do qual se consegue produzir sons: instrumentos musicais.
Figurado Quem intervem buscando um acordo; intermediário.
[Jurídico] Documento usado para registrar uma ação que tem efeitos jurídicos.
Etimologia (origem da palavra instrumento). Do latim instrumentum.i.

Instrumento Objeto ou meio para alcançar um fim (Gn 49:5; Rm 6:13).

Lançar

verbo transitivo Atirar com força, arremessar: lançar uma pedra.
Fazer cair: lançar alguém ao chão.
Dirigir: lançar os olhos pelos lados.
Afastar; separar; expulsar.
Figurado Fazer renascer; infundir, gerar: aquilo me lançou no coração um grande temor.
Espalhar, semear: lançar a semente à terra.
Derramar, verter, despejar, entornar: lançar água num jarro.
Fazer brotar: as árvores lançavam seus rebentos.
Proferir, exclamar: lançar pragas.
Atribuir, imputar: lançar a responsabilidade sobre alguém.
Enterrar, sepultar: lançaram-no numa cova rasa.
Fazer cair: aquilo me lançou numa grande tristeza.
Estender, pôr em volta: lancei-lhe um braço ao pescoço.
Escrever, traçar: lançou algumas linhas no papel.
Escriturar nos livros competentes: lançar uma quantia no livro-caixa.
Iniciar, dar princípio: lançar os alicerces de um prédio.
Promover, tornar conhecido: meu programa já lançou muitos artistas.
Lançar à conta de, atribuir, dar como causa.
Lançar a âncora, fundear.

Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
הָדַף פֶּתַע לֹא אֵיבָה שָׁלַךְ כְּלִי צְדִיָה
Números 35: 22 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

Porém, se o empurrarH1920 הָדַףH1920 H8804 subitamenteH6621 פֶּתַעH6621, semH3808 לֹאH3808 inimizadeH342 אֵיבָהH342, ou contra ele lançarH7993 שָׁלַךְH7993 H8689 algum instrumentoH3627 כְּלִיH3627, sem mau intentoH6660 צְדִיָהH6660,
Números 35: 22 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

H176
ʼôw
אֹו
ou
(or)
Conjunção
H1920
Hâdaph
הָדַף
impelir, empurrar, dirigir, expulsar, lançar fora, expelir, empurrar embora
(he thrust)
Verbo
H342
ʼêybâh
אֵיבָה
restauração, renovação, completa mudança para melhor
(renewing)
Substantivo - dativo feminino no singular
H3605
kôl
כֹּל
cada / todo
(every)
Substantivo
H3627
kᵉlîy
כְּלִי
artigo, vaso, implemento, utensílio
(jewels)
Substantivo
H3808
lôʼ
לֹא
não
(not)
Advérbio
H518
ʼim
אִם
se
(If)
Conjunção
H5921
ʻal
עַל
sobre, com base em, de acordo com, por causa de, em favor de, concernente a, ao lado de,
([was] on)
Prepostos
H6621
pethaʻ
פֶּתַע
()
H6660
tsᵉdîyâh
צְדִיָּה
()
H7993
shâlak
שָׁלַךְ
jogar, lançar, arremessar, atirar
(and she cast)
Verbo


אֹו


(H176)
ʼôw (o)

0176 או ’ow

presume-se que seja a forma construta ou genitiva de או ’av forma abreviada para 185;

DITAT - 36; conjunção

  1. ou, em lugar de
    1. estabelecendo que a última opção é a preferida
    2. ou se, introduzindo um exemplo para ser visto a partir da ótica de um princípio específico
    3. (em séries consecutivas) ou...ou, quer...quer
    4. se porventura
    5. exceto, ou então
  2. porventura, não o mínimo (expressão), se, de outra forma, também, e, então

הָדַף


(H1920)
Hâdaph (haw-daf')

01920 הדף Hadaph

uma raiz primitiva; DITAT - 476; v

  1. impelir, empurrar, dirigir, expulsar, lançar fora, expelir, empurrar embora
    1. (Qal)
      1. impelir, empurrar
      2. impelir, empurrar
      3. depor

אֵיבָה


(H342)
ʼêybâh (ay-baw')

0342 איבה ’eybah

procedente de 340; DITAT - 78a; n f

  1. inimizade, ódio

כֹּל


(H3605)
kôl (kole)

03605 כל kol ou (Jr 33:8) כול kowl

procedente de 3634; DITAT - 985a; n m

  1. todo, a totalidade
    1. todo, a totalidade de
    2. qualquer, cada, tudo, todo
    3. totalidade, tudo

כְּלִי


(H3627)
kᵉlîy (kel-ee')

03627 כלי k eliŷ

procedente de 3615; DITAT - 982g; n m

  1. artigo, vaso, implemento, utensílio
    1. artigo, objeto (em geral)
    2. utensílio, implemento, aparato, vaso
      1. implemento (de caça ou guerra)
      2. implemento (de música)
      3. implemento, ferramenta (de trabalho)
      4. equipamento, canga (de bois)
      5. utensílios, móveis
    3. vaso, receptáculo (geral)
    4. navios (barcos) de junco

לֹא


(H3808)
lôʼ (lo)

03808 לא lo’

ou לו low’ ou לה loh (Dt 3:11)

uma partícula primitiva; DITAT - 1064; adv

  1. não
    1. não (com verbo - proibição absoluta)
    2. não (com modificador - negação)
    3. nada (substantivo)
    4. sem (com particípio)
    5. antes (de tempo)

אִם


(H518)
ʼim (eem)

0518 אם ’im

uma partícula primitiva; DITAT - 111; part condicional

  1. se
    1. cláusula condicional
      1. referindo-se a situações possíveis
      2. referindo-se a situações impossíveis
    2. em juramentos
      1. não
    3. se...se, se...ou, se..ou...ou
    4. quando, em qualquer tempo
    5. desde
    6. partícula interrogativa
    7. mas antes

עַל


(H5921)
ʻal (al)

05921 על ̀al

via de regra, o mesmo que 5920 usado como uma preposição (no sing. ou pl. freqüentemente com prefixo, ou como conjunção com uma partícula que lhe segue); DITAT - 1624p; prep

  1. sobre, com base em, de acordo com, por causa de, em favor de, concernente a, ao lado de, em adição a, junto com, além de, acima, por cima, por, em direção a, para, contra
    1. sobre, com base em, pela razão de, por causa de, de acordo com, portanto, em favor de, por isso, a respeito de, para, com, a despeito de, em oposição a, concernente a, quanto a, considerando
    2. acima, além, por cima (referindo-se a excesso)
    3. acima, por cima (referindo-se a elevação ou preeminência)
    4. sobre, para, acima de, em, em adição a, junto com, com (referindo-se a adição)
    5. sobre (referindo-se a suspensão ou extensão)
    6. por, adjacente, próximo, perto, sobre, ao redor (referindo-se a contiguidade ou proximidade)
    7. abaixo sobre, sobre, por cima, de, acima de, pronto a, em relacão a, para, contra (com verbos de movimento)
    8. para (como um dativo) conj
  2. por causa de, porque, enquanto não, embora

פֶּתַע


(H6621)
pethaʻ (peh'-thah)

06621 פתע petha ̀

procedente de uma raiz não utilizada significando abrir (os olhos); DITAT - 1859; subst.

  1. subitaneidade, num instante

צְדִיָּה


(H6660)
tsᵉdîyâh (tsed-ee-yaw')

06660 צדיה ts ediyaĥ

procedente de 6658; DITAT - 1877a; n. f.

  1. espreita, emboscada

שָׁלַךְ


(H7993)
shâlak (shaw-lak)

07993 שלך shalak

uma raiz primitiva; DITAT - 2398; v

  1. jogar, lançar, arremessar, atirar
    1. (Hifil)
      1. jogar, lançar, jogar fora, lançar fora, soltar, lançar ao chão
      2. lançar (sortes) (fig.)
    2. (Hofal)
      1. ser jogado, ser lançado
      2. ser jogado fora
      3. ser lançado ao chão
      4. ser jogado (metáf)