Enciclopédia de Deuteronômio 20:12-12

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

dt 20: 12

Versão Versículo
ARA Porém, se ela não fizer paz contigo, mas te fizer guerra, então, a sitiarás.
ARC Porém, se ela não fizer paz contigo, mas antes te fizer guerra, então a sitiarás.
TB Se não fizer paz contigo, porém te fizer guerra, sitiá-la-ás.
HSB וְאִם־ לֹ֤א תַשְׁלִים֙ עִמָּ֔ךְ וְעָשְׂתָ֥ה עִמְּךָ֖ מִלְחָמָ֑ה וְצַרְתָּ֖ עָלֶֽיהָּ׃‪‬‪‬
BKJ E se ela não fizer a paz contigo, mas guerrear contra ti, então a sitiarás,
LTT Porém, se ela não fizer paz contigo, mas antes te fizer guerra, então a cercarás- por- exércitos.
BJ2 Todavia, se ela não aceitar a paz e declarar guerra contra ti, tu a sitiarás.
VULG Sin autem fœdus inire noluerit, et cœperit contra te bellum, oppugnabis eam.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Deuteronômio 20:12

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

GUERRAS: ESTRATEGIAS, ARMAS E FORTALEZAS

AS GUERRAS NO ANTIGO TESTAMENTO
Logo em seus primeiros capítulos, a Bíblia registra um ato de violência: "Sucedeu que se levantou Caim contra Abel, seu irmão, e o matou" (Gn 4:8). A violência dos habitantes da terra antes do dilúvio é citada como uma dos principais motivos pelos quais o Senhor resolve destruir sua criação.' Devido à sua localização geográfica entre o Egito e o Oriente Próximo, a Palestina foi palco de inúmeras guerras. Para os autores bíblicos, porém, a guerra era, com frequência, um sinal da ira de Deus, um castigo pela desobediência dos israelitas: "O Senhor te fará cair diante dos teus inimigos; por um caminho, sairás contra eles, e, por sete caminhos, fugirás diante deles (….] O teu cadáver servirá de pasto a todas as aves dos céus e aos animais da terra; e ninguém haverá que os espante" (Dt 28:250-26).
Certas limitações foram impostos os israelitas com respeito à sua conduta na guerra. Ao cercar uma cidade, por exemplo, um exército não devia derrubar as árvores frutíferas. Porém, as guerras também são vistas sob outra ótica no Antigo Testamento. O Senhor ordenou que os israelitas destruíssem os cananeus, citando como motivo a perversidade desses povos.' Quem não cumpriu à risca as instruções de Deus para travar essa "guerra santa" sofreu consequências terríveis.

O EXÉRCITO ISRAELITA
O serviço militar era obrigação religiosa dos adultos do sexo masculino com mais de vinte anos de idade, mas os recém-casados, os medrosos e os de coração tímido, entre outros, eram dispensados. Saul reuniu homens de grande coragem para formar sua guarda pessoal. Davi tinha os seus "trinta" valentes (na verdade, eram trinta e sete) e um exército com duas partes distintas: uma força permanente constituída de soldados de carreira e uma milicia popular composta de reservistas. O rei também usava os serviços de mercenários estrangeiros: os queretitas (talvez cretenses), os peletitas e os geteus (filisteus).

O DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO
As guerras da antiguidade promoveram o desenvolvimento de novas armas e, conseqüentemente, de novas medidas defensivas para neutralizá-las, como mostram os três exemplos a seguir.

1. O ARCO COMPOSTO E A ARMADURA DE ESCAMAS
Figuras de arcos aparecem em vários monumentos do Egito e da Mesopotâmia do final do quarto milênio a.C.Mas o arco composto ou reforçado, constituído de quatro materiais diferentes - madeira, chifres e tendões ou nervos de animais e cola - possuía alcance muito mais longo (cerca de 300 a 400 m) e maior poder de penetração. A primeira imagem de um arco composto pode ser vista na estela do rei acádio Naram- Sin (2291-2255 a.C.), encontrada em Susã, no sudoeste do Irã, mas esse tipo de arma só se tornou comum na metade do segundo milênio .C. Seu uso mais amplo levou à criação da armadura de escamas, cujo exemplo mais antigo é proveniente de Nuzi, na Mesopotâmia e datado de 1500 a.C. Outro exemplo de uma armadura de escamas pode ser visto em uma pintura na parede do túmulo de Kenamun em Tebas, no Egito, datado do reinado de Amenófis 2 (1427-1401 a.CJ. E as próprias escamas foram encontradas em Tebas no palácio de Amenófis 3 (1391-1353 a.C.).

2. OS CARROS DE GUERRA E AS PORTAS DAS CIDADES
Existem evidências de carros de duas e quatro rodas puxados por onagros (burros selvagens) na Mesopotâmia desde 2800 a.C.e veículos desse tipo aparecem no Estandarte de Ur (c. 2500 a.C.). Construídos com rodas sólidas, eram lentos e difíceis de manobrar. Carros puxados por cavalos são mencionados em textos de Mari na Síria, datados do século XVIII aC. Consistiam, basicamente, em plataformas móveis para armas que podiam ser direcionadas rapidamente para áreas críticas da batalha. Eram veículos complexos, produzidos apenas por nações ricas com técnicas avançadas e seu uso era limitado a terrenos planos e regulares. Os egípcios e os hititas, as principais potências da metade do segundo milênio a.C., não tardaram em incorporá-los aos seus exércitos. Sua aparência é exemplificada claramente pelo famoso carro da tumba de Tutankamon (1336-1327 a.C.). Até a metade do segundo milênio a.C,, os atacantes se deslocavam na transversal pelas encostas dos montes onde ficavam as torres e se aproximavam da porta da cidade seguindo um percurso paralelo aos muros. A posição de o desenvolvimento dos carros, as portas da cidade podiam ser atacadas de frente, o que tornou obsoletas as portas em forma de "L". As portas foram estendidas de modo a conter várias câmaras, nas quais outras portas podiam ser acrescentadas. As portas duplas centrais tinham de ser largas o suficiente para permitir a passagem de carros, mas eram reforçadas por dentro com ferrolhos enormes. Torres foram acrescentadas aos muros, para que os defensores pudessem atingir os atacantes e fazer frente às rampas de terra que eram encostadas nas muralhas.
Apesar dos cananeus terem adotado os carros de guerra e os introduzido no Egito, os israelitas demoraram a incorporá-los ao seu exército. Sem dúvida, isto se deveu, em parte, ao fato de ocuparem uma região montanhosa. Quando derrotou Hadadezer, rei do estado arameu de Zobá, Davi tomou mil carros dele. Ao que parece, o rei de Israel não percebeu seu potencial militar ou, talvez, não quis ter gastos com forragem e estábulo, pois mandou jarretar ou aleijar quase todos os cavalos, deixando apenas cem intactos." Coube a Salomão desenvolver o uso de carros de guerra em seu reino. Acabe, rei de Israel (873 853 a.C.), forneceu dois mil carros para a coalizão da Síria e Palestina contra a Assíria na batalha de Qargar junto ao rio Orontes, na Síria, em 853 a.C.

3. OS ARÍETES E OS MUROS DAS CIDADES
A representação mais antiga de um ariete provavelmente se encontra nas pinturas de Beni Hasan, no Egito, datadas de c. 1900 a.C., mas apenas no século IX a.C.os assírios começaram a usar os aríetes com eficácia significativa. A extremidade de ferro do aríete podia ser impelida com força contra o muro e, uma vez alojada entre as pedras, podia ser movimentada de um lado para o outro para deslocá-las. O aríete era protegido dos defensores por uma estrutura comprida em forma de caixa e feita de madeira. Posteriormente, o ariete passou a ser suspenso da parte superior dessa estrutura, permitindo que fosse balançado para frente e para trás. No início da monarquia em Israel, as cidades eram protegidas por muros de "casamata". Dois muros paralelos com cerca de um metro e meio de espessura, afastados por um vão de aproximadamente dois metros, eram unidos por muros transversais em intervals regulars. Quando os assírios começaram a usar os aríetes, algumas cidades se cercaram com muros sólidos de 3 a 4 m de espessura. O muro da cidade de Mispa (Tell en-Nasbeh) possuía 600 m de extensão e dez torres com uma altura provável de 12m. Foi construído sobre uma rampa íngreme, o que sem dúvida era uma proteção adicional contra um ataque com aríetes.

A GUERRA NO NOVO TESTAMENTO
Ao contrário do Antigo Testamento, a guerra no Novo Testamento não é vista em termos políticos. A luta do cristão não é contra carne e sangue. E uma luta espiritual contra as forças do mal, travada nas regiões celestes. Os cristãos devem se revestir de toda a armadura de Deus a fim de permanecerem inabaláveis quando vier o dia mau." O exército romano chegou a controlar um império que se estendia desde o muro de Adriano no norte da Inglaterra até o Eufrates, chegando a ter de 25 a 35 legiões, cada uma com um máximo de seis mil soldados de infantaria. Uma legião era dividida em dez coortes, cada uma com cerca de seiscentos homens. A coorte era dividida em seis centúrias, comandadas por um centurião. As legiões eram apoiadas por unidades de cavalaria integradas por quinhentos homens. Alguns soldados desempenhavam funções especiais: escreventes, porta- estandartes, mensageiros, médicos, carrascos e cavalariços. Na primeira metade do século I a.C., havia três mil soldados em Cesaréia, na costa palestina do Mediterrâneo, e uma coorte (seiscentos homens) em Jerusalém, no forte de Antônia e no palácio do governador. Reforços eram enviados de Cesaréia durante as festas ou quando ocorriam agitações populares.
Guerra e fortalezas no Antigo Testamento O mapa mostra lugares de origem de alguns dos principais mercenários: os queretitas, peletitas e geteus (filisteus de Gate).
Guerra e fortalezas no Antigo Testamento O mapa mostra lugares de origem de alguns dos principais mercenários: os queretitas, peletitas e geteus (filisteus de Gate).
O rei egípcio Tutankamon (1336-1327) em seu carro de guerra. Pintura de um baú encontrado na tumba de Tutankamon.
O rei egípcio Tutankamon (1336-1327) em seu carro de guerra. Pintura de um baú encontrado na tumba de Tutankamon.

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Deuteronômio Capítulo 20 do versículo 1 até o 20
(2) Justiça e guerra (20:1-20). A justiça de Deus tinha de caracterizar os assuntos inter-nos de Israel e orientar suas relações com outras nações, mesmo quando estas eram inimi-gas. A adoração e a guerra tinham de ser santas. A apresentação da guerra como institui-ção sagrada soa esquisito aos ouvidos cristãos, contudo, permeia toda a história de Israel.' Seu Deus era um Deus de guerra (Êx 15:3), e quando os israelitas saíssem à peleja (1), Ele não só os conduziria (1 Cr 13.12), mas Moisés prometeu: Ele lutará convosco... contra os vossos inimigos (4). Por conseguinte, os israelitas não deviam pôr a confiança em armas ou na capacidade humana, mas em Deus (Os 1:7). Quando saíssem, sairiam com a bênção de Deus (1 Sm 30.7), e tudo que ganhassem na peleja lhe pertenceria (Js 6:17-19). Este é tema proeminente em Deuteronômio (Dt 6:18-19; 7.1,2,16-26; 9:1-6; 11:22-25; 12.29; 19.1; 31.3- 8)." Este capítulo expõe a idéia e estabelece as regras para sua execução.

(a) A presença de Deus na batalha e suas implicações (1-9). Particularmente nos primitivos anos em Canaã, os israelitas careciam de organização militar e armas carac-terísticas de nações mais desenvolvidas. Um exército voluntário liderado por um líder carismático empregando táticas de surpresa (ver 1 Sm 11:1-11) estava mais ao gosto israelita que enfrentar cavalos, e carros (1) nas batalhas intensas. Porém, mesmo nes-tas circunstâncias, os israelitas não precisavam temer, pois o Senhor que os tirara da terra do Egito estava com eles. O sacerdote lembraria as tropas deste fato do passado enquanto se enfileirassem para a peleja (2-4).

Como prova do amparo de Deus, e também por questões de justiça, certas classes de pessoas estariam isentas do serviço militar. A princípio, esta isenção dizia respeito a indivíduos que empreenderam certas responsabilidades e ainda não tinham desfrutado os privilégios advindos dos seus esforços: o homem que edificara casa nova (5), planta-ra uma vinha (6) ou desposara uma mulher (7) Também todo o homem medroso e de coração tímido (8) seria enviado para casa (cf. Jz 7:3). Depois que os oficiais (9; shoterim) tivessem reunido o exército dentre as tribos, eles designariam os maiorais ("capitães", ARA; sarim) para comandar as tropas. Todos estes dados pressupõem claramente uma data antiga."

(b) Regras para a conduta de guerra (10-20). Os israelitas devem impor tratamento diferente entre as cidades que estiverem mui longe (15) e as cidades destas nações (16). As primeiras receberiam a opção de paz, sob a condição de se tornarem tributárias (11; sujeitas "a trabalhos forçados", ARA) a Israel. Se rejeitassem a paz, seriam destruídas, embora a maldição (passarás ao fio da espada... todo varão,
13) fosse imposta e executada somente contra os homens (14). Mas os israelitas não deviam dar tais conside-rações às cidades destas nações (16, os cananeus). Estas tinham de ser totalmente destruídas, pois constituíam ameaça à conservação da fé de Israel (16-18; cf. 7:1-6).

A lei final relacionada à guerra proibia a destruição do arvoredo (19; "árvores fru-tíferas", NTLH), política comum entre os invasores. A razão desta proibição estava em que tudo que sustenta a vida humana devia ser preservado. Este é o significado mais provável da observação parentética: pois o arvoredo do campo é o mantimento do homem (cf. 24.6).

Para a mentalidade hodierna, este capítulo soa curiosa mistura de humanitarismo culto e selvageria primitiva. A mente cristã examinará particularmente a noção de san-tidade da guerra. O ensino deuteronômico aqui e em outros lugares deve ser visto no contexto amplo do caráter progressivo da revelação divina.

Aqui, o significado da guerra não passa de instrumento de política divina. Conside-rando a condição vigente naquela sociedade, Israel não poderia ter sobrevivido sem esse recurso. Mas isso não indica aprovação permanente. Mesmo no Antigo Testamento, Deus negou a Davi o privilégio de construir o Templo, porque as mãos do rei estavam mancha-das de sangue (I Reis 5:3). Ademais, o Reino Messiânico é visto como envolvendo a aboli-ção de guerra (Is 2:4; Mq 4:3). O fato de hoje esta sociedade ainda recorrer à guerra não prova nada, exceto que os homens são terrivelmente resistentes à graça de Deus. O reconhecimento de neutralidade e a repulsa contemporânea contra a guerra, em con-traste com a glorificação da guerra nos dias primitivos, indicam que alguns passos foram dados em direção ao ideal bíblico.

Quanto ao problema moral inerente à ordem de exterminar os cananeus, ver comen-tários em 7:1-6. Hertz escreve: "Os cananeus foram postos sob maldição, não porque criam em falsos deuses, mas porque suas ações eram vis; por causa dos sacrifícios huma-nos e imoralidade repugnante dos seus cultos hediondos. A extirpação judicial dos cananeus é outro exemplo do fato de que os interesses do progresso moral humano exi-gem, ocasionalmente, o emprego de métodos austeros e inexoráveis"."
É legítimo interpretar este capítulo tipologicamente acerca do avanço da justiça de Deus. Ele está ativo no mundo por meio do seu povo nos interesses do seu Reino (1-4) ; quem se submete a Ele recebe a proposta de paz (10,11) ; sobre quem resiste vem o julga-mento (12-18), um julgamento que é total e final sobre quem obstinadamente persiste no pecado (17,18).


Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Deuteronômio Capítulo 20 do versículo 1 até o 20
*

20:1

não os temerás. O caráter destemido do exército de Israel, particularmente a importância de depender totalmente de Deus, é o assunto dos vs. 1-9. As isenções citadas ilustram o princípio que diz que qualquer homem cujo coração não estivesse firme na luta não deveria estar presente (vs. 5-8). O poder de Deus, e não a superioridade numérica, é que garantiria a vitória de Israel (v. 4; conforme 32.30, nota; Jz 7:1-8). Um dos resultados de tal atitude seria uma elevada moral, que por si só contribuiria para a vitória.

* 20:10

oferecer-lhe-ás a paz. As antigas cidades muradas poderiam resistir a um ataque por determinado tempo, e os invasores poderiam desejar evitar o dispendioso trabalho de um cerco prolongado. Uma oferta de paz em troca de tributo como vassalo (v. 11), junto com a ameaça de morte para os soldados defensores, poderia ser atraente para ambas as partes. Essas estipulações de guerra (comparativamente humanitárias para aquele período) eram aplicadas a inimigos fora da Terra Prometida (v. 15).

* 20:17

destruí-las-ás totalmente. A palavra hebraica para essa prática é herem, que significa "destinar à condenação" (ou seja, devotar tudo ao Senhor), conforme ocorreu a Jericó durante a conquista (Js 6:17-19). Ver as notas em Lv 27:28; Dt 7:26.

* 20:19

não destruirás o seu arvoredo. A referência, como é claro, aponta para árvores frutíferas (v. 20). Uma das bênçãos segundo a aliança de Deus com Israel era que os filhos de Israel gozassem do fruto da terra que Deus lhes havia dado (7.12,13).



Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Deuteronômio Capítulo 20 do versículo 1 até o 20
20:1 Assim como os israelitas, às vezes enfrentamos a oposições entristecedoras. Já seja na escola, no trabalho, ou até em casa, podemos nos sentir atrasados ou necessitados. Deus reforçou a confiança dos israelitas lhes recordando que O sempre estava com eles e que já os tinha salvado de um perigo potencial. Também nós podemos nos sentir seguros quando consideramos que Deus pode vencer inclusive os obstáculos mais difíceis .

20.13-18 Aqui "ferirá" significa matar. Como pode um Deus justo e misericordioso ordenar a destruição de uma população inteira? Fez isto para proteger a seu povo da idolatria, que certamente traria a ruína ao Israel (20.18). É mais, devido ao Israel não destruiu completamente esse povo iníquo como o ordenou Deus, Israel foi constantemente oprimido por eles e experimentou maior derramamento de sangue e destruição que se tivesse seguido as instruções de Deus em primeiro lugar.

20:20 Os arqueólogos têm descoberto os restos de muitas cidades bem fortificadas no Canaán. Alguns tinham muros muito altos (mais de 9 m de altura), aterros, fossos e torres. Acostumados a brigar a campo aberto, os israelitas teriam que aprender novas estratégias de batalha para conquistar estas fortalezas impressionantes.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Deuteronômio Capítulo 20 do versículo 1 até o 20
L. GUERRA E ISENÇÕES DE SERVIÇO (20: 1-20)

1 Quando saíres à peleja contra os teus inimigos, e vires cavalos, e carros, e um povo mais do que tu, tu não os temais; porque o Senhor, teu Deus, é contigo, que te tirou da terra do Egito. 2 E será que, quando vos aproximará para a peleja, o sacerdote se aproximar e falar ao povo, 3 e lhes disser: : Ouve, ó Israel, vós nos aproximarmos deste dia para a guerra contra os seus inimigos: não deixe seu coração fraco; não temas, nem tremer, nem vos espantes diante deles; 4 . porque o Senhor vosso Deus é o que vai convosco, a pelejar por vós contra os vossos inimigos, para vos salvar 5 Então os oficiais falarão ao povo, dizendo: O que é o homem que edificou uma casa nova, e não consagrou? deixá-lo ir e voltar para sua casa, para que não morra na batalha, e outro a dedique. 6 E qual é o homem que plantou uma vinha, e vos não usou o seu fruto? deixá-lo ir e voltar à sua casa, para que não morra na batalha, e outro homem usar o seu fruto. 7 E qual é o homem que tem os noivos uma esposa, e não vos tomou ela? deixá-lo ir e voltar à sua casa, para que não morra na batalha, e outro a receba. 8 E os oficiais a falar mais ao povo, e ela dirá: Qual é o homem que é medroso e de coração tímido? deixá-lo ir e voltar para sua casa, para derreter o coração de seus irmãos como o seu coração. 9 E será que, quando os oficiais acabarem de falar ao povo, que nomeia chefes de anfitriões na cabeça das pessoas .

10 Quando tu drawest quase até a cidade para combatê-la, apregoar-lhe-ás a paz. 11 E será que, se ela te responder em paz, e te abrir as portas, então ele deve ser, que todas as pessoas que se encontram aí passa a ser tributário para ti, e deve servir-te.12 E se ele não fizer paz contigo, mas vai fazer guerra contra ti, então sitiares-lo: 13 e quando o Senhor teu Deus os entregar nas tuas mãos, tu ferirá todos os homens do mesmo com o fio da espada: 14 mas as mulheres, e os pequeninos, e os bovinos, e tudo o que houver na cidade, todo o seu despojo, tomarás por presa a ti mesmo; e comerás o despojo dos teus inimigos, que o Senhor teu Deus te Dt 15:1 Assim farás a todas as cidades que estiverem mais longe de ti, que não são das cidades destas nações. 16 Mas das cidades desses povos, que o Senhor teu Deus te dá por herança, tu deverás salvar vivo nada que respira; 17 mas tu destruir totalmente; o hitita, e os amorreus, os cananeus, os perizeus, os heveus, e os jebuseus ; como o Senhor, teu Deus, te ordenou;18 que não vos ensinem a fazer conforme todas as abominações, que fizeram a seus deuses; isso seria pequeis contra o Senhor vosso Deus.

19 Quando sitiares uma cidade muito tempo, pelejando contra ela para a tomar, não te destruir as árvores do mesmo por empunhar um machado contra eles; para comerás deles, e tu não cortá-las; para é a árvore do homem campo, que deve ser sitiada de ti? 20 Somente as árvores das quais tu sabes que eles não são árvores de alimento, tu te destruir e cortá-las; e tu deverás construir baluartes contra a cidade que faz guerra contigo, até que ele caia.

O Senhor condicionou as pessoas para as batalhas que estavam à frente na terra de Canaã. O poder físico nas mãos do inimigo-cavalos e carros-era para ser uma consideração secundária. Em frente dos cananeus poderosos era Deus Todo-Poderoso, que iria entregar-los e levá-los à vitória. Eles foram lembrados de que o Deus que os conduziu para fora do Egito e sustentada no deserto ainda era seu Deus.

As pessoas deveriam ter a sua atenção focada em Deus, sua força espiritual. O que é mais adequado do que um culto de adoração em face do perigo! Jeová era sua força e iria lutar a batalha para as pessoas quando eles estavam em sintonia com Ele (vv. Dt 20:2-4 ).

Era costume entre os israelitas para se dedicar a sua casa para o Senhor com a oração, louvor e ação de graças. Acreditava-se que este garantiu presença e bênção de Deus. É a prática de algumas igrejas cristãs para este dia para consagrar ao Senhor o prédio da igreja, um órgão ou uma casa.

Apenas aqueles com corações corajosos e uma completa dedicação à causa poderia efetivamente servir no exército. Se um homem havia dividido lealdade era melhor que ele voltar para sua casa do que entrar em batalha, porque sua presença seria um obstáculo para os outros homens. Talvez seja isso que Jesus tinha em mente quando fez referência ao lavrador (ver comentários sobre Lc 9:62 na Commentary Wesleyan Bíblia , Vol IV.). Se um homem dono de uma casa que não tinha sido dedicado ele faria bem para liquidar seu negócio privado em primeiro lugar. Mais tarde, ele poderia ir para a batalha com a sensação de que todos os assuntos de negócios tinha sido resolvido (v. Dt 20:5 ). Se um homem não tinha colhido a sua vinha ele deveria ir para casa e assistir a esta matéria (v. Dt 20:6 ). Se um homem estava noivo de uma garota que ele seria melhor servir a causa através do preenchimento do casamento (v. Dt 20:7 ).

Os exércitos de Israel não estavam para atacar uma cidade cananéia até que os habitantes tinham recebido aviso justo a entregar sem resistência. Mesmo em lidar com seus inimigos 1srael foi obrigado a respeitar a justiça e honra. Em caso de renúncia do povo inimigo eram para se tornar escravos dos israelitas (v. Dt 20:11 ). Se a cidade se recusou a entregar, Israel foi ordenado a fazer um ataque total, matando todos os homens (v. Dt 20:13 ), enquanto as mulheres e crianças estavam a ser levado cativo. O despojo da cidade viria a se tornar a propriedade dos israelitas (v. Dt 20:14 ). Este tratamento dura deve ser avaliada à luz da degeneração moral absoluta dos cananeus (por comentário adicional sobre este assunto veja N1. Dt 31:2 ).

As árvores do campo forneceu comida de suporte de vida para a humanidade. Azeitonas, figos, tâmaras, nozes e outros frutos foram grampos na dieta oriental. Levou muitos anos de crescimento antes de algumas árvores produzidas. Por esta razão, foi um crime grave para mutilar ou destruir uma árvore. Era permitido, no entanto, para cortar as árvores que não eram frutífera. Estes poderiam ser utilizados para ferramentas, edifícios e instrumentos de guerra, bem como para fortificações (v. Dt 20:20 ).


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de Deuteronômio Capítulo 20 do versículo 1 até o 20
Cap. 20 A questão da guerra é abordada aqui, no encorajamento aos que vão à batalha (1-4), na isenção de serviço (5-9), e nos assédios contra cidades (10-20).
20.1 Da terra do Egito. A libertação do Egito, sempre na lembrança de Moisés, serve agora para encorajar os filhos de Israel. Mas, a solicitude do profeta vai mais longe. Entre outros, dá-lhes os seguintes conselhos, para que tudo lhe seja favorável, não só na paz como na guerra: não esquecer, pois, a devoção sincera (4.20), a humildade (8.14), o arrependimento (9.7), a bondade para com os estranhos (10.19), a obediência (11.3), a constância (13.5), a libertação dos servos (15.15), a caridade para com os pobres (24.18, 22), e, por fim, a gratidão a Deus (26.5, 8).

20.4 Pelejar por vós. Isso não significa tanto que Deus estava do lado deles, mas sim eles é que estavam do lado de Deus, cumprindo Sua vontade.

20:5-8 A vitória, nas guerras do Senhor, não era ganha pelo poder dos números. As isenções do serviço militar eram compassivas, conforme Jz 7:0). Nenhum despojo deveria ser tomado e a cidade inteira devia ser destruída como santo sacrifício ao Senhor (conforme 13 12:18; Js 7). A expressão hebraica é "causar a ser maldição" definida em Lv 27:28n.

20.19,20 Essa estipulação limita a destruição desregrada dos recursos naturais. • N. Hom. Nossa guerra:
1) Combatemos contra um inimigo poderoso (1);
2) Precisamos de coragem para a batalha (8);
3) Temos um grande Deus que luta em nosso favor (4). • N. Hom. A humanidade tem duas alternativas:
1) Submissão; mediante a qual experimenta a paz de Deus (10, 11);
2) Oposição; mediante a qual experimenta o julgamento de Deus (12, 13).


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de Deuteronômio Capítulo 20 do versículo 1 até o 20

12) A guerra santa (20:1-20)

Até a época inicial da monarquia, as operações militares sancionadas por Javé eram consideradas uma obrigação religiosa. (O conceito foi renovado em Cunrã; v. o documento intitulado A guerra dos filhos da luz e dos filhos das trevas.) Com base nas evidências de Deuteronômio, Juízes ele II Samuel, podemos formar um retrato do procedimento, (a) Javé era consultado (1Sm 28:5,1Sm 28:19,1Sm 28:22,1Sm 28:23). (b) Os homens de Israel eram reunidos e “consagrados” (1Sm 21:5; 2Sm 11:11; Dt 23:9-5). (c) A vitória era conquistada, não por força militar, mas por meio da ação de Javé ao desmoralizar o inimigo (Jz 7:05ss; 14.6,17; Js 10:10; Jz 4:15; 1Sm 5:11; 1Sm 7:10). (d) Os despojos eram sujeitos ao kêrem (v.comentário Dt 2:34,Dt 2:35) e pertenciam a Javé.

v. 1. Os despreparados soldados hebreus de infantaria não eram páreo para os armamentos do Egito (Êx 14:26-28) e de Canaã (Js 11:4; Js 17:16; Jz 1:19; Jz 4:3). Mais tarde, adquiriram carros (lRs 4.26), mas confiar nesses carros tornou-se proverbialmente igual a perder a confiança em Javé, que, como todos os outros suseranos, estava comprometido a apoiar e proteger os seus vassalos (Is 30:16Is 31:0.1ss; Dn 14:3). v. 2. Sacerdotes, profetas e intérpretes de presságios acompanhavam com regularidade os exércitos no mundo antigo. Pensava-se que o seu papel era muito mais do que somente dar apoio psicológico; eles tinham grande influência sobre o resultado final. Aqui o sacerdote representa a presença de Javé (conforme 1Sm 18:18; 2Sm 11:11). v. 5-7. Três aspectos devem ser destacados acerca dessas dispensas: (a) Provavelmente estão fundamentadas em tabus antigos que consideravam indivíduos prestes a inaugurar alguma coisa ameaçados por poderes demoníacos. (b) Aqui, elas têm significado humanitário, como muitas coisas nesse livro, (c) O nosso Senhor usou exemplos semelhantes (Lc 14:16-42) para mostrar que nenhuma desculpa isenta os seres humanos de servi-lo. Os oficiais devem ter sido líderes tribais na pré-monarquia (1.15). v. 8. Conforme Jz 7:3. É fácil demais desmoralizar e desanimar o povo de Deus. v. 10-14. Esses termos relativamente brandos (especialmente se comparados com a prática contemporânea) devem ser oferecidos somente a inimigos fora da terra prometida (v. 15). v. 16-18. Acerca do hêrem, v. comentário Dt 2:34,Dt 2:35. v. 19,20. Não há razão para que Moisés não estivesse familiarizado com a guerra de cerco, visto que era praticada no Egito e em Canaã. Mas a proibição nesses versículos — certamente singular e estranha para os manuais de qualquer exército — representa uma sabedoria ecológica que somente agora estamos entendendo. Mas o argumento usado (v.
- 19c) não visa à prudência, mas reconhece a dignidade do restante da criação em comparação com o homem.


Moody

Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
Moody - Comentários de Deuteronômio Capítulo 5 do versículo 1 até o 19

III. Estipulações: A Vida sob a Aliança. 5:1 - 26:19.

Quando os tratados de suserania eram renovados, as estipulações, que constituíam as partes longas e cruciais das alianças, eram repetidas mas com modificações, especialmente as que eram necessárias para atender às mudanças situacionais. Por isso Moisés recitou e reformulou as exigências promulgadas na Aliança do Sinai. Além disso, tal como costumavam começar as estipulações dos tratados com as exigências fundamentais e gerais de absoluta fidelidade dos vassalos para com o suserano, prosseguindo então nas várias exigências específicas, Moisés agora confrontou Israel com a exigência primária de consagração ao Senhor (vs. 5-11) e então com as estipulações subsidiárias da vida sob a aliança (vs. 12-26).


Moody - Comentários de Deuteronômio Capítulo 12 do versículo 1 até o 19

B. Mandamentos Subsidiários. 12:1 - 26:19.

Tendo delineado o espírito íntimo da vida teocrática (caps. 5-11), Moisés continuou apresentando os detalhes das ordenanças e instituições da forma externa da teocracia (caps. 12-26). Os capítulos 12:1 - 16:17 preocupam-se primeiramente com as exigências de consagração cultocerimonial. A autoridade governamental e judicial é o assunto em 16:18 - 21:23. A esfera do relacionamento mútuo dos cidadãos teocráticos está encampada na legislação de 22:1 - 25:19. As estipulações concluem com confissões rituais do domínio do Senhor e uma declaração final da ratificação da aliança (cap. Dt 26:1).


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de Deuteronômio Capítulo 20 do versículo 1 até o 20
Dt 20:1

20. AS LEIS DA GUERRA (Dt 20:1-5). Em toda a parte e em todos os momentos da história de Israel se fez sentir a presença de Deus. As instruções que se seguem são úteis a todos os títulos, nomeadamente enquanto lembram aos israelitas que na luta contra os inimigos está em jogo a causa do Senhor (cfr. 1Sm 17:47). Não terás temor (1). Sempre foi necessária ao povo do Senhor esta palavra de incitamento (Dt 1:29). A libertação do Egito, sempre na lembrança de Moisés (4.32 nota), serve agora para encorajar os filhos de Israel. Mas vai mais longe a solicitude do Mestre. Entre outros, dá-lhes os seguintes conselhos, para que tudo lhe seja favorável, não só na paz como na guerra. Não esqueçam, pois: a devoção sincera (Dt 4:20), a guarda do sábado (Dt 5:15), o temor reverente (Dt 6:12), a humildade (Dt 8:14), o arrependimento (Dt 9:7), a bondade para com os estranhos (Dt 10:19), a obediência (Dt 11:3), a constância (Dt 13:5), a libertação dos servos (Dt 15:15), a caridade para com os pobres (Dt 24:18, Dt 24:22) e por fim a gratidão para com Deus (Dt 26:5, Dt 26:8). O sacerdote (2). Os sacerdotes teriam parte de relevo na conquista de Jericó.

>Dt 20:5

Gideão foi o instrumento do Senhor, quando dirigiu ao povo as palavras relatadas nos vers. 5-8 (Jz 7:0. Árvores de comer (20). Explica-se, dada a importância das árvores frutíferas, que fossem poupadas ao extermínio ordenado pelo Senhor. Razões muito fortes devem, no entanto, ter levado Eliseu a dar ordens contrárias a este mandamento do Senhor (2Rs 3:19; Mc 11:13).


Dicionário

Antes

antes adv. 1. Em tempo anterior. 2. Em lugar anterior. 3. De preferência. 4. Em realidade, realmente. adj. Contado de então para trás (di-Zse de tempo): Dois anos antes.

Então

advérbio Agora ou naquela circunstância: acabei então de perceber que havia sido enganada!
Em determinada situação; nessa circunstância: o chefe está bem-humorado, então não há discussão.
Numa situação futura; num momento afastado do presente: você precisa se casar, então irá entender do que estou falando.
interjeição Que demonstra espanto; em que há admiração: então, você se casou?
Que se utiliza para animar (alguém): então, força!
substantivo masculino Período de tempo que passou: numa lembrança de então, recordou-se da juventude.
Etimologia (origem da palavra então). Do latim in + tunc/ naquele momento.

Guerra

substantivo feminino Luta armada entre nações ou entre partidos; conflito armado entre povos ou etnias diferentes, buscando impor algo pela força ou para proteger seus próprios interesses.
Combate armado; conflito: a manifestação terminou em guerra.
Qualquer luta sem armas: guerra ideológica, religiosa.
Conflito hostil: guerra entre escolas.
Luta declarada contra algo prejudicial: guerra à dengue.
expressão Guerra aberta. Hostilidade declarada, constante.
Guerra civil. Luta armada entre partidos da mesma nacionalidade.
Guerra fria. Hostilidade latente, que não eclodiu em conflito armado, nas relações internacionais, especialmente entre as grandes potências.
Guerra de nervos. Período de forte tensão entre indivíduos, nações ou partidos adversários.
Guerra química. Forma de guerra em que seriam empregados agentes químicos, biológicos ou radiológicos.
Guerra total. Guerra que abrange todas as atividades de um povo e visa a aniquilar o adversário.
Fazer guerra (a alguém). Opor-se constantemente a seus desígnios.
Homem de guerra. Perito na arte militar.
Nome de guerra. Pseudônimo pelo qual alguém é conhecido em determinados setores de sua atividade.
Guerra santa. Aquela levada a efeito em nome de razões religiosas.
Etimologia (origem da palavra guerra). Do germânico werra, “revolta, querela”.

substantivo feminino Luta armada entre nações ou entre partidos; conflito armado entre povos ou etnias diferentes, buscando impor algo pela força ou para proteger seus próprios interesses.
Combate armado; conflito: a manifestação terminou em guerra.
Qualquer luta sem armas: guerra ideológica, religiosa.
Conflito hostil: guerra entre escolas.
Luta declarada contra algo prejudicial: guerra à dengue.
expressão Guerra aberta. Hostilidade declarada, constante.
Guerra civil. Luta armada entre partidos da mesma nacionalidade.
Guerra fria. Hostilidade latente, que não eclodiu em conflito armado, nas relações internacionais, especialmente entre as grandes potências.
Guerra de nervos. Período de forte tensão entre indivíduos, nações ou partidos adversários.
Guerra química. Forma de guerra em que seriam empregados agentes químicos, biológicos ou radiológicos.
Guerra total. Guerra que abrange todas as atividades de um povo e visa a aniquilar o adversário.
Fazer guerra (a alguém). Opor-se constantemente a seus desígnios.
Homem de guerra. Perito na arte militar.
Nome de guerra. Pseudônimo pelo qual alguém é conhecido em determinados setores de sua atividade.
Guerra santa. Aquela levada a efeito em nome de razões religiosas.
Etimologia (origem da palavra guerra). Do germânico werra, “revolta, querela”.

A palavra "guerra", ensina a etimologia, procede do germânico werra (de onde virá igualmente o war inglês), cujo significado inicial não era o de conflito sangrento, mas algo mais na linha da discordância, que podia nascer de uma simples discussão verbal e chegar, no máximo, a um duelo.

As circunstâncias em que vivia o povo hebreu, levavam-no a freqüentes guerras, e pelas narrativas do A.T. se podem conhecer as condições sob as quais se pelejava nesses tempos. Antes de entrarem na luta, as nações pagãs consultavam os seus oráculos, adivinhos, necromantes, e também a sorte (1 Sm 28.3 a 10 – Ez 21:21). os hebreus, a quem eram proibidos atos deste gênero, costumavam, na primitiva parte da sua história, interrogar a Deus por meio de Urim e Tumim (Jz 1:1 – 20.27, 28 – 1 Sm 23.2 – 28.6 – 30.8). Também costumavam levar a arca para o campo (1 Sm 4.4 a 18 – 14.18). Depois do tempo de Davi, os reis que governavam na Palestina consultavam segundo a sua crença religiosa, ou segundo os seus sentimentos, os verdadeiros profetas, ou os falsos, com respeito ao resultado da guerra (1 Rs 22.6 a 13 – 2 Rs 19.2, etc.). Eram, também, oferecidos sacrifícios, e em virtude desses atos se dizia que os soldados se consagravam eles próprios à guerra (is 13:3Jr 6:4 – 51.27 – Jl 3:9 – ob 9). Há exemplos de formais declarações de guerra, e algumas vezes de prévias negociações (Jz 11:12-28 – 2 Rs 14.8 – 2 Cr 25,27) – mas isto nem sempre era observado (2 Sm 10.1 a 12). Quando o inimigo fazia uma incursão repentina, ou quando a guerra principiava inesperadamente, era dado ao povo o alarma por mensageiros mandados com rapidez a toda parte – e então soavam as trombetas de guerra, tremulavam os estandartes nos lugares mais altos, clamavam vozes reunidas sobre as montanhas, formando eco de cume para cume (Jz 3:27 – 6.34 – 7.22 – 19.29, 30 – 1 Sm 11.7,8 – is 5:26 – 13.2 – 18.3 – 30.17 – 62.10). As expedições militares começavam geralmente na primavera (2 Sm 11.1), e continuavam no verão, indo no inverno os soldados para os quartéis. Quanto aos exércitos romanos, permaneciam fumes e vigilantes em ordem de batalha, prontos a receber o golpe dos adversários: a esta prática pode haver alusões nas seguintes passagens: 1 Co 16.13 – Ef 6:14. os gregos, enquanto estavam ainda distantes do inimigo algumas centenas de metros, começavam o cântico de guerra: alguma coisa que a isto se assemelha, se vê em 2 Cr 20.21. Levantavam então vivas, o que também se fazia entre os hebreus (Js 6:5 – 1 Sm 17.52 – is 5:29-30 – 17.12 – Jr 4:19 – 25.30). o grito de guerra, em Jz 7:20, era ‘Espada pelo Senhor e por Gideão’. Nalguns exemplos soltavam clamores terríveis. A simples marcha dos exércitos com a suas armas, carros e atropeladoras corridas de cavalos, ocasionava uma confusão terrível, cujo barulho é comparado pelos profetas ao bramido do oceano e à queda de caudalosas correntes (is 9:5 – 17.12,13 – 28.2). os vitoriosos no combate ficavam extremamente excitados na sua alegria – as aclamações ressoavam de montanha para montanha (is 42:11 – 52.7, 8 – Jr 50:2Ez 7:1 – Na 1.15). o povo, guiado pelas mulheres, saía ao encontro dos conquistadores, com cânticos e danças (Jz 11:34-37 – 1 Sm 18.6, 7). Cânticos de vitória eram entoados em louvor aos vivos – e recitavam-se elegias pelos mortos (Êx 15:1-21Jz 5:1-31 – 2 Sm 1.17 a 27 – e 2 Cr 35.25). Levantavam-se monumentos em memória do triunfo obtido (1 Sm 7.12, e segundo alguns intérpretes, 2 Sm 8.13), e eram penduradas as armas do inimigo como troféus, no tabernáculo (1 Sm 31.10 – 2 Rs 11.10). os soldados merecedores de recompensas pelos seus feitos eram honrados com presentes, e proporcionava-se-lhes a ocasião de realizarem honrosos enlaces matrimoniais (Js 14 – 1 Sm 17.25 – 28.17 – 2 Sm 18.11).

[...] Ora, sendo a guerra uma contingência especial que tortura o indivíduo, causando-lhe desgostos sem conta, avanços e retrocessos freqüentes, gerando contrariedades, despertando paixões, pondo em comoção até as mais insignificantes fibras do coração, claro é que, como coisa natural, desse estado anormal há de o homem procurar libertar-se. Porque, se a guerra é o estado febril que determina o desassossego das criaturas; se é um acidente que se enquadra no plano da evolução dos seres, transitório, portanto, difícil não é compreender-se que o oposto dessa anormalidade fatigante e amarga, para os indivíduos e para os povos, tem que ser a paz.
Referencia: AGUAROD, Angel• Grandes e pequenos problemas• Obra ditada a Angel Aguarod pelo seu Guia Espiritual• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 6

[...] [As guerras são] grandes carmas coletivos, elas são sempre a resultante de atos e cometimentos passados, explicadas portanto como resgates do lorosos de povos e nações inteiras. [...]
Referencia: ANJOS, Luciano dos e MIRANDA, Hermínio C•• Crônicas de um e de outro: de Kennedy ao homem artificial• Prefácio de Abelardo Idalgo Magalhães• Rio de Janeiro: FEB, 1975• - cap• 57

[...] A guerra é a forma que tais acontecimentos [bruscos abalos, rudes provações] muitas vezes revestem, para soerguer os Espíritos, oprimindo os corpos. [...]
Referencia: DENIS, Léon• Joana d’Arc médium• Trad• de Guillon Ribeiro• 22a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - pt• 2, cap• 13

[...] é a prova máxima da ferocidade e da vindita humana [...].
Referencia: GAMA, Zilda• Dor suprema• Pelo Espírito Victor Hugo• 15a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 1, cap• 3

As guerras, como todo tipo de violência humana, individual ou coletiva, não são resultantes da vontade de Deus, mas sim expressões do egoísmo e do orgulho imperantes nos mundos atrasados como o nosso.
Referencia: SOUZA, Juvanir Borges de• Tempo de renovação• Prefácio de Lauro S• Thiago• Rio de Janeiro: FEB, 1989• - cap• 16

A guerra é sempre o fruto venenoso da violência.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Fonte viva• Pelo Espírito Emmanuel• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 49

A própria guerra, que exterminaria milhões de criaturas, não é senão ira venenosa de alguns homens que se alastra, por muito tempo, ameaçando o mundo inteiro.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Idéias e ilustrações• Por diversos Espíritos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1993• - cap• 26

[...] a guerra será sempre o estado natural daqueles que perseveram na posição de indisciplina.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Libertação• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 1

[...] As guerras não constituem senão o desdobramento das ambições desmedidas. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pontos e contos• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 32

A guerra de ofensiva é um conjunto de idéias-perversidade, senhoreando milhares de consciências.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vozes do grande além• Por diversos Espíritos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 20

[...] se a criatura deseja cooperar na obra do esclarecimento humano, recebe do plano espiritual um guarda vigilante – mais comumente chamado o guia, segundo a apreciação terrestre –, guarda esse, porém, que, diante da esfera extra-física, tem as funções de um zelador ou de um mordomo responsável pelas energias do medianeiro, sempre de posição evolutiva semelhante. Ambos passam a formar um circuito de forças, sob as vistas de Instrutores da Vida Maior, que os mobilizam a serviço da beneficência e da educação, em muitas circunstâncias com pleno desdobramento do corpo espiritual do médium, que passa a agir à feição de uma inteligência teleguiada.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Mecanismos da mediunidade• Pelo Espírito André Luiz• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 17


Guerra Atividade normal nos tempos do AT (2Sm 11:1). Os inimigos dos israelitas eram considerados inimigos de Deus (1Sm 30:26). Deus era representado como guerreiro, combatendo em favor de Israel (Ex 15:3); (Sl 24:8); (Is 42:13) ou usando a guerra para castigar Israel (Is 5:26-30); (Jr 5:15-17) e outras nações (Is 13; (Jr 46:1-10). Mas Isaías também profetizou uma era de paz (Is 2:1-5; 65:16-25). Nos tempos apostólicos, quando os romanos dominavam 1srael, a linguagem da guerra só aparece em METÁFORAS (Ef 6:11-17) e para descrever a batalha do fim dos tempos (Ap

Guerra O Antigo Testamento relata numerosas guerras das quais 1srael participou. Antes de entrar na guerra, os israelitas deviam consultar a Deus para conhecer sua vontade (Jz 20:23.27-28; 1Sm 14:37; 23,2; 1Rs 22:6) e pedir-lhe ajuda, caso a guerra fosse inevitável (1Sm 7:8-9; 13,12 etc.).

Contudo, no Antigo Testamento, vislumbra-se, em relação à guerra, uma atitude diferente da de outros povos contemporâneos. Para começar, existiam diversas razões normativas de isenção do serviço de armas (Dt 20:2-9). Também são criticadas as intenções de instrumentalizar Deus na guerra (1Sm
4) e uma pessoa da estatura de Davi é desqualificada para construir um templo para Deus, exatamente por ter sido um homem dedicado à guerra (1Cr 22:8). O desaparecimento da atividade guerreira é uma das características da era messiânica (Is 2:1ss e par.), cujo rei é descrito através de uma ótica pacifista (Zc 9:9ss.) e sofredora (13 53:12'>Is 52:13-53:12).

O judaísmo do Segundo Templo manifestou uma evidente pluralidade em relação à guerra. Junto com representantes pacifistas, os fariseus reuniram partidários da rebelião armada. Os saduceus opunham-se à guerra — mas não ao uso da violência — porque temiam que ela pudesse modificar o “status quo” que lhes era favorável (Jo 11:45-57). Os essênios abstinham-se da violência, mas esperavam uma era em que se juntariam à guerra de Deus contra os inimigos deste. Os zelotes — que não existiam na época de Jesus — manifestaram-se ardentes partidários da ação bélica contra Roma e contra os judeus, aos quais consideravam inimigos de sua cosmovisão.

O ensinamento de Jesus nega legitimidade a toda forma de violência (Mt 5:21-26; 5,38-48 etc.), até mesmo a empreendida em sua própria defesa (Jo 18:36) e refutou claramente o recurso à força (Mt 26:52ss.). Nesse sentido, as pretensões de certos autores para converter Jesus em um violento revolucionário exigem uma grande imaginação, porque nem as fontes cristãs nem as judaicas (certamente contrárias a ele e que poderiam aproveitar-se dessa circunstância para atacá-lo) nem as clássicas contêm o menor indício que justifique essa tese. De fato, como ressaltam alguns autores judeus, esta é uma das características originais do pensamento de Jesus e, na opinião deles, claramente irrealizável.

Assim fundamentado, não é de estranhar que os primeiros cristãos optaram por uma postura de não-violência e generalizada objeção de consciência, tanto mais porque consideravam todos os governos humanos controlados pelo diabo (Lc 4:1-8; 1Jo 5:19 etc.). Historicamente, essa atitude chegou até o início do séc. IV e se refletiu tanto no Novo Testamento como nos primeiros escritos disciplinares eclesiásticos, nas atas dos mártires (muitos deles executados por serem objetores de consciência) e nos estudos patrísticos.

Em relação à guerra, portanto, o cristão não pode apelar para o testemunho do Novo Testamento nem para a tradição cristã dos três primeiros séculos, somente para a elaboração posterior como a teoria da guerra justa de Agostinho de Hipona e outros.

W. Lasserre, o.c.; J. m. Hornus, It is not Lawful for me to Fight, Scottdale 1980; C. Vidal Manzanares, El judeocristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...; Idem, Los esenios...; Idem, Diccionario de las tres...; J. Klausner, o. c.; G. Nuttal, o. c.; P. Beauchamp e D. Vasse, La violencia en la Biblia, Estella 1992.


Não

advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

Paz

substantivo feminino Calma; estado de calmaria, de harmonia, de concórdia e de tranquilidade.
Sossego; em que há silêncio e descanso.
Falta de problemas ou de violência; relação tranquila entre pessoas.
[Política] Circunstância em que certos países não estão em guerra ou conflito; anulação das hostilidades entre nações, estabelecida por acordos de amizade.
[Psicologia] Calma interior; estado de espírito de quem não se perturba.
Fazer as pazes. Reconciliar-se com quem se tinha brigado.
Paz armada. Paz sustentada pelo temor que os inimigos têm um do outro.
Etimologia (origem da palavra paz). Do latim pax.pacis.

O conceito bíblico de paz tem na raiz o significado de “totalidade”, de “inteireza” ou de “perfeição”. Entre as importantes gradações de sentido, temos “realização”, “maturidade”, “saúde”, “integridade”, “harmonia”, “segurança”, “bem-estar” e “prosperidade”. Conota, também a ausência de guerra e de perturbação.

A suprema paz é fruto do esforço despendido para desenvolver a inteligência e alcançar as culminâncias da bondade.
Referencia: AGUAROD, Angel• Grandes e pequenos problemas• Obra ditada a Angel Aguarod pelo seu Guia Espiritual• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 6

A suprema paz [...] é um estado de pureza de consciência e, para chegar a esse estado, o caminho é aquele que a Humanidade terrena, devido ao seu atraso espiritual, ainda não se decidiu a trilhar: o caminho do Amor e da Justiça!
Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• Páginas de Espiritismo cristão• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1993• - cap• 50

P [...] a paz não é conquista da inércia, mas sim fruto do equilíbrio entre a fé no Poder Divino e a confiança em nós mesmos, no serviço pela vitória do bem.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ação e reação• Pelo Espírito André Luiz• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 3

[...] A paz tem que ser um reflexo de sentimentos generalizados, por efeito de esclarecimento das consciências.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

Paz não é indolência do corpo. É saúde e alegria do espírito.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Fonte viva• Pelo Espírito Emmanuel• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 79

No campo da evolução, a paz é conquista inevitável da criatura.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 10


Paz Tradução do hebraico “SHALOM”, que não significa apenas ausência de guerra, inimizade e brigas, mas inclui também tranqüilidade, segurança, saúde, prosperidade e bem-estar material e espiritual para todos (Sl 29:11; Jo 20:21).

Paz Estado de tranqüilidade e harmonia que não se limita à ausência de guerra (Lc 14:32), mas que procede, fundamentalmente, da ação do messias de Deus (Lc 1:79; 2,14). Precisamente por essas características, a paz de Jesus é muito diferente da oferecida pelo mundo (Mt 10:34; Jo 14:27). Está alicerçada na ressurreição de Jesus (Jo 20:19-23); Senhor e Deus (Jo 20:28) e, por isso, suporta até mesmo a perseguição (Jo 16:33). É essa paz concreta que os filhos de Deus (Mt 5:9) difundem e anunciam ao mundo (Lc 7:50; 10,5).

Sitiar

verbo transitivo direto Fazer o cerco de; rodear uma tropa antes de a atacar; rodear, cercar: primeiro será preciso situar o inimigo.
Figurado Assediar alguém para obter dessa pessoa alguma coisa: sitiava os clientes com a intenção de os pressionar.
Figurado Usar da força para obrigar alguém a fazer alguma coisa: o polícia sitiou o lugar para que os bandidos saíssem.
Etimologia (origem da palavra sitiar). A palavra sitiar tem sua origem desconhecida, ou seja, não é possível determinar com certeza a proveniência dessa palavra.

Cercar; assediar

Sitiar Cercar com TROPAS (Dt 20:12).

Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
Deuteronômio 20: 12 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

Porém, se ela não fizer paz contigo, mas antes te fizer guerra, então a cercarás- por- exércitos.
Deuteronômio 20: 12 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

H3808
lôʼ
לֹא
não
(not)
Advérbio
H4421
milchâmâh
מִלְחָמָה
de / da guerra
(of war)
Substantivo
H518
ʼim
אִם
se
(If)
Conjunção
H5921
ʻal
עַל
sobre, com base em, de acordo com, por causa de, em favor de, concernente a, ao lado de,
([was] on)
Prepostos
H5973
ʻim
עִם
com
(with her)
Prepostos
H6213
ʻâsâh
עָשָׂה
E feito
(And made)
Verbo
H6696
tsûwr
צוּר
atar, sitiar, confinar, apertar
(and an adversary)
Verbo
H7999
shâlam
שָׁלַם
estar em uma aliança de paz, estar em paz
(have you repaid)
Verbo


לֹא


(H3808)
lôʼ (lo)

03808 לא lo’

ou לו low’ ou לה loh (Dt 3:11)

uma partícula primitiva; DITAT - 1064; adv

  1. não
    1. não (com verbo - proibição absoluta)
    2. não (com modificador - negação)
    3. nada (substantivo)
    4. sem (com particípio)
    5. antes (de tempo)

מִלְחָמָה


(H4421)
milchâmâh (mil-khaw-maw')

04421 מלחמה milchamah

procedente de 3898 (no sentido de luta); DITAT - 1104c; n f

  1. batalha, guerra

אִם


(H518)
ʼim (eem)

0518 אם ’im

uma partícula primitiva; DITAT - 111; part condicional

  1. se
    1. cláusula condicional
      1. referindo-se a situações possíveis
      2. referindo-se a situações impossíveis
    2. em juramentos
      1. não
    3. se...se, se...ou, se..ou...ou
    4. quando, em qualquer tempo
    5. desde
    6. partícula interrogativa
    7. mas antes

עַל


(H5921)
ʻal (al)

05921 על ̀al

via de regra, o mesmo que 5920 usado como uma preposição (no sing. ou pl. freqüentemente com prefixo, ou como conjunção com uma partícula que lhe segue); DITAT - 1624p; prep

  1. sobre, com base em, de acordo com, por causa de, em favor de, concernente a, ao lado de, em adição a, junto com, além de, acima, por cima, por, em direção a, para, contra
    1. sobre, com base em, pela razão de, por causa de, de acordo com, portanto, em favor de, por isso, a respeito de, para, com, a despeito de, em oposição a, concernente a, quanto a, considerando
    2. acima, além, por cima (referindo-se a excesso)
    3. acima, por cima (referindo-se a elevação ou preeminência)
    4. sobre, para, acima de, em, em adição a, junto com, com (referindo-se a adição)
    5. sobre (referindo-se a suspensão ou extensão)
    6. por, adjacente, próximo, perto, sobre, ao redor (referindo-se a contiguidade ou proximidade)
    7. abaixo sobre, sobre, por cima, de, acima de, pronto a, em relacão a, para, contra (com verbos de movimento)
    8. para (como um dativo) conj
  2. por causa de, porque, enquanto não, embora

עִם


(H5973)
ʻim (eem)

05973 עם ̀im

procedente de 6004; DITAT - 1640b; prep

  1. com
    1. com
    2. contra
    3. em direção a
    4. enquanto
    5. além de, exceto
    6. apesar de

עָשָׂה


(H6213)
ʻâsâh (aw-saw')

06213 עשה ̀asah

uma raiz primitiva; DITAT - 1708,1709; v.

  1. fazer, manufaturar, realizar, fabricar
    1. (Qal)
      1. fazer, trabalhar, fabricar, produzir
        1. fazer
        2. trabalhar
        3. lidar (com)
        4. agir, executar, efetuar
      2. fazer
        1. fazer
        2. produzir
        3. preparar
        4. fazer (uma oferta)
        5. atender a, pôr em ordem
        6. observar, celebrar
        7. adquirir (propriedade)
        8. determinar, ordenar, instituir
        9. efetuar
        10. usar
        11. gastar, passar
    2. (Nifal)
      1. ser feito
      2. ser fabricado
      3. ser produzido
      4. ser oferecido
      5. ser observado
      6. ser usado
    3. (Pual) ser feito
  2. (Piel) pressionar, espremer

צוּר


(H6696)
tsûwr (tsoor)

06696 צור tsuwr

uma raiz primitiva; DITAT - 1898,1899,1900; v.

  1. atar, sitiar, confinar, apertar
    1. (Qal)
      1. confinar, guardar
      2. trancar, sitiar
      3. fechar, encerrar
  2. (Qal) demonstrar hostilidade, ser um adversário, tratar como inimigo
  3. (Qal) formar, moldar, delinear

שָׁלַם


(H7999)
shâlam (shaw-lam')

07999 שלם shalam

uma raiz primitiva; DITAT - 2401c; v

  1. estar em uma aliança de paz, estar em paz
    1. (Qal)
      1. estar em paz
      2. pacífico (particípio)
    2. (Pual) pessoa em aliança de paz (particípio)
    3. (Hifil)
      1. fazer as pazes com
      2. fazer ficar em paz
    4. (Hofal) viver em paz
  2. estar completo, estar sadio
    1. (Qal)
      1. ser completo, estar terminado, estar concluído
      2. estar sadio, estar intacto
    2. (Piel)
      1. completar, terminar
      2. tornar seguro
      3. tornar pleno ou bom, restaurar, fazer compensação
      4. reparar, pagar
      5. pagar, recompensar, retribuir
    3. (Pual)
      1. ser executado
      2. ser pago, ser retribuído
    4. (Hifil)
      1. completar, cumprir
      2. terminar