Enciclopédia de I Samuel 16:3-3

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

1sm 16: 3

Versão Versículo
ARA Convidarás Jessé para o sacrifício; eu te mostrarei o que hás de fazer, e ungir-me-ás a quem eu te designar.
ARC E convidarás a Jessé ao sacrifício: e eu te farei saber o que hás de fazer, e ungir-me-ás a quem eu te disser.
TB Convidarás a Jessé para o sacrifício, eu te mostrarei o que hás de fazer, e ungir-me-ás a quem eu te designar.
HSB וְקָרָ֥אתָ לְיִשַׁ֖י בַּזָּ֑בַח וְאָֽנֹכִ֗י אוֹדִֽיעֲךָ֙ אֵ֣ת אֲשֶֽׁר־ תַּעֲשֶׂ֔ה וּמָשַׁחְתָּ֣ לִ֔י אֵ֥ת אֲשֶׁר־ אֹמַ֖ר אֵלֶֽיךָ׃
BKJ E chama Jessé para o sacrifício, e te mostrarei o que haverás de fazer; e tu ungirás para mim aquele que eu te indicar.
LTT E convidarás a Jessé ao sacrifício; e Eu te declararei o que hás de fazer, e ungir-Me-ás a quem Eu te disser."
BJ2 Convidarás Jessé para o sacrifício, e eu mesmo te mostrarei o que deverás fazer: tu ungirás para mim aquele que eu te disser."

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de I Samuel 16:3

Êxodo 4:15 E tu lhe falarás e porás as palavras na sua boca; e eu serei com a tua boca e com a sua boca, ensinando-vos o que haveis de fazer.
Deuteronômio 17:14 Quando entrares na terra que te dá o Senhor, teu Deus, e a possuíres, e nela habitares, e disseres: Porei sobre mim um rei, assim como têm todas as nações que estão em redor de mim,
I Samuel 9:12 E elas lhes responderam e disseram: Sim, eis aqui o tens diante de ti; apressa-te, pois, porque hoje veio à cidade; porquanto o povo tem hoje sacrifício no alto.
I Samuel 9:16 Amanhã, a estas horas, te enviarei um homem da terra de Benjamim, o qual ungirás por capitão sobre o meu povo de Israel, e ele livrará o meu povo da mão dos filisteus; porque tenho olhado para o meu povo, porque o clamor chegou a mim.
I Samuel 16:12 Então, mandou em busca dele e o trouxe (e era ruivo, e formoso de semblante, e de boa presença). E disse o Senhor: Levanta-te e unge-o, porque este mesmo é.
II Samuel 15:11 E de Jerusalém foram com Absalão duzentos homens convidados, porém iam na sua simplicidade, porque nada sabiam daquele negócio.
Mateus 22:1 Então, Jesus, tomando a palavra, tornou a falar-lhes em parábolas, dizendo:
Atos 9:6 E ele, tremendo e atônito, disse: Senhor, que queres que faça? E disse-lhe o Senhor: Levanta-te e entra na cidade, e lá te será dito o que te convém fazer.

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de I Samuel Capítulo 16 do versículo 1 até o 23
SEÇÃO III

SAUL E DAVI

I Samuel 16:1

31:13

A última metade de I Samuel prossegue com a história de Saul, mas apresenta Davi como o seu sucessor divinamente escolhido, e preocupa-se principalmente com as relações entre os dois.

A. A UNÇÃO E A GRAÇA NA 1NFÂNCIA DE DAVI, 16:1-17.58

A tristeza de Samuel devido à rejeição de Saul foi interrompida por uma nova missão. A dinastia de Saul não podia continuar. O profeta precisava afastar-se do passado e de suas situações, e olhar para o futuro, quando se cumpririam os próximos objetivos de Deus.

1. Samuel é Enviado à Casa de Jessé (16:1-13)

A escolha de Deus, do sucessor de Saul seria encontrada entre os oito filhos de Jessé, o belemita (1). Jessé era o neto de Boaz e Rute, a moabita (Rt 4:17). É interessante observar que a mãe de Boaz também não era de Israel. Ela era Raabe, de Jericó, um fato que Mateus destaca em sua relação da genealogia de Jesus (Mt 1:5).

Samuel com razão temia a vingança de Saul, se o rei soubesse de sua ida a Belém. Então, o Senhor o instruiu a organizar um sacrifício e um banquete que fossem relacio-nados à sua visita naquela localidade. A vinda inesperada de Samuel produziu conster-nação entre os anciãos da pequena cidade, porque ele representava a amedrontadora presença de Deus. Mas o profeta lhes assegurou que vinha em missão de paz: Santificai-vos, e santificou ele a Jessé e os seus filhos (5; "consagrou" ou "purificou") – o uso ritual da palavra "santificar", que poderia significar "consagrar" ou "separar" (cf. 7.1, co-mentário). Isto provavelmente envolvia uma lavagem ritual daqueles assim consagrados.

Quando Jessé chamou o seu filho mais velho, Eliabe, Samuel pensou que certamen-te o jovem alto de postura nobre fosse o ungido do Senhor (6; cf. 10.1, comentário). Mas a ele foi recordado que o Senhor não vê como vê o homem. Pois o homem vê o que está diante dos olhos, porém o Senhor olha para o coração (7). Esta é uma obser-vação importante que devemos recordar, porque somos rápidos para julgar pelas aparên-cias, quando elas podem ser muito enganadoras. Depois que a mesma coisa já havia acontecido com sete dos filhos de Jessé, Samuel perguntou: Acabaram-se os jovens? (11). Ainda havia o menor, e eis que apascenta as ovelhas — uma tarefa servil desig-nada ao filho menos importante ou aos empregados do dono da casa. Davi foi chamado, e quando chegou, viu-se que era ruivo, e formoso de semblante (em hebraico "bonito aos olhos") e de boa presença (12) — "uma complexão ruiva, os olhos brilhantes e uma aparência atraente" (Berk.) 1.

Conforme fora instruído, Samuel tomou o vaso do azeite e ungiu-o no meio dos seus irmãos (13). Ao considerarmos a atitude dos irmãos, refletida em 17.28, não é certo que eles soubessem o significado da unção, uma cerimônia usada na designação de sacerdotes e profetas, e também de reis. Desde aquele dia em diante, o Espírito do Senhor se apoderou de Davi — para dotá-lo com sabedoria e poder, e deu-lhe orienta-ção para o cumprimento dos propósitos de Deus para a sua vida. Samuel se levantou e tornou a Ramá, o seu lar. A próxima menção a ele é encontrada em 19.18, quando Davi fugia de Saul.

"O que Deus observa" é visto tanto negativa como positivamente em 6-13. O Se-nhor não vê como vê o homem. Pois o homem vê o que está diante dos olhos, 7. O Senhor não procura (1) semblantes formosos, 7; (2) estatura física, 7; (3) idade ou maturidade, 11; (4) condição ou posição, 11. O Senhor olha para o coração, 7; e derra-ma o seu Espírito sobre aqueles que Ele aceita (13).

2. Davi e Saul se Encontram (16:14-23)

O relato agora se dedica ao primeiro encontro entre Saul e Davi. As primeiras relações entre os dois são difíceis de compreender. A narrativa é breve e a ordem cronológica não é sempre rigorosamente mantida'. Mas a idéia principal é clara. Davi crescia em estatura e em promessas, ao passo que Saul se deteriorava. O Espírito do Senhor, que estava sobre Davi, se retirou de Saul, e o assombrava (em hebraico, bdath, "aterrorizar, atemori-zar") um espírito mau, da parte do Senhor (14). O fato de que o espírito do mal fosse da parte do Senhor somente significava que Deus permitiu o ataque de poderes malig-nos que resultaram em alguma coisa muito parecida com insanidade. Para aliviar a me-lancolia do rei, Davi foi trazido à corte como um talentoso tocador de harpa. Embora ainda fosse um pastor, o filho mais jovem de Jessé é apresentado pelo seu amigo à corte como alguém que sabe tocar (talentoso)... e de gentil presença; o Senhor é com ele (18). A expressão: valente, e homem de guerra, e sisudo em palavras (no hebraico, "fala") provavelmente faz referência a Jessé, o pai, uma vez que Davi nessa época ainda era um jovem inexperiente. A expressão foi seu pajem de armas (21) é uma rápida previsão dos eventos posteriores resumidos em 18.5, depois da derrota de Golias.

O som da harpa tocada por Davi teve o seu efeito desejado (23) e aparentemente o rei temporariamente melhorou o suficiente para permitir que Davi retornasse à sua casa, onde de novo cuidou das ovelhas de seu pai (17.15). A harpa (em hebraico, kinnor) é o instrumento musical mais antigo mencionado na Bíblia Sagrada. Era um instru-mento portátil (cf. 10.5), com oito ou dez cordas que eram tocadas com uma palheta ou com os dedos. Em termos dos nomes dos instrumentos musicais de hoje, seria prova-velmente chamada de lira.


Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de I Samuel Capítulo 16 do versículo 1 até o 23
*

16.1—31.13 Esses capítulos narram a ascensão de Davi ao poder, e a perda do poder de Saul, bem como a sua morte. A ascensão de Davi é marcada pela sua unção por Samuel e seu período no serviço de Saul (caps. 16—18), sua fuga de Saul (caps. 19–23), seu cuidado em não cometer o crime de sangue (caps. 24—26), e sua fuga aos filisteus (caps. 27—31).

* 16.1 belemita. Belém, mencionada pela primeira vez em Gn 35:19, é a cidade natal de Davi (17.12, 15). Quanto à relevância dessa localidade para o Messias ("o ungido"), ver Mq 5:2; Mt 2:5, 6; Jo 7:42.

me provi. A seleção de um rei para "mim" (o Senhor) contrasta com a escolha de um rei para "eles" (o povo) em 8.22 (8.18; 12.13).

* 16:2

Vim para sacrificar. Embora essa declaração seja verdadeira em si, não revela o motivo principal para a viagem de Samuel a Belém (v. 1). É bem provável que haja um tom irônico na ordem que o Senhor deu a Samuel, justamente por ter sido dada não muito depois de Saul ter alegado que poupou o melhor dos animais somente "para os sacrificar" (15.15, 21). Casos de "informação incompleta" como este precisam ser aquilatados dentro das suas circunstâncias específicas (20.6; 21.2; 27.10; 2Sm 16:17-19; Js 2:4 e notas).

* 16.3 ungir. Ver nota em 2.10.

*

16:4

os anciãos da cidade, tremendo. Ver a reação semelhante de Aimeleque quanto Davi chegou sozinho em Nobe (21.1). Não é mencionado nenhum motivo para o grande temor dos anciãos. Provavelmente tinha a ver com a função profética de Samuel como instrumento do juízo divino.

* 16.7 nem para a sua altura, porque o rejeitei. A referência à "estatura" como uma medida errônea para classificar a qualificação de um indivíduo para ser rei, juntamente com o aviso de que esse filho de Jessé é "recusado," faz relembrar Saul, cuja altura era notável (9.2; 10,23) mas que foi rejeitado (15.23, 26).

o SENHOR, o coração. É axiomático que os padrões divinos são interiores, e não exteriores (13.14, nota; Rm 2:28, 29). Ver "Deus Vê e Conhece: Onisciência Divina", índice.

* 16.13 no meio de seus irmãos. É provável que os anciãos também tenham presenciado a unção de Davi (vs. 4, 5). A ênfase na presença dos irmãos nesse evento talvez lance luz sobre o comportamento de Eliabe em 17.28.

o Espírito do SENHOR se apossou de Davi. Ver notas em 10.6; 11.6. O revestimento de Davi pelo Espírito "daquele dia em diante" destaca-o de Saul (e também de Sansão) sobre quem o Espírito vinha apenas esporadicamente.

* 16.14 Tendo-se retirado de Saul o Espírito do SENHOR. A presença do Espírito de Deus, que confere poder e validade, deve ter sido removida de Saul na ocasião da sua rejeição definitiva como rei no cap. 15 (conforme também v. 1).

um espírito maligno. Conforme 1Rs 22:21-23. A palavra hebraica pode descrever algo que perturba, aflige, ou que é danoso.

*

16.18 homem de guerra. Esse relatório talvez pareça estar em conflito com a declaração de Saul em 17.33 de que Davi, sendo só um jovem na ocasião, não estava em pé de igualdade com Golias. Pode-se dizer, como resposta, que a recomendação feita de Davi era, decerto, um exagero, assim como uma carta de referência nos dias de hoje. Por outro lado, Saul estava comparando Davi com Golias, e relutava em tomar o risco de mandar alguém contra o gigante filisteu.

o SENHOR é com ele. Esse fato, mais do que qualquer qualidade humana, explicará a ascensão persistente (embora custosa) de Davi ao poder, ao passo que o crescente reconhecimento de Saul de que Davi havia sido preferido a ele desempenhará um papel considerável na sua própria desintegração psicológica (3.19; 17.37; 18.12, 28, 29; 20.13; 2Sm 7:9 e notas).

* 16.19 Envia-me Davi, teu filho, o que está com as ovelhas. Saul, sem o saber, convida seu futuro substituto a fazer parte da sua corte. A ascensão de Davi ao poder é dirigida providencialmente, e não é resultado do esforço humano ou da cobiça pelo poder.

*

16.21 este o amou muito. Não fica claro no texto se essas palavras descrevem a atitude de Saul para com Davi ou de Davi em relação a Saul. Note, também, o modo de Jônatas corresponder a Davi (18.1, 3; 20.17), bem como o de Mical (18.20, 28), do povo (18.16), e possivelmente até mesmo os demais servos de Saul (18.22). O sendido provável é o de que "Saul amou a Davi" (ver o v. 22).


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de I Samuel Capítulo 16 do versículo 1 até o 23
16:5 Samuel santificou ao Isaí e a seus filhos para prepará-los para apresentar-se ante Deus em adoração ou para oferecer um sacrifício. se desejar mais informação a respeito da cerimônia de purificação, vejam-se Gn 35:2; Ex 19:10, Ex 19:14 e a nota a Js 3:5.

16:7 Saul era alto e atrativo. Era um homem que impressionava por sua boa aparência. Samuel pôde ter estado procurando alguém que se parecesse com o Saul para ser o seguinte rei do Israel, mas Deus lhe advertiu que não julgasse só pelas aparências. Quando a gente julga só pelas aparências externas, podem passar por cima a indivíduos que carecem de qualidades físicas particulares que a sociedade admira nesse momento. Mas a aparência não revela o que a gente é em realidade, nem seus verdadeiros valores.

Felizmente, Deus julga pela fé e o caráter, não pelas aparências. E devido a que só Deus pode ver o interior, só O pode julgar às pessoas com precisão. A maioria das pessoas investem horas cada semana em manter sua aparência externa. Deveriam fazer ainda mais para desenvolver seu caráter interior. Enquanto todo mundo pode ver sua cara, só você e Deus sabem como é por dentro. Que passos está tomando para melhorar a atitude de seu coração?

16:13 Davi foi ungido rei, mas se fez em segredo. Não foi coroado a não ser até muito tempo depois (2Sm 2:4; 2Sm 5:3). Saul seguia sendo legalmente o rei, mas Deus estava preparando ao Davi para suas responsabilidades futuras. O azeite da unção que foi derramado sobre a cabeça do Davi simbolizava santidade. Era utilizado para apartar pessoas ou objetos para o serviço a Deus. Cada rei e supremo sacerdote do Israel era ungido com azeite. Isto os comissionava como representantes de Deus ante a nação. Apesar de que Deus rechaçou o reinado do Saul ao não permitir que nenhum de seus descendentes se sentassem no trono do Israel, Saul mesmo permaneceu em seu posto até sua morte.

16:14 O que era este espírito mau que o atormentava de parte do Jeová? Possivelmente Saul estivesse simplesmente deprimido. Ou possivelmente, o Espírito Santo tinha deixado ao Saul e Deus permitiu que um espírito iníquo (um demônio) atormentasse-o como castigo por sua desobediência (isto demonstraria o poder de Deus sobre o mundo espiritual: 1Rs 22:19-23). De todos os modos Saul se estava enlouquecendo, pelo qual tentou matar ao Davi.

16:15, 16 As harpas eram instrumentos musicais populares nos dias do Saul, e sua música segue sendo conhecida por suas qualidades sedativos. As harpas mais singelas eram de só duas peças de madeira atadas entre si em ângulos. As cordas se estendiam entre as madeiras para dar à harpa uma forma triangular. As cordas simples podiam fazer-se com folhas de ervas retorcidas, entretanto as melhores cordas se faziam de intestinos secos de animais. As harpas podiam ter até quarenta cordas e soavam mais forte que os pequenos instrumentos de três ou quatro cordas chamados liras. Davi, conhecido por suas habilidades como pastor e sua valentia, era além disso um talentoso harpista e músico que à larga escreveria muitos dos salmos encontrados na Bíblia.

16.19-21 Quando Saul pediu ao Davi que se unisse a seu serviço, obviamente não sabia que Davi tinha sido ungido rei em segredo (16.12). O convite do Saul representou uma oportunidade excelente para que o jovem, futuro rei, obtivera informação de primeira mão a respeito da maneira em que se guiava uma nação (Davi ia e vinha diante do Saul, 17.15).

Algumas vezes nossos planos, até aqueles que acreditam que Deus aprovou, têm que esperar por tempo indefinido. Ao igual a Davi, podemos aproveitar este tempo de espera. Podemos escolher aprender e crescer em nossas circunstâncias pressente, qualquer que estas sejam.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de I Samuel Capítulo 16 do versículo 1 até o 23

DAVI A. ungido por Samuel (


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de I Samuel Capítulo 16 do versículo 1 até o 23
Agora entramos no estudo da vida de Davi, "um homem segundo o [...] coração [de Deus]" (NVI). Da mesma forma que Saul é um retra-to da vida carnal, Davi é a imagem da vida espiritual do crente que ca-minha pela fé no Senhor. É verdade que Davi pecou. Entretanto, Davi, diferentemente de Saul, confessou seus pecados e tentou restaurar seu relacionamento com Deus. Nesses capítulos, vemos três cenas da vida anterior de Davi.

  • O filho obediente (16:1 -13)
  • Que afirmação solene: "Eu o [Saul] rejeitei" (NVI). O povo ainda não sabia dessa rejeição, e Saul ain-da "fingia ser" o rei da terra. Deus pode rejeitar a pessoa, e os homens ainda o aceitarem, mas, por fim, o julgamento do Senhor cai sobre a pessoa. Saul era tão perigoso que Samuel delineou um plano para es-capar da fúria dele quando visitasse Belém. Veja 22:17-19 para ter uma amostra da fúria ciumenta de Saul.

    Quando Samuel, sob orien-tação de Deus, chegou à casa de Jessé a fim de convidá-lo para o sacrifício, Davi nem mesmo estava lá! Ele estava nos campos cuidando das ovelhas. Não podemos deixar de nos impressionar com a obedi-ência e a humildade de Davi. Ele, como "o mais moço" da família, ti-nha uma posição muito baixa, mas era fiel a seu pai e ao Senhor. A vida de Davi ilustraMt 25:21 — ele inicia como servo e termina como governante; ele foi fiel com umas poucas ovelhas e, depois, herdou uma nação inteira; ele sabia como trabalhar, portanto Deus lhe deu o regozijo. Compare com a trajetória do filho pródigo, em Lc 15:0 delineia a fórmula de sucesso que Deus ado-ta, e vemos a prova disso na vida de Davi.

    Samuel estava prestes a come-ter o erro de avaliar os homens por seus atributos físicos (veja 10:24), quando Deus o lembrou de que o importante é o coração. Leia Provér-bios 4:23. Chamaram Davi no cam-po, e, quando ele chegou, o Senhor disse a Samuel: "Este é ele"! Davi ti-nha pele clara e cabelos ruivos. Sua boa aparência e sua entrega de co-ração eram uma combinação mag-nífica. Ele era o oitavo filho, e oito é o número do novo início. A unção com azeite trouxe-lhe uma unção especial do Espírito de Deus, e, a partir desse momento, ele foi um homem de Deus. É pouco provável que, naquele dia, Davi e sua família tenham entendido a importância da unção. Com certeza, no momento oportuno, Samuel explicaria isso a Davi.

  • O servo humilde (16:14-23)
  • Que contraste trágico: o Espírito vem sobre Davi, mas sai de Saul! Deus permite que um espírito ma-ligno atormente Saul e, às vezes, ele age como louco. Veja 18:10 e 19:9. Seu comportamento estranho faz com que seus servos sugiram que ele chame um músico habili-doso para acalmá-lo. É muito triste que os servos de Saul lidem com os sintomas, mas não com a causa do problema, pois a música nunca mudaria o coração pecador de Saul. É verdade, o rei "sentia alívio" com a música, mas podia ser uma falsa paz. Os servos deviam orar para que Saul fosse reto para com Deus!

    Davi era exatamente o homem que Saul precisava, e um dos servos sugeriu-o a ele. Vemos o reconhe-cimento das habilidades de Davi, contudo ele não promove a si mes-mo: Deus é quem faz isso. Leia com atenção Pv 22:29 e 1Pe 5:6. Hoje, muitos jovens tentam pôr-se em posição de proeminência sem primeiro testar-se nos assun-tos de menor importância em casa. Davi veio para a corte e, de imedia-to, tornou-se o favorito do rei. É cla-ro que se Saul soubesse que Deus escolhera Davi para ser rei tentaria matar o rapaz na hora. Saul, quan-do descobriu isso, começou a per-seguir Davi e a caçá-lo nos desertos de Israel.

    Davi não ficou em caráter per-manente na corte; lemos em 1 7:15: "Davi, porém, ia a Saul e voltava, para apascentar as ovelhas de seu pai". Ele visitava a corte quando era necessário, mas não descuida-va de suas responsabilidades em casa. Que humildade! Ele é um rapaz dotado, escolhido para ser rei, ungido de Deus, contudo ainda cuida das ovelhas e trabalha como servo! Não é de admirar que Deus usasse Davi.


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de I Samuel Capítulo 16 do versículo 1 até o 23
    16.1 Me provi de um rei. Agora é Deus que provê um rei: Davi (13). Cronologia. A ordem cronológica dos eventos históricos de 1 Sm é a seguinte: 1:1-15.35; 17:12-15; 16:1-13 17:1-11, 16-58; 16:14-23. Embora os eventos não estejam em ordem cronológica, são fiéis. Do cap. 18 em diante, a ordem é relativamente certa. O episódio Dt 28:7-5 foi escrito por um gentio, servo de Saul; sendo, porém, uma crônica do reino, entrou no cânon Sagrado. Os manuscritos do Mar Morto revelam outro texto hebraico original, de cunho mais popular. E tudo indica que a LXX (texto grego) é uma tradução desse original (e não do texto heb. "Massorético"), mormente no que se refere ao livro de Samuel. Os caps. 17 e 18 da LXX omitem os seguintes trechos 17:12-31, 41, 48b, 50, 55-58; 18:1-5, 6a, 8c, 10-11, 17-19, 26c, 30.

    16.2,3 Saul o saberá e me matará. Há coisas que, em certas ocasiões, fazem-se em silêncio.

    16.5 Santificai-vos. Consistia em mudar de roupa, lavar os corpos e preparar as mentes para a meditação e oração (Êx 19:14-15).

    16.12 Ruivo, "vermelho", sinônimo de bonito. Era o oitavo filho; caçula e não o primogênito.

    16.13 Davi, "amigo" ou "amado". Nome único na Bíblia. • N Hom. O Espírito do Senhor se apossou de Davi. Multiplicou-se a capacidade de Davi (17:33-37);
    2) Aumentou-se-lhe a inteligência e a perspicácia (18.5; ver 17:34-36n e 49-50n). Samuel se levantou e foi para Ramá. Com isso, praticamente, termina o seu juizado. Está com 80 amos de idade.

    16.14 O espírito maligno. Todo o fenômeno que fugia ao controle da mente humana era atribuído à ação de um "espírito"; como também, eram do "espírito" todas as coisas indefiníveis, incomuns e estranhas. Provavelmente, a doença de Saul era uma hipocondria ou uma esquizofrenia, ou, talvez ambas.

    16.15 Os servos de Saul. Os médicos da corte.

    16.16 Que saiba tocar. A cura pela música era terapia antiga.

    16.21 Escudeiro. Carregava o escudo do rei (31.4). Eram famosos por sua destreza e força(14:13-14). Os escudeiros dos carros de guerra egípcios e assírios protegiam o companheiro, nas refregas.

    16.23 Harpa. Instrumento musical portátil, parecido com a nossa lira, de som agradável e doce. Era o instrumento que os israelitas dependuravam nos salgueiros da Babilônia (Sl 137:2).


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de I Samuel Capítulo 16 do versículo 1 até o 23
    IV SAUL E DAVI (16.1—31.13)

    1) Davi é aceito e depois rejeitado por Saul (16.1—20.42)
    a)    Samuel unge Davi (16:1-13)
    A posição de Samuel se tornou complicada; Saul ainda era rei por aclamação popular, embora tivesse sido rejeitado por Javé como líder carismático. Ele havia conduzido a instituição da monarquia e colocado Saul no trono. Agora Javé lhe ordena que unja o sucessor de Saul, uma tarefa perigosa: Como poderei ir.? (v. 2), ele pergunta quando recebe a orientação para ir à casa de Jessé em Belém levando consigo o seu chifre de óleo, visto que o novo líder seria um dos filhos de Jessé. Deveria levar um novilho para o sacrifício e também assegurar aos líderes de Belém suas intenções pacíficas, convidando-os a participar do sacrifício, depois de se consagrarem (i.e., realizarem o ritual de purificação).

    v. 6-13. A história da unção de Davi é bem conhecida. Na sua chegada, Samuel encontrou primeiro Eliabe, um homem alto e vistoso (a descrição lembra a nossa impressão de Saul); Samuel já pensa que a busca pelo homem segundo o coração de Deus está concluída. Mas Javé lhe mostra o seu erro: Não considere sua aparência nem sua altura, pois eu o rejeitei. O Senhor não vê como o homem: o homem vê a aparência, mas o Senhor vê o coração (v. 7). Abinadabe, Sarna e outros quatro foram apresentados, mas Samuel perguntou se Jessé tinha mais filhos. O pai disse, quase se desculpando; Ainda tenho o caçula, mas ele está cuidando das ovelhas (v. 11). Foram buscar Davi; Ele era ruivo [ou “moreno”], de belos olhos e boa aparência (v. 12).

    A busca de Samuel havia chegado ao fim; ele o ungiu na presença de seus irmãos (v. 13, mas conforme comentário de 17.28). Davi não recebeu somente a unção, mas, como Saul antes dele, a capacitação poderosa do Espírito (10.6,

    10). Depois de ter confirmado a escolha de Javé, pois Samuel não teve participação na escolha, ele voltou para Ramá.
    b)    Davi na corte de Saul (16:14-23)
    O Espírito não somente veio sobre Davi,
    mas também se retirou de seu predecessor, deixando um vácuo que foi preenchido por um espírito maligno, vindo da parte do Senhor (v. 14). “A capacitação carismática reservada para o rei de Israel havia passado para Davi, deixando Saul não simplesmente impotente, mas demente e confuso, de forma que ele precisava do conforto da música” (McKane, p. 108). O espírito maligno era da parte do Senhor; sem dúvida, no sentido de que em última instância todas as coisas passam pelo controle de Javé (conforme Is 45:7; lRs 22:19-23). A convocação de um músico, um homem que saiba tocar harpa (v. 16), foi a receita sugerida pelos cortesãos, talvez familiarizados com esses fenômenos; um deles, com a solicitude que lembra a da serva de Naamã (2Rs 5:2,2Rs 5:3), sugere uma possível fonte de ajuda. Ele havia conhecido Davi, ou ouvido falar dele, como um homem de diversos dons, que, além de guerreiro valente, sabia tocar harpa (v. 18). Foram buscá-lo, e ele veio trazendo presentes (pães, [...] vinho e um cabrito', conforme 1.24; 10,3) de Jessé, e logo se mostrou indispensável para Saul, tornando-se o seu escudeiro (v. 21) ou ajudante pessoal. Ele entrou para o serviço permanente de Saul (v. 22) e estava disponível quando a desordem do rei ocorria.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de I Samuel Capítulo 16 do versículo 1 até o 23
    III. SAUL E DAVI1Sm 16:1-9). O Senhor disse a Samuel que acabasse com as lamentações pelo afastamento de Saul do trono israelita, e se dirigisse a Belém para ungir o seu sucessor (1). Mas Saul era vingativo e tornava perigosa a missão do profeta (cfr. 1Sm 22:18-9). Era por isso conveniente dizer que ia sacrificar ao Senhor (2). Justifica-se plenamente essa atitude, pois nada obsta a que se oculte uma primeira intenção, anunciando apenas a segunda. Entretanto, Davi ir-se-ia preparando para receber as instruções que lhe seriam dadas por Samuel, relativas ao futuro trono.

    >1Sm 16:7

    O Senhor, que olha para o coração (7) e não para as aparências, não escolheu Eliabe nem qualquer dos outros seis jovens que desfilaram perante o profeta (6-10). A escolha caiu sobre um pastor, o mais jovem, ruivo e formoso de semblante e de boa presença (12). O heb. e os LXX dizem "de lindos olhos". Então Samuel o ungiu e o espírito do Senhor se apoderou dele (13), para treiná-lo para a sua grande tarefa.

    >1Sm 16:14

    2. SAUL É ATORMENTO POR UM ESPÍRITO MALIGNO (1Sm 16:14-9). Enquanto Davi progredia nos caminhos do Senhor, Saul era assombrado por um espírito maligno, uma vez que dele se afastara o espírito do Senhor (14). Grande castigo de Deus, sem dúvida! E era tal o sofrimento desse rei que só o suavizava o som harmonioso da harpa. Mas quem lhe tocaria esse instrumento? Logo houve quem se lembrasse de Davi, que a muitas outras qualidades aliava a de ser exímio harpista. Depois dos costumados presentes, em sinal de profundo respeito (20), Davi foi à presença de Saul que o amou muito (21). De acordo com a natureza das narrações hebraicas o historiador segue até ao fim o tema principal e volta depois a preencher lacunas e a salientar pormenores. Talvez estes versículos possam referir-se aos acontecimentos que se seguiram à morte do gigante Golias.

    3. BREVE INTRODUÇÃO AOS CAPÍTULOS 17 E 18. O texto destes capítulos apresenta várias dificuldades. Os LXX, tal como se apresenta o manuscrito do Códice B do Vaticano, omite os seguintes versículos que se encontram no texto hebraico: 1Sm 17:12-9, 1Sm 17:41, 1Sm 17:48, 1Sm 17:50, 1Sm 17:55-9 conta como Saul chamou Davi para tocar harpa: a boa impressão que lhe causou o jovem artista, logo nomeado pagem de armas. Era uma posição de honra e de confiança. Mas parece haver contradição com o capítulo 17, onde Davi aparece ausente do exército num transe difícil para Israel. Apenas vai ao acampamento levar os víveres aos irmãos e ao mesmo tempo trazer notícias ao pai, já de avançada idade. Por um lado, os irmãos achavam absurdo que seu irmão mais novo entrasse nos combates; por outro, nem o rei, nem Abner reconhecem Davi, o que é de estranhar, sendo ele da intimidade de Saul e mesmo seu pajem de armas.
    2) 1Sm 17:12 e segs. é uma repetição do que já se dissera no capítulo 16.
    3) 1Sm 18:1-9 narra por ordem diferente o mesmo que os vers. 13-14.
    4) 1Sm 18:8-9 parece deslocado. Saul dificilmente nutriria tais sentimentos de ódio, pelo menos nessa altura. O certo é que o versículo 13 alude ao bom tratamento que teve para com Davi.
    5) 1Sm 18:19, onde se diz ter sido Merabe dada em casamento a Adriel, parece contradizer-se com 2Sm 21:8, onde Mical se afirma ter dado a Adriel cinco filhos.

    Tais são as alegadas discrepâncias. Devemo-nos relembrar, entretanto, no que diz respeito ao texto hebraico, que os livros de Samuel foram compilados baseados em vários documentos. Estes não foram ordenados em sua presente forma senão depois de ter-se passado um período considerável de tempo. As escolas de profetas certamente foram treinando gradualmente homens capazes de conservar um registro em ordem sobre a história da nação. Sabemos que houve muitos anais, como, por exemplo, o Livro de Jaser, o Livro das Guerras do Senhor, os registros de Gade, e outras narrativas. Sem dúvida que muito material histórico foi preservado pelas diversas escolas de profetas. Baseada nesses materiais é que a narrativa foi compilada. Houve pouca tentativa para escrevê-la na ordem estritamente cronológica. Visto que a história foi compilada de vários documentos, não é surpreendente que encontremos certas informações repetidas, como em 1Sm 17:12.

    Não nos esquecendo desses fatos, não é muito difícil explicar as aparentes discrepâncias no texto hebraico. A seguinte explanação tem sido apresentada por vários escritores: 1. 1Sm 16:15-9 se refere a uma visita breve, casual, de Davi, à corte, na qualidade de jovem trovador quando em seus verdes anos. Sua descrição como valente e animoso (18) se refere a tais episódios como aquele com o leão e o urso; e o termo homem de guerra (18) deve ser considerado como descrição de sua potencialidade como jovem de coragem. A desordem mental de Saul impediu que tivesse prestado muita atenção ao jovem. 2. Quando Saul melhorou, Davi retornou a Belém, e isso é referido em 1Sm 17:15: Talvez ele tenha permanecido ali pelo espaço de alguns anos, e assim transformou-se de adolescente em homem jovem, quando Saul o viu em seguida, por ocasião da morte de Golias. 3. 1Sm 16:19-9 se refere ao que sucedeu após a vitória sobre o gigante, quando Saul, cheio de admiração, tomou Davi permanentemente para seu serviço na corte, como escudeiro e harpista. O escritor, neste ponto, leva sua narrativa a uma conclusão, como se isso tivesse sucedido imediatamente em seguida ao que fora registrado nos versículos anteriores. Isso não é incomum no hebraico. 4. Em 1Sm 17:31 e segs., Davi é apresentado a Saul como guerreiro. O rei não reconhece no desempenado mancebo o trovador adolescente de alguns anos atrás. E Abner, na qualidade de comandante em chefe, certamente que não tinha prestado muita atenção a um pequeno músico. 5. Segundo esse ponto de vista, teria sido muito natural que o rei interrogasse quem era o pai de Davi, seu futuro genro (1Sm 17:55, 1Sm 17:58).

    Existem outros modos mediante os quais diferentes escritores têm procurado harmonizar os termos do texto hebraico, mas, o que já dissemos demonstra que é possível uma explicação. Se ao menos conhecêssemos mais a respeito das circunstâncias, provavelmente nossas dificuldades desapareceriam. Deve ser adicionado, porém, que alguns dos versículos que já citamos como ausentes do texto da Septuaginta também estão ausentes em alguns poucos outros manuscritos. Apesar de que 1Sm 17:12-9 se acha presente no manuscrito Alexandrino A, é claro que tal trecho foi ali inserido. A maioria dos manuscritos, entretanto, seguem mais de perto o texto hebraico que os LXX. Hoje em dia há mais hesitação em pôr de lado o texto hebraico massorético, em favor da Septuaginta, que na geração passada. Ver igualmente o Apêndice II.


    Dicionário

    Convidar

    verbo transitivo Pedir o comparecimento de alguém a algum lugar, algum ato: convidar para um jantar.
    Instar, solicitar: convidar alguém a calar-se.
    Figurado Atrair, despertar o desejo de: o bom tempo convida a passear.
    verbo pronominal Dar-se por convidado, não o tendo sido.

    Farar

    verbo transitivo direto [Gíria] Farejar; procurar, buscar, encontrar ou apanhar alguma coisa; tentar encontrar alguém através do faro.
    Etimologia (origem da palavra farar). Faro + ar.

    Fazer

    verbo transitivo direto Desenvolver algo a partir de uma certa ação; realizar.
    Construir ou produzir algo através da ordenação de seus elementos constituintes: fazer pão, um prédio, uma escola etc.
    Elaborar alguma coisa através da utilização de variados elementos: faziam roupas.
    Realizar ou pôr em prática algum ato reprovável: fazia muitas bobagens.
    Alcançar certa idade: Pedro fará 30 anos amanhã.
    Dar forma ou vida a; criar: faziam novos vestidos para a coleção.
    Livrar-se dos dejetos orgânicos: fazer cocô.
    Demandar esforços para conseguir alguma coisa; esforçar.
    Ter passado determinado tempo: faz dois meses que ele se foi.
    Indicar o tempo atmosférico: hoje faz muito calor.
    Ter o peso idêntico a; equivaler: dez e dez faz vinte.
    Realizar certo trabalho; ter como ocupação: fez sua faculdade em São Paulo.
    Passar por determinado trajeto; percorrer: fazer 20 Km de bicicleta.
    Realizar certo esporte ou ação esportiva: fazer academia.
    Gramática Possuir como terminação; ter como forma flexionada: troféu faz troféus.
    Dispor de determinada maneira; arrumar: é preciso fazer a cama.
    Modificar a aparência para melhor: fazer o cabelo.
    Ter como constituição; constituir: estampa que faz um vestido horrível.
    verbo transitivo indireto Ser utilizado de determinada maneira: na escola, a professora fez de diretora.
    verbo pronominal [Informal] Comportar-se de maneira livre; agir de acordo com seus princípios: o camelô se fez com muito trabalho.
    Insistir durante certo período; reinar: fez-se barulho no salão de festas.
    Quebrar ou ficar em partes menores: a garrafa fez-se em cacos.
    verbo transitivo direto e bitransitivo Preparar ou organizar com antecipação, tendo em conta certo propósito, utilização ou finalidade: fazia as refeições para os alunos.
    Gerar ou fazer nascer: alguns animais fazem filhotes.
    Instituir algo através da promulgação de um acordo: fazer um tratado de lei.
    Criar intelectualmente; compor: fazer uma melodia; o poeta lhe fez uma poesia.
    Dar seguimento a; executar: fazer caridade; faça-me a bondade de ficar em silêncio.
    Ser a razão de algo; provocar: os amigos lhe fizeram muito mal.
    Passar os seus pertences para outra pessoa ou para uma organização; doar.
    Expressar-se através de gestos ou comportamentos: fazer que sim com o pescoço.
    Demonstrar por meio de palavras: fez um ótimo texto.
    Realizar determinada ação: fez uma dança em torno de si próprio.
    Ter determinada ocupação: ele fica o dia inteiro sem fazer nada.
    verbo transitivo indireto predicativo e intransitivo Agir de determinada forma; comportar-se: faça o que tiver de fazer.
    verbo transitivo direto e pronominal Atribuir determinado aspecto a; fingir: faz-se de coitado.
    verbo transitivo direto e transitivo direto predicativo Ser o motivo de que uma pessoa fique de certa maneira: o vício fez o morto; o conhecimento fez o professor.
    verbo transitivo direto predicativo e transitivo indireto predicativo Mudar a essência de: queria fazer do filho um médico.
    verbo bitransitivo Avaliar ou determinar o valor de: faço este vestido por 10 reais.
    Utilizar algo de determinada maneira: fazia da inteligência o seu maior trunfo.
    Etimologia (origem da palavra fazer). Do latim facere.

    Jessé

    -

    Pai de Davi. Filho de obede, e neto de Boaz e Rute (Rt 4:17). É ele o único do seu nome, e geralmente era chamado ‘Jessé, o belemita’ (1 Sm 16.1 a 18). Desde o tempo do Êxodo era famosa a família de Jessé, pertencente à casa de Perez. (*veja Naasom.) Em 1 Sm 17.12 é-lhe dado o título completo de ‘efrateu de Belém de Judá’. Tinha Jessé oito filhos, que com ele viviam em Belém de Judá, sendo muito considerado pelos seus concidadãos, embora não fosse um dos anciãos da cidade (1 Sm 16.4,5,10 – 17.12). A sua propriedade constava de rebanhos de gado, que estavam ao cuidado de Davi (1 Sm 16.11). Davi é chamado ‘filho de Jessé’, ainda mesmo depois de ter-se tornado famoso e poderoso (1 Cr 29.26). o profeta isaías põe o nome de Jessé no ponto mais alto de honra: ‘Do tronco de Jessé sairá um rebento, e das suas raízes um renovo’ (is 11:1 – *veja também 11.10).

    Filho de Obede e neto de Boaz e Rute; era o pai de Davi, o qual cuidava das ovelhas (Rt 4:17-22). Pertencia à tribo de Judá e vivia na cidade de Belém (1Sm 16:1). Quando Deus ordenou a Samuel que fosse à casa de Jessé, para ungir o próximo rei de Israel, o profeta supôs que o mais velho fosse o escolhido do Senhor. Passaram os sete primeiros filhos de Jessé, um por um, diante de Samuel, mas o Senhor declarou que havia rejeitado todos; Davi foi trazido diante do profeta e, segundo orientação divina, foi ungido rei (1Sm 16:3-13). Samuel e o povo de Israel aprenderiam que “o homem olha para o que está diante dos olhos, porém o Senhor olha para o coração” (v. 7). Jessé tornou-se um grande amigo de Saul, quando Davi foi chamado para tocar harpa na presença do rei (vv. 1820). O monarca até mesmo pediu permissão ao belemita para manter o filho dele consigo no palácio, para acalmá-lo quando o espírito maligno viesse sobre ele (vv. 21-23). Em outra ocasião, Jessé enviou Davi para levar alguns víveres aos outros filhos que estavam na guerra contra os filisteus. Foi por ocasião desta viagem que Davi enfrentou e matou o gigante Golias (1Sm 17). Posteriormente, quando Saul ficava furioso com o jovem harpista, chamava-o simplesmente de “filho de Jessé” (1Sm 20:27-30,31; 22; etc. veja também 1Cr 10:14-1Cr 12:18; 1Cr 29:26; etc).

    O profeta Isaías, ao contemplar o futuro, quando um novo rei sentar-se-ia no trono de Davi, falou profeticamente que “do tronco de Jessé brotará um rebento, e das suas raízes um renovo frutificará... naquele dia as nações perguntarão pela raiz de Jessé” (Is 11:1-10). Essa profecia foi tomada por Paulo e aplicada a Jesus em Romanos 15:12. Por ser pai do rei Davi, é claro que Jessé também é mencionado nas genealogias de Cristo, em Mateus 1:5 e Lucas 3:32. P.D.G.


    Jessé [Javé Existe]

    Filho de Obede, neto de Boaz e Rute, e pai de Davi (Rt 4:18-22).


    Saber

    Saber é o supremo bem, e todos os males provêm da ignorância.
    Referencia: DENIS, Léon• No invisível: Espiritismo e mediunidade• Trad• de Leopoldo Cirne• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 3, cap• 22

    O saber é qual árvore de crescimento demorado: todos os anos lhe caem as folhas que serviram para sua nutrição; ela, porém, se mostra, lenta mas firmemente, aumentada na altura e na grossura. [...]
    Referencia: FINDLAY, J• Arthur• No limiar do etéreo, ou, Sobrevivência à morte cientificamente explicada• Traduzido do inglês por Luiz O• Guillon Ribeiro• Prefácio de Sir William Barret• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1981• - cap• 13

    [...] saber é duvidar, porque é apreender que nada se sabe. [...]
    Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 13a efusão

    [...] O saber, no seu verdadeiro e reto uso, é a mais nobre e mais poderosa aquisição dos homens. [...]
    Referencia: WANTUIL, Zêus e THIESEN, Francisco• Allan Kardec: meticulosa pesquisa biobibliográfica e ensaios de interpretação• Rio de Janeiro: FEB, 1979-1980• 3 v• - v• 1, cap• 14

    [...] Quantas criaturas há, no meio espírita, que não têm condições de fazer amplos estudos da Doutrina, talvez até desconheçam os mais credenciados autores de nossa leitura e, no entanto, vivem a Doutrina pelo exemplo... Pode ser que não tenham estrutura intelectual para dissertar sobre uma tese espírita, mas absorvem o pensamento da Doutrina às vezes muito mais do que gente intelectualizada. E entre elas, não poderá haver Espíritos que já trazem muito conhecimento de outras vidas? Parece que sim. Tudo nos conduz afinal o raciocínio a um ponto de remate: também na seara espírita, como em qualquer seara do conhecimento, o saber da erudição e da pesquisa é necessário, tem o seu inegável valor. Mas o saber daqueles que não são cultos perante os valores intelectuais e, no entanto, vivem a Doutrina através da experiência cotidiana, é claro que têm muita autoridade pelo exemplo!
    Referencia: AMORIM, Deolindo• Análises espíritas• Compilação de Celso Martins• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 20


    verbo transitivo direto , transitivo indireto e intransitivo Ter conhecimento; ficar ou permanecer informado; conhecer: saber o horário das aulas; sei que amanhã irá chover; nunca soube o que se passava com ela; era humilhado e não se opunha.
    verbo transitivo direto Expressar conhecimentos determinados: saber cantar; saber dançar.
    Suspeitar sobre; pressentir: sabia que ele conseguiria vencer.
    Possuir capacidade, habilidade para; conseguir: soube fazer os exercícios.
    Alcançar alguma coisa; fazer por merecer: soube aceitar os prêmios.
    verbo transitivo direto predicativo Julgar ou possuir como; considerar: sempre o sabia apaixonado.
    verbo transitivo indireto e intransitivo Sentir o sabor de; possuir sabor de: os doces não sabem a nada; soube-me bem aquele bolo.
    substantivo masculino Conjunto de conhecimentos; em que há sabedoria; erudição: buscava esforçosamente o saber.
    Etimologia (origem da palavra saber). Do latim sapere.

    verbo transitivo direto , transitivo indireto e intransitivo Ter conhecimento; ficar ou permanecer informado; conhecer: saber o horário das aulas; sei que amanhã irá chover; nunca soube o que se passava com ela; era humilhado e não se opunha.
    verbo transitivo direto Expressar conhecimentos determinados: saber cantar; saber dançar.
    Suspeitar sobre; pressentir: sabia que ele conseguiria vencer.
    Possuir capacidade, habilidade para; conseguir: soube fazer os exercícios.
    Alcançar alguma coisa; fazer por merecer: soube aceitar os prêmios.
    verbo transitivo direto predicativo Julgar ou possuir como; considerar: sempre o sabia apaixonado.
    verbo transitivo indireto e intransitivo Sentir o sabor de; possuir sabor de: os doces não sabem a nada; soube-me bem aquele bolo.
    substantivo masculino Conjunto de conhecimentos; em que há sabedoria; erudição: buscava esforçosamente o saber.
    Etimologia (origem da palavra saber). Do latim sapere.

    Sacrifício

    substantivo masculino Religião Oferta feita à divindade, em meio a cerimônias.
    Figurado Renúncia voluntária ou forçada a algo que se possui: sem algum sacrifício nada se obterá.
    Figurado Dedicação absoluta a algo ou a alguém que pode levar a privações: trabalhava em sacrifício da sua felicidade.
    Ação ou efeito de sacrificar, de oferecer algo, alguém ou si mesmo a divindades; imolação.
    substantivo masculino plural Privações, despesas voluntariamente impostas: fazer sacrifícios pelos filhos.
    expressão Santo sacrifício. A missa, celebração católica.
    Sacrifício humano. Imolação de uma pessoa à divindade.
    Sacrifício de Jesus. A morte de Jesus Cristo na cruz.
    Espírito de sacrifício. Tendência a se sacrificar ou a ceder sem benefício imediato: só com espírito de sacrifício atingiremos o objetivo.
    Etimologia (origem da palavra sacrifício). Do latim sacrificium, ii, "imolação".

    substantivo masculino Religião Oferta feita à divindade, em meio a cerimônias.
    Figurado Renúncia voluntária ou forçada a algo que se possui: sem algum sacrifício nada se obterá.
    Figurado Dedicação absoluta a algo ou a alguém que pode levar a privações: trabalhava em sacrifício da sua felicidade.
    Ação ou efeito de sacrificar, de oferecer algo, alguém ou si mesmo a divindades; imolação.
    substantivo masculino plural Privações, despesas voluntariamente impostas: fazer sacrifícios pelos filhos.
    expressão Santo sacrifício. A missa, celebração católica.
    Sacrifício humano. Imolação de uma pessoa à divindade.
    Sacrifício de Jesus. A morte de Jesus Cristo na cruz.
    Espírito de sacrifício. Tendência a se sacrificar ou a ceder sem benefício imediato: só com espírito de sacrifício atingiremos o objetivo.
    Etimologia (origem da palavra sacrifício). Do latim sacrificium, ii, "imolação".

    substantivo masculino Religião Oferta feita à divindade, em meio a cerimônias.
    Figurado Renúncia voluntária ou forçada a algo que se possui: sem algum sacrifício nada se obterá.
    Figurado Dedicação absoluta a algo ou a alguém que pode levar a privações: trabalhava em sacrifício da sua felicidade.
    Ação ou efeito de sacrificar, de oferecer algo, alguém ou si mesmo a divindades; imolação.
    substantivo masculino plural Privações, despesas voluntariamente impostas: fazer sacrifícios pelos filhos.
    expressão Santo sacrifício. A missa, celebração católica.
    Sacrifício humano. Imolação de uma pessoa à divindade.
    Sacrifício de Jesus. A morte de Jesus Cristo na cruz.
    Espírito de sacrifício. Tendência a se sacrificar ou a ceder sem benefício imediato: só com espírito de sacrifício atingiremos o objetivo.
    Etimologia (origem da palavra sacrifício). Do latim sacrificium, ii, "imolação".

    O sacrifício é a prova máxima por que passam os Espíritos que se encaminham para Deus, pois por meio dele se redimem das derradeiras faltas, inundando-se de luminosidades inextinguíveis... [...]
    Referencia: GAMA, Zilda• Dor suprema• Pelo Espírito Victor Hugo• 15a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 9, cap• 21

    [...] o melhor sacrifício ainda não é o da morte pelo martírio, ou pelo infamante opróbrio dos homens, mas aquele que se realiza com a vida inteira, pelo trabalho e pela abnegação sincera, suportan do todas as lutas na renúncia de nós mesmos, para ganhar a vida eterna de que nos falava o Senhor em suas lições divinas!
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Cinqüenta Anos depois: episódios da História do Cristianismo no século II• Espírito Emmanuel• 32a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 1, cap• 6

    Sacrificar-se é crescer; quem cede para os outros adquire para si mesmo.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    O sacrifício é a nossa abençoada oportunidade de iluminação.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    O sacrifício é a lei de elevação.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    [...] é o preço da verdadeira felicidade.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Entre a terra e o céu• Pelo Espírito André Luiz• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 25

    O exercício permanente da renúncia divina leva ao sacrifício da própria vida pela Humanidade. É a renúncia profunda da alma que coloca todos os valores do coração a serviço dos semelhantes, para construir a felicidade de todos. Seu coração não vive mais para si, não consegue projetar desejos para si, pois coloca o amor à Humanidade em primeiro lugar. É incansável nos seus trabalhos, multiplica suas forças físicas, morais e espirituais, a fim de ser útil sempre. Tendo tudo para acolher-se ao bem próprio, procura, acima de tudo, o bem para todos. É aquela alma que, podendo exigir, não exige, podendo pedir, não pede, podendo complicar em busca de seus justos direitos, não complica. Não pára de servir em circunstância alguma. Transforma a dor da incompreensão das criaturas mais queridas em um cântico de humildade. Suas dores já não são dores, pois transubstanciou-as na doce alegria de servir com Deus pela alegria dos semelhantes. A maior manifestação de sacrifício pela Humanidade, em todos os tempos da Terra, é inegavelmente a personalidade divina de Jesus Cristo.
    Referencia: BARCELOS, Walter• Sexo e evolução• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 22


    Sacrifício Oferta a Deus de animais e outros produtos. A Lei de Moisés incluía diversas espécies de sacrifício: olah (oferenda queimada), minjah (oferenda de alimento), nesej (libação), shejar (oferenda de bebida alcoólica), jatat (oferenda pelo pecado), asham (oferenda pela culpa), nedavah (oferenda voluntária), neder (oferenda de voto), tenufah (oferenda de castigo merecido), terumah (oferenda de óbolo) e shelamin (oferenda de paz). Durante o Segundo Templo, o sistema de sacrifícios cresceu de maneira muito sistematizada embora isso colaborasse para o surgimento da corrupção entre as classes sacerdotais, por motivos econômicos. Nessa época, foram aceitos sacrifícios oferecidos por gentios e em honra de governantes pagãos, como os imperadores romanos. Com o segundo jurbán, ou destruição do Templo, o sistema de sacrifícios deixou de existir, o que provocou um sério problema teológico, já que boa parte dos sacrifícios tinha como finalidade a expiação dos pecados pela morte de um ser perfeito e inocente. Os rabinos decidiram considerar a oração um substituto evidente dele, mesmo supondo que o sistema de sacrifícios retornaria no futuro, como conseqüência de uma intervenção divina.

    Jesus não condenou diretamente o sistema sacrifical; contudo, sua crença na inauguração de uma Nova Aliança, embasada em seu próprio sacrifício (Mt 26:26 e par.), e suas predições sobre a destruição do Templo (Mt 24; Mc 13 e Lc
    21) indicam, implicitamente, que o sistema desapareceria num futuro próximo.

    Y. Kaufmann, o. c.; G. Rendtorff, Studien zur Geschichte des Opfersinn Alten Israel, 1967; m. Hengel, The Pre-Christian Paul, Filadélfia 1991; C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...


    Ungir

    verbo transitivo Esfregar, friccionar com óleo, unguento ou qualquer substância gorda; untar: antigamente, ungiam-se os atletas para a luta.
    Religião católica Sagrar, dar a unção a, com os santos óleos.
    Religião católica Dar a extrema-unção a.
    Untar com substâncias aromáticas.
    Figurado Purificar, corrigir, melhorar.
    Figurado Conferir dignidade, poder a.
    Figurado Repassar de doçura, de suavidade.
    verbo pronominal Untar-se; esfregar o próprio corpo com substâncias oleosas ou aromáticas.

    A prática de ungir o corpo friccionando-o com óleo e outros ungüentos era vulgar no clima quente da Palestina, tornando-se uma necessidade para saúde, conforto e bom aspecto pessoal. o ungir a cabeça com óleo ou ungüento era prova de consideração que o hospedeiro algumas vezes dava aos seus hóspedes (Sl 23:5Mt 26:7Lc 7:46Jo 11:2 – 12.3). Quando se punha de parte o costume, era sinal de luto ou de desgraça (Dt 28:40Mq 6:15). o modo de manifestar o respeito a um morto era ungi-lo com óleo (Mt 26:12Mc 16:1Lc 23:56). (*veja Embalsamamento.) isaías g1,5) refere-se ao costume de untar o escudo com azeite, antes de o guerreiro ir para a batalha. o objetivo desta operação era fazer deslizar os golpes que sobre ele caíam. o óleo era empregado em várias observâncias religiosas. o tabernáculo foi dedicado a Deus com o ‘óleo da santa unção’. Foi empregado em Arão e seus filhos, quando foram consagrados ao sacerdócio, e todas as vezes que um levita ascendia ao lugar de sumo sacerdote, era nessa ocasião ungido (Lv 16:32). Saul, por expressa determinação de Deus, foi ungido para exercer o seu real cargo, estando também escrito na Bíblia que receberam a devida unção os reis Davi, Salomão, Jeú e Joás. Com efeito, foi Davi ungido três vezes (1 Sm 16:13 – 2 Sm 2.4 – 5.3). A fi ase ‘meus ungidos’ usa-se como equivalente a ‘meus profetas’ em Sl 105:15 – 1 Cr 16.22. É desta prática de ungir com óleo os que são consagrados ao serviço de Deus, que deriva o título hebraico de ‘Messias’ e o seu equivalente grego ‘Cristo’ – e Cristo é o ungido do ‘profeta, sacerdote, e rei’, ungido na verdade com o Espírito Santo e com virtude (At 1:38). Também se diz dos que seguem a Cristo que são ‘ungidos’ por Deus (2 Co 1.21 – 1 J .20, 27).

    Ungir Pôr AZEITE na cabeça de uma pessoa, a fim de separá-la para serviço especial. Profetas (1Rs 19:16), sacerdotes (Ex 30:30) e reis (1Sm 16:1-13) eram ungidos. Tanto “o Cristo” (grego) como “o Messias” (hebraico) querem dizer “o Ungido”, um dos títulos de Jesus, a quem Deus escolheu para ser o Salvador da humanidade (Jo 1:41; At 4:26-27). Óleo perfumado que era usado também como cosmético, tanto diariamente como em ocasiões festivas e na recepção de hóspedes (Dt 28:40; Lc 7:46).

    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    I Samuel 16: 3 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    E convidarás a Jessé ao sacrifício; e Eu te declararei o que hás de fazer, e ungir-Me-ás a quem Eu te disser."
    I Samuel 16: 3 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    1024 a.C.
    H2077
    zebach
    זֶבַח
    sacrifício
    (sacrifice)
    Substantivo
    H3045
    yâdaʻ
    יָדַע
    conhecer
    (does know)
    Verbo
    H3448
    Yishay
    יִשַׁי
    broto tenro
    (calf)
    Substantivo - acusativo masculino singular
    H413
    ʼêl
    אֵל
    até
    (unto)
    Prepostos
    H4886
    mâshach
    מָשַׁח
    untar, ungir, espalhar um líquido
    (you anointed)
    Verbo
    H559
    ʼâmar
    אָמַר
    E disse
    (And said)
    Verbo
    H595
    ʼânôkîy
    אָנֹכִי
    eu
    (I)
    Pronome
    H6213
    ʻâsâh
    עָשָׂה
    E feito
    (And made)
    Verbo
    H7121
    qârâʼ
    קָרָא
    E liguei
    (And called)
    Verbo
    H834
    ʼăsher
    אֲשֶׁר
    que
    (which)
    Partícula
    H853
    ʼêth
    אֵת
    -
    ( - )
    Acusativo


    זֶבַח


    (H2077)
    zebach (zeh'-bakh)

    02077 זבח zebach

    procedente de 2076; DITAT - 525a; n m

    1. sacrifício
      1. sacrifícios de justiça
      2. sacrifícios de contenda
      3. sacrifícios para coisas mortas
      4. o sacrifício da aliança
      5. a páscoa
      6. o sacrifício anual
      7. oferta de gratidão

    יָדַע


    (H3045)
    yâdaʻ (yaw-dah')

    03045 ידע yada ̀

    uma raiz primitiva; DITAT - 848; v

    1. conhecer
      1. (Qal)
        1. conhecer
          1. conhecer, aprender a conhecer
          2. perceber
          3. perceber e ver, descobrir e discernir
          4. discriminar, distinguir
          5. saber por experiência
          6. reconhecer, admitir, confessar, compreender
          7. considerar
        2. conhecer, estar familiarizado com
        3. conhecer (uma pessoa de forma carnal)
        4. saber como, ser habilidoso em
        5. ter conhecimento, ser sábio
      2. (Nifal)
        1. tornar conhecido, ser ou tornar-se conhecido, ser revelado
        2. tornar-se conhecido
        3. ser percebido
        4. ser instruído
      3. (Piel) fazer saber
      4. (Poal) fazer conhecer
      5. (Pual)
        1. ser conhecido
        2. conhecido, pessoa conhecida, conhecimento (particípio)
      6. (Hifil) tornar conhecido, declarar
      7. (Hofal) ser anunciado
      8. (Hitpael) tornar-se conhecido, revelar-se

    יִשַׁי


    (H3448)
    Yishay (yee-shah'-ee)

    03448 ישי Yishay (aramaico) אישׂי ’Iyshay

    procedente da mesma raiz que 3426, grego 2421 Ιεσσαι; DITAT - 926; n pr m

    Jessé = “Eu possuo”

    1. filho de Boaz e pai do rei Davi

    אֵל


    (H413)
    ʼêl (ale)

    0413 אל ’el (mas usado somente na forma construta reduzida) אל ’el

    partícula primitiva; DITAT - 91; prep

    1. para, em direção a, para a (de movimento)
    2. para dentro de (já atravessando o limite)
      1. no meio de
    3. direção a (de direção, não necessariamente de movimento físico)
    4. contra (movimento ou direção de caráter hostil)
    5. em adição a, a
    6. concernente, em relação a, em referência a, por causa de
    7. de acordo com (regra ou padrão)
    8. em, próximo, contra (referindo-se à presença de alguém)
    9. no meio, dentro, para dentro, até (idéia de mover-se para)

    מָשַׁח


    (H4886)
    mâshach (maw-shakh')

    04886 משח mashach

    uma raiz primitiva; DITAT - 1255; v

    1. untar, ungir, espalhar um líquido
      1. (Qal)
        1. untar
        2. ungir (como consagração)
        3. ungir, consagrar
      2. (Nifal) ser ungido

    אָמַר


    (H559)
    ʼâmar (aw-mar')

    0559 אמר ’amar

    uma raiz primitiva; DITAT - 118; v

    1. dizer, falar, proferir
      1. (Qal) dizer, responder, fala ao coração, pensar, ordenar, prometer, intencionar
      2. (Nifal) ser falado, ser dito, ser chamado
      3. (Hitpael) vangloriar-se, agir orgulhosamente
      4. (Hifil) declarar, afirmar

    אָנֹכִי


    (H595)
    ʼânôkîy (aw-no-kee')

    0595 אנכי ’anokiy

    um pronome primitivo; DITAT - 130; pron pess

    1. eu (primeira pess. sing.)

    עָשָׂה


    (H6213)
    ʻâsâh (aw-saw')

    06213 עשה ̀asah

    uma raiz primitiva; DITAT - 1708,1709; v.

    1. fazer, manufaturar, realizar, fabricar
      1. (Qal)
        1. fazer, trabalhar, fabricar, produzir
          1. fazer
          2. trabalhar
          3. lidar (com)
          4. agir, executar, efetuar
        2. fazer
          1. fazer
          2. produzir
          3. preparar
          4. fazer (uma oferta)
          5. atender a, pôr em ordem
          6. observar, celebrar
          7. adquirir (propriedade)
          8. determinar, ordenar, instituir
          9. efetuar
          10. usar
          11. gastar, passar
      2. (Nifal)
        1. ser feito
        2. ser fabricado
        3. ser produzido
        4. ser oferecido
        5. ser observado
        6. ser usado
      3. (Pual) ser feito
    2. (Piel) pressionar, espremer

    קָרָא


    (H7121)
    qârâʼ (kaw-raw')

    07121 קרא qara’

    uma raiz primitiva [idêntica a 7122 com a idéia de dirigir-se a uma pessoa ao encontrála]; DITAT - 2063; v.

    1. chamar, clamar, recitar, ler, gritar, proclamar
      1. (Qal)
        1. chamar, gritar, emitir um som alto
        2. chamar, gritar (por socorro), invocar (o nome de Deus)
        3. proclamar
        4. ler em voz alta, ler (para si mesmo), ler
        5. convocar, convidar, requerer, chamar e encarregar, designar, chamar e dotar
        6. chamar, nomear, colocar nome em, chamar por
      2. (Nifal)
        1. chamar-se
        2. ser chamado, ser proclamado, ser lido em voz alta, ser convocado, ser nomeado
      3. (Pual) ser chamado, ser nomeado, ser evocado, ser escolhido

    אֲשֶׁר


    (H834)
    ʼăsher (ash-er')

    0834 אשר ’aher

    um pronome relativo primitivo (de cada gênero e número); DITAT - 184

    1. (part. relativa)
      1. o qual, a qual, os quais, as quais, quem
      2. aquilo que
    2. (conj)
      1. que (em orações objetivas)
      2. quando
      3. desde que
      4. como
      5. se (condicional)

    אֵת


    (H853)
    ʼêth (ayth)

    0853 את ’eth

    aparentemente uma forma contrata de 226 no sentido demonstrativo de entidade; DITAT - 186; partícula não traduzida

    1. sinal do objeto direto definido, não traduzido em português mas geralmente precedendo e indicando o acusativo