Jó 4:1-21



(ARC) - 1969 - Almeida Revisada e Corrigida


Antes de 2100 a.C.

Elifaz repreende Jó

Jó 4:1

ENTÃO respondeu Elifaz, o temanita, e disse:

Jó 4:2

Se intentarmos falar-te, enfadar-te-ás? Mas quem poderá conter as palavras?

Jó 4:4

As tuas palavras levantaram os que tropeçavam, e os joelhos desfalecentes fortificaste.

Jó 4:5

Mas agora a ti te vem, e te enfadas; e, tocando-te a ti, te perturbas.

Jó 4:6

Porventura não era o teu temor de Deus a tua confiança, e a tua esperança a sinceridade dos teus caminhos?

Jó 4:7

Lembra-te agora de qual é o inocente que jamais perecesse? E onde foram os sinceros destruídos?

Jó 4:8

Segundo eu tenho visto, os que lavram iniquidade e semeiam o mal segam isso mesmo.

Jó 4:9

Com o hálito de Deus perecem; e com o assopro da sua ira se consomem.

Jó 4:10

O bramido do leão, e a voz do leão feroz, e os dentes dos leõezinhos se quebrantam.

Jó 4:11

Perece o leão velho, porque não há presa, e os filhos da leoa andam dispersos.

Jó 4:12

Uma palavra se me disse em segredo; e os meus ouvidos perceberam um sussurro dela.

Jó 4:14

Sobreveio-me o espanto e o tremor, e todos os meus ossos estremeceram.

Jó 4:15

Então um espírito passou por diante de mim; fez-me arrepiar os cabelos da minha carne;

Jó 4:16

Parou ele, mas não conheci a sua feição; um vulto estava diante dos meus olhos: e, calando-me, ouvi uma voz que dizia:

Jó 4:18

Eis que nos seus servos não confia, e nos seus anjos encontra loucura;

Jó 4:19

Quanto menos naqueles que habitam em casas de lodo, cujo fundamento está no pó, e são machucados como a traça!

Jó 4:20

Desde manhã até à tarde são despedaçados; e eternamente perecem sem que disso se faça caso.

Jó 4:21

Porventura não passa com eles a sua excelência? Morrem, mas sem sabedoria.

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