Versões:

(ARC) - 1969 - Almeida Revisada e Corrigida


A vitória de Jônatas sobre os filisteus
14:1
SUCEDEU pois que um dia disse Jônatas, filho de Saul, ao moço que lhe levava as armas: Vem, passemos a guarnição dos filisteus que está lá daquela banda. Porém não o fez saber a seu pai.
14:2
E estava Saul na extremidade de Gibeá, debaixo da romeira que estava em Migrom; e o povo que havia com ele eram uns seiscentos homens.
14:3
E Aía, filho de Aitube, irmão de Icabô, o filho de Fineias, filho de Eli, sacerdote do Senhor em Silo, trazia o éfode: porém o povo não sabia que Jônatas tinha ido.
14:4
E nas passagens pelas quais Jônatas procurava passar à guarnição dos filisteus, desta banda havia uma penha aguda, e da outra banda uma penha aguda: e era o nome de uma Bozez, e o nome da outra Sené.
14:5
Uma penha para o norte estava defronte de Micmas, e a outra para o sul defronte de Gibeá.
14:6
Disse pois Jônatas ao moço que lhe levava as armas: Vem, passemos à guarnição destes incircuncisos; porventura obrará o Senhor por nós, porque para com o Senhor nenhum impedimento há de livrar com muitos ou com poucos.
14:7
Então o seu pajem de armas lhe disse: Faze tudo o que tens no coração; volta, eis-me aqui contigo, conforme ao teu coração.
14:8
Disse pois Jônatas: Eis que passaremos àqueles homens, e nos descobriremos a eles.
14:9
Se nos disserem assim: Parai até que cheguemos a vós; então ficaremos no nosso lugar, e não subiremos a eles.
14:10
Porém, dizendo assim: Subi a nós; então subiremos, pois o Senhor os tem entregado na nossa mão, e isto nos será por sinal.
14:11
Descobrindo-se ambos eles pois à guarnição dos filisteus, disseram os filisteus: Eis que já os hebreus saíram das cavernas em que se tinham escondido.
14:12
E os homens da guarnição responderam a Jônatas e ao seu pajem de armas, e disseram: Subi a nós, e nós vo-lo ensinaremos. E disse Jônatas ao seu pajem de armas: Sobe atrás de mim, porque o Senhor os tem entregado na mão de Israel.
14:13
Então trepou Jônatas com os pés e com as mãos, e o seu pajem de armas atrás dele: e caíram diante de Jônatas, e o seu pajem de armas os matava atrás dele.
14:14
E sucedeu esta primeira derrota, em que Jônatas e o seu pajem de armas feriram até uns vinte homens, quase no meio de uma geira de terra que uma junta de bois podia lavrar.
14:15
E houve tremor no arraial, no campo e em todo o povo; também a mesma guarnição e os destruidores tremeram, e até a terra se alvoroçou, porquanto era tremor de Deus.
14:16
Olharam pois as sentinelas de Saul em Gibeá de Benjamim, e eis que a multidão se derramava, e fugia batendo-se.
14:17
Disse então Saul ao povo que estava com ele: Ora contai, e vede quem é que saiu dentre nós. E contaram, e eis que nem Jônatas nem o seu pajem de armas estavam ali.
14:18
Então Saul disse a Aía: Traze aqui a arca de Deus (porque naquele dia estava a arca de Deus com os filhos de Israel).
14:19
E sucedeu que, estando Saul ainda falando com o sacerdote, o alvoroço que havia no arraial dos filisteus ia crescendo muito, e se multiplicava, pelo que disse Saul ao sacerdote: Retira a tua mão.
14:20
Então Saul e todo o povo que havia com ele se ajuntaram, e vieram à peleja; e eis que a espada dum era contra o outro, e houve mui grande tumulto.
14:21
Também com os filisteus havia hebreus, como dantes, que subiram com eles ao arraial em redor: e também estes se ajuntaram com os israelitas que estavam com Saul e Jônatas.
14:22
Ouvindo pois todos os homens de Israel que se esconderam pela montanha de Efraim que os filisteus fugiam, eles também os perseguiram de perto na peleja.
14:23
Assim livrou o Senhor a Israel naquele dia: e o arraial passou a Bete-Áven.
O atrevido voto de Saul
14:24
E estavam os homens de Israel já exaustos naquele dia, porquanto Saul conjurara o povo, dizendo: Maldito o homem que comer pão até à tarde, para que me vingue de meus inimigos. Pelo que todo o povo se absteve de provar pão.
14:25
E todo o povo chegou a um bosque: e havia mel na superfície do campo.
14:26
E, chegando o povo ao bosque, eis que havia um manancial de mel: porém ninguém chegou a mão à boca, porque o povo temia a conjuração.
14:27
Porém Jônatas não tinha ouvido quando seu pai conjurara o povo, e estendeu a ponta da vara que tinha na mão, e a molhou no favo de mel; e, tornando a mão à boca, aclararam-se os seus olhos.
14:28
Então respondeu um do povo, e disse: Solenemente conjurou teu pai o povo, dizendo: Maldito o homem que comer hoje pão. Pelo que o povo desfalecia.
14:29
Então disse Jônatas: Meu pai tem turbado a terra; ora vede como se me aclararam os olhos por ter provado um pouco deste mel.
14:30
Quanto mais se o povo hoje livremente tivesse comido do despojo que achou de seus inimigos. Porém agora não foi tão grande o estrago dos filisteus.
14:31
Feriram porém aquele dia aos filisteus, desde Micmas até Ajalom, e o povo desfaleceu em extremo.
14:32
Então o povo se lançou ao despojo, e tomaram ovelhas, e vacas, e bezerros, e os degolaram no chão; e o povo os comeu com sangue.
14:33
E o anunciaram a Saul, dizendo: Eis que o povo peca contra o Senhor, comendo com sangue. E disse ele: Aleivosamente obrastes: revolvei-me hoje uma grande pedra.
14:34
Disse mais Saul: Derramai-vos entre o povo, e dizei-lhes: Trazei-me cada um o seu boi, e cada um a sua ovelha, e degolai-os aqui, e comei, e não pequeis contra o Senhor, comendo com sangue. Então todo o povo trouxe de noite, cada um com a sua mão, o seu boi e os degolaram ali.
14:35
Então edificou Saul um altar ao Senhor: este foi o primeiro altar que edificou ao Senhor.
Jônatas é condenado à morte
14:36
Depois disse Saul: Desçamos de noite atrás dos filisteus, e despojemo-los, até que amanheça a luz, e não deixemos de resto um homem deles. E disseram: Tudo o que parecer bem aos teus olhos faze. Disse porém o sacerdote: Cheguemo-nos aqui a Deus.
14:37
Então consultou Saul a Deus, dizendo: Descerei atrás dos filisteus? entregá-los-ás na mão de Israel? Porém aquele dia lhe não respondeu.
14:38
Então disse Saul: Chegai-vos para cá, todos os chefes do povo, e informai-vos, e vede em que se cometeu hoje este pecado:
14:39
Porque vive o Senhor que salva a Israel, que, ainda que seja em meu filho Jônatas, certamente morrerá. E nenhum de todo o povo lhe respondeu.
14:40
Disse mais a todo o Israel: Vós estareis duma banda, e eu e meu filho Jônatas estaremos da outra banda. Então disse o povo a Saul: Faze o que parecer bem aos teus olhos.
14:41
Falou pois Saul ao Senhor Deus de Israel: Mostra o inocente. Então Jônatas e Saul foram tomados por sorte, e o povo saiu livre.
14:42
Então disse Saul: Lançai a sorte entre mim e Jônatas, meu filho. E foi tomado Jônatas.
14:43
Disse então Saul a Jônatas: Declara-me o que tens feito. E Jônatas lho declarou, e disse: Tão somente provei um pouco de mel com a ponta da vara que tinha na mão; eis que devo morrer?
14:44
Então disse Saul: Assim me faça Deus, e outro tanto, que com certeza morrerás, Jônatas.
14:45
Porém o povo disse a Saul: Morrerá Jônatas, que obrou tão grande salvação em Israel? nunca tal suceda; vive o Senhor, que não lhe há de cair no chão um só cabelo da sua cabeça! pois com Deus fez isso hoje. Assim o povo livrou a Jônatas, para que não morresse.
14:46
E Saul deixou de seguir os filisteus e os filisteus se foram ao seu lugar.
14:47
Então tomou Saul o reino sobre Israel: e pelejou contra todos os seus inimigos em redor: contra Moabe, e contra os filhos de Amom, e contra Edom, e contra os reis de Zoba, e contra os filisteus, e para onde quer que se voltava executava castigos.
14:48
E houve-se valorosamente, e feriu aos amalequitas: e libertou a Israel da mão dos que o saqueavam.
14:49
E os filhos de Saul eram Jônatas, e Isvi, e Malquisua: e os nomes de suas duas filhas eram estes: o nome da mais velha Merabe, e o nome da mais nova, Mical.
14:50
E o nome da mulher de Saul, Ainoã, filha de Aimaás: e o nome do general do exército, Abner, filho de Ner, tio de Saul.
14:51
E Quis, pai de Saul e Ner, pai de Abner, eram filhos de Abiel.
14:52
E houve uma forte guerra contra os filisteus, todos os dias de Saul: pelo que Saul a todos os homens valentes e valorosos que via os agregava a si.

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Locais

AMOM
Atualmente: JORDÂNIA
Região dos amonitas a leste do Mar Morto. Estas terras não pertenciam aos israelitas no tempo da conquista. Os amonitas foram incorporados no império assírio, babilônico e persa. Posteriormente, nos períodos de independência, constituíram ameaça para Israel até o tempo dos Macabeus.

EDOM
Atualmente: JORDÂNIA
Edom – Significa vermelho. Esta região tem este nome devido a coloração de sua formação rochosa. Teve como sua capital durante o império grego, a cidade de Petra. Nesta região viveu um povo chamado nabateu, que controlava as rotas ao sul da Arábia. Nação formada pelos descendendes de Esaú, irmão de Jacó. Localizada a sudeste do Mar Morto.

EFRAIM
Atualmente: ISRAEL
Região da Tribo de Israel. João 11:5

GIBEÁ
Atualmente: ISRAEL


ISRAEL
Atualmente: ISRAEL
País com área atual de 20.770 km2 . Localiza-se no leste do mar Mediterrâneo e apresenta paisagem muito variada: uma planície costeira limitada por colinas ao sul, e o planalto Galileu ao norte; uma grande depressão que margeia o rio Jordão até o mar Morto, e o Neguev, uma região desértica ao sul, que se estende até o golfo de Ácaba. O desenvolvimento econômico em Israel é o mais avançado do Oriente Médio. As indústrias manufatureiras, particularmente de lapidação de diamantes, produtos eletrônicos e mineração são as atividades mais importantes do setor industrial. O país também possui uma próspera agroindústria que exporta frutas, flores e verduras para a Europa Ocidental. Israel está localizado numa posição estratégica, no encontro da Ásia com a África. A criação do Estado de Israel, gerou uma das mais intrincadas disputas territoriais da atualidade. A criação do Estado de Israel em 1948, representou a realização de um sonho, nascido do desejo de um povo, de retornar à sua pátria depois de mil oitocentos e setenta e oito anos de diáspora. Esta terra que serviu de berço aos patriarcas, juízes, reis, profetas, sábios e justos, recebeu, Jesus o Senhor e Salvador da humanidade. O atual Estado de Israel teve sua origem no sionismo- movimento surgido na Europa, no século XIX, que pregava a criação de um país onde os judeus pudessem viver livres de perseguições. Theodor Herzl organizou o primeiro Congresso sionista em Basiléia, na Suíça, que aprovou a formação de um Estado judeu na Palestina. Colonos judeus da Europa Oriental – onde o anti-semitismo era mais intenso, começaram a se instalar na região, de população majoritariamente árabe. Em 1909, foi fundado na Palestina o primeiro Kibutz, fazenda coletiva onde os colonos judeus aplicavam princípios socialistas. Em 1947, a Organização das Nações Unidas (ONU) votou a favor da divisão da Palestina em dois Estados: um para os judeus e outro para os árabes palestinos. Porém, o plano de partilha não foi bem aceito pelos países árabes e pelos líderes palestinos. O Reino Unido que continuava sofrer a oposição armada dos colonos judeus, decidiu então, encerrar seu mandato na Palestina. Em 14 de maio de 1948, véspera do fim do mandato britânico, os líderes judeus proclamaram o Estado de Israel, com David Bem-Gurion como primeiro-ministro. Os países árabes (Egito, Iraque, Síria e Jordânia) enviaram tropas para impedir a criação de Israel, numa guerra que terminou somente em janeiro de 1949, com a vitória de Israel, que ficou com o controle de 75% do território da Palestina, cerca de um terço a mais do que a área destinada ao Estado judeu no plano de partilha da ONU.

MOABE
Atualmente: JORDÂNIA
Planalto a 960 metros de altitude entre os rios Arnon e Zerede.

Moabe ou Moab (hebraico מוֹאָב ou Moʾav; grego Μωάβ; assírio Mu'aba, Ma'ba, Ma'ab; egípcio Mu'ab) é o nome histórico de uma faixa de terra montanhosa no que é atualmente a Jordânia, ao longo da margem oriental do Mar Morto. Na Idade Antiga, pertencia ao Reino dos Moabitas, um povo que estava frequentemente em conflito com os seus vizinhos israelitas a oeste. Os moabitas são um povo histórico, cuja existência é atestada por diversas descobertas arqueológicas, em especial a Estela de Mesa, que descreve a vitória moabita sobre um filho (não identificado) do rei Onri de Israel . Sua capital foi Dibom, localizada próxima a moderna cidade Jordaniana de Dhiban.

A etimologia da palavra é incerta. A interpretação mais antiga é encontrada na Septuaginta que explica o nome, em alusão óbvia à descrição da ascendência de Moabe, como ἐκ τοῦ πατρός μου. Outras etimologias que têm sido propostas a consideram como uma decomposição de "semente de um Pai", ou como uma forma particípia de "desejar", conotando assim "a desejável (terra)". Rashi explica que a palavra Mo'ab significa "do Pai", já que "ab" em Hebreu, Árabe e nas demais línguas semíticas significa Pai (Deus). Ele escreveu que como um resultado da imodéstia do nome de Moab, Deus não ordenou aos Judeus que se abstivessem de produzir aflição sobre os Moabitas de modo o qual Ele fez em respeito aos Amonitas. Fritz Hommel considera "Moab" como uma abreviação de "Immo-ab" = "sua mãe é seu pai".

Abelsatim é uma famosa planície onde os hebreus se detiveram para chorar a morte de Moisés.




Comentários

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores






Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante




















































































Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)






Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.






Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano






Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista






Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.






NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia






Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson







Mapas Históricos

A AMEAÇA FILISTÉIA

séculos XII a XI a.C.







OS VIZINHOS DE ISRAEL E JUDÁ








PALESTINA - TERMINOLOGIA HISTÓRICA








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PALESTINA - TERRA PREPARADA POR DEUS








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Os REIS DE ISRAEL

930-741 a.C.







GUERRAS: ESTRATEGIAS, ARMAS E FORTALEZAS








PALESTINA - DISTRITOS GEOPOLÍTICOS








ESTRADAS E TRANSPORTE NO MUNDO BÍBLICO








A conquista da Transjordânia

século XV ou XIII a.C.







A DIVISÃO DO REINO

930 a.C.








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