Cartas do Evangelho

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CAPÍTULO 4

CARTA AOS INVESTIGADORES DO ESPIRITISMO


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Casimiro Cunha

Meu irmão, guarda a certeza De que a mundana ciência É muito, mas não é tudo Na paz de nossa existência.

Mormente se já tiveste A nossa expressão de amor, Coloca a fé sobre tudo Na tua vida interior.

Tua razão inda é humana, Falível e pequenina. . .

A fé, porém, é um clarão Da Consciência Divina.

Muita pompa de palavras, Muita terminologia, Complicam muito no mundo A nossa filosofia.

O grande cientificismo De alma pobre e presunçosa Transforma os nossos princípios Em confusão palavrosa.

A lição do Espiritismo É um grande manancial, Onde as águas da Verdade São claras como o cristal.

Tudo é simples, tudo é puro Nessa fonte de harmonia.

Muita tese complicada É o que gera a fantasia.

O método mais sublime De toda doutrinação É aquele que acende a luz Do altar de teu coração.

Ciência nunca faltou Na marcha da Humanidade, Mas, sempre minguou na Terra O grande bem da humildade.

Modernamente, a ciência Tem seu magro esplendor.

Tem-se tudo e o mundo marcha Para a guerra e para a dor.

Por vezes, no mar das lutas, A razão vai na maré Se em seu roteiro de estudos Não tem o farol da fé.

Não se deve desprezar Os bens do racionalismo, Mas, nunca olvides a fé No labor do Espiritismo.

Com teus pesos e medidas Tu podes hoje ser forte, Somente a fé, todavia, Nos esclarece na morte.

Não te esqueças, meu amigo Nossa comunicação Constitui a renascença Do pensamento cristão.








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