Cartas do Evangelho
Versão para cópiaCARTA AOS INVESTIGADORES DO ESPIRITISMO
Casimiro Cunha
Meu irmão, guarda a certeza De que a mundana ciência É muito, mas não é tudo Na paz de nossa existência.
Mormente se já tiveste A nossa expressão de amor, Coloca a fé sobre tudo Na tua vida interior.
Tua razão inda é humana, Falível e pequenina. . .
A fé, porém, é um clarão Da Consciência Divina.
Muita pompa de palavras, Muita terminologia, Complicam muito no mundo A nossa filosofia.
O grande cientificismo De alma pobre e presunçosa Transforma os nossos princípios Em confusão palavrosa.
A lição do Espiritismo É um grande manancial, Onde as águas da Verdade São claras como o cristal.
Tudo é simples, tudo é puro Nessa fonte de harmonia.
Muita tese complicada É o que gera a fantasia.
O método mais sublime De toda doutrinação É aquele que acende a luz Do altar de teu coração.
Ciência nunca faltou Na marcha da Humanidade, Mas, sempre minguou na Terra O grande bem da humildade.
Modernamente, a ciência Tem seu magro esplendor.
Tem-se tudo e o mundo marcha Para a guerra e para a dor.
Por vezes, no mar das lutas, A razão vai na maré Se em seu roteiro de estudos Não tem o farol da fé.
Não se deve desprezar Os bens do racionalismo, Mas, nunca olvides a fé No labor do Espiritismo.
Com teus pesos e medidas Tu podes hoje ser forte, Somente a fé, todavia, Nos esclarece na morte.
Não te esqueças, meu amigo Nossa comunicação Constitui a renascença Do pensamento cristão.
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