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Capítulo XIV

Uso e abuso


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O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO —
O LIVRO DOS ESPÍRITOS —

O uso é o bom-senso da vida e o metro da caridade.

Vida sem abuso, consciência tranquila.


Uso é moderação em tudo.

Abuso é desequilíbrio.


O uso exprime alegria.

Do abuso nasce a dor.


Existem abusos de tempo, conhecimento e emoção.

Por isso, muitas vezes, o uso chama-se “abstenção”.


O uso cria a reminiscência confortadora.

O abuso forja a lembrança infeliz.


Saber fazer significa saber usar.

Todos os objetos ou aparelhos, atitudes ou circunstâncias exigem uso adequado, sem o que surge o erro.


Doença — abuso da saúde.

Vício — abuso do hábito.

Supérfluo — abuso do necessário.

Egoísmo — abuso do direito.

Todos os aspectos menos bons da existência constituem abusos.


O uso é a lei que constrói.

O abuso é a exorbitância que desgasta.


Eis por que progredir é usar bem os empréstimos de Deus.



(Psicografia de Waldo Vieira)


TEMAS ESTUDADOS NESTE E NO CAPÍTULO ANTERIOR

Apoio do exemplo — Bens espirituais — Lei do uso — Necessidade do equilíbrio —Propriedade — Prosperidade



André Luiz
Francisco Cândido Xavier


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