Justiça Divina
Versão para cópiaNós todos
Reunião pública de 15-9-1961.
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Espíritos imperfeitos! No círculo das paixões que se agitam na Terra, somos nós todos.
Abriste a outrem o túnel da paciência e não te furtaste ao desespero, quando o tempo te trouxe o dia da prova.
Receitaste heroísmo ao companheiro dilacerado e acolheste a revolta, quando te beliscaram a pele. Pregaste desinteresse aos que ajuntaram alguns vinténs e esqueceste os necessitados, quando a fortuna te procurou.
Estranhaste o procedimento culposo dos vizinhos e resvalaste em mais baixo nível, na hora da tentação.
Por isso mesmo, qual nos acontece, ao toque da verdade, tens a luz da esperança na dor da insatisfação.
No entanto, apesar dos mais duros conflitos de consciência, prossegue indicando o bem.
Exercício na escola é base do ensino. Aluno desanimado perde a lição.
Fazendo luz para os outros, acabamos medindo a sombra que nos é própria.
Não admitas que nós, os amigos desencarnados, estejamos como quem fala de palanque blindado, à praça indefesa.
Obreiros da mesma obra, servimos em duas frentes.
Choras pelos que viste partir. Choramos nós pelos que ficaram.
Trabalhamos por ti, a cujo passo recorreremos em nova reencarnação. Trabalhas por nós, que seremos teus filhos.
Imperioso purificar-nos para o voo supremo aos mundos felizes.
Tanto aí quanto aqui, é preciso aprender, sofrendo, e subir, resgatando.
Assim pois, diante do irmão caído no mal, compadece-te dele e ensina o bem, mesmo que o mal ainda te ensombre.
A compaixão mostra o caminho da caridade e, sem caridade uns para com os outros, não há segurança para ninguém.
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