Justiça Divina

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Capítulo XXXIX

Ora e serve


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Reunião pública de 16-6-1961.

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Afirmas que o progresso, exprimindo felicidade e aprimoramento, é o porto a que te destinas, no mar da experiência terrestre, mas, se cultivas sinceridade e decisão contigo mesmo, abraça o trabalho e a prece, como sendo a embarcação e a bússola do caminho.


Rochedos de incompreensão escondem-se, traiçoeiros, sob a crista das ondas, ameaçando-te a rota.

No entanto, ora e serve.

A prece ilumina.

O trabalho liberta.


Monstros do precipício surgem à tona, inclinando-te à perturbação e ao soçobro.

Contudo, ora e serve.

A prece guia.

O trabalho defende.


Tempestades de aflição aparecem de chofre, vergastando-te o refúgio.

Entretanto, ora e serve.

A prece reanima.

O trabalho restaura.


Companheiros queridos que te suavizavam as agruras da marcha desembarcam nas ilhas de enganoso descanso, deixando-te as mãos sob multiplicados encargos.

Todavia, ora e serve.

A prece consola.

O trabalho sustenta.


Em todos os problemas e circunstâncias que te pareçam superar o quadro das próprias forças, ora e serve.

A prece é silêncio que inspira.

O trabalho é atividade que aperfeiçoa.


O viajor mais importante da Terra também passou pelo oceano do suor e das lágrimas, orando e servindo. Tão escabrosa lhe foi a peregrinação, entre os homens, que não sobrou amigo algum para compartilhar-lhe espontaneamente os júbilos da chegada pelo escaler em forma de cruz. Tão alto, porém, acendeu ele a flama da prece que pôde compreender e desculpar os próprios algozes, e tão devotadamente se consagrou ao trabalho que conseguiu vencer os abismos da morte e voltar aos braços dos amigos vacilantes, como a repetir-lhes em regozijo e vitória: — “Tende bom ânimo! Eu estou aqui.” (Mt 14:27)




Emmanuel
Francisco Cândido Xavier


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