Leis de Amor

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Capítulo VII

O tratamento das doenças e o Espiritismo


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A Doutrina Espírita, expressando o Cristianismo Redivivo, não apenas descortina os panoramas radiantes da imortalidade, ante o grande futuro, mas é igualmente luz para o homem, a clarear-lhe o caminho; desse modo, desempenha função específica no tratamento das doenças que fustigam a Humanidade, por ensinar a medicina da alma, em bases no amor construtivo e reedificante.

Nas trilhas da experiência terrestre, realmente, a cada trecho, surpreendemos desequilíbrios, a se exprimirem por enfermidades individuais e coletivas.


Mágoas, ressentimentos, desesperos, atritos e irritações entretecem crises do pensamento, estabelecendo lesões mentais que culminam em processos patológicos, no corpo e na alma, quando não se convertem, de pronto, em pábulo da loucura ou em sombra da morte.


Isso acontece porque milhões de criaturas, repostas no lar, recapitulam amargosas e graves experiências, junto àqueles que atormentaram outrora ou que outrora lhes foram implacáveis verdugos; metamorfoseados em companheiros que, às vezes, trazem o nome de pais e figuram-se adversários intransigentes; responderam por filhos e mais se assemelham a duros algozes dos corações afetuosos que lhes deram o tesouro do berço; carregam a certidão de esposos e parecem forçados, em algema dupla na pedreira do sofrimento; fazem-se conhecidos por titulares da parentela e exibem-se, à feição de carrascos tranquilos.


Do ponto de vista mental, os adversários do pretérito, reencarnados no presente, expandem entre si tamanha carga vibratória de crueldade e rebeldia, que transfiguram o ninho familiar em furna minada por miríades de raios destrutivos de azedume e aversão.


Diante dos conflitos familiares, surgem os princípios espíritas por medicação providencial.


Claramente, na educação individual e, evidenciando a reencarnação, destaca o impositivo da tolerância mútua, por terapêutica espiritual imediata, a fim de que os pontos nevrálgicos do indivíduo ou do grupo sejam definitivamente sanados.


A Doutrina Espírita, proclamando o entendimento fraterno por medida alienável, perante os ajustes precisos, catalogam os irmãos transviados na ficha dos enfermos carecentes de compaixão e socorro.


Os ensinamentos espíritas, despertando a mente para a necessidade do trabalho e do estudo espontâneo, preparam a criatura, em qualquer situação, para a obra do aperfeiçoamento próprio e desvelando a continuidade da vida, para lá da morte, patenteiam ao raciocínio de cada um que a individualidade não encontrará, além-túmulo, qualquer prerrogativa e sim a felicidade ou o infortúnio que construiu para si mesma, através daquilo que fez aos semelhantes.


Fácil verificar, assim, que a Doutrina Espírita encerra a filosofia do pensamento reto, por agente preservativo da saúde moral, e consubstancia a religião natural do bem, cujas manifestações definem a caridade por terapêutica de alívio e correção de todos os males que afligem a existência.


Com os ensinamentos espíritas aprendemos que os atos de bondade, ainda os mais apagados e pequeninos, são plantações de alegrias eternas e que o perdão incondicional das ofensas é a fórmula santificante para supressão da dor e renovação do destino.


Nas atividades espíritas, colhemos do magnetismo sublimado benefícios imediatos, seja no clima do passe, sob o influxo da oração, ou no culto sistemático do Evangelho no lar, por intermédio dos quais, benfeitores e amigos desencarnados nos reequilibram as forças, através da inspiração elevada, apaziguando-nos os pensamentos, ou se valem de recursos mediúnicos esparsos no ambiente, a fim de nos propiciarem socorro à alma aflita ou às energias exaustas.

Se abraçaste, pois, a Doutrina Espírita, perlustra-lhes os ensinos e compreenderás que a humildade e a benevolência, o serviço e a abnegação a paciência e a esperança, a solidariedade e o otimismo são medicamentos do Espírito, transformando lutas em lições e dificuldades em bênçãos, porque no mundo de cada esclarecimento e de cada mensagem consoladora, que efluem da inspiração, ouvirás a palavra do Cristo: “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei.” (Jo 15:12)




(Este capítulo foi psicografado por Waldo Vieira)



Emmanuel
Francisco Cândido Xavier

Que precisamos para vencer na luta doméstica?

—Devemos revestir-nos de paciência, amor, compreensão, devotamento, bom ânimo e humildade, a fim de aprender e vencer, na luta doméstica. No mundo, o lar é a primeira escola da reabilitação e do reajuste.







A Lei Divina apresenta meios especiais de proporcionar-nos corrigenda e libertação?

—Somos defrontados nas atividades profissionais de hoje como antigos devedores da Lei, chamados a funcionar no trabalho ou nas obras em que eles próprios faliram ontem, com dilatadas possibilidades de obtenção do próprio resgate; quase sempre aqueles mesmos junto dos quais se verificaram nossos próprios delitos ou deserções em existências passadas. Em nosso benefício, a Lei nos faculta empreendimentos e obrigações junto deles, a fim de que possamos antipatias e inibições, respirando-lhes o clima e renteandolhes a presença.







Como é encarado o divórcio nos planos superiores do Espírito?

—O divórcio, conquanto às vezes necessário, não é caminho salvador quando lutas se agravem. Ninguém colhe flores do plantio de pedras.

—Só o tempo consegue dissipar as sombras que amontoamos com o tempo. Só o perdão incondicional apaga as ofensas; apenas o bem extingue o mal.

8 - Existem casos francamente insolúveis nos casamentos desventurados; não será o divórcio o mal menor para evitar maiores males?

—Muitos dizem que o divórcio é válvula de escape para evitar o crime e não ousamos contestar. Casos surgem nos quais ele funciona, por medida lamentável, afastando males maiores, qual amputação que evita a morte, mas será sempre quitação adiada, à maneira de reforma do débito contraído.







Como se transformam os nossos adversários do passado?

—Nos processos da obsessão, urge reconhecer que os nossos opositores ou adversários se transformam para o bem, à medida que, de nossa parte, nos transformamos para melhor.







O que ocorre aos suicidas nas vidas ulteriores?

—Suicidas que estouraram o crânio ou que se entregaram a enforcamento, depois de prolongados suplícios, nas regiões purgatórias, frequentemente, após diversos tentames frustrados de renascimento, readquirem o corpo de carne, mas, transportam nele as deficiências do corpo espiritual, cuja harmonia desajustaram. Nessa fase, exibem cérebros retardados ou moléstias nervosas obscuras.







Como classificam a Doutrina Espírita as pessoas difíceis da convivência ou da consanguinidade?

—A Doutrina Espírita, proclamando o entendimento fraterno por medida inalienável, perante os ajustes precisos, cataloga os irmãos transviados na ficha dos enfermos carecentes de compaixão e socorro.







Para que nos purifiquemos, será suficiente acomodar-nos à tristeza e a soledade, por que nos reclamem serviço demasiado à felicidade dos outros?

—Quase sempre exigimos o máximo dos outros na construção da nossa felicidade, sem lhes darmos de nós o máximo na preservação da própria segurança. Entretanto, em apoio de nosso burilamento, urge sustentar atividades e encargos de sacrifício.







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João 15:12

O meu mandamento é este: Que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei.

jo 15:12
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