Luz Bendita

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Introdução

Senhor!

Aqui nos achamos neste ENCONTRO MARCADO para rever as CARTAS DO EVANGELHO, interpretadas por teus MISSIONÁRIOS DA LUZ, OBREIROS DA VIDA ETERNA, OS MENSAGEIROS de teu infinito amor, que te refletem a grandeza, LUZ ACIMA, a nos traçarem o ROTEIRO de que necessitamos, de modo a alcançar a precisa elevação A CAMINHO DA LUZ, para ouvir as VOZES DO GRANDE ALÉM. Sentimo-nos assim em plena CARTILHA DA NATUREZA, à frente da ESTANTE DA VIDA, registrando as PALAVRAS DA VIDA ETERNA e procurando as PÁGINAS DO CORAÇÃO no DICIONÁRIO DA ALMA, revestindo-nos de CORAGEM, ante a LUZ DA ORAÇÃO. Senhor, nesta VINHA DE LUZ, em PONTOS E CONTOS do CORREIO FRATERNO, reconhecemos que A VIDA ESCREVE a JUSTIÇA DIVINA, endereçando-nos CARTAS DO CORAÇÃO, em que o nosso caro mentor EMMANUEL nos anuncia a ALVORADA CRISTÃ, NO MUNDO MAIOR, FALANDO À TERRA e especialmente a nós, os seus humildes companheiros do CAMINHO ESPÍRITA acerca das lições do Senhor, HÁ DOIS MIL ANOS e dos ensinos que lhe foram subsequentes 50 ANOS DEPOIS, conduzindo-nos aos CAMINHOS DE VOLTA à PAZ E RENOVAÇÃO de que carecemos para ser plenamente felizes. Reconhecemos que nos abres novo PORTAL DE LUZ para seguirmos em RUMO CERTO na romagem de redenção em, que nos achamos ENTRE A TERRA E O CÉU. Ensina-nos, Amado Jesus, a descobrir o SINAL VERDE para seguirmos adiante, sabendo que A VIDA CONTINUA e que, embora as nossas imperfeições; trazemos conosco o LIVRO DA ESPERANÇA, no apoio de DEUS SEMPRE, a enriquecer-nos o coração de ROSAS COM AMOR para que possamos marchar em CHÃO DE FLORES, de modo a recebermos, em nossas próprias tarefas as RESPOSTAS DA VIDA para todas as nossas indagações. Inspira-nos para que possamos estar em tuas LEIS DE AMOR, praticando-te as lições da BOA NOVA, a fim de que prossigamos de MÃOS UNIDAS para esse ENCONTRO DE PAZ contigo. Senhor disseste-nos BUSCA E ACHARÁS. É por isso que hoje tocados de AMOR E LUZ, nós te rogamos para que nos concedas a tua LUZ BENDITA, hoje e sempre.



São Paulo, 1º de Novembro de 1977.



Rubens Silvio Germinhasi
Francisco Cândido Xavier

Escrevendo a Jesus


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Senhor Jesus.

Estamos felizes, apresentando mais um livro do nosso abnegado Emmanuel, o mentor e amigo de sempre.

Pedimos-te, porém, Senhor, para que estejamos igualmente no limiar destas páginas, entremeadas por testemunhos, dignos do nosso maior respeito, para evidenciar igualmente nosso apreço, pelo instrumento humano que se fez o intérprete do benfeitor espiritual que tanto amor e tanta consolação nos tem proporcionado.

Desejamos salientar aqui o cinquentenário de trabalho mediúnico de um irmão e de um amigo: Francisco Cândido Xavier.

Chico Xavier, será para nós melhor e mais íntimo, chamá-lo assim.

Imaginamos-lhe o começo da luta edificante a que se impôs.

Órfão de mãe aos cinco janeiros de idade, foi entregue a um lar estranho, onde conheceu duras provas. Atualmente biografado por vários amigos não precisamos assinalar-lhe esse doloroso período da infância. Entretanto, aquela que lhe fora mãe na experiência física, D. Maria João de Deus, ao desencarnar, prometera-1he enviar a ele e aos demais irmãos, um anjo de bondade que a substituísse.

Esse anjo em forma de mulher apareceu na pessoa de D. Cidália Batista, que se tornou a segunda esposa de João Cândido Xavier, o pai de nosso amigo.

Cidália Batista chamou a si a tarefa de Maria João de Deus e abraçou-lhe os nove filhos, em Pedro Leopoldo, como se fossem dela própria.

A mediunidade que começara em Chico aos quatro anos de idade, com fenômenos de clariaudiência, passou a desdobrar se, sem que houvesse alguém para orientar lhe o crescimento.

O pai, conquanto generoso, não compreendia a criança. Dona Cidália, a segunda mãe, não tinha dúvida em encaminhar o menino à máxima autoridade a quem poderia recorrer: um sacerdote amigo.

E Chico se entregou à fé católica, encontrando, nos templos que respeitosamente frequentava, as estranhas ocorrências que lhe marcavam a vida.

Médico das almas, o bondoso sacerdote lhe receitava penitências e cilícios, obrigações e disciplinas que o menino cumpria fielmente.

As visões e as vozes, no entanto, se ampliavam. E quanto mais cresciam, mais se avolumava a incompreensão daqueles que o estimavam, procurando restituí-lo a existência comum.

O lar, a escola, a comunidade e o trabalho profissional, iniciado aos dez anos de idade, não 1he foram favoráveis, conquanto lhe dessem simpatia e amor.

Chico falava daquilo que lhes era invisível, contava episódios que não conseguiam escutar.

E sobrevinham os conflitos sem conta.

D. Cidália Batista, que o adotara por filho do coração com os demais descendentes de João Cândido, teria sido a única a dar 1he crédito:

— “Chico, do que você escute ou veja fora da vida natural, nada conte a seu pai ou às outras pessoas — dizia ela — a não ser ao Padre Sebastião que nos confessa perante Deus, e a mim que me sinto sua mãe. Você não é louco, nem está perturbado. Não compreendo bem o que você me descreve, mas o padre saberá entender o que você diz.”

E se o rapazinho chorasse, repetia:

— “Não se aflija. Alguma pessoa no, futuro saberá o que vem a ser tudo isso que nós não compreendemos. É preciso esperar…”

Aos 17 de idade, Chico é conduzido à Doutrina Espírita.

Abre-se-lhe um caminho claro e novo.

O padre concorda em que ele experimente conhecer a nova doutrina.

E há cinquenta anos, Chico Xavier trabalha com a mesma pontualidade e com a mesma alegria, transmitindo as mensagens da Vida Maior.

Despendeu quarenta anos nas atividades profissionais em que se aposentou na condição de funcionário público federal, em 1961. E há meio século caminha entre dificuldades e bênçãos, alegrias e af lições, distribuindo as páginas dos Amigos Espirituais que lhe aceitaram a cooperação ou que o instalaram no serviço de Jesus, interpretado por Allan Kardec.

Cinquenta anos de trabalho, cinco decênios de caminhada ininterrupta…

Conhecêmo-lo por amigo dedicado e tarefeiro leal aos próprios compromissos, além de irmão que se nos instalou nos corações reconhecidos, mas, o que terá conhecido nessa viagem de meio século na mediunidade ativa, sabe-o Deus.

É para ele, Senhor Jesus, que te pedimos amparo e encorajamento para a continuidade dessa jornada luminosa entre dois mundos, ao mesmo tempo que agradecemos ao devotado Emmanuel a felicidade de compartilhar da alegria que 1977 nos trouxe.

Senhor Jesus, aqui terminamos nosso apelo e por tudo que temos recebido na luz dos teus emissários de paz, amor, para a edificação e aprimoramento de nossas vidas, de alma voltada para o nosso amado instrutor Emmanuel e de corações unidos ao nosso amigo Chico, aqui repetimos jubilosamente:

— Louvado seja Deus!



São Paulo, 1º de novembro 1977.



Rubens Silvio Germinhasi
Francisco Cândido Xavier

Homenagem

A FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA regozija-se com quantos, no Brasil e além-fronteiras, elevam a Deus as suas preces de gratidão pelas bênçãos distribuídas na Terra, em forma de ensino e consolação, auxílio e roteiro, através da mediunidade com Jesus.


A CASA-MÁTER DO ESPIRITISMO, lembrando a data que assinala meio século de intensos labores de Francisco Cândido Xavier no campo mediúnico, ligado especialmente à missão do livro espírita, deseja expressar, simbolizado no amplexo ao médium de Pedro Leopoldo e Uberaba, o seu carinho e apreço irrestrito a todos os médiuns, do passado e da atualidade, que deram e dão expressivas provas de dedicação ao trabalho do Senhor, sabendo renunciar e testemunhar, com valor e fé, no dia a dia, a excelência da mensagem do Espírito da Verdade; na restauração do Cristianismo do Cristo.

Que a Paz do Senhor permaneça com o querido seareiro. E que Ismael o ilumine e proteja sempre.



Francisco Cândido Xavier

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