Mãos Unidas

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Capítulo X

Nossa parcela



Talvez não percebas. Entretanto, cada dia, acrescentas algo de ti ao campo da vida.

As áreas dos deveres que assumiste são aquelas em que deixas a tua marca, obrigatoriamente, mas possuis distritos outros de trabalho e de tempo, nos quais o Senhor te permite agir livremente, de modo a impregná-los com os sinais de tua passagem.


Examina por ti mesmo as situações com que te defrontas, hora a hora. Por todos os flancos, solicitações e exigências. Tarefas, compromissos, contatos, reportagens, acontecimentos, comentários, informações, boatos. Queiras ou não queiras, a tua parcela de influência conta na soma geral das decisões e realizações da comunidade, porque em matéria de manifestação, até mesmo o teu silêncio vale.

Não nos referimos a isso para que te ergas, cada manhã, em posição de alarme. Anotamos o assunto para que as circunstâncias, sejam elas quais forem, nos encontrem de alma aberta ao patrocínio e à expansão do bem.


Acostumemo-nos a servir e abençoar sem esforço, tanto quanto nos apropriamos do ar, respirando mecanicamente. Compreender por hábito e auxiliar aos outros sem ideia de sacrifício.

Aprendemos e ensinamos caridade em todos os temas da necessidade humana. Façamos dela o pão espiritual da vida.


Acreditemos ou não, tudo o que sentimos, pensamos, dizemos ou realizamos nos define a contribuição diária no montante de forças e possibilidades felizes ou menos felizes da existência.

Meditemos nisso. Reflitamos na parcela de influência e de ação que impomos à vida, na pessoa dos semelhantes, porque de tudo o que dermos à vida, a vida também nos trará.




(Anuário Espírita 1970)

Essa mensagem foi publicada originalmente em 1969 pela EPC e é a 55ª lição do livro “”



Emmanuel
Francisco Cândido Xavier

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