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Capítulo III

Cantoria de passagem


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Me dão vez eu vou entrando

No recinto agradecido,

Com meu rosário de versos

No coração estendido,

Pra desfiar aonde chegue,

No estilo bem conhecido.


Trovador sempre se inspira

Dependendo do ambiente,

Minh’alma em questão de rimas

É como água corrente

E ofereço como rosas

Os meus versos de repente.


Nada é mais belo no mundo

Que o dom da gente cantar!

Nem a morte quando chega

Faz esse canto parar,

Pois é apenas um modo

De se mudar de lugar.


Vamos lá, que hoje estou

Recordando meu sertão,

Uma viola no peito,

Trovando com inspiração.

O tempo que tenho é pouco,

Não posso demorar não.


Mas voltarei outro dia,

Agora estou de passagem,

Só afinei o instrumento

E desenhei minha imagem.

Continuo como sempre

Homem de canto e viagem.




Josué da Cruz
Francisco Cândido Xavier

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