Paciência

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CAPÍTULO 12

Caridade e migalha


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Em nome de Deus, o homem recebe a caridade das células que lhe formam o corpo;

do berço que se lhe erige em estação de refazimento;

do colo materno a recolhê-lo por ninho santo;

da bênção paternal que o assiste;

dos sentidos diversos que o ajudam a orientar-se;

do lar que o asila;

da escola que o instrui;

da terra que o sustenta;

do sol que lhe garante a visão e a energia;

do ar que o nutre;

da planta que o protege;

da fonte que lhe socorre as necessidades;

do livro que lhe descerra horizontes de luz;

do amigo que o reconforta;

do trabalho que lhe assegura o progresso;

da oração que o inspira;

do fio que lhe tece a vestimenta;

do pão que lhe guarda a força;

do remédio que lhe preserva a saúde e das mil utilidades que lhe plasmam, a cada instante, a fortaleza e a coragem, a segurança e a alegria. . .


* * *

Dá-lhe o Senhor, para que não se sinta inútil, a ilusão construtiva do ouro em barra ou disco, de modo a lhe não falte recurso aquisitivo, no culto à honestidade, mas, no fundo, todas as concessões do Céu, por inapreciáveis e generosas, não têm preço visível, porquanto todas elas nascem do perdão incansável e do amor sem limites.


* * *

Não te pese entregar a quem sofre a migalha do auxílio, da qual possas dispor, de vez que a beneficência, perante a Bondade Eterna, é simples dever nosso, na jornada do bem para a união de todas as criaturas, na abastança sem fim.


* * *

Aceita o fracasso por base de recomeço.







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