Paciência
Versão para cópiaCaridade e migalha
Em nome de Deus, o homem recebe a caridade das células que lhe formam o corpo;
do berço que se lhe erige em estação de refazimento;
do colo materno a recolhê-lo por ninho santo;
da bênção paternal que o assiste;
dos sentidos diversos que o ajudam a orientar-se;
do lar que o asila;
da escola que o instrui;
da terra que o sustenta;
do sol que lhe garante a visão e a energia;
do ar que o nutre;
da planta que o protege;
da fonte que lhe socorre as necessidades;
do livro que lhe descerra horizontes de luz;
do amigo que o reconforta;
do trabalho que lhe assegura o progresso;
da oração que o inspira;
do fio que lhe tece a vestimenta;
do pão que lhe guarda a força;
do remédio que lhe preserva a saúde e das mil utilidades que lhe plasmam, a cada instante, a fortaleza e a coragem, a segurança e a alegria. . .
Dá-lhe o Senhor, para que não se sinta inútil, a ilusão construtiva do ouro em barra ou disco, de modo a lhe não falte recurso aquisitivo, no culto à honestidade, mas, no fundo, todas as concessões do Céu, por inapreciáveis e generosas, não têm preço visível, porquanto todas elas nascem do perdão incansável e do amor sem limites.
Não te pese entregar a quem sofre a migalha do auxílio, da qual possas dispor, de vez que a beneficência, perante a Bondade Eterna, é simples dever nosso, na jornada do bem para a união de todas as criaturas, na abastança sem fim.
Aceita o fracasso por base de recomeço.
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