Capítulo XVI

Caridade


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Caridade é, sobretudo, amizade.

Para o faminto — é o prato de sopa fraterna.

Para o triste — é a palavra consoladora.

Para o mau — é a paciência com que nos compete auxiliá-lo.

Para o desesperado — é o auxílio do coração.

Para o ignorante — é o ensino despretensioso.

Para o ingrato — é o esquecimento.

Para o enfermo — é a visita pessoal.

Para o estudante — é o concurso no aprendizado.

Para a criança — é a proteção construtiva.

Para o velho — é o braço irmão.

Para o inimigo — é o silêncio.

Para o amigo — é o estímulo.

Para o transviado — é o entendimento.

Para o orgulhoso — é a humildade.

Para o colérico — é a calma.

Para o preguiçoso — é o trabalho.

Para o impulsivo — é a serenidade.

Para o leviano — é a tolerância.

Para o deserdado da Terra — é a expressão de carinho.


Caridade é amor, em manifestação incessante e crescente. É o sol de mil faces, brilhando para todos, e o gênio de mil mãos, amparando, indistintamente, na obra do bem, onde quer que se encontre, entre justos e injustos, bons e maus, felizes e infelizes, porque, onde estiver o Espírito do Senhor aí se derrama a claridade constante dela, a benefício do mundo inteiro. ()




Emmanuel
Francisco Cândido Xavier


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