Antologia dos Imortais

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Capítulo XXIX

Wenceslau de Queiroz


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Quando Jesus pregava, o mundo delirante

Ouvia emocionado os poemas divinos…

Na palavra da Fé, a harmonia estuante

Rededilhava nalma os mais formosos hinos…


A Natureza inteira, o Infinito distante,

Os roteiros da Dor e os sonhos peregrinos

Recolhiam da voz do Excelso Viandante

As Canções da Bondade e os Celestes Ensinos.


A magia do Amor tocava a criatura,

Transfundindo a revolta em suave sorriso,

O apogeu da aflição em auge de ventura.


A vestir de Esperança a Terra enferma e escrava,

Doce, pura e sublime, a luz do Paraíso

Banhava o mundo em paz, quando Jesus pregava…


WENCESLAU José DE Oliveira QUEIROZ — Poeta, jornalista, conferencista, crítico literário e polemista ardoroso, foi Wenceslau de Queiroz um dos precursores do Simbolismo entre nós, e um dos fundadores da Academia Paulista de Letras, aí tendo ocupado a cadeira n° 9. Bacharel em Direito e Juiz Federal em S. Paulo, era um dos companheiros mais assíduos de Emiliano Perneta. Redator-chefe do Correio Paulistano. Alma afetiva e coração sensível, viveu uma existência amargurada. Ezequiel Freire chamou-lhe “Baudelaire paulistano”. (Jundiaí, Est. de S. Paulo, 2 de Dezembro de 1865 — S. Paulo, 29 de Janeiro de 1921.)

BIBLIOGRAFIA: ; ; ; ; etc.



Observe-se a aliteração em t, de poderoso efeito.

Entenda-se Paraíso a significar um Plano superior em que todos os Espíritos trabalham em nome de Deus.


(Psicografia de Waldo Vieira)



Francisco Cândido Xavier

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