Antologia dos Imortais
Versão para cópiaWenceslau de Queiroz
Quando Jesus pregava, o mundo delirante Ouvia emocionado os poemas divinos… Na palavra da Fé, a harmonia estuante Rededilhava nalma os mais formosos hinos… A Natureza inteira, o Infinito distante, Os roteiros da Dor e os sonhos peregrinos Recolhiam da voz do Excelso Viandante As Canções da Bondade e os Celestes Ensinos. A magia do Amor tocava a criatura, Transfundindo a revolta em suave sorriso, O apogeu da aflição em auge de ventura. A vestir de Esperança a Terra enferma e escrava, Doce, pura e sublime, a luz do Paraíso Banhava o mundo em paz, quando Jesus pregava… |
WENCESLAU José DE Oliveira QUEIROZ — Poeta, jornalista, conferencista, crítico literário e polemista ardoroso, foi Wenceslau de Queiroz um dos precursores do Simbolismo entre nós, e um dos fundadores da Academia Paulista de Letras, aí tendo ocupado a cadeira n° 9. Bacharel em Direito e Juiz Federal em S. Paulo, era um dos companheiros mais assíduos de Emiliano Perneta. Redator-chefe do Correio Paulistano. Alma afetiva e coração sensível, viveu uma existência amargurada. Ezequiel Freire chamou-lhe “Baudelaire paulistano”. (Jundiaí, Est. de S. Paulo, 2 de Dezembro de 1865 — S. Paulo, 29 de Janeiro de 1921.)
BIBLIOGRAFIA: ; ; ; ; etc.
Observe-se a aliteração em t, de poderoso efeito.
Entenda-se Paraíso a significar um Plano superior em que todos os Espíritos trabalham em nome de Deus.
(Psicografia de Waldo Vieira)
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