Assembléia de Luz

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Capítulo XXIX

Caridade esquecida


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Compreender!… Atitude

Que se fosse observada

Seria uma luz na estrada

Clareando em derredor…

Infelizmente, no entanto,

Há muita gente esquecida

Dessa luz que ampara a vida,

Fazendo o Mundo Melhor.


O homem que administra

Negou-te certa vantagem;

Não é que perdesse a imagem

Do amigo e do benfeitor;

É que carrega nos ombros

Uma cruz de compromissos,

Deveres, contas, serviços

Que não consegue transpor.


O companheiro que passa

E fugiu à cortesia

Do costumeiro “bom dia”

De modo algum te esqueceu…

Ele segue ao hospital;

Quer ver, na marcha apressada,

A esposa cirurgiada

Que não sabe se morreu.


A dama que vai de carro,

De olhar triste e contrafeito,

Que não te viu, a preceito,

A fraterna saudação,

Vai buscar antigo chefe,

Embora em desassossego…

O esposo precisa emprego,

A fim de ganhar o pão.


Entender!… Silenciar!…

Ante os apuros da vida

É caridade esquecida,

Em muitas áreas do Bem…

Em louvor dos semelhantes,

Não te queixes, alma boa;

Sorri, ampara, perdoa!…

Não busques julgar ninguém.





Maria Dolores
Francisco Cândido Xavier

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