Baú de Casos
Versão para cópiaPrecioso servidor
Respondendo a sua carta, Afirmo, prezado Elmano: — Dinheiro é amparo do Céu Entregue ao progresso humano. Nunca censure a moeda. Bem dirigida, a finança É bênção para o trabalho E uma fonte de esperança. Para mostrar o dinheiro No apoio que descortina, Trago a você nesta carta Uma lição pequenina. Calimério foi à rua Seguido de um companheiro Que conquistara, ajudando Na casa de um carpinteiro. O irmão que você conhece Comportava-se por guia, Fez-se o outro associado Que escutava e obedecia. Tratava-se de um amigo Dos melhores que se tem, Quando a pessoa deseja Viver cultivando o bem. Notei logo o quadro lindo Que se formara nos dois, Onde passassem servindo A luz brilhava depois. Ambos levaram socorro Para Zulmira Noé; A doente que descria Recobrou a própria fé. Promoveram leito novo Com todo conforto à mão Para o velho Regozino Que esmorecera no chão. Trouxeram novo agasalho Para o quarto do Agenor, O enfermo desamparado Que pedia cobertor. Viram ambos a alegria Na viúva do Albernaz, A quem deram de presente Um grande bujão de gás. Ao telheiro de Angelina, A viúva do Zé França, Trouxeram penicilina, Socorrendo uma criança. Ao recanto da viúva Lilia da Conceição Enriqueceram a mesa De leite, açúcar e pão. E a festa foi sempre assim Pelo restante do dia, Onde a dupla aparecesse A esperança renascia. Unidos para a bondade Recordavam cireneus, Respeitados em silêncio Por missionários de Deus. Agora, digo a você Quem era esse servidor Que ofertava tanto auxílio Nesse banquete de amor. O amigo de Calimério Que lhe atendia à vontade, Tem este nome bendito: — “Dinheiro da Caridade.” |
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