Bazar da Vida
Versão para cópiaPequena história de Joaquim
Curado em pequeno grupo Pela bondade de um Guia, Fez-se mudado e contente O amigo Joaquim Faria. Negociante otimista, Sempre afável, prazenteiro, Prometeu servir aos pobres, Se Deus lhe desse dinheiro… O dinheiro desejado, Em certa hora, o alcança, Era agora um homem rico, Através de enorme herança. Desencarnando, um avô Deixara-lhe grandes rendas, Apólices e seguros, Minerações e fazendas. Falou Joaquim que ergueria O amparo aos necessitados, Num lar de paz e conforto, Em muitos metros quadrados. Parou nisso muito tempo, Depois, tornou-se notório, Que em vez de lar, alçaria Majestoso ambulatório. Montava esquemas e esquemas, Dizia reter os cobres Para a assistência precisa A muitos enfermos pobres. Os janeiros se ajuntavam… Joaquim, com espalhafato, Da ideia de ambulatório Passou para a de orfanato. No entanto, tempos após, Disse o grande gabarola, Que não queria orfanato, Queria uma linda escola. De plano em plano, Joaquim Viveu e gozou, em suma, Caminhando em vida mansa, Sem construir obra alguma. Desencarnado, por fim, Dormiu, dormiu e, depois, Notou junto dele, um anjo, Estavam, a sós, os dois… Joaquim pergunta: “anjo amigo, Você sempre me acompanha… Decerto, sabe o meu nome Ante a vida escura e estranha?…” Disse o Anjo: “Andei consigo, Dia a dia e mês a mês… Você é o Joaquim Faria, Que faria, mas não fez.” |
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